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História Slow Motion - Sentimentos Incertos


Escrita por: Shinoda_Yuuka

Notas do Autor


Olá queridos e queridas :v
demorei um cadinho (?) para escrever esse capítulo e ele ficou realmente enorme x-x Não estou confiando muito na minha escrita ultimamente, e eu travei na hora do lemon, não sei quantas vezes eu o refiz. Afinal, eu não escrevia um desde o ano passado! Enfim, apesar de tudo isso eu espero agradar todos vocês <3
Boa Leitura!

Capítulo 2 - Sentimentos Incertos


Fanfic / Fanfiction Slow Motion - Sentimentos Incertos

Sehun acordara assustado. Seu peito subia e descia, tentando resgatar o ar de seus pulmões. Todo o seu corpo estava em chamas e sua cabeça doía por alguma razão. Levantou-se de imediato e andou lentamente até o banheiro, enquanto tentava lembrar-se o sonho que teve. Ao chegar lá, debruçou-se na pia e olhou seu rosto no espelho, surpreendendo-se ao ver sua face completamente avermelhada. 

Foi então que sua mente foi tomada por imagens estranhamente sensuais. Lembrou-se de lábios grossos roçando em sua pele, mãos grandes percorrendo todo o seu corpo e, principalmente, uma pele morena e quente em contato com a sua própria... 

– Não pode ser... – balbuciou, enquanto levava suas mãos ao próprio rosto. Os pelos de seu corpo estavam arrepiados, sua pele queimava e suas calças estavam estranhamente muito apertadas. – Que merda! – exclamou claramente irritado. Não podia acreditar que tivera um sonho erótico com o único amigo que tinha. 

Como aquilo fora acontecer? Talvez... Apenas talvez o motivo para tanta confusão em sua mente seria aquela maldita coreografia, aqueles detestáveis passos sensuais e aquela face sensacionalmente tentadora. 

Sehun andou lentamente até o box do banheiro, despindo-se no caminho. Ligou a água na temperatura mais gelada possível, enfiando-se debaixo da cascata, tentando a todo custo esquecer-se do tal sonho. O que foi em vão, pois em questão de segundos, suas mãos foram de encontro ao seu baixo ventre e de seus lábios finos, saíam palavras sujas junto ao nome do garoto Kim. 

 

– Bom Dia, Sehunnie! – exclamou a mulher de meia idade, observando o filho sentar-se ao seu lado. – O que deu em você, acordando cedo em pleno sábado?

– Nada Omma, apenas um pesadelo. – respondeu o garoto, passando as mãos pelos cabelos castanhos.

– Então querido, você chegou tarde ontem...  – começou a mãe de Sehun, chamando a atenção do rapaz.  – Aliás, desde quando você gosta tanto de sair? Por um acaso arranjou uma namorada?

 – Aish, Omma, é claro que não!  – Sehun disse alto, fazendo a mãe rir. Levantou-se de seu lugar e seguiu para a saída de sua casa.  – Eu estou saindo, não me espere voltar.

O jovem queria fugir de sua mãe e de seus interrogatórios. Ela era uma mulher adorável, mas quando começava a fazer perguntas, se tornava insuportável.

Andando pelas ruas da cidade, Sehun começou a refletir sobre as palavras de sua mãe. Ele não havia arranjado uma namorada, mas definitivamente estava diferente de antes, tudo graças a Jongin. Isso era bom? Não sabia ao certo. O garoto sentiu o seu celular vibrar em seu bolso e suspirou, imaginando ser sua mãe lhe mandando uma bronca via sms. Ao tirar o telefone do bolso, sentiu seu coração palpitar descontroladamente em seu peito ao ler o nome de Jongin na tela.

"Oi Sehun. Quer ir à praça hoje comigo? Fiquei com vontade de ouvir música com você de novo."

O rapaz lambeu os lábios antes de responder com um apenas "Claro, te vejo mais tarde". De repente, Sehun se sentiu estranho. As imagens do sonho voltaram para sua mente como um raio, os pelos de sua nuca se arrepiaram. Mas que droga estava acontecendo? Respirou fundo, repetindo mentalmente de que ele e o moreno eram apenas amigos e que deveria apagar aquilo de sua mente. Não era saudável.

 

As horas iam passado lentamente na opinião do rapaz moreno jogado sobre a grama. O horário combinado com Sehun era às dezessete horas e, mesmo sabendo que havia chegado cedo demais, não conseguia controlar a sua ansiedade em ver seu mais novo amigo. 

Jongin nunca imaginou que um dia poderia chamar Oh Sehun de amigo, já que sempre o considerou um garoto revoltado e estranho. No entanto, ao conhecê-lo melhor, percebeu que ele era apenas alguém solitário e interessante a ponto de deixar o deixar completamente atraído. Não negava, o jeito meio desajeitado, tímido e ao mesmo tempo divertido e um pouco sério do mais novo atraíam Kai como ninguém fizera antes. 

"Jongin, talvez eu me atrase hoje. Estou cortando o cabelo haha."

O moreno riu um pouco ao ler a mensagem. Então Sehun estava dando-lhe satisfações?

"Tudo bem, mas não demore muito Hunnie." – Respondeu, pensando brevemente no quanto se assemelhavam a um casal de namorados. Será que ele também pensava assim?

Depois de alguns minutos esperando deitado na grama, Jongin ouviu seu nome ser chamado. Aquela voz inconfundível e tão boa de ouvir. Sorriu, levantando-se lentamente e levando um susto ao olhar o rapaz mais novo à sua frente. A camisa sem mangas de uma banda de rock japonesa ficava extremamente larga no corpo esguio de Sehun. A calça jeans surrada e rasgada nos joelhos estava na mesma situação da camisa, os all stars imundos enfiados nos pés pareciam não ser limpos desde que foram comprados, e os cabelos, que antes eram castanhos, agora estavam mais curtos e loiros. 

– Quem é você e o que fez com o meu Sehunnie? – Jongin disse depois de um tempo em silêncio, causando uma risada longa e gostosa de Sehun. – Pensei que tinha dito que estava cortando o cabelo. 

– Eu resolvi mudar um pouco. Estou tão diferente assim? – perguntou o agora loiro, entre risadas. 

– Mas é claro! Você está muito mais bonito agora. – afirmou o moreno, olhando mais intensamente para o outro. 

– Então quer dizer que eu era feio antes? – brincou Sehun, apenas para disfarçar a vergonha por ter sido elogiado. 

– Você sabe que não foi isso que eu quis dizer. – respondeu Kai, achando adorável como as bochechas de Sehun se tornavam rubras à medida que o elogiava.

Jongin se sentou sobre a grama verde novamente, desta vez sendo acompanhado pelo loiro, que lhe ofereceu um de seus fones de ouvido. O silêncio entre os dois permaneceu como no dia anterior, com a única diferença de que desta vez, era Jongin quem olhava fixamente para Sehun, reparando em cada detalhe daquele rosto que, apesar de tão conhecido, trazia traços diferentes naquele dia. A franja descolorida caindo sobre os olhos puxadinhos, os lábios finos que pareciam ainda mais rosados naquele dia em especial, a pele leitosa que aparentava ser macia... Inconscientemente, o moreno se aproximou ainda mais do mais novo, chamando a atenção do mesmo. Ao virar seu rosto, o loiro percebera o quanto os rostos estavam próximos e sentiu o seu próprio esquentar. 

