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História Startruck: Ligados pela Música - Sabor de Menta


Escrita por: LilBeM

Notas do Autor


Nox!
Depois de dois dias com bloquei criativo após escrever só mil e poucas palavras a notícia do comeback de um grupo que eu gosto muito me animou, amadas!
A gente se fala lá em baixo!

Capítulo 28 - Sabor de Menta


Rony observava Hermione da mesma janela de prática pelo terceiro dia seguido.

Após alguns momentos observando-a de longe o ruivo levou um leve susto ao constatar algo que não era necessário – as vezes, as coisas que ele compreendia de repente era tão óbvias que o deixavam constrangido. Porém, ainda sentindo as orelhas quentes e olhando os lados para conferir que estava sozinho mesmo ele se deixou levar pela adoração que Hermione fazia seu peito inflar. A negatividade abateu sobre ele no mesmo momento. A imagem de Lexie ocupou sua vista, seguida dos encontros e a forma nublosa que levava o relacionamento deles. Os sentimentos ruins que havia nutrindo sempre que sua mãe marcava um dos inúmeros encontros que estavam tendo nas últimas semanas ou simplesmente atendendo a uma ligação dela era como uma tempestade cercando seu dia ensolarado.

A risada cristalina de Hermione cantou baixa pelo jardim e enquanto ela ia de um lado para o outro recolhendo as poucas folhas secas, algo na conversa dela com Lily parecia ter muita graça. A loira não estava muito diferente, batendo palmas entusiasmada.

Rony deixou as pernas moles e caiu sentado no chão, apoiando os braços nos joelhos e apertando os dedos nos olhos. A quem ele queria mentir? As intenções de Molly e Arthur em concordar em gravar um comercial de café com outro famoso que ele só conheceria no dia só clarearam suas ideias quase dois anos depois, ele estando namorando Lexie e fotos dos dois estampando revistas, banner e telões por toda a cidade como títulos cada vez mais sugestivos de uma relação exemplar. Rony se perguntava que tipo de relação podia servir como exemplo. Sem brigas, ciúmes, ou sem cobranças? Porque no seu namoro com Lexie não existia nada disso a muito tempo – sem contar com o último escândalo que a morena estava mais preocupada com sua própria imagem do que com os sentimentos do ruivo para com ela. A falta de interesse que ela não demonstrava só servia para Rony somar a lista de coisas que o tal namoro deles não tinha. O público, se soubesse do real envolvimento deles, iria a loucura e ele desejou que aquela trama fosse exposta mais rápido possível.

- Ronald!

Ele suspirou. Por enquanto, seus sentimentos recém descobertos por Hermione e principalmente a falta dos que talvez nunca existiram por Lexie ficariam guardados dentro dele até segundo plano. Por hora tinha que fugir, outra vez, das exigências da mãe.

Ao cair da noite ele estava escondido no estúdio, o violão apoiado nas pernas e seu caderno surrado aberto a sua frente, um dos pedestais mantendo-o no lugar sem fechar. Rony estava em uma linha maravilhosa de pensamentos e a criatividade caminhava no rumo certo – ele sentia que estava terminando uma canção que a muito tempo tinha parado de compor por estar em uma fase ruim. Sentado no chão e voltando a tocar do início a melodia e depois começar a cantar, o ruivo sentiu as orelhas esquentarem quando se deu conta das palavras. Deixou sua voz arrastar no final e anotou algumas observações ao redor das páginas e onde tinha espaço.

Seu celular brilhou. A luz azul do papel de parede informou a chegada de uma mensagem e foi sentindo a última boa vibração no peito que leu as palavras de Lexie. Ela exigia mais um encontro – dessa vez com outro casal de amigos – e ele só respondeu com um sim. Ela sabia o que fazer depois e mesmo que ele negasse o convite, Molly acabaria o levando mesmo assim.

A muito tempo que ele não comia nada o dia todo. Laura não o chamou para jantar e ele não conseguia lembrar do almoço. As oito da noite, quando apagou a luz do estúdio e arrastou os pés pela escada Rony procurou algo para comer na cozinha mais o toque suave de um violão atraiu mais a sua atenção que seu estômago. Intrigado, fechou a porta da geladeira e parou por um segundo, mal respirando, seguindo o barulho das cordas até uma porta. Havia uma brecha de dois palmos no quarto que Hermione dividia com Lily e a morena estava sentada no chão, as costas apoiadas na cama e tocando violão. Mais ainda, ela estava cantando. Na luz baixa das duas lâmpadas no ambiente ela tinha o rosto um pouco escuro, mas os olhos fechados e o sorriso pequeno eram perceptíveis. Rony estava prestes a erguer a mão e bater na porta quando a risada inesperada dela o impediu.

