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História Sentimentos Inesperados - Epílogo


Escrita por: JonB

Notas do Autor


Hello Everyone!

Sim, é o fim 😕. Leiam as notas finais, pls.

Boa leitura!

Capítulo 20 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Sentimentos Inesperados - Epílogo

Sentimentos Inesperados

Epilogo

 

Aquela era uma manhã calorosa.

O sol de verão castigava Konoha, e seus habitantes junto. Por certos momentos durante essa estação Ino sentia falta do inverno, porém era uma saudade bem curta, que apenas vinha quando inevitavelmente ficava bastante suada por conta do calor, sendo a única coisa que detestava no verão… suor.

Mas nem mesmo o fato de estar com a pele até brilhando por conta de suor a impediu de ficar contente com o que era realizado naquele momento.

Mudança.

E não era uma mudança qualquer. Ela estava se mudando para o apartamento do noivo. O casamento de ambos seria dentro de uma semana. Ino só sabia sorrir e comer nos últimos dias tamanha a ansiedade. Finalmente se tornaria uma esposa, seu sonho mais íntimo. Foi impossível durante todos os dias dos últimos dois meses, desde o pedido sendo mais exato, a futura Uzumaki não imaginar como seria a vida de casada. Aumentando assim o anseio, pois queria provar para si mesma que seria uma ótima esposa.

E não tinha dúvidas de que seriam felizes.

— Onde eu coloco essa? — perguntou Kiba segurando uma caixa.

Pôs o dedo no queixo visualizando o melhor local. O novo apartamento de Naruto, que agora era deles dois, em comparação com o anterior era mais espaçoso, bonito e com cômodos devidamente separados sendo mais arrumado. Diferente do outro onde cozinha, sala, e sala de jantar eram praticamente juntas.

— Vamos Ino! — apressou o Inuzuka — Essas caixas pesam!

— Verdade, você coloca selos de peso nelas, Ino? — agregou Chouji.

A Yamanaka revirou os olhos.

— Aposto que essas caixas são apenas de produtos que ela passa no cabelo — falou Kiba em tom de provocação.

— Coitado do Naruto — disse Lee sacudindo a cabeça.

— Chega! Coloquem elas ali no canto mesmo, depois eu e Naruto arrumamos direito — indicou Ino já irritada pelas reclamações.

Eles deixaram as caixas onde mandara.

— Pronto, agora estamos livres — disse Kiba em alívio junto dos outros, mas o dedo de Ino sacudindo gesticulando um "não" os fizeram murchar as feições.

— Oh Ino, temos coisas para fazer! — reclamou Chouji.

A loira cruzou os braços.

— Tipo comer?

— Exato! Existe algo mais importante do que comer?

Os outros dois rapazes apontaram para o Akamichi dando ênfase a pergunta.

— Faz sentido o que ele falou, isso eu não nego — comentou Kiba.

Ino apenas bufou, seu pé batendo no chão impaciente já.

— Olha, eu nem teria chamado vocês se nosso maravilhoso Rokudaime não tivesse marcado uma reunião urgente — falou com ironia — Sendo assim a presença de Naruto e Shikamaru lá era obrigatória. Então poderiam parar de reclamar e ajudar uma amiga?

Os três rapazes se entreolharam derrotados.

— Tá bom.

Ela lhes sorriu.

— Preciso que me ajudem apenas a mover esses móveis… — ela caminhou até o terceiro quarto do apartamento. — São os de Sasuke.

Os rapazes olharam curiosos para o quarto com decoração infantil, sendo todo pintado de azul-céu.

— Então vocês vão realmente adotar o menino! — deduziu Lee.

Ino sorriu largo para os três assentindo.

— Depois desse mês todo com Naruto e eu sendo avaliados, hoje iremos lá no orfanato assinar os papéis para a adoção! — informou contente. Partiu primeiro do noivo a ideia de adotar o pequeno Sasuke, e Ino admite ter parado um pouco para pensar.

Era uma responsabilidade muito grande, principalmente para ambos que estariam ainda recém casados, na verdade um desafio. Disse a Naruto sua insegurança quanto a isso, mas o loiro hiperativo com a ideia, desdenhou afirmando que conseguiriam dar conta, e que ele se sentia quase que na obrigação de adotar pensando em como ficaria feliz se no passado tivesse sido adotado.

