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História Stranger Liaisons - Te amo demais, Te amo pra sempre


Escrita por: robys_el

Notas do Autor


E cheguei tarde, porque se toda essa desgraça no mundo não fosse o suficiente, cresceu um granuloma no meu dedão!!!

Mas enfim, há exatos quatro anos postava o primeiro capítulo de SL em outra plataforma. Nem acredito que chegamos no final! Me deixa triste, mas ao mesmo tempo feliz que possamos finalizar essa história com tantas viradas de um jeito muito feliz. E também que possamos fazer isso durante essa pandemia nos trazendo um pouco de felicidade.

Quero agradecer a todos que foram pacientes e me acompanham há mais de três anos! Vocês estão no meu coração! Muito obrigada por estarem lendo o meu trabalho. Demorei, porque passei por muita coisa e não queria entregar um trabalho medíocre. Vocês entenderam, esperaram e sempre voltaram!

Estou com esse final planejado há mais de dois anos e não acredito que está aqui! Espero que gostem!

Capítulo 21 - Te amo demais, Te amo pra sempre


Fanfic / Fanfiction Stranger Liaisons - Te amo demais, Te amo pra sempre

Mike estacionou o carro bem onde Troy ameaçara arrancar fora os dentes de Dustin se Mike não pulasse do penhasco. Onde El salvou os dois dele e de James. O local era lindo e para ele significava muito.

 

Estenderam uma toalha no chão e sentaram-se juntinhos, Kitty serena no colo de El. Sim, eles levaram a coitada da guaxinim.

 

― Você não faz ideia de como eu fiquei feliz de te ver aquele dia! Por um momento pensei que tinha te perdido pra sempre. Isso porque eu nem sabia o que ainda tava por vir...

 

― Desculpa fugir... – El olhou para o chão lembrando-se do ocorrido e sentindo vergonha. – Não queria mais machucar ninguém.

 

― A culpa foi minha. Não devia ter gritado com você... – Ele acariciava a mão dela achando-a linda. Para ele tudo em El era perfeito.

 

― Problemas com a raiva... – disse ela brincando.

 

― Eu não tinha problemas com raiva! – ele protestou entrando na brincadeira. – Eu não sabia se ia ver o meu amigo de novo e aí o Lucas quase morreu! Fiquei desesperado pensando como íamos explicar pros nossos pais!

 

Os dois riram, porque a preocupação não era exatamente perder o melhor amigo, mas sim explicar o que tinha acontecido.

 

― Que horror! – ela disse rindo.

 

― Eu quase morri aqui, o Dustin quase teve seus dentes arrancados, mas você salvou nós dois e botou aqueles idiotas pra correr. Nunca mais tivemos problemas! – ele recordou. – Você é incrível! – Olhou bem fundo nos olhos dela e sorriu. Abaixou-se e depositou um beijo doce nos lábios da namorada.

 

El se distanciou e colocou Kitty ao seu lado que já dormia tranquila. Ela voltou a beijar Mike só que dessa vez com mais desejo forçando para que ele se deitasse. Eleven se colocou por cima e acariciou os cabelos pretos do namorado enquanto ainda o beijava cada vez com mais vontade. Ela já conseguia sentir-se queimar lá embaixo, mas não iriam tão longe, porém por que não aproveitar um pouco a natureza e se deixar levar, uma vez que estavam sozinhos?

 

 

Dustin e Max estavam sentados nos bancos da estação de trem esperando a turma chegar. Estavam de mãos dadas e ele batia seus pés ansioso. Não queria que ela fosse embora de jeito algum. Queria que pudessem ter mais tempo.

 

A garota percebeu e colocou sua outra mão junto da dele.

 

― Dusty, por favor, fique tranquilo! Eu vou voltar!

 

― Eu não queria que tivesse que voltar, porque não queria que tivesse que ir embora!

 

― Eu sei, mas eu volto mais vezes agora, porque sei que tenho você aqui! Você vai me esperar?

 

Dustin assentiu deixando algumas lágrimas escaparem.

 

― Nem sei porque pergunta, mas é claro que sim! – Os dois se beijaram chorando. Desejaram estarem grudados para nunca mais precisarem se separar. Por que as coisas tinham que ser desse jeito?

 

Dustin abraçou Max, beijando-a com mais força, testando se seus corpos se grudavam, enquanto desejava que aquele momento nunca mais acabasse. Tanto tempo sonhando com ela e chamando a si mesmo de louco e traíra, porém, estavam juntos finalmente e já tinham que se separar.

 

Parecia que se beijavam por uma eternidade, como também que haviam acabado de começar quando ouviram um pigarro.

 

Eles se separam devagar em transe e demoraram para entender que seus amigos estavam ali quando olharam para eles.

