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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Tal pai, tal filho


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Gente vcs estavam esperando a chegada do paizão! Ele chegou! Essa máscara na capa é a dele, gostaram?
Tem algumas discussões sérias nesse capítulo então se você for sensível cuidado viu.

Capítulo 17 - Tal pai, tal filho


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Tal pai, tal filho

Comer a comida do pai depois de quase um ano foi incrível, poder abraçar ele era a melhor parte estava com muita saudades do seu velho, tirou uma foto deles juntos e mandou para Alex que respondeu com um áudio mandando um "oi sogro" e uns emojis e figurinhas fofinhas, Brulho ficou meio pé atrás ou melhor um pouco irritado por não parecer assustar o rapaz porém podia mudar isso no cara a cara.
Os olhares na rua eram bastante agradáveis, Arthur já era intimidador sozinho, com o pai do lado as pessoas se afastavam preocupadas com a própria segurança a sensação de poder era deliciosa, estava se divertindo bastante aterrorizando as pessoas com seu tamanho e tatuagens.
Aquilo era um puteiro, não tinha outra explicação, porém Arthur já tinha deixado claro que não fazia sexo com ninguém por dinheiro então acreditava no filho, ficou um pouco feliz pelo local ter elevador e rapa de acesso era algo difícil de se encontrar até em lugares normais, e aquele estava longe de ser normal.
O salão era muito bonito, as mesas e as cadeiras eram da melhor qualidade, o palco era bem interessante também e o bar parecia uma pintura de tão bem organizado, bem diferente do que imaginou que seria.
- GENTE CHEGUEI E TROUXE VISITA.
O primeiro a sair da cozinha foi Alex muito empolgado, pelo estado que ele estava Arthur percebeu que o namorado estava loucão de açúcar, provavelmente comeu uma pilhas de doces por causa da empolgação, Joe veio trazendo Daniel na cadeira de rodas, Liz saiu da casa de máscaras carregando um balde de água, estava provavelmente limpando algumas coisas, Thiago brotou do estoque comendo uma banana com Mickey no ombro e Cesar apareceu igual um fantasma atrás dos Ceveros.
- Iai.......
Brulho quase infartou vendo aquela criatura branca e magrela aparecer atrás deles, o cabelo cumprido e as olheiras profundas faziam ele parecer um cadáver.
- Cesar! Esse é meu pai, Brulho!
- Achei que menor de idade não fosse permitido nesses lugares....
- Eu tenho 30 anos Tio.....
Pelo visto não era só o Alex que tinha consumido muito coisa que não devia, Cesar estava claramente muito chapado, mas não parecia se importar.
- ...... é sério?
- E pai, e sério ele é um dos mais velhos aqui.
Brulho analisava o rapaz que estava claramente drogado mas não conseguia colocar uma idade nele, mas se o filho estava dizendo iria acreditar.
- Oi muito prazer eu sou o Alexander, mas o senhor pode me chamar de Alex se quiser.
Então esse era o namorado do filho? Realmente muito bonito! Tinha um sorriso simpático e era bastante alto e no momento parecia que se ele podia alimentar sua cidade inteira com a energia que parecia estar correndo dentro do seu corpo.
- Alex.... O que você comeu em???
-......nada........
- Ele tá mentindo Cesar-kun! Ele tomou uma garrafa de energético sua com uma barra de chocolate.
- O QUE????
- Joe!!! Por que você me entregou?
- Você tá parecendo uma pilha ambulante Alex-senpai
Arthur deu um paço pra frente e se meteu em uma discussão que Brulho realmente não entendeu o motivo e muito menos como começou.
Se sentiu observado viu o casal de amigos se  aproximar sorridente, o rapaz tinha um ratinho no ombro e terminava de mastigar uma banana.
- Eita papai...me apaixonei...todo Cevero é assim bonito é?
- Thiago!!!
Brulho sentiu as bochechas esquentarem e colocou a mão na nuca meio sem graça, não esperava um elogio assim direito.
- O Senhor e literalmente do tamanho das duas geladeiras que tem lá no estoque.
O cadeirante veio falando com uma cara de impressionado olhando pra cima totalmente hipnotizado.
- Hum......
Arthur segurava a mão do namorado agora e ele fazia uma carinha de cachorro que se perdeu na mudança, muito fofo, olhando direito agora ele também parecia muito novo.
- Alex... não é? Quantos anos você tem pia?
O negro olhou feliz para Brulho, os olhinhos brilhavam e ele sorria intensamente, parecia que o sol podia perder para aquele sorriso.
- Ele faz 22 a alguns meses seu Brulho.
O jovem drogado foi quem respondeu a pergunta, reparando bem os dois tinham alguns trejeitos bastante parecidos, foi só olhando bem pra eles e relembrando seus nomes que se tocou que o filho tinha dito que eles eram irmãos, mesmo valia para o asiático e o cadeirante.
Arthur deu um tour pro pai nas áreas públicas da boate e mostrou as áreas deles mesmo, realmente não parecia tão diferente de um putero ou bar normal, foi isso que pensou até chegar nos quartos temáticos.
- Esse é meu Quarto seu Brulho, muitos clientes gostam das camas maiores.
Liz explicava algo que não fazia ideia de como funcionava, o quarto dela era com toda certeza o maior.
- Se um dia quiser experimentar o meu e só falar viu grandão.
Thiago deu uma piscadinha na direção do Cevero mais velho que o fez questionar sua saúde mental... ele não estava sugerindo o que ele achava que estava não é??.... não é?
O quarto de Alex parecia uma câmara de tortura, ganchos, correntes, palmatórias, chicotes e muito mais coisas que não pareciam nada seguras.
- Eu tenho até medo de perguntar...mas como você aguenta isso muleque?
- Eu não tenho muito sensibilidade.
Alex falou isso erguendo o camiseta exibindo seu tanquinho perfeito e pagando um chicote próximo batendo com tudo, o som do ar sendo cortado assustou o Cevero mais velho,  viu a pele do rapaz ficar vermelha e olhou assustado mas o casula não parecia sentir absolutamente nada.
- Viu...nada!
Brulho só balançou a cabeça positivamente olhou de relance o corpo do genro novamente e percebeu marcas roxas, queimaduras e alguns cortes bem recentes, aquele garoto tinha problema.
- Esse é meu quarto Senhor Brulho.
O rapaz asiático abriu seu quarto bastante feliz e sorridente, era basicamente igual o de Alex, porém Brulho quis muito sair correndo e se enfiar em algum buraco, seus pensamentos eram: "MEU. DEUS. QUANTO. PINTO." a estante de vidro na parede tinha uma infinidade de consolos de todas as formas e tamanhos, outra tinha algumas vulvas de plástico e silicone, com toda certeza o quarto que se sentiu mais desconfortável.