O argumento derrubou as resistências de Ino que se viu persuadida sem dificuldades. Como sempre o poder de persuasão de Naruto era infalível. Logo ela já estava amando a ideia de ter o pequeno Sasuke em suas vidas, no fundo sempre possuiu um grande carinho pelo menino, desde que o conheceu quase dois anos atrás quando idealizava o plano da clínica infantil com Sakura.

Os amigos a ajudaram a mover os móveis, o que foi uma tarefa rápida que durara nem mesmo um minuto.

— Viram, foi bem rápido!

Os três foram embora e pouco antes do meio dia Naruto retornou do prédio Hokage enquanto Ino terminava de organizar suas coisas.

— Desculpa, demorou mais do que imaginei a reunião — o loiro coçava a nuca, sua pele um pouco avermelhada pelo calor.

— Já me acostumei com essas reuniões de vocês — abrandou ela dando-lhe um breve selinho.

— A boa notícia é que estarei livre mais cedo para irmos até o orfanato.

— Ótimo!

Os dois almoçaram juntos, algo que faziam sempre. Naquele mesmo dia mais tarde foram até o orfanato onde assinaram os papéis de adoção, porém Sasuke ainda não pôde ir com eles, pois precisavam antes oficializar o matrimônio já que tinham dado a entrada no processo de adoção com a presunção de adotar como casal. Isso se dava por questões morais e por regras da própria vila.

— Irei dá a notícia ao garoto… — falou Kabuto, como diretor do orfanato.

— Não! — ambos interromperam.

— Queremos nós mesmos fazer uma surpresa a ele após nosso casamento — disse Naruto para o diretor que entreabriu os lábios compreendendo.

— Ah, será uma surpresa para o menino de qualquer jeito, mas entendo. Pedirei para a governanta não falar nada.

— Obrigado.

— Após a cerimônia nós o levaremos para casa e mostraremos sua nova casa e seu quarto, ele nunca vai esquecer esse dia — contou Ino entusiasmada com o plano.

— Concordo. Para uma criança isso será realmente inesquecível.

— Para qualquer órfão — complementou Naruto.

Quando saíram do orfanato a noite já havia tomado o céu num tom escuro. Caminhavam de mãos dadas para casa, porém Naruto parou subitamente.

— Ino, eu esqueci de ir num lugar — avisou ele.

— Certo, depois vamos para casa — disse se propondo a acompanha-lo.

— Na verdade eu preciso ir sozinho.

Ela franziu o cenho e cruzou os braços. O noivo sabia que quando ela fazia isso não era bom sinal e por isso sorriu sem graça.

— Porque não posso ir junto?

— Nem casamos e já está desconfiada de mim? — ele perguntou em tom brincalhão, mas para Ino serviu mais como um alerta. Realmente não precisava agir daquela forma.

Ela abaixou o olhar um pouco envergonhada, o que não passou despercebido pelo loiro que segurou o rosto feminino entre as mãos e depositou um beijo casto no topo da cabeça.

— Vou falar com Iruka-sensei, tenho que fazer um pedido à ele, entende?

O semblante de Ino clareou entendendo perfeitamente qual era o pedido. Ela sorriu assentindo.

— Não vou para casa agora, vou no hospital ver Sakura — avisou ela.

— Ela falou para mim ontem sobre fazermos um encontro duplo — comentou Naruto. — Se estiverem dispostas podemos ir jantar juntos, eu, você, Sasuke e ela. Que tal?

— Pronto, vou falar com Sakura sobre isso.

Ele assentiu sumindo num shunshin* em seguida.

***

Naruto bateu três vezes na porta da casa de Iruka, e quem abriu foi Shizune.

— Konbanwa, Naruto! — cumprimentou a mulher num sorriso gentil.

— Konbanwa, Shizune-san!

Ela abriu mais a porta.

— Entre — convidou gesticulando com a mão. — Iruka está no banho, mas já deve estar terminando.

Entrou deixando as sandálias de shinobi no genkan*, e Shizune o direcionou até a sala onde sentou-se sobre as pernas dobradas no tapete.

— Eu fiz Ika Ten*, e tem chá gelado, aceita Naruto?

Ponderou não aceitar, ainda jantaria com Ino e provavelmente com Sasuke e Sakura, mas não faria uma desfeita de recusar o aperitivo.

— Aceito sim!

Momentos depois Shizune retornava com uma bandeja em mãos. A depositou sobre a mesa baixa em frente ao loiro. Na bandeja residia o aperitivo. Provou e estava uma delícia. A kunoichi pareceu ficar contente com as feições de deleite de Naruto ao comer.

