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História Seven's Casinos - Straight


Escrita por: chiibis

Capítulo 6 - Straight


Fanfic / Fanfiction Seven's Casinos - Straight

O som ainda ecoava alto no corredor que levava as escadas da garagem, embora a festa já estivesse acabando e tivesse restado somente algumas pessoas que era possível contar nos dedos das mãos.

“Que porra--” Youngjae virou o rosto, evitando assistir a cena por mais tempo do que necessário.

Jaebum tinha as mãos entrelaçadas com uma moça, seu quadril pressionando as nádegas da garota, que gemia todas as vezes que Jaebum alcançava o lugar que lhe proporcionava prazer. Seus seios tocavam o capô do carro, como se ela não só estivesse sentindo prazer com o pênis de Jaebum dentro dela, como também estar transando no capô do carro dele.

Jaebum largou do corpo da garota, como se tivesse sido pego fazendo algo absolutamente imperdoável.

“Youngjae--” Youngjae ainda mantinha o rosto virado na direção contrária, evitando ver as duas pessoas semi nuas transando no capô do carro.

“Eu vim pegar meu outro note que ficou no carro do Mark. Vocês podem continuar o que estavam fazendo, finjam que nem me viram aqui.” Youngjae deu a volta no carro de Jaebum, indo em direção a traseira do carro de Mark buscando pela sua mochila.

Youngjae mantinha seu rosto virado o tempo todo, logo ele não pode ver a expressão de frustração de Jaebum.

O coração de Jaebum de repente bateu de forma estranha e sua respiração ficou mais lenta e difícil de encontrar o ar. Ele não sabia se sua frustração era por ter sido pego fazendo sexo com outra pessoa por Youngjae, ou se pelo fato do garoto agir como se a cena que ele tinha presenciado não tivesse o afetado em nada.

A garota não parecia se importar com a presença da terceira pessoa na garagem, ela se manteve na mesma posição que estava antes da sua chegada.

“Hey, acho melhor você subir.” Jaebum sussurrou pra garota e quando ela se virou, percebeu que Jaebum já não estava 'ativo’. Antes de protestar, ela agarrou suas roupas e começou a se vestir, fazendo Jaebum se dar conta de que talvez ela também tenha perdido o tesão.

Antes da garota terminar de colocar as roupas, Youngjae já havia alcançado sua mochila e estava prestes a subir as escadas de volta para a festa, quando Jaebum o chamou.

“Youngjae.”

Youngjae finalmente se virou, encontrando um Jaebum bagunçado e amarrotado e se ele não estivesse se sentindo tão estranho, também o acharia atraente naquele estado.

“Eu não sei exatamente o porquê, mas eu acho que deveria me desculpar.”

Youngjae decidiu que encarar o chão seria melhor do que encarar os olhos de Jaebum.

“Você não precisa se desculpar. Você não fez nada de errado. Desculpas são pedidas quando se faz algo errado ou por algo que você se arrepende, e eu não vi nada de errado aqui. Fazer sexo é perfeitamente normal.” Youngjae tinha o hábito de falar sem parar quando estava nervoso, ansioso ou sob pressão. Jaebum já tinha guardado aquela informação sobre o garoto, algo que ele não fazia com as outras pessoas. Jaebum nunca se importou em analisar o comportamento dos outros, Youngjae era o primeiro que o fazia fazer aquilo.

Jaebum sentiu vontade de agarrar o garoto, abraçá-lo forte e se desculpar até Youngjae aceitar olhar nos seus olhos novamente, mas a razão o impediu de fazer aquilo.

“Youngjae…” Jaebum o chamou quase que em um sussurro, quase que implorando, ele só não sabia pelo quê exatamente.

“Eu devia subir, Mark está me esperando.” Jaebum sentiu vontade de assassinar o colega de apartamento naquele momento, ele só queria mais tempo com o garoto, mais tempo para se explicar, mas não sabia o que deveria explicar. Não só a aparência física de Jaebum estava uma bagunça, como sua mente também estava no mesmo estado.

“Hey.” Jaebum tocou o braço de Youngjae delicadamente e o toque fez com que o garoto retraísse o corpo pra longe dele, como se Jaebum estivesse sujo ou doente. Talvez essa era a melhor definição de como ele estava se sentindo, sujo e doente.

Youngjae agarrou o notebook com mais força, como se ele fosse seu único escudo ou um urso de pelúcia, e começou a subir as escadas de volta para a festa, deixando Jaebum parado no meio da garagem com o coração acelerado e o peito doendo.


//


“Você demorou.” Yugyeom observou.

Os olhos de Youngjae irradiava tristeza, como se algo o tivesse o feito triste de alguma forma quando ele foi até a garagem, e aquela era a primeira vez que ambos, Yugyeom e Mark, o via tão calado.

“Eu vou passar os dados pro servidor, assim nós não perdemos nada.” Youngjae ignorou os olhares que os companheiros lhe dava e continuou digitando linhas de comando nos dois notebook na sua frente, ambos apoiados na pequena mesa de centro.

Mark e Yugyeom se olharam confusos com o comportamento de Youngjae e só então Mark se deu conta do que poderia ter acontecido: Im Jaebum.

Jaebum tentou lhe dizer algo mais cedo naquela noite, mas ele estava ocupado com...Jinyoung, e não prestou atenção em qualquer que fosse o que o outro estava falando.

Após alguns minutos de digitação, Youngjae fechou a tampa dos dois notebooks e começou a coloca-los na sua mochila transversal.

“Tudo salvo. Se vocês não se incomodam, eu vou pra casa e amanhã--hoje, eu checo as informações e aviso se tiver algo suspeito.” Youngjae começou a se afastar mas foi interrompido por Mark.

“Você está bem? Quer que eu te deixe em casa?”

Quando Mark terminou de oferecer a proposta, Jaebum surgiu na porta que levava até garagem e seus olhos se encontraram com os de Youngjae.

“Estou bem, talvez um pouco cansado.” Youngjae mentiu e ninguém melhor que Mark para saber quando alguém blefava.

“Pegue pelo menos um táxi, afinal você está com dois computadores na bolsa.” Mark evitou forçar o assunto com Youngjae, sabendo que provavelmente quem havia feito algo errado tinha sido outra pessoa.

“Eu já chamei.” Youngjae mostrou o celular na mão e Mark se perguntou quando o garoto havia chamado, se ele não o tinha visto mexer no aparelho.

“Aplicativo Mark, aplicativo... não precisa pensar muito.” Youngjae lhe deu o sorriso mais triste que ele já tinha visto, era como se a felicidade tivesse desaparecido do mundo.

“Jae…”

“Eu preciso ir Mark, o táxi provavelmente já chegou.” Youngjae mentiu novamente e ao presenciar aquilo Mark sabia que ele e Jaebum estavam prestes a ter a maior discussão do século.

“Se cuida”

“Você também.” E com isso, Youngjae deixou a casa e um Mark absurdamente furioso.


//


Jaebum estava preparando algo para comer já que ele não teve apetite nas últimas 24 horas, o que era algo bem estranho considerando que quando ele não estava transando com alguma pessoa aleatória ou com os mecânicos do seu carro, ele definitivamente estava comendo ou procurando algo para comer.

As batidas na porta eram similares ao som de um desfile de carnaval, onde os tambores foram substituídos pela madeira da porta ou os toques da campainha.

"Quem foi o idiota que esqueceu o celular de novo?" Jaebum pensou em voz alta, pensando que alguém havia esquecido o celular durante a festa e só se dado conta agora, não seria a primeira vez.

"Onde está o Mark?" O garoto entrou no apartamento assim que Jaebum abriu a porta, não se importando em ter a permissão do outro para entrar.

"Bom dia para você também Raio de Sol." Jaebum deixou um pouco de sarcasmo e irritação sair com o cumprimento, afinal ele e Mark haviam discutido por horas na madrugada do dia anterior por causa do garoto. Mas como era esperado, Youngjae não notou o sarcasmo e muito menos a irritação na voz de Jaebum, continuando seu caminho em direção ao quarto de Mark.

