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História Soza. - Im here with you.


Escrita por: gaspedal e treysongz

Notas do Autor


Sem banner dessa vez, mas que se foda. E aí sozetes?????????
Não demorei, ahá, e esse cap ta foda pra caralho, eu chorei quando escrevi ele há tipo um ano e meio atrás, eu espero no fundo do meu coração de pedra que vcs amem esse cap e comentem e tal, pq no cap passado foi foda os comentários, eu percebi que vcs não curtem jelena, suave.
Aproveitem e não tenham dó do Justin #brinks

Capítulo 25 - Im here with you.


Fanfic / Fanfiction Soza. - Im here with you.

"Não vá para longe, não quando eu preciso tanto de você aqui que mal posso respirar."

 

Point of View. — Joanne Vennon.

 

Ter estado em Bahamas foi incrível, como sempre a rotina havia sido quebrada e isso por uma boa causa. Justin e eu não tínhamos brigado muito pelo contrário chegamos até discutir sobre política e religião e eu pude perceber a partir disso que ele não era tão idiota e alienado como eu pensava, ele era bom, só não sabia como usar essa bondade para si mesmo.

Tive que aguenta-lo estressado, triste e, confuso devido ao seu encontro com sua ex, essa era uma parte na qual eu não intervia, afinal, minha única experiência em um relacionamento havia sido um fracasso e eu nunca tive que optar por algo arranjado, então era melhor manter o bico calado.

Sky surtou quando contei a ela detalhes de minha viagem e em como Justin se sentia diante a tudo aquilo que o deixava sensível, nós brigamos, mas tão rápido quanto isso aconteceu, nossa amizade estava de volta.

Eu tinha tudo em controle. Pensamentos, análises, visões pacificas do mundo ao meu redor, era como antes de toda a atenção da mídia só que um pouco melhor.

Eu, também, recebi propostas para vigiar a vida do Justin, me convidaram para ser modelo devido ao meu corpo extremamente magro, recebi convites para entrevistas, porém recusei todos. Eu tinha uma estabilidade, confiava em minhas estruturas e não queria apoio nenhum para um futuro promissor, Justin se alegrou com isso, disse que confiava ainda mais em mim o que me deixou triste.

Era nocivo que, eu sabia tanto dele e ele tão pouco de mim, parecia injusto, mas assim era melhor, eu não queria afasta-lo, não queria seu olhar de nojo ou talvez pena, eu gostava da forma carinhosa de seus olhos toda vez que ele me olhava e eu queria manter assim ate o fim.

— Eu pensei que você não iria me atender, já é a quinta chamada, Lexi. — sua voz soou repreensiva pelo facetime me fazendo rir.

— Desculpa, chefe, eu estava concentrada no meu seriado.

— Você sempre me troca por essas porcarias, é ridículo. 

— Você me troca por family guy, tem certeza que eu sou ridícula?

— É diferente.

— Sem paciência pra ouvir você falando mal do Jensen. — revirei meus olhos. — O que você quer, Buddie?

— Se preocupar com a sua melhor amiga é um problema? — ele estava sendo sarcástico.

— Quando você interrompe minha serie favorita? Sim, é!

— Vai se foder.

— Se for com o Jen...

— Sério, Joanne, cala a porra da boca, você me irrita junto desse ator idiota. — soltei uma risadinha zombeteira ao vê-lo irritado.

— É tão fácil te irritar e tão engraçado. 

— Eu vou ser rápido. — ele respirou fundo, sua feição se tornou infantil. — Quer vir pra Toronto? Olhe eu sei, tem aquela coisa de confiança, mas eu tô com projetos grandes vindo por ai, eu tô trabalhando duro e eu queria você pra ver isso de perto. — sua voz baixou. Ele não me olhava nos olhos como estava fazendo antes. — Queria que você visse que eu não sou um idiota e que eu me preocupo com as coisas serias.

— Justin...

— Você vai sentir orgulho de mim, eu acho. — engoli em seco com a sua ultima frase. Deus aquilo doeu, e muito.