 

Mike e Eleven estavam indo em direção à estação quando encontraram Bethany e Will de bicicleta e resolveram dar uma carona. Por isso os quatro haviam chegado juntos.

 

― Desculpa atrapalhar, mas é que também queremos aproveitar a Max um pouco antes dela ir embora! – Mike disse meio constrangido por ter acabado com o momento. Ele sabia que os dois tinham que aproveitar o máximo que pudessem, mas também ficaram ali um bom tempo esperando e já quase estava no horário. Eles tentaram chegar o mais tarde possível para que tivessem o seu momento.

 

― Não tem problema nenhum, mané! – Max brincou e abraçou Mike com vontade. Ela o via como o irmão que nunca tivera. Um que se desentendia com ela como é normal para irmãos, mas que sempre estaria ali pronto para ajuda-la com o que precisasse.

 

― Sinto muito não termos podido passar mais tempo com você! – ele disse ainda a abraçando e El tentou não sentir ciúmes. Ela ainda estava entendendo a conexão fraternal entre os dois. – Se eu não tivesse batido aquele carro...

 

― Mas você é um baita mané mesmo. – Separaram-se. – Como tá indo esse bracinho frágil?

 

― Acho que não vou demorar pra tirar o gesso.

 

― E o coitado do guaxinim?

 

― Kitty... – El pensou alto. Antes de irem para a estação deixaram ela em casa.

 

― Como? – Max tentou entender o que a menina balbuciara.

 

― Kitty. É um guaxinim fêmea e El deu um nome para ela. As duas parecem se entender muito bem – Mike respondeu.

 

Max riu. El era cheia de surpresas, mas no final era uma jovem como qualquer outra e conseguia ser muito delicada apesar de muito poderosa.

 

― Espero poder entrar nesse grupinho de vocês...

 

― Se ela estiver aqui quando voltar, com certeza... E Bethany também...

 

― E Lily! – Beth lembrou.

 

― Quando vai voltar? – Will aproveitou para perguntar.

 

― Nas festas de final de ano. Um pouco mais de um mês. Dustin vai me esperar, e vocês?

 

Todos concordaram rindo e se abraçaram em grupo felizes.

 

― Acho que cheguei tarde demais para ser incluído... – Lucas disse finalmente chegando.

 

― Sempre tem lugar – Dustin afirmou com convicção.

 

Max ficou cara a cara com o ex. Tinha uma expressão serena e determinada.

 

― Espero que tenha considerado o que conversamos. – Ele assentiu com a cabeça. – Me desculpe se fui dura, mas te conheço bem e não quero que estrague a sua relação por bobeira. Sei que não é da minha conta, mas ainda me preocupo com você e vejo o quanto se gostam.

 

― Você está certa. Eu tenho e vou contar pra ela a verdade!

 

Lily não fora junto, porque as duas não se entendiam ainda muito bem. Ela conseguia perceber que Lucas nutria alguns sentimentos por Max, porque de fato nunca terminaram por falta de amor, mas porque simplesmente não conseguiam se entender. Como Max fazia parte do grupo ficava difícil para Lucas deixar isso para trás, porém o que sentia pela atual era forte e verdadeiro. Ainda assim, Lily preferia não ver e as duas não se falavam, sempre com a esperança de que conseguiriam no futuro se dar bem pelo grupo. Sem contar que era uma despedida de Max e as duas não eram exatamente amigas.

 

O apito do trem soou e todos respiraram fundo.

 

― Eu sinto muito que não tenha dado certo – Max retomou a conversa. – Espero que todos nós possamos nos dar bem e que você entenda o que tenho com Dustin.

 

Lucas assentiu e Max surpreendeu a todos depositando um selinho sereno nos lábios de Lucas, bem mais como um ponto final na relação e briga deles do que um adeus momentâneo. Dustin desviou os olhos, seu coração ardendo, mas entendeu. Lucas acariciou o rosto de Max uma última vez e se afastou para que ela continuasse.

 

A ruiva se virou para Bethany.

 

― Que pena que não te vi tanto! E sinto muito que o nosso grupo seja uma bagunça.

 

Elas riram.

 

― Não me importo nem um pouco e espero te ver mais vezes!

 

Elas se abraçaram e Max se virou para Will.

 

― Adeus, Max. Faça uma boa viagem! – ele disse também lhe dando um abraço.

 

Mike estava com lágrimas nos olhos e Max fez um olhar de deboche.

 

― Não sabia que gostava tanto assim de mim. – Com a relação que eles haviam desenvolvido, Mike estava se sentindo mal por não ter passado muito tempo com Max, mas ela entendia. Muito coisa tinha acontecido em uma semana, ainda mais naquele final de semana. Só que ele queria ter ficado com ela por mais tempo. Queria ter aproveitado.