– Sehun... – Jongin falou baixo, quase em um sussurro. – Você já beijou outro garoto? 

O rapaz branco se assustara, não só com a pergunta, mas também com o tom de voz que o amigo usara. A palpitação em seu peito aumentava à medida que tentava formular alguma resposta. O mais velho olhava profundamente dentro de seus olhos e vez ou outra para seus lábios. Sem sequer raciocinar direito, o loiro acabou com o espaço que tinha entre as duas faces e acabou juntando os lábios em um selar um tanto desesperado.

Fechou os olhos com força, esperando que fosse rejeitado, porém sobressaltou-se ao sentir a mão quente do moreno em seu rosto e a língua atrevida pedir passagem. As línguas entrelaçavam-se sem pressa, criando um beijo calmo, doce e intenso. Cortaram o beijo com um estalo, Jongin sorriu largamente ao ver Sehun morder seu lábios e olhar para a grama, completamente envergonhado. 

O sol se punha aos poucos à frente dos dois rapazes que se manterem parados e calados, pensando no que diriam um para o outro. O clima estava um pouco tenso entre eles e, quando Jongin pensou em dizer algo, o garoto loiro o surpreendeu se levantando e pegando seus fones de volta.

– E-Eu preciso ir pra casa. – disse.

– T-Tudo bem, está um pouco tarde mesmo. – falou o moreno, enquanto se levantava. Tentou não mostrar-se decepcionado por Sehun ter de ir embora ou por o mesmo não ter dito nada sobre o beijo trocado e foi andando ao lado do rapaz branco, até chagarem mais uma vez até o ponto em que se separariam. 

Depois de um tempo imóvel olhando para os próprios pés, Sehun tomou coragem de olhar dentro dos orbes negros de Jongin, corando ao perceber que o mesmo o encarava. 

– Até mais, Jongin-ah. – falou finalmente, dando um sorriso tímido. – Boa noite. 

O moreno riu e se aproximou do outro com passos rápidos, não rompendo o contato visual em nenhum momento. Segurou o rosto do loiro sem muita delicadeza e selou seus lábios demoradamente. Quando o selar foi rompido, Kai sustentou um sorriso vitorioso em seus lábios cheios e sussurrou, fazendo o hálito quente ir de encontro à face pálida do outro. 

– Boa Noite, Sehunnie. 

Ao chegar a sua casa, o moreno tinha um sorriso bobo em seus lábios. Não sabia exatamente a razão, mas seu coração batia com rapidez absurda contra suas costelas. Talvez fosse euforia por ter finalmente sentido o gosto dos lábios de Sehun, ou por constatar o quanto ele beijava bem. Ao que parecia, Kim Jongin estava se apaixonando novamente.

(...)

Jongin acordou desanimado naquela manhã de segunda-feira. Os raios de sol invadiam o quarto do moreno, indo de encontro ao rosto sonolento do mesmo. Bufou derrotado e levantou-se sem animação, arrastando os pés para chegar até o banheiro. Era visível que Kai não tivera uma boa noite de sono, ficara o domingo inteiro mandando mensagens para Sehun e o mesmo apenas fez o favor de ignorar todas. Revirou na cama a noite toda confuso, queria uma resposta. Precisava de uma resposta. 

Depois de fazer sua higiene matinal, o moreno vestiu seu uniforme vagarosamente, tentando preparar-se mentalmente para o que encontraria na escola naquela manhã. Chanyeol com certeza o chamaria para matar aula, já que segunda era o dia em que tinham as aulas mais chatas. Kai até aceitaria, mas não estava com paciência de ouvir o amigo reclamar em seu ouvido o dia todo. Depois de muito pensar, decidiu que ia cabular aula sozinho.  

Saiu de casa sem pressa, seguindo o mesmo caminho de sempre, em direção ao colégio. Kai estava levemente incomodado com tudo o que acontecia consigo nos últimos dias. Estar com Sehun era estranhamente bom. Ele era diferente das outras pessoas que conhecia, conversar ou dançar com ele era mais prazeroso do que com qualquer outro, o fazia sentir o coração transbordar de felicidade com apenas um sorriso. Até hoje nunca entendeu o motivo para que ele escondesse aquele sorriso tão belo de todos, mostrando apenas a sua famosa “cara de porta”.

Chegando ao colégio, Jongin correu para o único lugar ali que o agradava. A sala de dança estava destrancada como sempre, completamente vazia. Jogou sua mochila em qualquer canto e pôs-se em frente ao grande espelho, lembrando-se brevemente dos dias que passou ali com o atual loiro, aperfeiçoando a coreografia que haviam criado. Suspirou, tentando esquecer de Sehun e concentrar-se. Pegou seu celular e colocou a música cuja coreografia estava inacabada, e começou a dançar. 

Movimentava-se no ritmo, aqueles mesmos passos que mostrara à Sehun pela primeira vez há dias atrás. Mesmo sem os objetos que completavam sua performance, Kai ainda conseguia ser perfeito e cada movimento. Quando a música estava pela metade, Jongin não parou como de costume. Continuou a se mover com graciosidade, os movimentos precisos ainda trazendo o ar da sensualidade, ondulando o corpo enquanto os pés os faziam com que deslocasse acompanhando a música e encantasse quem quer que estivesse assistindo.

Apesar de não saber, Kai estava sendo observado. Sehun estava parado na porta, estático, contemplando a imagem de Jongin dançar. Não esperava vê-lo ali, queria fugir, porém estava hipnotizado. Como na última vez em que o vira dançar aquela mesma música. Era como se tudo em sua volta estivesse se movendo em câmera lenta e que o moreno dançasse apenas para lhe seduzir, apenas para que despertasse os mais diversos sentimentos em si. O loiro balançou a cabeça em sinal de negação, tentando afastar aqueles pensamentos, querendo desaparecer daquele lugar. Sehun até poderia sair correndo dali como um covarde, se o amigo não tivesse terminado de dançar e percebido sua presença. O mais novo entre os dois ficara tenso ao ver Jongin se aproximar, mas tentou ignorar agindo normalmente. 

– V-Você conseguiu terminar. – disse o óbvio, mantendo certa distância do moreno. Se xingou mentalmente por ter gaguejado.

– Sim. – respondeu Jongin sem muita emoção na voz, lutando para manter a lembrança daquele beijo afastado de sua mente. 

– E como foi o seu final de semana? – perguntou o loiro, criando um assunto.

– Tudo normal. – disse Kai, desviando o olhar daquela maldita pinta no pescoço de Sehun, que parecia querer tentá-lo naquela manhã. – E o seu?

– Foi... – O loiro não conseguia pensar em uma resposta que não fosse o quanto ele havia pensado no beijo em que trocaram, ou no quanto ele queria fugir de uma possível explicação que teria de dar a Kai. – Por que você está aqui? Quero dizer, por que não está na aula? – o loiro mudou de assunto, dizendo primeira coisa que lhe veio à mente. 

