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História Simplesmente Amor. - Tapete Vermelho.


Escrita por: Mache

Notas do Autor


Naruto, obviamente não me pertence.

Desculpe pela demora em publicar. Passei dois dias deitada com dor nas costas, agora que estou começando a melhorar. Enfim, espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura.

Capítulo 12 - Tapete Vermelho.


“I got all I need when I got you and I
I look around me, and see a sweet life
I'm stuck in the dark but you're my flashlight
You're getting me, getting me through the night
Kick start my heart when you shine it in my eyes
Can't lie, it's a sweet life
I'm stuck in the dark but you're my flashlight
You're getting me, getting me through the night
'Cause you're my flashlight (flashlight)
You're my flashlight (flashlight)
You're my flashlight”

Flashlight – Jessie J.

Capítulo 12 – Tapete vermelho.

Ino terminou meu cabelo me fazendo ficar satisfeita com o resultado. Ela havia prendido meus cabelos na lateral em um lindo coque despojado com fios soltos dando um ar moderno. Um arranjo de flor de cerejeira foi preso com precisão na lateral do coque e Ino fez questão de soltar mais alguns fios e os enrolar com os dedos e os prender com pequenos grampos até a hora de sair.

– Vamos começar com a maquiagem agora – ela me colocou sentada com cuidado para não estragar o penteado – vou fazer algo mais simples, já que o Sasuke não gosta de mulheres muito maquiadas.

Tentei revirar os olhos para a colação dela, mas não o fiz. Também queria algo mais leve. O vestido apesar de simples era bonito e por si só já chamava bastante atenção. Ela ficou praticamente uma hora nesse processo e só parou o que estava fazendo quando ficou satisfeita com o que via. Tentei me ver no espelho, mas ela o segurou firme contra o corpo.

– Só depois que estiver toda pronta – falou decidida.

– Acho que vou comer alguma coisa antes de ir, sabe-se lá Deus o que tem para comer nesses lugares chiques.

– Ainda bem que eu não passei o batom – Ino falou enquanto guardava as suas coisas – com certeza não terá coxinha se é isso que você está esperando.

– Eu sei.

Vi minha amiga deixar um batom caríssimo em cima do balcão. Não pude deixar de olhar a cor. Ela sabia que eu não era muito a favor de vermelho, já que o vestido era da mesma cor, mas não ousei dar pitaco na maquiagem que ela tinha feito em mim, não antes de ver. Comi uma maçã e tomei um copo de suco de laranja em seguida. Não queria ficar com o estômago pesado e muito menos inchada.

Ino voltou segurando firme a caixa com o meu vestido. Ela estava bastante satisfeita com o seu trabalho e eu podia jurar que tinha chorado escondida no quarto. Estava começando a achar que ela imaginava situações a respeito de Sasuke comigo. Podia ver as engrenagens na cabeça dela funcionando, tentando decifrar ao arquitetar algum plano para nos juntar. Desviei o olhar dela, já começava a cair na mesma ilusão que a dela de que Sasuke queria algo comigo e isso era perigoso.

– Já comeu? – perguntou.

– Sim.

– Ótimo! – vamos colocar esse magnífico vestido.

Olhei para o relógio de parede e percebi que estava atrasada. Não demoraria para o motorista de Sasuke chegar. Tirei o roupão com rapidez ficando apenas de calcinha. Ino me encarou como se eu fosse um ser de outro planeta.

– Você não vai usar essa calcinha de vovó!

– Ela me deixa confortável – falei ofendida.

– Se ele te levar para outro lugar você usará essa calcinha brega? – Ino jogou um conjunto de renda na minha direção – Use isso.

Era lindo eu tinha que admitir. Nunca usei nada daquele tipo. Peguei o vestido e fui até o banheiro. Fiquei me olhando no espelho admirada com o trabalho da minha amiga. Meus olhos verdes tinham sido realçados de tal forma que eu parecia ser uma dessas modelos de passarela. Eu não tinha nem o que falar a respeito do cabelo que estava um luxo total. Ino era muito boa com as mãos, ela podia se dar bem nesse ramo. Se o vestido fosse branco, com certeza me sentiria uma noiva.