- Haaaan...... Eu....eu vô ali fora um minuto......
Andou um pouco e se encostou na pilastra com a mão cobrindo o nariz e a bochecha, estava morrendo de vergonha, sentia as bochechas vermelhas e um pouco de desespero, nunca se sentiu tão pequeno na vida.
- Mano tem uma geladeira Eletrolux andando por aí.
- Nii-san você tá chapado????
-.......... talvez..........
- De todos os dias prós bonito ficar locão vocês escolhem justo o dia que o pai do Arthur vem! Aí gente sinceramente viu!
- Liz que homem é esse? Será que o tamanho e proporção funcionam ali minha querida?
- THIAGO!!! Você não se atreva a dar em cima do seu Brulho!!!
- Só queria ver se o tamanho bate ué!
- Liz acredita em mim.... não é com o Thiago que a gente vai ter que se preocupar...
- Como assim Cesar?
Nisso Arthur e Alex se juntaram na rodinha, Mikey dormia na coxa de Daniel que fazia carinho na sua orelhinha, Alex olhou ao redor e então olhou para Cesar e os irmãos compartilharam um mesmo pensamento: "cadê meu pai?"
Brulho sentiu que poderia voltar a sua postura de machão inabalável novamente, respirou fundo e jogou o cabelo para trás se arrumando o melhor que conseguia, olhou pra frente e viu um homem da sua idade o encarando bastante sério, ele tinha uma prótese mecânica em um dos braços e uma queimadura bem grave em um dos olhos, sustentou a encarada por talvez três segundos e viu nascer nele um sorriso que gelou sua espinha.
- O que temos aqui?
O sotaque dele era pesado pra caramba, então esse era o sogro do filho? realmente bem grande, mais ainda mais baixo que ele se aproximava bastante sorrateiramente na sua direção, parecia querer puxar uma briga, faria até sentido, seu filho tinha só 22 anos Arthur estava na porta dos 30 era uma diferença bem grande sem contar que Alex realmente parecia ter acabado de sair da adolescência, se o Gringo queria brigar, não via problema nenhum nisso desceria a porrada nele sendo um amputado ou não, briga era com ele mesmo.
FINALMENTE! Chris estava vibrando finalmente alguém que valia a pena tentar investir, ele era bem bonito, gostou principalmente do cabelo comprido iria adorar puxar ele, os músculos eram bastante visíveis, ficariam lindos amarrados, talvez uma coleira também caísse bem, a pele caramelo era um chamariz bastante interessante...como será que ficaria os tons de roxo de mordidas e tapas? Muitas ideias...muitas ideias...
Estava pronto pra treta, viu o americano se aproximar e ficar centímetros de distância, conseguia sentir o calor do corpo dele e uma tensão no ar, estava pronto pra uma boa briga, viu ele estender o braços e......o que??? O QUE???? O QUE?????????????????
Ele fumava, não tinha problema quanto a isso, o cliente sempre tem seus gostos, pelo tipo podia ser muito bem um cliente da Liz, pediria desculpas para a menina depois mas no momento iria aproveitar a guarda baixa do gigante e arrastar ele para algum quarto.
"AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!" Esse era o pensamento mais organizado do mais alto.
ELE ESTAVA SENDO BEIJADO!!!! POR QUE ESTAVA SENDO BEIJADO??? O QUE ESTAVA ACONTECENDO ALI????? Fechou os punhos e de um soco na costela vendo o homem se curvar e então deu outro soco na sua cara no lado da cicatriz, viu sangue pingar e o viu cuspir uma quantidade considerável no chão.
É talvez fosse cliente de seu Alex, bem os socos eram consideráveis talvez seu casula sentisse algo dessa vez, julgando pela roupa agora realmente batia com o perfil dos clientes do casula, mas uau ele era muito gato, talvez devesse ter perguntado antes que tipo de serviço ele queria, assumiu que por estar no andar dos quartos talvez estivesse esperando uma finalização, não iria nem comentar pra finalizar aquele ali, faria de graça.
- O-o que?
Ok, mudança de planos... não ia finalizar aquele cara, iria fuder ele, iria destruir ele!!! Como era possível um homem daquele tamanho estar com tanta vergonha só com um beijo, a pele caramelo ficava um graça avermelhada de vergonha, os olhos castanhos eram terrivelmente bonitos e combinava bastante com os seus olhos pretos, a voz grossa também era bastante agradável, queria ouvir como ela sairia gemendo, gostava de uma violência gratuita durante o sexo e aparentemente ali tinha uma fera a ser domada, e ele era um excelente domador.
Chris olhou pra cima bastante empolgado e com um pouco de sangue escorrendo do nariz, sorriu lindamente na direção do gaúcho o fazendo dar uma travada no lugar, aquele cara era perigoso, podia sentir seu corpo entrando em alerta, estava com....medo? Como poderia estar com medo? Ele não sentia medo! Era líder de uma gangue de motoqueiros!! Ele dava medo, não sentia medo!
- I like rough!
Orgulho a parte, estava aterrorizado, que porra era esse homem?
Se sentia humilhado, seu genro o estava protegendo ficando na sua frente depois de ter puxado o pai com tudo, e agora o gringo olhava puto pro filho.
- Alexander...what are you doing?
- Protecting him from you!
- I won't hurt your client son, quite the opposite, He would love my services!
- He's not my client Father! He is my father in law!
Chris arregalou os olhos vendo o homem alto bastante confuso, ouviu Arthur subir as escadas correndo e vindo em direção aos três.
- PAI!!!
Arthur segurou a mão do seu velho e o puxou para perto, ele tremia um pouco estava bastante vermelho e meio sem graça.
- Pai aconteceu alguma coisa??
Brulho não conseguia falar estava envergonhado e um pouco confuso, não sabia exatamente o que tinha acontecido e nem como tinha acontecido, olhou para o americano novamente e ele limpava o sangue do nariz com a mão, os olhos dos dois se encontraram novamente e Chris lhe deu uma piscadinha com o olho da cicatriz fazendo Brulho abaixar a cabeça e ficar mais vermelho e confuso.
Passada a confusão Chris tinha um saco de gelo a cara e Brulho estava do lado de fora tomando o ar.
- Pai o senhor tá bem?
- Ele me beijo do nada.....por que ele me beijo?
Arthur pegou o celular e abriu no aplicativo da ordem e no perfil de Chris entregando para o pai ler.
Muita informação, então esse é o menu que Arthur tinha falado, um cardápio de opções do que os membros da boate poderiam fazer para a pessoa ou com a pessoa e lá estava uma das opções mais baratas, se é que poderia considerar aquilo barato, de Chris, "Finalização: após algum atendimento de qualquer tipo esperar no corredor por um beijo e alguma forma de contato físico, dês de agressão pesada ou after Care rápido, 17 mil reais"