— Eu vou, tá bom? Só me fala quando e eu prometo que apareço. — havia desespero em minha voz. Ele sorriu, tímido, acuado como os garotos pequenos do orfanato e eu apreciei por segundos aquela imagem. Ele parecia muito mais bonito assim, genuíno.

— Depois de amanha, tudo bem pra você? — assenti. — Então até depois, regazza.

— Eu não sou sua garota, para com isso. — resmunguei.

— Não é o que a mídia anda dizendo. — toda sua pose inocente havia se esvaído. — Justin Bieber e a estudante Joanne Venon de ferias em Bahamas, será o inicio de um novo casal vindo por ai? 

— Você é patético. — dei risada. — Mas esse é o melhor, Justin Bieber no colo de uma garota misteriosa mostrando o quão possessivo ele pode ser ao cercar sua propriedade. Quer detalhes? Leia as informações que nossas fontes revelaram. — Justin gargalhou e eu o acompanhei. Era hilário fazer piada dessas manchetes, eram mentiras que nos rendiam ótimas risadas.

— Você é a primeira e única pessoa que faz piada das coisas ridículas que essas pessoas dizem.

— Eu sou diferente. — joguei meu cabelo para trás em uma atitude metida.

— Oi Bieber, tchau Bieber. — Jonnes gritou ao tomar meu celular e desligar a chamada logo em seguida.

— Mas que merda, Jones? 

— Vocês dois de mimimi soa tão repulsivo, sério. — levantei-me do sofá e cruzei meus braços; tinha a certeza que meu rosto estava erguido de forma petulante.

— Quando você fala com aquelazinha da Ginna, eu não te interrompo e, acredite, meu papo com Justin não se resume a sexo.

— É diferente.

— Devolve meu celular. — estendi minha mão.

— Não. — ele se jogou no sofá enfiando meu aparelho em seu bolso. — Sai mais cedo, pensei em passar aqui, vamos ver um filme, Nee.

— Mas eu...

— Ele vai te perdoar, todos perdoam, relaxa. — um sorriso malandro se formou em seus lábios. 

— Eu espero que sim. — desisti da minha pose e me joguei ao seu lado. Seus braços me rodearam dando-me um abraço forte. Eu conhecia aquele gesto. — O que foi?

— Perdemos um garotinho hoje. — seus olhos se desviaram dos meus. — Ele apanhou do pai, tinha só sete anos, levou inúmeros murros no peito e na cabeça. — engoli a bile que subia, se eu chorasse agora, Jerome desabaria. — Eu fiz respiração boca a boca, tentei de tudo, mas falhei e a porra do pai inútil só vai pegar uma pena de oito anos.

— E a mãe?

— Internada. Tá em estado de choque. — puxei seu corpo para mim o abraçando de forma desajeitada. — Isso é tão injusto, puta merda, Joanne.

— Olha pra mim. — pedi tendo seu rosto entre minhas mãos. — É horrível, sim, mas o que a gente pode fazer? Você tentou, pense por esse lado, talvez tenha sido a hora dele de ir, era apenas uma criança, J. Ela tá em paz agora. — ele assentiu. — Vai ficar aqui?

— Até o suposto filme acabar, depois vou pra academia, liberar a raiva. — assenti beijando sua bochecha e o abraçando mais uma vez. — Amo você, Nee, muito.

— Também te amo, Jones.

Por volta das seis, Jerome deixou minha casa. Eu compreendia toda sua raiva, afinal ambos haviam passado pela morte de entes queridos e enfrentado a violência da pior forma. Muitos julgavam nossa amizade como um relacionamento secreto, mas era muito mais do que isso, se tratava de uma irmandade sem igual. Ele havia perdido a irmã mais nova, Kristen havia sido esfaqueada e Jones chegou a tempo de ouvir a ultima lástima da garota, seus pais o culparam e ele deixou o Kansas, pois tinha sido rejeitado. Quando nos conhecemos, eu sabia que existia algo diferente nele, seus olhos foram sempre amigáveis e fraternais de uma forma única, eu me senti acolhida.

E foi assim que iniciamos uma amizade, demorou um pouco para nos tornarmos íntimos, mas quando aconteceu nada nos separou e estamos aqui ate hoje.

