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História Stay with me - Birthday


Escrita por: wordsparrilla

Notas do Autor


Hey, eu sei que faz um tempo desde a última vez que eu atualizei, mas aqui estou eu e trago um capítulo grande e com muitos acontecimentos. Espero que vocês gostem e não haja dúvidas. Qualquer coisa, podem me perguntar. Tenham uma ótima leitura, até lá embaixo. Beijos.

Capítulo 13 - Birthday


Fanfic / Fanfiction Stay with me - Birthday

Stay with me - 13º capítulo. 

 

Delaware, Nova Iorque - 5:23AM

 

♕  P.O.V Regina on ♕

 

O dia estava amanhecendo e mesmo que eu estivesse praticamente o dia inteiro sem dormir, minha cabeça permanecia a mil, trabalhando incansavelmente em milhões de maneiras de contar a Robin o que estava acontecendo na minha vida e processando também como seria reencontra-lo depois de tudo o que havia acontecido há três meses atrás. Eu pensei em trocar de roupa, em preparar algo para servir para ele, pois eu sabia que só teria tempo para comer depois que encerrasse seu turno, mas a verdade é que eu não estava cabendo em mim mesma de tanta ansiedade e nas tentativas de realmente fazer alguma coisa, todas foram frustradas. Eu estava uma pilha de nervos e desse jeito, nada poderia dar certo. Então, sentei-me no sofá e tratei de respirar fundo, buscando um pouco de calmaria dentro de mim.

 

Peguei meu celular na mesa de centro e comecei a rolar o dedo pela tela de início, olhando os minutos acrescentados no relógio a cada bloqueada e desbloqueada que eu dava no aparelho. 

 

Em inesperado, a tela do celular acendeu em minha frente, anunciando uma nova mensagem. Avistei o nome de Robin nas notificações e abri o aplicativo, lendo o seu recado. Terminei minha leitura e levantei depressa, buscando minha bolsa e a chave do carro. Eu não sabia o que realmente tinha acontecido, mas não esperei por notícias ou confirmações, eu iria até o endereço enviado e com uma angústia crescendo em meu peito.

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

Deixei o carro na primeira vaga que encontrei no estacionamento e adentrei o hospital da cidade, um tanto quanto arfante. Aproximei-me da recepção e uma uma mulher séria, mas ainda serena me recebeu, direcionando-me até a ala de espera, onde provavelmente eu teria que aguardar por qualquer outra notícia.

 

Caminhei o corredor gélido e sem graça até a sala indicada pela recepcionista e antes que pudesse de fato entrar, senti o minhas pernas pararem e cada músculo tensionado ser invadido pela sensação de alívio ao vê-lo ali, aparentemente bem.

 

Robin se virou no mesmo instante e nossos olhares se cruzaram, acelerando os meus batimentos cardíacos. Respirei fundo e tomei coragem, adentrando a mesma sala em que ele se encontrava.

 

– E-eu não esperava que você fosse vir até aqui. - um sorriso tímido, quase imperceptível, apareceu no canto de sua boca quando veio ao meu encontro.

 

– Eu li a sua mensagem e não soube o que pensar. Achei que você tivesse sofrido o acidente e precisei ver se estava tudo bem. - contei, olhando cada parte de seu corpo, em busca de conferir se estava realmente tudo bem.

 

– Eu estou bem. O acidente foi com a Marian. 

 

– Marian? Ela voltou? - olhei um pouco surpresa, sentindo o impacto daquela notícia mais do que eu gostaria. Se a Marian estava de volta, talvez eles... – Você e ela...?

 

– Não! Mal tivemos tempo de nos falar, ela chegou hoje na cidade, pelo que eu entendi. Ela voltou pelo Roland. 

 

Vi a aflição de Robin nítida em seus olhos e me arrependi profundamente por tocar naquele assunto, sem ao menos estender a minha solidariedade a ele e até mesmo a própria Marian. Estava sendo egoísmo da minha parte, afinal, eu não tinha mais nada a ver com quem ele estava ou não. 

 

– Eu não deveria ter tocado nesse assunto - segurei em sua mão, enlaçando lentamente um dedo entre os seus. – Você deve estar com tantas coisas na cabeça e eu aqui, atrapalhando com perguntas desnecessárias. Desculpa-me.

 

– Você não está atrapalhando, Regina. E eu estava sozinho por aqui, está sendo bom ter alguém comigo. - ele acariciou minha mão, dando uma leve afagada em seguida.

 

– E como ela está? - olhei para a ala dos quartos, em um corredor ali ao lado. Nenhum movimento vindo dali era perceptível, apenas os bipes dos aparelhos respiratórios podiam ser ouvidos. Voltei a encarar o seu rosto, permitindo a sensação de “casa” reaparecer.

 

– Os médicos disseram que ela perdeu muito sangue e precisou de uma doação sanguínea urgentemente. Eles buscaram fazer os devidos exames e felizmente, descobriram que seria mais fácil de ser resolver, ela possui um tipo sanguíneo um pouco mais comum, então encontraram uma bolsa que ajudou-a. Mas houve um trauma em seu cérebro, por conta do arremesso causado pela batida. Ela foi de encontro com o parapeito e a pancada resultou em alguns danos cerebrais, os quais a deixou em coma induzido. Agora ela ficará em observação até o quadro acrescentar novidades.

