1. Spirit Fanfics >
  2. Smaragdus omega >
  3. ;; único

História Smaragdus omega - ;; único


Escrita por: hyoutis

Capítulo 1 - ;; único


 

 


Smaragdus omega.

Único.

 

 

 O ômega de olhos esmeraldinos observava calmamente a garoa fina que caía sobre os campos das propriedade rurais pela janela, enquanto desfrutava de seu cappuccino e passava lentamente a mão em sua barriga, sentindo a própria prenhe. Inspirou suavemente, sorrindo logo em seguida ao sentir o cheiro da grama molhada, e seu corpo estremeceu levemente quando a leve brisa gélida da manhã bateu contra seu rosto. Seus olhos fecharam-se por um estante, enquanto tomava um gole do líquido quente, tomando cuidado para não se queimar. Para Izuku, observar a paisagem da janela quando não conseguia dormir era quase que um hábito. Por isso, ele sempre escapava de fininho da cama, deixando seu companheiro dormindo profundamente enquanto ia para a cozinha, tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar seu amado.

 Um bocejo cansado fora ouvido da porta da cozinha, e, logo, o ômega virou -se para encarar Shouto, que o olhava carinhosamente, com um sorriso terno nos lábios. O alfa aproximou-se de si, abraçando-lhe pelas costas enquanto enterrava seu rosto no pescoço quentinho que tanto amava, apenas para deixar ali beijinhos cálidos, demonstrando seu carinho pelo rapaz.

 — Não conseguiu dormir de novo, huh? – o bicolor disse, com uma voz rouca, enquanto pegava a mão delicada do parceiro e entrelaçava seus dedos. – Como está nosso filhote? – perguntou, dando-lhe um selo na bochecha estampada por sardas.

 — Está melhor agora. – riu, virando-se para o marido e dando um abraço apertado no mesmo. – E você? Não era para estar dormindo? – inflou as bochechas, fingindo uma falsa raiva, o que deixava-lhe adorável aos olhos de Shouto.

 —  Que eu saiba, é você quem tem que dormir por dois aqui. – riu da expressão de Izuku, agora, dando-lhe um selinho demorado nos lábios. – E eu senti sua falta na cama, sabe que não consigo dormir sem você... – disse, manhoso, enquanto desfrutava do carinho na cabeça que recebia do esverdeado.

 — Eu que estou grávido e você que precisa de carinho? Essa é nova. – disse, debochado. Ele logo levantou-se da cadeira, deixando a xícara vazia em cima da pia, a lavaria depois. – Vamos, quero te mimar na cama. – sorriu, zombeteiro.

 — Credo, Izuku, no que você se tornou? – o alfa riu. – Ontem nós fizemos isso, agora faremos de novo? – sorriu ladino. Não estava reclamando, inclusive, estava adorando isso.

 — Como você é mal, alfa. – sussurrou-lhe quando chegaram à porta do quarto. O ômega espalmou suas duas mãos no peitoral do bicolor, que gemeu, rouco, quando o mesmo posicionou seu joelho dentre suas pernas.

 —  Ah...  -  murmurou, encostando as costas largas contra a superfície gélida da porta de madeira, não conseguindo evitar os longos suspiros que eventualmente saíam de sua boca enquanto Izuku massageava seu membro lentamente com o joelho. – Amor, pelo menos vamos para a cama, é desconfortável fazer isso em pé.

 — Certo. – sussurrou novamente, abrindo a porta e empurrando seu alfa para o colchão enquanto chupava o pescoço do mesmo com gula. Quando o marido deitou-se parcialmente na cama, o de sardas já estava sentado em cima de si, roçando o membro que tanto desejava dentro de si em meio às suas nádegas firmes. – Shouto... eu quero tanto você aqui dentro. – disse ele, posicionando sua mão delicada em cima de seu ventre, enquanto mordia sensualmente seu lábio inferior, seus caninos quase que penetrando a pele macia de sua boca com força.

 — Porra, Izuku... – o alfa rosnou, simulando uma estocada, o que fez o ômega gemer, manhoso.

 — Eu posso te chupar? – o esverdeado perguntou-lhe, mordendo o lóbulo de sua orelha.

 — Vá em frente... – disse o Todoroki maior, tentando não transparecer sua vontade de meter fundo naquela boca que sempre lhe abrigava tão bem.

 O Todoroki menor abaixou-se, começando a tirar lentamente a calça de seu alfa, apenas para lhe torturar.  Apesar de estar ansioso em ter aquele mastro grande em sua cavidade bucal, ele preferiu excitar mais ainda o marido, passeando as pequenas mãos pelo corpo bem definido do mesmo, e, quando elas voltaram para o meio de suas pernas, ele deu um leve apertão em cima do membro duro que tanto desejava.

 — Todoroki-kun... – gemeu, em deleite, quando uma de suas mãos deslizaram até o próprio pênis – negligenciado, até então -, masturbando-o levemente por cima das vestes. Izuku, apesar de ter se tornado um Todoroki, não perdeu a mania de chamar seu amado pelo próprio sobrenome, o que Shouto achava adorável, porém, em situações como aquela, era excitante ‘pra caralho.

 Sem mais paciência para provoca-lo, o esverdeado abaixou rapidamente a calça de moletom que o bicolor usava, salivando ao ver seu mastro grande completamente duro por baixo da cueca. Passeou calmamente os dedos pela extensão, o masturbando como fizera consigo mesmo.

