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História Secret Journey - Encontrando Respostas


Escrita por: Tinacris

Notas do Autor


Mais um capítulo chegando! As coisas vão começar a acontecer e os mistérios a aumentar.

Capítulo 8 - Encontrando Respostas


Fanfic / Fanfiction Secret Journey - Encontrando Respostas

Quando Jisoo e Tia Sora saíram do sótão já estava escurecendo. Elas marcaram os locais onde iriam abrir os buracos no dia seguinte. No caso, Jisoo faria isso, já que a tia estaria levando o avô para a cidade. Durante o tempo que ficaram no sótão, Tia Sora pôde conhecer Baby Soul melhor, mas conteve sua curiosidade sobre a história delas, pois Jisoo já a havia avisado para ir com calma. A princípio, Baby Soul estava incerta sobre o contato, mas Tia Sora era uma “tia” no melhor termo da palavra, e a deixou sentindo-se bem-vinda, tendo novamente pessoas que se importavam com ela. Pouco depois, Jisoo voltou ao sótão, agora sozinha. Baby Soul não estava visível.

— Soul, por favor, apareça. Não fique assim chateada por eu não ter lhe preparado antes. Tia Sora já vinha fazendo sua própria pesquisa e acabou descobrindo sozinha. O que eu fiz foi evitar outros males.

Baby Soul saiu de trás de uma cortina velha nos fundos do sótão.

— De que males está falando?

— Primeiro, ela com certeza iria chamar alguém para expulsar os fantasmas da casa, após ter visto Sujeong na biblioteca; segundo, ela já estava pensando em limpar o quarto de brinquedos, jogando tudo fora, e isso poderia quebrar o selo, segundo Mijoo; terceiro, eu não havia pensado numa desculpa para os buracos que tencionava fazer.

Baby Soul ficou pensativa e aproximou-se da janela.

— Na verdade, eu... estou feliz com o que aconteceu. Sabe a quanto tempo não tenho uma “tia” cuidando de mim?

Jisoo sorriu.

— Não duvido que ela tente fazer você tomar chá.

As duas riram.

— Acha que os buracos irão funcionar? – Baby Soul perguntou apreensiva.

— Estou indo agora na biblioteca falar com Sujeong sobre isso. Se for como eu penso, esse lugar voltará a ser frequentado novamente.

— Não quero criar expectativas, Jisoo.

— Então, crie outra coisa. Esperança.

Um barulho lá embaixo as assustou, seguido de um grito.

— Mijoo! – Baby Soul olhou aflita para Jisoo.

— Eu vou até lá ver o que aconteceu.

 

Após a saída de Jisoo do quarto de brinquedos, os bonecos começaram a se energizar novamente. Mijoo sentou-se na cadeira, atenta à opressão que aumentava aos poucos. Como forma de se proteger do que estava para chegar, ela agarrou o taco de baseball novamente. Era bom poder pegar em objetos sólidos agora. Ela só não esperava que o ataque viesse de várias frentes. Uma boneca voou da prateleira e raspou sua testa, deixando um arranhão a mais. Ela caiu da cadeira atordoada, mas observou o que estava acontecendo e jogou-se em cima de um cavalinho de rodas que se dirigia para a porta. Um palhaço de molas enrolou-se em sua perna, apertando que nem um garrote. Foi nessa hora que ela gritou. Com o taco de baseball, ela tentou acertar o palhaço, mas não podia soltar o cavalo, que forçava a saída do quarto. Tudo se acalmou quando Jisoo surgiu na porta. Eles pareceram perder as forças e Mijoo respirou aliviada.

— O que está acontecendo nessa casa! – Era a voz do avô gritando da escada.

Jisoo ajudou Mijoo a levantar e chutou o cavalo para dentro de um armário.

— Eu volto já. Vou tentar convencer meu avô de que não foi nada.

Mijoo fez uma careta ao tocar na testa arranhada e praguejou ao dar um passo e perceber que o palhaço ainda estava enrolado em sua perna. Ela sacudiu a perna e o atirou também para o armário.

— Tudo bem... eu me viro aqui.

Quando Jisoo voltou, Mijoo estava trancando quantos bonecos puderam caber no armário. Jisoo aproximou-se.

— Deixe-me ver sua testa.

Mijoo afastou-se.

— Acredite ou não, podem ser reais para você, mas são ferimentos espirituais. Seus cuidados não vão ajudar.

Jisoo olhou em volta.

— E se os pregássemos nas prateleiras?

— Talvez servisse.

— Vou pegar cola, volto logo.

Jisoo não precisou descer, pois havia cola em seu material escolar. A sua estadia na casa da tia, implicava em se matricular em alguma escola, mas como estavam em um período de férias, a cola não faria falta. Ela voltou e ambas pregaram as bonecas voadoras na prateleira, amarraram os bichos de pelúcia em ganchos dispostos pela parede e pararam para admirar o trabalho.

— Eles vão ficar bem bravos quando você sair daqui – o comentário de Mijoo foi feito com satisfação.

