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História Second Mother - Julgamento errado.


Escrita por: Sanrotonina

Notas do Autor


Eu nem vou me defender sobre o atrasado, minhas desculpas não colam mais 🤡🤡


📍 Capítulo dividido em duas partes, se vocês forem bonzinhos, eu posto a segunda parte ainda hoje, se não só semana que vem kkkkkkkk.

🦋 VOCÊS NOTARAM QUE A FIC TÁ DE CAPINHA NOVA???? Eu tô de quatro por essa nova capa 🛐🛐🛐🛐 e tem banner também, perfeitos demais ಥ‿ಥ 💖


🦋 Obrigada a todos os comentários, vocês são incríveis sempre <<3

🦋 Sejam bem-vindos leitores novos <3

🦋 Boa leitura.

Capítulo 16 - Julgamento errado.


Fanfic / Fanfiction Second Mother - Julgamento errado.


A refeição era feita em silêncio. Os três comiam fingindo não ver o olhar mortal que Justin lançava a eles. O Bieber – que já havia feito sua refeição mais cedo – encarava seus dois filhos, e sua funcionária, esperando que eles acabassem de comer para iniciar o sermão que está entalado em sua garganta. 


— Vocês já terminaram? — Uma senhora que eles nunca haviam visto antes perguntou, ela sorria gentilmente enquanto fazia menção de retirar os pratos. Lentamente Adele largou os talheres sobre o objeto de porcelana e deixou que a mulher se retirasse. — Obrigada. — sorriu aos três. 



Para evitar contato visual, a estudante fingiu ajudar Thomas com seu copinho de suco, e para ajudar a mãe, a criança fingiu que estava tendo dificuldade em segurar o copo. Dominic foi o único a ficar sem fazer nada, tornando-se o alvo mais fácil naquela mesa. 

 




— Se divertiu muito ontem, Dominic? — a pergunta do pai fez o menino se remexeu desconfortável. — Imagino que seu dia tenha sido muito bom. — continuo a debochar, enquanto o mais novo, embora estivesse gritando de nervoso por dentro, não mudou sua feição fechada. 



Adele olhou de canto, apenas observando até onde a conversa daria. O pouco que conhecia de seu chefe era o suficiente para que a menina tremesse dos pés a cabeça pela reação do mesmo. Justin inclinou-se para frente com suas mãos fechadas em punho, mesmo que sua feição não fosse assustadora como antes, é bom ficar em alerta, nunca se sabe o que Bieber vai fazer. 

Os três sabiam o motivo pelo qual estavam sendo encarados, não podia mais ser adiado, aquela conversa precisava acontecer. Mesmo que estivessem morrendo de medo nenhum deles fugiria da punição, exceto Thomas, ele era completamente inocente naquela história toda



— Eu não sei do qu--...


— Então é essa desculpa que você vai usar? — cortou antes mesmo que se mais velho negasse. — Você acha que eu sou idiota? — perguntou calmo, mas não durou muito tempo. — Vocês acham que eu sou idiota? — refez a pergunta, dessa vez elevando a voz e batendo na mesa, deixando o jovem loirinho de olhos arregalados. 


— Não grite. — a voz feminina pediu calmamente. A morena não queria que Thomas ficasse com medo do próprio pai, e também não achava certo que Justin agisse tão friamente com Dominic. — Não tem ninguém surdo aqui. — sua voz se mantinha baixa, suave como se por dentro ela não estivesse quase desmaiando de pavor. 


A veia marcada ficou visível na testa do mafioso, o homem estava em seu limite e ainda sim não podia surtar porque Adele não era nada sua, ou seja, ele não tinha direito algum de gritar e brigar com ela. Desviou o olhar, bufando de ódio. Nunca, em toda sua vida, uma mulher o desobedeceu tanto quanto essa. 


— Isso é culpa sua. — acusou. O olhar feio que Justin lançou fez a morena se sentir culpada e ela nem sabia o que exatamente era "culpa" dela. — Estamos aqui porque você os levou para fora da mansão sem autorização e sem monitoramento. — mesmo que Justin não tenha explicado a situação, Adele conseguiu entender por cima que o motivo deles terem "fugido" de madrugada, era culpa dela. — Vocês dois, — olhou os dois filhos. — Nunca mais, ouviram? Nunca mais saiam de casa sem qualquer segurança e principalmente sem minha autorização, eu mando em vocês dois! Eu sou o pai de vocês e é a mim que vocês obedecem, entenderam? — a voz severa e o olhar frio fizeram com que os dois assentissem prontamente. — Ótimo, estão de castigo o resto da semana, e começa agora. Os dois vão para o quarto. — Dominic foi o primeiro a sair, mas antes levou Thomas com ele. 



