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História Só mais um contatinho? - Desapega, desapega, OLX!


Escrita por: estherco

Notas do Autor


olha quem chegou! tudo bem com vcs?

nesse capítulo há meio que menção todobaku? enfim, nada muito detalhado, tô avisando só pra caso haja algume shipper que não goste.

revisei, mas é aquele esquema de sempre né, tem sempre uns errinhos que passam despercebidos!

boa leitura ♡

Capítulo 2 - Desapega, desapega, OLX!


Fanfic / Fanfiction Só mais um contatinho? - Desapega, desapega, OLX!


Katsuki Bakugo



“Eu avisei”. 

Ah, malditas palavras. 


Todas as vezes que minha mãe as dizia, eu sentia como se eu fosse o desgraçado mais fracassado da face da terra. Eu estava há quase duas horas chorando na frente da TV, comendo sorvete. Tava passando um filme idiota, eu não prestei atenção nem no nome, quanto mais o resto, a televisão era só a trilha sonora pro meu momento bad. Mais cedo visitei a velha e ela logo percebeu que eu tava mal e começou a me dar sermão. “Vira homem e assuma o que sente! Quer o amor de mão beijada?!” Sim, óbvio. Ele que tem que se declarar primeiro, ele que tem que me pedir em namoro. De um jeito bem boiolinha e romântico, não aceito menos. Foda-se se eu fui o primeiro a me apaixonar, ele que tem que fazer acontecer. É a lei, porra. A lei de nome “DekuPorFavorEntendaQueEuQueroQueVocêMePeçaEmCasamento”. E pau no cu de quem disser que essa lei não existe.

Tomei um susto com o toque alto do meu celular, gritando um palavrão. Peguei o aparelho, só pra desligar na cara da pessoa, mas quando vi o nome 'Palmeirense" na tela, desisti né. 

Atendi a porra.


— Fala.

“Tá em casa?”

Ah, merda. Ele quer vir hoje?

Diz não, Bakugo. Diz não.

— Tô, né. Cofoi?

Eu sou um fodido? Sou.

“Tá livre? Posso ir aí?”

— Vem.


Desliguei. Respirei fundo. Encarei o teto e, mais uma vez, deixei as lágrimas caírem. Ouvi o celular vibrar outras vezes, mas não quis olhar. Levantei, desliguei a TV e guardei o resto do sorvete no congelador. Fui até o banheiro, tomei um banho só pra chorar mais um pouco no chuveiro. Me sequei mó rápidão, vesti meu pijama do Corinthians só pra pirraçar o porco. Ajeitei meu cabelo e encarei meu reflexo no espelho, meus olhos inchados estavam praticamente gritando “HAHA, OLHA AQUI, EU CHOREI POR DUAS HORAS SEGUIDAS.” Foda né. Peguei a maquiagem que eu usava para esconder os chupões que o Izuku deixava em mim. Fiz um milagre no meu rosto, agora não dava pra perceber que eu tava malzão.

A campainha tocou.

Fui até a porta, pronto pra receber ele aos beijos e amassos. Mas daí vi o trakinas meio a meio. Nem toda a minha especialidade em atuação seria capaz de me ajudar a disfarçar a decepção que eu senti naquele momento. — Katsuki, boa noite. Nós podemos entrar? — Ah, foda-se seu tom de voz doce e suas palavras educadas, Izuku. Foda-se. Tô cansado. Bem, claro que eu não disse isso. Não respondi o boa noite, apenas dei passagem. Os dois entraram, Midoriya conhecia bem a casa, foi direto pra cozinha. Pegou água, oferecendo pro e-boy. Eu ainda tava tentando digerir aquela porra de situação. Achei que ia ser só eu e tu, porra. Novamente, só ficou no pensamento. E que se foda.

— Bakugo, você ia dormir?

Maldito pavê meio a meio, não fala comigo não. Merda.

— Hm, o Todoroki passou o dia todo pensando no seu beijo. — Midoriya riu, como se isso fosse engraçado. — Mas se não tiver no clima pra um threesome, mó suave. A gente vai embora, ok? 

É de cair o cu da bunda.

— Foi só um beijo, seu emocionado do caralho. Não gosto de gente grudenta não.

Ele sorriu. — Idem, Bakugo. 

Ah, o e-boy é outro do time desapegados? Ah, vai se foder. 

Virou OLX essa porra??!

— Tô afim não, vaza Porco. Ou tu, Trakinas. Tanto taz. Só fica um. 

Izuku pareceu levemente surpreso, mas depois sorriu como se nada tivesse acontecido. Como se ele não se importasse nem um pouco em me ver com os outros, como se ele fosse um desapegado de verdade. E ele era, né. Ele realmente não sente ciúmes. Nem uma pitada. Eu sou o único que está esperando algo além de sexo dessa relação. E que se foda. — Então, tô indo. — Ele disse a nós dois, lavando o copo que usou e sorriu, acenando em despedida. — A gente se vê por aí, Katsuki e Shoto. Fui. — E ele simplesmente foi embora. 

ERA PRO TRAKINAS MEIO A MEIO VAZAR, NÃO VOCÊ!

Ah, foda-se.

 — Ei pavê meio a meio.

Ele sorriu. — Diga, por favor.

— Tu fuma?

— O quê? 

