História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Invisível

O animal pingava sangue de forma grotesca e balançava lentamente de um lado para o outro, Daniel se pois a frente do Irmão em uma tentativa meio instintiva de protegê-lo de algo ou alguém que ainda pudesse estar dentro da boate, mas foi surpreendido com o trisal discutindo.

- MAS DE NOVO ESSA MERDA?

- Então isso também tá acontecendo em outras unidades...

- Não gosto nada disso...

Daniel virou a cadeira e encarou os três mais altos com olhos esbugalhados e uma cara séria ao extremo.

- Expliquem essa merda direito...

Os três olharam e ficaram chocados com a seriedade da voz que Daniel tinha no momento, eles nunca tinham reparado verdadeiramente no cadeirante até o momento mas ele realmente era o ruivo mais bonito que já tinham colocado os olhos.

- Tem algum doente deixando bichos com notas de sangue na unidade da liberdade a meses, já falamos com os luzidios e eles não sabem de nada.

- Isso tá passando do limite já...

Ao final da frase de Daniel a corda que segurava o animal se rompeu o fazendo cair no chão e explodir sangue pra todo lado, cena desagradável.

Daniel estava frio no momento, olhava o trisal e o irmãozinho preocupado, se aquilo não era exclusivo da unidade deles talvez estivessem correndo perigos maiores do que imaginava.

Foi mais ou menos aí que Brulio e Arthur entraram no salão sendo seguidos por Cesar e Thiago.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

Arthur abriu a porta e o chão estava completamente coberto de sangue e tinha um animal selvagem morto no meio da pista de dança, o medo veio quase rasgando seu interior, parecia que sua pele descascava e coçava em uma dor aguda e desesperadora, só queria fugir dali o mais rápido possível, sentiu os braços do pai o envolvendo em um abraço protetor cobrindo sua visão mas a Imagem ainda estava ao seu alcance o fazendo tremer e lacrimejar desesperado.

- ARTHUR!!!

Daniel veio o mais rápido que conseguiu na direção do gaúcho que usava o pai como porto seguro no momento, Brulio tinha uma expressão raivosa e terrivelmente amarga no momento.

- Seu Brulio tira o Arthur daqui!!

E foi isso que o homem fez levando ele o mais longe possível da cena grotesca e nojenta.

Thiago e Cesar viram o caminho que o senhor fez e guardaram o quarto que eles entraram por motivos diferentes.

- Nii-san...tem...um papel aqui...

Joui se aproximou da carcaça e de dentro da boca do pobre animal puxou um papel todo ensanguentado e tinha claramente algo escrito nele também com sangue.

- que coisa nojenta...

Thiago afirmou meio perdido em pensamentos enquanto Cesar mandava uma mensagem no celular, apertou em enviar bem na hora que Gonzalez chegava cantando.

- Não...no otra vez!

O mini polícial parecia possuído em ódio e muita raiva, olhou ao redor encarando os rosto das pessoas que conheciam dês de a infância procurando respostas e depois para os irmãos Hartmann que também não pareciam felizes.

- Cadê o doutor?

- Calma filhão...

Arthur se tremia e balançava pra lá e pra cá tentando tirar a imagem da cabeça mas pra onde olhava a imagem se repetia diversas vezes, a porta se escancarou e o baixinho de olhos amarelos apareceu preocupado.

- Doutor Cevero!

Se aproximou com delicadeza e cuidado afim de não afugentar mais o pobre amante de chimarrão.

- Gonzalez...

Brulio viu o rapaz gentil segurar a mão do seu filho com aqueles olhos tão lindos e expressivos, ele era muito menor que ele e até menor que Arthur mas algo dentro dele parecia gigante.

- Lamento no haberte protegido de nuevo... pero te lo prometo... es la última vez.

Pegou a ideia básica da frase mas não entendeu muito bem, os olhos amarelos lhe encaravam sérios e cheio de lágrimas ainda que nenhuma caísse era possível ver que ele realmente estava mal pelo ocorrido.

- Senhor Brulio... posso falar com o senhor em particular?

- Claro piá... Arthur, você vai ficar bem sozinho?

- Vou sim pai...pode ir.

Brulio sorriu e Brulio foi seguindo Gonzalez que no momento passava uma vibe bem diferente da sua doçura e inocência rotineira.

- Arthur você tá bem?