Brulho piscou algumas vezes reformulando seus pensamentos ele realmente parecia estar esperando alguma coisa parado lá, isso explica a forma sorrateira que o americano se portou, mas aquela piscadinha e aquele sorriso assustador na sua direção não parecia algo natural.
- DADDY WHAT'S YOUR PROBLEM?????
- I didn't know he was Alex's father-in-law...
- Usually when someone punches you, you dodge!
Alex ouviu a frase e se lembrou do primeiro beijo que deu em Arthur e se sentiu meio culpado e um pouco bobo.
- You have to apologize to him!
- I already plan to do this.
Cesar e Alex saíram deixando o pai sozinho na sala de máscaras, isso talvez tenha sido um erro, porque Christopher ficou muito tempo sozinho pensando no gaúcho mais velho.
- Me Desculpa... não era a intenção te assustar, achei que fosse clienteh.
Nunca na sua vida, imaginou que estaria usando o filho como escudo, Arthur não batia nem no seu ombro mas no momento estar atrás dele parecia a escolha mais segura a ser feita.
- N-não tem problema....
Mentiu, estava quase fugindo pela janela aquele homem o deixava terrivelmente apavorado sentia que não estaria seguro perto dele.
Depois de muitas desculpas e muito conversar parecia que estava tudo bem por enquanto, Daniel e Cesar comeram pra caralho enquanto Alex e Joui julgavam os irmãos mais velhos lado a lado ambos com uma baita cara de cu, Arthur olhou os dois conversando e julgado os mais velhos, eles sorriam um para o outro, mordeu a bochecha, o que tinha acontecido entre eles no dia do assalto? Eles estavam bem grudados agora.
Cesar ofereceu um copo de água para Brulho com uma cara de pesar terrível, se sentia muito culpado, já Brulho podia ver que o rapaz se parecia pouco com o Pai, mas tinha alguns traços bastante eminentes dele, principalmente os olhos pretos e o formato do queixo, um rapaz bastante atraente de fato... não queria admitir, mas o pai também era, na realidade todo mundo ali era muito bonito! Chegava a ser meio ridículo.
- Seu Brulho....eu tava aqui pensando...o senhor que ficar de freelancer aqui na boate? O senhor atrairia bastante clientes.
O ruivo cadeirante o olhava de cima a baixo julgando seu físico com afinco, Arthur tinha uma cara bastante apreensiva, era perigoso se envolver assim, porém ter o pai por perto era uma grande garantia de segurança.
- Eu não sei como essas coisas funcionam...
- E fácil, vc vai ficar lá em baixo de máscara....de preferência sem camisa.
Brulho arregalou os olhos e lutou muito contra a vergonha, Chris do outro lado da sala admirava disfarçadamente a vermelhidão aparecer nas bochechas... infelizmente para o Cevero mais velho o gringo ali parecia ter descoberto algo fascinante.
- Como o senhor não vai ter contrato e bom não ficar muito no andar do quarto, mas pode ajudar o Chris na segurança e a servir aqui no bar, e também assim o senhor pode ficar perto do Arthur.
Essa última frase o pegou de jeito... afinal foi pra isso que tinha vindo pra SP afinal de contas.
- Ok....mas com uma condição....
- Claro, o que o senhor precisar!
- Eu posso ficar de camisa?
Daniel sorriu e a cozinha ficou animada, mais um membro pra família.
- Mais e claro!
Os primeiros dias foram um pouco complicados para o líder da gangue, perdeu as contas de quantas vezes alguém passou a mão nele ou tentou levar ele para um quarto a força, sua máscara era até que bem bonita, tinha gostado bastante dessa parte, do trabalho, o genro era um amorzinho de pessoa, muito educado e cordial, Arthur parecia bastante feliz, no momento ele estava se arrumando no camarim para descer, a calça preta de coro e a camiseta justa de mais pro seu gosto lhe deixavam assustador...gostava disso.
- Você é realmente muito bonito....
Brulho prendeu a respiração por um segundo olhando para trás meio desesperado, o sotaque pesado o aterrorizava, os olhos pretos passeando pelo seu corpo, se fazia de tonto mas já tinha percebido os olhares do americano sobre si e sabia que não eram nada castos.
- O que você quer gringão?
- Nada.... só estou observando....olhar não tira pedaço....
Chega! estava na hora de enfrentar seu medo daquele cara, mesmo que se desse algum problema depois se desculparia.
Marchou até Chris na porta ficando cara a cara com ele tentando o intimidar, enquanto isso o americano levantou as mãos em sinal de rendição e uma bela cara de pastel de vento.
- Acho que a gente começou com o pé errado....amanhã às crianças vão treinar na academia, mais eu prefiro fazer isso ao ar livre, que vir comigo?
Brulho baixou a bola na hora, estava sendo irracional, o americano realmente não tinha feito nada além de olhar, e ele reparou que todo mundo se olhava e elogiava de certa forma, talvez estivesse com muita coisa na cabeça, dar uma corridinha no parque não era algo tão assustador assim.
- Tá....
Chris sorriu e saiu tranquilamente do camarim, Brulho ouviu a músic "Horns - Bryce fox" começar a tocar, sinal de que logo teriam clientes ali.
Arthur estava puto! E se mordendo de ciúmes! Alex e Joe estavam muito grudados e a amizade parecia crescer mais com a falta de atenção que Alex estava tendo por seu pai estar em casa, não conseguia ir dormir no namorado e ele também não ia na sua por causa do sogro, falando em sogro o seu vinha sorridente na sua direção agora.
- Menino! Tenho uma coisa pra você
Chris ofereceu feliz dois ingressos de cinema, Arthur olhou meio perdido pro senhor mas pegou o presente.
- Tem um filme de terror passando no cinema... você vai gostar de ver o Alex assustado...vocês precisam de um tempo juntos....
Arthur arregalou os olhos, seu Chris sempre observador e prestativo.
- Eu vou levar seu pai pra correr comigo no Ibirapuera amanhã, aproveita esse tempo com seu namorado.
- Seu Chris...
- Não precisa agradecer, isso vai ser bom pra você e pro seu pai...acho que ele tem medo de mim....
- Ele nunca tinha beijado outra pessoa além da minha mãe...acho que ele só ficou nervoso.
- Eu não sabia...eu sinto muito....
Arthur ofereceu um sorriso lindo para o americano e o viu sair do Backstage, daria uma lição em Alex.
Chris subiu para os quartos e se fechou em um deles, mordia com força as costas da mão, o cara era basicamente virgem, sem experiência nenhuma com outros homens e uma fera a ser domada, tinha que se controlar, para fazer um animal obedecer primeiro tinha que mostrar que era de confiança, mal podia esperar para colocar uma coleira naquela fera.