– Hm... Por que pergunta, sentiu minha falta? – Jongin perguntou com um sorriso meio bobo nos lábios, e por um instante, se reprimiu por ficar tão feliz com a possibilidade de Sehun ter sentido sua falta.

– E-Eu, eu só... Fiquei curioso. – disse o loiro envergonhado. 

– Acredito. – Kai então mostrou seu olhar mais malicioso, enquanto se aproximava do mais novo. – Então quer dizer que você não pensou em mim nenhum pouco?

– É... – respondeu, tentando controlar o nervosismo crescente dentro de si que o fazia tremer. 

– Que pena! – exclamou Jongin, mordendo o lábio inferior, ao que o corpo do mais novo respondeu com um arrepio. Kai estava perto o bastante para sentir a respiração falha do outro, que parou de tremer assim que seus olhares finalmente se cruzaram.

– E-Eu tenho que ir. – Sehun deu um passo para trás, e começou a se virar, quando sentiu a mão quente do moreno o puxar de volta. 

– Não antes de uma coisa. – disse Kai, o prendendo em um beijo.

Jongin segurou Sehun pela cintura e abriu passagem para que sua língua encontrasse a dele. O mais novo queria aquele beijo mais que tudo, apesar de não admitir em voz alta. Ele passou a mão pela nuca do outro e entrelaçou seus dedos nos fios negros. Kai podia sentir seus nervos arderem em desejo e com certeza não se contentaria com apenas um beijo. Apertou Sehun no quadril com tanta força, que o mais novo sentiu sua respiração falhar e no mesmo momento, mordeu o carnudo inferior do moreno, como o próprio havia feito segundos atrás. Kai não se segurou depois disso, logo empurrou o loiro contra a parede mais próxima de onde estavam, o corpo magro bateu com força e Sehun até pararia para reclamar se o moreno não estivesse pressionado seu tronco contra o próprio com impaciência.

O desejo que ambos sentiam um pelo outro era grande e sentiam que precisavam de mais. As mãos do mais novo se soltaram do cabelo negro e começaram a percorrer o corpo e Kai desarrumando sua camisa, o moreno sentiu seu abdômen se contrair quando os dedos de Sehun o tocaram por dentro da camisa. Seu membro já estava sem espaço em sua calça quando o loiro arranhou suas costas.

O beijo se intensificou ainda mais, o moreno já começava a sair de si. Puxou tão forte a camisa do mais novo que quase a rasgou, em seguida prendeu a pele do pescoço de Sehun entre os dentes deixando ali uma marca avermelhada. Kai não conseguia parar de impulsionar seu membro preso dentro das calças contra o quadril do outro. Jongin queria mais, muito mais... Ele então simplesmente ignorou o fato de estarem se pegando no colégio, e desceu sua mão em direção ao membro do loiro, apalpando com força o volume que crescia ali. Ouviu um gemido abafado vindo dos lábios rosados do outro, ao mesmo tempo em que em seus próprios surgia um sorriso banhado em malícia. 

Eles iriam adiante, porém foram interrompidos por uma gargalhada alta e cínica vinda de uma direção desconhecida. Sehun viu o reflexo de alguém no espelho andando em sua direção e ficou estático ao ver quem era.

– Muito linda essa cena de vocês dois! – Chanyeol disse batendo palmas sorrindo largo. Sehun engoliu seco enquanto Kai mantinha uma expressão indecifrável. – Mas Kai, péssima escolha você fez! Você consegue coisa melhor, não acha? 

O rosto de Sehun ficou vermelho e seus olhos foram até o chão, num misto de vergonha e raiva. Sentiu-se humilhado e, naquele momento, a opção de sair correndo dali era bastante convidativa. 

– Eu acho que você deveria cuidar da sua vida, Chanyeol! – esbravejou o moreno, fazendo a expressão debochada do mais alto entre os três sumir. 

Aish, não precisa se irritar comigo, irmão. 

O loiro resolveu sair dali, antes que aquele ser de orelhas enormes continuasse dizer comentários pejorativos a seu respeito. Foi a passos rápidos até a porta da sala, ignorando seu nome ser chamado pelo moreno, as risadas de Chanyeol e o incômodo entre suas pernas. Apesar de estar desesperado para sair da vista daqueles dois, ainda esperava que Jongin fosse atrás de si. Mas isso não aconteceu. Ao invés disso, no meio do caminho, ouviu um grito. 

– Você estragou tudo! – era Jongin, certamente falando com Chanyeol. – Acho que ele nem quer falar mais comigo. 

– Até parece, Kai! Você ia parar de falar com ele sem mais nem menos mesmo. Você sempre faz isso! – disse Chanyeol, fazendo Sehun gelar aonde estava. – Então pare de ficar irritadinho comigo. 

Ao ouvir aquilo, Sehun sentiu um aperto no peito. Não queria acreditar que Jongin era aquele tipo de pessoa, que ele havia apenas brincado consigo o tempo todo. Sorriu triste, agora percebendo que não sabia nada sobre aquele que julgava ser seu amigo, mas que na verdade, em seu coração, o considerava mais que isso. 

– Não Chanyeol, com o Sehun é diferente. – As batidas do coração de Sehun aceleraram-se de forma dolorosa em seu peito. O garoto não se atreveu a se afastar dali, apenas para ouvir tudo que Jongin tinha a dizer. Estava ansioso. 

– Não me diga que você tá apaixonado pelo Zumbi? – era Chanyeol, claramente surpreso. 

– E se eu estiver? – retrucou sério, fazendo com que o que espionava soltasse um murmúrio de surpresa. 

O loiro se sentiu aliviado ao ouvir tais palavras. Estava feliz, surpreso... um misto de sentimentos se apoderava de si, uma euforia até então desconhecida o fazia sorrir largamente, de uma forma excêntrica demais para alguém como ele. Respirou fundo, decidindo sair daquele corredor e continuar seu caminho, antes que o flagrassem ouvindo a conversa. Foi a passos rápidos até o portão da escola, praguejando mentalmente por morar tão longe de onde estava. 

Ao chegar em sua casa, Sehun agradeceu aos céus por estar sozinho, caso contrário teria que responder perguntas de sua mãe. Subiu para seu quarto e não pensou duas vezes antes de entrar no banheiro e tomar um banho gelado, afinal de contas ele ainda possuía uma ereção indecente entre as pernas.

Depois do banho – que havia durado muito mais do que o necessário –, o rapaz olhou seu reflexo no espelho e permitiu-se sorrir minimamente ao ver a marca avermelhada deixada pela mordida de Jongin em seu pescoço alvo e, no mesmo instante, ouviu seu celular tocar alto em seu quarto. Sorriu largamente, afinal já sabia quem era.

– Yeoboseyo, S-Sehunnie? – Jongin dizia num tom hesitante. 

– Oi, Jongin-ah. – respondeu o loiro, agora sem arrogância na voz. Ouviu o amigo suspirar do outro lado da linha. De alívio, talvez.

– Desculpe por hoje mais cedo, você sabe que o Chanyeol é um idiota. – ditou rindo. – Aonde você está? 

– Eu sei sim, não se preocupe. – sorriu, percebendo que o outro ainda agia com naturalidade consigo. – Estou em casa agora. 