Adele podia sentir o clima ficar mais pesado depois que os meninos saíram. Ela entendia que toda essa confusão era sua culpa e não se isentaria disso no final, mesmo com medo de sua possível punição. 



Justin queria que Galadriel entendesse qual era exatamente a posição dela naquela casa. Mostraria a ela que há uma linha tênue entre o faz de conta e a realidade. Havia certos limites de onde Adele deveria ou não se meter. 


— Sua teimosia quase custou a vida deles — começou. Em sua destra esquerda, o mafioso segurava o copo com o bom e velho uísque. Precisava achar algo melhor para beber, já estava saturado daquele mesmo gosto. — Eles são novinhos, não entendem e muito menos respeitam minhas regras, mas você — voltou-se para a morena que se manteve paralisada apenas ouvindo tudo que seu chefe tinha para dizer. — você não deveria colocar idéias na cabeça deles. Eu te contratei apenas para fingir ser a mãe de Thomas, mas saiba que esse papel não é seu. — sem papas na língua, esse é Justin Bieber. Suas palavras apertavam o peito da garota e já estava insuportável o simples ato de respirar. — Está estragando eles. 



— Não pense que de alguma forma, eu os manípulo para fazer coisas que você julga como "erradas".


— "Julgo com erradas"… — repetiu, rindo incrédulo. — Acha que eu faço isso porque os odeio? Porque os quero infeliz? — indignou-se. — Tudo que eu tenho feito desde que os dois nasceram foi para a proteção deles! Você não vê perigo no mundo lá fora porque foi criada diferente de mim, diferente deles. A cada esquina que você vira tem um filho da puta querendo minha cabeça. Eles — apontou para o andar de cima onde os meninos estavam — são meu ponto fraco, é o que todos querem usar contra mim. Todas as medidas de seguranças e regras estúpidas são para mantê-los vivos. E você quase os matou, praticamente entregou eles em uma bandeja de prata. — esfregou as duas mãos no rosto, sentindo a cara esquentar. A morena não queria ter absorvido a culpa, porque acreditava que Justin estava exagerando até ouvi-lo falar dos próprios filhos. Adele não tinha noção da magnitude da situação. — O ataque que aconteceu na mansão… Sim, foi graças a sua saída. — para terminar de jogar a culpa nela, e deixá-la pior do que já estava, Bieber praticamente jogou uma pasta em sua direção e ao abrir, Adele ficou espantada. — Não pense que é paranóia minha. 


Haviam fotos, muitas fotos dela e dos meninos no shopping e nas lojinhas de conveniência. Durante todo o passeio, ela nem mesmo percebeu que estava sendo seguida. Sua garganta secou, seu coração batia de forma acelerada, bombeando mais sangue que o necessário. A sensação de que o perigo estava muito perto a deixava com um gosto ruim na boca, saber que enquanto eles se divertiam inocentemente, havia alguém os seguindo com intenções malignas e fazia ela nunca mais querer sair de casa. 


— Você tem razão, eu não fui criada como vocês e não tenho noção do perigo lá fora. — enxugou uma lágrima precipitada que saiu de seu olho. — Nunca quis colocar seus filhos em perigo, senhor Bieber. — a jovem desviou o olhar. — Mas não acho certo mantê-los presos, isso não é vida, eles não são marionetes suas. — bateu o pé no chão com firmeza, e mais uma vez estava deixando sua opinião interferir em seu trabalho. 





— O que eu já disse a você? — perguntou cansado. Não era comum que Justin precisasse dar uma ordem mais de duas vezes, Galadriel é a funcionária mais problemática que já teve. — Porra, Galadriel! Você pode me ouvir por um minuto? — A chateação não combinava com a expressão mortal do homem. Adele estava esperando um tiro, mas por enquanto tudo que recebeu foi lamentação. — Eu sou o pai deles, sou eu quem manda! Conversamos sobre você não aprofundar os laç--...



— Então você também errou, Mrs.Bieber — irritada com sua hipocrisia, a morena cortou a frase do chefe. — Se vamos falar sobre "laços" porque não começamos falando sobre nossa noite juntos? Aquilo não estava no meu contrato, estava? Em nenhum momento eu li que nós fariamos sexo casualmente. — fingiu pensar, vendo a feição de Justin mudar de mal para pior. Bieber não gostava de ser refutado.  