— Está incrível, Shizune-san!

— Iruka sempre pede para que eu faça.

— É totalmente compreensível — ele soltou um riso que foi retribuído com um sorriso da morena.

Shizune sentou-se no chão na outra ponta.

— Então, Naruto — falou atraindo a atenção do Uzumaki. — Como vai os preparativos do casamento?

— Vão bem até agora. Tudo conforme os planos de Ino, é ela quem está á frente de tudo — riu. — Ela quer tudo perfeito, no jeito dela e está movendo todo o clã Yamanaka e o Hokage para isso. Então apenas fico em posição de observar e ajudar quando ela ordena.

Shizune riu cobrindo a boca.

— Imagino que ela tem amado cada detalhe dos preparativos.

— Sim!

— E se empenhado muito também, Sakura me falou que tem mal dormido nos últimos dias.

— Verdade, eu tentei a acalmar, mas o temperamento dela só a fazia ficar irritada comigo — relatou suspirando frustrado e arrancando uma risada de Shizune.

— Naruto? — a voz de Iruka soou na entrada da sala, chamando a atenção dos dois. — Não te vejo há um tempo.

— Perdão, Iruka-sensei. Estou muito atarefado com o Rokudaime. Principalmente nos últimos dias, queremos nos folgar para meu casamento.

— Sei disso — o sensei sorriu juntando-se ao dois na sala — Será praticamente um evento para a vila. O casamento do Herói da Vila e da Guerra. Não me surpreende Konoha inteira entrar em júbilo.

— Os convidados das outras vilas chegarão um dia antes — revelou. — Os Kages já confirmaram suas chegadas no dia da cerimônia.

— Por isso o empenho de Ino e do clã Yamanaka... — comentou Shizune. — Até os Kages estarão aqui.

— Sim.

— Mas porque da visita, Naruto? — indagou Iruka. — Não teria vindo uma hora dessa sem um motivo que eu sei — completou em tom brincalhão.

Naruto respirou coçando a nuca. Sua agitação não passou despercebido pelo casal, que o encarava curiosos.

— Eu... — limpou a garganta. No fundo estava um pouco sem graça de fazer o pedido, e tentava ao máximo disfarça, porém ficou claro que não conseguia. Então resolveu não enrolar. — Iruka, você poderia ir à cerimônia como meu pai? — questionou em tom de convite.

O sensei repentinamente parou um pedaço do Ika Ten próximo a boca e arregalou os olhos surpreso com o pedido. Shizune ao lado teve a mesma reação.

— Naruto? Foi por isso que veio? — perguntou o sensei e Naruto assentiu com convicção.

Iruka abaixou o olhar e foi possível ver que tinha os olhos marejados, o que aqueceu o coração do loiro. O pedido vinha martelando em sua mente desde que foi marcado a data do casamento.

— Sim — o sensei limpou a garganta se recuperando e encarou o loiro com carinho e firmeza. — Conte comigo.

Naruto se levantou automaticamente e se curvou, mais uma vez surpreendendo o casal.

— Obrigado, Iruka-sensei! — agradeceu com um sorriso alegre.

Em resposta abruptamente Iruka se ergueu também.

— O que está fazendo, Naruto? — se curvou para o loiro — Eu é que devia estar agradecendo.

— Não precisa, sensei! Eu fico muito feliz por ter aceitado, eu que devo agradecer!

— Eu... — o professor ia retrucar, mas a voz da esposa o cortou.

— Os dois não precisam agradecer, sempre foram como pai e filho! Então parem com isso!

Ambos se encararam refletindo aquelas palavras e sorriram um para o outro.

***

A lua coroava a janela feita com barras de ferro.

Adentrou na cela em silêncio, em passos despreocupados. Sentou-se numa cadeira no canto, os movimentos sendo ignorados pelo residente da cela que apenas encarava o teto deitado na cama de fino colchão.

Sasuke continuou sentado sem nada falar ou fazer por minutos, ele e Toneri acostumaram-se a presença um do outro. E durante os meses aprisionado fora assim que se encontravam sempre que o Uchiha o visitava.

Ambos tinham muitas coisas em comum, principalmente em relação a semelhança de seus passados, porém o que predominava entre os dois em momentos como aquele era o apreciar do silêncio. Não havia barulho maior do que o silêncio, e naquele instante trazia uma sensação de mais proximidade e amigável intimidade do que se estivessem dialogando.