 

– Eu sinto muito por isso, Robin. 

 

– Obrigado. - fitou o chão, respirando fundo. – Só não sei como vou lidar com essa história envolvendo o Roland. Não sei como contarei a ele que sua mãe está de volta, mas que irá demorar para voltar a vê-lo. 

 

– Eu sei que não será fácil, mas com a cabeça mais fresca e com o tempo caminhando aos poucos, você vai conseguir dar um jeito em tudo isso.

 

– Obrigado por esse apoio, Regina. De verdade.

 

Nos encaramos em silêncio, talvez um pouco sem reação ou somente por falta de palavras naquele momento. Não sabíamos o que fazer, como agir diante daquela situação. Eu gostaria de estar fazendo mais por ele, mas talvez fosse melhor ficar um pouco de fora dessa vez, ele precisava ficar estável para quando Marian acordasse e tudo em sua vida tomasse um novo rumo. Não era apenas ele, existia o seu filho, e agora, a mãe dele também.

 

Voltei dos devaneios dando-me conta da proximidade em que nós dois estávamos. Nossos peitos subiam e desciam com uma frequência maior do que o normal, e a explicação estava ali, nós dois estávamos ali. Era tão confuso e inesperado pensar que depois de tanto tempo almejando esse encontro e criando situações e falas para o momento em que isso se efetuasse, estávamos finalmente frente a frente, mas não da forma que gostaríamos. O foco desse encontro era totalmente diferente do que esperávamos e nossa conversa havia sido deixada de lado, pelo menos naquele instante.

 

– Algum familiar da paciente Marian Scarlet? - uma voz grave ecoou pela sala, despertando-nos daquele transe em que nos encontrávamos. Soltei minha mão da de Robin e me afastei, virando meu corpo para o doutor em nossa frente.

 

– Sim, eu sou o ex-marido dela e o único presente na cidade que a conheça. - Robin se apresentou, dando um passo à frente.

 

– Bom, se o senhor puder me acompanhar, esse será o momento para as visitas, mas infelizmente só posso autorizar um por vez. 

 

– Pode ir. - forjei um sorriso de apoio e o vi assentir, antes de seguir o médico até a ala dos pacientes. 

 

Segui o olhar até os dois sumirem pelo longo corredor branco e soltei a respiração, processando o que tinha acabado de acontecer. Aquela aproximação de nós dois podia significar tantas e tantas coisas, confundindo-me ainda mais. Eu tinha certeza sobre os meus sentimentos, mas arriscar que ele ainda nutria do mesmo que eu e que estaria disposto a recomeçar uma nova história, era talvez me jogar de corpo e alma em uma ilusão criada por mim e que ao vir à tona, trazendo a verdade, me faria sofrer ainda mais. A única coisa que eu precisava agora era cuidar da minha vida e finalmente coloca-la no lugar, sem assuntos mal resolvidos e que estavam me impedindo de ser feliz. Eu precisava estar forte e inteira para cuidar do meu bar, de Henry, de Zelena e até mesmo de mim. Eu merecia!

 

Depois de um bom tempo pensando comigo mesma e enxergando os fatos expostos em minha frente, resolvi que o melhor a se fazer era ir pra casa, a minha participação naquele assunto, pelo menos por hoje, já havia terminado. Em poucas horas o meu dia começaria e não teria uma hora para acabar.

 

♕  P.O.V Regina off ♕     

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

– Regina! – ouviu seu nome ser chamado, mas foi o suficiente para que ela apressasse o passo. - Espera!

 

Robin conseguiu alcançar a bartender, que tinha parado em frente ao seu carro, procurando pela chave em sua bolsa.

 

Ao sair do quarto de Marian, o policial voltou a sala onde Regina supostamente o esperava, mas não a encontrou. Procurou pela mesma em todas os lugares possíveis dentro do hospital, até que constatou o óbvio, ela tinha ido embora. Ele sabia que sua história com Regina não estava nem perto de ser resolvida, mas não queria deixá-la ir outra vez sem ao menos saber se eles ainda teriam a chance de conversar, em um outro momento quem sabe. Queria obter respostas e não continuar mais naquele joguinho cansativo onde os dois se evitavam e não se permitiam admitir o que realmente queriam e sentiam. Três meses havia se passado e os dois, por puro orgulho, medo e receio, deixaram-se ir embora, perdendo uma chance de viver o que sentiam.

 

– Por que você está indo embora assim? 

 

– Desculpa, Robin, mas esse momento é seu. Eu sei que você pode não estar com a Marian, mas ela continua sendo a mãe de seu filho e por ele, você deve ficar ao lado dela. Eu estou sobrando nessa história, então é melhor eu ir. - finalmente encontrou o chaveiro, destravando o a porta, sem encara-lo.

 

– Espera, por favor. - segurou no anti-braço dela, impedindo que a morena entrasse no carro antes de lhe ouvir. Regina acabou por ceder, desistindo de ir naquele momento e decidindo escuta-lo. – Você está certa, eu realmente deveria estar com a Marian agora, esperando que ela acordasse, mas eu não posso permitir que você suma mais uma vez da minha vida, não dessa maneira. Você me disse que gostaria que dessa vez não houvessem mentiras entre a gente e...