— Jerome estava aqui não estava? — Trish apareceu com sua cara amassada. Ela havia dormido muito.

— Como sabe?

— O perfume do idiota, ele nunca muda.

— Eu gosto. — dei de ombros. 

— Eu também, Nee.

— Desembucha. — Deus, hoje era o dia do desabafo.

— Sinto falta dele. Ele é um filho da puta, mas é tão carinhoso, faz você se sentir querida, sabe?

— Ele está mal, acho que seria bom você ir até ele.

— Você me incentivando a sexo sem compromisso? — seus olhos se arregalaram. — Pra onde o Bieber te chamou dessa vez?

— Toronto.

— Quer ir?

— Ele pediu como uma criança, eu me senti uma megera, foi horrível. — ela riu.

— Ele é um ótimo manipulador. — suspirei concordando. — E tão lindo, eu no seu lugar já teria ido pra Vegas e casado com ele.

— Ele é igualzinho ao Jerome quando se trata de mulheres. — comentei desdenhosa.

— Por que os mais lindos tem que ser os mais estúpidos?

— Trish, amiga querida, faz o jantar essa noite, por favor? — perguntei, mudando de assunto.

— Por quê?

— Vou sair, volto daqui a pouco. — peguei minhas chaves e minha carteira no balcão e sai porta a fora. Precisava ver Sky, a dúvida sobre algo relacionado ao Justin estava me matando.

Minha ida até cinco quadras atrás de meu condomínio teria sido bem sucedida se não tivesse uma porrada de fotógrafos em frente ao portão do meu prédio. Aquilo me deixou encucada e me fez questionar sobre as últimas decisões que tomei dentre esses dois meses de convívio com Justin.

Era aquilo que, eu, realmente, queria pra minha vida?

Pedi internamente que todas aquelas duvidas sumissem, eu gostava da minha vida tranquila, mas sacrifícios tinham que ser feitos e a pessoa me parecia ser válida no momento, porém essa sobre o meu passado e eu temia tanto por ele, não por vergonha, mas pelo possível julgamento vindo daqueles que eu permiti entrarem na minha vida.

Eu havia superado, minha ajuda não foi em comprimidos ou acompanhamento psiquiátrico, tudo que eu fiz foi usar a dor como base de exaltação, ao invés de torna-la minha inimiga, minha causa para outros sentimentos ruins, eu a transformei em força, não chorei por nem um segundo e foi a partir dessa frieza que descobri que podia controlar tudo dentro de mim.

Não era uma monstruosidade, nem te fazia mais forte, possuir o autocontrole era conhecer a si mesmo, as áreas em sua mente que um dia você ignorou e tentar colocar em questão o que um dia seu subconsciente guardou, era lembrar sem sentir e, sentir sem se afetar. Falar pouco e quando falar saber o que está falando, consistia em etapas que trabalhei em meses, foi a parte gótica da minha vida, onde não falei com ninguém, nem mesmo com Trish.

— Por que voltou? — minha prima perguntou assim que passei pela porta.

— Paparazzi por toda parte. — bufei. — Eu só queria perguntar a Skylar sobre as crises do Justin, mas... — tapei minha boca assim que percebi a merda que havia feito.

— Crises? Que papo é esse, Joanne? — dei de ombros fingindo indiferença. — Abre a porra da boca e começa a falar, anda.

— Pensar demais no Jones fez você agir como ele, foi? — zombei, Trish arregalou os olhos e me encarou como se eu fosse um tipo de demônio, isso me fez rir.

— Vai se foder sua...  Ugh Joanne, eu te odeio muito! — seus passos foram firmes até a cozinha e eu suspirei aliviada por ela ter esquecido sobre o assunto anterior.

 

Xx.

 

— Toronto com o Bieber? Mas nem morta, Joanne, pode esquecer. — Jones disse assim que contei para ele no telefone sobre minha viagem com Justin.

— Olha papai, eu sei que você morre ciúmes de mim e que me ama muito, mas é Toronto e eu quero muito conhecer o Kyle Massey. — a última parte era verdade, eu realmente queria conhecer o famoso Cory na Casa Branca.

