"Sim"
Três letras, uma palavra, uma coisa tão simples, responder uma pergunta, quantas perguntas nós respondemos durante a vida afinal? Milhares, porém essa palavrinha tão inocente e tão explicativa para Joe podia dizer muitas coisas, e nem todas eram boas.
Durante toda sua infância a marca na sua bochecha foi uma lembrança de que ele havia estragado uma vida, ele era sim muito grato a Daniel por ter lhe dando uma chance a mais para viver, porém a que custo? O jovem ruivo agora e para sempre será um cadeirante e isso tudo por sua causa.
Daniel virou seu porto seguro, mesmo do outro lado do mundo, não importava a hora que ele precisasse Daniel atendia suas ligações.
O pai nunca ligou muito para ele sempre rígido, sem sentimentos, a mãe era mais presente e carinhosa mais ainda muito distante emocionalmente, muitas vezes acreditava viver completamente sozinho dentro de casa tudo que sempre quis foi um pouco de carinho ou atenção, e a única pessoa que estava disposta a fazer isso e lhe dar isso estava literalmente do outro lado do mundo.
Não se lembrava quando a palavra irmão foi associada a Daniel, mais não se importava com esses detalhes tudo valia era mostrar suas notas pela webcam e passar horas e mais horas depois da escola jogando conversa fora com a única pessoa que realmente parecia o amar em todo o planeta.
- Joui..vem morar comigo...eu prometo que vou cuidar de você maninho
- Como eu vou pro Brasil Nii-san? Eu ainda não tenho 21 anos.
- Eu não aceito que você viva assim, você merece muito mais do que isso, olha pra você! Acabou de ser campeão dos juniores em ginástica....e nenhum dos seus pais foi assistir você! Eu tive que ver a live pirata toda bugada, mas eu ainda estou aqui com você.
- Eu sei Nii-san, mas eu ainda tenho só 16 anos....
- Eu vou juntar dinheiro! Eu vou te trazer pro Brasil! Eu não quero mais te ver assim.
Joui sorriu eram oito da noite no Japão, ou seja Daniel é ele estavam se falando a duas horas, e isso sempre deixava o mais novo com a consciência meio pesada, sabia que Daniel tinha que trabalhar em poucas horas mas ainda sim, estava ali com ele o apoiando, enquanto os pais viam tv no andar de baixo.
Eles conversam por mais uma boa hora, Daniel nunca foi do tipo meloso ou carinhoso com ninguém, mas até ele sabia que Joui estava sendo terrivelmente negligênciado pelos pais, iria juntar o máximo de dinheiro que conseguisse, acharia um apartamento maior e o adaptaria para sua cadeira de roupas e traria Joui para morar com ele, mesmo que tivesse que ficar sem comer, ele iria trazer o seu irmão para junto dele e protegê-lo de tudo que um dia pudesse magoa-lo.
Joui encerrou a call e se deitou na cama, sabia que ninguém iria subir para lhe dar boa noite mas já estava acostumado, não iria deixar que Daniel o salvasse mais uma vez, não mesmo encontraria uma forma de jurar dinheiro e em quatro anos iria embora do Japão para nunca mais voltar.
Trabalhar em karaokês e Butlercaffes foi uma experiência bastante interessante não atrapalhava nós estudos e também nos torneios e foi por meio desses dois primeiros trabalhos que ele acabou descobrindo um forma muito melhor de ganhar dinheiro Enjo Kosai.
Se enganam muitos aqueles que acreditam que homens japoneses são totalmente héteros, assim que a ideia surgiu na sua cabeça Joui imaginou que não teria nenhum cliente porém a maré foi bem diferente do que o garoto imaginou, ele tinha a agenda cheia de homens de todas as idades e classes sociais atrás do seu lindo rostinho marcado.
Daniel achou um apartamento perfeito, tinha tudo pra dar certo se o proprietário não fosse um cuzão que assim que viu Daniel entrar no prédio com sua linda cadeira de rodas e automáticamente fechou a cara.
- Você está sozinho? Não tem nenhuma pessoa responsável por você?
- Como assim senhor?
