Arthur olhou a mulher parada na frente do prédio, ela era bonita mais Alex não parecia nada com ela, talvez os lábios fossem o que mais parecia.
Alex se escondeu atrás do pai segurando a parte de trás da sua camisa, enquanto isso Cesar se parecia bastante com um Pitbull raivoso olhando pra mulher, Thiago e Liz não estavam muito diferente.
- O que você quer Elisse?
- Vim conversar com o Alexander.
- O que você realmente quer?
A mulher riu meio encabulada aquele homem sempre um passo a frente dela em tudo, de tantas pessoas para o pestinha ser adotado no mundo logo um dos homens mais perigosos que já conheceu tinha simplesmente se encantado por aquele resto de aborto mal feito.
- Podemos ao menos subir? Eu vim de Campinas pra cá.
Chris bufou, mais não parecia bravo, se tinha algo que queria na vida era que Alex tivesse conhecido o amor de uma mãe, infelizmente a sua biológica se assemelha bastante a uma cascavel venenosa.
O elevador não tinha espaço para todos, e assim que Elisse colocou os pés na portaria os seguranças olharam para Christopher preocupados e o porteiro falou algo no rádio, a fama daquele mulher no prédio já era bastante conhecida.
- Mr Cohen?
- Don't worry I have everything under control!
Chris subiu sozinho com Elisse e o homem estava se segurando muito mesmo para não agredir-la, logo atrás Cesar, Thiago, Liz e Alex subiram e então o restante que estava mais perdido subiu também.
Elisse entrou no apartamento olhando em volta, parecia desacreditada e com inveja, se sentou a mesa esperando algo ou melhor alguém.
Arthur queria muito mesmo chegar perto de Alex e segurar sua mão mais a aura macabra que Thiago e Cesar transmitiam no momento o fez pensar que talvez não fosse boa ideia.
- Vamos conversar Alexander....
Alex com muito receio foi andando em direção a mesa ficando frente a frente com a mãe e eles realmente não tinham nenhuma semelhança tirando os lábios.
- O que a senhora quer?
- Eu vim te levar pra casa.
- O que?
- Você vai vir morar comigo agora.
A cara de pau daquela mulher era algo impressionante, Cesar no momento se parecia muito com um vibrador e Chris agora estava visivelmente nervoso, que audácia daquela mulher!
- Desculpa não entendi a senhora direto....
- Você é meu filho, e seu dever cuidar de mim agora que eu estou doente.
Alex olhou pra trás procurando pelo pai e pelo irmão que pareciam bastante confusos também, Liz e Thiago estavam se mordendo de ódio mais eles eram menos aparentes.
Alex olhou novamente para a genitora, ela parecia mais magra e tinha uma aparência não muito saudável realmente, não que antes ela tivesse mais parecia ser bem pior agora.
- Desculpa Elisse meu lugar e com meu pai e com meu irmão.
- Ele não é seu pai Alexander, e o outro muito menos seu irmão
Cesar foi marchando puto em direção a mulher mais Thiago colocou a mão no seu peito para que parasse no lugar e não fizesse nenhuma besteira ou algo que se arrependesse.
Arthur estava se segurando muito mesmo pra não falar ou fazer nada mais se dependesse dele a mulher já teria voado da janela a um bom tempo, ela era uma das causadoras do sofrimento do homem que amava, para o gaúcho ela não tinha direto nem de estar perto de Alex.
- Cesar é meu irmão, e Christopher é meu pai Elisse, não importa o que você diga, isso não vai mudar dentro de mim.
Chris e Cesar não conseguiram segurar o sorriso, família não é apenas aquela que está ligada pelo sangue.
- Como sempre você é uma decepção, mais isso não importa, vá arrumar suas coisas vamos embora.
- Não vou a lugar nenhum.
- Está me desobedecendo?
- Eu não sou uma criança Elisse, eu tenho 22 anos, ou você se esqueceu de quando me teve....se bem que vindo de você não duvido nada...
A mulher ficou um pouco chocada com a atitude do filho, ele sempre foi bem passivo, pelo menos era até os 17 anos.
- Como eu poderia me esquecer do motivo de estar com câncer agora.
O silêncio que fez dentro do apartamento era gelado e letal, parecia que qualquer outra palavra seria completamente apagada pela afirmação que a mulher fazia, mais aparentemente Liz não se importava muito, a risada dela ecoou bem alta pela cozinha fazendo Elisse a olhar desacreditada.