– Oh Sehun cabulando aula? – perguntou o moreno, fingindo-se surpreso. – Você anda muito ousado, mocinho!

– Cale a boca, eu não sou tão certinho assim quanto aparento.

– Mas você não aparenta... 

– Já mandei você se calar, Kim Jongin! 

– Tá, tudo bem. Você vem ensaiar hoje mais tarde?

– Claro, mas nem é mais necessário, afinal somos ótimos! – exclamou o loiro, deliciando-se ao ouvir, em seguida, a risada rouca de Jongin. 

– Então, até mais tarde! 

– Até! 

E desligou. Sehun sustentava um sorriso ridículo em seus lábios finos, seu coração batia ridiculamente rápido contra suas costelas. Ele não tinha mais dúvidas, o causador de tudo aquilo era o ridículo Kim Jongin. 

(...)

– Eu estou morrendo de fome... – O mais novo entre os dois garotos jogados sobre o chão murmurava, como uma criancinha. 

– Eu também. – disse o mais velho, olhando para visor de seu celular para checar as horas. – Vou pra casa comer, quer vir? 

– Você vai cozinhar? Não, obrigado, prefiro morrer de fome. 

– Ei, eu não cozinho tão mal assim, Sehunnie! – choramingou, formando um bico fofo em seus lábios grossos. – Mas de qualquer forma, eu não planejava cozinhar para você.

– Não?

– Não. Eu estava pensando em pedir pizza. 

– Pizza? – perguntou o loiro, levantando-se do piso da sala de dança. – Então vamos logo para sua casa, levanta daí! 

Jongin gargalhou alto com a empolgação de Sehun e se levantou como fora-lhe "ordenado". 

Já era noite quando os dois deixaram a escola juntos, seguindo para a casa de Jongin. Eles não passaram a tarde toda ensaiando como planejaram; preferiram ficar conversando sobre o novo episódio de Supernatural que tinha saído naquela semana, ou sobre o álbum novo da Linkin Park, que o moreno jogou na cara do amigo que havia comprado. Em momento algum daquele dia, os dois rapaz disseram algo sobre sobre os beijos que trocaram mais cedo e de certa forma, isso incomodava Sehun. Ele não tivera coragem de dizer nada, porém esperava que pelo menos Jongin dissesse algo... Na verdade, ele não fazia ideia do queria exatamente. 

– Ei, avise sua mãe de que está indo lá em casa. – o moreno cortou os pensamentos do outro. – Não quero que ela pense que eu estou te sequestrando.

– Já mandei uma mensagem pra ela, não se preocupe.

Depois de andarem por mais algum tempo, os dois chegaram até a casa do mais velho. 

– Fique à vontade Sehun. – falou Jongin assim que entraram. O moreno pegou seu celular e ligou para uma pizzaria qualquer. 

– Você mora sozinho? – perguntou o loiro, sentando-se no sofá branco.

– Sim. Essa casa foi um presente dos meus pais... 

Sehun resolveu não encher o outro de perguntas, pois temia dizer o que não devia. Após o moreno realizar o pedido, ele se jogou no sofá e observou um Sehun pensativo. Sorriu maliciosamente ao ver a marca vermelha que deixara no pescoço dele mais cedo. 

– Ei Sehun – começou Jongin, chamando a atenção do mais novo. Levantou-se do sofá e levou suas mãos atá a barra da camisa branca que estava usando, retirando-a em uma rapidez surreal. Sehun ficou ligeiramente surpreso com a ação dele, porém nem sequer se importou em olhar fixamente para a pele chocolate e os músculos definidos de Jongin. Mesmo sabendo o quanto seu rosto estava queimando. – Eu vou tomar um banho enquanto a pizza não chega. Não se importa em ficar sozinho aqui, não é? 

– N-Não, claro que não. P-Pode ir Jongin-ah. – gaguejou o loiro, desviando o olhar para os próprios pés. 

O moreno sorriu de canto e subiu as escadas, deixando Sehun sozinho em sua sala. O garoto suspirou, pensando no quanto Jongin provocava-o fazendo aquele tipo de coisa. Será que ele havia se esquecido de que ele o deixara completamente excitado naquele mesmo dia de manhã? Balançou sua cabeça a fim de afastar aqueles lembranças do episódio na escola, de seu sonho e da imagem de Jongin sem camisa. 

Sehun levantou-se do estofado de camurça e pôs-se a olhar os detalhes da casa do moreno, admirando o bom gosto que ele tinha em deixar o ambiente da sala preto e branco. A estante estava repleta de CD's, DVD's, porta-retratos e no topo, haviam vários troféus e medalhas, o que deixou Sehun surpreso, afinal Jongin nunca tinha dito algo sobre ganhar algum campeonato ou qualquer coisa do tipo.

Continuou a olhar os cantos do primeiro andar casa, foi até os outros cômodos, percebendo que tudo ali era preto e branco, assim como na sala. Voltou para a mesma, agora não segurando sua curiosidade de olhar cada um dos porta-retratos que tinha visto anteriormente. Viu fotos de Kai sozinho, outras dele acompanhado de uma mulher de estatura baixa, cuja ele deduziu ser sua mãe. Viu também uma foto de quando era criança, com seus cabelos negros caídos sobre os ombros.

– Que fofo! – exclamou para ninguém, rindo da expressão séria do menino da foto. 

Continuou a olhar as fotos, arqueando uma das sobrancelhas ao ver algumas fotos de Jongin e Chanyeol juntos. Em algumas os dois se abraçavam, enquanto sorriam para a câmera. Pegou uma dos porta-retratos e olhou com desprezo para imagem dos dois amigos com os rostos bem próximos e sorrindo, felizes. Sehun bufou e revirou os olhos, largando o porta retrato aonde estava. Não imaginava que Jongin e Chanyeol eram tão amigos assim. Quem sabe eles já passaram do nível de amizade... O garoto balançou a cabeça em sinal de negação, querendo afastar aqueles pensamentos estranhos que passou a ter repentinamente. Mas que diabos era aquilo? Ciúmes? Não, definitivamente não.

Sehun "acordou" ao ouvir o som estridente da campainha. Foi em direção a porta, recebendo a pizza e colocando a mesma encima da mesa da copa. Suspirou entendiado, olhando de relance para o relógio em seu pulso. 

– Jongin está demorando. – murmurou para si mesmo. Preocupado – e curioso – com a demora do amigo, o loiro subiu as escadas hesitante, avistando as roupas do moreno jogadas pelo corredor. – Por que ele tem que jogar as roupas pela casa? 

O loiro seguiu o caminho que as roupas do moreno faziam até chegar a porta do banheiro, cuja estava entreaberta. Achou estranho, mas ignorou. 

– Jongin-ah! Você ainda está vivo aí? – falou brincando, tendo como resposta apenas o som da água do chuveiro. Sehun respirou fundo, pensando se deveria ou não entrar naquele banheiro e ver se o amigo estava bem. Aquilo seria uma loucura, mas era sua única alternativa. Prometeu a si mesmo que ia apenas checar se Jongin estava vivo e depois voltaria para sala. Respirou fundo mais uma vez, empurrando a porta devagar e quase caindo para trás ap ver o quanto o banheiro era grande e bonito. Admirou cada canto do cômodo, parando os olhos ao avistar a silhueta de Jongin no box. 