— Eu, às vezes, me esqueço que você é uma criança.

— Eu tenho dezenove anos. — resmunguei fazendo uma careta.

— Como eu disse, uma criança.

— Eu liguei só pra te avisar mesmo, tá bom? Eu vou desligar porque preciso fazer as malas.

— Boa sorte com o projeto de estupidez. — revirei os olhos, desligando o celular.

 

Xx.

 

Eu cheguei em Toronto dia quinze, como sempre Justin não veio me buscar, mas mandou um carro para me buscar. Eu quase tive um ataque de pânico quando chegamos perto do hotel em que ele estava hospedado, seus fãs pensaram que era ele dentro do carro e começaram a bater desesperadamente contra o vidro, eu, definitivamente, não estava acostumada com aquilo.

— Você se acostuma com o tempo. — Mikey comentou olhando-me pelo retrovisor.

— Elas não se machucam fazendo isso?

— Sim, mas é o Bieber, nada mais importa a não ser ele. — seus olhos se reviraram e eu ri com isso, ele não era de expressar muito ao meu redor.

Regazza! — Justin gritou assim que me viu, resmunguei um não e escondi minhas mãos entre o rosto, por que ele tinha que ser tão escandaloso? — Eu estava com saudades, babe!

— E eu estou cansada. — retribui seu abraço apertado. — Nós podemos subir? Eu realmente preciso dormir.

— Sinto muito. — ele sussurrou fazendo-me encara-lo de forma confusa. — Nós estamos indo para o estúdio. — choraminguei. — Você pode dormir lá, mas duvido que consiga. — assenti e suspirei ainda abraçada com ele. — Isso tudo é saudades de mim?

— Você é tão convencido. — revirei meus olhos me soltando dele. — Hey guys! — Za, Ryan e Kyle foram os únicos que acenaram para mim.

— Fala aí, Atena. — Xavier veio em minha direção me puxando para um abraço. Estranhei isso, mas não falei nada.

— Atena?

— Sim, você tem essa coisa aí de ser inteligente, achei que fosse um apelido apropriado pra você, já que Justin não gosta quando chamamos você de Lexi.

— Isso porque ela é minha melhor amiga. — Bieber sorriu cínico dando destaque a palavra minha.

— Tudo bem, eu gosto dos dois apelidos. — ri nervosa sem saber como reagir com toda aquela atenção.

— Que seja, vamos! — Justin me pegou pela mão e me arrastou de volta para o carro.

 

Foram quatro dias seguidos dentro do estúdio. Eu pensei que surtaria logo no segundo dia, mas depois Kyle apareceu tudo mudou. Eu juro, o cara era pra lá de retardado, ele fazia piada de tudo e sabia ser porco quando queria; ele era engraçado, sabia zoar mais do que Za e isso me animou. Nós tiramos fotos juntos, ele fez piada do estranho desejo de Justin em relação a mim, Jones falou com ele pelo facetime, Kyle jogou todo seu “charme” pra cima de Trish e tudo que ela fez foi gargalhar.

No dia vinte nós fomos para outro tipo de estúdio, Justin faria uma cessão de fotos amadora com Ryan para chamar atenção da Calvin Klein, eu achei genial e sorria como uma boba toda vez que Justin sorria e piscava para mim ao final de cada pose. Ele ficou lindo nas fotos, e eu fiquei vermelha ao elogia-lo o que fez todos me zoarem mais tarde.

Depois nós fomos para as ruas de Toronto, eu sabia como usar uma câmera então eu e Butsy, — apelido fofo, porém obsceno. — gravamos Bieber e seus amigos cantando Playtime, a música era maravilhosa e eu quis bater em Justin por ter feito apenas poucos minutos dela.

— Essa cara de quem sofre do Justin é a melhor. — comentei para o loiro ao meu lado.

— Ele sabe como dramatizar bem, mesmo sendo um péssimo ator.

