História Soprattutto - Quarantasette

JongIn estava meio confuso, KyungSoo o puxou para uma parte muito verde do supermercado. Tá que JongIn comia e Sehun também, mas aquilo já era demais, no carrinho tinha tanta coisa colorida que JongIn estava ficando tonto. 

— Nem adianta ficar assim, o nutricionista amanhã vai falar sobre sua alimentação. Porém eu fui mais rápido e liguei para o BamBam hoje de manhã perguntando sobre isso e falando sua situação. — KyungSoo disse pegando algumas verduras. — Ele disse que vai te acompanhar em casa e que amanhã ele vai com você no nutricionista e pedir permissão dele para ajudar. 

— Vocês estão fazendo tudo isso pra pouca coisa. — JongIn encontrou um pacote de salgadinhos e Kyungsoo o encarou. — Só peguei e já deixei. 

— JongIn, não é pouca coisa, é a sua saúde. — KyungSoo murmurou andando. — E mais, amanhã você vai poder conversar com o Bambam, acho que melhor que você não há. 

— Problemas, não é? 

— Sim, mas mantenha a calma, sei que o trata como irmão, mas ele é casado. — o ômega avisou e JongIn assentiu. — Vem, temos que comprar algumas coisas para as crianças e pro Sehun. 

JongIn riu seguindo o marido. 

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Dia seguinte. 

Bambam estava com JongIn no carro, o alfa preferiu não falar nada desde que chegaram ao médico e na saída, Bambam foi permitido pelo médico a avaliar a nova dieta de JongIn de perto e dar alguma ajuda. Estavam voltando para casa e nenhum dos dois havia falado nada, até Bambam finalmente suspirar alto. 

— Jackson quer ir morar na China. — Soltou e JongIn estacionou o carro uma rua antes de sua casa. — Eu estou puto, Kai. Puto de uma maneira que você nem imagina. 

— Qual o motivo? Porque vocês não podem simplesmente ir para a China de uma hora pra outra, querendo ou não você trabalha. — JongIn murmurou. 

— Eu não sei, o Jackson disse que seria melhor para trabalhar, boas opções para mim e para ele. — Bambam deu de ombros. — Eu sei que tem alguma coisa com os tios dele, mas ele não quer me contar. 

— Posso falar com ele se quiser.

— Não vai dar em nada, Kai. — Bufou. — Eu não vou pra China, se ele quer ir ao menos vai ter que me dizer o motivo antes. 

— Fale com os tios dele, é a melhor opção, se ele não abre a boca os tios devem falar. 

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— Nosso cunhado é um idiota. — Baekhyun disse quando Luhan explicou sobre JongIn. — Não contar por achar que ia dar preocupação, casamento é isso cara, todos se preocupam. 

— E as coisas com ele estavam piorando, quem tem gastrite nervosa não pode se estressar e ele estava nos nervos por causa de algumas negociações. — Luhan disse arrumando a mesa. — Jongdae vai tomar conta pela tarde, por isso eu estou saindo nesse horário. 

— Chanyeol já saiu. — Baekhyun disse e Luhan suspirou. — Conversei com ele, Lu. 

— Saíram no tapa? 

— Queria, mas não foi dessa vez.— o ômega sorriu e Luhan revirou os olhos. — Ele vai tentar melhorar, sabe. No fundo eu quero acreditar nisso. 

— Eu também, a mãe dele fez um estrago na cabeça do próprio filho! — Luhan passou as mãos pelo rosto. 

— Xinga. — Baekhyun sorriu. — Vai Lu, eu sei que você tá doido pra xingar ela. 

— Isso é errado, Baekhyun. 

— Errado é o fato de que até agora eu não tenho transado com os meus maridos, isso sim é errado. — O ômega bufou. — Aquela velha do diabo atrapalhou nossa vida. 

— Baekhyun!

— Fala logo! 

— A senhora Park é um demônio, mulher irritante sem nenhum amor pelo filho, gananciosa, invejosa, sem escrúpulos! — Luhan sentou e Baekhyun fez uma careta. 

— Amor, você precisa aprender a xingar... 

— Foi o suficiente. — Luhan disse e Baekhyun bufou. — Eu não entendo qual é o nosso problema, estamos com o Chanyeol vai fazer mais de 8 anos, contando o nosso namoro e ela não aceita. 

— Ela é doida, maluca, nunca deu nada de afeto direito para o Chanyeol, por isso que agora ela quer se aproveitar disso e afastar ele da gente, se fosse verdade eu até deixaria e ficaria feliz, mas tudo isso é pra bater de frente comigo. — Baekhyun disse e Luhan o encarou confuso. — Ah Lu, não vai me dizer que não percebe que ela me odeia? Ela não tem quase nada contra você, o negocio dela é comigo. 