Ok, ele estava vivo e nem sequer notou a presença de Sehun ali, já que estava muito concentrado na música que cantarolava baixinho. Sehun permaneceu parado em frente ao box, admirando a sombra de Kai esfregar seus cabelos. Sua curiosidade agora era de saber como era o corpo do rapaz sem roupas, aquela pele morena e voluptuosa molhada... seu corpo todo se arrepiou com aquele tipo de pensamento despudorado. O garoto não moveu um músculo sequer, nem mesmo quando o barulho do chuveiro cessou e a porta do box foi aberta, revelando um Jongin completamente nu.

– Sehun! Meu Deus, que susto! – disse o moreno rindo, levando uma de suas mãos ao peito desnudo e molhado. 

Sehun ainda parecia hipnotizado, pois não movia nenhum músculo sequer. Jongin sorriu de canto ao perceber que o outro olhava minuciosamente para o seu corpo.

– Quer tomar banho também? – disse em um tom baixo enquanto mordia os carnudos com sensualidade. 

– E-Eu... – gaguejou o mais novo. – J-Jongin... na verdade eu estava conhecendo a sua casa, que por sinal é muito bonita e... e v-você estava demorando muito... 

– Desculpe por isso, Sehunnie. Eu costumo demorar no banho. – disse o moreno, se divertindo com a expressão desconcertada do loiro. 

Jongin resolveu então continuar a provocar o loiro, afinal era mais do que óbvio que o mesmo sentia algo por si. Nem que fosse uma mera atração. Pegou a toalha e passou a se enxugar lentamente e em seguida, com a mesma lentidão, amarrou a peça na cintura e começou a andar na direção do Sehun.

– Vamos até o meu quarto. Eu tenho algo para te mostrar. 

Sehun engoliu seco ao ouvir Jongin falar daquela forma. Apesar de nervoso, resolveu seguir o mesmo até a última porta do corredor e se surpreendeu ao entrar no local. Ele imaginou que o quarto de Kai era uma total desordem, porém encontrou o completo oposto. O moreno sentou-se na cama, convidando o loiro a fazer o mesmo. 

– Eu achei um vídeo legal de um grupo de dançarinos americanos. – começou o moreno ligando o notebook. Selecionou o vídeo e o deixou tocar, prestando total atenção nele. 

Sehun não podia dizer o mesmo, ficara tenso com o quão próximos estavam, podia sentir o cheiro gostoso que vinha da pele de Kai... aquela vontade incontrolável de tocar a pele bronzeada lhe acometia de forma dolorosa. 

– Eu pensei que poderíamos acrescentar isso na nossa coreografia, o que acha? 

– S-Sim, é uma boa ideia. – falou, mesmo não tendo prestado muita atenção no vídeo. – Você já aprendeu?

– Sim, não é muito difícil. Deixa eu te mostrar...

O moreno se pôs de pé e se posicionou na frente de Sehun, movendo o corpo como os garotos do vídeo faziam. Aquela seria uma cena completamente normal e inocente, se aquele imbecil do Kim Jongin não estivesse apenas de toalha. Ele estava fazendo de propósito! Sehun já sentia seu corpo responder àqueles movimentos sensuais realizados em um espaço tão pequeno e tão próximo a si. 

– Acha que consegue aprender até o fim de semana? – O moreno perguntou, assim que terminou de dançar. Mordeu os lábios, andando em direção ao guarda roupa. 

– S-Sim. – Sehun respondeu nervoso, olhando para qualquer coisa que não fosse o corpo moreno de Kai. 

– Você tinha dito que achou minha casa bonita. – Jongin mudou de assunto, deslizando a toalha pelo seu corpo, enquanto procurava alguma roupa para vestir. Pegou uma boxer na gaveta e a vestiu lentamente. Sorriu discretamente ao ouvir o loiro suspirar.

"Desgraçado."

– Você tem bom gosto Jongin-ah. Sabe, deixando tudo preto e branco e tal. Eu gosto disso. 

– Obrigado, Hunnie. – falou, voltando a se sentar ao lado do outro na cama. O garoto já estava enlouquecendo com a proximidade repentina do moreno, que ainda trajava apenas uma maldita cueca vermelha. – Sabe, essas cores foram ideia do Chanyeol. Ele me ajudou a decorar a casa quando eu a ganhei.

– Vocês são bem amigos, não é? – O loiro perguntou de repente. – Eu viu algumas fotos de vocês dois lá embaixo.

– Sim, somos melhores amigos. Nos conhecemos desde moleques e ele meio que me ama, sabe. Ele é um grande amigo. – falou finalmente, rindo de alguma piada pessoal. – Achei que soubesse disso, Sehun. 

As feições de Sehun mudaram ao ouvir aquelas palavras. Ele parecia... com raiva? Realmente, o sangue de Sehun fervia por algum motivo. Talvez ele odiasse aquele orelhudo demais para ficar ouvindo Jongin falar dele com tanta devoção. Ou simplesmente Sehun gostava muito de Jongin e não queria ser inferior a qualquer outra pessoa. Sem dizer nenhuma palavra, o garoto loiro se levantou depressa e saiu correndo porta afora, deixando um Jongin confuso para trás.

– Sehun! – chamou, sem obter resposta. Será que tinha dito algo de errado? 

O moreno foi correndo atrás do mais novo e, por sorte, conseguiu alcançá-lo assim que o mesmo saiu pela porta da frente. Agarrou seu pulso com força, impedindo-o de correr.

– O que deu em você? – disse sério, apertando ainda mais o pulso do outro. 

Sehun não respondeu. Tentou se soltar do moreno, mas sabia que o mesmo era mais forte. Acabou cedendo e passou a olhar para o moreno, percebendo que o mesmo ainda se encontrava apenas de cueca. No meio da rua.

– Jongin. – começou, segurando o riso. – Você está semi-nu. E no meio da rua! 

– Você está mudando de assunto. Por que fugiu daquele jeito? 

Sehun se sentiu terrivelmente intimidado com aquele olhar. Jongin não estava brincando. Lambeu os lábios, sentindo uma parte de si gritar para que admitisse logo que estava com ciúmes de Chanyeol e que estava apaixonado por Jongin. 

Uma parte bem pequena.

– Olha Jongin, eu preciso ir. É melhor você entrar, está frio aqui fo-

Aish, Sehun, Será que você só sabe dizer isso? – interrompeu, assustando o mais novo com o tom de voz usado. O moreno respirou fundo, tendo uma ideia maluca. – Quer saber? Eu só entro se você voltar comigo. 

– Então – O loiro sorriu desafiador. – Você vai ficar aqui no frio e de cueca?

Era claro que Sehun estava duvidando do moreno, esperando que ele voltasse e o deixasse finalmente ir embora. Porém, tudo o que Jongin fez foi fechar a porta atrás de si e retribuir o sorriso de Sehun. Aquele loirinho não sabia com quem estava falando.