- O que foi? Algum Problema?
- Como sempre Elizabeth... você é um desprazer...pelo menos uma vez tenha um pouco de compaixão por mim, nos duas somos mulheres afinal....
- Desculpa Elisse eu não tenho compaixão por uma mulher que abusou do filho dela por anos...acho que isso é só o Karma vindo te visitar...
Liz conhecia Alex a 5 anos, namorou com ele por 8 meses e mesmo não sendo um exemplo de namorada ou de amiga ela se preocupava muito com o casula.
Elisse ficou vermelha, não de vergonha mais sim de raiva, deveria ter sido mais cuidadosa, se tivesse prestado atenção no passado ninguém iria descobrir e ela não precisaria passar por mais essa humilhação.
- Eu tinha motivos! Alexander era insuportável, não parava quieto, só chorava! Fazia da minha vida um inferno!
- Meu Irmão era uma criança! Como você acha que uma criança que passava fome agiria caralho?
Brulio borbulhava de ódio encostado no fogão enquanto ouvia a conversa, ele não era o melhor pai do mundo e tinha plena noção do que suas palavras tinham feito com seu filho, mais aquela mulher...ela era outro nível de crueldade.
- Diz logo o que você quer Elisse! E dinheiro? Aqui!
Chris pegou sua carteira e tirou uma quantidade considerável de notas de dentro jogando na mesa, só de passar os olhos certeza de que tinha no mínimo mil reais ali.
Elisse olhou as notas na mesa e os olhos dilataram bastante, seria suficiente para mantê-la em drogas por alguns bons dias mas ainda não era seu objetivo, Alex recolhia as notas e as organizava como se não fosse nada, separando por cor e valor, odiava esses toques estranhos que ele tinha, era algo extremamente desagradável e a deixava inquieta, no entanto o rapaz não parecia se importar muito com o olhar de reprovação da mãe no momento.
As pilhas de dinheiro ficaram organizadas e Alex sorriu com seu trabalho olhando pra trás em direção ao pai com olhos cheios de inocência e Chris não conseguiu segurar o sorriso.
- Você não é bem vinda aqui Elisse, sabe disso.
- Só vim ver meu filho.
- Você abriu mão das visitas quando ele tinha 11 anos se lembra? Mas mesmo assim eu continuei tentando fazer você e o Edgar terem parte na vida do Alex, a escolha foi sua de se afastar.
- Acredite em mim, não estaria aqui se pudesse, preciso de alguém pra cuidar de mim e como Alexander e culpado pelo que está acontecendo com meu corpo obviamente ele tem que cumprir essa função.
- "Culpado?"
Os olhos chocolate se arregalaram bastante, ele era culpado de que?
- Eu tenho tumores no colo do útero...seus irmãos Alexander... consumido minha vida e energia, igualzinho a você.
- O que?
Cesar estava bufando ainda era segurado por Thiago, olhou pro lado e pela primeira vez na em anos sentiu que não era a pessoa mais perigosa no recinto.
"Vaca" "nojenta" "monstro" asquerosa" os pensamentos de Joui variavam bastante mas nenhum era bom, queria colocar uma bala na cabeça daquela mulher, como ela se atrevia a chegar perto do seu amigo querido unicamente para fazê-lo sofrer.
Se ela falasse mais alguma coisa ruim em relação a Alex jogaria tudo pro alto, pegaria a faca na sua bota e enfiaria no olho daquela mulher, não importava que estava na casa do sogro, iria pedir desculpas depois.
- Eu sinto muito por você Elisse, mais eu não tenho nada haver com isso...
- Aaa você tem sim!!! Se o aborto tivesse dado certo você não teria se desenvolvido e meu útero estaria saudável, mais você tinha que ser a pessoa mais insistente desse universo, você queria muito nascer.
Alex ficou muito triste e a tristeza dele se espalhou rapidamente por todo o recinto, ela doía em todos os aspectos.
- Não culpe o Alex por algo que você fez, ele não pediu para ser feito! Foi você que se envolveu com um homem casado, e depois com um monte de traficantes.
- só me envolvi com o Edgar e com o grupo dele porque não tinha escolha.
- Poderia ter dado Alex para adoção assim que ele nasceu! Poderia ter evitado todo o sofrimento que meu filho passou!
