História Sobrevivência Sobrenatural - Você nunca irá me matar, Lilly!

Alan POV

- Pronto! Agora podem sair. 

Margo havia acabado de quebrar a parede da fortaleza com a água que sobrou. Eu e Maethe saímos rapidamente e olhamos em volta. Estávamos em um tipo de floresta...encantada?

- Tudo bem, Margo, acharemos os outros e tentaremos achar um jeito de tirá-la dai, OK? - Disse Maethe, tentando confortá-la.

Margo assentiu, meio hesitante, e nós seguimos em frente. Maethe logo parou e olhou mais atentamente ao seu redor.

- O que? Não...pode ser! Esse mundo...deveria estar excuído! - Disse Maethe, mais para si mesma.

- O que foi? - Indaguei, encostando a mão em seu ombro.

- Esse é o Reino que Kate, eu e Rafael vivíamos. - Respondeu ela, séria.

Olhei mais em volta atentamente e consegui ver ao longe mais três fortalezas iguais as nossas. Peguei Maethe pelo braço e saímos correndo até lá. 

- Bem, poderemos pensar nisso depois, agora temos nossos amigos para resgatar. 

Kate POV

Mais uma explosão foi ouvida, enquanto mais uma lágrima saía de meus olhos. Corria o mais rápido que pude para, pelo menos, conseguir achar Lilly e matá-la de uma vez só. Sem mais enrolações.

- Kate, espere, o que pensa em fazer? - Perguntou Rafael, finalmente me alcançando.

- Matá-la. - Respondi, com frieza na voz. - O que mais poderia fazer?

- Kate, você nem sabe se eles estão mortos realmente. - Disse Rafael.

- Agora está protegendo Lilly, Rafael? 

- Claro que não! Já não basta você estar tendo essas suas transformações maléficas. Matar uma pessoa não irá fazê-la melhorar.

Soltei um grunhido pela boca e saí correndo, tentando fazê-lo com que não me alcançasse e desistisse de me seguir. Finalmente entrei dentro da base e comecei a procurar Lilly pelos destroços. Espero imensamente que esteja morta, pelo menos ela livra-me um bocado do trabalho que terei para me vingar.

- Ora, ora, olha quem está aqui.

Alguém chamou-me por trás e eu me virei bruscamente. Era Lilly. Ela obtinha uma expressão maliciosa em seu rosto, enquanto segurava uma espada em sua mão direita. Peguei meu arco e uma flecha e apontei bem para a cabeça de Lilly, enquanto dizia:

- Você matou meus amigos e agora irei vingá-los, sabia disso, não é? 

- A não ser que a mate primeiro. - Disse ela, avançando em minha direção

Desviei de sua espada e lancei uma flecha em sua direção, mas acabou passando de raspão em seu braço. Lilly deu um riso diabólico e começou a correr para frente eu, irritada como estava, comecei a seguí-la freneticamente pelos destroços. Ela entrou em um tipo de galpão e eu a segui. Tudo estava escuro lá dentro, então não conseguia ver o que poderia estar me esperando ali dentro. Várias luzes se acenderam simultaneamente, deixando-me um pouco cega, mas consegui ver o que ali tinha. Havia várias armas apontadas em minha direção ao mesmo tempo. Lilly estava logo atrás do Chefe de Segurança, cujo nome, que não vou me lembrar agora, começava com E. Ah, droga!

Calango POV

Levantei-me lentamente do chão e comecei a andar meio titubeante. Meu corpo todo estava dolorido, com certeza meu rosto estava ensanguentado. Só espero que não tenha estragado meu rostinho lindo de sempre. 

- Calango, aqui! 

Alguém chamou-me ao meu lado direito e virei os tornozelos, vendo que havia sido Daniel que tentava tirar um pedaço de metal sobre a perna de Malena 

- Oh meu Deus! O que aconteceu aqui? - Perguntou Gusta, aparecendo ao meu lado repentinamente, enquanto olhava ao redor.