Apesar dos meus olhos estarem destacados com o delineador preto, a maquiagem não estava carregada e agora eu entendia o motivo do batom vermelho. Ela tinha usado uma sombra clara em meus olhos de cor bronze com um leve esfumaçado mais escuro nas pontas. Os cílios postiços não me incomodavam como eu achei que aconteceria, na realidade nem parecia que estava usando eles.

Coloquei a lingerie de renda preta e me admirei no espelho. Se Sasuke fosse me levar para outro lugar aquela noite eu estava preparada para ele. “Meu Deus!” Minha cabeça martelava a mil por hora.

– Olha só no que estou pensando…

Escutei o barulho do interfone tocando e me desesperei. O motorista já estava lá em baixo e não tinha terminado de me arrumar. Coloquei o vestido com calma para ele não desarrumar o meu cabelo e tive que me contorcer para fechar o zíper nas costas. O vestido era longo justo no corpo e o tecido brilhava sem parar, já que o mesmo era da seda mais fina que eu já tinha visto. Seu decote era em coração e uma segunda pele cobria o meu pescoço e ombros, mesmo estando coberta por ela eu me sentia nua. O vestido beijava as minhas curvas me deixando muito sensual e atraente.

Quando sai do banheiro me deparei com um par de sapatos lindíssimos de Ino. Ela tinha comprado em um outlet por uma pechincha. Um sapato que custava mais ou menos uns mil reais para mais. Ele era todo cravejado em pedras lembrando vários pequenos diamantes. Coloquei feliz por saber que apesar de lindíssimos eles eram confortáveis. Quando cheguei na cozinha Ino me encarava de boca aberta.

– Ual, caramba. Acho que eu nunca te vi tão… tão… não sei nem que palavra usar.

– Acho que deve ser um bom sinal, então.

– É sim. Com certeza. Sasuke vai amar.

– Ino! – ela me entregou uma bolsa de mão prata que combinava perfeitamente com o salto alto.

– Ele está te esperando lá em baixo.

– Ele? Mas ele disse que ia mandar o motorista.

– Bom, mas é ele que está lá. Ele tá muito gato também.

– Você desceu para falar com ele? - perguntei incrédula.

– Claro!

– Melhor eu descer então né. – segui para a porta, mas antes que eu saísse ela me chamou de volta.

– Você é linda amiga. – ela segurou as minhas mãos com força. - não duvide disso nunca!

– Obrigada amiga. – sorri tentando não chorar. Ino conseguia tocar a minha alma apenas com algumas palavras.

– Vai, e eu li o seu horóscopo.

– Não me conta, deixa as coisas acontecerem.

– Ah, mas elas vão acontecer minha amiga. Não se preocupa, não deve demorar.

Entrei no elevador tão nervosa que pensei que fosse cair no chão. Minhas pernas não paravam de tremer e meu coração batia descompassado em meu peito conforme eu me aproximava da entrada do apartamento.

Sasuke estava de costas e não me viu quando eu me aproximei. Senti seu perfume de longe, e fiquei um pouco fora do ar. Mesmo de costas, vi que não usava um terno qualquer. Esse, sem dúvidas, era mil vezes mais caro e mais elegante que os que ele usava normalmente.

– Boa noite – disse saindo do transe e fazendo ele se virar. Sasuke estava ainda mais bonito.

- Boa.. boa.. noite – ele estava desconcertado – você está incrível, deslumbrante – corei de imediato.

- Obrigada. Você também.

- Ah, minha cunhada e minha mãe insistiram para que eu estivesse a sua altura. - corei mais uma vez, se é que dá para isso acontecer.

- É muita gentileza da parte delas.