- Ele não é seu filho Christopher!
- Eu crie! Eu alimentei! Eu estava nas festas na escola, ensinei a dirigir, ensinei a andar de bicicleta, meu nome está no registro dele, eu sou o pai dele, posso não ter feito, mais ele é e sempre vai ser o MEU Alex.
- Não importa, saiu de mim! E meu! Ele tem o dever de cuidar de mim!
- ELE NÃO TEM O DEVER DE VOLTAR PARA UM ABUSADOR.
- Daddy, calm down!
Alex tinha os olhos preocupados na direção do gigante, toda raiva que sentia foi esvaindo dando lugar a um suspiro pesado e cansado.
- Chega! Vamos Alexander.
Elisse se levantou e pegou o pulso de Alex o puxando levemente mas o rapaz não saiu do lugar, a mulher parecida revoltada com a atitude do rapaz de não segui-la e imediatamente ergueu a mão para dar um tapa, mais foi imediatamente segurando por um gigante desconhecido.
- Se eu fosse tu não faria isso.
Brulio apertou com bastante vontade, mais não realmente muita força o braço fino da mulher, a princípio ela não parecia estar se tocando do que estava acontecendo mas conforme a mão de Brulio se fechava mais a dor se tornava mais intensa e pela cara do homem, ele não estava nem aí se ela era mulher ou que estava doente, puxou o braço com força e recebeu um apertão maior, olhou o gigante e ele tinha uma cara nada amigável e parecia se divertir com o seu pequeno desespero.
- Vai quebrar meu braço!
- Vou....
A palavra saiu fria e sem sentimentos, Brulio queria era quebrar a mulher inteira na porrada, amarraria ela na rainha pelos cabelos e arrastaria pelas ruas até não sobrar mais nada, estaria fazendo um favor para o universo, mas uma mão grande e de dedos finos alcançou seu ombro, aqueles olhos chocolate terrivelmente tristes lhe encarando dolorosamente, mesmo perante a um verme, Alex ainda era uma boa pessoa, com isso soltou a doente fazendo um carinho na cabeça do rapaz que soltou uma risadinha.
- Maluco! Alexander vamos!
- Eu não vou a lugar nenhum Elisse.
Era de mais para sua cabeça, estava em abstinência e aquele muleque não a obedecia mais, por que tudo tinha que ser tão difícil?
- VOCÊ SE ACHA MELHOR DO QUE EU É? POR TER UMA VIDA PERFEITA AGORA? POR TER ESSE GIGANTE TE PROTEGENDO? VOCÊ NÃO É NADA ALEXANDER!! NADA!!! NO MÁXIMO UM BASTARDO SEM VALOR! NEM O SOBRENOME DO SEU PAI VOCÊ TEM!! VOCÊ SÓ ESTRAGA MINHA VIDA! ESSES TUMORES SÃO CULPA SUA!!! deveria ter te batido mais, deveria ter deixado aquele cara entrar no seu quarto antes.
Se uma gota de água caísse agora, todos conseguiriam ouvir...e eles estavam ouvindo...todos eles...as lágrimas que escorriam pelo rosto bonito se encontravam no chão.
- Você é um monstro...
A mulher só então se tocava das palavras que tinham saído da sua boca, Alex era lindo, tinha pessoas que o amavam, enquanto ela estava sozinha e no momento claramente correndo perigo de vida.
- SAI DA MINHA CASA!!!
Enquanto Chris berrava Alex subiu as escadas correndo, foi possível ouvir uma porta batendo e estava claro que Alex estava no seu antigo quarto agora.
- Eu....
A faca apontada na sua direção vindo do rapaz de olhos estranhos era uma surpresa, ele se parecia bastante com o gigante, talvez fossem parentes, olhou para a escada e Cesar corria desesperado atrás do mais novo tudo que tinha em mente deu errado, esticou a mão e pegou a pilha de dinheiro mais próxima andando pra trás em alerta, sabia que ninguém ali se importava com ela, então conhecendo o histórico do Cohen ela sabia que estava em perigo.
Elisse desceu e Chris foi para o interfone falando algumas coisas para o porteiro, quando terminou olhou ao redor e o clima estava péssimo.
- Eu nunca odiei tanto alguém assim...