— Você parece estar gostando disso.

— E estou. Como convenceu seu avô a descer?

— Jiae ajudou. Ela abriu a janela da sala e ele desceu pensando que fosse o vento. Eu disse que ele poderia ficar tranquilo, pois o barulho havia sido de algumas coisas que derrubei no meu quarto, mas que estava tudo bem.

Mijoo riu e balançou a cabeça.

— É, você mudou a rotina por aqui, Seo Jisoo.

— E vou mudar muito mais, aguarde.

Jisoo saiu e Mijoo ficou pensando naquelas palavras enigmáticas.

Jiae deixou o avô de Jisoo voltar resmungando para a cadeira diante da televisão após fechar a janela, e depois foi para a biblioteca encontrar Kei, que ajudava Sujeong com uma pesquisa. As duas estavam debruçadas sobre um livro grande e cheio de gravuras. Jiae, ao se aproximar, imediatamente reconheceu o símbolo que a página do livro mostrava.

— O selo! – Ela falou assustando as duas.

— Sim, é o selo – Sujeong concordou. – Mas descobrir isso não ajudou muito. Aqui diz que ele é eficaz em portas e janelas e só pode ser quebrado por quem o colocou...

— ...ou por outra pessoa, mas tem que ser no local onde foi invocado – completou Kei.

Elas se entreolharam desanimadas.

— Sabemos onde foi invocado – resmungou Jiae.

— Somente uma de nós poderia chegar lá. Mesmo que Jisoo quisesse nos ajudar, não poderia – Sujeong deu um suspiro e se sentou.

Jiae a observou.

— O que você tem, Ryu? Nunca vi você com essa expressão.

— Que expressão? – Perguntou Kei.

— Não vê? Ela está abatida. Nunca vi Ryu Sujeong se abater com um desafio.

Sujeong desejou que Jiae não fosse tão observadora. Ela não quis comentar sobre a tia de Jisoo antes de saber o que estava acontecendo, mas não teve tempo de falar, pois a porta foi aberta e Tia Sora entrou com Bilbo em seus calcanhares. As três se levantaram no mesmo instante. Bilbo começou a latir e sacudir o rabo alegremente para Kei. Tia Sora se arrepiou olhando em volta.

— Olá, Sujeong! Voltei. Jisoo não está aqui, então sei que não poderei vê-la até ela chegar, mas estou aqui para trocarmos ideias. Conheci Baby Soul hoje. Ela é um amor! E pelos latidos de Bilbo, acho que você não está sozinha, não é? Kei está aqui também? E Jiae? Uma de vocês abriu a janela e deixou o meu pai resmungando. Bom, vou separar uns livros enquanto Jisoo não desce.

A mulher acabou de falar e foi até a prateleira. As três garotas estavam completamente aturdidas e sem fala. Kei olhou para o cachorrinho e sorriu. Fez o que tinha vontade de fazer há muito tempo. Abaixou-se e fez carinho em sua cabeça. O cachorrinho se aproximou e lambeu sua mão. Ela sorriu. Sujeong se aproximou da mulher que corria os dedos pelas prateleiras. Enquanto isso, Jiae apenas deixou-se cair na cadeira de boca aberta.

— O que está acontecendo? – Sussurrou.

A presença de Jisoo na casa era suficiente para que elas tivessem alguma energia. Sujeong parou ao lado de Tia Sora e falou.

— O que a senhora está procurando? Talvez eu possa ajudar.

Tia Sora tomou um leve susto e virou-se. Ela conseguia ver a silhueta da moça ao seu lado, mas não seus traços, como vira anteriormente.

— Procuro um livro sobre a história da casa. É um livro velho de capa corroída e folhas amareladas.

— Sim, eu gosto dele. Está na prateleira logo acima desta em que está mexendo.

Tia Sora seguiu as instruções, achou o livro e sorriu.

— Este livro conta a história de como a casa foi construída. Eu realmente gostaria de ter uma ideia de sua estrutura original.

— Por quê?

— Você está lendo aquele livro. Deve ter visto que selos servem para portas e janelas, mas casas antigas possuíam muitas passagens internas, secretas.

A informação acendeu algo na mente de Sujeong.

— Isso é importante. Vou voltar a ler sobre os selos.

Quando Jisoo entrou espantou-se com a cena. Kei brincando com Bilbo, Sujeong e Tia Sora na mesa de leitura fazendo pesquisas, e Jiae olhando para ela de boca aberta. Com sua presença, Tia Sora levantou os olhos e sorriu ao ver as moças materializadas.

— Agora ficou menos estranho – ela sorriu para Sujeong e a moça sorriu de volta.

Voltando-se para Jiae, a mulher falou.

— Menina da escada, por que não relaxa e vem ajudar. Minha sobrinha disse que você é esperta.

Jisoo aproximou-se de Jiae e a puxou para a mesa de estudos.

— Tia Sora já sabe de tudo. Ela vai ajudar.

