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História Shiro Yuki: neve branca - Capítulo dois: silêncio


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 2 - Capítulo dois: silêncio


Quando as luzes se apagaram, Hinata sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Ela estava no quarto, tinha acabado de tomar café da manhã enquanto assistia o noticiário (mesmo que soubesse que com aquela neve toda não teria como ir ao colégio e ficaria em casa cuidando da irmã Hanabi, que dormia no quarto ao lado), quando subitamente a televisão e a luz desligaram. Por um instante ela ficou confusa, sem conseguir acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, até que resolveu levantar-se e olhar pela janela: lá fora, tudo estava escuro, todas as casas e todos os postes.

Droga, ela resmungou consigo mesma, usando a luz fraca do celular para iluminar seu caminho até a cozinha. Procurou numa das gavetas uma caixa de velas ou uma lanterna, mas não conseguiu achar: foi então que lembrou-se que o pai, Hiashi Hyuuga, tinha levado a lanterna consigo quando saíra para o trabalho de manhã. E bem, as velas... Não tinham gasto todas ontem à noite, quando novamente tinha faltado energia? A Hyuuga suspirou. Pegou um papel e caneta no balcão e tentou escrever o melhor que pode um bilhete para Hanabi, deixando-o na porta da geladeira - a menor certamente iria olhar ali -, e voltou ao quarto.

Colocando mais algumas camadas extras de roupas por cima do pijama (porque ela realmente não queria retirá-lo por pura preguiça, e bem, ninguém veria mesmo, qual a diferença?), e saiu levando somente dinheiro e o celular.

Lá fora havia a mais opressiva quietude que ela jamais presenciara: nem mesmo o vento, que costumava assobiar furiosamente fazia qualquer som, embora estivesse forte o suficiente para fazer seu gorro quase voar. Aquilo a incomodava, não parecia normal... Todo aquele silêncio, onde estavam as outras pessoas? Tudo estava escuro, e havia muita neve na rua e nas calçadas, já que há algumas horas não limpavam a rua.

Hinata continuou andando, pé ante pé, seus passos fazendo o único som audível naquele momento, era uma sensação de surrealidade, como se estivesse em um mundo novo e fosse a única habitante de lá. Essa possibilidade a deixava assustada, e torcia para encontrar alguma companhia logo. Ela não podia ser a única "despreparada" para uma falta de energia, certo?

A morena imaginou que não quando ouviu os passos de mais alguém atrás de si. Virou-se para trás discretamente, tentando esconder toda a sua alegria, finalmente alguém! Poderiam andar juntos até o mercado mais próximo, sim, sim! Mas quando olhou para trás, não viu ninguém.

Naquele momento, um calafrio percorreu toda a extensão de sua espinha, e não era de frio. Ela sentiu uma gota de suor gelado escorrer pela têmpora esquerda, enquanto tentava enxergar alguma coisa ao longe, mas não via ninguém. Teria se enganado?

Continuou a andar, com um pouco de receio ainda, e os passos retornaram pouco depois. Não chegou a virar-se para trás, para percebeu pelo canto do olho que não havia ninguém ali. De onde os passos vinham então?

Ela parou em frente a uma casa vazia e virou-se para trás de novo. — O-olá? Tem alguém aí? P-por favor, está me assustando.

Uma lufada de vento em seu rosto foi a resposta... E uma mão extremamente fria, como se fosse feita de gelo, puxando seu pé. Foi tão súbito que ela sentiu seus olhos arregalarem por instinto, e por quase um segundo, seu corpo pairou no ar com a violência do puxão, antes de ser derrubado no chão com tamanha força que sentiu uma dor lancinante que a fez gritar.

(...)

— E então? Vamos voltar ou ir até o mercado mesmo? — Itachi indagou.

Por um momento, Konan hesitou. — Acho melhor a gente ir, o mercado deve estar aberto a essa hora, além do mais já passamos da metade do caminho... Quanto menos ficarmos aqui fora melhor, está frio e não é seguro.

O som de passos apressados, vindos mais à frente da rua em que estavam, quebrou o silêncio. Eles não ousaram virar para ver quem estava ali. Pain então disse, puxando a namorada pela mão: — não olhem, certo, vamos andando. Fiquem todos juntos, ok?

Eles andaram por cerca de dois metros quando de repente o som de um grito, abafado no final, foi ouvido pelos quatro, que imediatamente assumiram posição de alerta.

— O que foi isso? — Sasuke indagou, escondendo as mãos trêmulas pelo susto nos bolsos do casaco.

— Não sei, vamos ver, alguém pode ter caído e estar precisando de ajuda. — Itachi disse, correndo num súbito ato de coragem. Os demais o seguiram sem hesitar, não iriam deixá-lo ir sozinho, poderia ser perigoso!

Eles correram até encontrarem um gorro lilás com branco jogado sobre a neve, e a poucos metros dali, um buraco. A camada de neve já estava bem grossa a essa altura, nessa parte da rua que era mais baixa tinha se tornado uma montanha mais funda que o resto, mas apesar disso, estava sólida: não tinha como o peso de uma pessoa ter quebrado toda aquela neve compactada. O que formara-se era um túnel, e sem pensar duas vezes, os quatro formaram uma fila, com Itachi, que tinha a lanterna, na frente para tentarem achar alguma coisa. A quantidade de neve era tamanha que tinham que cavar com as mãos, pois quanto mais entravam no túnel, mais ele parecia fundo, e acabariam soterrados caso não tirassem a neve que já era mais alta que eles.

Então, ouviram uma voz feminina gritar: — me solta, socorro, p-por favor, alguém!



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