- Alex?
- Fala meu bem.
Alex se arrumava na frente do espelho, a voz de Arthur o fazia mudar de expressão drasticamente era engraçado ver ele saindo de Ricardão para Alexander.
- Quer sair comigo amanhã depois do treino? Eu acho que eu consigo despistar meu pai pra gente ficar juntos um pouco.
Os olhos do mais novo brilharam empolgados, estava feliz de poder passar um tempo com o namorado.
- É lógico que eu quero sair com você meu amor.
Os lábios de Alex eram sempre tão doces e macios, o beijo dele era o melhor que já tinha sentido até agora, quente e doce, as mãos dele na sua cintura, estava muito apaixonado.
- Aham....
O casal se separou vendo Daniel e Brulho na porta, Alex meio tenso pelo sogro ter pegado ele beijando o filho, Arthur só com vergonha mesmo, Brulho também estava meio sem graça e Daniel meio morto por dentro.
- 5 Minutos
- Ok Daniel....
As performances aconteciam normal, a noite estava agradável Brulho na porta com sua máscara dava medo Chris andava pelo andar dos quartos, tudo calmo e na mais tranquila paz até o momento.
- Eu não te conheço bonitão....
Brulho olhou confuso para a mulher mascarada a sua frente, ela devia ter talvez uns 65 anos e olhava o gaúcho enquanto bebia um Martini.
- Eu não sou da ordem, e só um bico...
A mulher sorriu meio macabro fazendo um gesto com a mão e em segundos umas 9 pessoas se aproximaram do senhor.
- Então você faz programa?
- quê???
- Vamos querido de seu preço, dinheiro aqui não falta, com esse tamanho todo acho que não tem problema lidar com todos nós.
Ainda bem que estava de máscara porque se não sua cara de nojo e desespero seria motivo de risada, a mulher ergueu a mão em direção a máscara do motoqueiro, coisa estritamente proibida de se fazer sem permissão, porém foi parada pela grande mão de um americano nada feliz no momento.
- Se a senhora continuar atrapalhando o trabalho dele vou ter que te por pra fora.
A mulher olhou para Chris puta da cara, era frequentadora do clube a anos, conhecia bem com quem estava lidando e sabia que o gringo de sotaque pesado não veria problema algum em arremessar ela do telhado.
- Só queremos nós divertir um pouco.
- Com ele não!
Brulho ficou incrívelmente aliviado por não ter lidado com aquela situação desagradável e assistiu a multidão voltar para o salão meio correndo.
- Obrigado! Eu não sei lidar com essas coisas...
- Se precisar e só chamar.
Brulho assistiu o gringo subir as escadas de volta para os quartos e seguiu sua noite trabalhando bastante contente em saber que tinha alguém olhando suas costas.
Que bunda....era tudo que Chris pensava enquanto espiava Brulho pela escada, ela parecia tão macia e durinha, como seria estar dentro dele? Ele era do tipo escandaloso ou mais quietinho? Iria ser obediente ou rebelde? Torcia para ser bastante rebelde só pras coisas ficarem mais agressivas, estava salivando, mas tinha que ser paciente enquanto isso iria garantir a segurança dele, pois querendo sim ou não as pessoas que frequentavam a boate não eram boas e mesmo o grandão sendo durão...ainda existiam pessoas piores.
Chris ficou a um metro de distância da sua pessoa, não forçava contato físico e sempre ajudava quando necessário durante os exercícios, conseguia ver que essa era a o verdadeiro gringo simpático que o filho falou, o parque era bonito e tinha muita gente se divertindo ali e se exercitando também, Chris fez uma vídeo call com as crianças e todo mundo parecia bem feliz, Brulho ficou com a coração quentinho, mas ainda mantinha sua cara de carrancudo.
Caminhavam lado a lado agora, Chris ainda mantendo sua distância, o gaúcho está bastante curioso sobre aquele braço mecânico.
- Eu posso tá sendo indelicado...mas...o que aconteceu aí?
Chris olhou para a prótese e fechou a mão, só de lembrar da dor, se sentiu mal.
- Foi uma picada de aranha, eu nem percebi...foi horrível e doloroso, não deu pra salvar meu braço os músculos apodreceram.
Brulho ficou meio desconcertado e um pouco culpado, maldita curiosidade! Não queria ter deixado o gringo desconfortável, queria perguntar da cicatriz no rosto mais achou melhor ficar quieto.
O gringão era realmente um cara bacana, um pouco escandaloso e de sorriso fácil e gentil, a prótese era incrívelmente eficiente e conseguia fazer muitas coisas mas ainda era meio travada, porém a vibe de caveira que ela passava era bem sua praia.
MEU. DEUS. QUE. HOMEM. LINDO!!!! Os músculos, o sorriso, o cabelo, tudo!! Ainda bem que tinha um pouco de auto controle ou teria arrastado o gaúcho pro meio do mato e feito alguma coisa com ele.
Andaram pelo parque bem tranquilos, estavam em uma parte bem arborizada o sol queimava gostoso mesmo já sendo próximo do meio dia, tudo perfeito, até Brulho parar do nada e ficar com o olhar mais raivoso do mundo.
- Brulho?
- Assombrado....
- Onde???
Olhando em volta rapidamente avistando um rapaz careca com uma tatuagem correndo em uma raia bem afastada, Brulho deu um paço pra frente, parecia um touro raivoso, Chris não podia deixar que o Cevero fosse descoberto pelos inimigos antes da hora então se pós na frente dele.
- SAI CHRISTOPHER!!!
- Eles não sabem que você tá em São Paulo! E sua carta na manga, não estraga isso!
- EU VOU MATAR ESSE DESGRAÇADO!
Adorável...mas não tinha tempo para lidar com o piti do futuro possível caso no momento, o gaúcho podia ser forte, mas ele sabia muito bem restringir uma pessoa.
Brulho deu mais um paço raivoso em direção ao rapaz porém sentiu sua cintura ser enrolada e ser erguido a alguns centímetros do chão e ser literalmente carregado enquanto protestava e dava socos consideráveis no gringo mas ele não soltava de jeito nenhum, só parou de correr quando estavam no meio do mato.
- O QUE VOCÊ TA FAZENDO CHRISTOPHER??
- Garantindo a segurança do Arthur.
Brulho começou a andar na direção Chris subiu em um tronco velho e quando o motoqueiro passou por ele o puxou com força fazendo as costas dele encostarem no seu peitoral e o segurou pela cintura com o máximo de força que tinha.
- ME SOL...
Brulho travou no lugar, a mão de Christopher por debaixo da sua camiseta o aranhava de forma delicada, as unhas curtas passavam uma sensação gostosa enquanto tudo pareceu parar.
Esse não era seu plano, mas foi o que conseguiu fazer, agora tinha o gaúcho travado nos seus braços olhou para aquela nuca com cor de caramelo não resistiu mordendo com bastante vontade.
Brulho quase saltou em desespero, aquilo doeu pra caralho tinha certeza que ficaria roxo por semanas, não estava entendendo nada.