— Você chama uma foda casual de "criar laços?" — desdenhou. Adele não estava magicamente apaixonada por Justin porque eles transaram, seria muito ridículo se a mesma se iludisse outra vez. Por isso que durante o sexo com seu chefe, ela repetia para si mesma que eles não tinham e nem teriam algo, por mais difícil que fosse. Mas vendo Bieber falar sobre a noite deles como algo banal, a deixou com um incômodo no peito, mesmo que tentasse se manter indiferente quanto a fala dele. — Foi só sexo. — não deveria se sentir incomodada com aquela frase clichê, mas em seu âmago uma ardência subia até a boca do estômago, talvez as borboletas tenham morrido. 


— Apenas usei como exemplo — justificou-se com sua expressão serena. Por alguma razão queria chorar, mas não faria isso. — Há coisas que não podem ser controladas, simplesmente acontecem. Se quer que eu siga todas as regras e seja apenas uma funcionária, ok, mas precisa admitir que também errou quando transamos. 


— Agora você vai chamar de erro? — irritado, Bieber questionou a funcionária. Olhem só para eles, brigando como se de fato fossem um casal. Para Justin a discussão era ridícula, poderia muito bem ignorar aquilo tudo e sair, mas a raiva que sentia falava mais alto. — Não parecia errado enquanto você rebolava para mim, não é? — se aproximou de braços cruzados. Por ser mais alto olhava a estudante de cima. Galadriel não se moveu, seus olhos ficaram vidrados em Justin. — Retire o que disse, nós dois sabemos que não é verdade. — já não era preciso falar alto, até mesmo um sussurro podia ser ouvido graças à proximidade entre eles. 



— Não fui eu quem disse, só repeti o que você falou, senhor Bieber. — Foi tão difícil pensar em uma resposta. Primeiro que estava com tanta raiva de Justin que queria socar sua cara. Segundo que tê-lo próximo mexia consigo, Bieber faz Galadriel ter pane no sistema. — "não aprofunde os laços" — respirou com dificuldade. 


— Merda, acho que terei que mudar essa regra então. — os olhos castanhos não estavam olhando para os azuis, na verdade o foco era outro. Quando Galadriel passou a língua entre os lábios para deixá-los umedecidos, por olhar tão fixamente, Justin acabou repetindo o ato. Sabendo no que aquele flerte despreocupado daria, Bieber escolheu se afastar, e também não era hora para sexo, havia muito a ser feito e não podia se distrair. — Gosto da relação que vocês têm, mas quando isso afeta a autoridade que tenho como pai… Me deixa furioso. Se fizer isso outra vez te coloco na rua, entendeu? — a fala grosseira acabou com o fogo no rabo que a morena sentia. As mudanças de humor daquele homem um dia iriam acabar matando ela. 



— Sim, senhor. 


— Ótimo. Vaza daqui. — apontou com a cabeça para o andar de cima. 



Bieber viu quando a face alva da morena ficou vermelha, sabia que sua grosseria deixaria Galadriel triste ou chateada, mas era necessário, só assim ela aprenderia a nunca mais sair com seus filhos sem sua autorização. 


— E precisava de tudo isso? — Christian chegou no ato, carregando inúmeras malas. — O que foi que a garota fez dessa vez? — perguntou interessado. O moreno retirou o equipamento da mala sem desviar o olhar de Justin, estava curioso quanto a relação dos dois. 


— Saiu com os meninos sem minha autorização. 


— Ah, isso… — faz pouco caso. Imaginou que seria uma fofoca nova, ledo engano. — Então ela já sabe que graças ao passeio de ontem, todos foram colocados em perigo? — Bieber assentiu. — Teria mesmo coragem de colocá-la na rua? 


— O que você acha? 


— Bom, eu imaginei que depois da noite que vocês tiveram, sei lá, pensei que estivesse próximos. — tentou argumentar, mas falhou. Justin riu e negou com a cabeça. — Mas pelo modo como falou com ela agora pouco… Vejo que está tudo normal. 


Quando Christian mencionou sua última fala a Galadriel, Bieber parou o que estava fazendo e o encarou. Havia algo errado em sua fala? Teria ele sido duro demais com a menina? 


— O modo como falei? 


— É, você foi… você. — suspirou. — Acho que a menina não está acostumada a passar 24 horas em casa e só quis sair, não fez por mal. 


— Eu sei disso. O que tem o modo como falei com ela? — voltou a questão da fala. Estava incomodado com aquilo. 