 

― Não fala mais nada... – Mike disse tentando se segurar para não se desfazer ali.

 

Ela só sorriu e o abraçou.

 

― Eu te amo – sussurrou no ouvido dele. Era uma coisa só deles e ela tinha que manter sua fama de durona.

 

­― Eu te amo, MadMax! – sussurrou de volta. – Por favor, volte mais vezes. Sinceramente pode ficar na casa de qualquer um de nós! – A última parte ele falou para todos ouvirem.

 

Todos concordaram. Era a vez de Eleven.

 

― Eu tô vendo você me fuzilar com os olhos – Max brincou. – Eu amo o Dustin! – E ele se impressionou por ela ter falado assim na frente de todo mundo. – Mike é só o cara que eu tenho que aturar por fazer parte do grupo. – Todos riram.

 

― Faça boa viagem, Max. – Eleven a abraçou.

 

Enfim, era a vez de Dustin.

 

Ele estava de cabeça baixa, tentando esconder as lágrimas que percorriam o seu rosto, as lágrimas que segurara por tanto tempo, mas que já não era capaz. Max depositou sua mão no queixo de Dustin para que ele a olhasse nos olhos. Quando finalmente se encararam ela não pôde deixar de chorar também, pois sentiu a tristeza que assolava o coração do menino.

 

― Eu volto! – ela disse primeiramente tentando de alguma forma consolá-lo.

 

― Logo, por favor!

 

Max assentiu e beijou Dustin profundamente. Ele a envolveu com seus braços e aprofundou ainda mais o beijo. Abraçavam-se fortemente enquanto isso como se assim, talvez, não precisassem ir. Porém o apito do trem soou novamente e eles sabiam que era a hora.

 

― E-Eu te amo... – Max disse sem fôlego ao quebrar o beijo. – Pense em mim todo dia antes de dormir, eu farei o mesmo! – Ele assentiu. – Você é incrível! Por favor, pare de duvidar disso!

 

― Se eu consegui uma mulher tão maravilhosa, algo de bom devo ter! – Ela sorriu com a brincadeira, sabendo que ele não precisava dela para provar que era um bom homem. – Eu te amo, Max! Volte pra mim!

 

Dustin acariciou o rosto da menina, depositando-lhe um último beijo em seus lábios vermelhos pela força do último. Soltaram-se e ela entrou em seu vagão.

 

Ninguém se mexeu esperando que Max aparecesse na janela dando um último tchau. Todos estavam movidos pela cena que acabaram de presenciar. Sabiam que Dustin havia demonstrado um interesse em Max, mas jamais imaginaram que a amava tanto e percebendo isso, Lucas sabia que deviam ficar juntos, porque ela correspondia na mesma intensidade. Assim como Mike e Eleven foram predestinados, pois:

 

1) Mike que tinha o porão para abrigar Eleven;

 

2)Mike que tivera que passar mais tempo com ela e cuidar dela por estar em sua casa;

 

3) Mike que acreditara que Will estava vivo pela interferência de Eleven;

 

4) Eleven que ajudou a trazer seu melhor amigo de volta;

 

5) Por fim, foi ele que começou a ensiná-la sobre a vida fora do laboratório.

 

Percebe, caro leitor, que poderia ter sido Lucas que tivesse um porão, que ele fosse mais solidário, ou que Dustin tivesse tido uma interação maior com Eleven por ser tão tranquilo em relação a tudo praticamente. Mas não, foi Mike desde o início. Eles passaram quatro anos negando essa atração, porém não conseguiram fugir. Sempre iriam se encontrar. Sempre voltariam um para o outro.

 

Dustin e Max eram assim também. Nunca conseguiriam fugir e por isso, quando ela apareceu na janela e o trem deu seu último apito, e a ruiva sumiu no horizonte junto com a locomotiva, Dustin, apesar de triste, conseguiu encontrar paz, sabendo que ela voltaria para ele.

 

 

Mike convocara uma reunião antes de todos se despedirem na estação de trem e exatamente por ele usar o verbo ‘convocar’ o grupo sabia que era sério.

Cada um foi para um lado primeiro para almoçarem, uma vez que não tinham combinado de comer na casa de ninguém específico, e depois se encontrariam no porão dos Wheeler, porém Lucas tinha algo a mais para fazer antes.

 

Tocou a campainha da casa de Lily que se surpreendeu ao vê-lo tão cedo. Esperava que ele fosse passar mais um tempo com seus amigos, depois se lembrou que ele queria que ela se enturmasse mais, pois seus amigos eram muito importantes para ele e gostavam muito dela, só que a cara de seu namorado naquele momento dizia outra coisa.