- Eles não sabem que você tá aqui, esse é seu trunfo! Não estraga isso por causa de um ataque de raiva.
O carinho no abdômen continuava e era uma sensação gostosa, a dor na nuca junto com isso parecia criar uma onda de choque e não ajudava em nada o fato do gringo estar falando no seu ouvido, o hálito quente dele batendo contra sua pele o deixava arrepiado.
Ele era quente e firme, aquele tanquinho era de dar inveja a qualquer um, queria descer a mão mas se fizesse isso seu plano iria por água a baixo e agora Arthur era prioridade também.
- Eles te reconheceriam na hora, mas esse cara nunca me viu!
- O que???
- Vou tentar pegar informações, fica aqui!
Brulho viu Christopher sair correndo em direção as raias e o perdeu de vista por uns instantes.
Ser ator era muito útil, infelizmente Cesar e Alex não quiseram seguir carreira, tinham talento de sobra pra isso, foi fácil tirar algumas informações do motoqueiro feio, se fez de gringo perdido e um pobre deficiente sem saber o que fazer, o rapaz era uma porra! Mal educado que doía, bem diferente de Arthur definitivamente Brulho foi um pai do caralho, pelo menos tinha conseguido o que queria.
Chris voltou com o sorriso totalmente macabro na sua direção, chegou a recuar um pouco, aquele sorriso não era bom sinal definitivamente.
- Vamos pro shopping...te explico lá.
Brulho seguiu quieto e meio vermelho a nuca ainda doía bastante e os toques no seu abdômen ainda estavam bem vividos na sua memória, Christopher achou que ele ficava uma gracinha com vergonha.
Comprou um suco de maracujá pro gaúcho e deu risada da cara de indignado dele, estava novamente a um metro de distância, respeitando os limites e espaço pessoal do mais alto tinha se arrependido muito da sua atitude mais cedo, não queria que as coisas ficassem assim, agora sentados em um banco na praça de alimentação um de frente pro outro o climão rolava solto.
- Primeiro Desculpa... não devia ter te mordido...nem ter te alisado...foi a única coisa que eu pensei.
Brulho ficou vermelho novamente e olhou para baixo o americano agradeceu muito isso porque mordeu o lábio inferior com um olhar bem sacana na direção do gaúcho, um homem daquele tamanho com vergonha de falar que sentiu tesão com os toques que recebeu, hilário e adorável.
- Eu não tô acostumado com essas coisas Christopher...
- Da pra perceber o Arthur era assim no começo também, está se soltando aos poucos, não conversava com seus filhos sobre sexo?
Brulho era um tomate, não sabia que sua cara podia arder tanto e nem que sua pele pudesse a chegar nesse tom de vermelho, será que o americano não se tocava que estavam literalmente em um lugar cheio de gente? Não sentia vergonha de falar daquilo assim tão sem preocupação? Mas respondendo a pergunta dele, só balançou a cabeça negativamente.
- Imaginei....
- Você conversava muito sobre isso com os teus por acaso? e um assunto difícil de lidar.
Brulho teimoso apareceu também, a ideia de perder de algum jeito para o gringo na sua frente o deixava bastante incomodado, viu o mesmo respirar fundo e olhar ao redor buscando memórias.
- Como você deve ter percebido meu Cesar não exala testosterona, eu achei que ele seria trans ou não binário por um tempo, mas ele e só mais delicado por assim dizer, eu não me importo com o que ele é ou com o que tem no meio das pernas das pessoas que ele leva pra cama, só quero que ele seja feliz.
- Quando o Arthur se assumiu pra mim eu fiquei puto! Gritei e falei muita coisa feia, me arrependo muito disso, ele não deixou de ser meu filho por causa da orientação sexual dele.
Christopher sorriu, e bom admitir que está errado e aprender com seus erros mostra um grande caráter.
- Com o Alex as coisas foram um pouco mais complicadas...
- Por que? Ele deu trabalho com namorados?
- Queria que fosse isso....
Brulho fez uma cara confusa, Arthur não tinha falado sobre o abuso do namorado, e o gaúcho mais velho não estava pronto pra frase a seguir.
- Explicar para uma criança abusada sexualmente que o que ele passou não é sexo de verdade e sim violência, explicar que a culpa não é dele, explicar que existem pessoas ruins no mundo! Seções e mais seções de terapia e psicólogo, remédios, ataques de pânico, tudo pro meu Alex sempre foi mais difícil, então só o fato dele querer ter um relacionamento pra mim... já é uma conquista...mesmo ele sempre se relacionando com gente mais velha... isso me incomoda um pouco.
Brulho absorvia a informação um pouco distante da realidade aquele rapaz tão sorridente e prestativo já tinha passado por muita coisa, igual a Arthur, quem sabe eles pudessem curar um ao outro.
- Não faça essa cara, você é muito bonito pra ter esse semblante triste no rosto, o Alex está bem melhor agora, ainda tem um longo caminho pela frente, mas...ele tá bem.
A dor na voz de Christopher era bastante palpável, esse homem era a definição do que um pai deveria ser estava feliz por ter conhecido ele.
- Bem melhor, você realmente fica mais bonito sorrindo.
Novamente a vergonha bateu na sua porta ou melhor, arrombou, nunca tinha sido tão elogiado na vida geralmente palavras bonitas não eram direcionadas a ele.
- Você pode por favor...parar de me elogiar? Eu realmente não sei como reagir.
- Por que? Você deve ter escutado isso sua vida inteira.
Tomando seu suco tranquilamente como se aquela frase não fosse nada o americano observava com fascino o homem na sua frente, mesmo que seu plano falhasse gostaria de manter uma amizade com o grandão.
- Na verdade não....
Engasgou um pouquinho, aquilo era brincadeira né?
- Como assim?
- Geralmente "bonito" e "lindo" não são adjetivos que as pessoas associam a minha pessoa gringão...
- Que adjetivos eu devo usar então?
Brulho abriu um sorriso lindo e teve seu senso de orgulho jogado lá pro alto.
- "Assustador", "Grande", "Monstruoso", "perigoso", eu gosto desses.
Dessa vez foi Christopher que sorriu, mais seu riso era de deboche.
- Acho que "cute" combina mais....
Estava puto! Ninguém o tratava daquele jeito, tinha empatia pelo americano mas também queria quebrar ele na porrada.
Isso, gostava assim seria mais divertido quebra-ló dessa forma, estava com um pouco de pena do tão poderoso líder da gangue, seria atropelado e não saberia de onde veio o caminhão.
- Eu queria ver essa marra toda no soco gringo.
- Você é mais forte que eu, sem dúvida, mais você acha mesmo que eu perderia fácil? Eu já saí de carros pegando fogo, pulei de prédios e levei os golpes mais violentos de pessoas de todos os tipos é tamanhos, acho que te aguento fácil.