— Sua cara é assustadora, e você ainda diz "vaza daqui". — arqueou as sobrancelhas. — me admira que Adele ainda queira trabalhar aqui. 


— Foi proposital. 


— Que? 


— Você estava a um passo de me ver transando com ela em cima dessa mesa. — bebericou seu resto de uísque. — Mas acabei com o clima para me concentrar, se eu não dissesse aquilo com certeza ela ainda estaria aqui tentando discutir comigo. — negou com a cabeça. 


— Que merda de relação é essa? 


— Não tem uma "relação", eu só sou…


— Doidinho por ela. — Chaz completou, descendo as escadas. Seu amigo sorria maliciosamente de orelha a orelha. — porque não diz logo? Ela te deu um belo chá, e você se apaixonou. — brincou mesmo sabendo que aquilo era impossível. — brincadeiras à parte… Sejamos francos, Adele é gostosa. — elogiou sem culpa, a menina não estava ouvindo de qualquer forma. 



— Eu nunca disse o contrário. — respondeu da forma mais sútil que conseguiu. Qualquer coisa a mais que dissesse, Chaz faria questão de usar contra ele. 


Justin não gostava de falar sobre sua vida "privada" com terceiros, mesmo sendo amigos de anos. Os meninos notaram seu desconforto, e se calaram, deixariam para caçoar de Adele mais tarde e de preferência quando Justin não estivesse por perto. 


— Terminem isso pra mim. — ordenou antes de sair do cômodo para atender ao telefone. 



— E ai, quais as chances nossa garota tem de conquistar ele? — Chaz deu uma cotovelada em Chris para chamar sua atenção. 


— Sabe que não vai rolar, Justin só amou uma mulher em toda sua vida e até hoje ela é quem ocupa o coração dele. — comentou sem animação. — Já nos iludimos várias vezes, ele nunca vai superar. 


— Acha que ele é "bonzinho" com a Del porque ela se parece com a Charlotte? — especulou. Aquilo fazia todo sentido para Chaz, porque qualquer um ali percebia a semelhança entre elas, mas não tinham coragem de tocar no assunto. 


— Bonzinho? Ele fez ela chorar não tem nem 10 minutos. 


— Se fosse qualquer outra pessoa que tivesse saído com Dominic e com Thomas sem autorização, estaria morta e você sabe disso. Mesmo sendo um filho da puta, tia Pattie me perdoe, — ergueu as mãos ao céu. — ele sempre deixa ela passar "impune" no final das contas. 


— Ryan já tinha falado sobre isso. — Christian admitiu. O moreno não quis pensar nessa possibilidade, achava que Ryan estava fazendo vista grossa quanto a essa questão, mas quando mais de uma pessoa diz a mesma coisa se torna no mínimo suspeito. — É inegável que elas são parecidas fisicamente. — enfatizou a última palavra. Aquilo deixava claro que na questão "personalidade" Charlotte e Adele eram diferentes. — Mas Justin seria tão obcecado assim? 


— Não se esqueça que ele ficou anos sem falar com a gente, apenas porque a Char queria assim. — relembrou o amigo. Christian assentiu em concordância, Charles tinha um ponto. — Só vamos ver no que essa merda vai dar, mas pra ser sincero, eu aposto tudo na morena. 





— Certo, só fique de olho a cada movimento dele, não confio em Caleb. — dizia ao telefone. — Quando conseguir qualquer informação me ligue imediatamente. — ordenou. Só desligou o celular quando a pessoa do outro lado da linha respondeu um "sim, senhor". 


Quando Bieber encerrou a ligação, o som dos pneus parando sobre o chão de pedras lhe chamou a atenção. Imediatamente sacou sua pistola de prata e se aproximou. Conhecia o carro de sua família, e mesmo que estivesse aliviado, aquilo não significava que deveria baixar a guarda. 


Quando George desceu do banco do passageiro, Justin soube que não teria um minuto de paz naquele dia. Não sabia como ele havia descoberto, mas ali estava seu avô. 


Sinalizou com a cabeça para o segurança liberar a passagem e assim o motorista entrou e estacionou o carro em frente a sua "mais nova" casa. 


— A que devo a honra? 


— Quando iria me contar? — foi a primeira coisa que disse ao ver o neto. 


— Vejo que a notícia correu rápido. — passou a língua abaixo dos lábios. — O que faz aqui? 


Aquela pergunta estúpida quase fez o Bieber mais velho parar de andar e dar na cara de Justin, mas George estava preocupado demais com sua nora e as crianças pra isso. 