 — Isso é bom? Se sente bem? – perguntou em um tom sussurrado, orgulhoso de si mesmo quando viu o marido revirar os olhos ao sentir a mão do ômega finalmente entrar em contato com seu pênis. – Eu não quero que goze ainda, você consegue? – questionou, fazendo com que Shouto o olhasse com dúvida. – Se você conseguir, eu vou te presentear com algo muito melhor, está bem? – a voz calma quase que disfarçava sua natureza sádica e dominadora. Não era comum ômegas serem dominantes na hora das relações sexuais, mas quem disse que eles ligavam? Os dois sentiam prazer, os dois gostavam, era isso que importava. E, apesar de Shouto, às vezes, ficar incomodado por não ser o dominador na hora do sexo – típico de sua natureza alfa – ele não se importava, e até achava que as transas nas quais Izuku comandava eram melhores e mais prazerosas.

 —  E-eu—AH! – sua frase fora cortada com a surpresa de ter seu mastro finalmente na boca de Izuku, ou, pelo menos, parte dele. O menor massageava firmemente as bolas, tomando cuidado para não o machucar, à passo de que subia e descia a cabeça até um certo ponto, dando uma atenção especial para a glande inchada, que era estimulada com o enrolar sedutor de sua língua macia e quente. – Eu... mhm... – tentou reformular a frase, ainda sem sucesso, pois, finalmente, sua glande tocara a garganta do ômega. Os feromônios já estavam descontrolados, o cheiro de limonada e creme se misturando de um jeito incrível, fazendo com que os dois fossem à loucura. – Porra... Izuku... – gemeu novamente, e o parceiro percebeu que estava perto de seu ápice. A velocidade do sobe-e-desce aumentou bruscamente, tanto que até suas pequenas mãos começaram a lhe ajudar. O alfa agarrou-lhe os cachos fortemente, ditando os movimentos feitos de maneira animalesca, o que fez com que lágrimas de prazer surgissem nos cantos das orbes verdes, apesar de gostar de dominar, ele amava ter seus movimentos ditados naquela hora, em específico. – Isso... mama gostoso no meu pau, eu sei que você gosta... – sussurrou em meio aos gemidos, e, com mais uma estocada, desmanchou-se na garganta do marido.

 Izuku engoliu tudo, deliciando-se com o gosto diferente que tanto amava. Ele sorriu, sapeca, enquanto subia novamente em cima do colo de seu alfa.

 — Você perdeu, Shouto~ - o ômega disse em seu ouvido, o provocando ao rebolar em cima de seu membro exposto. Logo, a mão que estava estirada ao lado da cama, moveu-se até as nádegas firmes e macias, estapeando o traseiro de seu amado, que saltou levemente pelo susto, fazendo um barulhinho adorável. – Acho que você merece uma punição, não é? – perguntou, encarando-lhe com aqueles grandes orbes verdes, que, apesar de parecerem inocentes, podiam ser completamente sádicos quando quisessem.

 Sem ter o que fazer, o de olhos heterocromáticos apenas assentiu levemente com a cabeça, esperando pacientemente Izuku, que saiu de cima de si e foi até uma das gavetas da cômoda, tirando dali uma de suas gravatas que usava em ocasiões que exigiam trajes mais formais e uma venda. Estranhou tal feito, afinal, por que eles usariam uma gravata? Rapidamente, sua mente se iluminou quando o menor voltou a subir em cima de si, levando seus braços até a cabeceira da cama e os amarrando ali. Logo após isso, seu olhos foram vendados, lhe impedindo de ver os orbes esverdeados borbulhando de prazer ao vê-lo assim. O ômega sorriu, satisfeito, e, logo depois, ditou-lhe:

 — Você não pode se mexer até que terminemos isso, certo? – perguntou, manhoso, quase como se fosse uma ordem. Shouto engoliu em seco, percebendo a leve chama no fundo de sua voz. – E... – continuou, deslizando o indicador pelo peitoral firme de seu alfa, que ainda estava com pijama – que logo fora, literalmente, arrancado de si. -, apenas parando quando esse chegou até a virilha. – Eu não quero que você faça barulho. – finalizou, espantando o outro. – Eu apenas não coloco algo na sua boca porque... você sabe... – disse, puxando sua camiseta para cima com uma das mãos enquanto trazia a cabeça de Shouto para perto de seu peito com a outra, fazendo com que ele não resistisse à tentação e caísse de boca nos botões rosados. O ômega gemeu em deleite, jogando a cabeça para trás. – ...que eu amo quando você faz isso, não é? – perguntou, referindo-se ao carinho que recebia em seus mamilos.

 O alfa nada disse, apenas continuou a mordiscar aquela área – visivelmente sensível – de seu ômega necessitado por prazer. Só parou quando esse remexeu-se acima de si, apenas para retirar sua própria calça.

 —  Agora eu irei botar, tudo bem? – perguntou ele, com certa manha em seu tom de voz. Levantou-se levemente, segurando o mastro de seu parceiro com a destra, e, logo, sentou-se completamente em cima do pênis ereto do marido. Ele estava lubrificado o suficiente, e, por ‘estarem em dia’, ele não achava que era necessário o processo de preparação. Além dos fatores da pressa e necessidade por prazer. – Aaah... S-shouto... – gemeu ele, agradecido por finalmente ter aquela extensão dentro de si. Seu canal esforçou-se para abrigar todo o membro de seu alfa, o que fez com que lágrimas de puro prazer rapidamente escorressem de seus olhos. Seus feromônios de excitação e desejo espalharam-se rapidamente pelo cômodo, deixando o alfa de Shouto completamente louco, sem sanidade. O maior estava se esforçando para não fazer barulho, mas aquele interior quente e úmido que lhe apertava cada vez mais lhe deixava completamente doido. Como queria poder segurar-lhe fortemente a cintura e ditar seus movimentos até o orgasmo.