 

Fecharam a porta do quarto para terem privacidade. Sentaram-se na cama, ele pegou sua mão e Lily teve medo. Não fazia a menor ideia do que poderia estar acontecendo. Até onde sabia estava tudo certo. Será que Max voltar foi um gatilho para Lucas? Será que os dois voltaram a namorar? Ela tentava não ser insegura em relação à ruiva, mas a expressão de Lucas não ajudava.

 

― Lu? – ela perguntou nervosa. Ele estava ali há um tempo, olhando para suas mãos entrelaçadas sem dizer nada e isso a deixava ansiosa.

 

― Desculpa – ele finalmente falou. – Eu não planejei, principalmente agora, então não pensei no melhor jeito de te dizer isso...

 

Imediatamente Lily pensou que ele e Max haviam voltado e que estava prestes a terminar com ela. Seus olhos encheram d’água, mas segurou firme.

 

― O-O que?

 

― Quero que saiba que fiz isso porque te amo e não queria te decepcionar!

 

Ela arregalou os olhos. Do que possivelmente ele poderia estar falando? Queria gritar e pedir para que ele dissesse logo que estava acabado, seu coração não suportava aquilo, mas foi paciente.

 

Lily agarrou o braço do namorado tentando demonstrar afeto.

 

― Você nunca poderia, Lu...

 

Foram os olhos dele que encheram de água agora, pois sabia que talvez depois da próxima frase que saísse da sua boca, seria o fim de seu namoro.

 

Ver Max ir embora clareou as coisas para ele um pouco. Foi seu primeiro amor, então ela sempre seria importante, sem contar que fazia parte de seu grupo de amigos, não eram tão próximos, mas eram amigos sim. O problema mesmo havia sido Dustin, porque ele queria que ela fosse feliz.

 

Quando a conheceram houve uma competição, e por ser cabeça dura, Lucas fez questão de mostrar que havia ganhado. Ele poderia ter sido mais discreto na frente de Dustin. Max sempre pedira isso. Causava muito ciúmes, porque ele a amava e seu amigo também. Não queria perde-la para ele por medo do que seu gênio poderia fazer com a amizade. Tinha medo de sentir, apesar de no fundo saber que não era verdade, que havia sido traído pelo seu amigo, como se Dustin tivesse armado um plano para conquistar Max. Como se tivesse agido pelas suas costas tentando roubar sua namorada. Todavia, Dustin nunca faria isso. Ele simplesmente se apaixonou pela mesma menina que seu melhor amigo e ficou quieto assistindo os dois juntos.

 

A verdade era que dependia de Max. Ela que escolheria o melhor garoto para ela e o escolheu, nunca o traiu e não terminaram por conta de Dustin. Só que Lucas sabia que seu amigo e sua ex haviam se aproximado após o término, mas Dustin não fizera isso porque achou o caminho livre para conquista-la, mas sim para uma amizade. Quando namorava Lucas, ele não tinha coragem de chegar perto de Max com medo de se deixar levar e trair seu melhor amigo ou Lucas invocar com a aproximação. Só que agora também dependeu de Max, e ela sempre tendo Lucas em seu coração se deixou levar pela gentileza de Dustin que sempre fazia de tudo para agradá-la por pura inocência. Lucas percebeu que estava feliz pelos seus amigos e que seu amor era Lily.

 

E agora iria perde-la também.

 

― Se lembra da nossa primeira vez, Lils? – ele perguntou enfim quebrando o silêncio sabendo que a partir dali não havia mais volta.

 

­­― Como me esquecer? – ela riu nervosamente não sabendo aonde isso estava indo.

 

 

― Eu menti... – ele respirou fundo e Lily começou a entender. – Eu não era virgem. Perdi com a Max...

 

Lucas olhava para baixo com medo de encarar a menina. Soltou tudo de uma vez, porque tinha medo de não conseguir.

 

Lily fechou os olhos aliviada. Respirou fundo e disse:

 

― Eu sei...

 

Lucas arregalou os olhos e a encarou imediatamente.

 

― Como assim?!

 

― Eu não sou idiota, Lu... – Ela sorriu para si mesma. – Você não era muito experiente, mas também não dava na cara. Eu descobri, porque primeiro que eu te conheço muito bem; segundo que quando eu te disse que era virgem e você disse que também era, você estava estranho. Sua linguagem corporal tava esquisita. Normalmente os caras mentem o contrário. Se não te conhecesse diria que não estava confortável em admitir que era virgem, mas somos colegas desde o prézinho. Eu percebi que tinha algo que você não queria me dizer. Não quis te pressionar. Você sempre me falou tudo! Me contaria quando estivesse pronto.

 

Lucas estava sem palavras. Deveria ter dito de uma vez, mas não acreditava que tinha ficado tão nervoso com aquilo sendo que ela já sabia.