— Onde está sua mulher e as crianças? — perguntou aflito, esperando que eles estivessem em segurança. 


— Lá em cima, estão de castigo. 


— Já descobriu sobre o passeio? — perguntou surpreso. Só um idiota não perceberia. Adele não fez questão de esconder, a estudante saiu gastando o cartão de crédito sem pensar que do outro lado da cidade inúmeras notificações chegavam no celular do mafioso. — mulheres gostam de sair e gastar, não impeça que sua mulher faça isso. — Bieber revirou os olhos sabendo que George nunca entenderia seu lado. Justin parou de andar ao se dar conta de que seu avô sabia sobre a "fuga" de Adele e as crianças, mas como? 


— Como sabe sobre isso? 


— Sabe que não pode esconder nada de mim. — soou aterrorizante quando na verdade só tinha pego no flagra sua nora chegando com as crianças. — Então, onde está o pobre coitado que ousou te atacar? — olhou em volta com um riso sádico nos lábios, sabia do que Justin era capaz. 


— Ainda não sabemos quem foi. — Ryan, que havia acabado de chegar, respondeu por Justin. — Se quiser ajudar… — ele olhou feio para o loiro, todos sabiam que Justin não queria George envolvido nisso. 


— Vou ligar para o-...


— Não há necessidade de se meter em meus problemas agora que eu estou saindo da família, cuide dos seus problemas, George. — respondeu com todo seu ego. Justin jamais cederia ao avô, não enquanto ele mantivesse Caleb debaixo de suas "asas". 


— Mesmo que saia dos negócios da família, eu ainda sou seu avô garoto. — rosnou sem paciência alguma. — E isso pode estar além de você, pode não ser um ataque pessoal. 


— Então investigue por si só, não preciso de você aqui. — era a primeira vez que estava sendo rude com o avô, nunca havia mandado ele embora de sua casa antes. 


— Você está me exp--...


— Vovô! — Um grito animado chamou a atenção de todos na sala. Adele descia as escadas com Thomas nos braços, e atrás dela Dominic. 


Thomas se debateu para sair do colo da mãe e correu até o mais velho, abraçando apertado seu avô querido. Se antes o patriarca estava enfurecido, agora sua feição era outra completamente oposta a de antes. 


— Seu avô sentiu saudades, sabia? — Thomas assentiu mesmo sabendo que havia visto seu avô no dia anterior. — Você está bem? 


— Thomas tá bem — sorriu. — Vovô tá bem? 


— Seu avô está ótimo. — fez carinho nos fios loiros de Thomas. — E você meu neto, como está? — chamou Dominic com a mão. 


Enquanto o avô conversava com os bisnetos, Justin e Adele se comunicavam através de sinal de expressão. Bieber estava insatisfeito com a presença dela na sala, ele tinha dito com todas as palavras que os três estavam de castigo até a segunda ordem. Sem muito alarde tudo que a jovem respondeu foi "Thomas estava com sede" e Bieber foi obrigado a ceder, afinal, não podia proibi-los de comer ou beber. 


— Como vai minha nora? Você me parece abatida. — comentou desconfiado. A menina abaixou a cabeça, sorrindo fraco. 


— Não dormimos bem essa noite, apenas isso. — deu uma resposta breve. — Como está? Não quer descansar? A viagem de Ottawa até aqui é longa e cansativa. 


— Descansarei mais tarde, agora temos assuntos a tratar. — se referia a Justin. Sem escolha, tudo que o Bieber fez foi assentir para o avô. — Vejo vocês mais tarde. 



Justin e o restante do pessoal tinha muito trabalho a fazer e precisam de toda a paz possível, eles organizam a papelada junto dos equipamentos e saem para o cômodo onde ocorreria a reunião. Antes que Justin entrasse no escritório e ficasse desaparecido por horas, Adele chamou por ele, seu orgulho não ficaria acima das vontades de Thomas. 



— Podemos ficar lá fora? — pediu temerosa. — Tem algumas árvores e não tem nada pra fazer. — justificou, esperando um não, mas surpreendentemente sem dizer nada, Justin balançou a cabeça em concordância. 




— Como assim vocês nunca assistiram Harry Potter? Pelo amor de Deus! Justin é realmente péssimo. — comentou indignada. — Vamos assistir todos os filmes e depois fazer nossos testes no Pottermore, quero saber de que casa vocês são. — comentou empolgada. Seus meninos não entendiam nada. 