Daniel estava se segurando muito para não passar por cima do pé do velho rabugento a sua frente, ele já era um homem adulto, já estava terminando sua faculdade e trabalhava em uma editora, não precisava de ninguém para cuidar dele.
- Desculpa moço mas eu não sei se posso alugar um apartamento para um deficiente sem ter alguém responsável por ele.
Ser ruivo tem suas desvantagens, uma delas e ficar vermelho com muita facilidade e tinha certeza que agora um camarão frito deveria estar menos vermelho do que ele.
- Não tenho mais interesse senhor, passar bem.
- Q-quer ajuda? Eu posso te levar até o ponto.
- Não muito obrigado!!
Saindo pelo hall do prédio Daniel balançava a cabeça negativamente, sua deficiência não o fazia menos capaz de que ninguém, e nem estava ali para que as pessoas o tivessem como inspiração, ele era uma pessoa comum, um rapaz comum.
Jurou que não iria dormir com nenhum cliente, mais aquele empresário mais jovem o deixava intrigado, ele sempre o pagava a mais e não o tocava realmente durante os encontros que tinham, ele já tinha seus 35 anos mas era bastante bonito e educado estava realmente bastante intrigado com aquele homem.
A alguns dias tinha notado uma moça o observando bastante no ponto de ônibus, ela também era ruiva e tinha olhos claros provavelmente deveriam ter a mesma idade, talvez só estivesse olhando por ser ruivo também.
O capô daquele carro já tinha visto cada detalhe da sua pele, agora apoiado nele sentia o homem entrando e saindo de si sem muito cuidado e estava adorando, não tinha cumprido sua promessa e estava indo pra cama com aquele cliente, mais sinceramente sexo era só sexo, gostava mesmo de ficar conversando com o cara depois, gostava do som da voz dele e como prova de que realmente não se importava com o dinheiro tinha parado de cobrar sempre que acabavam naquela situação, contava tudo sempre pra Daniel que agora tinha uma namorada linda e bastante carinhosa, estava muito empolgado para conhecê-la.
Joui estava estranho, muito estranho, não gostava nada dele estar fazendo Enjo Kosai para juntar dinheiro, e gostava menos ainda de saber que ele estava saindo com um cara com o dobro da sua idade estava com um péssimo presentinho.
Daniel não estava feliz, conseguia ver em seus olhos claros que tinha algo de errado com o irmão e não sabia exatamente o que era.
- Joui...eu acho que tenho um problema.
- Nii-san...eu também acho que tenho um problema.....
- Você primeiro irmãozinho.
- Não consigo tirar ele da minha cabeça....ele é casado...a mulher dele tá grávida.....ele não quer mais me ver.....o que eu faço??? O que eu faço??? O que eu faço???
Daniel olhou o Irmão chorando na frente do computador, ele enfiava a mão nos cabelos e puxava enquanto balançava pra frente e pra trás sentiu seu coração partir em vários pedaços porém já tinha previsto que as coisas acabariam assim, no entanto, faltava muito pouco para alcançarem sua meta talvez fosse hora de ser mal.
- Joe.... vamos acabar com a vida desse cara?
Viu o garoto asiático levantar a cabeça lentamente, olhos negros como a noite e uma expressão seria.
- Sim.
Acabar com a vida de uma pessoa pode abranger muitas coisas tais como: matar alguém, mas isso é só um exemplo o plano dos irmãos era algo muito pior que a morte e levaria um pouco mais de tempo para ser executado, e se desse certo, também poderia ajudar Joe a ir para o Brasil mais rápido.
Joe obedeceu às instruções do amado irmão, se aquele cara não iria ficar com ele.... não ficaria com mais ninguém... não veria aquele maldito bebê nunca mais, aquela criança tinha estragado o relacionamento deles então a arrancaria dele.
Foi o ano mais longo da vida do atleta ele iria fazer 19 agora e estava decidido que seria seu último aniversário em terras nipônicas, usaria todo seu talento e beleza no Brasil, ajudaria Daniel com o seu problema.