 

Seu rosto é como uma águia

Mas sua mente é como um corvo

E, garoto, eu sei que você tem opiniões

Mas você nãos as demonstra

Você é uma prateleira de livros sem as páginas

Uma riqueza de pensamentos presos em uma gaiola

(presos, presos, presos)

(...)

 

Ela cantava tão belamente. Mesmo de olhos fechados, os dedos eram ágeis e delicados, a vibração das cordas acompanhando o balançar do corpo dela. Rony a escutou cantar por mais alguns segundos e quando resolveu estrar, ela pareceu não perceber nenhum outro movimento no quarto. O ruivo se sentou de frente a ela e ficou a observando.

 

(...)

Apenas me deixe entrar

(fora, dentro, fora)

(...)

 

Os olhos de Hermione se abriram. A pouca luz que antes só iluminava ela agora não era o suficiente pra esconder o seu rosto vermelho. Rony estava a sua frente, o queixo apoiado nas pernas que abraçava junto ao peito. Os fios dos cabelos na testa chegavam aos olhos e ela ficou maravilhada na forma como ele piscava com dificuldade e depois fazer um movimento com a cabeça para afastá-lo. A forma como ele sem perceber fazia isso só a deixou mais constrangida por notar isso.

- Oi – ele murmurou, o rosto tão bonito em um sorriso que ela teve que tomar fôlego.

- Oi – ela riu, afastando o violão. - Quando chegou aqui?

- Alguns minutos atrás.

- Hm – ela sorriu, envergonhada. Ele tinha escutado a música. Droga.

- Que música é essa? Não lembro de já ter escutado...

Hermione arregalou os olhos.

- Pois é, né? – ela desviou o olhar, ocupada em pousar o instrumento no chão. – Eu compus.

- Sério? – ele parecia radiante.

Ela assentiu.

- Faço isso as vezes. Quando me sinto inspirada...

- Simplesmente vem – Rony arriscou, erguendo os ombros. – Sei como é isso também.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Hermione, sentindo o olhar do ruivo queimar sobre ela levantou e pegou o violão. O colocou dentro da bolsa especial e sem ter mais o que fingir fazer virou-se para o garoto que exalava beleza e um cheiro muito bom de menta. Rony estava de pé também, do outro lado do quarto pequeno, olhando fixamente para um porta-retrato do criado mudo de Lily. As sobrancelhas estavam levemente franzidas e os pensamentos que ele provavelmente tinha de repente fizeram Hermione caminhar até ele e tocar seu braço.

- Tudo bem? – murmurou. Rony virou o rosto rápido, o olhar relaxando. A sombra de tristeza impregnada em suas feições não escapou da percepção da morena, tão logo o sorriso forçado dele.

Rony devolveu a foto ao lugar.

- Você confia em mim?

Hermione permaneceu quieta, pensando.

- Tenho medo de dizer sim e acabar me metendo em problema. Mas não quero dizer não e te magoar – ela inclinou a cabeça para o lado e o gesto fofo fez o ruivo sorrir. – Mas, foda-se, é você que está perguntando então: sim.

- Você é bem fofa, sabia?

Rony gargalhou quando a morena acertou um tapa no seu ombro.

- Não diga esse tipo de coisa assim, do nada!

- Precisava me bater por isso?

Ela respondeu com mais um tapa. Quando estava pronta pra dar o segundo ele segurou seu pulso e a puxou para si. O movimento gratuito e inesperado assustou Hermione e ela cambaleou para ele como um saco de batatas.

- Linda – ele murmurou e deu um curto sopro nos olhos dela. Vermelha e cheia de raiva, a morena correu atrás do ruivo assim que ele escapou.

***

Lexie afastou os braços da irmã de si no momento em que ficou difícil respirar na hora seguinte. Agatha jogou todos os argumentos que conseguiu criar assim que ela abriu a porta do quarto e viu a figura pequena agarrada a um travesseiro. A morena revirou os olhos para a visível preocupação da menina e só assentiu, sendo arrastada pra cama. Agatha a abraçou e continuou a apertá-la até quando tinha dormido e aquele chamego todo estava deixando Lexie doida e sufocada; ela driblou das pequenas mãos e escorregou da cama pro chão. Seus pés sumiram entre os pelos do tapete e quando alcançou a porta um sentimento de culpa inundou sua mente ao se virar e conferir se a irmã estava ainda dormindo. Lexie tentava de tudo não ser rude com ela, uma das pessoas que mais amava na vida e mesmo que a lista só tivessem Agatha e seus pais era um dever árduo não decepcionar ou magoá-los.