Aigoo... – Sehun riu, bagunçando os fios descoloridos e andando em direção ao mais velho. – Saiba que eu estou fazendo isso apenas por que não quero que morra congelado. 

– Exagerado. 

Os dois então voltaram para dentro da casa e permaneceram em silêncio. Jongin fuzilava Sehun com os olhos, esperando que o mesmo lhe dissesse o motivo de ter fugido. Porém, tudo o que o loiro fazia era olhar para os lados, evitando o contato visual com o moreno. 

Jongin bufou. Se aproximou pergiosamente do mais novo, chamando sua atenção. Sehun tinha um cheiro bom, uma aparência adoravelmente emburrada e seu olhar era misterioso... Quando se deu conta, suas mãos já puxavam a nuca do outro, aproximando as faces. Sem esperar que ele dissesse algo ou saísse correndo como antes, Jongin colou as bocas apressadamente, iniciando um beijo intenso. 

As bocas se moldavam perfeitamente, enquanto línguas macias se entrelaçavam, sentindo o gosto viciante uma da outra. Jongin apertava com força a cintura do outro, enquanto puxava-a de encontro ao seu corpo. Sehun arfou em meio ao beijo afoito, derretendo-se ao sentir a mão quente e atrevida do moreno levantar sua camisa. Os lábios de Jongin tomavam agora um rumo diferente, passando a beijar o rosto do outro rapaz, em seguida descendo para a pele leitosa e cheirosa do pescoço. 

– J-Jongin-ah... – gemeu, sentindo agora o moreno tocar diretamente seus mamilos, deixando-os rígidos. – Espera... vamos parar, a pizza chegou faz tempo. 

– Não Sehunnie – sussurrou rente a orelha do loiro. – Nada vai me fazer parar agora. 

Sehun sentiu seu corpo fremir aos toques do moreno, sua camisa já estava sendo retirada com pressa, enquanto o moreno o envolvia novamente em um beijo ávido, colando os dois corpos ainda mais.O garoto loiro ia a loucura, Kai o dominava com perfeição e tudo o que podia fazer era se render. 

A sensação deliciosa dos troncos nus um contra o outro fazia o rapaz mais novo suspirar em meio ao ósculo. As mãos de Jongin já estavam no cós de sua calça, procurando desabotoá-la e descer o zíper. Feito isso, passou a apalpar o membro do loiro por cima da boxer preta, sentindo sua derme arder graças aos arranhões que recebia em sua nuca. Jongin foi guiando o mais novo até o sofá branco fazendo-o se sentar no mesmo. Apartou o beijo e olhou profundamente nos olhos castanhos e brilhantes do outro. 

– Eu quero muito você, Sehunnie... – disse em um sussurro, sem cortar o contato visual. Apertou a ereção já formada do mais novo por cima da roupa, enquanto terminava de tirar a calça jeans do outro com a mão livre. 

Jongin mordeu os lábios, contemplando a imagem de Sehun apenas de boxer; o corpo magro, a pele pálida e imaculada, os mamilos róseos e chamativos. Lindo. 

Sehun tinha as bochechas em tom rosado, estava envergonhado por ter o corpo exposto e por Jongin olhá-lo minuciosamente. O moreno passou a distribuir selares por toda a barriga lisinha do loiro, o subindo para o peito, clavícula e pomo de Adão, fazendo Sehun se arrepiar e arquear as costas em deleite. Levou os lábios grossos agora até o pescoço e demorando-se ali, prendendo a pele entre os dentes e em seguida sugando-a, exatamente aonde havia uma adorável pinta. 

O moreno adorava o fato de Sehun não segurar seus gemidos, que apesar de baixos, apenas o incentivava a continuar maltratando a pele branca. Voltou a descer pelo corpo magro, parando para mordiscar de leve os mamilos e deleitar-se ao ouvir gemidos agora mais altos que saíam da garganta do mais novo.

Depois de um tempo apenas marcando o corpo de Sehun, Jongin se ajoelhou e passou a morder a parte inferior das coxas leitosas do outro rapaz, enquanto suas mãos acariciavam o membro teso novamente, sem retirar a peça incômoda de seu corpo esguio. 

– J-Jongin, pare com isso... – Sehun gemeu, encontrando o olhar do outro, que sorria maliciosamente. 

– O que foi, Sehun? Não está gostando, hm? 

– N-Não é isso, é que... Ah! – A fala do loiro fora interrompida por um gemido alto e desinibido. 

As mãos habilidosas de Jongin retiraram sua boxer rapidamente e finalmente passou a tocar o membro do outro, masturbando-o devagar. Sehun cerrou os olhos com força, aquela sensação deliciosa de mão quente subindo e descendo pela extensão de seu falo.

– Era isso que você queria, Sehunnie? – sussurrou, o hálito quente batendo contra pela sensível do mais novo. 

Sehun não respondeu, de sua boca só saiam gemidos arrastados, os dedos longos massageavam a glande molhada habilmente, pressionando a fenda de onde escapava o pré-gozo. Jongin estava se divertindo com os gemidos despudorados que o sério Oh Sehun soltava. Definitivamente ele não se parecia com o rapaz considerado sem graça por metade da escola. Agora ele parecia alguém completamente vulnerável aos seus toques.

O moreno abaixou sua cabeça e pôs a língua pra fora. Lambeu a ponta do pênis com gosto, depois indo até a base e voltando, acompanhando as veias, provocando. Sehun estava angustiado, querendo um contato muito maior que aquele. A ansiedade era visível em seus olhinhos castanhos, então o moreno resolveu finalmente abocanhar a carne pulsante, subindo e descendo a cabeça, chupando com vontade a extremidade. 

Sehun ia a loucura, aquela boca quente e gostosa o chupava intensamente, enquanto a língua se esfregava em sua glande inchada. Levou suas mãos aos cabelos de Jongin, puxando com certa força os fios negros e gemendo mais alto ao sentir a ponta de seu membro tocar o fundo da garganta do outro. Já estava em seu limite, seus olhos reviravam atrás das pálpebras, à medida que puxava com mais força os cabelos do mais velho. Sem qualquer tipo de aviso, Sehun se desfez na boca do moreno, gemendo seu nome em tom absurdamente alto. 

Jongin levantou a cabeça, limpando os cantos da boca, e encarou Sehun. O rapaz tinha as orelhas vermelhas, olhos semicerrados, seus cabelos loiros grudados na testa por causa do suor e seu peito subia e descia rapidamente. Ele estava ainda mais lindo naquele estado pós orgasmo. Subiu seu tronco e o beijou nos lábios, roçando os corpos. 

– Sehunnie... – começou o moreno, dando beijinhos na mandíbula afiada do loiro, voltando a acariciar o membro flácido do mesmo. – Você gosta de mim, não é?

A pergunta pegou Sehun de surpresa, suas bochechas voltaram a coloração avermelhada. Kai riu baixinho ao perceber a vergonha repentina e então, acelerou os movimentos no falo do mais novo até que ele endurecesse novamente. Os gemidos voltaram a ecoar pela sala, fazendo com que o moreno sorrisse vitorioso.

– Não vai me responder? – vocalizou, parando seus movimentos no membro de Sehun, ouvindo-o gemer em reprovação, enquanto fechava os olhos com força.