Sasuke sorriu e eu senti o meu rosto em chamas. Meu Deus. Que sorriso. Precisava me sentar, se não eu cairia no chão a qualquer momento.

- Vamos? Temos um caminho longo pela frente.

- Claro. – ele colocou a mão na minha cintura e me conduziu ao carro, e que carro.

Assim que ele deu a partida um silêncio um pouco constrangedor se instalou. Eu não sabia o que fazer com as minhas mãos. Se as colocava em cima do colo ou na lateral do corpo. Elas suavam tanto que comecei a me cheirar disfarçadamente. Se estava suando tanto por causa do nervosismo ia começar a feder. Não sabia para onde olhar, ou sobre o que conversar. Já estava prestes a falar sobre o clima para tentar fugir do desconforto e me acalmar, mas fui salva por uma ligação que Sasuke recebeu e apareceu a foto de Konan no visor multimídia do carro. Ele atendeu no segundo toque e eu ouvi tudo.

– Fala cunhada.

– Cadê o Kakuzo?

– Eu o liberei hoje. A filha dele passou mal na escola, parece que teve uma intoxicação alimentar.

– Ah, mas você não ia à premiação?

– Estou indo, só que eu estou dirigindo. – com isso eu presumi que Kakuzo era o motorista.

– Que Deus proteja ou outros motoristas e os pedestres – segurei o riso, mas até então Sasuke estava dirigindo muito bem.

– Quer mais alguma coisa ou só me ligou mesmo para me difamar? Você sabe que eu posso entrar com uma ação contra você, né?

– Engraçadinho, até parece que faria isso comigo. Sou a futura mãe do seu afilhado. Itachi te mataria. Queria saber se você já viu a Sakura, ela escolheu um vestido muito lindo – ele me olhou, e não para o meu vestido.

– Lindo mesmo. -– corei, agradeci com um sorriso.

– Eu gostei dela, fez uma boa escolha cunhado. Ela aprece ser uma boa mulher.

– Ela está ouvindo, cunhada.

– Obrigada Konan. – me pronunciei.

– Ah, imagina querida, só falei a verdade. Não deixe que meu cunhado a importune muito hoje. Quero que se divirta muito.

– Pode deixar.

– Eu não importuno ninguém – Sasuke se defendeu. – apenas você e meu irmão, mas vocês servem para isso mesmo.

– Vou ignorar esse infeliz comentário. Tenham uma boa noite meus queridos.

– Boa noite – respondi e Sasuke desligou a ligação.

– Sua cunhada é muito legal. Ela é tão gentil e o relacionamento de vocês dois é muito engraçado. Parece que ela é a sua irmã ao em vez de Itachi.

– Eu a considero como uma irmã mesmo. Ela parece muito com a minha mãe, mesmo não sendo filha dela.

– Nossa! – não pude deixar de suspirar. – Eu já imaginava a sua mãe bonita por causa de você e seu irmão, mas se ela parece com o Konan, minha nossa… Ela deve ser uma deusa.

– Ela é – Sasuke sorria de orelha a orelha. Não pude deixar de sorris também. – Acho que você acabou de dizer que sou bonito – corei mais uma vez com as palavras dele.

– Você só tem o Itachi como irmão? Resolvi mudar de assunto.

– Agora sim. – o queixo dele trincou e eu me calei. Certamente não queria falar no assunto – No assalto que eu te falei aquele dia, acabaram matando a minha irmã mais nova – disse me surpreendendo.

Eu lembrava dele ter mencionado sobre um assalto no dia em que Tsunade morreu. Ele me disse que quase perdeu a mãe dele em um assalto, mas não havia me contado sobre a perda da irmã.

– Nossa, eu… sinto muito. Deve ter sido horrível.

– Foi, e ainda é. Mas não vamos falar disso. Vamos falar sobre você!

– Sobre mim?

– O que achou do vestido? Gostou?