 Izuku logo começou a se movimentar, subindo e descendo lentamente sobre aquela extensão, rebolando a cada vez em que ela estivesse completamente dentro de si. Aproximou os lábios dos de Shouto, raspando-os gentilmente sobre os dele, provocando-o. E, quando o mesmo se impulsionou para finalmente selarem as bocas, o esverdeado simplesmente se afastou, rindo nasalmente da expressão emburrada que o alfa fez. Mas, sorriso que logo se desmanchou, quando ele tratou de estoca-lo por si mesmo, acertando em cheio a próstata necessitada do ômega, que arregalou levemente as orbes verdes e gemeu longamente pelo prazer absurdo que sentia.

 Com ajuda do bicolor, os movimentos logo foram ficando mais intensos, e, sem que o esverdeado percebesse, o maior logo começou a gemer junto à si.

 — I-izuku... eu vou... mhm... – disse ele, e, por fim, despejou-se dentro do menor, acompanhado pelos jatos de prazer do mesmo, que lhe sujaram o peitoral.

 As respirações descompassadas demoraram um pouco para voltarem ao normal, e, quando isso fora feito, o ômega desamarrou seus pulsos e retirou sua venda, logo se permitindo cair em cima de si. Ele o abraçou ternamente, aproveitando do calor que vinha de seu corpo. Alguns minutos se passaram, e o menor não desgrudava de si.

 — Zuzu, precisamos de um banho... – ele disse, em um tom zombeteiro, passando lentamente as mãos pelas costas suadas de seu amado, fazendo um leve carinho. O menor resmungou algo que ele não soube descrever o que era, e, pelo cansaço, os dois acabaram dormindo abraçados, poderiam limpar aquela sujeira mais tarde.

 

 

 

 

 Cinco anos se passaram desde o nascimento de Todoroki Sayuri, uma menina muito energética como seu papai Izuku. Incrivelmente, ela apenas herdara a cor dos cabelos ruivos de seu pai Shouto, tendo as sardas no corpo, cabelos rebeldes e olhos esmeraldas como o ômega.

 Izuku tinha medo de que sua pequena nascesse como ele, sem individualidade, já que as coisas que havia passado na sua infância e parte de sua adolescência foram horríveis, e não desejava isso para ninguém. Porém, esse medo fora completamente destruído em um fatídico dia, quando sua pequena, acidentalmente – ou talvez não -, queimara sua própria cama após ter um pesadelo. Não foi muito difícil de apagar o bendito fogo, sendo que seu marido também tinha a individualidade de gelo. O ômega nunca estivera tão feliz na vida, e, por mais que Sayuri tivesse um pouco de medo de sua individualidade – por causa do acontecimento citado anteriormente -, ele a fez amar sua própria quirk com o passar do tempo, além de ter dedicado uma página em especial de seu caderno de análises para sua amada criança – e sim, ele, estranhamente, continua com as anotações. No começo fora difícil fazer com que ela frequentasse a escola, já que todos os seus colegas a especulavam sobre seus pais, e alguns até chamavam-na de falsa por ter dito que era filha dos famosos Todoroki Shouto e Todoroki Izuku, que competiam entre o posto de primeiro e segundo lugar no ranking de melhores heróis – e, como sempre, o segundo posto estava a assombrar a família do Todoroki alfa.

 Pouco tempo depois, Kirishima Takeshi nasceu, um menino doce como Kirishima, seu pai alfa. Porém, quando Takeshi cresceu, ganhou o péssimo temperamento de Katsuki, o que já era quase que previsto. O garoto tinha cabelos quase que inteiramente loiros,  tirando que suas raízes eram pretas – característica puxada do alfa – e olhos tão vermelhos quanto de seus pais, além dos dentinhos fofos de Eijirou, que combinavam com as bochechas rosadas, o que lhe deixavam uma gracinha. Sayuri e ele viviam grudados, tanto que seus pais desconfiavam que, algum dia, eles iriam unir suas famílias – e, por mais que Katsuki negasse, ele também ficava feliz por ver seu filhote alegre perto da menina.

 Com isso, ficou mais fácil de que a ruivinha fosse para a escola, já que Takeshi sempre a protegia dos valentões – o que era deveras raro de se ver, e isso a deixava cada vez mais encantada no amigo. Em um final de tarde de domingo, o pequeno Takeshi recém havia ido para casa, depois de uma longa tarde cheia de brincadeiras e comilanças – Izuku iria ter um treco se visse as crianças não comerem nem por um minuto, apesar de que Shouto sempre estivesse lhe acalmando sobre isso, dizendo-lhe que estava um pouco paranoico ao fazer tal coisa.

 O casal estava sentado no sofá, abraçados, enquanto viam algum programa infantil, esperando seu filhote para que pudessem assistir juntos o desenho tão amado por sua filha, quando a própria aconchegou-se no meio deles, com o rostinho corado.

 — O que houve, minha princesa? – o alfa perguntou, fora o primeiro a notar o comportamento estranho de sua filha.

 A ruivinha acanhou-se, encolhendo os ombros e olhando para baixo, escolhendo bem as palavras que iria usar.

 — Você está bem, Sacchan? – Izuku questionou logo após o marido, abraçando o bolinho que se formava no meio deles. – Sabe que pode contar tudo para nós, sim?

 — É que... – a pequena resmungou, enrolando os indicadores um no outro. Ela mirou o ômega ao seu lado, mas logo desviou o olhar para seus pezinhos, que se moviam incessantemente. – Papai, quando eu irei saber meu segundo gênero? – perguntou a menininha, surpreendendo os dois adultos.

 — Perdão...? – o Todoroki alfa perguntou, confuso com a situação. – O que você quis dizer com isso, querida?

