História Seven Paradises (Imagine BTS) - Ilhas Das Mujeres: Kim Namjoon (parte II).

Quarta-feira, 09:30 hr da manhã.

“No período Pré-Colombiano, a ilha era sagrada para a deusa lunar Ixchel, dos Maias. Quando os Espanhóis chegaram à ilha no século XVI deram-lhe o nome de "Isla Mujeres" (Ilha das Mulheres) devido às muitas figuras de culto dessa deusa na ilha.”

— Para onde iremos? — questiono após sairmos de dentro da casa e começarmos a caminhar pela calçada perto do mar.

Olhando agora de dia, era incrivelmente maravilhosa essa vista, os coqueiros enfeitam o lugar, assim como as casas lindas e luxuosas ali. Essas casas ficam ao redor de um lindo e grande jardim de flores, coqueiros, plantas, gramas, em espaços bem organizados para andar de carrinhos, bicicletas, e etc. A grama muito bem cortada, assim como todas as plantas, a calçada bem feita, onde a maioria passa para ir até as outras partes da ilha, fica ao lado do mar, tanto que se uma onda forte vier, atinge nossos pés, ou até mesmo pode alagar o lugar.

Tudo tão lindo, inclusive o homem que está ao meu lado, este que está com uma bermuda branca jeans, uma camiseta polo listrada, na cor branco e preto, e um sapatênis preto, um belo conjunto. Ele se veste bem.

— Iremos para a Tartugranja, é um santuário das tartarugas, um local onde só tem esse animal. Podemos vê-las, tocá-las, dar comida, da qual compramos antes de entrar no local, e nadar com algumas delas na parte do oceano que elas ficam. Tartugranja foi fundada como um projeto de proteção marinha, as pessoas pagam pela entrada, e o dinheiro arrecadado vai todo para ajudar esse projeto que está ativo em várias partes do mundo. Muitas são achadas quase mortas, asfixiadas com produtos que nós mesmos descartamos irresponsávelmente no habitat delas. As pessoas desse projeto, pegam as que acham e dão todos os cuidados precisos, até retornarem para os oceanos, porém tem alguns casos de mães que morrem após ter os filhotes ou somem, e os cuidadores pegam esses filhotes, cuidam e os dão um lar em um dos grandes aquários terrestres que tem lá, até ficarem em uma idade boa, e se quiserem partir, são devolvidas ao mar. Tem algumas que estão velhas demais, ou estão doentes, o pessoal também as colocam em aquários separados. Elas vivem bem, são muito bem cuidadas e alimentadas. Esta é uma atração mais voltada para o público infantil, mas eu gosto muito de ir lá. — ele sorri largo olhando para o horizonte.

Estamos caminhando por alguns minutos, tudo está tão confortável e relaxante com Namjoon e suas conversas. Inteligente, bom em palavras e excelente em explicações. Realmente, um ótimo guia.

— Essa causa é muito bonita, gosto de tartarugas, são bonitinhas. Vou doar uma quantia de dólares para esse projeto, achei bem interessante e lindo da parte dessas pessoas em ajudar os animais, seres tão frágeis e belos que o ser humano ousa machucar. — digo direcionando meu olhar ao horizonte também, com um sorriso nos lábios.

Sinto o olhar de Namjoon em mim, queimando sobre mim, me observando fixamente.

— Lindo é o que está fazendo também, tenho certeza que essa doação vai ser de muito bom grado para eles.

Olho para ele, e sorrimos um para o outro. Caminhando lado a lado, bem perto um do outro, às vezes sua mão esbarra na minha, mas somente isso.

— Sabe de uma coisa que também é lindo? — interrogo ele, olhando em seus olhos.

Namjoon franze a sobrancelha, sorrindo ladino, olhando em meus olhos também.

— O que seria?

— Você.

Ele sorri largo, com as bochechas rosadas.

— Por essa eu realmente não esperava. Mas, eu também sei de uma coisa que é linda. — sorriu fechado me olhando de canto.

— E o que seria? — questiono, curiosa.

— Você.

Demos algumas risadas, e conversamos sobre coisas aleatórias até chegarmos ao nosso destino.