Cesar entrou no quarto sendo seguido por Joui e Daniel preocupados pra caralho, conseguiram ouvir ao longe o grito de Liz enquanto Chris gritava um grande palavrão em inglês.

- vou ficar.

- já mandei mensagem pro Alex ele Jajá tá aqui viu.

- Brigado Cesar...

Os três saíram do quarto e Daniel sentiu uma tensão estranha entre o Irmão e o DJ mas não sabia exatamente que tipo de tensão era.

Arthur ficou ali por uns bons 20 minutos, essa crise foi bem menos agressiva, talvez por não ter visto sozinho ou por não ser uma vaca igual a Jenifer, o fato era que já se sentia estabilizado, ouviu a porta abrir e Thiago entrava sorridente na sua direção.

- Rapaz...as coisas tão estranhas né? Você tá bem?

- Já estou estabilizado...quer dizer tô bem!

Se corrigiu rápidamente não conseguia mais evitar os termos técnicos, principalmente tratando Gonzalez, sentia muita falta de atender as pessoas.

Thiago ergueu a sobrancelha vendo a rápida troca, Arthur tinha algum segredinho e pagaria muito pra saber o que ele escondia mesmo não parecendo algo muito importante no geral, porém não tinha ido lá pra isso.

- Você sabe que pode contar comigo pra tudo!

- Brigadão mesmo Thiago!

Arthur se levantava da cama para ir fumar lá fora, a nicotina lhe faria muito bem agora, Thiago se aproximou mais e a diferença de altura ficou evidente novamente.

- Quando eu digo tudo, e tudo mesmo.

O calor dele era inebriante, não deu tempo dele reagir colou seus lábios nós dele esperando que ele se derretesse como fazia no começo mas não foi bem isso que aconteceu.

"Mah que caralho!?!??" Arthur respondeu um pouco devagar a situação sentiu a língua do dançarino dentro da sua boca e o calor do corpo dele junto ao seu e tudo que sentiu foi osco de si mesmo por ter travado no lugar sem saber bem como reagir e então a porta abriu.

- Meu Rei você tá-

A voz de Alex entrou no quarto e Arthur teve um estalo imediatamente empurrando Thiago com toda a força que tinha o fazendo quase voar tamanha força e violência do ato, os olhos castanhos chocolate tão lindos e inocentes encaravam a cena se enchendo de lágrimas, o som da porta se fechando rapidamente e depois passos rápidos em direção ao telhado, Thiago ia sair correndo atrás do mais novo mas antes de tentar fazer qualquer coisa recebeu um soco bem dado no estômago o fazendo se curvar em dor.

- QUAL O TEU PROBLEMA???

Arthur, estava puto, muito puto na verdade, o rosto estava vermelho e os olhos cheios de lágrimas o encarando em descrença.

O silêncio de Thiago o deixava inquieto e frustrado, se ele não queria falar com a boca usaria as mãos mesmo.

- "Qual seu problema?"

Thiago viu os sinais e ficou levemente assustado com aquilo, Arthur parecia muito bravo, mas duvidava que ele entendesse tudo que fosse falar em libras.

- "Eu não sei..."

- COMO ASSIM NÃO SABE? ME AGARROU DO NADA! 

- "achei que você quisesse"

Arthur olhou indignado para o mais alto, e verdade que dá primeira vez que tiveram um contato mais íntimo por assim dizer ele só ficou parado lá e se pudesse ou soubesse voltaria no tempo e teria simplesmente fugido daquela situação, mas na época estava muito carente e com tesão pra raciocinar.

- "Eu não quero nada com você"

Aquelas palavras ditas em libras doeram mais do que imaginou que doeriam se tivessem sido ditas pela boca, estava tão confuso.

- "eu gosto de você 🤟🏼"

Arthur ficou puto, uma veia saltou na tempora e mordeu a língua enquanto rangia os dentes, aquele soco no beco nunca pertenceu a Alex, o dono dele estava bem na sua frente, sentiu o gosto de sangue na boca e ficou ainda mais puto, começou a analizar cada aspecto de Thiago montando seu arsenal.