 

­― Pensei que fosse terminar comigo! – ele desabafou e sentiu um alívio. – Eu menti por muito tempo.

 

Lily fez que não com a cabeça.

 

― Sabe, o começo do nosso namoro foi muito intenso e você sabe que eu sempre coloquei a minha primeira vez num pedestal. Queria que fosse aquela coisa maravilhosa e pensava que ia me guardar por muito tempo, mas quando me apaixonei por você tudo foi muito rápido! Eu mal conseguia me controlar e você também. Decidi ceder a esse impulso e nunca me arrependi! Só que entendo que foi muito no começo e o seu término com a Max foi conturbado até porque estão no mesmo grupo de amigos. Eu acredito que sexo é um jeito de você se abrir pra uma pessoa, então tecnicamente você não deveria ter dificuldade pra falar comigo, mas a Max era um assunto muito recente e polêmico. Entendi que talvez não estivesse pronto para falar sobre ela. Você não conseguia falar nem com os seus amigos que estão com você há muito tempo! Eu entendo porque fez isso.

 

― Sabe, com a Max não foi legal. A gente tava brigando, mas ainda assim se gostava. Quando tivemos nossa pior briga acabamos indo pra cama como um meio de fuga, porque não aguentávamos mais aquela guerra, mas não queríamos nos separar. Eu não queria que fosse daquele jeito, então não conseguia admitir pra mim mesmo que tinha acontecido, muito menos pras outras pessoas. Depois você idealizou tanto, como acabou de dizer, que eu pensei que eu podia fingir que não tinha acontecido e recomeçar. Também não tive coragem de falar pra alguém tão sonhadora como você!

 

― Olha, talvez com outra pessoa eu não teria gostado que não fosse virgem. Queria que perdesse comigo, mas acho que isso significaria que não era a pessoa certa. E tudo isso é besteira! Eu teria feito mesmo assim. Não me arrependo de nada. – Ela apertou forte a mão de Lucas.

 

― Obrigada por ter sido meu primeiro e ter sido honesto. E obrigada por ser meu namorado!

 

Ele sorriu como nunca antes.

 

― Você é incrível!

 

Ele a beijou com vontade, quase esmagando seus lábios contra os dela. Não teria parado se não fosse por algo que lembrou.

 

― Espera! – Separaram-se ofegantes. – Tem reunião na casa do Mike hoje à noite. Vai comigo?

 

Lily começou a rir e fez que sim com a cabeça.

 

― Vocês são tão sérios!

 

Lucas também riu. Beijaram-se novamente e deitaram-se na cama. Ele estava pronto para deixar seu namoro com Max, aceitar o namoro dos amigos e seguir em frente com Lily.

 

 

Dustin entrou em seu quarto e imediatamente sentiu um vazio. Não parecia verdade a partida de Max até chegar ali. Parecia que haviam se separado por qualquer que fosse o motivo e mais tarde se veriam, mas quando entrou naquele quarto e viu o colchão no chão soube que não podia mais fingir.

 

Ele deitou sua cabeça no travesseiro de Max e sentiu seu cheiro. Imediatamente uma lágrima rolou pelo seu rosto com a realização de que ela não voltaria naquele dia e ele não tinha ideia de quando seria. Entretanto, saber que quando voltasse para Hawkins correria para seus braços já era o suficiente para aguentar até quando fosse.

 

Passou pela sua cabeça a primeira noite que passaram juntos ali e seu coração doeu. Foi o momento mais especial de sua vida e ele queria agradecê-la o tempo todo por isso, mas parou, porque ela disse que estava ficando irritante. Dustin riu com isso. Era a Max de sempre.

 

Ela ficaria em seus pensamentos enquanto esperava seu retorno e vivia a sua vida. Confortava-o saber que ele estava nos dela naquele mesmo momento no trem.

 

Os dois sorriram.

 

 

Mike estava feliz que Bethany estava no seu porão. Era bom saber que ela havia entendido e ia guardar segredo. Acima de tudo, a felicidade do Will voltara. Ficou feliz que puderam ajudar e que não tinham que esconder mais nada. Agora ela estava ali fazendo parte de seu grupo.

 

O que os surpreendeu mesmo foi ver Lily quando Lucas chegou. Estavam um pouco atrasados, mas juntos, o que talvez significasse que Lucas não havia falado nada. Mike preferiu acreditar que ele havia contado e que estava tudo para ela.

 

Lily percebeu a comoção pela sua presença e disse:

 

― Desculpem a demora. Espero que não se importem que eu tenha vindo!

 

― De jeito nenhum! – Mike se levantou para ser educado. – Por favor, sente-se.

 

O casal se sentou junto e um silêncio pairou. Ninguém sabia como começar e Dustin, Lucas e Lily não sabiam do que se tratava.