Terminou a frase com uma piscadinha na direção do mais alto que recuou bastante entendendo o duplo sentido da frase.
- Christopher... você....gosta de homens?
- Achei que estivesse bem claro, mais se é uma confirmação que você quer....o mundo tem muitos sabores diferentes... por que eu iria ficar preso a só um o resto da vida? Experimentar e sempre bom.
Brulho ficou um pouco confuso mas entendeu a ideia básica do que o americano queria dizer.
- O que você descobriu afinal? E como descobriu?
- Não me olhe desse jeito, eu sou um ator afinal de contas, eu só usei minha profissão para ajudar uma pessoa que eu gosto muito, o Arthur é um bom menino.
- Obrigado....
- Não precisa me agradecer, e novamente...me perdoa pelo pescoço vai ficar muito marcado....
- Ninguém vai ver, meu cabelo e comprido o suficiente para esconder.
- Não tô preocupado com isso, e sim com o fato de você estar machucado.
- Já enfrentei coisas piores...
- Não me importo com isso, eu machuquei você!
O gaúcho deu uma encolhida, aquele olhar tão penetrante e carinhoso na sua direção, a culpa na expressão do mais baixo junto com aquele sotaque arrastado e doçura ao mesmo tempo, estava um pouco desconcertado.
- Ainda não respondeu toda a pergunta
- Eles estão aqui em São Paulo a um mês, e moram perto de Guarulhos, provavelmente estão alugando uma casa umas casa dentro do bairro, mais afastados do aeroporto por ser bem mais barato.
- Conseguiu tudo isso nesse pouco tempo de conversa?
- As pessoas deixam coisas pessoais escaparem sem saber, principalmente quando a pessoa na sua frente não parece oferecer ameaça.
- Interessante, vou guardar essa informação.
Os pais deram uma voltinha no shopping e agiram como o que realmente eram...dois tios velhos...mesmo sendo intimidadores o sorriso lindo de Christopher parecia trazer paz para quem visse aqueles dois prédios andando pelo shopping, Brulho deu uma paradinha para ir ao banheiro enquanto o amigo esperava do lado de fora, estava lavando a mão quando o americano entrou no banheiro agitado o pegando pela blusa e se trancando no banheiro de deficientes.
- Christoph-
- SHIIIIIIIIIIIIU!
Em alguns segundos duas vozes conhecidas entraram falando no banheiro.
- Você demorou pra caralho.
- Um gringo maneta véi me pedir informação, não entendi nada do que ele falou, mandei ir procurar um guarda no parque.
Dois assombrados, Brulho bufava de ódio com as pupilas dilatadas e respiração descompassada, tinha que dar um jeito de segurar ele no banheiro de qualquer forma, com um pouco de dificuldade conseguiu fazer ele sentar na privada e pra ter certeza que ele não se mexeria assim tão fácil sentou no seu colo virado frente a ele.
- A gente tem que achar aquela bixa logo, seu Rodolfo já tá stressado.
- A gente tem continuar procurando, ele não tem dinheiro pra se manter em um bairro nobre daqui, talvez esteja mais pra zona oeste, se ele postasse alguma coisa no Instagram dava pra gente dar uma olhada, mas ele tá inativo a meses.
Os dois idosos ouviam a conversa, Chris respirou aliviado por não terem achando o menino Arthur, Brulho fazia força para se levantar mas a proximidade o deixava desconfortável cada tentativa de movimento o fazia roçar nas coxas do americano e isso o deixava nervoso.
Ele não parava de se mexer tinha que dar um jeito na fera antes que ela se libertasse e estragasse todo o plano de proteção para Arthur.
- Desculpa...
Sussurrando no ouvido do gaúcho Chris encaixou seus lábios sentindo o gosto do suco de maracujá, a língua dele escorregou totalmente para dentro da boca do mais alto que tinha os olhos bem abertos e finalmente tinha parado de se mexer um pouco enquanto os outros dois continuavam a conversar.
- E se a gente fizesse igual na vez da cara dele? Ele só tá vivo porque o Gaudério desgraçado chegou atirando! Era pra gente já estar livre desse viadinho faz tempo.
- Eu Lembro da cara de tristeza dele quando descobriu que o cara que ele gostava não era a Julieta que ele tanto sonhava.
- Eu daria tudo pra ter visto a briga entre os abutres.
- Imagina que treta linda que foi o líder maldito deles descobrindo que o filho estava namorando um assombrado.
- Nossa imagina que nojo ter que beijar um Gaudério, ainda mais o filho daquele lá.
- Só de pensar em beijar um homem já me dá nojo.
Christopher ouvia tudo atentamente sem interromper o beijo, Brulho não conseguia respirar direito estava meio perdido nunca tinha ganhado um beijo daquele, tão profundo e sem pausa, quase viciante era como beber do mais puro e caro licor estava deixando o seu corpo quente e a posição também não estava colaborando.
- Pelo menos agora ele nunca vai achar ninguém que queira sair com ele, as cicatrizes ficaram repulsivas
- Ninguém queria ficar com ele antes mesmo não faria diferença.
- Ainda sim foi bom ver ele agonizando no chão, Gaudério podre, mal vejo a hora de colocar as mãos nele novamente...
Os dois rapazes saíram do banheiro e só ai Christopher separou o beijo, estava tão puto que parecia que a raiva do gaúcho era só uma fagulha perto do incêndio que era a sua, não ia deixar que ninguém machucasse o pobre Arthur novamente.
O corpo formigava, sentia o pau meia bomba dentro das calças e agradeceu muito pelo americano estar olhando para a porta dando tempo de disfarçar um pouco, ele tinha uma aura macabra lhe envolvendo agora.
Com muito cuidado os dois senhores voltaram para o parque, Chris não trocou uma palavra com Brulho durante todo o percurso e manteve sua distância, estavam perto de algumas árvores quando o gringo parou e foi em direção as mesmas sendo seguido pelo Gaudério, encarou uma por alguns segundos e deu um soco tão forte que arrancou um pedaço considerável da planta, Brulho assistiu em silêncio e tremeu quando o gentil gringo soltou um grito de raiva mais assustador que já tinha ouvido na vida o fazendo dar alguns passos para trás um pouco assustado.
Filhos da puta...filhos da puta... Como tiveram a audácia de brincar com os sentimentos do pobre menino Arthur, iria fazer eles pagarem, sentiu o sangue escorrendo pelos dedos, ergueu a mão e começou a lamber o machucado, um pouco de sangue caiu na sua blusa branca e acabou sujando um pouco os lábios com o próprio sangue, viu Brulho lá parado e um pouco preocupado.
- Não se preocupa! Eu vou te ajudar a proteger o Arthur.
Aquele homem era perigoso, perigoso e lindo, engoliu a saliva vendo aqueles olhos negros como a noite o encarando preocupado, o sangue na mão e nos lábios junto com as gotas na camiseta e o ato de lamber a ferida...ele parecia um animal exótico... não conseguia desviar os olhos dele.