Quando a respiração ficou difícil ela fechou a porta e caminhou pelo corredor, cruzando a sala e chegando na cozinha. A cada passo virava a cabeça pra trás pra conferir o que sua mente sussurrava: não tinha ninguém atrás dela. No monitor acoplado a parede ao lado da geladeira era ficou observando a ronda dos seguranças em uma esperança idiota em conseguir identificar alguém com cabelos brancos, os resquícios da semana passada em sua cabeça como vários borrões que misturavam muita gritaria e alguém enfiando-a dentro do carro. Quando conseguiu convencer a si mesma que o homem desconhecido que a tinha atacado não podia estar por perto Lexie já estava em casa e Polly gesticulava as mãos em seu rosto e fragmentos de você está bem? Ele te machucou? Apenas zumbiam em seus ouvidos. Ela lembrava só de assentir infinitamente, concordando com o que estivessem falando, sem conseguir entender. De repente acabou e ela estava sentada de frente a sua penteadeira, o barulho de vozes exaltadas na sala algo muito longe pra se preocupar.

Mas o medo era o sentimento que Lexie mais sentia. A hesitação em fazer qualquer coisa frequentemente a deixava irritada e mesmo sabendo que a ocasião do aeroporto era uma ocorrência comum na vida de um famoso, ela não pode impedir de ficar nervosa quando notou uma figura negra do restaurante dias antes. Rony falava e falava, fingindo bater um papinho animado e romântico com ela e servindo sua graça aos fotógrafos quando a movimentação suspeita na sombra atrás do ruivo a assustou. Ocupando uma mesa do lado de fora do estabelecimento ela estava em um ângulo bem iluminado e a porta de vidro da entrada tinha alguém encostado e possivelmente os olhando - melhor, olhando ela. A sombra se virou e foi embora no momento em que suas mãos começaram a suar, largando o copo de suco na mesa. Com o coração batendo em suas costelas ela não lembrava mais do restante da noite – apenas que tinha alguma coisa estranha acontecendo.

Mas tudo estava normal, o ataque serviu para ela ganhar uma boa folga e ficar em casa era como correr por um bosque sem rumo em uma liberdade maravilhosa. Agatha ocupava seu tempo pedindo para acompanhá-la fazendo artesanato, gravava alguns vídeos se maquiando e postando em suas redes sociais e principalmente comendo o que queria. O último com mais frequência porque quando os pensamento e possibilidades a deixavam ansiosa era preciso apenas abrir a geladeira e pronto. Era fácil.

Era rápido.

Como agora. Lexie abriu o pacote de marshmallow e se arrastou para sala. Sentada na poltrona da mãe, ela ficou olhando pra parede até terminar o pacote. Seu pé batucava o chão em um ritmo que a tranquilizava e quando um barulho seco ecoou do lado de fora ela não reprimiu o grito de medo.

***

- Estou ótima. Não precisa ficar me ligando todos os dias – Lexie reclamou, a voz zangada. Rony não sabia como alguém podia já estar tão de mal humor cedo da manhã e um arfar da garota denunciou que talvez ela pensasse o mesmo. – Desculpe por isso. Se ligou para saber só isso eu digo de novo: estou ótima. Aquele idiota não vai chegar perto de mim outra vez. Nos vemos amanhã?

Rony confirmou e a ligação encerrou sem qualquer despedida. Lexie, com o passar do tempo, cessou os apelidos e as exigências com voz fofa para conversas curtas e formais. Rony também mudara um pouco – ele tinha culpa, sabia reconhecer – com suas respostas secas, reclamações da infantilidade dela e negando qualquer oportunidade que a garota marcava para se verem. O ruivo demorou para admitir a si, mas namorar ela era cansativo e viu-se descontando suas frustrações emocionais e os problemas com a mídia na pobre garota. Com festas acontecendo, álbuns sendo escritos e viagens de shows cada vez mais frequentes, chegou um momento que eles passavam dias sem se falar.

Não querendo pensar no dia seguinte e em como teria que encarar Draco e a namorada desconhecida ele deitou na cama e recordou a noite passada.

Hermione deu o quarto tapa em seu braço naquela noite. Rony a olhou com graça, mas disfarçada de raiva.

- O quê? – ela rebateu.