— Não Baek i-

— Lembra do primeiro jantar quando fomos apresentar o Chan aos nossos pais e os pais dele foram? Tudo que os nossos pais falavam de mim ela virava a boca, fazia pouco caso e sempre foi assim. — deu de ombros. 

— Conhecendo ela, no máximo amanhã ela aparece aqui. 

— Estou de folga mesmo. — Baekhyun sorriu. — Eu e minha adorável sogra filha do capeta iremos ter uma conversa. 

— Baekhyun, para de chamar ela assim!

— Eu queria chamar de outra coisa, mas ofenderia as pessoas que prestam esse tipo de serviço e são chamadas dessa maneira. — murmurou. 

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 — Quando pensa em me dar netos, querido? — Yuha perguntou enquanto Junmyeon escolhia algo no cardápio, estavam no restaurante da família Zhang e a mãe de Yixing como passa muito mais tempo em casa decidiu convidar o genro para um almoço. 

— Senhora Yuha. — Junmyeon riu abaixando o cardápio, piscou para Yixing que atendia uma das mesas. — Eu e seu filho estamos bem assim. 

— Eu não quero te pressionar, sabe disso. — ela riu. — Mas eu estou velha querido, quase 60 anos e quero muito mimar meu netinho antes de morrer. 

— A senhora ainda vai viver muito, pare com isso. — o ômega pegou na mão da sogra. — Como anda sua saúde? 

— Bem, Quon que tem a mania de se preocupar e ficar ligando para você e para o Yixing. — ela passou a mão pelos cabelos quase todos grisalhos. — Diga-me, Yixing tem sido um bom marido? 

— A senhora sempre pergunta isso, parece até que não conhece o próprio filho. — Junmyeon murmurou. 

— Vai saber querido, nós criamos os filhos de uma maneira, criamos para nunca maltratar um ômega ou beta, nenhuma pessoa na verdade. Mas quando eles crescem, não sabemos se eles irão realmente nos seguir. — ela disse. — Yixing é um bom filho, mas um bom marido ele é? 

— É um ótimo marido, minha sogra. — Junmyeon sorriu. — Yixing é maravilhoso. 

— Querido, me dê netos. — ela disse e Junmyeon riu. — Por favor. 

— Vamos esperar mais um pouco, tudo bem? Até o ano que vem, talvez eu lhe dê um. 

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— Parece cansado. — Daehyun disse olhando para Jongdae que tinha acabado de chegar na empresa. — Tá tudo bem? 

— Problemas com o marido, apenas isso. — Jongdae disse entrando na sua sala e Daehyun o seguiu. — Luhan ainda não chegou? 

— Não, mas os papeis da filial estão comigo, vai querer dar uma olhada? — o alfa perguntou e Jongdae assentiu. — Jongdae, você realmente está bem? 

— Se você tivesse um filho e ele estivesse doente, você o deixaria brincar e fazer coisas que no momento não seria bom? 

— Eu não sou a melhor pessoa para te responder, mas conversando com minha namorada ela me fez perceber algumas coisas. — Daehyun disse e Jongdae o encarou. — As vezes duvidamos da capacidade e força de uma pessoa, sendo que ela pode e é mais forte do que aparenta. Talvez Donghun só precise disso para mostrar que ele é um garoto mais do que forte. 

Jongdae ficou calado e Daehyun saiu da sala indo pegar os papeis. 

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Youngjae encarou Yugyeom que também o encarava, Bambam assim que chegou foi para a casa de Youngjae para o ajudar com alguma coisa de Yugyeom, Zitao havia ligado e dito que ele iria doar roupas e brinquedos e Eunwoo e que se Youngjae pudesse ajudar e doar também, seria bom. Por isso agora Bambam observava a cena em sua frente; Youngjae e YugYeom se encarando para ver quem ganhava no desafio de piscar e quem perdesse poderia escolher qualquer brinquedo para ser doado — já que Yugyeom era muito apegado com certas coisas mesmo que não brincasse. 

— Ganhei. — YoungJae disse e Yugyeom fez um bico. — Filho, outras crianças vão ficar muito felizes em brincar com isso, você nem usa mais. 

— Mas foi o papai que deu. — Yugyeom reclamou. 

— Ele pode te dar outra coisa no seu aniversario, você precisa aprender que doar é bom, ajuda muitas pessoas. — O ômega disse e o pequeno alfa assentiu. — Agora vá no seu quarto e traga os carrinhos e bonecos que não brinca. 

— Bonito essa ação do Zitao e do Yifan em doar as coisas. — Bambam comentou depois que Yugyeom correu para o quarto. — Lá em casa eu separei algumas roupas. 