- escuta aqui Thiago...ou melhor..."vê isso aqui Thiago, eu não sei que tipo de trauma com relacionamento você tem meu amigo mas eu não sou a cura pra isso, seu comportamento e autodestrutivo e egocêntrico, sua procura por sexo constante principalmente com pessoas que já tem um relacionamento sério ou até mesmo casadas mostram uma necessidade de se afirmar e sua pinta de predador mostram fragilidade emocional, até parece que você foi abandonado..."

Então Arthur parou seu ataque de raiva respirando fundo vendo Thiago ficar branco como pano e então triste e vermelho disfarçando a vontade de chorar, cavou rápido de mais, mas agora não tinha mais volta, respirou fundo olhando os olhos castanhos tão lindos dilatados e assustados e fez a pergunta que talvez ajudasse ambos a entenderem melhor a situação.

- "Quem te abandonou Thiago?"

O surdo deu um passo pra trás claramente apavorado com a tópico e Arthur percebeu que aquilo ali não era só o casinho de um adolescente que foi trocado no primeiro relacionamento.

- Tu quer conversar sobre isso?

Thiago balançou a cabeça negativamente muito rápido e deu mais passos pra trás encostando na parede assustado e com uma dor dilaceradora no coração, era um sofrimento tão grande que parecia dor física.

- Thiago...eu...

- Desculpa Arthur...eu não devia ter te agarrado...me desculpa... podemos não falar sobre isso? por favor, por favor...

- Eu vou atrás do Alex...

Arthur saiu do quarto e Thiago ainda estava na mesma pocissão travado no lugar, talvez fosse melhor não ter começado aquela discussão, mas tinha que explicar as coisas pro noivo no momento, tentaria ajudar Thiago depois.

A porta fechou e Thiago deixou as lágrimas caírem de uma vez o choro triste e silencioso enquanto ele escorria pela parede e se sentava no chão abraçando os joelhos e tentando ficar invisível...se bem que pra ela...ele já era invisível....

👂🏼💋 Thiago mini backstory 👂🏼💋

A mulher negra de rosto marcante e avassalador andava pela passarela de forma que a fazia parecer uma fada, ou melhor uma deusa, dotada de uma beleza destruidora a modelo carioca Clara Cândido trazia um charme a mais para qualquer desfile que participava.

- Ela é linda demais Veríssimo.

- Gamou na carioca é Arnaldo? Ela é um diamante negro no meio dessas meninas esqueléticas.

- Conhece bem o padrão de beleza das passarelas meu amigo.

- Beleza é relativa meu amigo, eu olho a Clara e a vejo de um jeito, você a vê de outro, falando em beleza, pensou na minha proposta? Muita gente pagaria muito por um encontro com você meu amigo.

- Não estou interessado em ser o objeto sexual de ninguém Veríssimo...quer dizer...quase ninguém...

- iiiiiii

Clara dava a volta na passarela e o ator a seguia faminto com os olhos, era definitivamente a mais bonita na desfile o bikini estava lindo nela e aquele rosto tão marcante lhe deixavam intrigado.

- Boa noite.

- Olá

O after do desfile acontecia totalmente tranquilo é agradável, uma banda de jazz tocava pra deixar o ambiente gostoso e podia perceber os empresários e celebridades se divertindo, tudo que sempre sonhou pra sua vida, até Arnaldo aparecer.

O homem baixinho de 1,67 olhos castanhos amarronzados e cabelo também castanho tinha o sorriso charmoso e uma pinta de galã e ele era mesmo, um galã de filmes e novelas famosíssimo e amado pelo Brasil inteiro, podia tirar proveito dos paparazzi que bombardeavão o homem com flashs de camera a cada 2 minutos e sair na primeira página de alguma revista de fofoca, deu um gole no seu Martine e viu o homem tirar o óculos a encarando fascinado.

- Tem alguma coisa no meu rosto?

- Não, só estava confirmado que mesmo que eu não consiga ver nada sem os óculos você continua linda.

Ok ele era muito fofo e boa pinta, estava de salto então perto dele era praticamente um poste, mas ele não parecia se incomodar com isso, continuaram conversando aquela noite inteira.

As notícias anunciavam seu casamento de forma cômica, o Brasil parou para saber como seria seu vestido de noiva e a atenção que recebia era mágica, olhou pela janela e lá está a torre Eifel, sempre quis conhecer Paris então não teve dúvida sobre sua primeira parada de lua de mel.

- Bom dia minha deusa.

- Bom dia.