Fez os nós do jeito que aprendeu, ninguém iria notar ou perceber na realidade quem iria desconfiar de um garoto tão doce e inocente como ele? Imagina! Joui era puro e lindo um exemplo de rapaz! Suas medalhas e troféus brilhavam tanto quanto seu doce sorriso nas plaquinhas de desaparecido nos postes dos bairros, foi a primeira vez que seus pais realmente se preocuparam com ele acionaram a polícia e depois do quarto dia as esperanças já estavam se esvaindo, o número 4 traz azar, traz morte, Joui nunca gostou do número quatro, era hora de agir.
A polícia entrou no galpão encontrando o adolescente desmaiado, desidratado e incrivelmente fraco amarrado em uma cadeira e amordaçado, o rapaz foi levado diretamente para o hospital onde recebeu os primeiros socorros.
- Meu jovem nós precisamos saber o que aconteceu, você consegue se lembrar de quem te sequestrou?
Joui chorou horrores atuou como ninguém, tudo em prol de acabar com aquele homem, os exames provaram que eles haviam feito sexo e com sua doce expressão Joe se pagou perfeitamente de virgem imaculado que foi seduzido por um homem mais velho, 17 anos de prisão, ele não veria o maldito filho crescer, perderia absolutamente tudo, se não fosse de Joe, não seria de mais ninguém, nunca.
Continuou sua atuação com os pais, dizia que tinha medo de continuar no país que não aguentaria viver mais naquele lugar onde havia sido sequestrado, queria vir para o Brasil e viver em paz e esquecer que tinha passado pelo trauma, e os pais, pela primeira vez em anos atenderam o seu pedido.
Tudo tinha começado tão bem no relacionamento deles, ela era tão gentil e bondosa no começo mas logo isso se mostrou incrívelmente falso e irritante, ela não queria um relacionamento, ela queria alguém dependente dela e nada mais apropriado para isso do que um jovem cadeirante tentando a independência, já tinha terminado com ela diversas vezes, mas ela sempre aparecia cheia de desculpas e se recusava a ir embora, tinha que dar um jeito nisso e nada melhor do que usar tudo que ela sempre quis contra ela.
Ver o rosto de pânico dela na delegacia foi uma das melhores sensações que já teve na vida, meses de gravando as discussões alguns hematomas falsos e pronto tinha acabado com a vida dela, quem desconfiaria de um homem que perdeu os movimentos salvando uma criança? A ordem de restrição foi muito bom porém ela era obcecada pela ideia de ter alguém que como Daniel era seu maior desejo então dois tiros foram o suficiente para que ela entendesse que andar de cadeira de rodas não era algo tão exitante assim.
- Senhor Hartmann o senhor tem certeza que ficará bem sozinho?
- Não se preocupe comigo oficial.
O homem de meia idade olhou para Daniel com aqueles olhos que tanto odiava, olhos que achavam que ele não era capaz de se virar sozinho.
- Daniel por favor me desculpa! Eu te amo!
A mulher era recolhida na maca do SAMU, ela lembrava um pouco Joe na personalidade mas seu irmão era a melhor pessoa do mundo enquanto ela era só uma devotee, ela amava sua deficiência não amava Daniel como pessoa e isso foi uma das coisas mais dolorosas que o ruivo já tinha sentido em sua vida.
Joe chegou e tudo parecia finalmente no lugar, o rapaz asiático entrou em uma equipe de ginástica em São Paulo e ele até publicou um livro, realmente foi uma das melhores fases da suas vidas o amor que eles sentiam um pelo outro era algo que ele jamais pensou sentir por alguém que não fosse sangue seu, mas Joe era seu irmão a metade que sempre faltou em sua vida e faria de tudo para vê-lo feliz.
Se sentiu patético, uma médica legista, um jornalista e ele formado em literatura não conseguiram ajudar o pobre atendente a arrumar a máquina de café, mas pelo menos ganharam um cafezinho de cortesia.
- Me sinto patética
- Eu me sinto derrotado
- Rapaz nunca me senti tão sem valor na minha vida.....