 Tartugranja.

Leio o letreiro da grande rocha esculpida em formato quadrático, com um tartaruga grande esculpida ali também, muito bem pintada e desenhada.

O lugar continha várias plantas ao nosso redor, como um caminho de plantas colocadas em cima de algumas madeiras, de forma rústica e bem feita. Paramos em frente á quatro pessoas sentadas atrás dem uma mesa comprida, deduzo ser a recepção do local.

— Olá, eu vim ver as tartarugas. — Namjoon dita novamente em inglês, me fazendo perceber seu timbre ainda mais forte do que em coreano, o que achei interessante.

O platinado inicia uma conversa com o funcionário sobre nossas entradas e comidas para os animais, enquanto eu observo o local ao redor. Parece que estamos em uma pequena floresta, com lindas flores e diversas plantas e coqueiros.

A natureza é tão linda.

— Vamos?

Sinto uma mão quente e grande segurar a minha com leveza, olho para frente vendo Namjoon com um lindo sorriso, alguns centímetros de mim, me esperando para irmos.

— Claro.

Ele nos guia para dentro de um grande "salão", digamos que um salão grande e aberto, o qual nos dá a bela visão do mar e as rochas. Olhei ao meu redor vendo vários aquários terrestres de todos os tamanhos.

— Pegue um, anjo. — ouço a voz grave de Namjoon ao meu lado.

Vejo ele estendendo um saquinho transparente, cheio de pequenas bolinhas amarronzadas e esverdeadas.

— É a ração para dar às tartarugas, elas ficaram bem mais amigáveis assim que oferecer alimentos, são gulosas. — disse e rimos baixinho.

— Comida é tudo, deixa qualquer um feliz. — rimos novamente.

Estendo minha mão e pego um dos saquinhos de suas mãos. Andamos por todo o salão, que contém muitas tartarugas desde as mais pequenas até as maiores, são tão amigáveis e fofas! Me encantei pelas pequenas, algumas são tão pequenas que cabem duas em uma só mão.

— Parece que ela gostou de você, anjo. — ouço a voz de Namjoon atrás de mim.

Uma de suas mãos vai até minha cintura, a segurando levemente. Não a tirei dali, não pretendo e nem quero.

— Também acho, se eu pudesse levaria ela para casa. — rimos fraco e nos olhamos.

Em minhas mãos tinha uma pequena tartaruga verde claro, ela está quietinha em minhas palmas, parece cochilar, após eu ter dado rações para ela.

— É uma pena não poder comprar e nem adotar uma, os funcionários daqui são bem rígidos e sistemáticos, não confiam muito esses bichinhos tão delicados em mãos humanas que eles não conhecem. — ditou levando sua mão até a tartaruguinha, fazendo um carinho em seu casco.

— O pessoal daqui está certo em fazer isso, todos os animais merecem ficar em mãos confiáveis. — digo fazendo carinho no animal também.

— As tartarugas são exploradas durante décadas, hoje elas lutam contra a extinção. Á cada mil nascimentos, apenas 1 ou 2 sobrevivem, é uma coisa séria.

— Isso é muito triste. — minha feição se torna triste ao olhar novamente a tartaruguinha e pensar que por conta de nós seres humanos, um dia, esses bichinhos tão lindos e sensíveis, podem chegar a não existir mais.

Me inclino sobre o aquário, para colocar a tartaruga lá dentro. Consequentemente empino a bunda, me esquecendo que Namjoon estava atrás de mim, ato que fez meu traseiro roçar em seus quadris. Sinto a mão dele apertar firmemente minha cintura, e um suspiro longo vindo de sua boca. Deixo a tartaruga dentro do seu lar e volto ao meu lugar de antes.

— Anjo... — ouço a voz grossa e rouca dele perto de meu ouvido, sua mão ainda aperta minha cintura.

Sorrio sapeca e me viro de frente para ele.

— O que foi, Namjoon? — suspiro fraco ao ver o quão próximo estávamos, podia sentir a respiração dele em meu rosto, e a minha no rosto dele.

— Não vejo a hora de ter você sentada em meu colo, rebolando bem gostoso. — sua voz grossa saiu como um sussurro, quente e direto.