 

– Eu sei que prometi ser verdadeira, mas eu acho melhor você não se aproximar de mim, não agora. Olha a situação que entrou em sua vida, existe uma mulher dentro daquele hospital, a qual é mãe do seu filho, e está em coma, precisando de todo o apoio e companhia possível, mesmo estando inconsciente. Eu não posso simplesmente te colocar em uma outra situação, que diz respeito à minha vida, em um momento delicado como esse, entende?

 

– Nós demoramos três meses para nos reencontrarmos e quando isso acontece você quer simplesmente fingir que não aconteceu e seguir em frente? 

 

– Não, Robin. Eu não quero fingir que isso não aconteceu, eu só não quero interferir em mais nada que não me diz respeito. Não tenho o direito de trazer mais um problema para a sua vida. Mas eu vou te esperar, eu continuo achando que sim, nós precisamos conversar, e na hora certa irá acontecer.

 

Regina tentou sorrir, fingir que estava certa do que dizia, mas na verdade aquelas palavras foram mais para ela do que para ele. Não era tão simples assim esconder outra vez o que estava vivendo, mas realmente não podia colocá-lo no meio dessa história tendo a mãe de seu filho internada em uma cama de hospital, lutando pela vida. Não era justo! E por mais que doesse demais dentro dela, vê-lo ali, sofrendo e sentido por tudo o que vinha acontecendo entre eles, a deixava em mil pedaços, mas infelizmente era preciso agir racionalmente. Queria muito poder largar tudo pelos ares e apenas o ter em seus braços, ficando ao seu lado e dando-lhe a força que ele precisava. Mas enquanto houvessem situações pessoais e pendentes em sua vida, teria que acompanha-lo de longe. 

 

Como se o seu corpo agisse totalmente em involuntário, calculado, mas ainda assim inesperado, Robin avançou em um pequeno passo até o fino corpo de Regina, que acabou por encostar as costas na porta do carro, presa pelo objeto e o homem a sua frente. Do mesmo modo intenso e inarredável que os olhos do loiro admiravam com saudade o rosto da bartender, Regina lutava consigo mesma para resistir. Ao mesmo tempo em que seu coração gritava por um contato a mais e tão esperado entre os dois, sua razão a impedia de fazer qualquer movimento não pensado e que poderia vir a ser um motivo de arrependimento depois. 

 

– Regina... - chamou-a, em um sussurro. Seus dedos tocaram suavemente as bochechas dela, acariciando o local com apreço. Ela tinha se mantido forte, até o momento onde pôde sentir o efeito dele em seu corpo. 

 

– Não faz isso. - praticamente implorou, engolindo o pouco de saliva que se acumulava em sua garganta. 

 

A proximidade entre eles mexia com ambos sentimentos ainda escondidos em seus respectivos peitos, e deixava-os em alerta. Era nítido que os dois ainda se desejavam e que a chama que se encontrou uma vez, há meses atrás, em seus corações, ainda estava presente neles. E podiam senti-la vibrar, esquentar e percorrer todos os músculos do corpo, acelerando os corações com a ansiedade do que viria pela frente. Será que eles realmente deveriam?

 

– Só não vai embora, por favor. - roçou delicadamente o seu nariz no dela, sentindo ambas respirações tocarem as peles. 

 

Suas mãos seguraram levemente a cintura dela, trazendo o seu corpo mais para si. Da mesma forma que o carro atrás dela a impedia de fugir da tentação, agora o corpo dele também contribuía para isso. Já perdida com a aproximação  e os seus próprios desejos que falavam mais alto, Regina deixou seus dedos percorrem pelos braços dele, mantendo-os firmes ao redor dela. Era algo dela, sempre foi, gostava de segurar nos braços de Robin, como se assim, pudesse senti-lo inteiro com ela. De olhos fechados, os dois ficaram alguns segundos em silêncio, trocando pequenos carinhos faciais. Não podiam mentir que sentiam falta um do outro, seus próprios corpos gritavam isso. O clima criado ali se estenderia por um pouco mais de tempo e poderia até tomar um rumo diferente, se não fosse o celular de Robin, quebrando seus contatos.

 

– É o Gold, ele deve estar chegando aqui. Preciso atender. - disse, um pouco incomodado com a interrupção, mas necessária.

 

– Tudo bem. Vai lá! 

 

Regina levou os braços até a altura de seus seios, protegendo-se do frio. Saíra tão apressada de casa, que nem pôde pegar um casaco, e naquela noite fazia mais frio que o normal. Com os olhos, continuou a observar o loiro, um pouco distante dela, em sua ligação. Uma estranha sensação lhe tocou o coração e seus olhos se encheram de lágrimas, entristecidos por constatar como realmente o tempo havia passado entre eles. Tinha total noção de que seus sentimentos ainda existiam, mas não eram mais os mesmo em relação ao que eles próprios viveram e nem suas vidas eram. Existiam muitos impasses entre os dois. Era difícil admitir, mas ainda assim preciso, talvez não fosse para ser, ela não sabia mais dizer.

 

E antes que Robin terminasse sua ligação, Regina entrou no carro e esperou.

 

– Desculpa, eu realmente precisei atender. Gold vai me ajudar a cuidar desse caso e queria o endereço do hospital. - se aproximou novamente, apoiando uma das mãos na janela do carro e guardando o celular com a outra.