Joui foi o primeiro a falar e ele parecia muito abalado psicologicamente e emocionalmente, mesmo seus pais não sendo os melhores ele nunca passou por nada daquilo.
Daniel olhava a escada como se ela fosse seu maior inimigo, Arthur se aproximou devagar e curioso, queria garantir que todo mundo estava pelo menos no mínimo da normalidade antes de ir ver o namorado.
- Daniel?
- O cara que eu gosto tá sofrendo...e eu não consigo nem ir até ele...
Arthur ia perguntar o porquê, mais assim que a boca abriu o brilho da cadeira de rodas se fez presente e se sentiu meio idiota por esquecer desse detalhe, e que Daniel era tão forte e independente que muitas vezes se esquecia das suas limitações.
- Eu vou falar com ele Jajá, se quiser dar um recado....
- Não...eu não acho que eu mereça falar com ele no momento...
- Ué? Por que?
- Eu acho que... entendi....o porquê de muitas coisas...
Arthur olhou o ruivo e ele parecia bastante perturbado e muito triste realmente, e então Joui se aproximou dos dois barbados, Daniel olhou pra trás e eles pareciam conversar com os olhos.
- Você sabia?
- Hai...
- É não me contou...
Joui abaixou a cabeça e focou quieto, Daniel não parecia bravo mas estava visível magoado.
- Por que?
- Eu prometi pro Cesar-kun...
- Foi por isso que você grudou no Alex nesses últimos tempos?
- Não!!! Eu gosto do Alex-senpai...ele e inteligente e divertido...ele é uma boa pessoa...
Daniel olhou para Arthur e depois para Joui novamente, os dois tinham visto Alex antes dele, o medo do que sentia tinha feito ele criar uma imagem diferente do que o casula era é isso o fazia sentir péssimo.
- Não sinta pena do Alex, ele odeia que sintam pena dele....
- Pena? Eu admiro é a força dele...eu não sei se conseguiria me apaixonar depois de passar por tanta merda....nossa...me sinto péssimo....
- Você não sabia Daniel, e não fique assim, vai deixar ele triste se souber.
- Arthur...sobre aquela proposta... acho que...eu vou aceitar...
Arregalando os olhos o gaúcho sorriu em direção do Barman, isso era um paço muito grande é importante.
Chris olhava pela janela muito puto, muito triste e se tremendo um pouco de ódio, sentiu a cintura ser envolvida e o cheiro de cigarro preencheu suas narinas.
- Christopher?? Você tá bem?
- Tô....acho que tô...eu tenho que ir ver os meus meninos.
Ia sair do abraço quando ele sentiu ser ainda mais apertado, olhou pra trás e foi recebido com um beijo estalado, agradeceu imensamente por ninguém estar vendo ele agora.
Se separarem a Brulio estava visivelmente vermelho e parecia tão tímido derrepente que fez o coração do gringo derreter.
- Desculpa ter me intrometido nos seus assuntos.
- Eu deveria estar te agradecendo por ter protegido meu filho.
Brulio deu um sorrisinho e ganhou outro beijo como recompensa, aquilo estava ficando um pouco sério de mais para seu gosto mas não conseguia mais ficar sem o americano.
Liz olhava Thiago um pouco incrédula de tudo que tinha presenciado, os melhores amigos estavam muito bravos e um pouco inconformados.
- A audácia dessa vaca!
- Na moral nunca quis tanto bater em uma mulher na minha vida.
- Como ela tem coragem de acusar o Alex de algo totalmente fora do controle dele? Ele é o verdadeiro monstro da história.
- Eu passei anos cuidado do Alex, eu vi inúmeros pesadelos, inúmeros machucados que ele fazia nele mesmo, todo sofrimento depois de uma visita dela...essa mulher é asquerosa em outro nível.
Liz olhava pro teto e só conseguia pensar em como o mais novo estava e em como estaria se sentindo, torcia para que Cesar conseguisse acalma-lo um pouco.
A porta estava aberta para sua surpresa, entrou a passos calmos no quarto amarelinho do Irmãozinho procurando o poste, ouviu um barulho do banheiro e foi na direção dele.
Imagem era nojenta, o sangue espalhado na pia e algumas gotas no chão do banheiro, sentiu o coração doer terrivelmente e querer chorar.
- Alex?
- Sup Bro
Alex levantou a sobrancelha e realizou no mesmo instante.
- Iai Ricardo...como Alex tá?