"Eu tenho algo importante para mostrar pra ele. Ele vai me adorar quando souber!" Youngjae falou consigo mesmo, ou pelo menos foi o que Jaebum pensou ter sido, já que o garoto não olhava pra ele enquanto falava, e mais uma vez ele se sentiu invisível na presença de Youngjae, exatamente como quando eles se conheceram.

Ele estava no meio da escada quando Jaebum o avisou.

"Ele dorme pelado, você deveria chamá-lo e esperar ele colocar uma roupa antes." Jaebum definitivamente não queria que o garoto adoravelmente estranho presenciasse a imagem do seu colega de apartamento pelado, talvez ele estivesse um pouco enciumado, mas ele não podia confirmar aquilo, já que tudo sobre o garoto estranho o confundia de alguma forma.

"Eu já vi ele pelado, não tem problema." Youngjae respondeu normalmente, não percebendo as entrelinhas do que Jaebum estava tentando evitar.

'Ele é tão inteligente, mas ainda assim tão estúpido.' Jaebum pensou decidindo que iria comer toda a comida da casa, apenas para extrapolar toda sua irritação e frustração sobre o garoto.

Youngjae fez com que ele sentisse ciúmes e irritação duas vezes nas últimas 48 horas e ele não fazia ideia de como o garoto conseguiu aquilo, sequer percebendo do impacto que suas ações tinham sobre Jaebum. Sem mencionar o fato de que o Youngjae que acabara de entrar no apartamento agia opostamente ao Youngjae que havia saído da festa um dia atrás.

Jaebum ainda queria se desculpar, mas não sabia o que dizer após o pedido de desculpas, ele realmente não havia feito nada de errado, mas ainda assim seu coração doía como se tivesse feito.

"Quando ele viu o Mark pelado? Por que?" Antes que ele percebesse, ele já estava falando sozinho e tudo por causa do garoto estranho.

"Eu estou tão fodido." Ele balbuciou para si mesmo.


//


“Mark acorda!” Youngjae jogou a mochila em cima da enorme cama de Mark, chacoalhando o ombro do amigo para fazê-lo acordar mais rápido.

“Youngjae?” Mark perguntou ainda confuso e sonolento.

“Eu tenho algo pra te mostrar, acorda, acorda.” Mark iria demorar alguns segundos para acompanhar o ritmo do garoto. Ele se sentou na cama, passou a mão pelos cabelos e tentou ao máximo focar em qualquer que fosse a informação que o garoto estava prestes a lhe contar.

“Fala Jae.”

“Não falar, eu vou te mostrar.” Youngjae começou a tirar o notebook da mochila, abrindo a tampa do aparelho e digitando sua enorme senha, totalmente ignorando o fato de que na sua frente havia um Mark completamente pelado.

Quando a imagem da tela apareceu, Mark estava em choque com o que seus olhos viam. A sonolência havia se ido e dado lugar a um coração acelerado.

A imagem na tela do notebook era o que Mark precisava para dar continuação no seu plano, porém, sua mente estava lhe pregando uma peça, lhe fazendo sentir uma sensação estranha, uma sensação que ele já havia sentido antes. Mark estava com ciúmes.


//


Quando Mark e Youngjae desceram para o primeiro andar, Jaebum estava sentado no sofá do apartamento, que ainda estava sujo da festa dada a quase dois dias atrás.

“O Yug já está vindo?” Os dois haviam chegado na cozinha e Mark começou a procurar algo para comer, mas a geladeira e o armário estavam quase vazios, com exceção de uma caixa de leite e o chocolate em pó no armário.

“Chocolate quente?” Mark ofereceu e Youngjae negou, porém seus olhos viajaram em direção ao rapaz sentado no sofá e para sua surpresa, aparentemente Jaebum havia devorado toda a comida da casa vendo a quantidade de embalagens envolta do seu corpo.

“Ele disse que já está a caminho.” Youngjae respondeu a primeira pergunta, tentando ignorar o estado do rapaz no sofá.

“Você ainda não contou como distraiu ele durante a festa?” Mark havia terminado de preparar o chocolate quente e começou a se aproximar do sofá onde Jaebum estava, forçando o garoto a ficar próximo da pessoa que ele mais queria ignorar.

“Youngjae, meu querido, você tem certeza que quer saber?” O sorriso pervertido de Mark apenas o confundiu.

“Se eu perguntei é porque eu quero saber.” Mark chutou as pernas de Jaebum de cima da mesa de centro, ignorando toda a comida da casa estar sendo comida por ele e definitivamente ignorando a enorme briga que os dois tiveram no dia anterior.

Assim como Youngjae, Jaebum se recusava a olhar em direção ao outro, os dois ignorando o elefante na sala.

Youngjae sentou no sofá oposto ao que Mark e Jaebum estavam sentados, tentando ao máximo manter sua atenção no rosto de Mark, não no de Jaebum.

“Jae, minha criança inocente. Eu tenho algo que o Jinyoung realmente gosta.” Jaebum olhou para Mark, surpreso com a sua resposta, já que ele sabia que o outro era uma das pessoas mais frígidas que ele conhecia.

“O que?” A inocência de Youngjae chegava ao ponto cômico. Jaebum deixou um riso sair, ele não queria participar da conversa já que Youngjae estava lhe detestando e Mark não estava lhe adorando também. Sem mencionar seus próprios demônios lhe confirmando o quanto ele era ridículo e bacaca.

“Youngjae, Jinyoung gosta de homem. Ou de homem e mulher, não sei a sexualidade dele, mas ele gosta do que eu tenho. Entendeu agora?” Mark colocou o copo vazio em cima da mesa, no mesmo instante que a campainha tocou.

Mark levantou para atender a campainha, deixando o elefante na sala entre Youngjae e Jaebum, que ainda tinha sua atenção na comida ao seu redor e no seu celular.

'Eu devia dizer algo?’ Ele se perguntou, e aquilo era algo que nunca fazia. Youngjae jamais cogitava o que fazer, ele simplesmente fazia.

“Mark estava com fome, mas aparentemente você estava mais do que ele.” Youngjae se referia a quantidade de comida em volta do rapaz e Jaebum o olhou nos olhos, não acreditando que o garoto tinha dado o primeiro passo em iniciar uma conversa.

“Ele sobrevive.” Jaebum respondeu, soando mais rude do que gostaria.

'Ele não entende sarcasmo ou ironia de qualquer forma.’ Jaebum pensou, mas o que ele não sabia era que Youngjae ouviu aquela resposta como uma grosseria, afinal ele estava se esforçando para não deixar o clima pesado entre eles.

Mark voltou para o sofá, acompanhado de Yugyeom.

“Eu vou usar o banheiro.” Youngjae avisou, deixando os três rapazes confusos pela forma estranha com que ele disse.

“O que você fez?” Mark perguntou para Jaebum, que no momento estava ocupado encarando Yugyeom com uma expressão furiosa.



“Ele usa dois celulares, por isso nós não conseguimos informações do número registrado no nome dele.” Youngjae explicou após Mark ter feito Jaebum limpar a mesa suja de embalagens para que eles pudessem ter uma pequena reunião.

“No celular registrado no nome de Park Jinyoung não tem nada de suspeito, só ligações para a irmã ou para o cassino.” Youngjae explicou, enquanto Mark, Jaebum e Yugyeom o ouvia atentamente, embora os três outros não faziam ideia do porque Jaebum ainda continuava ali.

“E no outro?” Yugyeom soava ansioso para saber mais e cada vez que ele falava algo, Jaebum o olhava como se estivesse pronto para estrangulá-lo.

“No outro é que as coisas ficam interessantes.” Youngjae começou a digitar alguns códigos na tela do notebook, e o fato dele ser o único sentado no chão, o fazia parecer ainda mais adorável, na visão de Jaebum.

Algumas imagens começaram a aparecer na tela da TV do apartamento, surpreendendo os rapazes, principalmente Jaebum, já que o garoto não havia conectado nada e as imagens começaram a aparecer.