As mãos amorenadas agora alisavam cada canto do corpo pálido, e em seguida, forçaram os ombros de Sehun, fazendo-o se deitar no sofá. Em seguida, passou a friccionar as ereções, enquanto sorria maliciosamente.

Jongin ainda trajava uma maldita cueca vermelha, mas mesmo assim ele insistia em deixá-la em seu corpo, claramente o torturando. Foi então que Sehun se deu conta de que aquele moreno gostoso ainda esperava uma resposta. Será que deveria...

– Eu gosto de você. – A voz rouca e baixinha de Kai ecoava por seus ouvidos, surpreendendo. Foi isso mesmo que ouviu? – Eu estou completamente apaixonado por você Sehun. Nunca senti isso por ninguém antes, sabia?

O rapaz loiro abriu os olhos e encarou os semelhantes do moreno, que traziam um brilho diferente. Seus olhos transbordavam sinceridade e seus lábios não mais continham aquele sorriso malicioso de antes. Era um sorriso terno, o mais lindo que já vira em sua vida. 

Antes que se desse conta, suas mãos já puxavam-no para um beijo terno e carinhoso, seus dedos brincando com os fios da nuca de Jongin, ao mesmo tempo em que sugava os lábios fartos, ás vezes mordendo-os de leve. 

Sehun não tinha porque se conter, então levou a mão direita até a ereção do moreno, que arfou surpreso, cortando o beijo. O loiro fitava os olhos negros de Kai com desejo, acariciando calmamente a região íntima alheia. Sorriu ao finalmente ouvir Jongin gemer arrastado, aproveitando para abaixar a boxer vermelha e libertar seu membro necessitado. Lambeu os lábios, sentindo seu baixo ventre repuxar ao ver o corpo de Jongin completamente nu novamente. 

Voltou a encarar os orbes escuros, e ainda sem dizer nenhuma palavra, segurou a extensão do falo quente e macio do outro, massageando-o devagar. Se sentiu orgulhoso por estar arrancando gemidos mais altos daquele moreno. Mordeu o lábio inferior de Jongin, puxando-o e sorrindo logo em seguida.

– Eu também gosto de você, Jonginnie.

Pela primeira vez naquela noite, Sehun conseguiu deixar Jongin sem saber o que dizer. O moreno o olhava em um misto de surpresa e felicidade, causando uma risada leve em si. 

Jongin não se segurou depois de ouvir aquilo, depois de confirmar que seu Sehunnie correspondia seus sentimentos. Segurou a mão branca do garoto, obrigando-o a parar a masturbação. Beijou-o com volúpia em seguida, terminando de se livrar da própria boxer, jogando-a em algum canto da sala. 

Apartou o ósculo com pressa, descendo o corpo até o falo rígido do loiro. Lambeu-o libidinosamente como outrora fizera, acariciando as coxas macias e ouvindo seu nome ser chamado baixinho.

– Jongin... v-você é bom nisso. 

O moreno sorriu feliz por Sehun estar mais à vontade consigo naquele momento. Levantou sua cabeça um pouco apenas para encarar os olhos pidões do mais novo.

– Eu sei. – murmurou, voltando a acariciar de leve a ereção de outrem, molhando as pontas dos dedos ao tocar a glande. 

Não se demorou ali, logo arrastou os dedos longos até a entrada do outro rapaz, rodeando-a. Sehun ofegou surpreso com a ação repentina, soltando um gemido sôfrego ao sentir Kai pressionar um de seus dígitos e, por fim, penetrá-lo com o mesmo. O loiro fechou os olhos, sentindo aquela sensação incômoda logo se transformar em uma prazer contínuo. Jongin inseriu um segundo dedo, movimentando-os no interior de Sehun, preparando-o com cuidado. 

Depois de algum tempo, o rapaz cessou os movimentos com os dedos, rindo um pouco ao ouvir Sehun soltar um muxoxo em reprovação. 

– Você é uma gracinha, Sehun. – disse Jongin em tom baixo, indo beijar os lábios róseos que tanto gostava. 

Jongin segurou a parte de trás dos joelhos do loiro, separando as pernas do mesmo com cuidado, lambendo os lábios antes de levar a boca até as coxas leitosas e mordê-las rapidamente. Em seguida, desceu com a língua quente até o oríficio rosado do outro rapaz. O músculo molhado penetrava o local apertado, fazendo Sehun praticamente gritar ao ter aquele local tão erógeno sendo estimulado daquela forma tão íntima e deliciosa. Os gemidos apenas ficavam mais altos, Jongin lubrificava aquela região, enquanto passava sua mão para frente, masturbando devagar o membro teso de Sehun.

O rapaz mais novo via estrelas por atrás das pálpebras, pensou que chegaria novamente ao ápice, entretanto o moreno cessou os movimentos com a mão e logo trocou sua língua pela glande inchada, roçando-a ali e arrancando suspiros pesados do loiro. 

Jongin fechou seus olhos e invadiu o corpo alheio de uma uma só vez, arrancando um gemido sôfrego da parte de loiro. Os músculos se contraíram e as mãos logo agarraram as de Kai, que repousavam em sem seus ombros. A dor se fez presente logo no início, Sehun mordia os lábios na tentativa falha de conter seus gemidos que saíam incessantemente de sua garganta. 

Os lábios fartos do moreno capturaram os róseos de finos de Sehun, iniciando um beijo caloroso e rápido, enquanto entrelaçava seus dedos nos da mão suada do loiro. 

– Relaxa... – sussurrou após as bocas se desgrudarem, começando a se movimentar dentro do mais novo. 

O moreno estocava devagar, ouvindo os murmúrios baixos e desconexos que o outro rapaz soltava. Notou que o aperto em sua mão ficara mais forte, Sehun sentia dor com aqueles meros movimentos. O falo de Jongin movia-se dentro do garoto, alargando-o, a sensação se tornando deliciosa aos poucos.

Kai colocou mais velocidade nos movimentos, sentindo a pressão gostosa que as paredes internas de Sehun faziam sobre seu membro. Sehun já impulsionava seu corpo contra o de Jongin, pedindo por mais contato, enlouquendo com a onda de prazer que lhe acometia. Quando se deu conta, já pedia para o outro ir mais rápido, ao mesmo tempo em que entrelaçava suas pernas na cintura do moreno. 

– J-Jongin-ah! – gemeu o mais alto, ao sentir a glande do outro tocar-lhe profundamente. 

Jongin ondulava seu quadril, chocando-o contra o alheio, afundando-se o máximo que podia em Sehun, estocando rápido e fundo. Pelos gemidos altos, o mais velho deduziu que acertava exatamente aonde o loiro sentia mais prazer. 

As reboladas contra o corpo branco, fazendo o mais novo perceber o quanto Jongin era bom naquilo. Melhor do que em seu sonho, melhor do que apenas ver o corpo moreno mover-se em uma coreografia elaborada. Nada se comparava à sensação de ter Jongin para si, segurando com força sua cintura e empurrando seu falo para dentro e fora de seu corpo em ritmo alucinante. 