— Aqui eu e o Jae também já separamos, agora o Yug... Você tinha que ver mais cedo, foi uma luta para fazer ele dar uma blusa que nem dava mais nele, mas era porque o KyungSoo que tinha dado. — Youngjae murmurou . — Mas como anda o casamento, Bam? 

— Uma merda, e você vai me ajudar em uma coisa. — Bambam disse e Youngjae se assustou. — Eu vou ligar para os tios do Jackson e você vai servir de testemunha. 

— Bambam, eu não quero me meter no seu casa-

— Você não vai, apenas vai me ajudar. 

— Isso dá no mesmo! 

— Só escuta, só quero que escute. — Bambam disse pegando o celular e ligando para a tia de Jackson, assim que ela atendeu o ômega colocou no viva-voz. 

Youngjae querendo ou não ouviu e Bambam não ficou nada feliz com a resposta que ganhou da senhora Wang. 

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Já era final de tarde quando Sehun chegou em casa, o que deveria ser uma semana de negociação o alfa transformou em um dia e meio praticamente e tudo com a ajuda de HimChan, deixou o ômega em casa e quase beijou os pés dele agradecendo pela ajuda. Abriu a porta e entrou deixando a mala ali mesmo no canto, fechou a porta e foi até a sala, não encontrando ninguém, foi até a cozinha e do mesmo jeito não achou ninguém. Cansado o alfa subiu para o quarto e ficou confuso quando escutou a voz alta de KyungSoo vinda do quarto, quase correu e abriu a porta dando de cara com um JongIn sentado na cama com o rosto machucado e um KyungSoo irritado em sua frente. 

— O que porra aconteceu?! 

Horas antes... 

— KyungSoo, que prazer te ver de novo. — O ômega virou dando de cara com Yongnam que sorria. 

— Olá. — o ômega disse confuso, estava em frente ao prédio do jornal esperando JongIn. — Agora eu tenho certeza que você não é o Yongguk porque ele está na sala ainda trabalhando e não tem saída a não ser essa aqui. 

— Ainda duvidava? — perguntou rindo. 

— Um pouco. 

— Você é realmente muito bonito. — Yongnam se aproximou passando a mão no rosto do ômega que se afastou. — Desculpe, calor do momento. 

— Está vendo isso aqui? — KyungSoo mostrou as duas mãos com as alianças. — Então, não preciso dizer mais nada. 

— Anéis bonitos. 

— Não só os anéis, mas a certidão do nosso casamento também. — KyungSoo escutou a voz de JongIn. — Atrapalho? 

— Não. — Yongnam sorriu. — Você tem um belo marido. 

— Eu sei. — JongIn disse encarando o alfa. — Já podemos ir, KyungSoo? 

— Vamos. — o ômega disse. — Até mais Yongnam. 

— Espero que esteja sozinho da próxima vez. — O alfa disse antes de entrar no prédio. 

— Ok, agora me explica porque o JongIn está machucado? — Sehun perguntou depois de escutar tudo que KyungSoo falou. 

— Ele falou algumas merdas e eu dei um soco na cara dele. — KyungSoo murmurou e JongIn riu deitando-se na cama. — Não ri! Eu ainda estou muito irritado com você! 

— Ô gente, eu não entendi. — Sehun disse confuso. 

— Eu não quis comer o que ele fez e somando a irritação dele por causa daquele cara, ele me deu um soco ao invés de um tapa. — JongIn disse rindo  voltando a sentar. — Relacionamento forte esse. 

— Já pedi desculpas. — KyungSoo fez um bico. — Você colocou o rosto na frente da minha mão. 

— Agora a culpa é minha? 

— Não disse isso. — o ômega choramingou e olhou para Sehun. — Oi bebê, como foi a viagem? Tá cansado? Você quer alguma coisa para jantar? Faço seu prato favorito, bebê.

— Vocês dois estão estranhos. — Sehun disse pegando uma toalha e indo para o banheiro. — Quero toda a verdade quando eu sair do banho. 

— Eu te dei um soco porque você não quis comer? Pela fé, JongIn, não tinha desculpa melhor? — KyungSoo se aproximou do alfa e pegou o pano passando no canto da boca do marido. — Amor...

— Eu sei, quando ele sair a gente conta. — JongIn suspirou. — Eu ainda estou sem reação com aquilo tudo, meu pai levantou a mão para mim, KyungSoo.

— Por que as coisas não podem ser fáceis? — O ômega beijou a testa do marido. — E sobre o Yongnam, não se preocupe, você sabe q-

— Você nunca teria ou pensaria em algo com ele, eu sei, confio em você. — o alfa suspirou. — Vamos esquecer esse alfa, ele só me deu náuseas e meu pai quem me deixou irritado. 

— Ah, eu bateria em você se não quisesse comer. — KyungSoo disse e JongIn riu. — Fica a dica.