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História Slow Motion - Raros Sorrisos


Escrita por: Shinoda_Yuuka

Notas do Autor


Bom, era par ser uma os, mas acabei desistindo e_e
Enfim, espero que gostem e boa Leitura!

Capítulo 1 - Raros Sorrisos


Fanfic / Fanfiction Slow Motion - Raros Sorrisos

“Por que você é sempre tão sem graça?”

Essa era a pergunta que ouvia todos os dias. Ouvia de pessoas de sua escola, de seus professores e até mesmo de seus próprios parentes. Sempre. E no fundo ele sabia que todos estavam certos.

Oh Sehun era diferente dos outros jovens que viviam ao seu redor. O rapaz era antissocial, daqueles que passam o dia todo em frente ao computador, não saem de casa e odeiam ficar no mesmo lugar junto com várias pessoas. 

Sehun não tinha amigos. Não conseguia se entrosar com ninguém, mesmo se quisesse. Seu único “amigo” era um garoto chinês que havia conhecido pela internet. Eles partilhavam o mesmo gosto para tudo, música, filmes, programas de televisão. Sehun sabia que amizade virtual não era algo saudável, no entanto ele era a única pessoa que conhecia que o entendia.

 – Se o Luhan morasse aqui, talvez minha vida fosse mais interessante.

O rapaz de cabelos tingidos de castanho claro tinha uma rotina entediante. Acordava cedo, tomava um banho demorado e relaxante, escovava os dentes, se vestia com aquele uniforme apertado que odiava usar e andava rápido em direção a sua escola. Sentia saudades de tomar um café ou ver sua mãe antes de sair, mas agora que estudava em um colégio extremamente distante de sua humilde casa, não tinha tempo para tais coisas.

Chegando à escola, Sehun foi direto para sua sala, ignorando os olhares sobre si. As pessoas que o olhavam sempre cochichavam entre si coisas que o rapaz conseguia ouvir claramente, já que um lado dos fones que estavam em seus ouvidos não funcionava como deveria.

“Ele é tão sério.” “Por que será que ele tem aquela cara de quem quer matar todo mundo?” “Ele é lindo, a gente deveria tentar falar com ele um dia.” “Sehun oppa, você é tão...”

Todos os dias era a mesma coisa, a escola inteira falava de si e Sehun não conseguia deixar de rir internamente com isso. Ele era popular apesar de não falar com ninguém além dos professores, dá pra acreditar nisso?

– Chegou o zumbi, chamem a Michonne!

De todos os comentários daqueles seres humanos repugnantes, ignorantes e irritantes que estudavam naquele colégio enjoativo, aquele era o que Sehun mais ouvia e mais odiava. Chanyeol, um garoto alto de cabelos da mesma cor que os seus e que tinha orelhas extraordinariamente grandes que adorava implicar consigo. Ele era bastante popular e ás vezes, Sehun pensava que Chanyeol só o irritava por medo de perder sua popularidade.

Ao chegar em sua sala, o rapaz se dirigiu ao seu lugar, que era próximo ao do professor e colocou sua mochila do Death Note em seu colo, retirando seu material. Sehun era esforçado, gostava de estudar tudo que não tivesse números no meio e apesar de odiar a escola, adorava humilhar seus colegas de classe com suas notas altas nas redações e nas provas de literatura.

“Acho que se eu não fosse tão ruim em matemática, eu poderia ser comparado com o Kira.”

O rapaz da família Oh era um Otaku-Zumbi-Antissocial que queria matar os criminosos apenas escrevendo o nome deles em um caderno preto que caiu do céu. Criar um mundo só seu não seria má ideia...

– Com licença, eu queria que o aluno Oh Sehun me acompanhasse, por favor. – O rapaz foi acordado de seus devaneios ao ouvir seu nome. Levantou sua cabeça e observou o diretor o encarar. Claro que ele estranhou, mas não fez nenhuma pergunta. Levantou-se calmamente, ignorando todos os cochichos que vinham dos outros alunos daquela classe, e pediu licença ao professor, seguindo o senhor Park Jungsoo até a diretoria.