 

– Está tudo bem, eu entendo perfeitamente. Acho que eu já vou indo, eu preciso dormir, o dia continua e já está de manhã. E você também precisa voltar lá pra dentro.

 

– Sim. - respondeu, vagamente. – Nós podemos conversar então em uma outra hora? Assim que você puder, me avisa que eu irei te encontrar.

 

– Podemos. Eu aviso, quem sabe um dia desses.

 

– Quem sabe...

 

– Bom, então tchau. Fica bem.

 

– Obrigado. Fique bem também. 

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

– Pensei que não iria me dar boas-vindas.- Daniel abriu a porta do apartamento onde estava hospedado, encontrando do outro lado sua visita especial. 

 

Emma aparentemente não estava nada contente em estar ali, mas sequer disse uma palavra, apenas entrou no flat em passos firmes. Daniel fechou a porta e seguiu até a loira, com seu sorriso sínico e típico no rosto.

 

– Que história é essa que você andou soltando por aí sobre a Regina? Como você foi capaz de chamá-la de prostituta e assassina? - sua ira estava claramente nítida em seu tom de voz nada controlado.

 

– Ah, isso? - deu de ombros. – Vai me dizer que você não sabia do bombástico passado de Regina Mills? - arqueou uma das sobrancelhas, gargalhando com a mistura da expressão de fúria e confusão da empresária.

 

– Claro que eu não sabia, porque não se passa de uma invenção dessa sua cabeça doentia. Você claramente não consegue aceitar que a Regina, em sã consciência, não quer mais nada com você. E com isso, não suportando o peso da decisão dela, você se prestou a inventar uma história chula como essa. Decadente, em perfeito equilíbrio de nível com o seu. - Emma despejou as palavras em cima do empresário, que já não apresentava mais aquele seu sorriso sarcástico.

 

– Só não acredita quem não quer. É tão difícil para você aceitar que a mulherzinha que você está obcecada não passa de uma puta, que rodou nas mãos de muitos e muitos homens por aí, e por puro interesse financeiro, matou a própria mãe para ficar com a sua herança? Acorda, Swan! Abre os olhos e saia desse seu mundinho, no qual você se ilude achando que a Regina será sua e vocês viverão felizes, como uma família de verdade, a família que você nunca teve.

 

Daniel conhecia os pontos fracos de Emma e sabia usar disso como uma artimanha, desestabilizando-a e tendo para si, o controle daquele jogo. Mas Emma também tinha conhecimento sobre o jogo sujo de manipulação que Daniel fazia e por mais que sentisse as palavras deles sobre família, algo que ela sempre desejou ter, sabia bem como destrui-lo e se fosse preciso, faria.

 

– Eu não acredito em uma palavra que saia dessa sua boca suja. - esbravejou.

 

– Então use de seus contatos e investigue. Corra atrás disso, pergunte as pessoas próximas à ela. Surpreendeu-me bastante o fato de você, a irmã mais nova e tão querida dela, não ter a menor ideia do que aconteceu em seu passado. Mas faça o que te disse e você verá com os seus próprios olhos toda a verdade. - sentou no sofá, em pleno estado de tranquilidade.

 

– Eu vou! E vou fazer questão de despejar toda a verdade em cima de você. - se aproxima da porta, mas antes de girar a maçaneta, ela se vira para ele. – E nem ouse fazer algo contra mim, pois você sabe que eu conheço muito bem a maneira que você joga e posso te colocar na cadeia outra vez, para nunca mais sair!

 

Emma pronunciou, saindo do apartamento em seguida e deixando ali, um Daniel incomodado, mas ainda assim contente com aquela visita.

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

➵  P.O.V Robin Locksley on  ➵

 

– Regina? - abri a porta do meu apartamento, ainda sonolento. 

 

Eu não fazia ideia de que horas eram e muito menos do que a pessoa que batia em minha porta naquele momento queria, mas no segundo em que avistei aquela mulher parada em minha frente, com um sorriso lindo no rosto, esqueci qualquer pensamento que habitava a minha mente.

 

Regina entrou na sala após eu lhe dar passagem e parou no centro do cômodo, esperando que eu voltasse. Fechei a porta e retornei, me aproximando dela, mas ainda sem entender o motivo de sua visita. Formulei uma pergunta em minha cabeça, mas antes que eu abrisse minha boca para falar, senti suas mãos em meu peito e com uma certa força, me empurrar contra o sofá. Caí sentado no mesmo e com um salto alto em seu pé, observei sua perna adentrar o meio das minhas, pisando no estofado do objeto. Vi-me começar a ofegar assim que suas mãos alcançaram os botões do sobretudo preto que ela vestia e após soltar um por um, deixar a mostra o que ela possuía por debaixo dele: seu corpo preenchido por apenas um espartilho preto e rendado, totalmente sexy. Mordi o lábio ao admirar cada detalhe daquela visão e deixei minha mão segurar a sua canela, subindo lentamente pelo joelho e chegando, por fim, em sua coxa. 

 

O sobretudo deslizou pelos seus braços com a ajuda das mãos dela e assim que ele caiu no chão, ela retirou a perna do sofá. Regina se virou de costas para mim e com os seus pés, fechou as minhas pernas, pressionado-as entre as suas. Passeei com os olhos pela nova visão que eu tinha e precisei manter o controle de algo com certa “vida própria” entre minhas pernas. Era impossível ter Regina quase nua em minha frente, tão longe de minhas mãos e continuar em sã consciência. E foi quando ousei agarra sua a cintura e a puxar para o meu colo, sentando-a ainda de costas para mim. 