Nós zoamos muito, tipo muito mesmo. Não havia paparazzi, só pessoas nos olhando como se fossemos jovens loucos e rebeldes e, de fato, parecíamos isso. Nós gritamos, cantamos Drake, até estrela na rua eu e Justin fizemos, gravamos inúmeros vídeos, Kyle caiu e isso foi o motivo de sentarmos no chão de tanto rir, resumindo fizemos a farra.

Iríamos para um jogo de basquete agora, lá Justin encontraria seu único amigo que não se envolvia em seu mundo perturbado, Charles era o nome dele, mais conhecido como Chaz. Ao chegarmos à quadra eu fui deixada de lado, Bieber simplesmente entrou numa conversa sobre mulheres com Khalil e saiu andando me deixando completamente perdida dentre tantas pessoas desconhecidas.

— As vadias do Bieber sentam lá trás, então, você já pode sair, sumir ou desaparecer de perto de mim, você escolhe. — murmurou frio. Rapidamente, minhas bochechas coraram por sua atitude grotesca, mas não me deixei abalar.

— Não sou a vadia dele. — murmurei, firme. — Somos amigos, apenas. — frisei a última parte. Charles ou, Chaz como gostava de ser chamado me olhou de soslaio.

— Seu nome?

— Joanne.

— Acha mesmo que eu acredito em você, Joanne? — disse, debochado fazendo me revirar os olhos.

— Não preciso que acredite em mim. — dei de ombros me sentando ao seu lado. O garoto me olhou feio, mas eu continuei firme encarando o jogo a minha frente.

— Sou o Chaz. — assenti. — Ele já me falou de você, só quis fazer um teste.

— O que ele disse?

— Assunto dos caras.

— Mas eu... — murmurei manhosa, porém fui interrompida por sua gargalhada. O que era engraçado?

— O que foi?

— Ele esta olhando pra cá e, eu gosto de chutar a merda pra fora dele. — neguei com sua atitude infantil, mas acabei rindo.

— Ele não tem ciúmes de mim. — murmurei desdenhosa. Eu sabia que Justin tinha, mas parecia ser falso, algo relacionado a me fazer sentir especial e ceder para ele.

— Ah ele tem sim. 

— De qualquer forma, não ligo pra isso. 

— Você tá falando serio? — seus olhos se arregalaram. Assenti, confusa. — Nada de surtos ou gritinhos?

— Deus, não. — gargalhei. Ele era engraçado. — Por que eu surtaria?

— Amor. — sua voz se afeminou. — Ele é o Justin Bieber.

— E?

— Garota, parabéns, você ganhou meu coração.

— Obrigada, eu acho.

Chaz sabia como fazer alguém rir. De cada cinco palavras que saia de sua boca, quatro eram palavrões. Ele era do tipo estressado, mas dava pra conviver. E em nenhum momento ele me olhou de forma maliciosa, o que me deixou confortável.

— Eu odeio aquele cara. — comentou, de repente, apontando para Khalil.

— Uh, eu não o odeio, mas também não gosto muito dele. — ele assentiu, e seu olhar se fechou ao ver Justin rindo com o moreno ao seu lado.

— Chaz? — cutuquei-o no braço.

— Fala.

— Vamos apostar?

— Apostar o que? — agora eu havia ganhado sua atenção. 

— Tá vendo a galera lá embaixo? — ele assentiu. — A gente vai adivinhar as atitudes deles e quem ganhar leva o dinheiro.

— Gostei. — um sorriso malicioso surgiu em seus lábios. — Mas vou logo avisando que não tenho muito dinheiro.

— Você pode quebrar sua bunda depois para fazê-lo, eu não me importo.

— Porque não é você quem vai quebrar a bunda. — resmungou fazendo me rir. Ele era, simplesmente, adorável quando bravo.

— Quem começa? — perguntei.

— Você.

— Preparado pra perder?

— Sempre.

 

Xx.

 

Quando saímos do estádio, Justin simplesmente não falou comigo e ao chegarmos ao hotel descobri que dormiria no mesmo quarto que ele, eu iria reclamar, ah se iria.

— Entra. — ele me empurrou para dentro do quarto de forma impulsiva. Mas que?

— O que foi? — perguntei, confusa.

— Que merda era aquela? — sua voz estava gritante.