Kai puxou o corpo mais alto, fazendo-o se sentar em seu colo. O loiro arfou surpreso, sentindo o falo do moreno parecer ainda maior dentro de si naquele momento, envolvendo seus braços no pescoço suado do outro. O mais velho apertou as nádegas redondinhas com força, estapeando, ainda movendo-se contra o rapaz. O barulho alto dos quadris se chocando, o ambiente quente e abafado... tudo aquilo excitava demais os dois. 

Descontavam todo o tesão em gemidos altos e roucos, arranhões, mordidas. Sehun impulsionava seu corpo para baixo com toda força que tinha, concentrando-se no prazer que sentia ao ser atingido firme e fundo. Os lábios rosados sendo maltratados, as mãos se embrenhando nos fios negros e molhados de suor. Seus olhos reviravam e tudo pareceu piorar quando o moreno passou a tocar seu membro, em sincronia com as estocadas. 

Logo o orgasmo tomou seu corpo de forma violenta, os jatos quentes sujando o abdômem moreno de Jongin. Os músculos de seu corpo se contraíram, apertando ainda mais o membro grande de Jongin, que se desfez logo em seguida no interior do loiro, enquanto gemia rouco em sua orelha. 

Os dois rapazes permaneceram abraçados, ouvindo as respirações descompassadas e sentindo o calor gostoso que os corpos grudados e suados ainda continham.

Assim que normalizaram suas respirações, o rapaz mais velho encarou os olhos puxadinhos e adoráveis do outro, e o envolveu em um beijo calmo e demorado, que foi correspondido com a mesma intensidade. 

Após passarem um tempo daquela forma, trocando beijos, carinhos e nenhuma palavra, Jongin resolveu finalmente tirar o rapaz loiro de seu colo, observando o quanto ele estava fofo com o rosto corado. Ele pegou suas roupas no chão da sala, vestindo-se o mais rápido possível. Jongin riu baixo ao ver o "estrago" que fizera naquela pele branca. 

– O que foi? – falou Sehun após se vestir, virando-se para o moreno com aquela boa e velha expressão fechada. 

– Nada. – respondeu, mordendo o carnudo inferior. 

– Eu estou com fome. – disse o loiro, ignorando o rosto queimando e evitando olhar para Jongin, que ainda não havia se vestido. – A pizza deve ter esfriado já.

– Verdade. – concordou o mais velho. – Eu vou lá pra cima tomar outro banho. Enquanto isso você pode esquentar a pizza para nós. 

– Ok. Vê se não morre lá dentro outra vez. 

Tudo que o moreno fez foi rir alto e se direcionar ao segundo andar da casa. Não se demorou muito lá, logo Jongin desceu as escadas, devidamente vestido, e encontrou Sehun sentado em uma das cadeiras, já devorando seu segundo pedaço de pizza.

– Nossa, nem me esperou. – brincou, se sentando de frente para o loiro. 

– Eu disse que estava com fome. 

Jongin se serviu e permaneceu em silêncio, apenas observando o loiro comer. Suspirou alto, encarando seriamente o outro.

– Por que fugiu? – perguntou, tendo finalmente a atenção de Sehun.

– O que? 

– Eu quero saber por que você saiu correndo aquela hora, Sehun. – disse firme, intimidando o outro com o olhar. 

Sehun engoliu seco. Estava torcendo para que o moreno tivesse esquecido daquilo, afinal ainda estava confuso sobre o assunto e não se sentia preparado para responder aquele tipo de pergunta. 

E-Eu não fugi. – gaguejou. 

– Fugiu sim! Estávamos lá em cima, eu te mostrei um vídeo, falamos sobre o Chanyeol e de repente você... – Jongin parou de falar, sorrindo bobamente, como se tivesse se lembrado de algo. – Você estava com ciúmes, não é?

– Ciúmes? – O loiro olhou para o lado, sentindo o rosto esquentar outra vez. – Eu não tenho ciúmes! 

– É mesmo? – O moreno arqueou uma das sobrancelhas, dando um meio sorriso. – Tudo bem então. 

Os dois agora comiam em silêncio. O mais novo entre eles estava aliviado por Jongin ter parado de lhe fazer perguntas difíceis mas, ao mesmo tempo, estava se sentindo agustiado. Não sabia explicar porque, mas odiava aquele clima estranho que pairava sobre os dois.

– Eu adoro marguerita. – comentou o de pele morena, começando um assunto. 

– Eu também. É meu sabor favorito desde que me conheço por gente. – O loiro disse sorrindo. Finalmente Jongin resolvera dizer alguma coisa.

– Que coincidência... – O moreno sorriu minimamente. – É o sabor favorito do Chanyeol também. Sempre pedimos esse quando ele vem aqui. 

O rapaz mais novo perdeu instantaneamente a vontade de sorrir ao ouvir aquele nome. Respirou fundo, largando o pedaço de pizza no prato.

– Perdi a fome. 

Os carnudos de Kai se curvaram em um sorriso debochado. Sua vontade de rir superou a de jogar Sehun outra vez naquele sofá e o fazer confessar o que estava estampado em sua testa branca. 

– Posso tomar um banho antes de ir? – Sehun perguntou. O tom de voz soando sério, como na primeira vez em que conversou com Jongin. 

– Claro. Pode usar a toalha que o Channie usa quando toma banho aqui. Está pendurada lá no banheiro. 

Sehun levantou-se de seu lugar, arrastando com força desnecessária a cadeira. Jongin riu alto, seguindo o loiro que andava a passos rápidos até a saída de sua casa.

– Depois diz que não sente ciúmes! – exclamou divertido, segurando mais uma vez o pulso do mais novo. Empurrou-o com força contra a parede mais próxima e olhou profundamente nos olhinhos castanhos. – Confesse. 

– Para, Jongin... – Sehun tentava desviar o olhar, mas era difícil. Aquele moreno tinha algum poder sobre si, o deixando sem saber o que dizer, envergonhado. – Não me faça perguntas tão difíceis...

– Não tem nada de difícil nisso. – As mãos morenas acariciavam as bochechas quentes do rapaz. – Apenas diga o que nós dois já sabemos.

O coração de Sehun batia mais acelerado do que o normal. Jongin sorria ternamente para si, seus corpos estavam muito próximos e aquele carinho era demasiadamente bom. 

Sehun via naqueles olhos negros o quanto Jongin gostava de si. Ele fora verdadeiro consigo o tempo todo, desde o dia em que se conheceram. Então, por que fugia tanto? A verdade era que Sehun tinha medo. Medo de estar se precipitando demais ou de ser trocado mais tarde. 

Entretanto, naquele momento, Sehun esqueceu de tudo aquilo. De seus medos, das insegurança e até mesmo de Chanyeol. Resolveu ser verdadeiro consigo mesmo e com aquele que gostava tanto.O loiro se rendeu, envolvendo o mais velho em um abraço quente e confortável, sussurrando em seu ouvido algo que Jongin não esperava ouvir naquela noite. 

– Eu te amo, Jongin-ah. 


Notas Finais


Eu queria agradecer muito a FlaviKim, que me ajudou muito a escrever essa coisa aqui x-x Não teria história nenhuma sem ela, obrigada de verdade <3
E agradeço também a você que leu até aqui!
Beijos e até o próximo (e último) capítulo~~~


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