Assim persistiram, Sasuke encarando a lua com o único braço sobre a coxa, e Toneri com os dedos entrelaçados na cintura ainda encarando o teto.

As visitas que fazia ao Otsutsuki eram semanais. Vez ou outra Sakura o acompanhava apenas para dá um "oi" à Toneri, e de vez em quando Sai aparecia também. Não se surpreendia por serem os únicos a visita-lo, pois foram eles que estiveram mais tempo com Toneri e acabaram criando empatia pelo albino. De certo modo isso era bom. Konoha não sabia que havia um Otsutsuki preso na vila, e nem deveriam saber, então quanto menos visitantes na prisão melhor para não chamar atenções indesejáveis.

— Sua vila parece estar se preparando para uma grande festa — comentou Toneri acabando com o silêncio, porém ainda sem desfazerem suas poses.

— Haverá um casamento — sibilou.

— Para tamanha agitação eu acredito que seja um casamento importante. Diria ser do Hokage — deduziu.

— Quase um Hokage — corrigiu.

— Bom, se me lembro você disse que Naruto era um ninja muito importante para o mundo Shinobi. Seria ele a casar?

Sasuke assentiu com um ruído. Mais alguns segundos de silêncio se seguiram que dessa vez foram interrompidos pelo Uchiha.

— Falta apenas três meses para sua soltura — comentou. Toneri nada falou. — Realmente voltará para a lua?

— Sim, cumprirei meu papel como descendente de meu pai Hamura.

— Estará em vigilância — concluiu.

— Sim.

Tornou o silêncio por alguns poucos minutos, porém não se sentiam desconfortáveis. Até ser novamente quebrado.

— Estarei em vigilância também… — disse Sasuke, agora observando a figura do Otsutsuki deitado. — Preciso encontrar os rastros de chackra de Kaguya.

— Uma missão?

Assentiu.

— Quando partirá?

— Nessa semana, após o casamento de Naruto — respondeu e pela primeira vez até aquele momento Toneri o encarou.

A decisão já havia sido tomada. Na verdade, eram duas missões, sendo a segunda investigar uma estranha ocorrência de pessoas que explodiam próximo a Kirigakure. A Mizugake acredita que tem algo haver com doujutsu após fazerem alguns exames nos corpos, e requisitou Sasuke por ter o Rinnegan.

 Apesar de ter apreciado voltar a Konoha, ele sabia ser um ninja que protegeria a vila do lado de fora, então o sacrifício de viajar para longe não lhe incomodava. Porém dessa vez levaria Sakura consigo. Seria uma viagem de alguns anos, e a rosada aceitou o desafio sem pensar duas vezes.

O Otsutsuki se ergueu atraindo a atenção subitamente de Sasuke. Ele parou em frente ao Uchiha e estendeu sua mão em cumprimento surpreendendo Sasuke. Encarou a mão por alguns segundos e então correspondeu com a única mão num aperto firme.

— Acredito que não voltaremos a nos ver — disse o albino com seu único olho a encarar Sasuke.

— Muito provável.

— Então eu devo agradece-lo Uchiha. Obrigado por me mostrar a verdade, por acreditar em minha redenção e por não me julgar pelo meu passado.

Sasuke se ergueu, ambos com as mãos ainda apertadas.

— Apenas peço que num futuro distante, possamos ter sua ajuda caso haja a necessidade.

— Têm a minha palavra como descendente puro de Hamura.

Ambos assentiram com convicção, se fitaram por uns instantes passando confiança e simbolizando a amizade distinta dos dois, e então Sasuke desapareceu num shunshin.

Reapareceu próximo onde sentiu o chackra de Sakura. A rosada caminhava ao lado de Ino, as duas conversando distraídas na rua. Aproximou-se por entre as pessoas transitando, mas uma presença conhecida atrás de si o parou.

— Somos homens de sorte, não acha, Teme? — perguntou Naruto com as mãos no bolso. O loiro ficou ao seu lado enquanto observavam um pouco afastados as namoradas pararem para conversar com uma mulher conhecida de ambas.

— Concordo — limitou-se a dizer.

— Vai realmente levar Sakura-chan para a missão?

— Sim.

Naruto estalou os dentes.

— Sei que a Sakura-chan não precisa de proteção, mas cuide dela por nós quatro.

— Quatro?

— Eu, você, Sai e Kakashi. Cuide dela em nome de todo o time sete. Ela é importante para todos nós, então…

— Entendo — cortou. Apesar de não confessar verbalmente, não permitiria que algo acontecesse com Sakura.