 

No mesmo instante em que seus glúteos entraram em contato com o meu membro ainda coberto e exprimido pela cueca e a calça de moletom, soltei um gemido baixo ao senti-la rebolar em cima de mim. Sua bunda friccionava o meu sexo e meus olhos reviraram em sincronia, enquanto meus dedos apertavam sua cintura para incentiva-la a fazer mais. 

 

– Regina - gemi manhoso, repousando a cabeça no encosto do sofá, apenas apreciando os movimentos dela.

 

– Robin!

 

Uma pequena escuridão tomou conta da minha vista, mas os meus ouvidos foram capazes de escutar o meu nome. Tentei abrir os olhos, mas a escuridão ainda permanecia ali.

 

– Robin!

 

Finalmente abri os meus olhos e me dei conta do que estava acontecendo. Nada daquilo que era real, havia sido apenas um sonho. E assim que notei a vergonha que eu estava passando ao, provavelmente, chamar o nome de Regina em voz alta, reajustei minha postura na cadeira onde eu estava praticamente deitado e olhei ao meu redor, encontrando Gold em minha frente. 

 

Eu ainda estava no hospital.

 

– Está tudo bem, Robin? - meu chefe perguntou, lançando-me um olhar esquisito. Preferi não tocar no assunto do sonho, então apenas passei a mão pelo rosto e afirmei, fingindo estar tudo bem.

 

– Sim, sim, está. Eu acabei pegando no sono aqui mesmo, nem vi o tempo passar. - disfarcei. – Mas afinal, já conseguiram alguma nova informação sobre o caso da Marian?

 

– Bom, as imagens das câmeras de segurança dos prédios e da rua já foram requisitadas, chegarão em alguns dias. Porém, recebemos um comunicado muito interessante da perícia, parece que o freio do carro que provocou o acidente foi alterado. 

 

– Alterado? - arregalei os olhos. – Então descarta uma grande possibilidade de ter sido um acidente proposital? - elevei minha postura, sentando-me melhor na cadeira. Tentei processar rapidamente aquela informação, mas não consegui obter um sentido lógico. Eu assisti o acidente, aquilo estava longe de ser uma simples coincidência.

 

– Em partes. Pois podemos considerar a possibilidade de terem alterado o freio justamente para não parecer um crime intencional. Mas ainda é muito cedo para que possamos afirmar ou descartar qualquer possibilidade, todas, então, estão em nossa mesa. - contou, olhando permanentemente para um papel que carregava em suas mãos. – Mas agora, esse caso possui um esclarecimento a menos.

 

– Como assim? 

 

– O motorista do acidente passou a noite na sala de cirurgia, eles teriam que reconstruir o tecido completo do abdômen do rapaz, entre outros ferimentos graves, mas ele veio a óbito, após a terceira parada cardíaca. O oxigênio não estava circulando pelo cérebro e não houve nada que eles pudessem fazer. 

 

Inspirei pesadamente ao escutar tais palavras de Gold. Era complicado ouvir esse tipo de notícia e pensar na reação da família dele, agora, que eu entendia perfeitamente como eles se sentiriam, era de apertar o peito. Mas há tantos anos trabalhando nesse meio e lidando com esses acontecimentos, eu havia aprendido a lidar melhor com os sentimentos que envolviam os momentos. E assim, minha mente trabalhou instantaneamente nas minhas suspeitas que estavam todas voltadas a um crime intencional e consequentemente, mandado por alguém que não estava envolvido diretamente com o acidente.

 

Porém, agora, sem o depoimento desse homem para ajudar a esclarecer muitos fatores dessa investigação, voltávamos à estaca zero. Analisaremos as imagens das câmeras de segurança e poderemos confirmar as minhas suspeitas de que se trata de um assassinato, mas ainda assim não teríamos o caso completo. E ter em anonimato a identidade desse assassino, tirava o meu sossego, afinal, eu era o possível alvo daquele carro.

 

– A família já foi avisada? - perguntei, voltando a realidade e aos olhos de meu chefe.

 

– Sim, conseguiram identificar o rapaz e entraram em contato com a família dele. Eles desembarcam amanhã, acertando os detalhes do enterro e velório.

 

– Bom, algo foi resolvido então. - coloquei-me de pé, estalando e alongando meu pescoço e costas. – Vou buscar um café, me acompanha?

 

– Adoraria, mas eu queria lhe pedir um favor. - assenti com a cabeça, esperando que continuasse. – Tire o dia de folga, descanse e cuide de seu filho. Você passou a noite inteira nesse hospital, está na hora de parar um pouco para quando voltar, estar preparado, pois esse caso será longo.

 

 Sorri, admirando em silêncio a preocupação de Gold. Eu realmente estava cansado, mas não me importaria de ficar por ali, trabalhando e esperando também novas atualizações no quadro de Marian. Hoje em dia eu colocava o bem estar das pessoas ao meu redor em primeiro lugar, eu podia cuidar de mim, era o meu dever. 