“Nós combinamos que você iria parar de se mostrar pra chamar atenção Jae” Mark comentou rindo. Youngjae era seu pequeno orgulho.

O corpo de Jaebum começou a reagir sozinho ao continuar observando o garoto fazer todas aquelas pequenas “mágicas” tecnológicas.

“Esse é o contato dele na China.” A imagem de um rapaz com os cabelos loiro queimado penteado para trás, óculos aviador preto e um casaco estilo militar surgiu na tela da TV, fazendo com que os três rapazes o observasse atentamente, enquanto Jaebum observava o garoto digitando no seu computador sem nem precisar olhar o que estava fazendo.

“Seu nome é Jackson Wang, ele é--” Antes que Youngjae pudesse terminar de explicar, Jaebum falou primeiro.

“Um piloto aposentado.” Jaebum tirou sua atenção do garoto e olhou para a TV, confirmando que eles estavam falando sobre o mesmo Jackson Wang.

“Ele foi expulso das filiações e campeonatos, após ser pego pela polícia em uma corrida de rua uns anos atrás. Desde então, ninguém falou mais sobre ele nos campeonatos profissionais, mas ele é sempre mencionado quando outro piloto é pego na mesma situação que ele. O pessoal comenta que na noite que ele foi pego houve um acidente, mas ninguém pode provar que foi culpa dele.” Youngjae estava surpreendido por Jaebum saber tanto e não ser um completo inútil, afinal o rapaz havia lhe poupado de dar a mesma explicação.

“E quem diria que Im Jaebum sabe algo além do que foder garotas aleatórias e corações inocentes.” O sarcasmo de Mark penetrou a mente de Jaebum como uma navalha, mas aparentemente só os dois entenderam o que Mark quis dizer.

“E o que ele e o Jinyoung tem a ver um com o outro?” Yugyeom perguntou.

Youngjae mudou algumas imagens na tela e uma foto de dois rapazes deitados na cama, um abraçando o outro por trás, enquanto o outro segurava o celular. O rapaz sem camisa dando o abraço era o tal Jackson Wang, enquanto que o outro segurando o celular, era Jinyoung.

Mark sentiu seu estômago esfriar de repente, uma sensação estranha impedia seu corpo de ajudá-lo a respirar normalmente. Mark estava sentindo ciúmes daquela imagem, não do rapaz que segurava Jinyoung.

Mark estava com ciúmes do rapaz abraçando Jinyoung, ciúmes do sorriso que Jinyoung tinha na foto, ciúmes das mãos do rapaz envolta do corpo de Jinyoung. Mark estava com todos os tipos possíveis de ciúmes.

Mas Jinyoung é só parte do plano.’ Mark tentou se lembrar.

“Acho que a foto diz bastante.” Yugyeom foi o primeiro a quebrar o silêncio esmagador.

“Aparentemente os dois ficaram juntos por mais tempo do que a estádia do Jinyoung na China.” Youngjae explicou e Mark não conseguia organizar a linha do tempo em que os dois haviam estado juntos, já que não havia nenhum relatório, dizendo que Jinyoung esteve em um relacionamento enquanto estava no Japão.

“Jackson não é só um piloto aposentado.” A informação chamou atenção de Jaebum, que mesmo não entendendo o que exatamente os três rapazes estavam investigando, conhecia o tal piloto e queria saber mais.

“Ele tem três tipos de vida, o Jackson Wang piloto, Jackson Wang mafioso e Jackson Wang caridoso.”

Youngjae digitou mais algumas linhas de comando, mostrando fotos e informações de jornais diferentes na tela da TV.

“Jackson Wang piloto, o nome dele ainda é conhecido, porém ele não pode mais correr profissionalmente, então ele usa o nome de um dos seus assistentes para ter sua própria equipe, tendo um aspirante a piloto treinamento para tomar o nome e a posição de Jackson no ranking mundial.” Aquela informação afetava mais Jaebum do que os outros três agentes.

“Jackson Wang mafioso é como ele paga as contas. Suas atividades ilegais vão de organizar corridas de rua até lavagem de dinheiro do governo. Seu nome nunca é mencionado nas ruas em vão, na China se alguém ouve o nome Wang, eles já sabem que estão com problemas.” Aquela era uma informação valiosa.

“Jackson Wang o caridoso, é a identidade que ele mais esconde, mas também é a que mais tem atividades. Ele usa o dinheiro da máfia inimiga para fazer trabalhos caridosos. Ele pretende que somente os Wang sejam donos das ruas e quando um grupo tenta atacá-los, Jackson usa seu poder para tirar todos os negócios e dinheiro deles, e então doa tudo para projetos caridosos. Mais uma vez ele usa nome de outra pessoa próximo dele, jamais seu nome é diretamente envolvido.”

“E ele e Jinyoung?” Mark parecia não ter ouvido nenhuma das outras informações, seu foco apenas em como o tal Wang e Jinyoung se conheceram.

“Como eles se conheceram não existem registros, como eles conseguiam se esconder no Japão também não, já que nós tínhamos agentes por todo o perímetro da rotina de Jinyoung.”

“Então sobre eles você não tem nada.” Aquilo saiu como se Mark estivesse culpando Youngjae pela falta de informação, e ao receber os olhares reprovadores de Yugyeom e Jaebum, ele tentou redimir.

“Digo, além das fotos dos dois juntos, não havia nenhuma informação a mais?”

“Desculpa Mark, isso foi tudo que eu consegui. Ainda tem mais algumas mensagens sendo escaneadas mas eu preciso checar uma por uma, por que embora meu algoritmo tenha 98℅ de precisão. Pode ser que eu não cogitei alguma variável externa e ela possa ser essencial.” Os três rapazes que ouviram o que Youngjae havia acabado de falar não haviam entendido nada, mas Jaebum sentia seu corpo reagir sozinho, mais uma vez. 

Toda vez que Youngjae falava algo que mostrava o quão inteligente ele era, Jaebum ficava excitado.



Jinyoung estava se fazendo de difícil, e a cada dia que passava sem Mark receber alguma resposta das milhões de mensagens que ele havia enviado, o frustrava mais e mais.

Mark encarava a tela do celular, esperando por alguma resposta ou alguma possível idéia de pergunta que obrigasse Jinyoung responder.

Jaebum desceu do quarto, indo em direção a área da cozinha, apenas observando o comportamento estranho de Mark jogado no sofá.

“Eu gozei nesse sofá ontem.” Jaebum mentiu, esperando que aquilo fosse chamar a atenção do outro, mas quando Mark não se moveu, ele sabia que o rapaz mal tinha notado a sua presença.

“Ele não vai responder se você ficar olhando pro celular.” Jaebum havia juntado as peças do quebra cabeça que era o relacionamento que Mark estava vivenciando no momento.

Mark continuou em silêncio, mas Jaebum sabia que ele não estava lhe ignorando, apenas muito absorto nos próprios pensamentos para conseguir ouvir o que ele estava dizendo.

“Você sabe que eu posso ajudar a conquistá-lo né? Ou pelo menos fazer ele responder suas mensagens.” Jaebum terminou de preparar seu café, indo em direção ao sofá de frente ao que Mark estava sentado.

“Como?” Mark finalmente respondeu.

“Primeiro de tudo. Me dá seu celular?” Mark parecia relutante mas acabou entregando o aparelho para Jaebum.

Jaebum digitou algo e apagou toda a conversa de Jinyoung do celular de Mark, lhe impedindo de saber qualquer que tenha sido a mensagem enviada.

“O que você fez?” Jaebum entregou o celular para o amigo e levantou do sofá, voltando em direção ao seu quarto.

“Você manda mensagem pra ele depois das 23, ok? Com um pequeno incentivo, se é que me entende.” Mark demorou alguns segundos para interpretar o que Jaebum quis dizer, mas quando se deu conta, ele riu pensando que não iria fazer aquilo e iria esperar para fazer as coisas do seu próprio jeito.