Depois de saírem da academia o casal foi assistir o tal filme, pior escolha já feita porque os dois eram medrosos e acabou que nenhum dos dois assistiu absolutamente nada, porém Arthur teria as lembranças mais engraçadas de Alex se encolhendo na cadeira e apertando sua mão, estava muito feliz com isso, agora sentados um do lado do outro em um banquinho no meio do shopping os dois se acalmavão dos sustos.

- A gente nunca mais vai assistir filme de terror!

- Pra mim tá combinado grandão.

- Eu quase morri!

- Ia me deixar viúvo tão cedo?

- Eu ia voltar pra puxar seu pé.

- Credo!

Rindo um pro outro a sensação de conforto era muito boa, estavam com saudades de ficar só os dois juntinhos, trocar uns beijinhos enquanto Alex insistia em assistir algum anime.

- Senti sua falta...

Alex se aproximou mais colocando o braço por cima do ombro do namorado e usando a outra mão para erguer o queixo do mais velho o encarando com aqueles olhos chocolate e rosto perfeito fazendo Arthur prender a respiração.

- Eu também, ficar sem você é muito ruim, não poder te beijar, te abraçar...te fazer gemer, você me deixou viciado.

Arthur vermelho era uma gracinha, sentiu falta de como a pele dele era fácil de marcar e como a barba era macia e bem cuidada o cheio de cigarro e o pós barba dele o acalmavão terrivelmente.

- Arthur....eu gosto de você.....

Alex era de mais pra sua cabeça, tão lindo e tão dedicado ao relacionamento deles, nunca tinha saído com alguém assim.

- Vem, tem um lugar que eu acho que vai ajudar a gente a se acalmar um pouco.

Arthur seguiu o namorado pelo shopping parando em um grande boliche.

Dentro do estabelecimento tinha jogos de tiro, corrida, sinuca, luta e de dança.

- Vamos brincar um pouco?

Alex estendia a mão para que Arthur segurasse e o seguisse, olhou ao redor ninguém parecia estar olhando eles então segurou se sentindo ser arrastado com carinho para as áreas dos brinquedos.

Se divertiram muito, Arthur ganhou fácil na sinuca e nos jogos de corrida, tinham empatado nós de tiro e Alex ganhou nos de luta e agora o puxava para a máquina de dança.

- Veeeeeeeem!!!!

- Eu não sei dançar!!!

- Então me assiste eu bater o recorde da máquina!

- Tá bom!

Alex selecionou a música "Love Is A Danger Zone [Special]" na pump It, era uma música calma mais ainda bastante rápida e como prometido Alex bateu o recorde da máquina comemorando com o namorado, ele era tão mais alto que o abraço ficava engraçado, o beijo roubado foi tão gostoso que só depois que se separaram perceberam que um grupo de pessoas os observava com a cara meio feia, Arthur encolheu um pouco dentro do abraço e Alex tinha uma cara horrível na direção do grupo.

- Quer ir embora Darling?

Arthur balançou a cabeça positivamente e em minutos eles já andavam novamente pelos corredores do grande shopping.

- Tá tudo bem meu amor?

- Tá sim... é só...eu não tô acostumado a lidar com isso.

- Não precisa lidar sozinho, eu estou aqui com você, não se esqueça disso, eu te amo lembra.

O coração do mais velho deu um pulo no peito, uau, realmente ter uma pessoa do seu lado o passava segurança e confiança que não imaginou que poderia sentir.

- Eu te amo! Te amo muito, e também não sei lidar com isso.

- Só fica comigo...e só isso que eu quero de você.

Outro beijo, ali no corredor do shopping mesmo, foi só um selinho mas deixou ambos muito mais confiantes.

Alex viu uma loja de brinquedos e sorriu bem malandro, um sorriso que fez Arthur erguer a sombrancelha e se perguntar o que o namorado estava armando.

- Amor, quer ver uma coisa muito divertida?

- Depende? O que você tá pensando?

Alex entrou na loja de brinquedos com um sorriso na cara, logo um vendedor veio falar com eles.

- Moço, eu quero fazer uma aposta com vocês?

- Como assim rapaz?

- Eu vi que vocês tem cubos mágicos aqui, se eu resolver um cubo mágico em menos de 2 minutos eu ganho, mas se eu perder eu levo todos os que estão no estoque.

- E sério o isso moço?

- Alex???

- Confia em mim amor! E sério sim moço!

Em questão de segundos o vendedor veio com um cubo mágico todo embaralhado mas Alex pediu para todos os vendedores mexerem um pouco, um se propôs a cronometrar o dançarino e entregou o cubo na mão dele.

Ok aquilo tinha sido bizarro! Foi tão rápido que os vendedores se assustaram realmente o cérebro de Alex era algo totalmente diferente, ficaram conversando um pouco com os vendedores impressionados e Alex comprou um jogo para o irmão.

- Aquilo foi incrível....e assustador

- Eu sou um gênio lembra! O Joe ficou fascinado quando eu fiz também.

- O Joe?? Quando ele viu você fazendo isso?

- A uns dois dias, ele dormiu lá em casa.

Arthur empacou no lugar estava puto! E morrendo de ciúmes.

- E desde quando o Joe tem dormindo na sua casa???

Alex se virou bastante confuso, o namorado tinha os braços cruzados e batia um dos pés, podia ver uma leve braveza na frase... isso... isso era ciúmes? Se aproximou bastante do namorado e se inclinou para olhar nos seus lindos olhos bicolores.

- Está com ciúmes do Joe?

- Eu ciúmes?? Há! Sonhe!

- Você é um péssimo mentiroso meu bem.

Arthur colocou a mão na nuca e pareceu nervoso, estava tão na cara assim?

- E que vocês tem quase a mesma idade, e você gosta tanto de coisas asiáticas e ele é asiático e vocês estão tão próximos agora...

Alex sorriu para o namorado e voltou a ficar reto com um um ar de vitória muito grande!

- Eu coloquei a aliança no seu dedo, não no do Joe, ou de qualquer outra pessoa.

- Aliança não impede ninguém Alexander...

Alex ficou meio putinho mais nada muito grave, se ele queria brincar desse jeito, tinha escolhido o playdate errado.

- Então me diz Arthur.... você quer uma prova maior do meu amor por você? Maior do que a aliança?

- Não foi isso que eu quis dizer....

- Pois bem então.

Arthur assistiu Alex se ajoelhar perante ele e começou a olhar em volta morrendo de vergonha, o mais novo pegou a sua mão esquerda e beijou.

- Meu rei...

- Alex o que está fazendo???

- Jurando lealdade ué?

- O-o que???

- Existem especulações sobre o rei Arthur, muitos dizem que é uma lenda, outros que suas histórias foram exageradas pelo tempo, no entanto, eu me entrego de corpo e alma para você, Meu rei Arthur! Juro ser leal e garantir sua felicidade e segurança, serei seu cavaleiro de armadura reluzente sempre que precisar de mim, lutarei as suas 12 batalhas e farei parte da sua távola redonda, tudo que precisava fazer meu amado...e acreditar em mim.

Uma pequena quantidade de pessoas se reuniu para olhar a declaração apaixonada do negro, enquanto Arthur morria de vergonha não provocaria mais Alex de jeito nenhum.

- Ok ok, sim!! Agora levanta do chão você tá me matando de vergonha.

Alex se levantou e limpou os joelhos da calça e em seguida arrumou o óculos com um sorrisinho malvado e vitorioso.

- Adoro te ver vermelho.

Foram pegar o trem andando bem felizes Arthur ainda estava morrendo de vergonha deviam ser umas 16:00 e a boate não abria de segunda então podia dar uma passadinha no apartamento do namorado e ficar de chameguinho por um tempo, foram andando e o casal percebeu um "piano para todos" perto de uma escada rolante da estação, Alex foi seco na direção do instrumento e se sentou nele.

Realmente seu namorado era uma caixinha de surpresas, o som era lindo a música tão suave aos ouvidos, tão triste mais ainda bonita, pessoas pararam para escutar a canção que vibrava pelas paredes da movimentada estação, e quando Alex parou um salva de palmas começou.

- Não sabia que tocava piano.

- Não toco, sei só algumas coisas que o Cesar me ensinou, ele era um prodígio.