Rony revirou os olhos, votando ao que tinha que fazer.

- Tudo bem, chegamos. Você lembra o que tem que fazer, certo? Se pendurar, ganhar força e pular pra arvore.

Mas ela não estava escutando.

- O que está fazendo?

Hermione parou de pular, tirando os cabelos do rosto. Prada no centro da cama do ruivo, ela estava respirando rápido.

- A sua cama é boa mesmo! Eu pensei que esse luxo todo fosse tudo muito frágil.

- E pra saber disso decidiu pular em cima da minha cama? – ele caminhou até a cama e a puxou pelo pulso. – Desça daí! Temos que sair agora antes que a próxima ronda comece!

- Você sabe que está exagerando, não é? Existe uma coisa chamada portão lá em baixo e um alguém chamado segurança que pode nos deixar sair e um outro alguém chamado Rony Weasley; o dono da casa!

- Esqueceu o outro alguém que manda em todos esses outros alguéns: Molly Weasley.

Hermione fez careta, imitando de forma debochada como o ruivo falava. Ele estava de costas, abrindo a porta da varanda e olhando lá pra baixo.

- Vamos – disse. – Você primeiro.

- Por que? – ela respondeu em pânico.

- Porque você vai poder se segurar melhor quando eu tiver que pular.

- E se eu cair? – ela choramingou, aceitando a ajuda dele pra sentar na balaústra.

- Do chão não passa.

Hermione o fuzilou com os olhos, mas já tinha pulado para a arvore. Ela puxou mais a calça jeans na área das coxas pra ter mais mobilidade e quando o ruivo se juntou a ela a árvore sacudiu bastante.

- Vamos morrer! – ela esganiçou para ele. Ele murmurou algo como dramática, mas Hermione não estava mais escutando ou sentindo nada quando ele, com habilidade, a segurou pela a cintura e ajudou pelo muro. Já do outro lado e com as pernas doloridas por aterrissar no chão duro ele riram um para o outro. Tinha conseguido fugir da mansão.

Após algumas perguntas e muitas cócegas no pescoço de Rony, Hermione conseguiu extrair a verdade: ele sabia como fugir porque já tinha o feito antes. Eles correram até o ponto de ônibus e o ruivo teve que afofar os cabelos no gorro assim que entraram no veículo iluminado. O motorista – já conhecido da garota – sorriu para ela, acertando sua mão em um high five de amigos. Fora eles, o ônibus tinha um casal sentados no segundo banco atrás do motorista e um homem de meia idade de terno, que dormia com o rosto encostado no vidro.

Rony e Hermione foram pro fim e sentaram do lado direito.

- Faz tempo que não vejo a cidade da janela de um ônibus – ele comentou após saírem da área rica da mansão. – Droga, faz muito tempo que sequer andei de ônibus.

Hermione deus batidinhas em seu joelho.

- Seja bem-vindo a classe trabalhadora.

O ônibus já estava com quase todos os bancos ocupados quando Rony falou para Hermione que estavam chegando. De cabeça baixa, o ruivo foi na frente, descendo os degraus da porta traseira.

- Parque? – ela perguntou, caminhando ao lado dele. – Vamos tocar aqui?

- É uma daquelas coisas que eu sempre quis fazer e que nunca tive oportunidade.

- Ainda mais agora.

Rony assentiu, concordando. Era o mesmo parque que antes servira de esconderijo dos paparazzi. Aquela hora da noite estava pouco movimentado, um ou outro cachorro correndo, adolescentes ziguezagueando e pedestres comuns. Rony achou o mesmo lugar de dias atrás e com a jaqueta, os dois sentaram na grama.

- Você tinha razão, Rony – Hermione disse. – É uma bela vista.

Os postes de luz amarela e antigos clareavam os risos por toda parte. O tráfego com os faróis coloridos eram uma paisagem a mais da vida urbana.

- Não é perigoso você está aqui?

- Não importa – ele negou, mesmo que sentisse um pouquinho de medo. – Quero fazer isso. Já estamos aqui.

- Ok, então.

Rony sentou melhor em cima da jaqueta e puxou a bolsa do violão que trouxera.

- Quer começar com qual?

- Fourfive seconds – ela não pensou muito. – A música que cantamos no pub. Lembra?

Rony assentiu. Ele empurrou os dedos pelas cordas e Hermione começou baixinho, nervosa, olhando da grama para o mar azul dos olhos do ruivo. O entusiasmo cresceu em seu âmago e ela riu em meio ao canto. Rony exagerou nas sílabas na sua vez de cantar e desafinou com o riso que ambos sentiram.

