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História Seventeen - Cap. 8


Escrita por: LadyZoe

Notas do Autor


Oioi gente! Bom aqui vai mais um capítulo pra vocês... Galera eu meio que não to revisando os capitulos, desculpa, mas essa etapa na minha escola só tem dois meses e ta tudo corrido e tdo mais então se vcs tiverem alguma duvida de algo do cap. como sei la uma palavra faltando, ou algo assim é só falar. Então BOA LEITURAS AMORES!

Capítulo 8 - Cap. 8



Todos os dias, Frank e Gerard se encontravam em algum local da escola, fosse para conversar ou para namorar um pouco. Eles não tinham um compromisso pré-estabelecido, Frank tinha total noção disso, mas não ligava. 

Na maior parte do tempo, os dois pensavam um no outro. Frank já fazia isso antes, mas para Gerard isso era uma coisa completamente nova. Nem mesmo quando ele namorava Bert era assim.

A falta, o carinho, a voz. Frank. Gerard. Eram sinônimos para eles. Gerard treinava sempre com um sorriso no rosto e Frank achava as cadeias carbônicas um saco. Já sabia de tudo, era bizarro revisar as matérias da escola. Iria revisar o dia anterior que passara com Gerard. 

Ray, que achava as mudanças de Gerard extremamente estranhas, não pôde deixar por isso mesmo. Todos os dias atentava o amigo a ficar com o grupo de sempre, mas este se desvencilhava e inventava conversas cada vez mais furadas. 

Tentou seguir Gerard, mas ele sempre tomava todo o cuidado do mundo para se ‘esconder’. Ray não entendia o que ele fazia todo o dia. Era absurdo. Ele queria saber por que estava de fora da vida de Gerard e principalmente por quem Gerard trocara os amigos. Claro, só podia haver alguém. 

Foi num dia comum que ele descobriu a razão de suas dúvidas. 

Gerard chegou na escola completamente alegre naquele dia. Tinha o rosto corado e expressões animadas quando cumprimentou Jeph, Quinn e até fez insinuações para Lindsey, o que fez Ray ficar atônito. 

Quando eles entraram pelos corredores da escola, os alunos abrindo espaço para que eles, os maiorais, passassem – Gerard sempre à frente – Ray, que nunca notava as pessoas ao seu redor, nesse dia notou.

Quando ele e seus amigos passaram em frente ao armário de Frank Iero – o esquilo – Gerard virou o rosto e sorriu brandamente, dando uma piscadinha discreta. E Frank sorriu de volta, acenando com a cabeça como quem dissesse: ‘okay, está combinado’.

Frank Iero. O mascote do time? Claro que não, era fantasia de sua cabeça. Gerard não podia estar com aquele ridículo. Sabia que Gerard preferia garotos, mas... Frank Iero? Ray perguntava a si mesmo.

O garoto não tinha atrativos o suficiente, não era popular, era um nerd idiota como a maioria dos nerds e usava óculos e aparelho, fora que era um matusquela de risada esquisita. 

Ray riu de si mesmo por um momento ao pensar nisso. Mas aquela troca de olhares dos dois tinha sido muito estranha. Iria tirar a prova de qualquer forma, custasse o que custasse. Iria saber o que Gerard faria nesse intervalo.

**

Quando o grupo de sempre se aninhou na mesa principal do refeitório, Ray não se juntou a eles, pegou seu lanche e seguiu Gerard com os olhos até ele sair da grande área de refeição até os fundos da escola.

Seguiu-o com cuidado até vê-lo entrar num corredor extenso que todos sabiam ser o local onde os materiais de secretariado da escola estavam. Esperou um tempo antes de prosseguir e quando foi andando pelo local, dava uma olhadinha discreta pela portinhola de vidro das portas do local. 

E quando parou em uma, ficou em choque. 

Gerard estava abraçado à Frank, acariciando seus cabelos enquanto o garoto sorria feliz. E então eles trocaram um beijo caloroso – Ray notou que Frank estava sem seu usual aparelho – e cochichavam baixinho um no ouvido do outro. 

Ray saiu do local quase correndo. Parou perto da porta que dava acesso ao refeitório e franziu seu rosto em raiva e revolta. Gerard estava saindo com o mascote. Que diabos era isso?

Pior: Gerard havia o trocado pelo esquilo idiota do time. Gerard estava trocando tudo por ele e ainda ficava de sorrisinhos. 

Não deixaria isso acontecer mais. Gerard era incrível, andar com ele era como ser ele, pelo menos um pouco e Ray queria ser Gerard. Ray queria estar no lugar de Gerard. Ray queria Lindsey, que queria Gerard. 

Era injusto. Daria um fim naquilo e daria logo.

