História She is a Wolf - Capítulo 6 - Garcia's Store - Dangerous

Finalmente tocou o sinal da saída e sai o mais rápido que pude daquela sala. Segui em direção ao estacionamento e encontrei o Peter conversando com o amigo dele.

— Ei, Peter! Eu já tô indo, você vai querer uma carona? — perguntei.
— Sim! Te vejo depois Chris. — Peter falou se despedindo de seu amigo e eu apenas acenei para ele.

Destravei o carro e entramos nele, coloquei a minha mochila no banco de trás, enquanto Peter colocou a dele entre suas pernas. Liguei o carro e saímos de lá.

— Então, o que você achou do seu primeiro dia de aula? — Peter perguntou.
— Tirando algumas aulas tediosas e algumas pessoas desnecessárias, até que foi legal. — falei dando de ombros.
— Fez algum amigo? — ele perguntou e eu neguei com a cabeça. — Tia May me falou que você arrumou um emprego. — ele falou mudando de assunto e agradeci mentalmente por isso.
— Precisava arranjar algum jeito de me manter por aqui, já que eu não sei por quanto tempo vou ficar por aqui.
— Você pensa em voltar pra sua antiga casa? — ele perguntou um pouco triste.
— Não se preocupe, não penso em sair daqui tão cedo.— respondi e estacionei o carro em frente ao prédio. Destravei o carro e saímos

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Entrei na lojinha onde iria trabalhar e dei de cara com uma garota que aparentava ser alguns anos mais velha que eu. Ela estava arrumando algumas coisas em cima do balcão. 

Limpei a garganta e a morena olhou para mim.

— Me desculpe, eu não vi você chegando. Eu sou a Hayley, você deve ser a Stella, certo?  —ela falou estendendo a mão para me cumprimentar e eu aceitei. — A sr. Garcia me falou que você iria começar a trabalhar aqui hoje. Me acompanhe para eu poder te mostrar a loja. 

Hayley saiu do caixa e eu a segui durante o tour que ela fazia. A loja era bem grande e era basicamente um têm-tudo! 

— Você só vai precisar colocar as mercadorias no seu devido lugar, me ajudar na limpeza e no caixa. 
— Beleza. Quando eu começo? — perguntei colocando minha mão no bolso do meu short.
— Agora mesmo! A sessão de doces e biscoitos precisa ser abastecida. Na dispensa tem várias caixas que são separadas por sessões, as caixas dos biscoitos e doces estão na parte rosa, pegue elas e coloque no carrinho que tem lá e traga para o lugar que eu te falei. E é só colocar as coisas no seu devido lugar. — Hayley falou tão rápido que fiquei meio zonza com sua fala veloz. 

Fiz tudo o que precisava do jeito que Hayley me orientou. Não demorou muito e terminei de arrumar as prateleiras dos biscoitos e doces. 

— Muito bem Stella, tudo bem organizado! Agora, você precisa jogar essas caixas fora. Vá pelos fundos até lá fora para jogar o lixo na caçamba que tem do lado da porta. E depois disso você vem até o caixa para ensiná-lá como funciona. — ela falou e eu apenas assenti.

O movimento da loja estava bem fraco às 20:00, então começamos a ajeitar as coisas para fecharmos a loja. Hayley colocou a plaquinha de "estamos fechados" e me ajudou a fechar o caixa.

— Então, o que achou do serviço? — Hayley perguntou.
— Ah, eu gostei. É bem tranquilo.
— Você não é de falar muito né, Stella?— ela me perguntou curiosa. 
— Já fui de conversar mais. E ultimamente só venho falando o necessário. 
— Aconteceu alguma coisa? 
— Bem, e... — estava falando quando um cara entrou na loja. — Desculpa senhor, mas estamos fechados. 
— Tudo bem, eu só vou pegar algumas coisas e vou embora. — o cara falou com a voz levemente alterada.

Seus batimentos estavam acelerado, ele me parecia estranho. Tinha uma barba grande, cabelos grandes e bagunçados, suas vestes estavam sujas e seus sapatos cobertos por lama. 

— Acho que não fui clara o suficiente. Esse estabelecimento está fechado. — falei seria.
— Eu já falei que vou levar algumas coisas. — ele disse se aproximando do caixa. 
— Acho melhor o senhor ir embora. Senão serei obrigada a chamar a polícia. — insisti novamente e vi ele colocando a mão dentro de sua jaqueta de couro. 
— Acho melhor vocês duas colocarem todo o dinheiro que vocês têm aí dentro dessa bolsa. Ou se não a coisa vai ficar feia pra vocês duas. — ele falou puxando a arma e nos entregando uma bolsa. 
— Pode levar o que quiser, só por favor não nos machuque. — Hayley falou apavorada.
— Calma amorzinho, só vou machucar se não me passarem toda a grana. Agora andem logo, não tenho todo o tempo do mundo.

Hayley me olhou com os olhos cheios de lágrimas e começou a colocar o dinheiro dentro da bolsa. Eu estava imóvel, sentia meu sangue ferver. Não sabia quanto tempo iria aguentar me controlar. 

— ANDA! ACHO QUE VOCÊ TÁ PRECISANDO DE UM INCENTIVO. — o bandido gritou e a bala passou ao meu lado, acertando o vidro atrás de mim, fazendo Hayley soltar um grito assustada. 
— Pelo amor de Deus, faz o que tá mandando! — Hayley implorou e para a nossa segurança comecei a colocar o dinheiro na bolsa a contra-gosto. — Colocamos todo o dinheiro que tínhamos. Agora por favor vai embora sem nos machucar e prometemos que não vamos dar queixa. 
— Muito bem. — ele falou olhando para dentro da bolsa.— Não era o que queria, mas é o suficiente por enquanto. Muito obrigada, docinhos.

O canalha acariciou a bochecha da Hayley. Ele vinha com aquelas mãos imundas para cima de mim, e, antes mesmo dele encostar em mim, eu me esquivei.

— Nem pense em colocar suas patas sujas em mim. — falei com a minha respiração descompassada.
— Ora, ora, veja o que temos aqui. Uma gatinha selvagem. — ele falou puxando pelos cabelos e me jogou em cima de uma estante que, logo foi ao chão devido o impacto.
— Você não viu nada. — falei e me levantei indo em sua direção.

Fui pra cima dele começando uma sequência de socos e chutes, que ele revidava mas eu conseguia desviar de alguns. Ele me derrubou novamente, com mais força. Fiquei frustrada com isso. Juntei todas as minhas forças e fui até sua direção o empurrando com tudo na porta de vidro, que partiu-se em mil pedaços. Tentei me levantar, mas vi que tinha um grande pedaço de vidro em minha perna. Me sentei no chão e arranquei fora o vidro de mim, logo o machucado tinha curado. Levantei-me e andei até a loja para vê como Hayley estava.

— Hayley? Você está bem? — perguntei e logo ouvi um barulho de tiro. 
Aquele verme atirou em mim. Me virei em sua direção vendo ele fugir, mas logo vou derrubado por algo. Ele não teve tempo de levantar e foi ao chão novamente. Foi lançado algo em sua direção que não pude identificar. Poucos segundos já podia de escutar as sirenes da polícia. 
Me sentei no chão com as minhas mãos na barriga, o local onde fui atingida. Vi alguém com uma roupa vermelha se aproximando de mim.

— Você está ferida? — o indivíduo perguntou.
— Quem é você?