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História Seth e Eve - Um coração quebrado


Escrita por: paty_melo26

Capítulo 38 - Um coração quebrado


EVE

Sabe quando você está se afogando, e tudo o que você precisa é encontrar alguma coisa para se segurar para não afundar mais e parar de engolir água? Era como eu estava me sentindo antes, e agora que estou aqui me segurando nessa borda, nessa esperança... Eu simplesmente não quero me soltar, não quero.

Estou tão agarrada á ele que acho que posso acabar me fundindo meu corpo no dele. Senti saudade disso, de tê-lo me beijando, de sentir seus braços a minha volta me segurando e de seus lábios macios nos meus.

Eu acho que posso dizer que amo seus beijos também. Talvez seja a segunda coisa que amo nele ou a terceira, porque seus olhos vem antes, eles são como dois sóis e eu me sinto ligada á eles de uma maneira que nunca senti com mais nada. Eles me passam sinceridade e segurança, e eu gosto de me sentir segura com Seth, pois é o que procuro.

Antes eu não tinha essa segurança, essa sensação de realmente ser amada, de que nada iria acontecer comigo. Devon nunca me passou isso, mesmo com meu melhor amigo comigo, eu sempre sentia que faltava algo mais, e acho que encontrei em Seth no momento em que olhei para seus lindo olhos.

Afasto meu rosto do dele para respirar e ele segura meu rosto procurando meu olhar.

- Por favor, não vá. Não fuja. - diz sussurando quase desesperado.

Balanço a cabeça e ele entende errado me puxando mais ainda para si.

- Eve...

- Eu não posso. - falo balançando a cabeça procurando as palavras certas - Não vou. Não consigo mais fugir. - seguro suas mãos que estão no meu rosto - Eu simplesmente não suporto mais fugir disso, Seth. Não quero mais fugir, quero você, e quero que vejam isso.

Seus lábios cobrem os meus mais uma vez e ele solta o ar quando volta a me encarar. Seu sorriso é lindo.

- Você está falando a verdade? - sorrio e puxo seu rosto com as duas mãos beijando-o novamente - Meu Deus, Eve. Eu espero não estar sonhando, porque isso é muito bom. É bom demais.

Eu não consigo segurar minha risada. Estou me sentindo tão feliz, que poderia até pular aqui mesmo, porque nunca me senti tão bem.

Seth me abraça e então me beija, e volta ao processo de me abraçar de novo. Quando ele faz isso, posso sentir seu coração acelerado no peito. O meu está do mesmo jeito, tão acelerado como se eu tivesse corrido uma maratona, mas esse é só um dos efeitos que Seth causa em mim.

Meu sorriso morre quando me lembro que tenho que ir trabalhar e que o taxi estava á caminho.

- Droga! - xingo me afastando dele e pegando minha bolsa que deixei cair no chão - Estou atrasada para o trabalho.

- Eu te levo. - ele oferece, mas eu faço que não com a cabeça.

- Não! Você tem aula, e eu já pedi um táxi. - me estico nas pontas dos pés e lhe dou um selinho, mas ele me segura e me beija de verdade. Quando me afasto estou respirando quase ofegante. - Te vejo mais tarde.

Dessa vez eu corro dele, mas apenas porque estou atrasada para o meu trabalho. O que ele não vê é que agora tenho um grande sorriso no rosto, e ele fica ali pelo resto do dia, porque não consigo esquecer os minutos que estive em seus braços e o momento em que admiti para mim mesma que o amava. E agora estou contando os minutos para encontrá-lo de novo.

O tempo parece passar devagar enquanto eu e minha equipe trabalhamos para um novo projeto que talvez será o maior em que todos já trabalharam. Eu converso com eles e sugiro algumas mudanças aqui ou ali. Eles gostam e eu sorrio mais do que o necessário durante todo o dia. Naomi até me perguntou sobre meu entusiasmo, mas eu apenas me limitei a dizer que era apenas animação pelo trabalho. Ela fez que sim com a cabeça, não acreditando muito, mas eu não estava querendo explicar à ela meus motivos para estar tão alegre, então eu apenas segui assim durante às horas seguintes.