 

Mas o que me fez aceitar o pedido de Gold foi Roland. Meu filho estava com Ruby, mas faziam horas que eu não o via. Eu queria e precisava voltar para casa, precisava cuidar dele. Agradeci a ele pela gentileza e me despedi, já caminhando em direção a saída, mas antes que eu chegasse na mesma, ouvi Gold me chamar.

 

– E feliz aniversário, Locksley. Você merece!

 

Agradeci com um sorriso e voltei a caminhar em direção à saída. 

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

O dia do meu aniversário estava sendo resumido em um agradável lanche com meu filho e Ruby, em uma das lanchonetes da cidade. A ideia tinha sido da morena e ao ver a alegria de Roland sobre o passeio, não pude dizer não. Nós três desfrutávamos de uma deliciosa torta alemã e três chocolates quentes, sendo um ótimo refúgio para o frio que fazia. Roland e Ruby divertiam-se desenhando algo que eu ainda não podia ver, e enquanto eu os observava, permitia ir longe com os meus pensamentos.

 

Durante boa parte da minha vida, depois que perdi meu pai - um dia após o meu aniversário -, aquela data passou a ser somente um dia qualquer, no qual eu me encontrava sempre deitado em minha cama, chorando a falta que ele fazia. E sem o meu pai, eu não tinha mais ninguém para comemorar comigo. Eu recebia os cartões e presentes de minha mãe, que por seus motivos de trabalho não podia estar presente, e mesmo entendendo o seu lado, eu me sentia mal por não ter a minha família perto na celebração do meu nascimento.

 

Porém, pela primeira vez depois de muito tempo, eu estava voltando a sorrir nessa data e agora eu tinha com quem comemorar, eu tinha a minha família comigo. Roland não só era a minha maior companhia para uma vida toda como era o meu presente também. Hoje, eu não sentia vontade de chorar ou de apenas me isolar do mundo e ficar sozinho em casa, hoje eu queria ser feliz, com o meu filho e todos que estavam ao meu redor.

 

– Papá, pra você! - Roland me trouxe de volta, estendendo uma folha branca em minha direção, no qual que ele estava desenhando antes. Peguei o papel e ao passar os olhos pelo que estava ilustrado ali, deixei um sorriso enorme escapar de minha boca. 

 

No desenho, Roland tinha feito quatro bonequinhos e em cima de cada um, ele nomeou todos que eram “muito importante para mim”. Li cada nome com o seu desenho simples e cheio de rabiscos, até que um me fez engolir a saliva, despertando-me surpresa. Do lado direito do papel, ele havia desenhado uma mulher e em cima dela estava escrito “tia Regina”. Olhei para Roland e o vi sorrir, querendo saber o que eu achei de seu presente.

 

– Eu amei, meu amor. Obrigado. Vou colocá-lo em nossa geladeira, o que acha? - voltei a olhar o desenho, sorrindo.

 

– Está bem, mas antes podemos mostrar pra tia Regina? Eu queria que ela olhasse como ela ficou bonita no meu desenho. Quando ela vai nos visitar de novo? Ela nunca mais voltou. - o semblante de meu filho entristeceu e meu peito apertou. Eu não fazia ideia de que ele sentia falta da Regina dessa forma. Algumas vezes ele perguntou por ela, mas logo o assunto fora esquecido. Encarei Ruby e assim que entendeu meu olhar, ela tentou dar um jeito naquela situação.

 

– Roland, o que você acha de irmos pra casa e você escolher um ótimo filme para assistir com o seu pai? Podemos fazer pipoca. - piscou para ele e em segundos Roland pulou da cadeira, animado.

 

– Siiiim! Vamos papá, eu já sei um filme muito legal. - ele esticou a mãozinha para mim e assim que levantei, segurei-a e fomos pagar a conta. Mirei um sorriso grato à Ruby e então seguimos para casa.

 

➵  P.O.V Robin Locksley off  ➵

 

•• ☾  ☾  ☾ ••

 

Birthday - JP Cooper ��

 

A tarde já estava chegando ao fim quando saíram da confeitaria e caminharam em direção ao prédio de casa, em uma conversa descontraída e animada. Subirem pelo elevador até o andar desejado com um Roland empolgado com a ideia de fazer pipoca, enquanto Robin e Ruby apenas riam da alegria do pequeno. 

 

Assim que entraram no estreito corredor que comportava apenas um apartamento por cada andar, os dois deixaram que Robin tomasse a frente e abrisse a porta amadeirada. No instante em que ele adentrou a escura sala, as luzes se acenderam e um grupo de pessoas com chapéus, balões e enfeites, gritaram “feliz aniversário” em um coro, aplaudindo a sua chegada. O policial não esperava encontrar aquelas pessoas ali, seus amigos da delegacia, alguns moradores que viraram seus amigos também, Gold e Belle, Granny, avó de Ruby, Zelena, David, amigos de outro departamento no qual trabalhara antes, Henry e... sua mãe?

 

- Mamãe? – espantou-se, levando as mãos a boca. Ainda a chamava pela mesma forma carinhosa de quando era mais novo e assim que ouviu tal palavra ser pronunciada, a bela mulher em sua frente deixou a emoção tomar conta daquele momento, tomando-o em seus braços.

 

– Meu filho. - disse em meio as lágrimas e um sorriso bobo. – Como você cresceu, meu pequeno príncipe. - olhou cada detalhe do rosto dele ao quebrar o abraço, completamente fascinada.