 — Q-quando eu vou saber se sou mesmo uma ômega? – ela o encarou. – Eu quero saber logo, porque Takecchan já pode saber se ele é um alfa, eu quero ser a ômega ideal para ele, papai! – Sayuri disse, animada, logo virou-se para Izuku, que apenas sorriu para ela.

 — Que tal fazermos isso no seu aniversário de seis anos, bebê? – o esverdeado deu a ideia, tentando ignorar o ‘’ômega ideal para ele”, dito por sua filha momentos atrás. – Vai ser um momento especial para você, não vai? Então, o que acha da ideia?

 — Sim! – a menina exclamou, abraçando o seu pai.

 Os dois adultos apenas se entreolharam, e, apesar de felizes com a animação da pequena, também estavam preocupados com o resultado do teste que a menina faria.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Izuku estava nervoso.

 Claro, não era a primeira vez que se distanciava de seu filhote por causa de um cio, mas era a primeira vez em que Sayuri ficaria com Todoroki Rei. Não duvidando das habilidades de sua sogra, mas o ômega não conseguia evitar o leve calafrio que se alastrava por seu corpo a cada vez que pensava em tal coisa. Porém, o divórcio de Rei e Enji o deixou mais aliviado, já que a mulher parecia bem melhor sem ter o ex-marido perto de si por causa de seu passado traumático. Não ter Endeavor cuidando de sua filha já lhe deixava um pouco mais confiante, por assim dizer.

 — Zuzu, esqueça um pouco disso, seu alfa precisa de atenção. – Shouto reclamou, dengoso, enquanto roçava levemente seu nariz no pescoço quase que completamente marcado do ômega no seu colo. Era incrível como o bicolor sabia exatamente o que passava em sua cabeça, mesmo não estando completamente conectados. Izuku suspirou ao sentir a ereção de seu parceiro se movimentar por baixo da calcinha de renda que ele trajava.

 Nesse cio, em específico, eles tentariam algo novo. Portanto, o ômega estava trajando um belo vestido de empregada, enquanto Shouto estava quase que totalmente despido, estando apenas com a box. Claramente fariam uma encenação de ‘empregada e mestre’. Só que, dessa vez, Izuku não seria o dominador, e sim Shouto. Tal fato os deixava um pouco aflitos, já que seria uma experiência nova para ambos, mas, é sempre bom inovar, não é mesmo?

 O ômega experimentou rebolar no colo de seu ‘mestre’, eles gostavam de provocar um ao outro enquanto o calor e a excitação do cio não os dominavam por completo, entretanto, Shouto não estava com paciência: agarrou firmemente as nádegas cobertas do marido, fazendo com que o mesmo ronronasse em surpresa, ato que havia lhe deixado mais duro ainda – se é que isso era possível.

 — Ajoelhe-se, seu mestre irá te alimentar. – disse o alfa, usando a voz de comando. Uma onda absurda de calor passou por todo o seu corpo, e Izuku sabia que ele já havia entrado no cio por conta de seus feromônios desregulados. Mordendo os lábios sedutoramente, o ômega ajoelhou-se como ordenado, esperando pacientemente que seu marido lhe fizesse engolir todo o seu membro gotejante. Com as mãos trêmulas, o bicolor abaixou um pouco sua cueca, o suficiente para que seu pênis saltasse para fora e batesse contra o rosto corado de Izuku, melecando boa parte de sua bochecha com o pré-gozo.

 O ômega grunhiu roucamente em satisfação, abrindo bem a boca para receber a cabeça bulbosa e melecada do membro de Shouto, passando a língua vagarosamente apenas para limpá-la. O alfa gemeu, pendendo a cabeça para trás, suspirando profundamente ao sentir a cavidade úmida engolir sua glande. Por alguma razão desconhecida, Izuku amava estimular-lhe naquela região, em específico. O bicolor não reclamava, e, inclusive, até gostava quando o ômega fazia isso. Apenas para provocar-lhe, o esverdeado sugou levemente a cabeça inchada, rodeando-a com a língua com movimentos suaves e excitantes. Shouto não aguentou muito tempo, forçando a cabeça do parceiro até que ele lhe engolisse por completo. – Coloque tudo na boca, seja um bom menino e faça seu trabalho direitinho, sim? – ditou-lhe, usando novamente sua voz de comando, o que fez com que o ômega se arrepiasse por inteiro.

 Obedecendo-lhe, começou a fazer leves movimentos de vai-e-vem, engolindo totalmente o membro dotado apenas para voltar para a glande, estimulando-a um pouco mais e voltando a enterrar o pênis do alfa fundo em sua garganta. Izuku amava aquele gosto levemente forte que vinha do membro de Shouto, tanto que gastava bastante tempo apenas o chupando, para si, aquele momento era o melhor.

 — Aah, porra... Isso mesmo, ômega. – deixou escapar, mas o esverdeado não se importou, até achou um tanto erótico o modo no qual Shouto o chamou, isso fez com que seu membro pulsasse fortemente contra a calcinha que trajava, e, antes que pudesse cogitar a hipótese de tirá-la, o alfa o parou. – Nem pense nisso, eu irei a tirar. – Izuku grunhiu em reprovação, o que trouxe uma sensação boa de vibração ao membro do outro rapaz, que gemeu em deleite.

 Logo, o de olhos heterocromáticos não aguentou mais, estocando fundo e forte naquela cavidade úmida que lhe abrigava quase que perfeitamente, e as sucções sincronizadas que o ômega fazia não lhe ajudavam em nada, principalmente com a visão tão erótica que tinha do mesmo, que apenas abria mais ainda a boca para receber-lhe de bom grado. As bochechas coradas e os olhos esmeraldinos marejados, trazendo um leve ar inocente à Izuku o deixavam louco, já que apenas ele sabia o quão pervertido o pequeno poderia ser quando estavam sozinhos entre quatro paredes. O pensamento de que alguém mais tenha visto esse lado de seu pequeno acendeu uma chama dentro de si, o que o fez estocar ainda mais rápido dentro da boca do esverdeado, que, às vezes, engasgava-se com as investidas violentas.