No almoço eu conversei com o outro pessoal animada, e eles admitiram que esperavam que eu fosse um pouco mais esnobe por ser protegida do dono da empresa, então eles descartaram isso quando me viram interagir mais cedo, e eu lhes disse que não era prodegida de ninguém, que eu estava com meu pescoço em risco tanto quanto eles.

Todos riram quando eu disse isso e a conversa fluiu durante todo o almoço.

No fim do dia me despedi de todos e fui até o carro de Liam que estava mais uma vez me esperando com um olhar muito sério e com os braços cruzados sobre o peito. Eu podia ver sua mandíbula travada e os músculos dela se mexerem.

Chego perto dele e sorrio, mas ele não retribui, ao invés disso, ele faz a pergunta que temi por bastante tempo.

- Então o cara por quem você esteve chorando algumas semanas atrás era ele? Seth?

Engulo em seco e digo:

- Sim!

 

SETH

As horas pareciam não passar e a cada minuto que passava, meus olhos iam para a tela do celular e eu via se já tinha passado os minutos, mas eu apenas descobria que não tinha. E quando chegou a minha ultima aula, não pude deixar de praguejar, porque eu deveria ter pedido o número dela antes de ela ir embora apressada para o trabalho, e agora eu estou aqui olhando para o meu celular como se ele fosse me dar alguma sugestão de seu número.

Mike bate com a bola na minha cabeça e eu o lanço um olhar mal humorado e massageio o local onde ele me acertou.

- Cara, você passou todo o dia nisso aí. - ele se estica para ver o que eu fazia, mas apenas guardo o aparelho na minha mochila e tomo a bola de sua mão - Ei! - grita enquanto passo por ele e vou para o campo treinar.

Ouço seus passos atrás de mim, tentando me acompanhar.

- Me dê essa bola aqui, Seth! Eu preciso treinar melhor meus chutes. - fala chegando ao meu lado e tomando a bola para ele de novo - Que bicho te mordeu cara? Melhora esse humor. - pergunta passando por mim e seguindo para o campo.

Ele está certo! Preciso melhorar meu humor, ou eu vou acabar melando o treino e posso ser mandado mais cedo pro chuveiro do que pretendo. Por isso eu paro por um momento na beira do campo e respiro algumas vezes para poder me concentrar, e quando termino já não estou pensando mais tanto em Eve.

Entro de vez no campo e peço a bola de Jordan que está falando com um dos rapazes. Ele lança a bola na minha direção eu a pego no ar sorrindo.

O treinador bate palmas para mim.

- Esse é o nosso quarteback.

Volto minha atenção para o gol e lanço a bola que passa pela trave, e mais uma vez o treinador grita, mas o que realmente chama minha atenção é Megan gritando meu nome junto com as outras garotas da equipe de torcida. Olho na direção delas e franzo a testa.

Não havia notado elas ali quando entrei no campo. Geralmente elas treinam longe dos rapazes para não tirar a nossa atenção.

Megan sorri quando vê que estou olhando e acena para mim com o pompom na mão. Eu apenas balanço a cabeça pra ela e volto ao meu treino quando o treinado começa a nos chamar.

 

EVE

- Quem te contou? - pegunto depois de um tempo em que ele ficou ali parado me encarando, como se eu fosse explicar sobre mais alguma coisa, mas eu não estava realmente disposta á fazer isso.

Seu olhar ainda está duro sobre mim.

- É difícil não saber quando a universidade explode em burburinhos e fofocas sobre o grande beijão que o novo casal deu na frente de todos. - ele cospe as palavras de maneira amarga - E você nem para me dizer alguma coisa. Eu tive que passar as minhas aulas ouvindo perguntas que nem eu sabia responder.

Baixo minha cabeça envergonhada e depois volto a encará-lo.

Eu sei que deveria tê-lo avisado, ou ter sido sincera com o mesmo quando semanas atrás ele me perguntou quem era a pessoa que havia me feito chorar e me deixado para baixo por alguns dias.