Naquela noite, a luz ficaria acesa durante toda a noite na biblioteca.

 

Yein aproximou-se da janela. A chuva havia deixado uma neblina espessa lá fora. Ela se sentia impaciente, seu coração batia rápido como se aguardasse alguma coisa inesperada. Aquele quarto nunca foi tão sufocante como naquela noite. Ela olhou novamente pela janela e o viu em meio à neblina. A figura escura e sombria estava lá fora olhando para a casa, mais especificamente para a janela do seu quarto. Ela deu um passo para trás.

Mas o que você quer? – Ela murmurou.

Como se houvesse um dedo invisível atrás da janela, uma frase surgiu na umidade do vidro causada pelo frio.

“Quebre o selo e liberte-as”

 

Ela ficou olhando para aquelas palavras cruéis e a tentação veio novamente sobre ela. Bastava que ela passasse pela porta ou pulasse pela janela e todas seriam salvas instantaneamente, menos ela. Ela viraria um fantasma e pertenceria a “ele” para sempre. Era o seu fardo naquela história. Ela não era a única a saber daquilo. Na verdade, todas elas sabiam, mas resolveram protegê-la mesmo assim, sacrificando a própria liberdade usando um lema mundialmente conhecido, o de “uma por todas e todas por uma”. Elas fizeram um pacto antes da maldição ter efeito. Se tivessem que sair daquela situação um dia, seria para saírem juntas ou nenhuma. Por isso, Yein sabia que cair na tentação não seria um ato de egoísmo de sua parte, mas de traição para com suas amigas. Com raiva, ela fechou as cortinas e se afastou da janela.

 

Quando Jisoo e Tia Sora saíram da biblioteca, estavam exaustas. Antes que Jisoo fosse para o quarto, Tia Sora falou.

— Amanhã, você começará a abrir o buraco para o quarto de brinquedos. Já vimos que o perigo se encontra apenas em portas e janelas. Quando eu voltar da cidade com seu avô, trarei alguns baldes de tinta e outros materiais novos para arrumar o porão. Se aquele homem aparecer, faremos como foi combinado.

— Entendi, Tia Sora. Obrigada por entender e ajudar.

A tia sorriu e lhe deu um beijo na testa.

— Vá dormir.

Jisoo ia abrir a porta do quarto para entrar quando ouviu um choro baixinho vindo do quarto ao lado. Ela hesitou, mas não se conteve. Chegou na porta e chamou.

— Yein? Posso entrar?

O choro parou, mas em seguida veio um fungado e a resposta.

— Entre, Seo Jisoo.

Jisoo viu a garota sentada no chão encostada à cama e abraçando as próprias pernas. Yein tinha uma expressão angustiada.

— Você está bem?

— Não, eu não estou. Mas não posso falar sobre isso.

— É, eu sei. Vou ter paciência quanto a isso.

— Você tem que destruir o tabuleiro amanhã, do jeito que eu falei.

Havia urgência na voz de Yein, o que fez Jisoo olhar para ela com preocupação.

— Sim, eu ia fazer isso mesmo. Mas o que...

— Ele está cercando a casa, observando. Desconfia de algo.

— O servo?

Yein concordou com a cabeça.

— Que tipo de força ele tem contra você? Por que ele atinge você desse jeito?

Yein a encarou.

— Isso, Seo Jisoo, você não vai saber da minha boca. Desista.

Jisoo sorriu.

— Eu precisava tentar. É isso que as amigas fazem quando veem outra chorando.

O comentário fez Yein sorrir e Jisoo percebeu como ela ficava jovem e despreocupada quando fazia isso. Ela de repente sentiu que deveria ser portadora de boas notícias para aquela moça que insistia em sofrer calada.

— Tem algumas coisas que eu gostaria de te contar antes de ir dormir.

 

Kei e Jiae se dirigiram para o quarto. No caminho, a porta do quarto do avô de Jisoo se abriu e o velho surgiu, se arrepiando ao “esbarrar” em Jiae, que pela segunda atravessou o seu corpo sem querer. Sem energia, ela caiu de joelhos antes que Kei a pudesse ajudar. O velho virou-se para elas, vasculhando o corredor sem nada ver. Seus olhos, porém, pararam na porta do quarto delas. O quarto que vivia trancado era o único que permitia a passagem livre de suas inquilinas.

— Existe alguma coisa nessa casa. Não gosto de fantasmas. Amanhã mesmo vou mandar fazer uma limpeza naquele quarto. Ah, se vou!

As palavras dele apavoraram as duas jovens. Jiae levantou-se ajudada por Kei.

— Se ele fizer isso, o que pode acontecer conosco? – Jiae perguntou.

Não faço a mínima ideia – Kei respondeu.


Notas Finais


Qual é o mistério que envolve Yein? Será que elas conseguirão se reunir sem passar pelos selos? E como Jiae e Kei escaparão dos planos do avô de Jisoo? Gostaria de saber o que estão achando.


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