 — E-eu vou... – sua voz fraquejou, e, consequentemente, seu tom de comando também. E, antes que pudesse concluir a frase, despejou-se na boca do ômega que lhe abrigava, este que revirou os olhos com tamanho prazer de receber os jatos quentes de seu alfa. – Não engula ainda, e abra bem a boca. – ele mandou, retirando-se da cavidade úmida. Izuku, como ordenado, abriu bem a boca, curioso com o que Shouto faria.

 O alfa masturbou-se algumas vezes, os movimentos tão rápidos que nem mesmo Izuku sabia se tal coisa era possível, e, em poucos segundos – já que havia aproveitado o embalo do orgasmo recente -, despejou-se novamente na boca do ômega, que, após o sinal verde, finalmente pôde fechar a boca e engolir sua ‘refeição’.

 — Bom garoto, você é muito obediente, Zuzu... – ele sussurrou, lhe dando um leve carinho na bochecha. O ômega, agradecido, inclinou levemente a cabeça na direção da mão alheia, aproveitando do contato que recebia. – Você merece um prêmio, não merece? – questionou, deixando Izuku um pouco confuso. – Vire de quatro para mim, irei te dar o que você merece – ele sussurrou ao pé de seu ouvido, a voz sedutora com o tom de comando o excitando mais ainda, seu pênis latejava de tesão, ele precisava se aliviar.

 Após ter feito o que lhe fora mandado, o esverdeado escutou um baque surdo atrás de si, constatando que Shouto estava se ajoelhando ali. Segundos depois, ele pulou de surpresa ao sentir os dedos gélidos – porém com toques gentis – tocarem a sua calcinha de renda por baixo do vestido, tirando-a delicadamente. Seu vestido fora levemente levantado, o que dava ao alfa uma visão privilegiada de sua entrada, que estava encharcada com a sua lubrificação natural. Shouto lambeu os lábios lentamente, fincando os caninos com força nos mesmos, quase que perfurando a pele macia com tal ato. Ele não iria se controlar por muito tempo, precisava tomar aquele ômega para si o quanto antes. E, sem esperar mais, o bicolor curvou-se em direção ao pequeno, chegando bem próximo à entrada do ômega, que se contraía conforme a respiração pesada de Shouto a atingia. Izuku estremeceu-se por completo ao sentir o toque morno da língua úmida do alfa lhe cercando a intimidade, limpando boa parte de sua lubrificação. O Todoroki maior amava saborear o gosto de seu pequeno, tanto que, quando tinha oportunidade, o fazia sem pensar duas vezes. Sem mais enrolações, ele adentrou aquela cavidade apertada e levemente úmida com o músculo, chegando até o seu limite, o que fez o ômega ter pequenos espasmos de prazer. Ter a língua de Shouto lhe adentrando era a melhor sensação de todas, sem sombra de dúvidas.

 O bicolor, percebendo que o parceiro estava quase lá, começou uma masturbação rápida no membro alheio, e Izuku teve que morder fortemente seus lábios para não berrar. Merda, Shouto estava lhe testando ou algo assim?

 — M-mestre... – em um momento de distração, a palavra escapara de sua garganta. Ele não tinha percebido tal coisa, até que Shouto parou de fazer o que estava fazendo, e virou-o completamente para si, o encarando profundamente com aqueles orbes de cores distintas. O esverdeado, após se dar conta do que falou, logo tratou de desviar o olhar, tampando a boca com as duas mãos enquanto corava intensamente, ato que o alfa achara adorável.

 — Merda, Izuku... – ele grunhiu, cheirando-lhe o pescoço cheiroso, inalando profundamente o aroma delicioso que seu ômega tinha. – Eu preciso te foder agora, não aguento mais.

 Dito isso, o alfa afastou suas pernas, enquanto rasgava o vestido na parte do peitoral de forma animalesca, tanto que chegara a assustar o ômega abaixo de si, tudo isso apenas para ter acesso aos mamilos rosados do mesmo, que, quando foram avistados, foram prontamente abocanhados pela boca sedenta de Shouto. Izuku grunhiu, seu pênis ainda latejava, afinal, ao contrário do alfa, não havia gozado uma vez sequer.

 — Você quer que eu te chupe? – perguntou o bicolor, quase que lendo sua mente. Ele encarou o pequeno corpo abaixo de si, e, sem esperar uma resposta, ele aproximou-se de seu ouvido. – Ou prefere que eu te foda de uma vez, do jeito que você gosta?

 —  Mhm... S-shoucchan... me fode, por favor. – Izuku implorou, surpreendendo-se consigo mesmo ao falar tal coisa. Onde ele havia arrumado coragem para isso?!

 — Pode deixar, Zuzu. o alfa disse, dengoso. – Vou encher essa sua bunda de porra, não é assim que você quer?

 — Sim, aah, por favor... me dê mais um filhote seu, me marque como seu ômega, alfa... – apesar de que a última parte tenha sido sussurrada, Shouto a escutou em alto e bom som, e tal coisa levou sua excitação ao máximo. Ter seu ômega suplicando por uma marca e pedindo para ter um filhote consigo enquanto te olha do jeito mais depravado o possível é a coisa mais excitante que poderia imaginar. Logo, o alfa não conseguiu mais controlar seu lobo, deixando que ele tomasse conta da situação e tomasse Izuku para si.