— Do que você tá falando?

— Do Charles. De vocês dois, rindo juntos, fazendo brincadeirinhas, de papinho furado. — segurei a vontade de gargalhar e, apenas continuei o encarando, minha feição ainda confusa.

— E o que tem demais nisso?

— Tem tudo.

— Justin, você tá agindo como se a gente tivesse algo.

— Foda se! Eu te vi primeiro.

— E? — cruzei meus braços, seu olhar escurecido se voltou para o meu. Ele estava bravo, muito bravo.

Soltando uma risada debochada, ele falou:

— Então quer dizer que a santa puritana rainha das Marias vaginas lacradas está querendo dar pra um dos meus melhores amigos? — meu rosto foi ao chão quando ele terminou sua pequena sessão de ironia. Agora quem estava fula da vida era eu.

— Eu estava cumprindo a merda do seu papel, seu otário. — cuspi avançando pra cima dele. — Meses sem ver o cara e você o trocou por uma pessoa que não vale nem a roupa que veste; detalhe, a roupa que você banca, então enfia esse ciúme no meio do seu nariz, e vá se ferrar.

— Quem é você para falar dos meus amigos? — nós estávamos cara a cara. Meu peito subia e descia rapidamente assim como o de Justin.

— Eu sou um deles. — então, ele gargalhou fazendo me ficar sem graça.

— Você continua sendo a garota que eu quero foder.

— Patético. Você é estupido, um bastardo idiota. Acha que eu teria mesmo a capacidade de me deitar com você? Eu tenho nojo só de imaginar.

Como se tivesse ouvido algo terrivelmente doloroso, o olhar de Justin se esvaziou ficando rapidamente vermelho denunciando o que viria a seguir.

— Eu... — ele riu sem humor. — Desviro o caralho de dentro de mim pra parecer alguém melhor...

— Eu nunca pedi isso. — o interrompi. Minha voz ainda fria. 

— Eu sei. — sussurrou.

— Então, para. Eu tô cansada, Justin. A gente só sabe brigar, eu não sei o que é ter paz quando estou com você e isso me atormenta. — Justin negou com a cabeça repetidas vezes.

— Você não vai embora, de novo. — suas mãos atravessaram furiosamente seus cabelos, deixando-os bagunçados. — NÃO CARALHO, DE NOVO NAO! — assustei-me com o seu grito.

— Justi...

— Cala a porra da boca. — gritou. — Eu não quero ouvir, você não vai embora, não vai, você tá me ouvindo? — assenti, meus olhos se enchendo de lágrimas. O que estava acontecendo?

— Eu não vou embora Justin. — falei tentando acalma-lo enquanto assistia seus passos nervosos de um lado para o outro.

— Eles querem te tirar de mim. — sussurrou parando em minha frente.

— Eles quem? — pedi, em um fio de voz.

— Eles. — apontou para o vazio ao nosso redor. — Você não vai me deixar de novo, vai?

— Justin... — meus passos foram automáticos para trás. Eu estava com medo.

— Por que você tá fugindo de mim? Você quer ir embora, não é? — não respondi. — Você precisar ficar Joanne, eu preciso de você, por favor.

Neguei desacreditada da cena a minha frente. As lagrimas caiam sem pudor, a cada palavra dita por Justin, a cada gesto seu; ele estava ali, enlouquecendo na minha frente. Eu queria entender o porquê daquilo estar acontecendo, mas nada me vinha a mente.

— Para, para, para caralho, para! — seus olhos estavam pressionados e suas mãos tapavam seus ouvidos. Aproximei-me de seu corpo, lentamente, e antes que eu pudesse toca-lo, Justin caiu de joelhos aos prantos. — Não, por favor, não.

— Justin! — cai em sua frente o acudindo. — Justin, por favor.

— Me ajuda, Lexi. Faz isso parar, faz elas pararem. — suas palavras eram engasgadas, seu desespero me fazia chorar ainda mais.

— Elas quem, Justin? — ele não me respondeu. — Elas quem, Justin, me responde!