Frank saía rindo pelos corredores da escola. Faltava apenas uns 5 minutos para o intervalo acabar e ele ainda tinha que ir ao banheiro recolocar o aparelho. Passou por Matt, que acenou para ele junto com Jared e brincaram sobre certas cores nas bochechas do pequeno, mas ele só resmungou algo e correu para o WC masculino mais próximo.

Entrou e percebeu que ninguém estava ali, e achou bom, pois odiava ter que colocar o aparelho com alguém olhando. Começou a colocá-lo distraído, quando ouviu a porta se abrir com força e virou-se, vendo Ray. 

Apenas meneou a cabeça e terminou de colocar o último elástico e quando se preparava para sair, Ray o barrou. 

“E aí, esquilo.” Ele disse, com um sorriso falso.

“Oi Ray... eu tenho que ir, o intervalo já deve ter acabado.” Frank respondeu, tentando sair do local, mas ainda não conseguindo.

“Calma. Eu não vou te bater ou algo assim.” Ray falou, rolando os olhos. “Só quero que você me diga: é bom estar saindo com o cara mais popular da escola?”

Frank arregalou seus olhos e arrumou os óculos, como se isso fosse fazê-lo perceber se ouvira o que ouvira. Ray sabia? Como? 

“Do que você...”

“Ah, vamos Frank, não se faça de idiota, eu sei que você anda se encontrando com o Gerard. E sinceramente, eu acho graça.”

“Por quê?” Frank perguntou tão baixo que, se o silêncio do vazio não reinasse no local, Ray não o teria ouvido.

“Você e o Gerard? Pff...” Foi só o que Ray disse antes de cair na gargalhada. “Não que eu me importe, é claro. Afinal, enquanto ele te vê às escondidas, é comigo e com meus amigos que ele sai tranquilamente pela escola. Sabe, sem vergonha de nós.”

Antes Ray tivesse batido em Frank. Antes tivesse xingado o garoto. Nada teria doído tanto do que aquela afirmação.

“Não que você se surpreenda, não é Frankie? Afinal, quem em sã consciência sairia com você por aí? Imagina sendo o Gerard quem é. Tsc tsc...”

“Ray eu preciso...” Frank pediu, apontando para a porta. 

“Oh, claro, vá em frente. Desculpe te atrasar para sua fantástica maratona escolar.” Ray ironizou, abrindo caminho para um Frank choroso sair do banheiro. 

Gerard havia combinado com Frank de eles irem juntos à sua cabana após as aulas, mas ele já esperava há meia hora. Havia acontecido algo? Avistou Matt saindo com outro aluno um pouco gordinho e se aproximou deles.

“Oh, oi. Eu... bem, você é o Gerard.” Jared disse, um tanto nervoso. 

“Sim, sou, prazer...?”

“Jared. Jared Leto. Esse aqui é o Matt, meu namorado.” 

“Ele já me conhece amor.” Matt disse, com um sorrisinho. “Então Gerard, o que você quer comigo?” 

“O Frank, você viu? Combinamos aqui fora de sair, mas ele não... veio, então...” 

“Ele está na biblioteca. Eu vi quando eu passei por lá para pegar uns livros.” Matt falou apressadamente. “Vai lá, ele vai ficar feliz de te ver.” 

“Ok, certo. Obrigado.” Gerard entrou correndo pela escola e Jared olhou para Matt um tanto quanto afoito. 

“Poxa amor, o Gerard cheio de amizades com a gente! Ninguém vai acreditar se contarmos!” 

Matt apenas riu e meneou a cabeça, arrastando-o para a rua. 

Enquanto isso, Gerard chegava à biblioteca em tempo recorde, abrindo a porta do local com força e assustando o monitor, que derrubou todos os livros que segurava no chão.

“Desculpe...” Gerard foi até o garoto e o ajudou a pegar o material, sem nem ao menos perceber que o menino estava sem ação por estar perto dele.

Frank, que antes estava folheando um livro de matemática, ouviu o barulho e foi ver o que tinha acontecido e quando notou Michael no chão, avistou também Gerard e suspirou pesadamente.

Gerard fez menção de cumprimentá-lo, mas Frank rodou os calcanhares e saiu apressado até sua mesa, apanhando seu material e quase correndo dali.

O jogador levantou-se, correndo atrás de Frank, que já alcançava os corredores vazios da escola. Puxou-o pelo braço com força e o fez virar para encará-lo.

“O que deu em você, Frank?” Perguntou, ainda segurando o garoto.

“Me deixa, não quero falar com você!” Frank respondeu, sua afirmação se esvaindo sempre que olhava para Gerard diretamente nos olhos.

“E por quê? Eu não te fiz nada, fiz?” 