 

― Então, não vão falar nada? – Dustin perguntou impaciente. Odiava silêncios constrangedores, mas quem gostaria, né?

 

Will tomou a iniciativa.

 

― Nós resolvemos pedir para que viessem aqui, porque não podem ficar brigados desse jeito – ele falava diretamente com Dustin e Lucas. – Vocês sempre foram amigos e não deviam ficar assim por causa de uma garota.

 

― E não queremos que o grupo se dissolva por conta disso. – Mike completou. – Pode ser difícil, mas tenho certeza que conseguiremos resolver isso e os quatro se entenderão. – Fazia referência a Dustin, Max, Lucas e Lily.

 

― Vocês estão brigando?! – Lily perguntou chocada. Aquele grupo já havia se desentendido várias vezes, mas sempre foram tão fortes. Sempre voltavam a se unir. Além disso, não sabia que Max ainda era um problema tão grande.

 

― Desculpa, Lily. A gente se deixou levar e eu esqueci de contar. E não acredito que esqueci, porque eu prometi que vou ser honesto sempre com você agora! – Aquilo foi o suficiente para todos entenderem que Lucas havia contado a verdade. – O Dustin e a Max estão namorando...

 

― Não estamos namo... – Lucas fez uma cara feia e Dustin parou. – Ok, como quiser.

 

Lily abriu um sorriso.

 

― Sério?! Que legal! Eu sei que você sempre gostou dela!

 

Dustin assentiu.

 

― Sim e estou muito feliz!

 

― Eu também! – ela disse animada.

 

― E eu também – Lucas admitiu. Todos se surpreenderam com a revelação. – É esquisito ver sua ex com outro, principalmente seu melhor amigo, mas meu problema sempre foi com Dustin. Tinha medo da minha cabeça me fazer acreditar que ele estava agindo pelas minhas costas pra conquistar a Max. É besteira, porque eu sei que o Dustin não seria capaz, mas eu tinha mais medo de perder ele do que ela por isso, por conta do meu próprio gênio! Desculpa, Dustin! Tive medo de que não conseguíssemos viver os três em paz com vocês namorando e nosso passado, mas não tem porque me preocupar. Nós sempre vamos ficar juntos.

 

― Concordo! E realmente eu não faria. Não era próximo da Max quando namoravam, porque eu não sabia lidar. Não sabia a partir de qual momento estaria sendo amigável demais. E depois eu a agradava somente por gostar dela. Nunca pensei que ia me querer! Eu sinto muito também! Passamos dos limites. Eu também não tinha nada que me meter nos seus assuntos com a Lily!

 

― Na verdade, foi bom! Aceito o conselho vindo de um amigo! Você tinha razão, eu tinha que ser sincero. E se você e a Max fazem bem um pro outro, não vou querer ver os dois separados jamais!

 

Os dois se olharam com cumplicidade, finalmente perdoando um ao outro e se entendendo. Não tinham mesmo que se desentender por conta de uma menina. A amizade deles era maior que isso. Também não era justo para Lily ter um namorado de olho na ex e Max ter dois meninos decidindo quem era o melhor para ela.

 

― Essa foi fácil! – El disse e todos riram. Para variar era falava o que todos queriam dizer e não conseguiam por sua falta de senso. Estava esperando ter que usar seus poderes, mas eles se resolveram como homens e não como moleques.

 

― Eu acho que agora seria o momento ideal pra contar pra Lily vocês sabem o que – Lucas disse e todos assentiram.

 

O grupo inteiro ajudou Lucas a contar a história do Mundo Invertido para a garota e El provou com seus poderes. Depois as meninas ficaram se divertindo com Eleven fazendo as coisas levitarem e quase a drenaram totalmente. Não era todo dia que faziam uma amiga com poderes

 

 

Will deixou Bethany em casa e depois foi para a sua. Eles tinham combinado de Beth fugir durante a noite e ficar com ele. Will mal podia esperar por isso.

 

Ao entrar escutou sua mãe na cozinha e foi de encontro com ela, pois havia algo muito importante para discutirem.

 

― Will! – Joyce exclamou alegre quando viu seu filho. Deixou as louças de lado e correu para abraça-lo. – Cadê a El?

 

― Foi dar uma volta de carro com o Mike. Pediu pra dizer que logo estará de volta. – Ele depositou um beijo no rosto da mãe.

 

― Achei que a Bethany vinha dormir aqui hoje!

 

― Bom, eu não sabia que ela podia...

 

― Claro que pode! E não é como se vocês estivessem esperando permissão pra fazer isso, né?

 

Joyce piscou e Will corou. Ela sabia o que eles tinham feito. Realmente não conseguia esconder nada da sua mãe e, sinceramente, não se importava muito com isso.