 

– Eu não acredito que você voltou! - disse, rindo e puxando-a novamente para um abraço.

 

– Eu não podia mais ficar longe de você. Só eu sei o quanto sofri por estar longe do meu filho por tantos anos. Pedi transferência da editora francesa, agora que meu cargo foi estabelecido e consegui para a de Nova Iorque. Eu sei que não é aqui, mas não estaremos tão distantes assim e eu poderei visita-lo sempre. - contou, com os olhos brilhando de felicidade. 

 

Robin limpou rapidamente o rosto pela lágrima que caíra e voltou a sorrir, desacreditado de que aquilo realmente era verdade. Esperou muito pelo momento em que reencontraria a mãe por anos e tê-la de volta, e ainda para ficar, era muito mais do que ele tinha sonhado. Hoje, de fato, era um dia que ele poderia chamar de aniversário feliz.

 

– Eu estou muito feliz por ter você aqui, mamãe. E todos vocês... - Robin encarou a sua volta, passando os seus olhos por cada um naquela sala e por toda a decoração preparada por eles. A casa repleta de enfeites e ao fundo uma linda mesa cheia de petiscos e bebidas, finalizada com uma belíssima torta. – Eu não tenho palavras para agradecer por tudo isso!

 

– Você merece! - gritou os rapazes da delegacia.

 

– Vamos fazer um brinde a esse dia especial. - David deu a ideia, indo buscar taças e uma garrafa de champanhe com a ajuda de outros.

 

– Mãe, eu gostaria de te apresentar a uma pessoa - levou-a até o sofá, onde Roland estava comendo a pipoca que tanto queria. – Esse é o seu neto, o Roland.

 

– Meu deus, eu não acredito que você teve um filho, Rob! - olhou apaixonada para o menino que a encarou, sorrindo.

 

– Você quer pipoca, vovó? - o menino falou com a boca cheia, surpreendendo aos dois adultos que estavam ao seu lado.

 

Robin não esperava que Roland lidaria tão facilmente com a nova notícia, afinal não conhecia aquela mulher, mas o pequeno estava se mostrando uma criança acolhedora, carinhosa e inteligente. Seu peito gritou pelo orgulho de tê-lo como seu filho. 

 

– Claro que eu quero, meu amor. Você é a cara do seu avô, ele babaria completamente se ainda estivesse aqui. - emocionou-se, pegando o neto e colocando-o em seu colo. Rolando encostou seu rosto no peito da avó, continuando a comer o seu lanche favorito e assistir aquela cena encheu o coração de Robin de amor. Ele estava precisando!

 

Robin se levantou e deixou que os dois se conhecessem melhor, enquanto ia cumprimentar os seus outros convidados. Reencontrou seus antigos amigos que tinham vindo de Nova Iorque para essa festa surpresa, falou com os novos amigos da delegacia, cumprimentou Granny, Zelena e outros dos moradores da cidade que haviam criado laços com o policial.

 

– Gold, Belle. Muito obrigado pela presença, estou sem palavras, eu não esperava mesmo. - se aproximou do casal, que servia-se de alguns petiscos.

 

– Parabéns, Robin. - Belle o abraçou. – O prazer é todo nosso. Gold jamais perderia esse momento que ele planejou com muito carinho pra você. - disse a morena, revelando que Gold era o autor de toda essa surpresa. 

 

O policial não conseguiu esconder a surpresa e a alegria, não podia agradecer em palavras por tudo o que aquele homem estava fazendo por ele. Havia se tornado muito mais do que o seu chefe, era um amigo de verdade, um irmão.

 

– Então foi você que preparou tudo isso?

 

– Com a ajuda de todos aqui, claro. Você é muito querido pela cidade, meu amigo. - respondeu o homem grisalho, antes de abraçar Robin e entregar a ele uma pequena caixa de presente.

 

– Muito obrigado por tudo o que está fazendo por mim. - Retribuiu o abraço, segurando o presente e estendendo em troca o seu melhor sorriso em agradecimento. 

 

Assim que viu Henry se aproximar deles, Robin pediu licença e foi até o menino, que também segurava uma caixa de presente.

   

– Robin. Feliz aniversário!

 

– Henry! Estou tão feliz por você estar aqui. Muito obrigado. Eu senti a sua falta durante esse tempo. - abraçou o adolescente, juntando o presente dele ao outro que recebera.

 

– Eu também estou feliz por ter sido convidado e também senti a sua falta. Depois que você e minha mãe terminaram, fiquei sem companhia para tomar sorvete e ver séries poli... - Henry deu-se conta do que tinha falado e assim que viu Robin mudar sua postura, arrependeu-se completamente. – Ér... me desculpe, eu não queria tocar nesse assunto.

 

– Não, está tudo bem. Não se preocupe com isso. - tentou tranquilizar o menino, sabia que ele tinha soltado sem querer. 

 

Robin já havia notado que Regina não estava lá, mas preferiu não deixar transparecer isso e muito menos pensar no assunto. Hoje era dia de festa e ele não queria que nada estragasse aquele momento. 

 

– Você quer algo para beber?

 

– Eu aceito. - sorriu de canto, ainda envergonhado.