Embora Mark tivesse decidido não seguir os conselhos de Jaebum, ele não parara de ligar e desligar a tela do celular para checar a hora e se Jinyoung havia respondido pelo menos uma de suas mensagens.

O relógio marcava 23:06 e Mark decidiu que talvez ele devesse pelo menos perguntar o que Jaebum havia mandado para o outro rapaz, para evitar futuros mal entendidos.

'Ou talvez não.’

O relógio já marcava 23:35 quando Mark decidiu que talvez ele devesse tentar o que Jaebum havia aconselhado, afinal ele só iria ver Jinyoung na segunda-feira, e contando daquele dia, seriam 4 dias sem ver o rapaz, o que ele considerava tempo suficiente para que Jinyoung esquecesse qualquer que fosse a vergonha que ele estava próximo de passar.



A porta de Jinyoung se abriu, não o surpreendendo pelo novo visitante não ter batido antes.

“Não tive chances de falar com você depois da vergonha que me fez passar.”

Jinyoung continuava com o seu livro aberto, como se o novo visitante não fosse seu pai irritado pelas suas atitudes de semanas atrás.

“Jinyoung olha pra mim enquanto eu falo.” Seu pai pediu em um tom calmo que Jinyoung sabia que era só fachada, ele estava furioso com algo e o estava usando para descontar sua frustração.

“PARK JINYOUNG!” Seu pai gritou, batendo a palma da mão na escrivaninha de cascalho velho e escuro.

Jinyoung fechou seu livro calmamente, colocando o marca página em uma das páginas que ele havia parado e só então olhou para seu pai.

“Que diferença faz reclamar disso agora?”

“Park Jinyoung, não é porque você tem controle sobre o cassino, que você tem que parar por ai meu filho. Você tem uma profissão, status, família, você tem tudo Park Jinyoung. Você precisa usufruir dos seus benefícios.” Jinyoung sabia que seu pai na verdade queria dizer outra coisa.

“Você quer dizer, se tornar um juiz, aceitar propina dos seus amigos corruptos e nojentos, e fingir que no mundo só existe eu e o dinheiro que eu ganho em cima de gente inocente?” Jinyoung se levantou da cadeira, apoiando suas mãos na mesa e ficando da altura de seu pai.

Antes que Jinyoung dissesse outra palavra, seu pai lhe deu um tapa no rosto, surpreendendo Jinyoung, já que fazia muito tempo desde que o homem havia usado agressão física com ele.

Jinyoung não teve reação por alguns segundos, sua mão segurando a pele ardente devido ao tapa. Seus olhos brilharam com lágrimas, mas Jinyoung se recusava a chorar na presença daquele homem que ele tinha que chamar de pai.

O homem deu um último olhar de reprovação e saiu do quarto, evitando ficar ainda mais furioso e descontar no filho.

Jinyoung deixou seu corpo cair de volta na cadeira, sua mão ainda acariciando a pele ardente.

Após alguns minutos encostado na cadeira giratória, esperando que a ardência passasse, Jinyoung sentiu seu corpo doer e uma tristeza tomar conta, ele decidiu deitar na cama e esperar até que o sono chegasse, porém todas as vezes que ele fechava os olhos, a cena do seu pai lhe dando o tapa era reproduzida.

Jinyoung sempre pensou que memória fotográfica era seu bem e seu mal, seu céu e inferno. Às vezes ele gostava de poder lembrar de tudo, as vezes ele queria esquecer de tudo.

Seu celular vibrou no criado mudo e mesmo antes de checar, ele já sabia quem era.

Mark havia lhe mandado mensagens todos os dias desde a última vez que eles haviam se visto. Durante a manhã dizendo bom dia, durante a tarde perguntando se ele havia se alimentado bem e durante a noite, lhe desejando boa noite. No começo Jinyoung achava aquilo irritante e desnecessário, ao ponto onde ele não checava mais quando a notificação aparecia, mas os dias que ele ia buscar Nari na academia e os dois acontecia de se encontrar, Mark não mandava mensagens e depois de um tempo, Jinyoung se pegou sentindo falta do cuidado que o outro estava tendo. Embora ele jamais fosse assumir que gostasse de receber as mensagens ridículas que Mark mandava.

Jinyoung abriu a notificação e sentiu uma pontada gelada atingir seu estômago.

A mensagem dizia “Pensando em você.” e anexado a ela, uma foto do pênis completamente ereto de Mark. Jinyoung sabia que aquela foto não era de outra pessoa, pois da primeira vez que os dois passaram a noite juntos, Jinyoung teve muitas chances de analisar cada detalhe do órgão do outro, então ele tinha definitivamente certeza de que aquele era o Mark.

Jinyoung não sabia se devia responder, afinal ele havia passado todo o tempo ignorando as mensagens 'normais’ do rapaz. Mas agora ele estava irritado e frustrado, ele queria fazer algo que o fizesse se sentir livre.

Jinyoung tirou uma foto do seu membro não ereto e enviou para Mark, com a legenda.

Vai precisar de mais que uma foto pra ter algum efeito em mim.”

Mark recebeu a mensagem e seu coração acelerou, algo que não deveria acontecer já que chamar atenção de Jinyoung era apenas parte do seu plano de se aproximar do rapaz, ele não podia deixar nenhuma emoção pessoal ficar no caminho do seu objetivo.

Mark tirou uma foto do seu maxilar, dando espaço para mostrar seu queixo e lábios. Ele anexou a mensagem e enviou para Jinyoung.

Me diz do que você gosta e eu faço.

Ps: Minha boca está sentindo saudades da sua.”

Todas as vezes que Mark tentava flertar com Jinyoung, ele usava as cantadas baratas mais ridículas existente, mas aquilo o fazia adoravelmente fofo, e Jinyoung o detestava por isso.

Você quem começou. Você quem deve me dizer o que quer fazer comigo.”

Jinyoung respondeu sorrindo, deixando a ansiedade crescer no seu estômago, pensando qual seria a resposta do outro rapaz.

Jinyoung você sabe que eu quero fazer tantas coisas com você.

Ps:Olha quem está chorando sentindo sua falta.”

A foto anexada era da cabeça do pênis de Mark, liberando algumas gotas de líquido pré ejaculação. Os dedos de Mark estavam alisando a cabeça do seu pênis na imagem, e Jinyoung sentiu vontade de lambe-los até Mark gemer,  desejando lamber outro lugar além dos seus dedos.

O corpo de Jinyoung começou finalmente reagir e como ele não tinha nada a perder, enquanto uma mão segurava o celular, a outra massageava seu membro por cima da calça de pijama.

Parece que alguém está solitário.” Jinyoung anexou o vídeo dele massageando seu membro e quando Mark recebeu, ele não sabia exatamente de quem Jinyoung estava falando, se era dele ou do seu pênis sendo massageado. O que Mark definitivamente sabia era que ele queria poder ser aquele tocando o pênis de Jinyoung.

Se eu fizer vídeo me tocando, eu vou gozar rápido e não vai ter graça provocar você.”

Mark enviou a mensagem sem anexo e enquanto esperava pela resposta de Jinyoung, ele decidiu tirar toda a roupa.

Esqueci que você não dura muito.” Jinyoung anexou uma foto do seu membro ereto por cima da calça de pijama, e Mark riu do fato do rapaz o provocar e ser rude até através de mensagens.

Mark observou a imagem do membro ereto de Jinyoung, seu corpo estava quente e suado, querendo poder tocar Jinyoung e fazê-lo gozar na sua mão.

Talvez eu não dure muito, porque você me deixa excitado demais. É sua culpa, não minha. Mark confessou e agora era sua vez de anexar um vídeo dele se masturbando com rapidez e Jinyoung mordeu os lábios ao assistir o pequeno vídeo. Ele queria lamber o membro de Mark, suga-lo até seu jato de esperma explodir na sua boca.

Eu queria chupar você até você gozar na minha boca.” Jinyoung confessou, enviando uma foto mordendo os lábios.