Levo minha mão até sua camiseta polo, brincando com meus dedos na gola, segurando entre o vão das abas, trazendo seu belo rosto para mais perto do meu e roçando nossos lábios deliciosamente.

— Eu também não vejo a hora de ter você dentro de mim, te apertar bem gostoso, e ouvir você gemer.

Olho no olho, com uma intensidade e desejo deslumbrante. Ele me faz pegar fogo, dizer palavras indecentes, desejá-lo.

— Não diga isso para mim assim em público, anjo. Eu posso ser um homem bom, mas também posso ser um homem mal, quando quero. — diz com seus lábios agora rentes ao meu ouvido, seus dedos longos apertam firmemente minha cintura. Ele tem pegada, e bem gostosa por sinal.

O platinado voltou a olhar em meus olhos, cara a cara novamente. Minha mão destra foi até a lateral de seu rosto e o acariciou.

— Então me mostre esse seu lado mal, Kim Namjoon. — digo me aproximando novamente dele, rente aos seus lábios.

Saio de perto dele dando um sorrisinho de lado, andando em direção a um outro aquário gigante, sendo seguida por ele.

— Você sabia que a cópula das tartarugas pode durar várias horas? Os machos são menores que as fêmeas, agarram-se a elas sobre o casco, utilizando as longas garras das nadadeiras anteriores e posteriores. Os machos brigam pela oportunidade da cópula, mas uma mesma fêmea pode ser fecundada por vários deles. — após ficar ao meu lado e dizer sobre o acasalamento das tartarugas, para quebrar o clima sexual que causamos segundos atrás, demos várias risadas pela fala aleatória do platinado.

Ele é realmente um nerd pervertido, mas que respeita muito as mulheres, as tratando como rosas, e não as vendo como apenas objetos ou parceiras apenas para foder. Kim Namjoon é um homem perfeito, me surpreende ainda estar solteiro, parece ser um excelente partido.

— Vejo que já está confortável comigo. — diz com a voz grossa e um sorrisinho pequeno nos lábios fartos.

Fico de frente para ele, vendo sua destra colocar uma madeixa minha que estava em meu rosto, atrás da orelha.

— Você torna tudo confortável. — sorrimos um para o outro.

— Já que é assim. Anjo, você me acompanharia até um belo restaurante á beira do mar, com deliciosas comidas típicas desta ilha? — me interroga, estendendo sua mão para mim, a qual seguro sem hesitar, com um grande sorriso no rosto.

Faz tanto tempo que não me sinto assim, desejada. 

— Claro que sim, adoraria sua companhia em um almoço.

Andamos em direção á saída de mãos dadas, mas antes de irmos, fiz a doação do dinheiro para o projeto, o pessoal ficou muito feliz, me agradecendo várias vezes. Já fico feliz em saber que essa equipe e os animais marinhos terão um dinheiro para um bom investimento, principalmente em alimentações e remédios para os bichinhos.

(...)

Ter a companhia de Kim Namjoon está sendo adorável, ele é uma pessoa incrível.

Após termos um almoço ótimo, com várias comidas deliciosas típicas aqui da ilha, em um restaurante luxuoso e moderno com uma mesa reservada para nós dois frente ao mar, fomos para a área de praia, aproveitando o sol quente e o mar com a água linda em tons de azul claro e verde claro, bem calma, sem muitas ondas.

Andávamos de mãos dadas, sobre a areia fria. Namjoon está me ajudando a achar algumas conchinhas.

— Oh! — ouço o platinado ao meu lado, vendo-o soltar minha mão e ir em direção a algum lugar á nossa frente, se agachando alí. Fui atrás dele, ficando de pé um pouco perto dele. — Um caranguejo filhote, que fofo. — Namjoon sorriu largo, deixando suas lindas covinhas aparecerem.

Guardei as conchinhas dentro da bolsinha bem pequena que trouxe. Me aproximo do platinado ficando ao seu lado, ele segura um pequeno caranguejo em sua grande mão esquerda, o bichinho era tão pequenino em comparação a mão de Nam! Aquela mão que me fez imaginar seus longos dedos invadindo minha boca, os sujando com minha saliva e depois os penetrando bruscamente em mim, metendo em uma velocidade maravilhosa e gostosa.

