1. Spirit Fanfics >
  2. Shingeki no Kyojin - A Grande Guerra Titã. >
  3. O homem no cristal.

História Shingeki no Kyojin - A Grande Guerra Titã. - O homem no cristal.


Escrita por: Sevenhj

Capítulo 51 - O homem no cristal.


O sangue espirrou para todos os lados, e pelo menos três dentes do Titã de Ataque foram destruídos. A camada de endurecimento titânico protegeu Dylan no último instante, evitando por muito pouco de ser devorado por Ellie.

— O quê? — Ellie indagou no interior do titã.

— Atenção! — Um grito masculino surgiu no topo do morro. Era Thomas, liderando uma fileira de canhões com pavio já acesos. — Agora!

Uma onda de disparos vieram em direção à Ellie, que cobriu o rosto com o próprio braço e foi ferida gravemente em inúmeras áreas, agora com um dos olhos saltado para fora e o braço em carne viva. Dylan tentou se erguer, mas o Titã de Ataque afundou novamente sua cabeça contra o chão.

Olhou para o horizonte, onde um novo sinalizador vermelho foi erguido. Os titãs que devoravam a carcaça da Titã Fêmea terminaram o que tinham que fazer, e agora a maioria dos canhões era voltados contra eles. Vapor saiu entre os dentes da garota, que mais uma vez pôs o braço na lateral do rosto e avançou rumo à floresta.

— Não percam tempo! — gritou Azulon. — Estamos em um número muito maior. Avancem!

Enquanto os soldados da aliança Becker avançavam, Ellie se aprofundou na floresta rumo ao sinal de fumaça que viu no céu. Quando finalmente os encontrou, se entregou ao cansaço: seu titã desabou de joelhos no chão, e da nuca, uma Ellie abatida saiu entre o vapor.

— Precisamos ir embora... — Ellie disse, cansada.

— Não se preocupe. Vamos ficar bem. — interrompeu Akira, puxando o corpo de Ellie para desgrudá-la dos fios de carne que ligavam-na ao titã.

— Você lutou muito bem. Estou orgulhoso de você, minha filha. — Roy conseguiu arrancar um fraco sorriso da shifter, posta na garupa do cavalo de Akira.

De repente, uma gama de guerreiros e cavaleiros surgiram à direita, o que provocou certa desconfiança do exército Gestova até reconhecê-los: era a fração que seguiu rumo ao assentamento, liderada por Laxus.

— Conseguiram? — indagou Gestova, se aproximando de seu primo.

— Sim. Aqueles malditos vão ficar sem comer por um bom tempo. — respondeu, com um sorriso de canto. — E vocês, como foi?

— Um fracasso. — Lisa interrompeu, ainda com aquela marca ao redor dos olhos. — Não temos guerreiros suficientes para lidar com eles.

— Precisamos acelerar. Certamente estão se aproximando. — Oleg disse, firme em seu cavalo.

— Tem razão, Oleg. Nós não conseguiremos lidar com eles, e particularmente a aliança não tem nada a perder. — Ysabel continuou, assumindo a dianteira. — Vamos rápido. Precisamos esvaziar os armazéns de Valle.

— Espera... — Ellie interrompeu, mesmo com todo cansaço. — vamos fugir e entregar uma cidade à eles?

— Não se preocupe, Ellie. — Lisa surgiu ao lado do cavalo da garota, com um sorriso simpático e acolhedor. — Meu pai ficou no distrito justamente para recuar os civis ao ver o sinalizador. Há essa hora, eles já devem estar indo para fora da cidade.

Ellie se aliviou, mesmo sem gostar da ideia.

— Não vamos conseguir mover "ele" com tão pouco tempo... — sussurrou Ysabel para Lisa, que pareceu cabisbaixa.

— Eu sei.

E assim se foram. A cidade de Valle, já desocupada, teve seus mantimentos principais de comida queimados propositalmente, restando apenas os pães velhos e algumas outras comidas dentro de residências – isso quando os próprios moradores já não levaram a deles.

— Vamos morrer aqui. Precisamos definir uma estratégia, nossos caçadores não voltaram e nosso estoque está limitado. — Thomas estava nitidamente nervoso. Estavam em território inimigo, cercados sem comida e com pouca bebida.

— Nossos soldados vão perceber em breve que estamos com as mãos atadas. Por outro lado, o exército inimigo não pode avançar pelo menos nos próximos dias. Eles não têm homens suficientes. — continuou Aldrich, dando um gole na sua bebida.

— O que adianta, porra?! Vão invadir quando nossos guerreiros estiverem mortos! — gritou Thomas. Era óbvio, tinha motivos de sobra para se desesperar.

— Talvez possamos definir um ataque antes de morrermos de fome. — disse Azulon, pensativo.

Dylan estava quieto, bebendo em paz, com a cabeça nas nuvens.

— Onde está Emma? — Até que finalmente disse algo.

— Emma foi ver ele, de novo. — respondeu Aldrich, cabisbaixo.

E estava certo. No fundo de uma das principais estruturas, muito similar a uma prisão ou calabouço, Emma passeava com uma tocha em mãos, iluminando a escuridão local.

— Boa tarde, Garric.

O Tybur não respondeu, e nem poderia. Seus olhos estavam fechados e os cabelos levemente para o alto, com as mesmas roupas da última vez que foi visto. O cristal que o alojava não chegava nem perto de trincar, e muito provavelmente nem iria.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...