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História Sonic Tales - Saga: Estopim - Corrida pela verdade - Ato V


Escrita por: BunnyRuby

Notas do Autor


こんにちは!

Hum... isso foi estranho. 🤔
Aconteceu alguma coisa que escapou de meus olhos no último capítulo para ele ter ficado menor. Provavelmente algum erro de continuidade. Falha de minha parte. Então dei uma retrocedida para a história continuar no seu fluxo normal, embora esse capítulo também esteja menor... na próxima semana tudo volta ao normal. KKKKKKKK

Enfim, a postagem é para segunda principalmente porque hoje é aniversário da personagem Maya Hoshimoto. Alguém lembra da postagem do capítulo 14? 👀

Como sempre, desejo uma boa leitura e qualquer crítica construtiva ou observação é importante e muito bem-vinda! Agora, vamos lá...

Capítulo 53 - Corrida pela verdade - Ato V


Por o que parecia alguns instantes, ao mesmo tempo que parecia uma eternidade, ela sentiu aos poucos seus sentidos voltarem. Não conseguia se lembrar ao certo de como havia perdido a consciência, muito menos onde estava ou o que havia acontecido...

— Ah... por que me dói tanto a cabeça? — perguntou Rouge, esfregando as têmporas, enquanto tentava se erguer do chão. Aquela parecia uma tarefa mais difícil que habitualmente. Seu corpo parecia mais pesado que o normal.

— Rouge, você está bem? — perguntou uma voz masculina atrás dela.

Rouge tentou bater as asas algumas vezes, a fim de se certificar de que as mesmas ainda funcionavam e que não haviam sido feridas por seja lá o que a tivesse feito ficar desacordada. Assim que virou sua cabeça, ainda tonta, para a direção da voz familiar, vislumbrou uma parede de tijolos, onde havia apenas uma fenda, por onde podia ver que havia alguém ali.

— O que aconteceu? — indagou ela, confusa.

Olhou ao redor, percebendo, então, que eles estavam em algum tipo de sala fechada. Então, olhou para a fenda novamente, e fechando um dos olhos para olhar pela mesma, notou que estava lá Yuki, um pouco mais esfarrapado do que da última vez que se lembrava e com um semblante preocupado espantado no rosto.

— Fomos capturados — informou Yuki, resfolegando. Curvou seu corpo para frente, parecendo abatido.

— O quê? Mais como? — Rouge se pôs em pé, cambaleando um pouco, antes de recuperar seu senso de equilíbrio, e caminhar até às grades. Ela parecia estar em uma espécie de cela, pelo que constatou, esquadrinhando rapidamente o local.

Imaginou, então, que Yuki estivesse em uma situação semelhante também.

— Aqueles robôs. Nos pegaram — disse Yuki. — Desculpe. Achei que tinha tudo sob controle.

— Não foi culpa sua — comentou Rouge, observando o corredor, onde havia apenas um Swat-bot patrulhando.

— Como não foi? O tempo está passando e nós estamos aqui porque eu não tinha um plano elaborado previamente. Se o tempo acabar antes de provarmos a culpa desse homem, eu provavelmente vou perder o emprego e você... não quero imaginar algo tão extremo, nem te assustar, mas não vai se limitar a apenas te manterem presa por ter roubado...

Rouge não entendeu o porquê do detetive estar tão pessimista daquela forma, porém também não se viu em posição de julgar. Ele estava certo, de certa forma.

— Relaxe, eu vou dar um jeito de tirar a gente daqui — resolveu dizer ela. — Screw Kick! — Rouge investiu velozmente contra as grades, contudo, para sua surpresa, não resultou em nada além dela ter sido repelida para o fundo da cela.

— Não adianta... eu já tentei dar cabo dessas grades. Elas parecem fracas, mas ainda funcionam — informou Yuki, em tom de lamento.

— Hum... — tem que ter um jeito. — Rouge levou seus dedos enluvados até o queixo. — Dr. Eggman pode ser visto como gênio, mas se tem uma coisa que torna ele muito fraco, isso é o ego inflado.

A morcega não ouviu o detetive responder. Apenas soltar um suspiro.

— Ah, qual é, Yuki? Você era o que mais estava determinado nessa operação. Por que esse desânimo do nada? É só uma cela. Até parece que vamos ser impedidos só por causa disso...