“Não...” Verdade. “Eu não quero sair com você hoje.” Mentira. “Eu vou para casa agora...”

“Não, você vai sair comigo.”

Gerard arrastou Frank à contragosto até fora da escola, levando-o até seu carro. O menor bem que esperneou, mas Gerard fingiu que não era com ele e o fez entrar no veículo. Ao que ele ia se virar para entrar também, Frank fez menção de sair, recebendo um olhar cortante de Gerard. 

“Olha, se você sair desse carro eu juro que vou correr atrás de você e pular em cima de você que nem eu faço com quem está com a posse da bola nos jogos.”

Frank arregalou os olhos e tirou as mãos da porta, puxando rápido o cinto de segurança e abraçando contra o peito a sua mochila.

Foram em um silêncio desgastante até a cabana de Gerard, que estava visivelmente chateado. Entraram no local e então Gerard começou a falar.

“Frank, por que você está agindo como uma criança?” 

Ele não respondeu, olhando para os próprios pés.

“Frank...”

“Eu sei que você tem vergonha de mim. Sei que se esconde para me ver e que eu sou completamente... inverso de você. Se você quer saber, Gerard, eu estou te fazendo um favor ficando longe.” 

O jogador o olhou cético do que havia ouvido. Era essa a impressão que passava? Achava-se cada vez mais encantado pelo garoto à sua frente e isso não era visível?

Então Frank pensava que ele estava escondendo o que tinham por causa das pessoas idiotas da escola? Quase ficou chateado com isso, mas compreendeu o que Frank sentia e meneou a cabeça, clareando suas idéias ao olhar fundo nos olhos do garoto.

“Frank... eu não tenho vergonha de você.” Gerard respirou fundo e continuou. “Eu não saio com você pela escola porque eu acho perfeito quando estamos sós. Achei que você também achava.” Frank também achava, na realidade. “Aquelas pessoas ao nosso redor, elas são superficiais e só querem aparecer. Mas quando eu estou assim, com você, como estou agora, eu sinto que posso me expor, que nada pode me envergonhar. Que eu estou seguro.”

O outro, que ouvia tudo calado, soltou a sua mochila que abraçava desde a viagem até ali e passou as mãos nos cabelos desgrenhados, suspirando. Entendia o que Gerard queria dizer.

Quando ele passava o tempo com Matt, ele podia ser bobo, falar de boca cheia ou fazer batalha de jato de água com a boca que isso não faria o amigo zombar dele ou chamá-lo de fracote. Ele podia contar aquela piada que já havia contado mil vezes antes e que ainda o fazia rir, que Matt iria rir também. 

Entendia como a rotina de estudante poderia ser fatigante se levada tão à serio o convivo social, principalmente se tratando de um relacionamento do aluno mais popular com o menos popular, e não havia pensando por este ponto de vista até então.

Sentiu- se bem por ter entendido o que Gerard quis dizer, mas mal por ter pensado algo precipitado de seu amado e por isso abaixou a cabeça e murmurou um ‘sinto muito’ quase inaudível. 

Sentiu Gerard se aproximar e colocar a palma da mão em seu rosto, num carinho gostoso sobre a sua bochecha. Fechou os olhos enquanto o outro aproximava ainda mais os corpos, fazendo-os ficar grudados um no outro. 

“Frankie...” Gerard sussurrou roucamente, fazendo os pêlos de Frank – e os seus próprios – se arrepiarem. “Eu acho que estou apaixonado por você...”

Frank imediatamente abriu os olhos, encarando os de Gerard. Emocionou-se com a declaração, mordiscando o lábio para que não caísse em uma crise de choros que estragaria o momento. Engoliu com dificuldade antes de erguer seu pulso até o rosto de Gerard e tirar parte da franja escura que lhe escorria pela testa. 

Sorriu, fazendo Gerard sorrir também e ficou de ponta de pés para selar-lhe os lábios vermelhos. Separou-se poucos milímetros para morder a própria boca e dizer baixinho:

“E eu tenho certeza que sou apaixonado por você.”

O dia que Gerard havia planejado para os dois definitivamente fora por água abaixo depois da pequena discussão que ele tivera com Frank, mas fora, de fato, bom.

Paletó e casaco jogados pelo chão, os dois ficaram em um chamego adocicado por horas, deitados no sofá sem realmente se importarem com o tempo e o espaço. Gerard brincava com os dedos pelo aparelho de Frank, que ria, comentando sobre como as leis da física não se aplicavam aos lábios de Matt, porque eles eram mais vermelhos do que o normal. 

Mas, em algum momento, o foco da conversa se perdeu em alguma prófase (ou metáfase, Frank não se lembrava realmente), quando Gerard começou a beijar o seu pescoço e a afagar-lhe a cintura com um pouco mais de fervor. 