Os três se olhavam para seus cafés, no caso de Liz chá com um remorso terrível, Daniel olhou o casal a sua frente e se sentiu meio sem jeito, os dois eram muito bonitos e pareciam tão íntimos e trocavam sorrisos se sentiu uma vela, era melhor ir embora.
- Foi um prazer mas eu acho que já vou indo.
- Espera aí meu querido, vamo bater um papo.
O olhar do rapaz era bastante estranho sobre si, podia sentir uma terrível má intenção vindo dele parecia que o moreno queria muito devora-lo, olhou para a moça do lado e ela também observava bastante atenta tinha algo bem errado com aquele casal.
"Acho que eu nunca vi um ruivo tão bonito assim."
"Eu acho que ele tem os olhos mais lindos que eu já vi."
Viu os dois falarem algo em libras e ficou bastante confuso o olhar deles sobre si era algo que não tinha experimentado na vida, eles o olhavam de um jeito tão intenso que não sabia como lidar.
- Me fala uma coisa meu querido, você está afim de ganhar muito dinheiro?
- Mais assim papai é muito dinheiro.
- Desculpa eu não tô entendendo vocês...
- Olha diferente do Thiago eu gosto de ir direto ao ponto, você é o ruivo mais bonito que nós já vimos, e estávamos pensando se você não quer trabalhar com a gente?
Daniel olhou a moça bonita e rapaz gato na sua frente eles tinham uma vibe bem estranha mais não pareciam mas pessoas.
- Primeiro de tudo a gente precisa saber.... você gosta de que? Homem? Mulher? Algo entre os dois? Os dois?
Novamente imaginou que um camarão deveria estar menos vermelho que ele, aqueles dois eram estranhos.
- Eu acho que vou embora.
- Ei bonitão não foge da gente não, eu tenho certeza que você vai amar a nossa proposta.
Voltou pra casa e deu de cara com Joe se alongando feliz, a proposta do casal era bem interessante e pelo que eles falaram ele ganharia muito dinheiro.
- Nii-san, você tá atrasado, aconteceu alguma coisa?
- Joe, eu acho que nós temos uma oportunidade de ouro nas mãos.
Finalmente estava usando suas habilidades de Barman para algo, Joe não bebia então geralmente fazia drinks para si mesmo ou apenas para apreciar as cores, muitas vezes nem bebia o que tinha feito, mas ver todas aquelas pessoas bebendo o que ele fazia enquanto Joe recebia a atenção que tanto precisava era realmente muito divertido, o único problema era Alex, ele não era bem um problema só era muito irritante e muito afetuoso até meloso de mais, se sentia honrado de ter um quase modelo super inteligente de 1,80 interessado nele, mas o medo de se relacionar era muito maior, passou a agredir o pobre poste de óculos sempre que ele dava uma cantada ou investida em sua pessoa, isso gerou muitas brigas com Cesar e Chris e até Thiago já tinha vindo lhe dar uma ameaçada, Liz foi bem passivo-agressiva em relação as suas atitudes com o negro mas nada muito sério, poder fumar até não lembrar o próprio nome era divertido, transar com Thiago e Cesar seja junto ou separado era muito divertido, não ligava muito para Alex até Arthur aparecer na boate.
Joe nunca entendeu Alex, ele era um doce de pessoa, super gentil e bem engraçado mas isso tudo era esquecido quando ele dava investidas no seu irmão, o achava irritante quando fazia isso mas no geral ele era alguém agradável de se conversar e paciente com suas explicação, realmente lembrava um professor, mas agora ele era seu rival, não ia mentir ele era muito gostoso na cama, mais isso não o impediria de tentar conquistar Arthur.
Os dois irmãos juntos dos outros membros da equipe olhavam para Alex ajoelhado com a caixinha na mão, viram Arthur ficar branco feito um fantasma e sentir a pressão cair, o sorriso dele era tão lindo que parecia que iria cegar todos ali.
- Sim!
- Sim??
- Sim! sim! Sim! Um milhão de vezes sim.
O gaúcho pulou nos braços do negro que o segurou com bastante facilidade enquanto se beijavam tão docemente que era possível sentir a doçura a metros de distância.
