Fiquei em êxtase ao ouvir aquele pedido. Estava prestes a dizer sim, mas um filme se passou pela minha cabeça e eu sai correndo dali sem pensar duas vezes.
POV BRUNA
Estava indo tudo tão bem, o Biel fez um lindo discurso e pediu Felipe em casamento. Felipe encontrava-se chorando e o que nós não esperávamos era que ele agiria como agiu. Ele saiu correndo do local. Então eu, Bruno, Luba, Luccas, Manu, Thayane, Well e Whindersson fomos atrás, porém ficamos chocados com o que vimos. Felipe estava caído ao chão, aparentemente desmaiado e um homem completamente nervoso prestando socorro, pois o mesmo havia atropelado Felipe.
- Ei vocês, me ajudem por favor! - o homem disse, fazendo com que fossemos até ele. - E-eu atropelei esse rapaz e não sei o que fazer, MEU DEUS - prosseguiu completamente nervoso.
- O senhor já chamou o socorro? - Luba disse.
- Eu não consegui digitar, estou nervoso demais, eu não fiz por mal. - rapaz disse quase se lamentando.
- Até a ambulância chegar, vai demorar, vamos no meu carro! - Luccas disse.
- Alguns vão com o Luccas e o restante irá comigo. - Well disse, e nós concordamos.
Chegamos no hospital e os médicos colocaram Felipe na maca. Deu-se de ouvir um dos paramédicos entrando em contato com a UTI avisando que havia um paciente sendo encaminhado para lá, no caso era Felipe.
- Estamos encaminhando uma vida em condição gravemente critica. - Paramédico disse.
Ficamos todos na sala de espera por horas e Biel chegou no hospital completamente alterado.
- Eu quero vê-lo, quero saber como ele está. É tudo culpa minha. - Biel disse, chorando.
Eu e Luba abraçamos Biel para acalma-lo, logo em seguida um médico veio falar conosco. O mesmo nos entregou um envelope.
- Lamento gente! - disse.
Não conseguia formular sequer uma frase e quem diria abrir aquele envelope. Antes de Well abri-lo passou milhares de coisas pela minha cabeça, veio à ideia de que ele haveria morrido por isso o médico dele se lamentou. O Well então abriu e leu uma carta feita pelo médico responsável pelo caso de Felipe, o estado dele era crítico mas ele não havia falecido. Eu, Luccas, Biel e Bruno fomos até a UTI, Felipe encontrava-se deitado na maca, cercado por vários médicos, que estavam cuidando do que aparentava ser mangueiras intravenosas de soro e aparelhos de monitoramento. A cabeça e o rosto de Felipe estavam inchados, mal conseguíamos reconhecê-lo. Seus lábios e suas orelhas estavam roxos devidos aos hematomas e suas pálpebras estavam tão inchadas à ponto de não se fecharem, seus olhos me encaravam com uma expressão totalmente vazia, seus braços se movimentavam a esmo (sinais de traumas sérios na cabeça). Sua temperatura corporal estava instável. Os médicos pediram para que nos afastássemos e o colocaram dentro de uma espécie de capa térmica. Biel correu em direção à Felipe, segurou-o pela mão e deitando a cabeça perto de Felipe.
- Nós vamos sair dessa, Fe. - disse sorrindo, mas logo voltou a choramingar. - Aguenta e não me deixa aqui! - implorou, fazendo carinho em seu rosto.- Ainda tenho tanta coisa para lhe dizer e te mostrar.
Abracei Bruno e Luccas, enquanto observávamos Felipe ser levado através dos corredores em direção à outra sala.
- Aguenta firme, Fê. Você é forte e estamos rezando por você. - sussurrei, antes de começar a chorar.
POV BIEL
Fiquei esperando notícias na porta da qual haviam levado Felipe, ainda não caiu minha ficha que o homem que eu amo, com quem eu quero dividir a minha vida, estava correndo risco de morte. Ele era tão cheio de vida, tão focado em tudo e jovem demais para nos deixar. Um dos médicos saiu daquela sala e eu o segurei pelo braço.
- Por favor, me diz como o Felipe está! Ele está vivo?
- Nós estamos dando preferência ao estado dele e fazer o possível para fazê-lo melhorar. - disse dando um tapa em meu ombro.
Um médico muito gentil, foi até a sala de esperar e pediu para que Luccas o acompanhasse até a UTI, onde Felipe estava.
- Doutor, esse moço pode ir conosco? - Luccas, disse se referindo à mim.
- O que ele é do paciente? - Médico perguntou.
- Amigo - eu disse.
- Noivo. - Luccas disse, fazendo com que o médico ficasse em dúvida.
- Vamos então!
Ao chegar na porta da UTI, o Doutor nos avisou que devíamos estar preparados para o que iriamos ver, pois seria um grande choque ao repararmos a extensão dos ferimentos que ele havia sofrido e a quantidade de aparelhos que tinha no quarto em que ele estava. Nada daquilo importou para mim, estava feliz por saber que ele estava vivo.
Fui em direção à cama na qual ele estava e segurei em sua mão.
- Sou eu, Fê! - falei, em voz baixa. - Se você conseguir me ouvir, dá um sinal.
Não reparei qualquer reação em seu rosto após eu ter dito aquilo, mas ele apertou minha mão de leve. Os médicos não ficaram tão surpresos quanto eu com a reação de Felipe. Segundo eles, era mais provável ele vir a falecer do que se recuperar.
2 SEMANAS DEPOIS
Foram duas semanas de estresse e drama, nós nos dividíamos para ficar no hospital para que não nos sobrecarregássemos. Estávamos completamente impotentes, mas ainda sim fazíamos nossas orações cientes que nem sempre o resultado era o que esperávamos. Hoje era o dia em que eu e Bruna ficaríamos na UTI com o Felipe. Ficávamos o tempo todo olhando para o monitor, de uma semana para cá, os números haviam melhorado. A pressão intracraniana de Felipe estava diminuindo e a cada dia que passava vinha a diminuir mais. As enfermeiras entravam e saíam da sala de 30 em 30 minutos. Um das enfermeiras chamou o médico responsável pelo caso e o informou que estava preocupada com os números do monitor que para ela estavam desregulados. O médico verificou e tudo estava em ordem, embora a pressão no cérebro de Felipe continuasse a diminuir, sua pressão arterial era gravemente baixa. Conforme as horas passavam, os sinais vitais de Felipe estavam se aproximando de níveis considerados normais, e logo fomos avisados que ele conseguiria recobrar algumas funções básicas.
No decorrer dos dias, eu descansei e recuperei o pouco de força e animo que ainda me restavam. E uma semana depois na UTI, ele foi transferido para um quarto normal, no qual não precisava ficar ligada a sondas e aparelhos.
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