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História Soneto Proibido - XXXIII - Maldito paraíso.


Escrita por: larihexney

Notas do Autor


Olá, galerinha! Cá estou eu trazendo talvez o capítulo mais esperado por vocês.
Assim sendo, o nosso papo acontece nas notas finais, ok?
Boa leitura!

Capítulo 33 - XXXIII - Maldito paraíso.


Meu peito aparentava não ser mais capaz de suportar o chacoalhar do meu coração. Estar ali desnudo tendo Thomas como espectador me causava sensações controversas. Ainda que naquele momento somente felicidade e paixão transbordassem por cada canto do meu corpo, havia ali também muito nervosismo, constrangimento e medo. 

Eu tinha conhecimento de que o mais novo, que me olhava da maneira mais contemplativa que eu já pude testemunhar alguém olhar para outra pessoa em toda a minha vida, também sentia o mesmo que eu. A sua euforia, minutos antes, denunciava não só sua excitação, como também seu receio.  

Mas algo me dizia, no entanto, que o dono daqueles olhos verdes como lago não seria detido por nenhum sentimento que viesse a amedrontá-lo.  

O modo como ele me olhava agora, fazendo-me sentir um maldito rei, contrastava com a opinião do meu subconsciente, que constantemente me recordava de que eu estava totalmente despido diante de um recém adulto ainda virgem. 

Eu quase me sentia um aliciador.  

Quase e somente quase, porque o carinho nos olhos de Thomas e a minha intensa sensação de vulnerabilidade – tanto pelo fato de estar exposto quanto pela abundância de desejo e apreciação pelo mais novo – reafirmaram que o que quer que viesse a acontecer ali seria mais uma forma de demonstração do que nutríamos um pelo outro. E não tinha nada além de belo e precioso naquele sentimento mútuo, isto era algo que eu possuía convicção.  

— Ajude-me com minha camisa. – Ele me pediu em um sussurro, sua voz rouca com a tensão sexual que se fazia presente entre nós quando apenas uma distância pequena nos afastava.  

Ainda sorrindo, eu tentava disfarçar meu nervosismo enquanto erguia minhas mãos trêmulas até o topo da camisa que o vestia. Não estava inteiramente seguro de que deveria despi-lo. Não sabia o que faria depois de todas as roupas serem retiradas. 

Me doía o peito constatar que, se fosse uma mulher, certamente eu saberia como agir, uma vez que toda a minha adolescência eu convivi com rapazes que falavam sobre como se portar na primeira vez. Em oposição, era óbvio que o sexo entre dois iguais nunca havia sido pauta entre as minhas influências sociais, o que só dificultava a minha atual situação. 

Respirando fundo, eu me obriguei a ficar tranquilo. Tudo será conduzido naturalmente, eu pensei. Nós dois vamos descobrir juntos o que fazer. 

Repetindo as duas frases diversas vezes na minha cabeça, eu desfiz o primeiro botão e olhei para Thomas, checando-o. Seus olhos ainda estavam sobre mim e havia uma força neles que me envolvia tanto a ponto de eu não sentir vontade de parar de fitá-los nunca. Sustentando o olhar até que meus dedos descessem alguns milímetros para tão logo alcançar o segundo botão, eu o desfiz sem pressa, fazendo questão de tocar cada pedacinho de pele que vagarosamente eu deixava à mostra.  

Segui todo o caminho até a bainha de sua camisa assim, não deixando de conferi-lo nem mesmo por um instante. Apenas por ter esbarrado no cós da sua calça eu notei que os botões já haviam sido todos desfeitos e então dei um passo para trás para vê-lo por inteiro.  

Thomas tinha um corpo magro bem torneado graças ao seu trabalho braçal, mas que apesar de deixá-lo com uma estrutura física saudável e tentadora, não escondia seus rastros joviais. Não havia nele nenhum pelo no peitoral como havia em mim. Na verdade, os únicos pelos visíveis eram os que faziam uma trilha para o caminho do tesouro. Ademais, seu tamanho salientava que o corpo que meus olhos percorriam era um recém-formado e altamente veloz em ser receptor de qualquer estímulo externo.  