Ao chegarem lá, Jungsoo indicou para que Sehun se sentasse no pequeno sofá que havia ali e aguardasse até que um outro aluno chegasse.

Apesar de nunca ter sido chamado a diretoria antes, o rapaz já imaginava o porquê de estar ali. Talvez suas altas notas ou suas excelentes redações finalmente estavam tendo o devido reconhecimento por superiores da escola. Ao pensar nisso, Sehun sentiu uma enorme vontade de rir.

– Diretor, o senhor me chamou?

Sehun ouviu a voz rouca de outro aluno ecoar pela sala do diretor e quando virou-se para observá-lo sentar ao seu lado, percebeu que não foi chamado na sala do diretor pelo seu bom desempenho nas aulas. Por que ele deduziu isso? Oras, porque aquele tal aluno que entrara ali era um dos amigos do idiota do Chanyeol, o Jongin. Ele não era estudioso e amava se meter em confusão. O tal Jongin era o total oposto de si, não era possível que os dois haviam sido chamados pelo mesmo motivo na sala do diretor.

– Vocês dois devem estar se perguntando o motivo de tê-los chamado aqui. – começou o diretor Park. – Bom, o fato é que teremos um show de talentos aqui na escola e eu descobri por meio de algumas pessoas que vocês dois são ótimos dançarinos.

Naquele momento, os dois rapazes olharam para o diretor com cara de espanto e depois se entreolharam. Sehun não sabia se estava mais surpreso por aquele moreno delinquente saber dançar ou pelo diretor ter descoberto seu maior segredo.

Sehun tinha aulas de dança todos os fins de semana e era a única coisa que o fazia sair de sua rotina chata. Era um segredo seu, a única pessoa que sabia disso era seu professor de dança, Lee Hyukjae, um velho amigo de sua mãe que havia concordado e lhe dar aulas particulares. Aquele era a único homem que poderia ter contado ao diretor sobre seu talento oculto para dança.

 – E o senhor quer nos obrigar a dançar nesse show de talentos? – perguntou Jongin, que já estava impaciente com a conversa do diretor.

– Obrigar não seria a palavra. A verdade é que eu tenho uma proposta para fazer a vocês dois. Esse show de talentos terá que ser perfeito, já que pessoas de outras escolas virão prestigiar o evento. Por isso preciso que cooperem comigo, assim eu cooperarei com vocês.

– Desculpe senhor. – falou Sehun, levantando-se do pequeno sofá. – Em primeiro lugar, eu não sei quem lhe contou sobre isso, já que é um assunto particular. E em segundo lugar, eu não pretendo me apresentar nesse tal show de talentos. Eu peço-lhe desculpas novamente.

– Oh Sehun – pronunciou o diretor em um tom de voz mais alto, fazendo o rapaz parar de andar imediatamente. – Você tem notas excelentes e eu até poderia dizer que você é o aluno mais perfeito desta escola. Entretanto, suas notas em física e matemática destroem sua imagem completamente.

Sehun se sentiu um pouco humilhado com aquelas palavras. Sabia que seu desempenho naquelas matérias era vergonhoso e agora ele entendia perfeitamente o que seu querido diretor queria.

– Eu espero que vocês dois trabalhem juntos e façam a melhor apresentação que essa escola já viu. Façam isso, e eu os ajudarei no resultado final de suas provas.

Os dois rapazes se retiraram da diretoria e ficaram parados se encarando. Sehun estava levemente irritado com o papo do diretor e sua vontade era de socar a cara dele e nunca mais pisar naquela escola novamente, porém aquela era sua chance de não ser reprovado.

– Eu sei que isto foi inesperado, mas acho que não será ruim nos apresentarmos para a escola. – Jongin começou a falar, chamando a atenção do outro. – Eu sou Kim Jongin, mas todos me chamam de Kai.

– Eu sei quem você é. – Sehun falou seco, ignorando a mão do moreno que estava estendida a fim de fazê-lo apertá-la. – E também sei que você não está feliz por termos que fazer uma apresentação juntos.