- Cesar seu irmão?

- Da onde você acha que veio a paixão dele pela música? Não é atoa que ele é o DJ

- Faz sentido....

- Ele também me ensinou um pouco de violino mas eu não gostei...

- Eu quero te ver tocar um dia....

- O que você quiser....

O balanço do metrô era confortável foram papeando felizes por todo o percurso e trocando carinhos discretos, Arthur estava muito feliz e se sentia seguro.

Como sempre o apartamento de Alex impecável, sentiu saudade daquele ambiente estava tão acostumado a passar até três dias seguidos ali que agora ficar sem vir estava sendo esquisito.

- Tá com fome?

- Vamo fazer alguma coisa.

Era tão bom ficar com ele, faria um acordo com o pai esses 15 dias tinham sido muito difíceis, queria um tempo com o namorado!

- Quer assistir uma coisa comigo?

- Que anime é dessa vez?

- Não é anime dessa vez.... é um musical....

- musical?

- Quando eu fui pra New York no final de 2015 com a minha família tinha um musical chamado Hamilton em cartaz...e agora ele tá no Disney plus então achei que a gente podia assistir, já que ele tem um pouco de valor sentimental pra mim...

- 2015? Você não tinha 17 anos nessa época?

- A viagem foi pra comemorar minha formatura na faculdade.

- Por que esse musical e importante pra você em primeiro lugar?

-...... Porque conta a história de Hamilton.... Alexander Hamilton.....e a primeira estrofe da música se parece muito comigo...

- E o que ela diz?

- "How does a bastard, orphan, son of a whore

And a Scotsman, dropped in the middle of a forgotten spot

In the Caribbean by providence impoverished

In squalor, grow up to be a hero and a scholar?"

- Eu não falo inglês amor...

Alex suspirou fundo e olhou pro teto, tinha começado, iria até o fim

- "Como um bastardo, órfão, filho de uma prostituta e um

Escocês, largado no meio de um

Lugar esquecido no Caribe pelo destino

Empobrecido, na miséria

Se tornou um herói e um estudioso?"

Arthur olhou para Alex com muito carinho, o puxando para um abraço e um beijo quente.

- Eu te amo, você não é só um bastardo filho de uma puta Alex, você é um gênio, você é filho de um dos dublês mais famosos que já existiram, você é um dançarino incrível e um doce de pessoa...e o homem que eu amo.

- Arthur....

- Eu te amo Alex, e se vai te fazer feliz, eu assisto esse musical com você.

Alex riu sapeca e se sentando no sofá oferecendo o outro acento para o seu amor.

Joe estava bem empinado e gemendo manhoso isso porque nem tinha metido ainda aquele garoto era o prato cheio para qualquer dominador.

- Thiago-sensei....

- Calminha agora, eu não quero te machucar.

Se deitou por cima do asiático e foi encaixando devagar ouvindo os gemidos de dor e prazer do mais novo, eles eram tão doces que chegava a ser ridículo.

- Como.... você.... é.... apertado....

- Thiago-sensei....ah!

A primeira estocada fez o asiático quase gritar, olhos marejados e respiração descompassada, apertava os cobertores olhando para traz tão embriagado de prazer que não sabia o que fazer com aquelas sensações.

Thiago começou a meter mais forte e com mais velocidade fazendo o mais novo do babar e revirar os olhos.

- Ah~ mais... mais forte~

- Você... não vai...aguentar...

- Por favor~~

Thiago abraçou a cintura de Joe e o colocou sentado de costa para seu peitoral o segurando firme é metendo com mais força do que jamais tinha aplicado no ex atleta o fazendo gritar e cavar as unhas no seu braço afim de procurar um pouco de estabilidade.

Aquela posição cansava um pouco, saiu totalmente de dentro do mais novo que protestou de imediato o colocando de barriga pra cima e penetrando novamente com intensidade e violência, viu Joe arquear as costas e fechar os olhos mordendo os lábios com uma expressão de prazer muito grande, ele era muito lindo.

Thiago começou a ondular a cintura e o garoto quase entrou em combustão, segurou os lençóis com tanta força que um lado chegou a rasgar.

As bombadas continuaram fortes e precisas, Joe via luzes piscando, sentiu um forte puxão e sua próstata foi esmagada o fazendo arquear as costas e puxar o ar com todas as forças enquanto sentia seu interior cheio e o abdômen melado.

Deitados lado a lado mestre e aluno olhavam para o teto branco com o ventilador rodando, sexo as vezes complicava os diálogos deles.

- Você não vai desistir né Thiago-sensei?

- Eu não desisto Joe...

- Eu também não.....mas o Alex...ele tá feliz...o Arthur também...

- Eu sei....

- Eu finalmente tenho um amigo realmente, e ele é o namorado do cara por quem eu tô apaixonado...as vezes a vida é injusta....de todo jeito eu vou sair perdendo....

- As vezes a vida não é justa garoto, mas não acho que o Alex se afastaria de você, mesmo se você roubasse o Arthur dele...

- O senhor tá falando isso pra mim....ou pra si mesmo?

Thiago olhou o rapaz do seu lado, desde quando ele era analítico assim?

- Acho que pra nós dois...na verdade eu quero acreditar que, o que eu vou passar a fazer não afaste o meu garotinho de mim....

- Você vai começar a demostrar seus sentimentos pro Arthur?

Joe realmente estava mudado, mais analítico e frio, esse tipo de coisa tinha um nome e o nome era irmãos Cohen, o tempo que ele estava passando com Alex provavelmente ele estava vendo livros e estudando, os dois tinham essa característica em comum, e com toda certeza Cesar estava o influenciando bastante.

- Vou...

- Mesmo tendo uma gangue de motoqueiros vindo pra tentar matar ele?

Thiago ficou em silêncio analisando todas as possibilidades que tinha no momento.

- Thiago-sensei, com toda respeito...nossa prioridade agora, é a segurança do Arthur, depois que esse problema passar....a trégua também acaba e eu vou lutar com unhas e dentes pra roubar o Arthur do Alexander, e se necessário...vou passar por cima de você e do Cesar-kun também.

Thiago engoliu a saliva, o olhar afiado e a voz firme enquanto o encarava, Joui estava certo, primeiro eles tinham que impedir os assombrados.

Arthur assistiu feliz o musical abraçado com o namorado e gostou bastante até, o pai apareceu para buscá-lo e Chris deu uma carona prós Ceveros os deixando em casa, enquanto isso Alex arrumava sua casinha tranquilo ouvindo a trilha sonora de Hamilton e por um momento parou é pensou: "afinal de contas, quem eu sou nessa história? Alexander? Angélica? Burr? Ou Eliza? Tudo que eu quero é que meu rei seja feliz...."


Notas Finais


Sim! Chris e tão perturbado quanto os filhos, vocês vão ver isso nos próximos capítulos.
Galera que gosta de Hamilton, gostaram da referência? Eu sei que muitos de vocês vão surtar! 🤣
Mais é aí? Quem o nosso Alex é afinal de contas?
Bjs até o próximo capítulo 😘


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