 Sem mais esperar, ele penetrou o canal apertado e levemente úmido de uma só vez, estocando brutalmente, do jeito que o ômega gostava. Tal que gemeu em aprovação, pendendo a cabeça para trás enquanto revirava os olhos ao ter a próstata alcançada com apenas uma estocada. O alfa voltou, saindo quase que totalmente da cavidade de Izuku, apenas para voltar rapidamente em um movimento forte, fazendo com que seus quadris se chocassem firmemente. Mais espasmos de prazer percorriam o corpo do ômega, agora com mais intensidade e frequência, já que as estocadas agressivas aumentavam de velocidade a cada nota que subia em seus gemidos melodiosos. A temperatura do quarto havia aumentado gradativamente, coisa que agradava os dois corpos que se amavam quase que de forma animalesca, chegando ao quase ápice de prazer. Os dois não aguentariam por muito tempo, e, percebendo isso, Shouto virou-o de costas para si, ordenando para que empinasse os quadris em sua direção, e, com um tapa bem dado nas nádegas brancas e quase que totalmente expostas, invadiu-o novamente, porém, dessa vez, com cuidado e carinho.

 Novos tapas foram distribuídos por suas coxas, e os apertões firmes não eram esquecidos, também espalhados por seus quadris.

 — Alfa, por favor, eu estou quase lá... – Izuku grunhiu, rebolando em busca de mais contato, e, após um breve rosnado de seu alfa, baixou o tronco para receber as estocadas furiosas do corpo atrás de si.

 Shouto curvou-se na direção do marido, colando seu peitoral com as costas cobertas pelos tecidos do vestido, nunca parando as investidas velozes que havia começado.  Sua boca direcionou-se até o ouvido do ômega, onde suspirou baixinho, sentindo o companheiro arrepiar-se por inteiro. Sorriu, orgulhoso, lambendo o nódulo sensível do outro, que gemeu longamente com o ato, começando a rebolar contra o quadril do alfa, que entendeu o recado, estocando o mais fundo que conseguia, chegando até o final do canal apertado.

 — T-todoroki-kun, se você continuar assim, eu vou... AH!  - um gemido agudo fora ouvido, o bicolor acabara de morder o ombro de Izuku, o que fez com que o pequeno chegasse ao seu ápice. Tendo o prazer duplicado, Shouto não aguentou muito, desfazendo-se dentro de seu ômega  logo depois, formando um nó.

 

 

 

 — S-shouto, espera! – o ômega protestou, tentando afastar o parceiro de si, este que insistia em agarrar-lhe partes ‘’mais baixas’’ – Para, para, para! – suspirou, conseguindo fazer com que o alfa prestasse atenção em si. O bicolor apenas o encarou com uma expressão curiosa, como se não entendesse o que estava acontecendo.

 — O que houve, Zuzu? – perguntou, tentando se aproximar novamente, porém, a cada passo seu, o esverdeado dava um passo para trás, e foi assim até que o menor batesse as costas em um dos banheiros químicos. A música alta do local não permitia que os dois ficassem longe um do outro por muito tempo, o que resultava em sussurros altos perto do ouvido. – Você não quer? – voltou a questionar, agora lambendo o nódulo da orelha do garoto.

 — N-não é isso, é que... – disse em um tom um pouco gritado, para que Shouto o entendesse. Ele desviou o olhar para o chão, completamente corado. – Eu não... acho que esse seja um lugar apropriado—Aah! – sua frase foi interrompida quando o alfa voltou a atacar-lhe o pescoço, erguendo o pequeno ômega do chão, o que fez com que ele tivesse de entrelaçar as pernas no quadril do Todoroki maior para que não caísse.

 Ultimamente, Izuku notou que seu marido estava diferente. Não um diferente ruim, longe disso! Ele apenas estava mais carente e protetor, sempre querendo fazer sexo em lugares inusitados ou roubando-lhe selinhos de cinco em cinco minutos. Além das várias noites em que dormiam de conchinha.

 —Izuku, seu perfume... – sussurrou, fungando no vão do pescoço do ômega, inalando seu cheiro enquanto roçava seu membro completamente ereto no traseiro do garoto.

 —A-ah... o-o que tem ele? – perguntou em um fio de voz, enlaçando os braços no pescoço de seu alfa. A tentação era tanta que já estava se rendendo ao tesão.

 —Ele é tão bom, me deixa com tanta vontade de te foder até esquecer meu nome... — disse, começando a abrir a calça. – Você pode me chupar, amor?

 — É claro que eu posso. – sorriu, travesso, se abaixando ao nível do membro do marido, abrindo bem a boca, esperando ansiosamente seu ‘presente’.

 Quando o alfa pôs o pênis pulsante perto de sua cavidade bucal, fora prontamente abocanhado pelo menor, que empenhou-se em chupá-lo avidamente enquanto se masturbava com uma velocidade impressionante, o tesão do alfa só aumentava, principalmente depois de sentir o delicioso aroma da lubrificação natural – que já estava a molhar excessivamente as roupas do ômega.

 — Sua boca é tão boa, Zuzu... – sussurrou, rendendo-se ao prazer completamente enquanto o rapaz de joelhos continuava com os movimentos. – Eu quero tanto enfiar até a sua garganta, você deixa, bebê? – perguntou, fazendo-lhe um cafuné.

 Midoriya apenas assentiu, ocupado demais sentindo o gosto maravilhoso do Todoroki alfa para se preocupar em dar uma resposta boa. Ele gemeu em deleite quando o marido afundou-se completamente em sua boca, a glande inchada e encharcada com o pré-gozo indo fundo em sua garganta.