- Enquanto você quiser ficar comigo Arthur eu vou ficar com você.
Viram estáticos o negro colocar a aliança no dedo do motoqueiro e então ele colocar a outra no dedo do mais novo enquanto sua mãos se entrelassavam e eles trocavam outro beijo, era adorável ver a diferença de altura entre eles.
- Ahun!!!
- Desculpa gente eu ia pedir ele outra hora...mas eu estava tendo um ataque de nervoso já.
- Tá tudo bem irmãozinho...foi só.... uma surpresa...
Thiago tinha virado estatua, Joe tinha os olhos arregalados e presos nas alianças elas eram muito bonitas, Alex tinha um excelente gosto, Daniel estava tão confuso que beirava a insanidade enquanto Liz e Chris pareciam genuinamente felizes.
- Daniel não se preocupa, esse vai ser a maior demonstração de afeto que eu e o Arthur vamos demonstrar aqui dentro, prometo não atrapalhar o show.
- OK....eu.....eu vou organizar algumas bebidas lá atrás... Thiago....vem comigo por favor...
Os dois amigos foram muito confusos para o estoque enquanto Cesar voltou para a cabine de vidro e colocou "Dua lipa - Pretty please" para tocar, Liz deu parabéns pro casal e Chris deu um abração no Arthur o fazendo ficar bastante sem graça.
Enquanto isso no estoque.
- Thiago o que acabou de acontecer?
- Eu não faço ideia, mas eu não vou desistir do Abutre.
- Thiago com todo respeito, o Alex só pode estar ficando doido, isso e totalmente irresponsável e sem sentido, tem que ser muito burro e inconsequente para-
- Ei Daniel, lava essa boca para falar do meu Alex.
- Desculpa Senhor baba, mas seu Alex pode lascar todo mundo aqui.
- Me diz uma coisa Daniel, sem fugir agora, seu problema é com o Alex e o Arthur estarem nesse relacionamento, ou o fato do Alex não ficar que nem um cachorrinho atrás de você?
- Do que você tá falando?
- Se fosse eu ou Cesar saindo com o Arthur, você estaria dando esse mesmo piti?
-.... lógico....
- Meu amigo.... você é um péssimo mentiroso....
Thiago deixou o ruivo sozinho no estoque enquanto Joe surgia do nada na porta com uma carinha bastante tristonha.
- Nii-san.... Eu não vou desistir do Arthur-san...
- Eu sei Joe....eu sei... só cuidado pra não se machucar ou machucar outras pessoas....
- Eu sei....você também promete não se machucar ou machucar outras pessoas?
- Prometo irmãozinho.
As apresentações da noite ocorreram normalmente e Arthur teve mais clientes graças a Alex, Daniel se pegou imaginando que talvez seja a hora de colocar o Abutre e a raposa para dançarem juntos em breve.
Alex estava nas nuvens, nunca esteve tão feliz em uma segunda feira, o dia em particular estava frio de mais pro gosto de qualquer um porém ele estava muito empolgado para passear no shopping hoje, seria o primeiro passeio dele com Arthur oficialmente namorados e estava muito feliz com isso.
Se olhou no espelho umas 30 vezes, estava nervoso, nunca tinha tido um encontro propriamente dito, tudo bem que seu sogro, seu cunhado e mas Liz, Joe, Daniel e Thiago também estariam lá, mas ainda estava bastante nervoso.
Alex estava adorável de mais para sua saúde mental, a toquinha na cabeça o deixava tão fofo que doía não tinha mais como negar, estava caidinho pelo mais novo.
Andar de mãos dadas nunca foi uma das sua prioridades, até porque nunca tinha tido um relacionamento sério mas assim que a mão de Alex envolvendo a sua e ele sorriu em sua direção que ele simplesmente derreteu com aquele sorriso lindo.
Segurar a mão dele era incrível se sentia realizado e muito feliz, passearam por algumas lojas quando derrepente viu algo em uma vitrine que lhe chamou a atenção.
- Amor só um minutinho.
Alex correu até o irmão mais velho desesperado e segurou sua mão o puxando com tanta força que Cesar ficou meio erguido no ar.