Tudo em Kim Namjoon me deixa louca por ele, talvez seja o tempo que eu passei sem transar, e agora os hormônios estão á flor da pele.

— Tão bonitinho. — digo tocando levemente o animalzinho, com um certo medo dele prender meu dedo entre suas garras.

Namjoon sorriu e deixou o caranguejo na areia novamente, se levantando e ficando ao meu lado, observando o filhote que está a cavar um buraco para se esconder.

— Que acha de tomarmos um banho de mar agora, hum? — me pergunta, enquanto leva suas mãos até a barra de sua camiseta polo, a retirando em fração de segundos, jogando sobre uma das cadeiras de praia que estão distribuídas por toda a área que estamos.

Meu olhar caiu sobre o tronco desnudo do platinado, engoli seco o admirando.

Ele é magro, mas um magro com músculos, seus braços com músculos médios e definidos, o peitoral médio e também definido, juntamente com o abdômen quase definido, com alguns gominhos. A cintura perfeita, na medida certa de uma pessoa magra e forte. Reparo em sua clavícula que está com os ossos expostos e bem chamativos. Kim Namjoon tem um corpo nada muito exagerado, porém super gostoso.

— O que foi? — me pergunta com um sorrisinho no rosto, ele sabe que estou o secando na cara dura.

— Hmm, só estou te observando. — sorrio inocente, começando a tirar minhas roupas e ficar somente com as roupas adequadas para um banho de mar.

— Por que não observa mais de perto? Ou se preferir tocar, sabe que sou só seu enquanto nós estivermos aqui, né?!

Esse homem quer acabar comigo, só pode!

As mãos grandes vão em direção á bermuda, tirando-a e colocando juntamente com a camiseta polo. 

Céus, as pernas grossas...

A pele tão branquinha, parece tão sensível e macia. Namjoon fica de calção todo preto, que ele colocou debaixo da bermuda, após termos ido na casa dele e nos trocarmos para vir a praia.

— Vem aqui, vou passar protetor solar em você primeiro. — ditei com o protetor em minhas mãos, dando espaço para o mais alto se sentar em minha frente e eu atrás dele.

Eu vou tocar na pele dele, meu Deus.

Passo protetor em minhas mãos, começando a espalhar pelas costas largas e com alguns músculos do platinado. Sua pele tão macia, me dá vontades de o tocar mais, e assim comecei uma leve massagem nele.

— Estou te tocando agora, o que acha? — sussurro em seu ouvido, dando uma pequena mordida no lóbulo de sua orelha, o soltando lentamente.

— Eu acho que está maravilhoso. — solta um arfar e relaxa mais os músculos. — Suas mãos são tão macias, anjo. Estou ansioso para sentí-las me tocando em todas as partes de meu corpo.

— Irei adorar fazer isso, Nam. — digo perto de sua orelha, dando uma risadinha safada no final da minha fala.

Após passar protetor em Namjoon, e como eu já tinha passado protetor em mim antes de sair, fomos para o mar. A água morna e transparente é simplesmente linda, conseguia ver perfeitamente meu corpo e o de Namjoon na água.

Namjoon mergulhou, ficando alguns segundos debaixo d'água. Assim que retornou á superfície, passou a mão em seu cabelo o jogando para trás, ficando com a testa exposta e uma feição séria e sexy. Os pingos da água em seu rosto e pescoço, descendo por sua clavícula definida, até chegar novamente ao mar.

Engulo seco. Esse homem é uma verdadeira tentação!

Tiramos bastante fotos, juntamente com várias conversas sobre coisas aleatórias.

Descobri que Namjoon estava solteiro por medo de se machucar novamente em relacionamentos, e que após ter terminado um relacionamento de cinco anos, por sua ex namorada ter o traído com o melhor amigo dela, ele resolveu dar um descanso para sua mente, pensar somente nele e em seu futuro. É realmente uma pena, mas Namjoon é um bom rapaz e precisa se reerguer novamente antes de pensar em outro alguém. 