No fim, eles já tinham um pequeno grupo em volta, cinco ou sete pessoas de pé, balançando junto com a melodia. O garoto sorriu envergonhado com os aplausos e a pouca luz sobre eles não pareceu denunciar as pessoas ali quem ele era então continuou onde estava. Eram jovens, pessoas mais velhas e dois casais: ele viu satisfeito quando uma garota deu um selinho na namorada e uma velhinha apertar as mãos enrugadas do marido. Eles emendaram uma música a outra e na terceira os dois se colocaram de pé – ele tendo que usar a liga em cima do ombro pra tocar. Ho Hey de The Lumineers, brilhou na voz da morena.

 

(...)

Eu pertenço a você, você pertence a mim

Você é minha doce amada

Eu pertenço a você, você pertence a mim

Você é minha doce

(...)

De amor, é o que precisamos agora

Vamos esperar temos um pouco

Porque, oh, o nosso está se esgotando

(...)

 

Ele abaixou a ponta do violão na direção dela, e as exclamações que o grupo deu a eles só o motivou a continuar. Hermione, diferente as bochechas coradas, deslizou em volta deles cantando. Ela parecia radiante, respondendo as partes que Rony cantava com entusiasmo. A pequena plateia cantava junto, as palmas suaves compondo o pequeno show daqueles dois jovens estranhos que cantavam tão bem.

Eles pareciam não querer ir embora. Com todos sentados no chão depois da primeira hora e um ou outro arriscando cantar também, o celular de Rony tocou em seu bolso da calça jeans e ele sabia que a diversão teria que acabar logo. 

 

Todo aquele tempo antes de eu te conhecer 

Parece agora que durou muito

E eu não consigo explicar 

Por mais que eu tente

(...)

 

Ela continuou sem olhá-lo. Ao redor, as pessoas se apoiavam nos conhecidos, outros sorriam satisfeitos para eles. A sensação de bem estar cercava a mente dele e inebriava seu corpo como álcool... se o tempo parasse ali, ele ficaria feliz talvez, para sempre. 

Eles correram pelo parque quando terminaram. Deixando para trás os pedidos de quem queria que eles voltassem, os dois atravessaram o primeiro semáforo apressados e se misturaram nas centenas de pessoas apressados. Com o violão batendo em suas costas toda vez que voltavam a correr Rony não notou quando Hermione permaneceu parada do outro lado da rua. A barulheira de buzinas e dos telões de propaganda dos prédios o fez parar e procurar pela garota. Em meio a pedestres desligados nos celulares, Hermione olhava de uma forma esquisita para ele; os punhos fechados, o cenho franzido e os lábios - ah, os lábios rosados e deliciosos - apertados por causa de algo que ele jugou ser determinação. De quê, nenhuma possibilidade conseguiu pensar apenas que era parecia celestial enquanto caminhava até ele assim que o sinal vermelho abriu e os carros pararam. 

Ele permaneceu estático quando ela parou a sua frente. A perplexidade o impediu de agir por um segundo quando a morena se esticou nas pontas dos pés e agarrou seu rosto nas mãos pequenas, chocando a boca na sua. O cheiro de sua pele chicoteou por seu nariz e o gosto molhado da língua o tirou de sintonia rápido. Agarrou os quadris dela e a apertou em si, inclinando o corpo pra frente nas duas vezes que ela tentou se afastar - para respirar, talvez, mas ele queria mais e mais. Quando seu pulmões começaram a queimar exigindo ar ele parou o beijo, respirando pesadamente. Hermione, ainda de olhos, encostou suas testas e deslisou as mãos mais firmemente no pescoço de Rony.

- Acho que estou apaixonada por você - sussurrou, o corpo tremendo assim que proferiu o que a angustiava. 


Notas Finais


Eu só digo uma coisa: eita!
Musicas usadas: Let me in - Gabrielle Aplin
Fourfive seconds - Rihanna, Kanye West, Paul McCartney
Ho Hey - The Lumineers
Waiting - Jake Bugg feat. Noah Cyrus

Ai, dá até ciúmes colocar essas músicas que eu adoro tanto. Mas tudo bem, faço tudo por vocês.
Hoje vocês souberem que sim, Hermione não conseguiu resistir aos encantos desse ruivo maravilhoso ~não julgo, quem resistiria? haha~
Atentos a Lexie. A história dela também vai ser muito importante pra fanfic e eu tô muito ansiosa pra escrever sobre ela.
Comentem, quero saber o que acharam.
Nox!


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