- Ele se cortou bem fundo dessa vez...aquela mulher machuca muito ele...
- Eu sei... Obrigado por trocar de lugar...
- Eu existe para que o Alex não se machuque lembra?
- Onde ele tá agora?
- Bem fundo no sistema, tá brincando com o Matias...
- O cachorro?
- Ele mesmo.
- Quando você voltar da um oi prós outros...
- Pode deixar...
O silêncio era dolorido, o pulso rasgado embaixo da torneira aberta não parava de sangrar, Ricardo parecia bastante cansado e triste.
- Bro...we love you, you know Right?
- Yes i love you all....
Ricardo sorriu um pouco preocupado com a quantidade de sangue que ainda saia, Alex tinha exagerado dessa vez.
- Quando a gente descobriu que nos éramos o Alex dividido em várias partes do que deveria ser a personalidade dele...eu fiquei meio bravo...eu queria ser a minha própria existência, não um fragmento da mente confusa de uma criança... mais o Alex e nos crescemos e viver no sistema e muito bom e confortável, nos sentimos o que ele sente e com o tempo...ele não precisava mais de nós...por isso eu sou o único que sai e só pra garantir que ele está bem...nos amamos você e o Pai, nos nos apaixonamos pelo Arthur...todos nós...e o Alex está muito feliz com ele...mas Cesar...o Alex não é idiota, ele sabe que você gosta do Arthur, então agora que ele não pode te ouvir...seja sincero... você quer que a gente termine com o Arthur?
Cesar arregalou os olhos e pareceu levar um tapa na cara, esquecia completamente que embora em seu coração seu irmão sempre será uma das coisas mais preciosas é inocentes desse mundo, ele era muito mais do que isso.
- É claro que não! Eu gosto do Arthur, mais se for para escolher entre a felicidade de vocês e a minha...eu escolho vocês todas as vezes que forem necessárias...
- Não seja uma Angélica meu irmão, o Alex quer muito te ver feliz também...todos nós...
- Eu sei Ricardo, mas se for para disputamos o mesmo homem, que seja uma luta justa, como todas as brincadeiras que nos fazíamos antes.
Ricardo tirou o pulso da água e finalmente ele tinha parado de sangrar, o corte era bastante fundo e logo Cesar veio com uma gasse amarrando o local com bastante carinho e cuidado.
- Ele não quer voltar ainda...
- Não tem problema, eu vou ficar aqui até ele voltar, eu vou sempre estar aqui esperando por ele.
Ricardo deitou na cama e olhava pro Cesar com um sorriso lindo, recebendo um beijinho na testa e um carinho na orelha.
Deitado na cama frente a frente com o irmão que dormia agora o hacker sentia seu coração doer e apertar, estava demorando muito para eles trocarem de volta, talvez o sistema estivesse em pane mais Alex parecia tão em paz ali dormindo do seu lado, nem imaginava com o que o irmão estava sonhando.
Enquanto isso no andar de baixo os amigos pareciam apreensivos, Christopher estava respeitando a privacidade dos filhos, porém a preocupação era demasiada no momento, todos estavam tão preocupados que não repararam Arthur descer no elevador com uma cara de poucos amigos e seguir marchando atrás de uma das pessoas que mais odiou na sua vida.
Estava sendo seguida, conhecia aquela sensação de ser observada, pegou o spray de pimenta na bolsa e se preparou para o pior, talvez tenha sido um erro vir atrás da pessoa com metade do seu DNA, mas precisava de algo grande para ganhar dinheiro, e o menino vivia uma vida de luxo, a vida que ela sempre sonhou em viver, mas quem a tinha era aquele pirralho.
Era um beco asqueroso e não parecia nada seguro mais era um excelente lugar para uma conversa séria, aumentou o passo e viu a mulher correr e virar a esquina, foi atrás dela sem pensar duas vezes.
O spray de pimenta não pareceu surgir efeito no gaúcho, a faca novamente apontada na sua direção e os olhos estranhos a encarando lhe passavam uma vibe estranha.
- Quem é você? O que quer?
- Calma, só quero conversar...por enquanto...
- Me responde! Ou eu vou gritar!
Arthur olhou pro céu bonito e bufou reclamando internamente do spray de pimenta queimando as narinas e os olhos.
- Meu nome é Arthur Cevero, eu sou o Noivo do Alexander.
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