A visão dele daquele jeito me teve louco.  

Voltando a me aproximar, eu certifiquei-me de sorrir para demonstrar a minha adoração por ele. Para a minha surpresa, Thomas quase recuou, entreabrindo os lábios parcialmente e começando a arfar pela proximidade súbita. Tentei buscar seus olhos para acalmá-lo, contudo eles estavam em outro lugar. Com a quebra da distância, eu não tinha percebido que o meu pênis ereto agora tocava o tecido da sua calça, que continha um volume bastante sugestivo.  

Alargando ainda mais meu sorriso, eu afastei-me apenas meio passo com o único intuito de fazê-lo me encarar. E, como eu sabia que seria, funcionou. Thomas agora tinha seus olhos em mim com um calor tão potente que deixou evidente o quanto ele estava começando a ficar impaciente por ainda não estar sendo tocado. 

Decidido a solucionar aquele problema de imediato, eu segurei o cós da sua calça escura e desfiz os botões o mais rápido que consegui. Sua respiração desatou a acelerar, sobretudo quando forcei a calça para baixo e deixei-o somente com sua cueca, onde eu já podia visualizá-lo quase totalmente desnudo. Mais belo do que eu imaginei que pudesse ser, valia ressaltar. 

— Venha aqui. – Eu pedi, torcendo o dedo para convidá-lo a cruzar o limite ente nós. Ele me olhou como se não compreendesse. — Eu quero que você, quando se sentir pronto, venha aqui e me abrace. – Esclareci.  

Possivelmente ele tomou aquilo como um desafio, pois suas sobrancelhas se uniram e ele prontamente deu um passo à frente. Eu soltei um pequeno riso, abobalhado e encantado demais para ter outra reação. 

Era típico dele demonstrar coragem mesmo receoso. Típico. 

Agindo rápido para surpreendê-lo e obtendo sucesso nisso, eu enlacei meus braços em sua cintura e o apertei contra mim. Tentei a todo custo ignorar a pulsação do meu membro ao sentir Thomas tão perto. Em contrapartida, o mais novo já não foi tão eficiente, deixando escapar um pequeno gemido que fez com que meu pênis latejasse mais. 

— Por Deus, me beije. – Exigi, deslocando minha mão direita da sua cintura para segurar seu rosto. 

Mergulhando completamente na sua boca, eu o beijei com efervescência e o apertei tanto, querendo acabar com um espaço que não mais existia entre nós, que temi machucá-lo. Mas Thomas correspondeu à altura, movendo seus lábios contra os meus em um ritmo frenético enquanto sua mão passeava pelo meu abdômen mais uma vez. Apenas quando eu interrompi o beijo à procura de fôlego, eu senti suas mãos tentarem descer mais e me peguei ansiando por aquele toque.  

— Faça o que quiser comigo. – Eu disse em sua orelha, obtendo um som sôfrego em resposta.  

O peito de Thomas subia e descia de maneira descontrolada, mas antes que eu decidisse parar o que fazia por preocupação com ele, lembrei-me que esse também era o modo como eu me comportava quando estava excitado. Era o modo em que eu estava ali, naquele exato momento. 

Deixando essa constatação cair, um entendimento agradável veio à tona. Eu poderia nunca ter me relacionado intimamente com um homem, entretanto eu sabia exatamente o que me agradava. Eu era homem, ele também, logo, Thomas não poderia ter gostos tão distintos dos meus. 

Aproveitando a proximidade da minha boca com a sua orelha, eu deixei a ponta da minha língua tocar o seu lóbulo, determinado a saber se ele iria gostar de ser tocado assim como eu gostava de ser e... Deus! Maldito seja Thomas por ter o gemido mais quente que alguém poderia querer ouvir. 

Sentindo-me ainda mais estimulado a prosseguir com sua clara aprovação, eu suguei a pele suave do lóbulo, desci para o seu pescoço distribuindo pequenos beijos molhados no caminho até voltar novamente para a orelha, dessa vez mordiscando-a. 