Abri a geladeira, pegando o mel e a desgraça da bucha, pra bolar. Quando ele viu o que era, riu fraco. — Oh. Sim, fumo. 

— Gosto com força.

— Hm?

Quando terminei de bolar meu fininho, passei o mel na seda, selando tudo. Foi o beck mais feio que já fiz, foda-se. — Gosto com força. — Repeti, pegando o isqueiro e acendendo. Dei o primeiro trago, puxei bem. Feche os olhos. — Tô falando de sexo. — Concluí a frase, evitando soltar a fumaça. Passei o finin pra ele, que deu um puxe longo. Sentei na mesa, puxando ele pra perto com o encaixe das minhas pernas. O choro veio na garganta, segurei. — Tu tá afim mesmo? Pode ser sincero. 

Antes, eu não tava nem um pouco afim. Mas, quer saber? O Izuku que vá pro inferno. — Não seja tagarela, só me foda e ponto.

Ele devolveu o beck, traguei. Inclinei meu quadril, me roçando nele. Mantive o finin entre os dedos da mão esquerda, usando a direita pra segurar firme na nuca dele. Como se lesse meus pensamentos, o Shoto abriu a boca. Compartilhei a fumaça densa, beijando ele depois. Repetimos o processo até o beck acabar. E, quando a onda bateu, o tesão espancou.



4h da manhã e eu acordado pensando num macho que tá nem aí pra mim. O trakinas até que fodeu bem e também me deu um chá de cu excelente, mas, puta que pariu, o chá de piroca do Midoriya realmente me conquistou. Viciei nesse desgraçado. Petição para abrirem um centro de reabilitação pra quem quer superar a pirocada do chernoboy: Primeira assinatura é minha. E todas as outras também. Observei o eboy dormindo, as marcas de unhas nas costas. 

Maltratei, hein.

Levantei da cama, saindo do quarto nu mesmo. Achei minha cueca jogada na cozinha, vesti. Me joguei no sofá, pegando meu celular. Abri o insta, olhei apenas os stories do Deku. Fechei. Boa notícia? Finalmente ele me adicionou no close friends. Má notícia? Várias, mas a principal: Ele postou no close friends algum viado sortudo rebolando no colo dele, com um funkão estralando no último volume. No colo não, no pau, praticamente né. A ereção do Izuku tá muito visível e marcada na bermuda. Sério, que merda. Que cupido de merda. Tanto macho no mundo, eu me apaixonei logo por um chernoboy que é mais chernoboy que eu. Eu queria poder anunciar meus sentimentos na OLX pra desapegar dele.



Há três semanas eu venho ignorando o Izuku. Não é como se ele tivesse me procurado muitas vezes, então, não foi tão difícil. A questão é que eu tô puto por ele não estar me procurando. Sou tão substituível? Que merda, esse fodido conseguiu abalar até minha autoestima. Irritado, me apoiei na cadeira encarando o relógio da biblioteca. A semana de provas tava pertinho e eu aqui pensando em macho. Ah, vai estudar, porra. Massageei minha testa quase rindo ao ver meus amigos tão concentrados, tentando estudar. Quando estava prestes a seguir o exemplo deles, a desgraça aconteceu. 

— Oh, Katsuki? 

Seu fodido do caralho.

— Falaê, Porco.

Meus amigos encararam o Midoriya como se ele fosse leproso. Os três levantaram, fecharam os cadernos e saíram. Apenas a Ashido teve a decência de me esperar. 

Izuku pareceu confuso. — São daqueles gambás' que não suportam os rivais?

Minha amiga fechou a expressão ainda mais. — Né isso não. Foi a radiação.

Franziu o cenho. — Hã? 

— Porra, Mina. — Resmunguei.

A morena pegou os livros, levantou e me olhou levemente indignada. — Que seja a última vez. Tamo te esperando na casa da sua mãe. — E simplesmente saiu, balançando os cachos rosas ao andar na força do ódio em direção a saída. 

— O que tu fala de mim pro seu squad? É impressão minha ou eles me odeiam? 

Não respondi.

— Enfim, tu tá livre hoje?

Izuku. — Chamei, encarando-o pela primeira vez nessas três semanas. Ele piscou os olhos, meio boquiaberto. Acho que era a primeira vez que eu o chamava assim. Sempre chamava-o de "filho da puta", "desgraçado", "gostoso" quando estávamos na cama, e, quando não estávamos fodendo, eu chamava de porco. Sim, eu sou um merda, mas ele é mais. Ele quase nunca acerta meu nome, nem na hora do sexo. 

É humilhação demais.

— O que aconteceu, Katsuki?


Você aconteceu, porra.

Você me bagunçou todo.


Ajeitei meus livros, me levantando da mesa e o olhando diretamente no fundo dos olhos. — Chega, né? Vamos parar com essa porra, cansei. — Murmurei, saindo dali imediatamente. Oh, palmas para mim, tomei atitude e parei de me humilhar? Não, não. Eu me conheço. 

Assim que ele ligar, eu vou. 



Notas Finais


♪mas é só tu ligar pra mim, que eu não resisto, eu queria dizer não mas não consigo♪ kkkkkjk barões da pisadinha viciante demais, socorro

hm, obrigada a quem leu! até amanhã com o próximo capítulo :)


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