- Não sei, mas é melhor ajudarmos Daniel a tirar aquele pedaço de metal da Malena. Quero dizer, é melhor ajudarmos todos que estão com dificuldades de se levantar. - Respondi ele, saindo correndo em direção aos dois citados acima.

Cheguei perto do metal e o levantei com dificuldades. Gusta também me ajudou, então conseguimos levantar o metal suficientemente até Malena tirar toda a sua perna realmente ensanguentada. 

- Obrigada, meninos. Vão tentar achar os outros. Eu dou um jeito por aqui. - Disse Malena, fazendo algumas caretas, indicando uma dor insuportável.

Eu e Gusta assentimos e saímos a procura dos outros. Por fim, todos sobreviveram, exceto Phoenix, Emisu e Mike. Todos estávamos chorando pela perda deles, principalmente Pac por Mike. Até eu estava, sendo sincero. 

- Precisamos sair daqui. - Disse Damiani, enquanto ajudava Satty a se movimentar. - Pode ser que dê outras explosões e tenho certeza absoluta que não sobreviveríamos na próxima. 

- Tudo bem. Vamos tentar achar uma saída. - Disse, já começando a seguir em frente, como se eu fosse o líder.

Depois de muito tempo, saímos daquilo e fomos direto para a outra rua. Avistamos alguém um pouco afastado de nós e gritei, como se eu soubesse que era um humano e não um zumbi. Como sempre, fui totalmente burro! O humano virou sua cabeça e começou a correr em nossa direção. Quando já estava a alguns metros de nós, pude reconhecê-lo. Era Rafael. Ou, quem sabe, Will.

- Gente, gente, eu preciso que voc...

- Will, fique parado, não mova um músculo. Agora você não escapa. - Disse Pac, segurando sua arma, um pouco trêmulo por conta do choque pela morte de Mike.

- Espera, espera, vocês estão me confundindo com o Will que estava praticamente fantasiado de mim, não é? Mas sou eu mesmo, Rafael Lange.

- Prove! - Ordenou Daniel em um tom desafiador. 

- Ah seu vou! - Começou Castanhari, levantando a sobrancelha. 

- Tenho camisinhas no carro. 

Todos se entreolharam, felizes, e fomos correndo abraçar Rafael. Ele estava vivo. Relamente vivo. Depois de tantos abraços e frases amorosas, Cellbit contou sobre o que aconteceu com ele durante todo esse tempo. 

- Kate está louca por vingança, pois ela acha que vocês morreram por culpa de Lilly e vocês sabem que de vez em quando ela tem aqueles ataques estranhamente maléficos. E, realmente, estou achando que ela está começando a ter mais um. - Explicou-nos, por fim, demasiado preocupado.

- Por que achas isso? - Perguntou Satty, franzindo a testa. 

- Porque vi seus olhos ficarem um bocado vermelhos quando disse-me que iria matá-la. 

Kate POV

- Coloque as mãos na cabeça onde eu possa vê-las. - Disse um dos seguranças que permanecia do lado direito. - Coloque também todas as armas que está levando consigo. 

Obedeci-os e esperei eles virem me confiscar. Algo ruim está se apoderando de mim rapidamente e isso pode acabar mal, muito mal. 

- Kate smarsh, você está presa por assassinato. Todas as coisas que falar daqui em diante será usado contra você no julgamento. - Disse o Senhor E.

- Cara, estamos em um apocalipse zumbi! Não existe mais tribunais, juízes ou advogados. - Disse, enrugando a testa.

- Calada, se não quiser que dê um tiro bem no meio de sua testa. 

Fechei a boca instintivamente e esperei o Senhor E. aproximar-se de mim totalmente. Ele olhou-me de cima a baixo, mas logo parou quando bateu seu olho no bracelete, então questionou-me:

- Para que serve esse bracelete?

Foi então que obtive uma ideia ótima em minha cabeça, então comecei a colocá-lo em ação antes que seja tarde de mais:

- Isso é como eu lancei as bombas, mesmo estando longe. Se não a destruirem agora, mais uma bomba será lançada em 10, 9, 8, 7...