 — Você é tão bom nisso, aah... – gemeu, jogando a cabeça para trás enquanto segurava firmemente a cabeça do esverdeado, impedindo-o de se mover, restando-lhe apenas abrir mais a boca para receber de bom grado as estocadas furiosas do de olhos heterocromáticos. Izuku foi o primeiro a se desmanchar, o seu prazer sujando boa parte do chão. Gemendo longamente contra o membro do bicolor, lágrimas de prazer agora escorriam por suas bochechas enquanto seus fios eram puxados com ferocidade. – Você quer a minha porra, Izuku? – sussurrou, o suor escorrendo de sua testa, o membro pulsando de tesão na boca do outro, que murmurou algo inaudível, consentindo.

 E assim foi feito, os jatos quentes tomaram a boca do ômega, que logo não deu conta do conteúdo, um pouco do líquido escorrendo por seu queixo.

 — Você fez tanto, Shoucchan... – disse, manhoso, enquanto enfiava a mão dentro da própria calça, acariciando sua entrada totalmente lubrificada. – Eu não aguento mais, me preencha, alfa.

 E foi aí que o último fio de sanidade que restava no bicolor se rompeu. Logo que Izuku levantou-se, fora pego no colo novamente, tendo as calças praticamente arrancadas enquanto era prensado furiosamente contra o banheiro químico – que balançou com a agressividade do alfa -, Shouto rosnou, encarando-o tão profundamente que fez com que sua lubrificação natural encharcasse mais ainda sua entrada.

 — Eu quero tanto te foder fundo e forte, ômega. – disse com a voz de comando, a música que ainda tocava intensificando o tesão de ambos os rapazes, a vontade de se amarem em meio aos berros da plateia do show era intensa.

 O esverdeado jogou a cabeça para trás quando sentiu a glande inchada de seu parceiro penetrar-lhe, e gemeu longamente  sem se preocupar com o volume de sua voz quando o mesmo o preencheu totalmente, em uma única estocada, rápida e com força.

  — Tão apertado, como sempre... – sussurrou, a voz carregada de tesão, que fez com que o ômega se arrepiasse por completo enquanto puxava-o para mais perto com as pernas enlaçadas em sua cintura, e o apertava ainda mais com os braços que circulavam o pescoço do parceiro. – Você é tão gostoso, Zuzu... – disse, manhoso, começando as estocadas, atingindo o corpo menor com uma força descomunal.

 — Aah, alfa... tão grande... você está indo tão fundo em mim... – sussurrou perto de seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha, mas logo enterrou o rosto na curva do pescoço de Shouto, que botou mais força e velocidade nas estocadas. – Você me fode tão bem, eu te amo tanto, Shoucchan...

 — Porra, Izuku. – rosnou, aquele ômega fodia tanto com sua sanidade...

 O outro gemeu, e ah, como gemeu. Seu ponto fora acertado em cheio, com força. Seus olhos lacrimejaram enquanto se reviravam, bradou de tanto prazer, mordendo o pescoço de seu alfa para que seus gemidos saíssem mais baixos, ato que fora repreendido pelo maior, que queria escutar nitidamente as suplicas de Izuku, queria ouvir ele implorar para ser acertado ali novamente. Com esse pensamento, as estocadas pararam, o esverdeado o encarou, como se perguntasse a si o porquê de ter parado, a respiração pesada e as bochechas coradas, como era lindo...

 — S-shoucchan? – perguntou, rebolando em cima do membro do maior, que gemeu baixinho. – Por que par—AH!

 Outra estocada veio, furiosa, acertando-lhe no mesmo ponto. – Me peça, Izuku, diga o que quer de mim, ômega.

 Com a surpresa, o esverdeado ronronou, lambendo os lábios.

 — Amor, por favor... – sussurrou, com os olhos entreabertos. – Seu ômega está tão necessitado...

 Por mais que a vontade de foder-lhe fortemente contra aquele banheiro químico fosse grande, ele aguentou.

 — O que você quer, querido? – disse em seu ouvido, levando a boca até a marca que jazia no pescoço do parceiro, beijando-a carinhosamente

 — P-por favor, me faça gritar... acerte ali de novo, alfa... – com o tom necessitado, ele murmurou.

 A música se misturava com o barulho dos corpos de chocando furiosamente, e assim foi pelo resto da noite.

 

 

 

 

 

 

 Depois de algum tempo, o casal acabou por descobrir que Izuku estava grávido novamente. Foi uma surpresa, claro, principalmente pelo fato do ômega não demonstrar nenhum comportamento diferente. Já, o alfa, estava mais manhoso e  necessitado de carinho e atenção. Parecia que os papéis tinham se invertido, até. Mas, como Izuku não era burro, se aproveitou muito bem da situação, usando seus feromônios – tais que somente o alfa conseguia sentir – ao seu favor, colocando-os em uma intensidade realmente grande em locais públicos apenas para enlouquecer Shouto. Mas, hoje ele teria sua punição, e o bicolor salivava apenas em pensar na pele morena de seu parceiro marcada de vermelho por suas palmas.

 Izuku havia ido no mercado, já que o ‘estoque’ deles tinha acabado, e a pequena Sayuri dormia profundamente após um longo dia na escola. Enquanto isso, Shouto aproveitava da ausência do marido para preparar tudo. Ao ouvir a porta da frente sendo destrancada, ele correu até o sofá, sentando-se nele e ligando a televisão, como se nada tivesse acontecido.

 — Amor, eu não achei suco de abacaxi para a Sacchan, então peguei o de morango, acha que ela vai gostar? -   perguntou o ômega enquanto retirava as compras da sacola distraidamente, tanto que nem percebeu quando o outro aproximou-se de si, enlaçando sua cintura com os braços e beijando seu pescoço, fazendo com que Izuku se arrepiasse por inteiro. O bicolor aproveitou a situação para roubar-lhe um selinho, virando o corpo do marido para si.