– Você está enganado Sehun, mas se pensa assim eu não posso fazer nada. – falou Kai, virando as costas e se afastando do outro. – Apareça aqui na escola hoje ás 19h00 para eu ver se você é bom mesmo dançando. – O moreno acenou ainda de costas e continuou andando em direção à sala de aula.

O rapaz dos cabelos castanhos ficou um pouco surpreso com a repentina mudança de humor de Jongin. Talvez a culpa fosse sua por ter sido rude, mas Sehun não pode evitar. Ele não sabia como ser amigável, por isso tinha certeza de que não se daria bem com Kai.

 

O sol estava se pondo quando Sehun chegara em casa. Mal podia acreditar que teria que dançar ao lado de alguém que nem conhecia direito e na frente de várias pessoas. O rapaz dos olhos castanhos estava mal-humorado, evitou falar com sua mãe, ou acabaria tratando-a mal. Jogou-se em sua cama de solteiro e permitiu-se fechar os olhos por alguns minutos, tentando ao máximo se preparar para o encontro que teria com Kai dali a algumas horas.

 

Sehun chegara à frente da escola às 18h50. Não gostava de chegar atrasado a compromisso algum, independente de qual fosse ou com quem fosse.

– Oi, Sehun! – Jongin disse, aparecendo subitamente por trás de Sehun, assustando-o. O rapaz branco se recompôs rapidamente e encarou Kai. O moreno vestia roupas leves e negras. Ele estava um pouco suado, parecia que tinha vindo correndo...

– Oi. – respondeu seco, tentando inutilmente não olhar para aquele corpo moreno coberto de suor. Mas que droga estava acontecendo?

– Nossa, que animado você está. – ironizou o moreno, revirando os olhos. – Bom, vamos entrar antes que alguém apareça.

– Espera, vamos entrar escondidos na escola? – perguntou Sehun, ligeiramente surpreso.

– Claro, não há lugar melhor para ensaiarmos do que a sala de dança do colégio! Agora vamos. – disse, segurando a mão do outro, guiando-o para os fundos do prédio.

Os dois rapazes andaram cautelosos até o portão dos fundos do colégio, que estranhamente se encontrava destrancado. Jongin abriu-o e foi em direção à tal sala de dança, sendo seguido por um Sehun perplexo. O de cabelos castanhos estava estranho, já que Kai segurava firmemente sua mão enquanto andava. Estava desconfortável, a pele quente do moreno em contato com a sua própria...

Ao chegarem à sala, Jongin soltara a mão do rapaz branco e se afastou. Sehun observou o lugar, que há poucos minutos nem fazia ideia de que existia. Era um local espaçoso, possuía várias janelas e um espelho enorme, além de barras de ballet em um canto e um ventilador preso ao teto.

– Gostou? Eu venho aqui todos os dias nesse horário para dançar. – falou o moreno, aparecendo com uma toalha em mãos.

– Eu nunca tinha vindo aqui antes.

– Imaginei. – sorriu de canto. – Bom, então vamos começar. Vai dançar o que?

– Espera, como assim? – perguntou o de cabelos castanhos, franzindo a testa.      

– Ei Sehun, acalme-se. Eu disse que iria ver se você é bom dançando, não é? 

O rapaz branco olhou dentro dos olhos escuros do moreno e pensou um pouco. Seu professor era única pessoa que o dançar e por isso ele estava um pouco nervoso. Jongin encarava-o com os braços cruzados, sustentando um meio sorriso em seus lábios fartos. Sehun tinha certeza que ele estava zombando de si.

– Ligue a música. – pediu Sehun, jogando um pen drive para o moreno, que sorriu ainda mais. Então ele já estava preparado? Aquilo seria interessante. O moreno conectou o dispositivo na caixa de som e percebeu que apenas uma música se encontrava ali. E ele reconhecia aquela melodia.

– Você tem bom gosto. – comentou Kai, levando seu olhar até o outro rapaz, que agora puxava uma cadeira e se posicionava em frente ao enorme espelho para dançar.