Frank, a principio, apenas ria e se esquivava, pois dizia sentir cócegas, mas já não podia negar que chegara ao ponto de não haver mais motivos para rir. 

E quando Gerard trocou de posição com Frank, subindo em cima de seu corpo e continuou os beijos pelo seu pescoço, o menor soube que as coisas iriam avançar absurdamente e começou a travar. 

Gerard não notou isso, pois se preocupava em puxar para fora da calça a camisa social do outro e em subir suas mãos pela cintura de um Frank imóvel.

“Você já fez?” Gerard perguntou e Frank apenas meneou a cabeça negativamente. “Você quer?” 

Frank afastou Gerard um pouco e arrastou-se até conseguir sentar no sofá. O jogador o fitou por um momento e apenas sentou do seu lado, segurando a sua mão. 

“Tudo bem, Frank. Se você não quiser eu não vou ficar chateado.”

Frank o olhou de esgueira e virou-se para encarar Gerard.

“Não é que eu não queira.” Ele disse, constrangido. “É que eu tenho vergonha de você me ver... sabe? Sem roupa...” 

Gerard não pôde deixar de sorrir. Ele olhou Frank algumas vezes e acarinhou a palma de sua mão com os dedos, ignorando as palpitações de seu coração afoito.

You are so beautiful, to me…

Aproximou-se do garoto e os dois ficaram olhando um para outro por um tempo que poderia sim, durar a eternidade.

Gerard começou a tirar o aparelho de Frank, um elástico de cada lado e deixou o menor terminar de fazê-lo, colocando tudo de lado e o encarando. O jogador então tirou os óculos de Frank, que cerrou os olhos e abaixou o rosto. Suas bochechas estavam tão rosadas que Gerard podia ver pintinhas se formarem.

Ele ergueu o rosto de Frank e segurou-o para dizer:

“Deus...” Sorriu um pouco. “Como você pode ter vergonha de ser lindo?” 

You are so beautiful to me… can’t you see? 

Entre um beijo e outro, as roupas de Frank iam sendo retiradas, e as mãos ávidas de Gerard iam tocando cada parte de uma forma tão lenta e gostosa, que Frank mal podia acreditar que merecia ser tocado daquela maneira.

E enquanto sentia beijos pela sua pele, Frank tremia, tirando a roupa de Gerard com dificuldade devido o nervosismo, mas sendo acalmado pelos sussurros baixos do outro, que lhe dizia que tudo estava okay, que ele podia fazer aquilo, que estavam juntos nessa.

A cada parte de pele que aparecia, Gerard percebia ainda mais o quão maravilhoso Frank era aos seus olhos, o quanto aquele pequeno corpo era importante para ele e o quanto ele o queria. 

E Frank, que se entregava completamente mesmo com medo, sabia que não podia, nem se quisesse, parar o que estava acontecendo, pois ele tinha total certeza que amava Gerard com toda a força que possuía, e que, mesmo que seu coração disparasse a cada segundo, e que seus olhos estivessem fechados para as partes mais sexuais do ato, que ele queria muito Gerard, queria muito que ele o tivesse, que ele o possuísse quando quisesse e da maneira que quisesse.

E se conformando que pertencia ao outro, percebia a tranqüilidade com que se amavam, o jeito como os olhares se encontravam cada vez que queriam realmente saber que era real, que estavam juntos; tudo dizia que era o certo, que eram o encaixe um do outro. Que era para ser.

You’re everything I hoped for… You’re everything I need… You are so beautiful, to me…

O calor que fazia quando eles se atritavam, a pele de um grudando na do outro, ofegos enquanto o corpo de Frank era preparado, novas sensações, ambos perdidos em cada rastro de pêlo e suor, a cada vez que um leve movimento os fazia delirar e querer ainda mais fazer o que estavam fazendo.

E enquanto um beijo úmido fora dado na boca entreaberta de Frank, Gerard lhe avisava que lhe teria e que o queria, e que, por Deus, ele só precisava de seu corpo, de seu sorriso e de tudo o que Frank estivesse disposto a dar.

Gerard sabia que um movimento errado poderia estragar tudo. Frank sabia que negar seu corpo à Gerard seria um erro. E ambos sabiam que precisavam, de coração, precisavam sentir como era serem, juntos, apenas um só.

A dor, o medo, o desejo, tudo se misturou quando Gerard finalmente fez Frank seu, e ele não conseguiu manter seus olhos fechados. Queria, mas não conseguiu. Ele quis olhar para cada expressão no rosto de um Frank em deleite. Ele estava feliz. Ele se sentia completo e fascinado.

Gerard teve Frank naquele dia. E ambos alcançaram o paraíso.


Notas Finais


Bom é isso por hoje! Beijos


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