 — Tenho certeza... – sorriu de canto, capturando os lábios do esverdeado novamente, mas, dessa vez, prolongando o beijo, as línguas se enrolando em movimentos lentos e apaixonantes enquanto o ômega sentava na pia, sendo pego no colo por Shouto quando enlaçou a cintura do mesmo com as pernas.

 O beijo não fora quebrado em momento algum enquanto o maior subia as escadas, os dois lutando contra os próprios pulmões para continuarem com as bocas coladas. E, quando a porta fora aberta, o menor rapidamente foi jogado na cama, arrumando-se nela enquanto o alfa trancava a porta, os feromônios um tanto quanto fortes e dominantes do rapaz mexendo com os sentidos de Izuku, que remexia-se entre os lençóis, visivelmente excitado.

 — Você é tão lento, alfa.... – ronronou, provocando o outro, que lhe lançava um olhar predatório. – Assim seu ômega vai ter que se satisfazer sozinho... – sussurrou, com a voz manhosa por conta do tesão que sentia, a mão pequena se direcionando à calça apertada que usava, esta já molhada com sua lubrificação natural, que saía em abundância.

 O alfa rosnou, e, em questão de segundos, Izuku já sentia o corpo quente do companheiro lhe prensando contra o colchão, os olhos heterocromáticos encarando as duas esmeraldas com luxúria.

 — Não me provoque, ômega. – grunhiu, começando a atacar o pescoço bronzeado e macio, a voz melodiosa de seu marido penetrando em seus ouvidos, fazendo com que uma onda de prazer passasse por seu corpo.

 Mesmo sentindo-se mole pelo tesão, Izuku empurrou o alfa, sentando-se em seu colo. Parecia que os dois estavam competindo para ver quem dominava mais, até.

 — Eu consigo sentir seu pau através da sua calça, alfa... – sussurrou no ouvido do outro, rebolando ousadamente em cima do membro do outro, que bradou em regozijo, jogando a cabeça para trás com os movimentos, enquanto o ômega chupava sua orelha. – Eu já te disse o quanto você é grande? Você me satisfaz tão bem, amor...

         — Porra, Izuku... – seu tom de voz vacilou, porém, não deixou-se levar, ainda queria punir aquele pestinha. As mãos fortes foram parar nas nádegas redondas e fofinhas de seu parceiro, tais quais foram estapeadas sem dó. – Você foi um menino tão mal, neném... – segredou baixinho, encarando o rosto corado de Izuku, que estava com a respiração ofegante. Uma de suas mãos se redirecionou para o queixo do ômega, o dedão desenhando os lábios dele delicadamente, antes da língua quente aparecer, lambendo-o gloriosamente, o convidando silenciosamente para entrar naquela cavidade úmida, convite que fora prontamente atendido.

 — Fui? – disse com dificuldade, se empenhando em lambuzar o dedo do amado com sua saliva. – Então eu serei punido? – sussurrou, com uma falsa expressão de inocência.

 — Que bom que você sabe, meu bem... – sorriu ladino, sendo acompanhado pelo parceiro. – Primeiro, temos que resolver isso aqui... – disse, apertando o membro duro do menor por cima da calça. – Faz um tempo desde que eu não te chupo, não é? – falou, manhoso, roçando levemente o nariz no pescoço cheiroso do ômega, que gemeu baixinho em satisfação.

 — Shoucchan... – gemeu arrastado, dessa vez. A ideia de enterrar-se na garganta de seu alfa parecendo-lhe muito prazerosa.

 — Mas... – interrompeu-o. – Você acha que merece isso, Zuzu? – perguntou-lhe, as mãos firmes apertando sua cintura, mantendo-o parado.

 O ômega apenas balançou a cabeça, negando, a expressão entregue quase fazendo com que Shouto cedesse. – Não, alfa. – disse, manhoso, abraçando seu pescoço.

 — Você sabe o que tem que fazer, não sabe?

 — Por favor, paixão... eu quero tanto sentir você me chupar do jeito que só você sabe... – sussurrou, voltando a rebolar no membro duro do parceiro. – Estou com tanta saudade...

 Dito isso, o menor fora tirado de seu colo e posto deitado na cama, com as pernas arregaçadas, tendo a calça tirada calmamente de si, em uma lentidão um tanto quanto torturante. Ao fixar seus olhos no alfa, viu o sorriso sádico que jazia em seu rosto, arrepiando-se por completo.

 Ao baixar a cueca de Izuku, viu o membro rosado e molhado saltar para fora, fazendo com que salivasse. Lambeu os lábios, admirando a cena à sua frente antes de abocanhar o pênis de seu ômega, encostando o nariz no baixo-ventre do mesmo.

 — Aah... S-shouto... – gemeu alto, os dedos dos pés se contraindo ao ter a glande circulada pela língua quente do companheiro enquanto seu corpo se arrepiava por inteiro. -  Sua boca é tão quente, ela me abriga tão bem... – sussurrou, encarando-o com as bochechas coradas e os olhos semicerrados enquanto acariciava os fios bicolores, como se falasse que ele estava fazendo um bom trabalho.

 O alfa apenas começou os movimentos quando a cavidade úmida de lubrificação natural do ômega abrigou inteiramente seus dois dedos, contraindo-se e esmagando-os enquanto tinha o pênis estimulado com a língua úmida de Shouto. O vai-e-vem começou, a cabeça do mais velho subindo e descendo rapidamente enquanto Midoriya contorcia os dedos dos pés, tendo espasmos de sensibilidade enquanto seu membro era estimulado com avidez

 Realmente, Shouto teria muito trabalho para punir aquele ômega levado.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...