— Me ajuda, Joanne. Eu preciso de você, me tira disso, faz isso parar, eu imploro, manda isso parar. — seu corpo estava encolhido, ele chorava como eu nunca tinha visto antes.

— Eu não consigo. — ralhei em meio ao choro. — Não faz isso comigo, Justin...

— Eu te imploro. — Justin me abraçou desesperado, seus braços contornaram meu corpo enquanto sua cabeça repousava em minha barriga me apertando. Ele soluçava alto e doloroso, eu nada fazia, estava perdida, completamente.

Seus murmúrios passavam desentendidos por mim, eu estava estática. E, quando finalmente pude processar, eu percebi que Justin tinha acabo de ter um surto psicótico. Sobre mim. Sobre o fato de eu o abandonar devido a uma briga dolorosa que sempre tínhamos. Eu me senti um nada. Perto de um monstro, eu não merecia passar por aquilo e, muito menos ele. Era terrivelmente impiedoso. Era insano, muito insano.

— Eu estou aqui, e eu não vou te deixar. Eu prometo. — sussurrei em seu ouvido o abraçando de volta, porém parecia tarde demais, Justin já havia adormecido em meu colo.

 

Xx.

 

Point of View. — Justin Bieber.

 

Eu tive vergonha de acordar no outro dia. As lembranças eram vagas em minha mente, mas eu sabia que havia falhado, meu controle havia sumido no meio de tanta confusão mental.

Joanne estava sentada na varanda do hotel, pensativa demais, quieta demais, provavelmente analisando a merda que eu havia feito, porém ela não comentou nada quando cheguei perto de seu corpo. Ela apenas ficou lá, em silêncio.

Eu sabia também que, teria que me acostumar, Lexi não era a minha garota e eu a conhecia bem demais para saber que ela não se envolveria nunca com outros caras, o difícil era conter a porra do ciúme. A insegurança era grande demais, eu tinha medo de perder para alguém pessoal e mentalmente melhor do que eu, tinha em mente que existia muitos caras assim lá fora, mas ser egoísta era um dos meus pontos fortes, e o fato de chamar Joanne de minha independente dos nossos status me dava a falsa segurança de algo duradouro.

— Você está bem? — assenti. — Desculpa.

— Sobre o que?

— Essa viagem era sobre você e acabou se tornando algo relacionado aos seus amigos.

— Tudo bem. — afaguei sua coxa. — Eles não têm culpa de você ser assim. — ela riu tímida, bonita pra caralho.

— Eu estou feliz por você. De verdade, você é um sortudo por ter a minoria deles ao seu lado.

— O que quer dizer?

— Eles aguentam algo sobre você, te suportam quando ninguém o faz e por pior que eles sejam para o seu o comportamento, eles são leais, creio que isso te faz bem. — sorri ao perceber que ela compreendia o motivo de eu os manter por perto.

— Só não fala isso na frente deles, tá bom? 

— Por quê?

— Eles iriam te idolatrar, já não basta você toda infantil com o Kyle, puta merda eu ia odiar você junto de todos eles. — ela riu.

— Tudo bem senhor ciumento, eu prometo não falar sobre isso perto deles. — assenti. Puxei-a para mim, fazendo sua cabeça se chocar contra o meu peito.

— Eu não quero te dividir. — sussurrei.

— Você não vai, Buddie. Nunca.

No fim da noite tempestuosa era apenas eu. Fodido pra caralho com um mantra bom demais para o meu eu. Talvez Deus ainda tenha piedade de mim, talvez ele tenha mandando ela para a minha salvação, eu não sabia o que era, só apreciava o fato dela ignorar tudo e continuar ali vendo o Justin que eu não via.

Seja lá quem a mandou, obrigado, de verdade.


Notas Finais


VALEU POR TUDO, PELA DIVULGAÇÃO, SOZA CRESCEU PRA CARALHO E EU TO TIPO MUITO FELIZ VCS SÃO DEMAIS.
VALEU EH NOIS
https://twitter.com/alIburnt ou http://ask.fm/twrkz
Losing Control: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-losing-control-3713722
me ajudem a divulgar minha nova fic, obrigada, amo vcs de novo até!!!


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