— Ah, você não entenderia... — comentou Yuki, se recostando à parede de tijolos que mantinha ambas as celas separadas. — Na maioria das vezes... não... todas as vezes que eu tentei ajudar, provar alguma verdade, eu acabei falhando. Talvez tenha sido um ato egoísta da minha parte tentar provar estar certo às custas da sua pessoa.

Rouge sentiu o coração apertar, por alguma razão, não somente por aquelas palavras, mas principalmente pelo tom que as entoava.

— Mesmo que o que você tenha feito não pudesse ser classificado como certo — emendou, reflexivo.

Rouge revirou os olhos, se sentando de costas para a parede, internamente decepcionada por aquele adendo. Não por Yuki, mas, para sua surpresa, por ela mesma...

— Eu sei que o que fiz não foi certo — admitiu ela. — Não importando as razões, ainda tinha outros jeitos, não é?

— É... acho que sim... — concordou, soltando outro suspiro. — Mesmo que eu não esteja em posição de julgar... você deve estar passando por momentos muito difíceis em um mundo onde ninguém te aceita pelo simples fato de existir.

— Ah, mas não é como se eu já não fosse aceita de onde eu vim... — disse Rouge, soltando uma risada.

Uma risada que o detetive julgou ser de tristeza.

— Eu acho que entendo um pouco como é... — comentou ele.

— É mesmo? As pessoa também te julgam? — perguntou Rouge, erguendo os olhos cor-de-jade, pensativa. — Mas por quê? Você não tem uma cara estranha. Muito pelo contrário, você é um cara bonito...

Quando Yuki soltou uma risada, Rouge percebeu o peso que seu comentário teve.

— Não! Eu quis dizer, como todo respeito... não é que eu esteja...

— Entendo, entendo. — Yuki balançou a cabeça. Por algum motivo, estava se sentindo melhor. — Não tem nada a ver com a aparência. Muitas pessoas já me falaram a mesma coisa que você. Mas ela não é tudo, para falar a verdade... eu preferiria mil vezes ser um sujeito horrível aparentemente a não ter algo importante...

— Como o quê? — indagou Rouge, curiosa. Sabia que o detetive não estava apenas ilustrando a situação. Ela sentia que ele realmente estava escondendo algo.

Algo que o estava machucando.

— Hum... acho que... isso não vem ao caso agora... — respondeu Yuki, esticando os braços para cima, sentindo um estalo nas costas. — Percebeu que começamos a falar da vida dentro de uma cela? E que o tempo está correndo?

— Oh, é verdade — concordou Rouge, muito embora tivesse notado a sutil tentativa bem sucedida de fugir do tema. Tentou especular silenciosamente o porquê, mas nada plausível lhe veio a cabeça, apenas que provavelmente ele não confiava nela.

Contudo, a morcega sentia uma curiosidade incomum naquilo. Queria muito saber mais. E seria o que faria, assim que eles finalizassem aquela operação...

Ou ao menos era o que esperava fazer.

— Qual é o plano? — perguntou Rouge, então.

— Vou ser sincero, não faço ideia ainda. Não consegui parar para raciocinar com assertividade. Escapar daqui é a prioridade no momento. A questão e: como?

— Se não podemos sair pela força, vamos sair pela inteligência... — disse Rouge, olhando ao redor. — Diga, você tem tudo aí?

— “Tudo” o quê? Você quer dizer as pistas e...

— As provas — corrigiu ela —, além do seu sobretudo e outras coisas.

— Ah, tenho sim — respondeu, um pouco confuso. — Mas por que...

— Eu espero que você não tenha perdido os grampos... — comentou ela.

— Ah, já entendi onde quer chegar... — disse Yuki, nem precisando ver o semblante de Rouge para saber que ela estava sorrindo. — Estão aqui. Você acha que vai funcionar nessa cela?

— O único jeito de saber é tentando, meu caro — respondeu, estendendo a mão para a parede, rente à fenda, esperando que Yuki a entregasse um grampo.

Ele fuçou nos bolsos, porém, para sua ansiedade, não conseguiu achar algum grampo lá. Não levou um par de segundos para se lembrar que haviam grampos presos às mangas do sobretudo. Removeu estes do tecido e estendeu para a direção da parede.

Mas hesitou por um instante.

Em meio às suas perturbações, estas que tentavam aplacar sus determinação de seguir em frente, um pensamento o fez sentir um certo arrepio: Rouge poderia escapar sem ele?

Não se limitava a um achismo. Era uma pergunta que, por incrível que parecesse, ele queria fazer.

— O que foi? — perguntou Rouge, não entendendo o motivo do silêncio súbito do detetive.