Estamos a algumas horas no mar, já está ficando tarde, deve ser umas cinco horas. Porém, estou adorando ficar aqui com ele, mesmo que meus dedos estejam todos enrugados, e meu cabelo implorando para ser lavado.

— Aqui é tão lindo… Se eu soubesse antes que esse lugar existia, teria vindo para cá a muito tempo. — digo intercalando meu olhar entre o homem ao meu lado e o horizonte da paisagem linda á minha frente.

— É difícil as pessoas conhecerem ilhas, grande parte não são tão reconhecidas, por isso você não fazia idéia que esse lugar existia. — diz me olhando fixamente.

— É uma pena muitas pessoas não conhecerem esse lugar, tão belo.

— Hum, nem tanto. Quanto menos pessoas, melhor, assim a poluição não invade o lugar, porque querendo ou não, um ser humano só polui qualquer lugar que vai, imagina muitos de nós? 

Tão inteligente.

— Eu não vou discordar de você, e espero que continue quase ninguém conhecendo esse lugar. — demos risadas.

— Já está tarde, já já o festival começa, vamos sair da água? Precisamos nos arrumar, e sei que provavelmente você vai demorar bastante, anjo. — diz rindo de mim e nadando para fora do mar, sendo seguido por mim.

— Hey! Eu não enrolo tanto assim para me arrumar! — bato levemente em seu braço após sairmos do mar.

— Hum, sei. — ri novamente, enquanto pegamos nossas coisas e andamos em direção a casa dele.

(...)

Após nos arrumarmos, estamos quase chegando no Playa Norte, onde ocorre a festa e o lugar que tem a melhor área de praia desta ilha, perto do porto e passarela onde chegamos na noite passada. As várias luzes do local chamam muito a atenção. O lugar é de tirar o fôlego, vários restaurantes, com várias cabanas abertas de telhado de palha, onde os freguezes podem sentar e comer, e tudo moderno, rústico e luxuoso. Muitos coqueiros ao redor, com alguns "sofás" de madeira com uma almofada grande em cima, espalhados pela área de frente aos restantes, para as pessoas sentarem e curtirem a vista do mar á frente.

Tudo tão lindo.

— O que quer comer? Aqui tem de tudo! — Namjoon me interroga, olho os restaurantes á nossa frente.

— Que tal comermos comida coreana ou japonesa? — rimos baixo.

— Tudo bem, mas também vou te apresentar algumas comidas e bebidas típicas do México. — ele entrelaça nossos dedos, nos levando até um dos restaurantes, onde sentamos em um mesa de madeira rústica, debaixo de um telhado rústico de palhas e madeira.

— Olá, boa noite, senhora e senhor. Vão querer alguma bebida, ou alguma comida? — o garçom nos atende atenciosamente.

— Boa noite, dois Mezcal, e dois Bulgogi. — Nam diz para o garçom, que anota os pedidos, e sai logo em seguida.

— Mezcal? O que é isso, Namjoon? — pergunto de cenho franzido, curiosa.

— É uma bebida muito típica do México, quase igual tequila, porém, digamos que essa é uma versão mais, "rústica" da tequila. — diz ele mexendo as mãos.

— Parece ser bom. — digo sorrindo.

— Você vai gostar, anjo. — sorri para mim, levando uma das mãos abaixo do queixo, suspendendo-o em sua palma. — O que está achando da Ilha das Mujeres?

— É maravilhoso esse lugar, Nam. Não tenho nem palavras para descrever sobre essa ilha! — olho maravilhada ao meu redor, e paro meu olhar nele. — Estou gostando mais ainda da sua companhia.

Um sorriso grande surge nos lábios de Namjoon, assim como o rubor em suas bochechas, e suas belas covinhas.

— Eu fico imensamente feliz que esteja gostando deste lugar, principalmente que está adorando minha companhia. — diz enquanto leva uma de suas mãos até a minha, a segurando e fazendo um carinho no dorso.

Sorri para ele, tenho certeza que meus olhos estão brilhando, como as estrelas daquela bela noite.

(...)

Terminamos de comer e beber, curtindo um pouco do belo festival que está a ocorrer ainda, Namjoon sugeriu que nós dois andássemos pela praia, olhar o céu estrelado.