Aquela foto era mais excitante do que qualquer outra que Jinyoung tinha mandado anteriormente. Os lábios do rapaz era tudo que Mark mais desejava naquele momento, seja envolta do seu pênis ou beijando sua boca.

Após observar aquela imagem por mais alguns segundos, Mark gozou por cima do seu abdômen, quase sujando a tela do seu celular que gravava em video daquele momento.

Queria você aqui lambendo toda essa porra em cima de mim e depois beijando minha boca pra eu saborear meu gosto nos seus lábios.” Quando Jinyoung recebeu o vídeo e viu as gotas de esperma por toda a pele de Mark, seus olhos se fecharam e ele imaginou seu corpo roçando por cima do rapaz, sujando sua pele com o orgasmo do outro. A velocidade das mãos de Jinyoung ficou mais rápida e logo foi a vez dele de gozar por todo seu quadril e calça.

Jinyoung tirou seu membro pra fora da calça, gravando um video curto dele passando seus dedos na cabeça do seu pênis e deixando sair o resto da sua ejaculação entre as pontas do seu dedo.

Boa noite Mark.” Jinyoung enviou o vídeo e Mark lambeu os lábios ao assistir.

Não me ignore mais Park Jinyoung. Jinyoung sorriu e desligou a tela do celular, indo em direção ao seu banheiro para tomar banho e limpar a sujeira que ele e Mark haviam feito.



“Pensei que tinha desistido de jogar.” O garçom familiar comentou ao ver Mark sentado no bar do cassino.

“Desistir jamais.” Mark bateu o dedo no seu copo de conhaque vazio, sinalizando que ele deveria colocar mais.

Se Jinyoung queria manter a fachada de se fazer de difícil, então Mark iria fazê-lo pagar por aquilo.

'Em posição.’ A voz de Yugyeom ecoou nos tímpanos de Mark.

'Mark, confirme sua posição.’ Youngjae pediu, a fim de testar o alcance dos microfones.

'Em posição.’ Mark respondeu, colocando o copo de conhaque nos lábios para impedir que alguém pudesse ler seus lábios e o vê-lo respondendo.

'Yug, você só precisa entrar no escritório dele e conectar o flashdrive na porta USB traseira.’ Youngjae repetiu pela n-ésima vez.

'No nosso idioma?’ Yugyeom pediu e Mark sorriu, mas quem quer que estivesse o observando pensaria que ele sorriu para a mulher que passou na sua frente o encarando.

'Coloque o quadradinho na entrada que encaixar na parte de trás do computador.’ Youngjae respondeu frustrado, como se eles tivessem tirado toda a mágica do momento.

'Mark, o Yug vai entrar em ação quando você começar a distrair o Jinyoung. Avise quando estiver pronto.’

'Entendido.’ Mark respondeu, observando o movimento do cassino, em busca do seu alvo.



“Ainda não entendi porque eu estou aqui.” Jaebum mantinha os braços cruzados no banco do motorista, como se alguém lhe tivesse tirado um doce.

“Mark disse que em caso o Yug precisasse fugir, você seria um bom motorista de fuga.” Youngjae repetiu o que Mark já havia repetido dez vezes para Jaebum, não se dando conta de que a pergunta do rapaz além de retórica, era irônica.

O garoto não tirava os olhos das linhas de código que surgiam na tela do seu notebook apoiado no seu colo no banco do passageiro ao lado de Jaebum.

“Vocês não tem pessoas responsáveis por essas coisas? Tipo motorista de fuga, carros blindados, todas aquelas coisas legais que a gente vê no cinema.” A pergunta de Jaebum era séria, mas Youngjae à interpretou como uma piada e começou a rir.

Jaebum não entendeu de onde veio a graça, mas ver e ouvir o som da risada do garoto era o bastante para que qualquer que fosse seu trabalho naquela noite, valeria a pena.

“Nada demais. Você que é muito inocente ao ponto que chega a ser engraçado.” Youngjae contou e Jaebum quem riu dessa vez, pensando que o garoto na sua frente era o cúmulo da inocência, mas agia como se soubesse de tudo.

“Mas sério, vocês não tem motorista?”

“Ele teve um imprevisto.” Youngjae respondeu assim que parou de rir.

“Então agora nós só esperamos?” Jaebum decidiu mudar de assunto, alcançado o café quente entre os bancos.

“Agora nós só esperamos.” Youngjae concordou.



Mark já havia ganhado duas mesas, ele sabia que Jinyoung o observava porque aparentemente havia um certo 'anúncio’ sobre qualquer atividade que ele viesse a realizar dentro do cassino.

“Você não percebe que está sendo inconveniente?” Mark reconheceu a voz sussurrando atrás da suas costas e próximo do seu ouvido, fazendo seus poros ficarem agitados.

Mark havia decidido dar um tempo do jogo e agora estava de volta ao bar.

Quando Jinyoung disse aquilo próximo do seu ouvido, Mark sentiu seu coração esfriar devido ao medo de ter sido pego com o microfone, mas o fone integrado estava no seu outro ouvido.

“Não sei o que pode estar me fazendo ser inconveniente, já que eu estou aqui apenas para jogar.” Mark se defendeu.

“Existem mais lugares na cidade que você pode frequentar para jogar.” Jinyoung sentou no banco ao lado de Mark, acenando para um dos garçons o servir uma bebida.

“Talvez Seven's Casinos seja especial.” Mark encarou os olhos de Jinyoung, e toda vez que ele fazia aquilo, o outro rapaz sentia que ele quebrava um pedaço da parede que Jinyoung demorou tanto tempo para construir no seu coração.

“Talvez você soa muito suspeito agora.”

“Você que é muito desconfiado Jinyoungie.” Mark bebeu todo o líquido do copo de uma única vez.

“Não sei quando te dei intimidade suficiente para me chamar assim.”

Os dois ainda encaravam um ao outro, como se houvesse uma rede magnética que os impediam de quebrar o contato visual.

“Acho que foi quando você me mandou umas certas imagens algumas noites atrás.” Mark passou a língua nos lábios e Jinyoung realmente queria poder beija-los.

“Você está me falando isso pra me chantagear?”

“Claro que não Jinyoungie.”

“Podia ser outra pessoa naquelas imagens sabia? Não tinha meu rosto em nenhuma delas.” Mark sabia que Jinyoung estava blefando.

“Jinyoung, acho que nossas atividades sexuais já me deu tempo o suficiente para conhecer seu... você sabe.” Mark sorriu.

“Não sei do que você está falando. Nós não tivemos tantas atividades para você reconhecer meu... você sabe.” Jinyoung não se deu conta de que aquilo soava como um flerte.

“Então nós deveríamos mudar isso e aumentar a quantidade. Te encontro no banheiro em 5 minutos.” Mark levantou da cadeira alta do bar, deixando seu corpo esbarrar nas pernas de Jinyoung na cadeira ao lado, e antes de se afastar, passou suas mãos na coxa do rapaz, as deslizando devagar e próximo o suficiente da virilha de Jinyoung.

Aquilo seria o bastante para fazer Jinyoung vir até ele.

'Yug, agora é com você.’ Mark disse no microfone.



“Ele não sabe flertar.” Jaebum e Youngjae ouvia tudo que Mark e Jinyoung falava no bar.

Youngjae não respondeu, não se interessando pelo comentário do outro.

“Ele basicamente implora para o cara sair com ele.” Jaebum continuou.

Youngjae assistia na tela do notebook um mapa, indicando através de pontinhos e scanner de calor, onde Yugyeom e Mark estava, e onde haviam seguranças e pessoas andando pelos corredores.

“Você sabe bem como flertar e conseguir as garotas.” Youngjae finalmente respondeu, quando Jaebum pensou que ele não estava prestando nenhuma atenção.

O garoto disse uma única frase, mas foi o bastante para deixar Jaebum sem palavras, se lembrando que as outras vezes que Youngjae o viu, ele estava sempre flertando ou pegando alguma garota.