Observaram as namoradas se despedirem da mulher sem nada falar.

— Então, que tal jantar com elas. Nós quatro?

Sasuke suspirou. Gostava de ter refeições sozinho, ou com Sakura desde que voltou, mas não ia desfazer do amigo, até porque aqueles eram os últimos dias que se veriam antes de viajar, e não havia uma perspectiva de quando seria a volta.

— Claro, pode ser no Ichiraku — deu um curto e singelo sorriso.

— Óbvio que será lá! — retrucou Naruto num riso abraçando-o de lado.

***

O dia do casamento chegou.

Toda a vila estava em sintonia com a cerimônia. Anbus circundavam e monitoravam, tanto ao redor de Konoha, como também ao redor de onde aconteceria a cerimônia. E a mesma aconteceria num belo bosque, justamente onde outrora, mais de um ano atrás, Iruka e Shizune casaram-se. Para Ino foi o lugar perfeito, pois já o tinha escolhido como local para seu casamento ainda naquela época de tão bonito e perfeito para a ocasião.

O bosque ao ar livre trazia uma sensação mais natural. Era circundado por árvores altas com as copas como teto, projetando um arco de sombra que combinava com a leve brisa que soprava e deixava tudo mais agradável. A decoração em branco e lilás combinava com o kimono da noiva, que do último andar do casarão observava o espaço onde estavam os convidados já sentados, à espera da cerimônia.

Assistiu os amigos a conversar nas primeiras fileiras. Também os Kages numa fileira de cadeiras separadas, com exceção de Kakashi. Haviam muitos convidados, vários colegas ninjas, além de vários conhecidos próximos ao casal, principalmente os da vila, como o senhor Teuchi proprietário do Ichiraku.

Ino observou com satisfação e orgulho toda a decoração. Todo o empenho tinha valido a pena no final, pois tudo estava lindo, exatamente como planejou, desde o arco principal adornado com rosas lilases e com cortinas brancas, até a curta plataforma de degraus brancos armada para a união. O caminho até a plataforma possuía um tapete lilás, com pequenos e esbeltos vasos de rosas brancas flanqueando.

Foi impossível não sorrir realizada. Em especial quando olhou para si mesma, vestida num elegante kimono branco com bordas em rico lilás e detalhes bordados no obi* roxo que prendia o kimono na cintura. Os cabelos loiros soltos caiam como cascatas dourados pelas costas, e colocou uma rosa branca onde ficava a presilha. Nos últimos casamentos que presenciou imaginou-se daquele jeito e finalmente concretizou.

Olhou para o lado encontrando Naruto a encarar o monumento dos Hokages ao longe.

Confessou mentalmente se fascinar com o quão formoso ele estava, em seu kimono preto com uma camisa longa branca por baixo. Parecia até surreal para si pensar que meses atrás ele estivera a ponto de morrer e agora estava ali ao seu lado, como seu noivo. Riu por dentro ao imaginar o que sua versão quando criança na academia imaginaria sabendo que se casaria com Naruto dez anos depois, seria no mínimo cómico a reação perplexa e descrente que teria. Porém não pensaria mais no passado quando tantas coisas os esperavam no futuro. Formariam uma família em breve e isso sim é que deveria focar.

Seguiu o olhar do loiro até o monumento dos Hokages, e sabia que ele encarava especificamente o rosto do pai. A reflexão de que era a nora do Yondaime a invadiu e se sentiu honrada. Queria muito ter o conhecido.

— Chegou o momento — a voz de sua mãe atrás atraiu a atenção dos dois que se viraram.

Em frente uma porta dupla estavam o Rokudaime, Tsunade, Iruka, sua mãe e também o pequeno Sasuke encostado nas pernas de sua mãe, que o abraçava por trás. O garoto não fazia ideia que aquele era o último dia dele vivendo como órfão, pois após a cerimônia ele iria morar com Naruto e Ino.

Os três primeiros se aproximaram olhando com orgulho para Naruto, e Ino sabia que aquele era o momento deles com Naruto, as três pessoas vivas com mais relevância na vida do loiro.