Odeio me sentir assim, culpada, pois meu amigo merece muito mais. Ele merece a verdade de mim.

- Desculpa? - peço dando um passo em sua direção - Eu sei que deveria ter te contado, mas eu fiquei com medo de contar e você olhar assim. - aponto para ele - Você está me olhando como se eu tivesse cometido algum crime e me fazendo me sentir culpada. E não gosto de me senti dessa forma, porque não tem que ser errado você estar gostando de alguém.

Ele tenta falar, mas para surpreso quando ouve minha palavras.

- O quê?

- Eu estou apaixonada por Seth. - admito me sentindo muito melhor, mas em seguida não me sinto mais tanto, pois Liam está me olhando com dor. - Liam...

Ele ergue uma mão e vira de costas para mim apoiando as duas mãos no teto do carro. Eu o vejo baixar a cabeça e balançá-la em silêncio. Meu coração aperta.

Não gosto de vê-lo desse jeito e é por isso que me aproximo dele e toco em seu ombro, mas ele recua do meu toque e se vira para me encarar, então me vejo á beira das lágrimas quando olho em seu rosto. Eu nunca o tinha visto assim. Liam parece quebrado e eu sinto bem no fundo esse seu olhar.

- Liam... - tento falar mais uma vez, só que ele faz que não e abre a porta do seu carro - Liam? - me desespero e alcanço sua janela - Onde você vai?

Ele está olhando para frente quando acaba de vez comigo, bem ali na calçada e na frente do prédio.

- A nossa amizade acabou.

- Não. - falo chorando - Liam, por favor, não. Você é meu melhor amigo...

Dessa vez ele me encara com seus olhos vermelhos.

- É só isso que sou, não é Eve? Apenas seu melhor amigo. O cara que está lá para tudo, para quando você tem o coração quebrado. Quando está triste, ou quando precisa de uma carona. - sorri sem humor - Não importa o quanto eu tente fazer ser notado além disso. Não é? Além do melhor amigo bonzinho. - eu estou chocada demais para dizer algo - Engraçado! Pela sua reação, você nunca se quer notou cada gesto, cada olhar ou o cuidado meu com você. Ou o quanto fui protetor e ás vezes até territorial. Não! Você jamais notou.

Liam liga o carro.

- Mas tudo bem, Eve. Você não tem culpa. - fala olhando para frente novamente - Não dá para mandar no nosso coração ás vezes. Eu sei o quanto é difícil tentar não olhar para a pessoa por quem está apaixonado e não querer estar com ela do todas as maneiras. Apesar de a sua amizade ter sido o bastante pra mim antes.

- Ainda podemos ser amigo, Liam. Eu ainda o quero como meu melhor amigo...

Ele nega com a cabeça com vigor. E eu me sinto sem chão e começo a chorar em desespero. Tento abrir sua porta, mas ela está travada, então dou a volta no carro, mas está trancada também. Bato no vidro, só que meu amigo apenas passa a marcha e sai dali com o carro acelerado.

Fico olhando seu carro sumir entre os outros na avenida movimentada e continuo chorando, até que alguém aparece e me ajuda a sair da rua, perguntando meu nome e se preciso de algo, mas eu não consigo responder, e eu ainda estou olhando para a direção em que seu carro seguiu andando.

Depois de me acalmar o suficiente, eu chamo um táxi e vou para a universidade. Não penso muito quando sigo até o campo onde Seth provavelmente está, e quando o vejo, corro em sua direção sem se importar com os olhares, porque neste momento tudo o que preciso é de seus braços.

Ele me vê chegando e solta a bola vindo na minha direção preocupado. Eu me lanço nele voltando a chorar, sem se quer me preocupar o quanto ele está suado.

- Eu o perdi, Seth. - falo soluçando - Perdi meu melhor amigo.

Ouço alguém gritar, mas eu nem tento saber quem seja a pessoa, apenas choro enquanto Seth me pega no colo e caminha comigo até o meu dormitório e me leva para o meu quarto.


 



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