 

– Então irei buscar. Fique à vontade, Henry, sinta-se em casa, não precisa fazer cerimônias. - riu, deixando o menino mais confortável e saiu, em busca de uma bebida para Henry e para ele também.

 

A pequena comemoração seguiu durante a noite, entre conversas, músicas, bebidas e momentos que ficariam para sempre na memória de Robin. Todos os seus problemas tinham sido esquecidos e a mente do policial se encontrava leve, apesar de que algo ainda o incomodava por dentro. Sabia que não deveria sentir o que estava sentindo e muito menos pensar sobre aquele assunto, mas era inútil, a falta de uma pessoa naquele lugar era o suficiente para que distanciar-se dos convidados em alguns momentos e checasse a janela do apartamento, na esperança de que a encontrasse. Quase três horas já haviam se passado e alguns convidados já estavam deixando a sua casa, após cantarem o esperado “parabéns” e partirem o bolo. 

 

Despedia-se de mais um grupo que estava indo e assim que fechou a porta, voltando sua atenção aos que restavam naquela sala, encontrou sua mãe ajudando Roland a comer o seu pedaço do doce, Henry e Zelena conversando no sofá ao centro da sala e seu casal de amigos, Gold e Belle, já prontos para ir também. Ruby e sua avó pegariam uma carona com o delegado e por isso, terminavam de se despedir daqueles que ficariam, seguindo, depois, até o aniversariante.

 

– Foi um prazer comemorar o seu aniversário, querido. - Granny disse atenciosamente, abraçando o policial.

 

– O prazer foi todo meu. Agradeço pela presença de vocês e por sua neta ter escondido de mim essa surpresa, ela me enganou direitinho, eu realmente não esperava. - brincou, abraçando agora a jovem.

 

– Não foi nada fácil convencer o Roland a não contar nada. Estávamos muito ansiosos para voltar logo para casa. -contou, rindo. 

 

– Obrigado mesmo, Ruby, foi muito especial. Eu estava precisando de momentos como esse.

 

Robin os levou até a porta, despedindo-se mais uma vez de Gold e Belle, grato pelo que tinham feito naquela noite, tornando-a uma das mais especiais. Esperou até o momento em que os amigos entraram no elevador e sorriu, deixando o olhar rodar o corredor, agora vazio. Fechou a porta outra vez e caminhou até o sofá, sentando-se ao lado de Zelena e Henry. 

 

A ruiva falava sobre uma viagem que fez ano passado, para fora do país e contava as aventuras proporcionadas pelos dias em que ficou por lá. O menino, ria com as histórias da tia e Robin, por estar embarcando do meio da história, tentava acompanhar o assunto. O jeito de Zelena encantava qualquer pessoa e era impossível não se divertir quando estavam perto dela, seu senso de humor arrancava boas risadas de quem estivesse ouvindo-a. Ela encarava a sua vida com leveza e sabia rir dela mesma, coisa que poucas pessoas sabiam fazer. Não permitia que coisas banais estragassem seus momentos e isso era algo que o policial admirava muito na amiga. Eles ainda não tinham intimidade o suficiente para se abrir um com o outro, mas seria questão de tempo, já que ambos davam-se muito bem e sentiam vontade de expandir aquela amizade. 

 

Robin era grato por muitas coisas que Zelena havia feito por ele e até mesmo pelo seu relacionamento com a sua amiga. A britânica não ficava por trás, sabia a importância do policial na vida de sua melhor amiga e era muito agradecida por ele ter feito a Regina feliz, mostrando a ela que ainda existia amor dentro de si. Independente se eles não tivessem mais juntos, ela gostava e se preocupava com o policial.

 

Os três gargalharam com mais uma história contada por Zelena, dessa vez sobre um dos clientes que frequentava o seu clube de dança. Despertando-se um pouco da conversa, Robin percorreu os olhos pelo outro canto da sala e achou as duas pessoas que procurava. Sua mãe e seu filho. 

 

Seu coração aquecia-se a cada vez que pensava tê-los ali, em sua casa, tão pertinho dele. Os dois desenhavam e divertiam-se juntos. Não tinha nada mais incrível do que a sensação que ele sentia ao apreciar aquele momento das pessoas que mais amava no mundo! Não podia existir presente melhor do que aquele.

 

A sua realidade o trouxe de volta dos pensamentos quando um barulho ecoou pelo apartamento e despertou a atenção momentânea de todos presentes. O som vinha da companhia, o que causou certo estranhamento em Robin. Ele se levantou e cruzou a sala, indo em direção a porta. Girou a chave e depois a maçaneta, abrindo-a. Seus olhos percorreram a figura a sua frente e seu cérebro processou aquela informação, enviando reações para todo o seu corpo. Pôde sentir um frio na barriga misturar-se com os batimentos cardíacos totalmente fora de ordem. Era notável a sua surpresa e ele até tentou falar alguma coisa, mas sua voz não saiu. Não conseguia acreditar que ela estava ali, de verdade. E... por ele?

 

– Feliz aniversário.

 

 

 

 


Notas Finais


Bom, espero que vocês tenham gostado. Aos que estão me pedindo cenas Outlawqueen, eu prometo que nos próximos capítulos teremos novidades. Vocês verão em breve alguns personagens ganhando os seus desfechos na história, pois Stay With Me já está caminhando para o seu fim. Obrigada por terem lido e até o próximo. Mwah! <3


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