– Claro que gostei! Aliais Dr. Uchiha eu gostaria de pagar pelo vestido.

– O que a gente conversou sobre o “Dr. Uchiha”?

– Desculpa, força do hábito.

– Sobre o vestido, não é necessário. Foi um presente.

– Os funcionários podem entender errado – disse me lembrando do que Ino havia me dito sobre ele nunca ter presenteado os funcionários, nem mesmo a amada e saudosa Tsunade que o acompanhava nesses eventos.

– Eles não têm nada a ver com isso. Posso presentar quem eu quiser, como eu quiser e quando eu quiser. E se der algum problema, não se preocupe, eu dou um jeito.

– Vantagens em ser o chefe – resmunguei baixinho, mas ele ouviu.

– Se um chefe não puder conter seus próprios funcionários ele está perdido.

– Acho que sim. – um silêncio se instalou, e eu não sabia mais o que falar. Não sabia para onde estávamos indo, mas ele disse que era longe, o que significava que essa viagem talvez fosse desconfortável.

– Eu não sabia que você e a senhorita Yamanaka moravam juntas.

– já tem um bom tempo que moramos juntas. É tão estranho ver as pessoas chamando de “senhorita Yamanaka”. Para mim ela só é a Ino, minha doce e doida Ino.

– Você gosta muito dela?

– Ela é como uma irmã para mim. Esteve comigo em todos os momentos, tantos os ruins quanto os bons. É em quem eu mais confio.

– É bom ter amigos assim.

– Você não convive muito com o pessoal né?

– Como assim?

– Você nunca participou de algum “Happy Hour”, ou foi em algum aniversário. Eu só vejo você conversando com o Naruto. A não ser ele, você é bem distante dos outros funcionários.

– Naruto é minha família.

– Sério?

– De certa forma sim, eu nunca participo, pois sempre tenho receio de vocês não se divertirem o suficiente por minha causa. Tem pessoas ali que têm medo de mim. Não sei por que, sou inofensivo.

– É porque você é o chefe, mas você é legal.

– Sou? - ele me encarou com os olhos divertidos.

– Bem, eu não posso dizer muito sobre você, temos pouco contato e tudo mais. As vezes, eu sinto que você sai da sua posição de chefe por alguns momentos, e são nesses momentos que eu posso ver um pouquinho quem é o Sasuke por trás do Dr. Uchiha.

– E você gosta do que vê?

– Ah, gosto. Mas acho que deveria mostrar mais ele.

– Antes ninguém o cia. É novidade para mim também. Tem pouco tempo, ainda não me acostumei direito.

– Quanto tempo?

– Uns cinco meses – disse olhando no fundo dos meus olhos. E tem exatamente cinco meses que trabalhamos juntos. Desse jeito fica muito difícil não criar expectativas – Chegamos, Sakura. Pronta? – assenti e assim, ele saiu do carro e deu a volta nume velocidade absurda, de modo que pôde abrir tranquilamente a porta para mim.

Segurei a mão dele com força. Apertei mais ainda quando o primeiro flash me atingiu. Eu imaginava que pudessem ter alguns fotógrafos, mas aquilo era inacreditável. Pensei que seria algo mais sutil, que eles ficassem perambulando em meio às pessoas e ocasionalmente tirassem uma foto ou outro. Jamais imaginei que participaria de um evento como aquele. Parecia o tapete vermelho do Oscar. Milhares de fotógrafos, dezenas de pessoas bem-vestidas e ricas, diga-se de passagem, e literalmente tinha a porra de um tapete vermelho.

Enquanto desfilávamos sobre ele, segurei firme em Sasuke com medo de cair e envergonhar Sasuke na frente dos fotógrafos. Vários cliques foram feitos, pessoas murmuravam e perguntavam: “Quem é ela?”. Claro que perguntariam, acho que nem mesmo esse vestido caríssimo conseguiria mascarar que eu nunca fiz parte desse meio social.



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