— Ah, Lucca... – Gemeu, deixando a região do seu pescoço exposta enquanto suas mãos puxavam os fios do meu cabelo. — Deus, a sua barba... – Ele sussurrou para tão logo deixar a frase morrer a fim de permitir que mais um gemido escapasse. 

Os sons, a força com que ele me dava firmes puxões no cabelo e a distância inexistente entre o meu corpo e o dele me levaram a um estado de insanidade que fez com que meus carinhos aumentassem mais. Esfregando a barba que ele tanto estimava na pele do seu pescoço, eu comecei a provocá-lo não só com carícias, mas também com palavras – que eu tinha certeza que o deixariam sem controle. 

— O que quer que eu faça, Tom? – Indaguei, minha voz tão quente quanto o resto do meu corpo. — Será que me quer tanto quanto eu quero você? Diga-me o que você gosta em mim além da barba, porque eu poderia citar cada parte do seu corpo como objeto do meu desejo.  

— Céus, Lucca! – Ele quase grunhiu, segurando feroz e repentinamente o meu pescoço e deixando um beijo escaldante em minha boca. 

Só isso fez com que todo o meu corpo se contorcesse contra o seu. Quando dei por mim, minhas mãos já tocavam sua cintura, costela, braços, peitoral e mamilo – descobrindo neste último uma sensibilidade nele que fez com que os cantos dos meus lábios se erguessem em um sorriso que deveria ser um tanto pecaminoso.  

Thomas se enroscava em mim de forma a fazer com que todas as partes dos nossos corpos se encostassem e, naquele instante, eu me vi aturdido. Com a boca ocupada sendo invadida pela língua do outro, eu senti que o controle da situação já não era mais meu quando Thomas puxou-me em direção à cama e me pôs sentado lá. De repente, parecia que ele tinha absoluta certeza do que faria e quando os seus olhos mais uma vez cruzaram com os meus, o sorriso na boca avermelhada do mais novo indicou que eu estava imerso em uma encrenca sem tamanho. 

E pior: estava totalmente adorando isso. 

Inclinando meus braços para trás, eu me apoiei na cama de uma maneira em que conseguisse vê-lo sem estar totalmente deitado. De pé, o menino me olhava parecendo impressionado.  

Não mais que eu, embora.

Impressionava-me que eu estivesse tão obstinado em dá-lo o que ele quisesse de mim. Impressionava-me que ele fosse mais belo do que eu pudesse pensar e que todo o seu corpo parecesse me puxar ao seu encontro. Impressionava-me, acima de tudo, que eu me sentisse nervoso como se fosse minha primeira vez, mas ainda assim conseguisse sobrepor tantas outras sensações e sentimentos ao estado de nervos desajustado. Em especial um sentimento, que ficava cada dia mais gritante para mim.

Focando em sua figura de novo, eu vi uma faísca de hesitação em seu rosto, o que fez com que eu tomasse sua mão na minha, encorajando-o a fazer o que quer que ele quisesse fazer comigo. Thomas sorriu e a incerteza em sua face sumiu. Eu sabia que agora ele estava extasiado demais para que algo além da excitação o dominasse. E ter ciência de que eu estava conseguindo interpretá-lo bem me deixou animado em demasia.  

— Ficará aí parado? – Provoquei, vendo sua falta de reação ao me analisar. — Lembro-me de você já saber em uma outra ocasião que eu prefiro sua língua trabalhando, seja conversando ou... – Vi suas pálpebras baixarem e uma névoa de volúpia estreitarem seus olhos enquanto aguardava que eu prosseguisse. E eu o fiz. — ... explorando alguma parte do meu corpo. 

— Vejo que sua língua hoje é quem está trabalhando muito, barão. – Disse e o tom da sua voz foi tão intenso que eu precisei conter um gemido. 

Mas, em meu desfavor, ele notou.  

E gostou. 