Jaebum decidiu ficar quieto e deixá-lo trabalhar em silêncio.

“Eu nunca soube flertar, acho perda de tempo. Então nunca me esforcei em aprender.” Youngjae assumiu quando Jaebum pensou que o assunto tinha terminado.

“As pessoas querem transar, então diga diretamente 'Quero transar com você.’. Pra que perder tempo conquistando espaço? Se a outra pessoa quiser, ela vai dizer sim, se não... não. Não é rocket science.” Jaebum o olhava surpreso e Youngjae pensou que seria devido ao termo que ele disse, não pela sua forma de pensar.

“Quis dizer que não é algo tão difícil.” Ele explicou.

“O flerte faz parte da sedução. Faz as pessoas criarem a ansiedade de conseguir ou não levar a outra pra cama.” Jaebum tentou explicar para o garoto.

'Yug, tem um segurança na esquina do próximo corredor à sua direita.’ Youngjae avisou no microfone.

“Perguntar também cria a mesma ansiedade, a pessoa pode responder sim ou não.”

“Pra você é fácil falar.” Jaebum respondeu antes de pensar que aquilo podia soar rude.

'Mark desliga o microfone porque ninguém aqui quer ouvir vocês gemendo.’

“O que você quer dizer com isso?” Youngjae perguntou não só confuso, mas também ofendido, ele só não sabia exatamente o motivo por aquilo ter soado ofensivo. Seu rosto agora virado em direção a Jaebum, encarando cada detalhe da expressão do rapaz.

Jaebum sabia que se ele respondesse a verdade sobre o que o fez dizer aquilo, Youngjae provavelmente iria voltar a detesta-lo, e os dois haviam finalmente conseguido superar o desconforto da noite da festa.

'Merda! Youngjae!’ O garoto despertou do seu transe visual com Jaebum, ao ouvir seu nome sendo chamado e barulhos de socos e chutes vindos do microfone de Yugyeom.

Seus olhos voltaram para a tela do computador, e imagens do que parecia ser Yugyeom e outro alguém lutando aparecia em um dos corredores.

'Yug, tente ir para os fundos do cassino, fica na direção norte de onde você está agora.’ Youngjae mandou.

“Você ai, dê a volta no carro e estacione na rua lateral do fundo do prédio.” Youngjae ordenou Jaebum, e ele podia jurar que aquele era o pior momento para sentir ou pensar no que ele estava pensando e sentindo, mas Youngjae ficava ainda mais atraente enquanto agia todo mandão.

Jaebum ligou o carro, dando a volta no quarteirão e estacionando onde Youngjae havia mandado.

'Yug, a porta é digital, eu vou precisar de 3 minutos pra conseguir destrancá-la. Distraia os seguranças enquanto isso.’ Youngjae sabia que o termo distrair significava que seu amigo iria ter que lutar com no mínimo três seguranças sozinho.

“PORRA MARK QUE ÓTIMA HORA PRA DESLIGAR SEU MICROFONE.” Youngjae xingou, o que fez Jaebum se segurar no banco para tentar evitar que aquilo o deixasse excitado.

“Você quem mandou ele desligar.” Jaebum relembrou o garoto.

“Cala boca você. Caralho, ninguém perguntou nada.” Youngjae xingou novamente, sendo agressivo com Jaebum e o deixando sem palavras ou ações. Suas palavras ecoando em cada poro do corpo de Jaebum e fazendo com que todas suas formas de controle deixassem de existir, o fazendo perder todo o controle sobre seu próprio corpo. Youngjae o tinha feito ficar ereto, só por agir rude e agressivo.

'Abri. Sai dai Yug.’ Youngjae pediu, terminando de digitar mais algumas linhas de comando.

Jaebum achou melhor ficar calado, a adrenalina que exalava de Youngjae só o fazia ficar mais ansioso e consequentemente, mais excitado.

A porta traseira do automóvel se abriu, apresentando um Yugyeom com o rosto cheio de hematomas roxos, os lábios sangrando e a beirada da sobrancelha arranhada.

Jaebum não moveu o carro, esperando que talvez Youngjae o mandasse fazer outra coisa ou talvez muito preocupado em esconder sua ereção do garoto sentado ao lado.

“Você está esperando o quê?? O alvará da prefeitura para te dar direito de dirigir em alta velocidade?” Youngjae perguntou irritado.

Jaebum finalmente moveu o carro e Youngjae finalmente sentiu o que ele apenas havia visto em vídeo. Jaebum dirigia como um maníaco, mas a sensação de adrenalina no seu corpo o fazia vibrar.



Enquanto o mundo estava acabando do lado de fora, em uma das cabines do luxuoso banheiro, Mark engolia todo o comprimento do pênis de Jinyoung, fazendo com que a cabeça tocasse o começo da sua garganta e saliva grossa fosse usada de lubrificante para melhorar o movimento dos lábios e a pele do órgão.

Jinyoung não conseguia raciocinar direito, cada vez que Mark aparecia na sua frente, tudo que ele pensava era em sentir prazer, proporcionar prazer e gozar de todas as maneiras possíveis.

Mark trazia o lado de Jinyoung mais sem vergonha e depravado. O rapaz geralmente calmo, quieto e tímido, na presença de Mark se tornava pervertido, excitado e com tanto tesão escondido, que tudo que ele conseguia fazer era aceitar que Mark o fazia se sentir livre.

“Rápido Mark, alguém vai pegar a gente.” Jinyoung tentou ser eloquente, mas os gemidos que saiam da sua boca, só tornava aquele momento mais excitante.

“Pra que pressa Jinyoungie? Você é o dono do cassino, use seu poder.” Mark não esperava que ao dizer aquilo, o lado agressivo de Jinyoung fosse aparecer.

Jinyoung penetrou seus dedos no cabelo macio de Mark, segurando entre os fios, puxando seu pescoço para trás com força e precisão, evitando que o outro se machucasse de verdade. Os lábios de Mark estavam vermelhos devido a pressão que ele fazia ao sugar o membro do outro, em volta da sua boca, havia saliva escorrendo pelos cantos e quando ele fez contato visual com Jinyoung, seus lábios formaram um sorriso sedutor.

“Você realmente quer que eu use meu poder Mark?” A voz de Jinyoung era cheia de dominância, trazendo seu lado dominante e agressivo, e que Mark achava absurdamente atraente.

“Quero Jinyoungie, me mostra quem é o chefe aqui.” Mark pediu em meio a um sorriso.

Jinyoung puxou o cabelo de Mark com mais força, mas agora para de volta aos movimentos anteriores, fazendo com que Mark engolisse mais do seu membro, ao ponto de fazê-lo sentir náuseas.

Quando Jinyoung sentiu que era tempo o suficiente com seu membro tocando a boca da garganta de Mark, ele tirou seu pênis da boca do outro, puxando seu pescoço novamente para que Mark o olhasse nos olhos.

Se Jinyoung planejava assustar Mark daquela forma, mal sabia ele que Mark adorava aquela dominância sendo imposta a ele.

“Ainda quer que eu seja o chefe Mark?”

O sorriso de Mark irritava Jinyoung, ele trouxe sua mão livre até o rosto do outro, lhe dando um tapa excitante.

“Você gosta quando eu faço isso? Gosta?” Jinyoung deu outro tapa e Mark decidiu que todo aquele tesão envolvido entre os dois precisava acabar, ou ele não aguentaria mais segurar seu próprio orgasmo escondido dentro da calça.

Mark levou suas mãos que usavam as pernas de Jinyoung para manter o equilíbrio, enquanto ajoelhado, até o membro do outro, já que Jinyoung segurava sua cabeça longe e ele queria fazê-lo gozar logo.

Enquanto Mark assistia o rosto de Jinyoung se contorcer em prazer, suas mãos se movimentavam com mais velocidade, amassando suas bolas e deixando seus movimentos cada vez mais rápidos, até Jinyoung afrouxar a mão que segurava seus cabelos e ele finalmente poder continuar o que fazia com a boca minutos antes.