A música lenta ecoava pela sala espaçosa, preenchendo os ouvidos dos dois rapazes. Sehun colocou-se em frente a cadeira e fechou seus olhos por mínimos segundos para, enfim, iniciar seus movimentos. Seu corpo começou a se mover no ritmo da música, seus braços se cruzaram em frente ao corpo, enquanto o tronco se ondulava de um lado para o outro. A coreografia era claramente bem elaborada, parecia que o garoto havia treinado por muito tempo. Movimentos precisos e bem ensaiados, seus cabelos castanhos praticamente voavam à medida que seu corpo dançava, seus olhos tinham uma expressão séria, o que não condizia nem um pouco com aquilo que Sehun fazia.

Do outro lado da sala, Jongin observava tudo calado e visivelmente surpreso. Sehun dançava muito bem, isso era um fato que não poderia ser negado. Tinha algo dramático naquela dança... Era como se ele estivesse tentando expressar os sentimentos da música, a cada letra proferida pela bela voz do vocalista, Sehun movia seus braços levemente, como se ele mesmo estivesse cantando. Era interessante como o garoto usava a cadeira como parte importantíssima da coreografia... Kai estava completamente encantado com aquele rapaz.

Sehun cessou seus movimentos assim que a música estava quase chegando a suas notas finais. Ele sentou-se na cadeira e olhou em direção ao moreno, que batia palmas e sorria como uma criança.

– Você é incrível! – exclamou, ainda com o sorriso infantil adornando seus lábios cheios. O rapaz branco ficara um pouco sem graça com o comentário e, pela primeira vez, mostrou seu sorriso à Jongin, agradecendo-o pelo elogio.

O moreno saiu da vista do outro por alguns minutos e então, voltou com um chapéu e um paletó de cor branca. Sehun encarava-o confuso enquanto ele se aproximava de si com aquele sorriso infantil que mostrara agora a pouco.

– Sabe Sehun... Seus movimentos são muito precisos e calculados. – começou Jongin, colocando o chapéu em sua cabeça. O de cabelos castanhos continuava sentado na cadeira, observando o outro ligar a música novamente. – Não que isso seja ruim, claro. Mas ainda acho que falta um pouco de... – fez uma pausa, ficando de frente ao grande espelho, contemplando seu próprio reflexo. Colocou o paletó em frente à camisa negra que usava, passando a mão pelo tronco e em seguida, mordeu os lábios fartos. – Sensualidade. – terminou, sorrindo para o rapaz branco enquanto olhava-o pelo espelho.

O sorriso infantil e as expressões fofas que Kai mostrara a Sehun anteriormente foram completamente esquecidos, fazendo com que rosto do moreno, naquele momento, parecesse o de outra pessoa. O moreno retirou o chapéu de sua cabeça e posicionou-o junto ao paletó alvo em suas mãos, e, finalmente, começou a se movimentar.

Os passos eram graciosos, seu tronco fazia perfeitas curvas sensualmente, enquanto seu braço esquerdo ainda erguia o paletó e o chapéu, movendo-os como se fossem o seu par de dança. Era incrível como ele se movimentava e interagia com os objetos em sua mão, como se realmente alguém estivesse ali. Os pés moviam-se de um lado para o outro, o tronco ainda ondulava-se no ritmo lento da música, os lábios fartos eram mordidos vez ou outra e seu olhar recaía diretamente no reflexo de Sehun no espelho, que lhe encarava boquiaberto.

O dos cabelos castanhos estava completamente hipnotizado com o moreno. Realmente ele parecia outra pessoa ali dançando... Uma pessoa sensual e encantadora. Sehun nem se deu o trabalho de evitar pensar em tais coisas. Ele sequer conseguiria.

Subitamente, Kai parou de dançar, mesmo com a música ainda pela metade. Andou em direção a caixa de som e a desligou.

– Por que parou? – Sehun perguntou, levantando a voz sem mesmo notar. – Não vai terminar de dançar?