Sorrindo para mim com uma autoconfiança que estava faltando em si até aquele momento, Thomas pôs as mãos dentro da cueca e por um segundo eu tentei desvendar o que ele faria. Todavia bastou que sua mão começasse a se movimentar exatamente onde estava para eu entender seu objetivo.  

E para o inferno se meu coração não começou uma corrida desenfreada no meu peito. 

Acompanhando com os olhos o movimento da sua mão direita, eu testemunhei o primeiro vai-e-vem e meu pênis latejou de encontro ao meu abdômen. Senti vontade de tocá-lo, mas estava imóvel demais com a audácia e beleza do menino diante de mim. Ele parou, apertou seu membro – que eu ainda não havia visto – e em seguida me fitou.  

O que aconteceu logo depois quase me fez ter uma síncope.  

Voltando a massagear a extensão do seu pênis enquanto me fitava, Thomas gemeu baixinho, quase em um suspiro. Seu rosto estava levemente corado, mas eu possuía total certeza de que não se tratava de uma possível timidez. Não mesmo. Sua desinibição em continuar a se masturbar em minha frente fez com que meus lábios secassem enquanto ele prosseguia aumentando o ritmo e gemendo mais.  

Era a imagem mais hipnotizante, ousada e cheia de luxúria que eu já havia visto em todos os meus trinta e dois anos de vida. E tudo se intensificou mais quando a língua que eu mencionei preferir em ação começou a dizer-me as palavras mais sujas e doces que eu poderia ouvir. 

— Deus... Lucca, olhe para mim. – Pediu, como se eu fosse racionalmente capaz de desviar meus olhos para outro lugar. — É assim que eu fico em diversas noites nos imaginando juntos. Ah, Deus. É esse um dos muitos efeitos que você tem sobre mim. – Declarou, dando uma pausa antes de continuar a me deixar fora de mim. — Tantas vezes eu te imaginei nu, mas nunca, nunca pensei que você fosse tão... Oh, Deus... Tão perfeito. Tão irresistível.  

Arfando como eu estava, precisei apertar a base do meu pênis para não gozar sem nem mesmo me tocar. 

— Santo inferno! Cale-se, Tom. Você vai me deixar louco. – Solicitei, mas meu pedido soou mais como um murmúrio de um homem em agonia.  

Servindo apenas para incentivá-lo mais, meus gemidos escaparam, demonstrando por completo a minha falta de contenção. O mais novo continuou se masturbando, os movimentos cada segundo mais rápidos me deixando inquieto para vê-lo por completo.  

Ele deve ter notado a minha ânsia enquanto me vislumbrava, pois um sorriso presunçoso se formou me causando uma sensação nova quando eu achei que ele já não mais poderia me surpreender: um misto de vontade de devorá-lo e acarinhá-lo de uma só vez, um instinto primitivo que me fez grunhir e não mais me deter em acariciar o meu pênis.  

O queixo de Thomas caiu por breves instantes, antes que ele recuperasse a postura e a decisão de me ver completamente sem juízo. 

E eu tinha de parabenizá-lo por estar tão obstinado. 

— Lucca, eu... – Mordeu o lábio inferior, contornando com as mãos o objeto da minha curiosidade. — Eu quero você por inteiro, veja. – Ele disse, sua voz arrastada e atormentada de um jeito que quase me fez explodir.  

E então mais uma vez ele me surpreendeu, descendo a cueca e revelando o seu membro bem feito e tão belo quanto o restante do seu corpo.  

Incapaz de resistir, eu comecei a me bombear em uma velocidade alucinante enquanto me deliciava com a visão que tinha dele: em pé, com o rosto retorcido em prazer, a boca mais vermelha do que já era, a mão presa aos movimentos na extensão do seu pênis e olhos fixos em mim. Aquela era a imagem que eu relembraria quando estivesse acordado e sonharia todas as noites enquanto dormisse.  