Mark engoliu o membro de Jinyoung por inteiro novamente, deixando sua língua massagear desajeitadamente a pele do seu pênis. Quando Jinyoung sentiu a língua de Mark roçar sua pele sensível, foi o bastante para ele deixar sair a primeira rajada de gozo na sua boca, não se dando o trabalho de avisar Mark que iria gozar logo. Mas Mark já sabia, afinal os gemidos de Jinyoung haviam ficado mais altos e seu quadril havia começado a inclinar para frente, indicando que ele queria o máximo de prazer quando fosse gozar.

Mark lambeu a cabeça do pênis de Jinyoung, sugando o resto do líquido quase transparente que ainda saia, sua língua traçou todo o contorno do membro do outro, lambendo todo o conteúdo do orgasmo que ele havia acabado de dar para Jinyoung.

“Você é ridiculo.” Jinyoung disse em meio a sua respiração ofegante. Mark havia acabado de subir as calças do rapaz e agora os dois estavam frente a frente um do outro.

“Você parece gostar desse ridiculo quando ele está te chupando.” Mark ainda tinha vestígios de saliva em volta da boca, e Jinyoung traçou os dedos na pele do rapaz a limpando da bagunça que ele havia feito.

“Eu não confessei ter gostado.” Jinyoung respondeu sorrindo, seus dedos haviam terminado de limpar o rosto de Mark, e antes que ele pudesse tirasse a mão de perto do seu rosto, Mark a segurou e trouxe ela para de volta dos seus lábios limpos, beijando a pele de Jinyoung delicadamente.

Mark não só beijava a mão de Jinyoung, como também fazia as costas dela acariciar envolta do seu próprio maxilar, fazendo com que o outro lhe desse carinho.

Os dois se olhavam com ternura, e aquilo não só assustava Mark, como assustava Jinyoung, pois nenhum deles podia se deixar levar pelos sentimentos que aquele momento os faziam sentir. O relacionamento deles deveria ser só sexo e prazer pra Jinyoung, e só planos e negócios para Mark.

Jinyoung tirou a mão do rosto de Mark, abaixando a cabeça e abotuou sua calça, tentando voltar a agir racionalmente.

“Você não precisa que eu faça nada por você, né?” Jinyoung perguntou, se referindo a ereção de Mark.

“Jinyoung.” Chama-lo pelo seu nome era pior do que continua-lo chamando de 'Jinyoungie’.

Jinyoung olhou de volta nos olhos de Mark, se arrependendo no exato momento, pois o rapaz mostrava no seus olhos tudo que ele estava tentando correr pra longe.

“Me beija antes de ir.” Jinyoung queria sair dali e acalmar seu coração, ao mesmo tempo que queria ficar e ceder ao pedido do outro.

Jinyoung deu um selinho rápido em Mark, se direcionado a trava da cabine do banheiro, mas Mark segurou seu pulso e tudo parecia um déjà vu, com a diferença de que agora Jinyoung realmente queria ficar e beijá-lo.

Os dois se olharam por alguns segundos, Mark ainda com a mão no pulso de Jinyoung.

Jinyoung observava os lábios de Mark com mais desejo do que qualquer sexo oral que eles pudessem lhe dar, então ele cedeu.

Ele se aproximou dos lábios de Mark tão lentamente que a espera fez as borboletas no estômago do rapaz se agitarem. Seus olhos percorriam todo o rosto de Mark, terminando o trajeto nos seus lábios e finalmente deixando o beijo acontecer.

Mark deixou que Jinyoung tomasse a iniciativa, aparentemente aquilo já tinha virado um costume.

Jinyoung provou da boca do rapaz, sentindo o gosto das atividades sexuais que eles tinham realizado minutos atrás, e um gosto característico que ele já estava começando a relembrar. Um gosto de Mark.

A mão que segurava o pulso de Jinyoung o deixou livre e agora segurava as costas do seu pescoço, o trazendo pra mais próximo de Mark. Jinyoung sentiu suas pernas perderem o equilíbrio, mas a outra mão de Mark agora segurava seu quadril, o impedindo de cair ou afastar seu corpo pra longe.

Jinyoung não queria que seus pensamentos girassem em torno daquele momento, mas ele também não conseguia controlar seus impulsos próximo do rapaz. Ele segurou os dois lados do rosto de Mark, deixando que seus dedos tocassem o seu maxilar e o controlasse enquanto eles se beijavam.

Quando Jinyoung sentiu a mão que antes estava no seu quadril deslizando até sua bunda, ele soube que era hora de parar, ou ele iria acabar cedendo as vontades de Mark e consequentemente as suas próprias, e transar no banheiro do seu próprio cassino era humilhação demais.

“Chega. Vai embora Mark.”

“Eu vou se você prometer me ligar ou mandar uma única mensagem.”

“Eu não tenho nada pra falar com você.” Jinyoung respondeu, sua voz não soava agressiva como de costume.

“Promete Jinyoungie. Promete ou eu vou começar a mandar mensagens através da sua irmã.” Os olhos de Jinyoung se arregalaram e Mark soube que tinha tocado no ponto fraco.

“Ok Mark. Só não envolva ela.” Jinyoung pediu.

“Diga ‘Eu vou te mandar mensagem Mark.’” Mark era tão infantil que Jinyoung não pode fazer nada que não repetir.

“Eu vou te mandar mensagem, agora me deixa sair e vai embora, você já me fez perder tempo e dinheiro hoje.” Jinyoung abriu a tranca da porta, mas o sussurro de Mark o fez parar por um instante.

“Mas fiz você gozar gostoso.”



“Cada dia que passa esse apartamento parece mais com uma bat caverna.” Jaebum comentou irritado, abrindo a porta e deixando os dois garotos entrar.

Youngjae segurava o quadril de Yugyeom, que apoiava seu peso no ombro do garoto. Jaebum poderia ter ajudado, mas ele ainda não confiava totalmente em Yugyeom.

“Você devia parar de reclamar um minuto e me ajudar a cuidar dele.” Youngjae reclamou, ajudando Yugyeom sentar no sofá.

Jaebum foi até o banheiro, buscou pela maleta de primeiros-socorros e deu na mão do garoto, decidindo que seria melhor ficar quieto.

Youngjae jamais assumiria, mas seu ciúmes ao ver Youngjae tratar os machucados do outro era algo que realmente estava o enlouquecendo.

“Eu vou tomar banho. Sintam-se em casa.” Jaebum avisou sarcasticamente, mas Youngjae estava ocupado demais para lidar com Jaebum sendo babaca.



“Ele disse se conseguiu pelo menos?” Mark sussurrou, tentando não acordar Yugyeom que estava dormindo. Youngjae havia lhe dado remédios pra dor.

“Ele conseguiu, agora tudo que ele fizer, nós vamos ter acesso.”

Mark sentiu seu peito doer de repente, a culpa de estar enganando alguém que ele havia começado a desenvolver um afeto, ecoava sua mente o fazendo se sentir péssimo.

“Mark.” Youngjae chamou quando Mark parecia estar muito mergulhado nos seus pensamentos.

“Você acha que é ele mesmo?” Youngjae perguntou, plantando uma dúvida na mente de Mark, que até aquele momento acreditava que Jinyoung era o bandido.

“Eu sinceramente espero que não Jae.”



Sem ao menos notarem, o time de Mark começou a usar a sala de estar para realizar suas reuniões, que definitivamente deveriam ser feitas secretamente, mas como Jaebum não prestava muita atenção no que eles falavam (embora continuasse roubando olhares de Youngjae sentado no chão digitando coisas no notebook), Mark sendo o responsável por aquela missão, achou que não tinha nenhum problema continuar com as reuniões no apartamento, já que ficar no prédio da agência e ficar no apartamento tinha o mesmo efeito.

Eles falavam sobre coisas não interessantes ou engraçadas...para Jaebum, até o tédio consumir seu corpo e ele acabar dormindo no sofá. 