— Como seu sensei e Hokage, alguém que acompanhou toda sua trajetória, eu posso afirmar que esse é o dia em que mais tenho o orgulho de você, Naruto — falou Kakashi com as mãos para trás e mesmo usando máscara era possível ver que sorria por baixo dela. — Está dando um grande passo, não como ninja, mas como homem, e com isso em mente em me lembro de você quando criança criando algazarra por onde passava. Bom, o tempo passa, aquele moleque se foi e tudo o que vejo agora é um homem tomando a decisão mais honrosa e responsável que se possa tomar, que é casar-se.

Naruto assentiu impactado pelas palavras do albino.

— Obrigado, Kakashi-sensei.

— Eu tomo as palavras do Rokudaime como as minhas. Acho que nunca senti tanto orgulho de alguém como tenho de você, Naruto. Foi realmente como um filho para mim — disse Iruka — Na verdade tenho orgulho dos dois, meus queridos alunos da academia — alternou o olhar para Ino que sorriu agradecida.

Tsunade deu um passo a mais, ficando bem próxima do Loiro. Ela o encarou com carinho, e com afeto atencioso ajeitou um pouco o Kimono dele.

— Seus pais estariam ainda mais orgulhosos de você se pudessem estar aqui esse dia — disse a Godaime o encarando.

Naruto abaixou o olhar. Ele fechou os olhos e quando os abriu novamente estavam marejados.

— Eu queria tanto que eles estivessem aqui hoje — confessou entristecido. Todos na sala se compadeceram, em especial Tsunade que o abraçou.

— Todos nós queríamos que estivessem.

O loiro assentiu. Tsunade desfez o abraço e lhe sorriu.

— Estará casando com uma linda e forte Kunoichi, não seja tão emotivo — brincou arrancando sorrisos de todos. Ela então se direcionou a Ino e sorriu. — Você estará casando com um baka, Ino. Lhe desejo paciência.

Riram, e a Godaime se afastou.

Ino então segurou a mão de Naruto, e o mesmo a fitou numa expressão alegre que foi retribuída. A sinceridade e carinho no olhar de ambos comprovavam as promessas e palavras de compromisso, amor e companheirismo que seriam ditas.

— Está pronta?

Ela assentiu.

Os dois então se encaminharam de mãos dadas, passando pela porta dupla e logo estavam no arco principal, com todos os convidados a os observarem curiosos e sorridentes. Todos se levantaram conforme eles começaram a andar pelo tapete em direção a plataforma.

Uma infeliz doença quase impediu suas felicidades, mas ela foi vencida, e daquele dia em diante ela passara a ser Ino Uzumaki.

O que começara como uma boa amizade se transformou em casamento. Nunca imaginaria anos atrás estar casada com Naruto, mas a perplexidade positiva disso a fez acreditar que na verdade tudo começara justamente quando percebeu por ele Sentimentos tão Inesperados.

 

Fim


Notas Finais


Sumario
Genkan*: é a área de entrada tradicional para casas e prédios japoneses.
Obi*: é um cinto usado com roupas tradicionais japonesas.
Shunshin no Jutsu*: é uma técnica de movimento em alta velocidade.
Ika Ten*: é um aperitivo bem tradicional no Japão, sendo crocante e salgado.

Bom, essa fic chegou ao fim, um final clichê eu sei, mas já o tinha em mente desde o começo 😅, fazer o que! Eu gosto de finais clichês em romances. Espero que não tenham ficado com a sensação de final apressado, não quis deixar arrastado, ou prolongar o que em nada acrescentaria no enredo.
Quero agradecer de coração a todos que a acompanharam desde o começo e quem veio após. Obrigado por tantos favoritos (mais de 400!!) e por todos os comentários. Eu comecei essa fic apenas por curiosidade de saber como seria escrever uma fic, (além de poder colocar minha imaginação para trabalhar) e por isso escolhi um casal não tão "famoso" assim: NaruIno. Mas nunca imaginaria que Sentimentos Inesperados fosse tão longe, ao ponto de receber vários feedbacks alegando que é a melhor fic NaruIno do Spirit, e fico alegre e lisonjeado por isso. Sei que falhei em não dá tanta atenção assim para ela, mas o motivo é que descobri amar escrever e meu empenho foi desviado para outros enredos que me vieram a mente. Porém tenho um carinho especial por essa fic, ela é quem me deu a segurança e impulso para escrever, ela é a "mãe" das minhas outras fics, pois se não a tivesse começado nunca teria escrito nada aqui no Spirit até hoje.

Obrigadão a todos que chegaram até aqui, quem quiser deixar um feedback geral sobre a fic eu estarei destacando, e se quiser me acompanhar tenho outras fics.

Abração. ❤


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