Kai olhou para o outro rapaz, que já havia se levantado da cadeira e se aproximava com passos rápidos. Sorriu, imaginando o motivo para que o garoto sério de exaltasse daquela forma.

– Eu não sei como continuar. – respondeu sincero. – Essa coreografia simplesmente veio à minha cabeça uma vez, mas eu nunca consegui terminá-la. O que achou?

– Você criou esses passos? – perguntou o outro, demonstrando-se espantado.

– Sim. – O moreno riu alto, aproximando de Sehun, que ficara tenso de uma hora para a outra. – Agora que eu vi você dançar e vice-versa, podemos finalmente criar algo juntos, o que acha?

– Eu... – O rapaz branco suspirou, mostrando-se um pouco diferente do cara durão que Kai conhecera naquele mesmo dia de manhã. – Eu nunca inventei nada.

– Não tem problema. – Jongin colocou sua mão no ombro alheio e aproximou as duas faces, sorrindo. – Vamos fazer isso juntos.

Mesmo um pouco constrangido pela aproximação, Sehun encarou os orbes negros do outro e retribuiu o sorriso. Os olhos castanhos se tornando fendas e a boca rosada mostrando aquelas adoráveis presinhas... Aquele sorriso era algo raro e Jongin sabia disso. Naquele momento ele se sentiu especial por poder presenciar tamanha beleza vinda daquele rapaz.

 

Uma semana. Esse fora o tempo que Sehun levou para perceber que estava completamente enganado sobre Kim Jongin. Desde o dia em que foram destinados a dançar juntos, o rapaz da família Oh descobriu que Kai era uma pessoa dedicada ao que fazia, um tanto perfeccionista e, acima de tudo, preocupado. Não só com o resultado final da coreografia, mas também com o próprio Sehun. Era estranho, nunca recebera tanta atenção ou qualquer coisa do tipo. Jongin estava se tornando seu amigo.

– Você já pensou em ficar loiro?

Sehun estava jogado sobre o piso da sala de dança do colégio, ofegante e suado. Ao ouvir a pergunta de Jongin, levantou seu tronco sentando-se e olhou para o moreno, que estava em pé ao seu lado com uma toalha em mãos.

– Eu já, mas não sei se ficaria bom. – respondeu, olhando para as próprias mãos. – E além do mais, minha mãe surtaria se eu fizesse isso.

– Sério? Pois eu acho que você ficaria muito bonito loiro.

Sehun suspirou. Ainda não tinha conseguido se acostumar com os elogios que recebia. Não sabia como reagir, então apenas sorria sincero para o moreno. Desde quando gostava tanto de sorrir?

– V-Vamos continuar? O ensaio de hoje foi o melhor até agora. – Jongin assentiu e estendeu sua mão, a fim de fazer o outro se levantar. Ao se levantar, Sehun ficou frente a frente com Kai, que sorriu.

– Cara, você é mais alto do que eu. – falou o moreno, fazendo ambos rirem um pouco alto. – Quer ir comigo na praça depois daqui? Tem umas meninas que ficam andando de Skate por lá.

– Vamos ficar paquerando as meninas? – perguntou o mais alto, franzindo a sobrancelha. Kai riu, achando aquela expressão estranhamente fofa.

– Claro que não, vamos ver os tombos que elas vão levar! – riu alto, sendo seguido pelo amigo.

 

O sol estava se pondo quando os rapazes chegaram à tal praça. Como o moreno havia dito, o local estava cheio de supostas Skatistas, usando bonés de aba reta e camisas de bandas de rock dos anos 80, todas acompanhadas de seus namorados e de seus Skates.

– Isso vai ser engraçado. – começou Sehun, sentando-se em um dos bancos.

– Eu sei. – falou o moreno, repetindo o ato do mais alto. – Tá ouvindo o que?

– Rock. Quer ouvir? – falou Sehun, ofereceu um de seus novos fones ao amigo, que aceitou e ajeitou-o em sua orelha esquerda.

– Isso é Linkin Park?

– Sim. Você gosta? – O de cabelos castanhos sorriu abertamente ao ver Jongin assentir, maneando a cabeça. Estava feliz em saber que o moreno tinha coisas em comum consigo.