Era tarde quando Jaebum acordou assustado com um barulho vindo da área da cozinha, algo que o deixou irritado, afinal ele não era o único dormindo ali, mas quando olhou em volta, ele tinha sido o único a ser acordado com o som.

Ele tirou o cobertor fino de cima do seu corpo, o que ele não se lembrava de ter pego antes de cair no sono, mas provavelmente tinha sido Mark que havia coberto ele e os garotos. Assim que os seus olhos cairam sobre Mark, ele percebeu que era o único coberto, e que um dos garotos estava ausente.

Jaebum deixou um pequeno sorriso se formar nos seus lábios, pensando sobre o fato de que Youngjae havia demonstrado cuidado e carinho por ele, e apenas para ele, já que Mark e Yugyeom estavam sem cobertor em volta deles.

Jaebum finalmente se levantou, indo em direção a cozinha e encontrando Youngjae sentado no chão, tentando limpar os grãos de café que ele havia deixado cair no chão.

"Parece que você precisa de ajuda?" Jaebum não sentia mais raiva por Youngjae ter beijado o outro garoto naquela outra noite, ou sobre seu lado mandão, ou sobre o fato dele ter deixado todo o pote de grãos de café cair no chão, pois assim que Youngjae o viu, o garoto deixou sair um sorriso timido e envergonhado por ter feito uma bagunça na cozinha dele, além de tê-lo feito acordar no meio da noite. Jaebum teve certeza naquele momento que não tinha como ficar irritado com Youngjae.

"Sim, por favor. Desculpa pelo barulho, eu não conseguia dormir, então eu pensei que fazer café iria ajudar, mas ai eu derrubei tudo no chão e--"

"Respira. Respira Youngjae, respira." Jaebum mostrou como o garoto devia respirar, ele parecia ansioso e Jaebum já havia aprendido mais coisas sobre ele, quando nervoso ou ansioso, ele fala sem parar. Quando bravo, irritado ou sob pressão, ele briga e xinga. Jaebum se odiava por estar prestando atenção naqueles detalhes, ele realmente se odiava.

Depois de alguns segundos de silêncio para Youngjae recuperar o ritmo da sua respiração, os dois continuaram a recolher os grãos de café do chão, Jaebum sentou-se ao lado do garoto, colocando os grãos recolhidos dentro da jarra. 

O silêncio começou a ficar desconfortável e Jaebum decidiu que era hora de fazer algo sobre aquilo.

"Você sabia que as pessoas bebem café para ficarem acordadas e não para se sentirem sonolentas, né?" O rapaz deixou um sorriso simpático aparecer, já que ele percebeu que com Youngjae, tudo deve ser dito e mostrado diretamente, sem entrelinhas.

"Aham, mas como café me faz ficar focado nas coisas, depois de beber eu consigo focar em dormir." Youngjae explicou e Jaebum pensou que aquilo era totalmente ridiculo, mas nada relacionado com Youngjae poderia ser realmente ridiculo, então ele só concordou com a cabeça.

Eles recolheram todos os grãos do chão os colocando dentro da jarra e após estar tudo limpo, os dois deixaram suas costas encostarem no armário inferior da pia, ainda sentados no chão.

Jaebum tinha seus olhos fechados, sua cabeça inclinada para cima como se ele encarasse o teto, enquanto Youngjae aproveitava a visão perfeita do maxilar e a cor da pele do pescoço do rapaz, era uma mistura de café com leite, mas mais leite do que café, uma das bebidas favoritas de Youngjae por sinal.

"Pare de encarar." Jaebum disse com seus olhos ainda fechados, mas um sorriso sedutor nos lábios.

“D-Desculpa.” Youngjae se sentiu envergonhado por ter sido pego encarando, ele tentou se levantar mas a mão de Jaebum segurou seu pulso, o impedindo de se afastar e voltando a sentar no lugar onde ele estava antes.

“Fica aqui, só mais um pouquinho.” Mesmo com os olhos fechados, Youngjae percebeu que era como se Jaebum pudesse sentir todos seus movimentos, como se de certa forma seus sentidos estivessem sendo controlados por Youngjae e apenas notasse ele.

Embora a idéia de alguém observando seus movimentos e prestando atenção em tudo que você fizesse poderia ser considerado fofo para a maioria das pessoas, aquilo definitivamente não era para Youngjae.

Youngjae odiava ser controlado de alguma forma, ou seguir o script social que as pessoas assumem que é interessante. Youngjae gostava do conceito de liberdade e o fato dele ser livre e poder mudar o rumo da sua vida a qualquer instante, porque ele era o único capaz daquilo. E naquele momento, ele odiava o fato de Jaebum estar sob controle, agindo como se controlasse seu direito de ir e vir, pensando que pedindo para ele ficar usando seu charme, sendo fofo, romântico e um tanto dominante, Youngjae iria ceder.

Youngjae sentiu a necessidade de mostrar para Jaebum que ele tinha controle sobre suas próprias ações e que usar aqueles métodos que ele geralmente usava e repetia com as outras garotas, não tinha efeito nele, sinal ele não pretendia esperar que Jaebum tomasse qualquer iniciativa.

Antes que Jaebum abrisse seus olhos para entender o silêncio do garoto, Youngjae conectou seus lábios nos do rapaz, fazendo com que Jaebum se assustasse com a ação repentina do garoto. O beijo de Youngjae foi um tocar de lábios, pra satisfazer tanto sua vontade de beijar Jaebum, quanto para mostrar para o rapaz, que ele não era submisso ao seu lado romântico e sedutor, o beijo era pra mostrar que ele não tinha nada a perder e muito menos esperar.

Youngjae estava pronto para se afastar, já que Jaebum não parecia interessado em lhe beijar direito, mas assim que seus lábios se desconectaram, Jaebum puxou o rosto do garoto pra mais perto, tocando sua bochecha com seus polegares e segurando as costas do seu pescoço para lhe trazer cada vez mais próximo, embora não houvesse mais espaço para aquilo.

Youngjae deixou Jaebum penetrar sua língua na sua boca, sentindo o gosto da sua saliva, enquanto ambas as línguas roçavam uma na outra, interrompendo os movimentos apenas quando o garoto decidida afastar os lábios suficiente para morder os de Jaebum.

Os dois pararam de beijar, quando Jaebum não controlou sua respiração, e um suspiro alto acompanhado de um quase gemido deixou sua boca.

Youngjae sorriu.

“Porque você fez isso?” Jaebum perguntou, ainda acariciando as bochechas de Youngjae com as pontas dos seus polegares.

“Porque eu quis.”

“Faz de novo.” Jaebum pediu e mesmo Youngjae odiando pessoas o mandando fazer as coisas, ele queria beijar o rapaz de novo.


"Alo?" Jinyoung não costumava atender a números desconhecido, mas como quem quer que fossr estava ligando no seu número secreto, ele imaginava quem pudesse ser.

"Quanto tempo Jinyoung. Estou de volta na cidade." Jinyoung reconhecia aquela voz até embaixo d'água.

"Jackson?"




Notas Finais


Crianças FELIZ ANO NOVO ADIANTADO PORQUE AGORA SÓ TEM ATUALIZAÇÃO EM 2017!!!!

Eu não tenho respondido os comentários porque tenho escrito e postado os capítulos pelo celular, e é ruim responder por aqui :(( MAS ISSO NÃO É DESCULPA PRA VOCÊS NÃO COMENTAREM O QUE ACHAM DA FIC E DESSE CAPÍTULO OK???

Vocês viram que Jackson Wang finalmente apareceu *-* tem uma foto dele mto mafioso, quem quiser ver eu mostro :3

A fic termina daqui 4 capítulos e quem acompanha As Fadas de 2013, ela também termina em 4 capítulos haha estarei me aposentando de fics depois delas haha
Enfim, bem vindo meus novos leitores e obrigada por ler meus antigos leitores *-* Se ficar alguma dúvida, comentem aqui ou me chamem no twitter que a gente conversa sobre :3 meu user é @hayoungwife

Obrigado todo mundo.


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