Sentindo o clímax mais uma vez ameaçar surgir e, dessa vez, não sendo capaz de me conter por muito mais tempo, eu puxei o braço livre do menino trazendo-o para perto de mim. Em um movimento rápido, eu o deitei sobre a cama e me projetei sobre seu corpo. Pensei que ele fosse se assustar com meus gestos ligeiros e estava prestes a tranquilizá-lo com um beijo quando vi um sorriso graciosamente lascivo surgir em seus lábios e uma mão sorrateira descer e tocar meu pênis.  

Encantado com a sensação de prazer pelo toque dele, eu não me movi, deixando que ele me explorasse. Nossos olhos não se desgrudaram nem por um segundo e a intensidade neles diziam tanto que uma vontade súbita de chorar formou um nó na minha garganta. Thomas aparentemente sentiu o mesmo, pois seus movimentos no meu pênis pararam enquanto ele se ergueu suavemente para depositar um beijo nos meus lábios.  

Quente, delicada e doce, sua boca se moveu brevemente sobre a minha antes que ele sorrisse, interrompendo o beijo.  

Aquilo me teve intrigado. 

— O que foi? – Questionei, roçando meu nariz contra o seu e fazendo uma risada cativante sair da boca do mais novo. Meu peito se aqueceu em resposta. 

— Nada. – Respondeu, risonho. 

— Diga-me. – Pedi, mordiscando seu queixo. 

— Hum-hum. – Recusou-se, controlando-se para não rir.  

— Diga-me, amor. – Supliquei, vendo seu rosto se iluminar com o apelido carinhoso. Toda vez que eu o chamava daquela maneira a mesma reação acontecia.  

Eu não me comportava muito diferente também.  

— Eu estou certo de que nunca fui mais feliz em toda a minha vida. É apenas isso. – Ele disse simplesmente, dando de ombros.  

Eu tentei esconder meu sorriso orgulhoso enfiando meu rosto na curva do seu pescoço e fazendo-o arquear-se contra mim, nossos corpos se esbarrando e fazendo com que arrepios percorressem pela minha pele.  

— E por quê? – Incitei, não suportando não ouvir tudo o que ele queria dizer e eu queria escutar.  

Beijei seu pescoço, esfreguei minha barba lá mais uma vez e obtive um suspiro e um riso do menino lindo sob mim. Quando alcancei sua bochecha para estalar um beijo ali, um outro suspiro deixou Thomas. Um derrotado, desta vez. 

— Porque eu te amo, Lucca. – Disse tão baixo que eu só constatei de que não havia sido minha imaginação a formar a frase porque as batidas do seu coração aceleraram e eu escutei.  

Um zunido sem precedentes disparou no meu ouvido e eu lentamente encarei Thomas, chocado e completamente emudecido. Ele me olhava de um modo melancólico, quase triste. O nó na minha garganta se apertou mais e eu passei a mão sobre seu rosto, me curvando sobre ele para acariciá-lo e dizer que eu também sentia o mesmo. 

Que eu também o amava. 

Contudo, as palavras fugiram da minha boca e eu decidi que mostrar poderia ser mais eficaz.  

Avançando minha boca para os seus lábios, minhas mãos desceram até a curva da sua cintura e eu me vi pressionando suas nádegas com um desejo mordaz. Inevitavelmente, nossos membros se chocaram e dessa vez nossos gemidos foram abafados por nossos beijos.  

Thomas enlaçou suas pernas na minha cintura em uma posição escandalizadora que me deixou em estado febril. Movendo-me contra ele e moendo nossos membros juntos, a sensação que me invadiu me deixou praticamente entorpecido. Thomas arrancou seus lábios dos meus, eufórico. 

— Por Deus, não pare! – Pediu em agonia quase palpável. 

Apertei com firmeza o seu quadril, querendo continuar a fazer o que estava nos agradando. Movi-me contra ele com ânsia, desejo e calor, fazendo com que cada vez que nossos membros se encontrassem fosse uma visita ao maldito paraíso. A sensação era tão fodidamente boa que eu não conseguia raciocinar com perfeição, mas sabia que eu queria mais. Muito mais. 