O Senhor E. atirou desesperadamente no bracelete e eu logo estava livre daquilo. Olhei para Lilly que estava calada, como se já soubesse que isso iria acontecer. Por que ela não havia falado algo?

- Tudo bem, senhorita. Agora mais uma coisa estará sendo motivo de sua exterminação. 

Essa não! Está acontecendo! Não pode ser agora, não, por favor!

Autora POV

Os olhos de Kate ficaram totalmente vermelhos-sangue, enquanto obtinha um sorriso demasiado malicioso saindo de seus lábios. Ernesto olhou-a estupefato por ter presenciado tal ato sobrenatural. Alguém mudar a cor dos olhos rapidamente é anormal para os humanos que não sabem dos seres místicos que habitavam a terra até agora. 

- Acho que minha execução não vai acontecer tão cedo assim, meu querido. - Disse Kate, enquanto rodeava-o lentamente. 

Kate fez uma esfera de fogo em sua mão direita e lançou em direção a Ernesto que logo virou apenas mais uma poeirinha daquele chão velho do galpão. 

- Quem quer ser o próximo? - Indagou, enquanto brincava em fazer furacões pequenos com sua mão.

Renato, um dos seguranças do local, atirou várias vezes em direção a vilã temporária, mas sem sucesso, pois ela desviou de todos rapidamente. Kate fez um furacão pequeno com sua mão e lançou em direção ao homem que apenas ele foi engolido por aquele redemoinho de ar. Seu olhar bateu em um dos seguranças que tremia freneticamente num canto, então teve uma ideia ótima. Entrou em sua mente e pediu com que atirasse em todos os seus colegas e foi o que fez.  Todos eles estavam mortos, até ele mesmo. Sobrou apenas Lilly que segurava a espada reluzente firmemente. 

- Sabe o que dizem, não é? O melhor do show fica para o final. Está preparada para ser morta? - Perguntou Kate, já formando uma esfera de fogo em sua mão direita.

- Que pena, minha querida. Eu sou imune a poderes por ser uma caçadora de bruxas. - Respondeu ela, com um sorriso vitorioso. - Você nunca irá conseguir me matar usando seus poderes.

Kate sorriu maliciosamente e pegou seu arco e flecha do chão. Ela começou a atirar todas as flechas possíveis em direção a caçadora, mas nenhuma deles teve a sorte de ter sido acertada. Lilly avançou em direção a Kate, mas ela logo desviou, dando uma rasteira em seus pés, fazendo-a cair de costas ao chão. Kate subiu em cima dela e começou a dar vários socos e tapas em seu rosto, mas Lilly conseguiu pegar a sua espada e enfiar em sua barriga. Kate deitou-se no chão e começou a tentar tirar a espada, enquanto gritava de dor. 

- Nem use suas forças. Essa espada nunca vai sair de seu corpo, pois foi feito especialmente para bruxas. - Explicou ela, enquanto admirava Kate a gritar de dor. - Parece que quem vai morrer vai ser você!

- Que pena que eu não sou qualquer bruxa. Eu sou a mais poderosa de todos os tempos. A Escolhida.

Kate tirou a espada rapidamente e levantou-se, indo logo pra cima de Lilly. Kate fez uma esfera de fogo com as mãos e jogou em direção a Lilly que foi atingida em cheio em sua perna. 

- Como é possível? Eu estava com a proteção! Você não pode tê-la quebrado! - Disse Lilly, indignada.

- Uma proteção feita por uma caçadora de bruxas amadora não vai me derrubar, devia saber disso. - Respondi a ela, rispidamente.

Kate aproximou-se de Lilly e lhe deu um golpe na barriga, fazendo-a cair no chão brutalmente. Ela ficou em cima de Lilly e levantou a espada, estava preparada para matá-la, tinha a certeza que sim.

- Kate, não faça isso, por favor!