Sehun continuou olhando para o moreno ao seu lado, que balançava sua cabeça no ritmo da música. Ás vezes ele ria dos tombos que as meninas levavam, sua risada era engraçada e seus dentes eram bonitos.

– Aquela menina dos olhos verdes ali foi a única que não caiu até agora. – Jongin comentou, sem tirar seus olhos das garotas.

– V-Verdade. – disse o mais alto, olhando agora para a sua frente. – Ela é bem bonita, não acha?

– É sim. – concordou, olhando de canto para o outro. Sorriu. – Você... já namorou?

A pergunta pegara Sehun de surpresa, mas o mesmo tentou não demonstrar tal coisa. Abaixou sua cabeça minimamente, olhando para a grama.

– Não. – respondeu em um tom quase inaudível. Sentiu seu rosto esquentar naquele momento, não sabia certamente o motivo de estar constrangido. – E você?

– Já, mas isso foi há muito tempo atrás.

Depois disso, os dois voltaram a ficar em silêncio, que era interrompido apenas pelo som da música e das risadas que ambos soltavam vez ou outra por verem o "espetáculo" das garotas. Sehun sentia-se demasiadamente bem quando estava com Jongin. Ele o fazia sorrir, tinha várias coisas em comum consigo. Era um ótimo dançarino, um ótimo parceiro... Além de ser uma pessoa muito bonita também.

– Jongin – começou o rapaz branco, chamando a atenção de Kai. – Somos amigos agora?

O moreno ficou um tempo encarando o rapaz ao seu lado antes de responder. Seu rosto pálido estava levemente rosado, suas feições eram sérias, porém ele parecia nervoso. Retirou o fone de sua orelha e da de Sehun também, em seguida passou seu braço esquerdo pelos ombros do mesmo, envolvendo-o em um abraço.

– Claro que somos. – respondeu finalmente, observando o rosto de Sehun ficar extremamente vermelho. Ele era adorável, não podia negar.

– Está ficando tarde. – murmurou Sehun, depois de um tempo.

– Você está certo. – falou o outro, levantando-se do banco. Estendeu sua mão para seu amigo, que logo a agarrou levantando-se também.

Os dois rapazes caminharam juntos por um tempo, apreciando a noite fria e bonita. Sehun colocou um de seus fones do ouvido esquerdo, começando a cantarolar uma de suas músicas favoritas, sendo acompanhado por um moreno com seu inglês imperfeito, causando risadas altas.  

Os dois continuaram andando e cantando juntos até chegarem ao ponto onde se separariam. Os dois se encararam em silêncio, procurando nas faces alheias algo que criasse algum assunto. Infelizmente, nenhum dos dois encontrou nada que fizesse aquele momento durar mais.

– Te vejo amanhã? – perguntou o moreno, quebrando o silêncio.

– Claro. – respondeu o mais alto, mostrando seu raro e belo sorriso.

Sehun virou as costas e foi andando devagar em direção à sua casa. Não sabia o porquê, mas tinha a certeza de que estava sendo encarado. Quando o rapaz pensou em se virar para ver se estava mesmo certo, ouviu seu nome ser chamado e, antes que pudesse raciocinar direito, sentiu seu corpo ser puxado com certa força contra alguém. Era Jongin. O moreno envolveu-o em um abraço um tanto apertado demais.

– Boa Noite, Sehun. – sussurrou, selando brevemente a testa do rapaz dos cabelos castanhos.

– B-Boa Noite, Jongin. – respondeu ele, após o amigo se afastar de si e andar até que o perdesse de vista. O rosto de Sehun queimava de vergonha, tinha certeza que estava mais vermelho do que a camisa que estava usando, mas mesmo assim, não conseguiu evitar que um sorriso brotasse em sua face.


Notas Finais


Para quem não sabe, Michonne é uma personagem do seriado "The Walking Dead" e Kira é um personagem do anime "Death Note".
Tentarei postar a próxima parte o mais rápido que der ;)


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