Segurando o meu pênis e o dele, eu comecei a nos masturbar juntos e o resultado foi como eu pensei: 

— Maldito inferno! – Thomas gemeu, a rouquidão começando a dar sinais em sua voz. — Céus, como isso é bom, Lucca... 

— Ponha a sua mão junto a minha. – Pedi, meio grunhindo, meio suplicando.  

Ele prontamente o fez e o emaranhado de pênis e mãos ansiosas os movendo juntas ativou algum neurônio que fez com que arrepios por segundo percorressem minha pele. Thomas começou a tremer e eu entendi que nem eu nem ele aguentaríamos suportar por mais tempo, de modo que eu fiz questão de beijar a sua boca. 

E o resultado foi explosivo. 

Pés, bocas, línguas, mãos e pênis se tocaram, esfregaram e se contorceram no orgasmo mais forte que eu tive na minha vida. Meu corpo todo se alavancou e tremeu com a sensação de ter prazer pela primeira vez com a pessoa que eu amava.  

— Oh, Deus! Oh Deus, Lucca! – Thomas gritou, seus olhos nebulosos demais para focar em mim enquanto ele se retorcia e formava a vista mais esplendorosa que poderia existir.  

Rindo satisfeito, eu desloquei o peso do meu corpo sobre o seu e deslizei para o lado da cama, ainda colado ao menino. Thomas tinha a respiração irregular e afoita, a boca ainda aberta em incredulidade.  

Eu poderia mirá-lo daquela forma por toda a minha vida, pensei. 

Me sentindo mais contente do que eu pudesse me lembrar de um dia ter sido, eu acariciei seus cabelos por uns poucos minutos, talvez mais. Estava imerso, observando cada detalhe para não esquecer.  

Somente quando ele se virou para me encarar que eu lembrei que havia algo que eu o devia. Algo que precisava ser dito para não dar margem a nenhuma tolice que pudesse invadir a sua cabeça. 

— Thomas? – Chamei, ainda que não precisasse. Apenas queria indicar que eu gostaria de dizer-lhe algo. 

— Sim? – Respondeu, mordendo o lábio inferior. — Por que está tão sério? 

— Porque o que tenho para dizer é sério.  

Seu cenho franziu e a serenidade deixou sua expressão. 

— Então, diga. Eu... Eu fiz algo errado? Algo que você não gost... 

— Eu também estou certo de que nunca fui tão feliz em toda a minha vida. – Declarei, interrompendo-o.  

Seus olhos me fitaram com adoração e eu me inclinei sobre a cama, chegando mais perto do seu rosto. Diferente dele, eu não diria isso com pesar e precisava me certificar de que ele veria isso. 

— E isso se deve a você. – Continuei. — Desde que você entrou na minha vida com sua ousadia impossível de ser contida, eu sabia de alguma maneira que eu não seria forte o suficiente para não ser envolvido por toda essa atração que me puxa com exatidão para onde estou: ao seu lado. E é aqui que eu vou ficar sempre que você precisar, Tom. – Vi ele engolir em seco, sua mão incerta repousando sobre o meu rosto e me acarinhando. Cedi ao toque e inclinei-me sobre ele para que ele visse o quanto eu estava entregue e sendo sincero em minhas palavras.  

— Obrigado. – Ele disse em um sussurro. 

— Não há o que agradecer. Racionalmente falando, não é culpa minha que eu te ame tanto. – Eu disse, vendo seus olhos se arregalarem em perplexidade. — Ou é? – Brinquei. 

E antes que ele respondesse, eu voltei a beijá-lo, determinado a provar para ele que não havia espaço para surpresas quando o que eu sentia estava tão claro há tempos. Só precisava ser verbalizado.  

E agora havia sido.  


Notas Finais


~Respira~ ~Expira~ ~Suspira~
Provavelmente alguns de vocês estavam aguardando MAIS do que teve nessa primeira relação entre eles. Minha mensagem de paz para vocês é:
É só o começo!
Beijos e até a próxima! Contem-me as impressões de vocês, por favor! Sempre me incentiva muito!


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