- Aí Alex cacete!
- Brother you need to see this!
E o negro alto arrastou o Irmão até uma vitrine, Cesar olhou pro Alex, olhou pra vitrine e pro irmão outra vez e em três segundos os dois estavam dentro da loja comprado sabe-se lá o que.
Ambos os irmãos voltaram com duas sacolinhas e um sorrisinho bastante parecido um com o outro e ambos pareciam muito felizes mesmo.
Chegando na praça de alimentação muitos deles estavam com sacolas porém os irmãos Cohen ainda levavam as primeiras sacolas com o maior sorriso já visto ali.
- Vocês vão contar ou não o que vocês compraram em?
Os dois se olharam e ficaram um pouco vermelhos hora ou outra eles iriam ver de todo jeito mesmo, Cesar tirou da sua sacolinha uma action figure de Dark souls que ainda tinha o valor grudadinho, enquanto Alex puxava uma caixa com uma action figure da sailor moon muito rica em detalhes, foi o suficiente pra Thiago e Chris começarem a rir.
- Rapaz vocês não mudam mesmo em.
O passeio terminou bastante feliz, segunda feira a boate não abria mesmo e eles já tinham arrumado tudo nela, a pedida era casa.
- Alex quer ir lá em casa?
Não tinha segundas intenções no convite do motoqueiro, ele realmente só queria ficar com o namorado.
- Claro.
O casal se despediu do resto dos membros e seguiu seu caminho, Liz e Chris foram pra casa enquanto Daniel e Thiago foram para o apartamento do mais velho, enquanto Joe e Cesar foram para o apartamento que o asiático vivia com o Barman.
Daniel sempre foi o ruivo mais bonito que já tinha posto os olhos na vida, ver ele sempre orgulhoso deixava com ainda mais vontade de quebra-ló.
O gosto do cigarro na boca do antigo escritor era simplesmente delicioso o jeito que ele se segurava para não gemer mais alto e de como ele ficava submisso eram maravilhosos.
Thiago não tinha piedade metia com força enquanto puxava seu cabelo e mordia sua orelha, conseguia ouvir o som que a pele fazia quando se encontrava era sempre incrível transar com ele, uma experiência diferente toda vez.
Sentiu o corpo ondular por cima do seu e a velocidade aumentar bastante, ele estava um pouco irritado e isso o deixava ainda mais gostoso.
Daniel gozou se tremendo todinho e sentindo os gemidos de Thiago aumentarem mais ainda enquanto bombava dentro dele e puxando seu cabelo uma última vez.
Viu o moreno tirar a camisinha e jogar ela numa lixeira perto da cama enquanto ele olhava pro teto com um pouco de dificuldade para respirar.
- Você tá nervoso com o que Thiago?
- Quem disse que eu tô nervoso?
- O jeito com que você transa diz muito sobre o seu humor meu amigo.
Thiago bufou acendendo um cigarro e dando um trago e logo em seguida passando o mesmo para Daniel.
- Alex tá feliz com o Arthur
- Isso é motivo pra ficar bravo?
- E eu tô com inveja disso.
Daniel olhou o amigo dando outro trago no cigarro e passando pra ele outra vez, tinha um pouco de cabelo no olho mas ignorou aquilo no momento.
- Eu imaginei...
- E você? Não tá com um pouco de inveja do Arthur ter tirado o Alex de você?
- Eu nunca quis nada com o Alex, ele é muito irritante.
- Continue falando assim, quem sabe você consiga se convencer que é verdade um dia.
Thiago deu outro trago no cigarro e passou novamente para o ruivo que agora olhava a ponta queimando fascinado.
- Eu nunca senti nada assim por ninguém Dani, eu não vou desistir.
- Eu sei meu amigo...eu sei...
- E você, vai desistir do Alex?
Daniel deu um último trago bem profundo no cigarro e encarou a chama se apagando lentamente, o amargo da nicotina na sua boca e o amargo dos sentimentos se misturavam, Thiago ao seu lado parecia tão perdido quanto ele, pela primeira vez em sua vida... não sabia o que responder.
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