Os três estavam deitados na grama macia, sobre a sombra de uma grande árvore. O vento e o sol radiante deixava o ambiente agradável, muito melhor do que ficar em casa. 



— Thomas só pode assistir Bob esponja. — cruzou seus bracinhos de maneira irritada. — Mamãe gosta do bob esponja? 


— Mamãe gosta. — assentiu. — Mamãe também gosta de "Hora de aventura". 


Dominic não se aguentou e começou a rir. Adele era como uma criança, mas ao mesmo tempo possuía maturidade e responsabilidade, não conseguia escrevê-la com precisão. 


— Ouviu isso, Tommy? Nossa mamãe é igual a uma criança. — Dom empurrou levemente o corpo do irmão mais novo para chamar atenção dele. Thomas ria zombando de sua mãe, essa que por sua vez estava paralisada com um sorriso bobo e um brilho inexplicável no olhar. Dominic lhe chamou de mãe. Mãe. 



Adele sequer teve tempo de se pronunciar quanto a fala do adolescente, ainda abobada, a morena notou a movimentação no portão principal, alguém dentro de um carro discutia com os seguranças, era impossível compreender devido a distância, mas qualquer um via claramente que se tratava de uma discussão. Para atiçar ainda mais sua curiosidade, Ryan apareceu no campo de visão e correu até o portão, provavelmente para resolver qualquer infortúnio futuro. Seu radar de "problemas a caminho" apitou, e como instinto a garota se levantou com Thomas em seu colo. 


— Vamos entrar um instante, ok? — disse aos meninos que não estavam entendendo nada, mas não disseram nada a respeito. 



Eles foram caminhando sem olhar para trás. Podia-se dizer que depois da madrugada turbulenta que tiveram, Galadriel ficou em alerta e a qualquer mínimo sinal de ameaça, ela estaria preparada para fugir com seus meninos. 


Dentro de casa, envoltos de segurança, Adele se sentia mais protegida, mas seu coração ainda estava apertado, sem Justin por perto não havia uma garantia 100% de que eles estariam bem. 


— Mãe? — ouvir a voz de Dominic chamá-la daquela maneira fez com que, por um momento, todas as preocupações que sentia sumissem. — O que foi?


Antes que pudesse respondê-lo, uma figura atravessou a sala, chamando atenção. Nenhum dos três havia visto aquela mulher antes, e estavam em um silêncio desconfortável, principalmente porque a senhora não tirava os olhos de Thomas, esse que por sua vez, ficou com tanto medo do olhar da velha que se escondeu no vão do pescoço de sua mãe. 


— Quem é você? — Dominic perguntou, não gostando da aproximação da senhora. Protetor como sempre, ele se colocou na frente de Adele. 


— Dom, está tudo bem! Seu pai já vai chegar aqui. — Ryan acalmou o jovem. Justin, George e parte dos meninos saíram, algo relacionado à investigação, eles estavam dando duro para descobrir o que havia acontecido na noite anterior. — Sally, pode se sentar. — apontou para o sofá, mas a mulher negou. Indiretamente Ryan fazia sinais para Adele sair dali. — Eu preciso atender. — o loiro saiu com o celular grudado na orelha. 


O silêncio ficou por longos minutos até Adele criar coragem e fazer menção de sair com Thomas e Dominic. 


— Se me der licença… — pediu com um sorriso gentil, mas sentia seu corpo tremer com o olhar que a senhora lhe lançava, a mulher parecia estar vendo um fantasma. 


— Fique onde está. — segurou com firmeza o braço de Galadriel que já sentia seu coração bater descompassado. Que merda o mundo tinha contra ela? — V-você… — tocou o rosto da menina que se esquivou pelo toque íntimo demais para alguém que não a conhecia. — Trocou minha filha por uma cópia ridícula. — seus olhos transbordavam ódio e lágrimas. 


— O-o que voc--...


A fala confusa da menina foi interrompida pelo tapa estalado em seu rosto, deixando os meninos de olhos arregalados. Adele ergueu o olhar sem entender nada, seu coração estava dizendo que algo ruim aconteceria, mas jamais imaginou algo tão sem nexo quanto aquele tapa inesperado. 


— Tire as mãos do meu neto, sua usurpadora. 




Notas Finais


Adele não tem um dia de paz coitada 🤡

📍 Não se esqueçam, se vocês foram bonzinhos, eu posto a segunda parte mais tarde.

🦋 Trailer da fanfic: https://youtu.be/p1CqRYtcObo

🦋 Obrigada por ler até aqui <3

🦋 Vejo você no próximo >>>


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