 

― Espero que não tenhamos passado dos limites – ele disse sincero. Não queria desrespeitar sua mãe.

 

Joyce riu e abraçou Will rapidamente deixando claro que estava tudo bem.

 

― Me deixa te ajudar.

 

Os dois foram para a pia. Adoravam fazer atividades juntos. E se Will não gostava teve que aprender, porque não teve muita opção depois que foi parar no Mundo Invertido e sua mãe ficou superprotetora por medo.

 

­― Mãe, eu preciso conversar com você sobre essas viagens do Jonathan...

 

― O que tem?

 

― Sabe, ele confessou que vai sempre visitar...

 

­― A Nancy? – Joyce completou.

 

Ia perguntar como ela sabia, mas então se lembrou que sua mãe sabia de tudo. Só achava que sabia menos sobre seu irmão.

 

― E você sabe sobre o Steve? – Joyce assentiu. – E por que não fez nada?! – ele se indignou.

 

Will parou o que estava fazendo e o fato de sua mãe não parar fez ele pensar que ela estava dando de ombros, mas não era verdade.

 

­― Eu converso com ele toda vez que volta. Primeiro ele negava, mas agora admite e diz que é maior de idade e não é da minha conta. – Ela suspirou claramente chateada.

 

­― O Jonathan não é assim! – Will continuou o trabalho.

 

― Eu sei, mas tá cego de amor...

 

― Eu vou falar com ele!

 

Não se conformava que seu irmão havia tratado sua mãe daquele jeito. Os três sempre foram tão amorosos. Será que a casa estava muito cheia e isso o estava deixando estressado?

 

Enxugou sua mão, mas Joyce disse:

 

― Espera! – Segurou o braço do garoto. – Não queria brigas, estresse, nessa casa, principalmente por conta da Rose!

 

Will franziu a testa tentando entender que mulher possivelmente podia ser aquela. Alguma tia que ele não conhecia estava vindo visita-los? Isso durou um segundo até cair a ficha. Ele sorriu fortemente.

 

― É menina?!

 

Joyce assentiu com a cabeça rindo. Will se abaixou imediatamente e começou a beijar a barriga da mulher.

 

O obstetra de Joyce teve um imprevisto familiar e teve que sair da cidade sem saber quando voltaria. Por saber que o momento da descoberta do sexo do bebê é importante e como Joyce e Hopper estavam ansiosos para esse momento, apesar de ser domingo, disse que podia fazer o ultrassom e eles foram, mas Will estava empolgado demais para perguntar.

 

― Eu tô tão feliz e ansioso pra te conhecer, menininha! – Levantou-se e começou a beijar a mãe. – Você tem razão! Que se dane a vida amorosa do Jonathan! Vocês duas têm que ficar relaxadas! Senta, mãe, senta! – Foi empurrando-a em direção à cadeira. – Eu faço todo o ser...

 

― Filho! – interrompeu. – Está tudo bem. Eu tô bem! Acho importante você mostrar pro seu irmão como se importa. Só quero que se a coisa começar a esquentar que se retire. Eu já passei da idade de engravidar, então todo cuidado é pouco e vocês meninos me deixam louca!

 

― Tem certeza, mãe? Podemos deixar essa conversa para depois do nascimento...

 

― Vai demorar e seu irmão precisa de ajuda logo!

 

Eles concordaram e foram imediatamente. Joyce estava feliz que Will estava preocupado com seu irmão. Só tinha medo de brigarem. Sua gravidez era de risco pela sua idade. Não podia se estressar.

 

Para variar Jonathan estava em seu quarto distraído ouvindo rock e não ficou nada feliz quando foi interrompido ao cortarem sua música.

 

― Mano, precisamos falar sobre a Nancy...

 

Jonathan revirou os olhos.

 

― Filho, por favor! Só queremos ajudar.

 

― Não queremos te ver sofrer!

 

Will sentou-se na cama igual a Jonathan e Joyce em uma cadeira que havia ali.

 

Jonathan respirou fundo e disse:

 

― Acabou! – Os dois se surpreenderam. – A última vez que fui lá falei que merecia coisa melhor e fui embora.

 

Will colocou a mão no ombro de seu irmão tentando confortá-lo.

 

― E como você se sente? Devia ter me contado - Joyce disse preocupada. Não queria seu filho sofrendo por amor sozinho.

 

― É que eu me sentia sozinho. Tá todo mundo morando aqui. Você tem o Hopper, tem o bebê, o Will tem a Bethany, a El tem o Mike... Tem até um guaxinim nessa casa! A Nancy foi tudo o que eu encontrei pra suprir esse buraco, mas ela vinha junto com o Steve. Eu não disse nada, porque tô me sentindo muito mal e por isso fiquei com medo de brigar com você, por estar tão chateado. Mas eu sei que é pro melhor.