Tiramos nossos sapatos, os levando nas mãos. Namjoon segurou em minha mão e entrelaçou nossos dedos. Começamos a andar pela bela praia de areia clara, o mar está um pouco quieto, com poucas ondas, que mesmo assim fazem um belo som quando se chocam com a areia.

— Esqueci de te falar uma coisa. — o platinado diz rindo.

— O que seria? — olho para ele, que evita me olhar e continua rindo baixo. — O que foi, Namjoon? Me conte!

— Sabe a bebida Mezcal que nós tomamos?

— Sim.

— Uma curiosidade sobre essa bebida é o antigo costume de algumas marcas introduzirem a larva de uma borboleta chamada de gusano dentro das garrafas de mezcal. Esta larva, que normalmente se desenvolve no meio das plantas do agave, mantém-se intacta, submetida a determinado teor alcoólico na bebida, abaixo deste teor ela se desintegra, e assim é feito essa bebida. — ditou, um pouco mais sério.

Arregalo meus olhos, parando imediatamente de andar, minha boca se forma em um perfeito "o".

— Eu não acredito que você me fez tomar uma bebida que tinha larva, Namjoon! — dito incrédula, sentindo um certo nojo me invadir.

Enquanto isso Namjoon ria.

— Você está bem, anjo? Não tem alergia a larva ou algo do tipo não né? Por favor me desculpe! — diz se aproximando de mim, após eu sentir ânsia.

— Namjoon, eu vou bater em você… — digo em tom baixo, com uma mão na boca.

— O que disse?

Ele toca meu ombro, e me olha preocupado. Eu não sei se sinto raiva, nojo, se rio, se acho fofo ele se preocupando comigo. Mas opto por lançar um olhar raivoso para ele.

— Eu disse que vou bater em você!

— Mas…

Dou um leve tapa em seu braço, Namjoon arregala os olhos e assim começamos a correr pela praia. Não me aguentei e comecei a rir da situação, sendo acompanhada pelas gargalhadas do platinado também, que está um pouco á frente de mim.

Namjoon desacelerou os passos, assim pude alcançar ele mais rápido, até eu tropeçar em uma pedra média, que não vi por conta do escuro, me agarrando á Namjoon, que me segurou em seus braços porém perdeu o equilíbrio, assim nos derrubando na areia.

Rimos alto da situação toda.

Nossos rostos estão tão perto um do outro, e percebendo isso,  cessamos nossas risadas, nos encarando profundamente.

Namjoon levou uma de minhas mechas, que caía em meu rosto, para trás da minha orelha. Sinto meus músculos ficarem tensos, assim que Namjoon passou seu polegar pelos meus lábios. Encaro sua boca, tão vermelha e carnuda.

Me rendo ao desejo de o beijar, aproximando mais meu rosto do dele, o vendo fechar seus olhos enquanto sua mão acaricia minha bochecha. Fecho meus olhos, roçando nossos lábios lentamente. Sinto a mão dele ir até minha nuca e a puxar levemente, me fazendo entender que ele queria aquilo mais do que eu.

E assim junto nossos lábios, Namjoon começou a fazer um carinho em minha nuca, até que sua língua pediu passagem para minha boca, e eu cedi. Nossas línguas se encontram, se entrelaçando, em uma bela dança. Nossas bocas se encaixam em pura sincronia, em um beijo lento, que começou a esquentar assim que Namjoon puxou levemente alguns fios de minha nuca, e eu levo uma de minhas mãos até a lateral de sua cintura, a apertando. O platinado sugou minha língua, mordendo levemente meu lábio inferior, o soltando lentamente, me fazendo soltar um arfar.

Senhor, que beijo maravilhoso.

Mordi lentamente o lábio inferior de Namjoon, o fazendo soltar um suspiro baixo e puxar mais meus cabelos. Ele foi parando o beijo com alguns selinhos, até nossas bocas não estarem mais juntas, me fazendo sentir saudades da dele.

— Vamos para casa? — pergunta, me olhando com desejo e luxúria, enquanto sua mão volta a acariciar minha bochecha.

— Vamos.