— A-ah, nada... esqueça — disse apenas, estremecendo brevemente, antes de passar um grampo para Rouge.

Ele tinha outro, para o caso da morcega de fato deixá-lo para trás...

— Certo! Vamos ver o quão boa é essa cela. Será que ela é à prova de Rouge? — brincou ela, antes de meter o pequeno metal na fechadura de seu cárcere.

Enquanto isso, de volta à residência Hoshimoto...

— Você está se saindo bem — disse Maya para o ouriço azul. — Memorizou rapidamente todo o alfabeto.

— Heh, não é só fisicamente que eu posso ser rápido — Sonic não perdeu tempo em se gabar, coçando o nariz. — Mas e aí? O que que vem agora?

— Bem, o alfabeto ainda está na sua memória de curto prazo, então é bom continuar treinando até ele fixar na sua memória de longo prazo — recomendou a loira. — A partir de amanhã, nós podemos fazer um caderno para você poder escrever as letras...

— Ui, e elas vão ficar tão bonitinhas quanto às suas? — indagou, sorrindo ansiosamente. Por algum motivo qyw nem o próprio compreendia, ele queria fazer aquilo.

— Ah, não... — Maya balançou a cabeça, rindo de leve. — Ainda está um pouco cedo. Vamos começar pelas letras bastão.

— Ah, mas nunca é cedo demais para mim! “Velocidade” é meu nome do meio! — exclamou, apontando o polegar para o próprio peito.

Maya olhou para Sonic por alguns instantes, um pouco pensativa.

Após alguns momentos de quietude, um ruído irrompeu no andar de cima. Este que ambos presumiram ser Oz retornando.

— Ah, tudo bem, um passo de cada vez, né? Não é bom pular etapas — resolveu dizer Sonic, percebendo que Maya parecia com medo de discordar dele.

A menina, por sua vez, sorriu, assentindo com a cabeça.

— Parece que o Oz voltou, comentou Sonic, se afastando da cadeira de rodas, a fim de ir até a porta, para encontrar o mordomo.

— Espere — pediu ela, segurando subitamente o braço de Sonic, o mantendo perto dela.

Sonic olhou para a menina, um pouco espantado. Não só por conta dela não ser chegada a contato físico, principalmente vindo por parte dela, mas por seu tom, que destoou da tranquilidade do instante anterior.

— O que foi? — indagou o ouriço.

— Sr. Oz disse... para ficarmos aqui — respondeu baixinho. — E... bem...

— Você acha que quem acabou de entrar é um invasor? — quis saber Sonic, sentindo uma pontada de preocupação.

— Não é isso... é que...

Antes que Maya pudesse dar sua resposta, a porta da biblioteca se abriu.

E lá estava Oz, um pouco ofegante.

— Vocês estão bem? — foi a primeira pergunta do homem.

— Sim, estamos, não aconteceu nada — respondeu Sonic, olhando de relance para Maya, que ainda não havia saído de seu estado de espírito um tanto peculiar de um segundo atrás.

— Conseguiu comprar o que tinha que comprar? — perguntou Sonic, franzindo a testa.

De repente se sentia deslocado e não sabia exatamente o que estava acontecendo nas mentes das duas pessoas que dividiam o teto com ele.

Às vezes, ele se esquecia que tinham coisas que evidentemente ele não sabia. E que teria que trabalhar um bocado para poder descobrir...

— O-oh, bem, não exatamente... — disse Oz, balançando a sacola que estava com ele. — Acabei só comprando um pouco de lavanda. Como estava em falta...

Sonic, então, reparou que Oz não somente estava com a sacola de compras na mão, como também estava ainda trajado com seu sobretudo, chapéu coco e a bengala, um pouco molhados devido à chuva.

Sonic não disse nada. Não tinha o que dizer. Um silêncio estranho se instaurou sobre a biblioteca, este que só foi brevemente quebrado pelo bocejo de Maya.

Piscou algumas vezes, como se tivesse a esperança de captar algo nas entrelinhas que talvez lhe tivesse escapado. Porém, foi em vão.

— Bem, acho que está ficando um pouco tarde, não? — comentou Oz.

Sonic preferiu não fazer mais questionamentos. Por mais que ultimamente ele estivesse acumulando bastante energia fisicamente, seu psicológico está bastante cansado pelas dúvidas e o que estava aprendendo recentemente, então aproveitaria para repor as energias, uma vez que ainda teria que esperar mais um dia até poder tomar uma ação contra Eggman.



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