 

― Filho, não quis te deixar em segundo plano! Me desculpe. – Ela se sentou ao lado de Jonathan. – É que passamos por tanta coisa esses últimos anos. Isso inclui Hopper, El e a bebê. Foi vindo tudo de uma vez e eu acabei me perdendo.

 

― Me desculpa, mano. Eu fiquei encantado demais por uma menina e esqueci de você que sempre cuidou de mim...

 

― Está tudo bem, gente. Eu entendo. Do nada você tem quatro filhos e um marido, mãe, que joga pra você os cuidados com a Eleven por as duas serem mulheres, o que é totalmente compreensível. E Will, você já passou por tanta coisa. Tem todo o direito de ser feliz e curtir seu encantamento pela Beth. Sem contar que todo mundo erra. Foi o que eu fiz. Errei feio. Também me coloquei em segundo plano. Agora eu vou entrar para a faculdade e nós vamos cuidar desse bebê. – Ele colocou a mão na barriga da mãe.

 

Joyce sorriu.

 

― Venham aqui, meus meninos!

 

Eles sorriram e se abraçaram em família felizes com o que estava por vir. Mereciam felicidade e um pouco de paz e aquela coisinha pequena na barriga de Joyce não podia deixar tudo melhor!

 

 

Mike estacionou no mesmo lugar que mais cedo e abriu a porta do carro para El tentando ser cavalheiro e romântico. Estendeu uma toalha no chão para que se sentassem e entregou Eggos à namorada.

 

― Você é muito gentil – ela disse agradecendo. Logo em seguida começou a devorar os petiscos.

 

― Eu queria dizer que sou um cara muito legal, mas, na verdade, depois do que as meninas fizeram com você só estou garantindo que você tenha energia para o que vamos fazer agora!

 

Mike sentiu um soco de leve no seu braço apesar de Eleven não ter se mexido e riu.

 

― Safado – disse de boca cheia. Não fazia muito tempo que havia aprendido o significado daquela palavra, mas tinha certeza que se aplicava ao namorado naquele momento. Não que se importasse.

 

― Eu tenho um presente pra você.

 

Mike correu para o carro e voltou com um pacotinho.

 

― Não precisa de tudo isso pra fazer sexo – ela foi sincera e Mike riu.

 

El deixou a comida um pouco de lado para que pudesse abrir seu presente.

 

― Dessa vez eu realmente só tô sendo gentil. Não quero nada em troca.

 

Ela fez uma expressão de desconfiada e abriu. Era uma caixinha de joalheria que dentro tinha duas pulseiras prateadas. Uma lia-se Mike e a outra El.

 

― Espero que não se importe, mas quis materializar nosso amor. Posso? – El assentiu e ele colocou em seu pulso a que dizia Mike e a outra no seu próprio braço. – Eu te amo demais e quero que tenhamos algo só nosso, como uma promessa do nosso amor. Enquanto usarmos sempre estaremos juntos mesmo que estivermos separados.

 

Essa última parte confundiu um pouco El por ser um paradoxo, mas ela não deixou de adorar o presente.

 

Pulou em cima do namorado fazendo com que ele caísse de costas e soltasse um gemido pelo impacto e por não ter tido tempo de proteger seu braço quebrado que agora estava doendo, mas não se importou por conta do monte de beijos que recebeu.

 

― Adorei! Adorei! Adorei! – ela gritou entusiasmada. – Te amo demais, Mike! Te amo pra sempre.

 

― Eu também, El. Você é tudo pra mim!

 

Eleven beijou o namorado de novo, esquecendo-se dos Eggos que sobraram, algo bem original. Ela só queria saber de trocar carícias e mostrar o quão gigante era o que sentia por ele.

 

Os dois se deitaram juntos e se conectaram ali naquela montanha, debaixo das estrelas outra vez. Cada vez parecia que a sensação era maior e que jamais seriam capazes de se separar, mas não se importavam com o resto do mundo naquele momento e que teriam que cada um ir para sua casa depois. Só conseguiam pensar e sentir um ao outro, o que era suficiente para saberem que iam ficar juntos para sempre.

 

* Fim *


Notas Finais


Bom, na minha história Will não é gay, Jonathan não fica com Nancy e Max fica com Dustin. Quis mudar um pouco do que vemos por aí e espero que não tenham se importado.

Coloquei uma foto do cast na capa, porque da série em si todos juntos nunca tem eles sorrindo rs

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Muito obrigada novamente! Vocês são demais! Com muita felicidade me despeço dessa história, apesar de sentir um aperto no coração, mas espero que não esteja me despedindo de vocês, porque temos O príncipe pela frente ainda e quem sabe outras histórias? Beijossssssssss


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