Sentiu o abraço por trás e tudo parecia bem o vento bateu no seu cabelo e agora Arnaldo estava ao seu lado apreciando a vista tão magnífica.

De Paris foram pra Cecilia, e depois para Moscou, fizeram uma pequena parada no México e agora estavam em NY.

Andando pela timesquare viu seu marido encarando um dos telões curioso.

- Então esse é o tal de Cohen?

- Que foi Arnaldo?

O telão mostrava uma entrevista com um homem terrivelmente grande e tatuado, ao mesmo tempo que dava medo e tinha uma vibe bem bizarra e macabra ele ainda parecia gentil e amável, era uma combinação estranha, aqueles olhos escuros e o cabelo terrivelmente preto com a pele clara o fazia parecer um personagem de algum filme, era muito surreal pra ser verdade, mas tinha que admitir que o homem era muito bonito.

- Que tem ele?

- Ele é o primeiro Dublê que o Vandame usou, aparentemente ele também tem muitas empresas em acessão, e acho que você deve conhecer, ele é filho daquela modelo apelidada de "Snow White"

Olhou o tamanho do homem e a lembrança da belíssima mulher e viu os olhos negros e o cabelo também negro e a pele super clara e corpo escultural e conseguia ver ela no homem, na realidade ele era a cópia dela versão masculina.

- Uau... realmente eles se parecem.

Continuaram caminhando pela famosa rua de mãos dadas e conversando tudo parecia perfeito.

O som dos fogos de artifício na praia de Ipanema mostrando a virada do ano era acompanhado pelo som terrível de vômitos dolorosos e Arnaldo encostado no batente da porta preocupado.

- Minha Deusa? Tem certeza que não quer ir no hospital?

- Deve ter sido algo que nós comemos na praia.

A bela mulher estava bastante debilitada e um pouco fraca, talvez a viagem não tivesse sido boa ideia afinal, mas estava com saudades da família.

- Vem vamos deitar um pouco.

- Obrigada querido.

Arnaldo era um doce de homem realmente, não tinha como negar aquele carinho, além também de ser tratada como um deusa, tinha literalmente tudo que queria e sonhasse estava muito feliz.

- Grávida?

- Isso mesmo! Parabéns!

A enfermeira lhe entregava os exames, a decoração carnavalesca da clínica quebrava o clima, era pra ser só um exame de sangue.....

Arnaldo pulou de alegria lhe encheu de presentes e comprou tantas roupinhas que dava para abrir uma loja, se olhou no espelho e quis vomitar, a pele esticada e cheia de estrias, os cabelos tinham perdido o brilho e as espinhas na cara... não se reconhecia naquele corpo, aquela criança lhe sugava tudo era um parasita.

- Parabéns! E um meninão saudável!

O choro do bebê ecoava gostoso pela sala de cirurgia, ele era muito grande e clara não tinha dilatação o suficiente teve que fazer uma cesária de última hora, Arnaldo do seu lado sorria bobo, uma das enfermeiras trouxe o menino e colocou no seu colo e com muito cuidado e carinho Arnaldo fez carinho na bochecha da criança que parava de chorar.

- Bem vindo ao mundo Thiago, meu filho...

Se olhava novamente no espelho, os seios antes tão lindos e fartos agora eram sugados diariamente, o choro era trilha sonora de sua vida e não conseguia dormir, a cicatriz asquerosa na barriga lhe desagradava ao extremo, não tinha mais motivos para ficar com Arnaldo ele tinha acabado com a sua vida, arrumou a mala e botou no carro levando joias e o cartão de crédito e alguns talões de cheque não tinha mais volta.

Arnaldo chegou em casa e Thiago dormia feito um anjinho, beijou o filho de 27 dias na cabeça e ficou ali hipnotizado pelo amor que sentia apenas vendo o peito do menino subir e descer.

Perguntou as empregadas onde a amada estava e elas apenas sabiam que a mesma tinha saído com um dos carros.

- Que estranho...

Começou a ficar preocupado, já era mais de meia noite quando o telefone tocou.

- Alô?

- Arnaldo...

- CLARA? CLARA MEU AMOR ONDE VOCÊ ESTÁ?

- eu embarco pra Paris em alguns segundos.

- o que?

- eu não consigo fazer isso Arnaldo...

- Fazer o que?

- Thiago...eu não consigo...

E desligou, demorou meses para descobrir onde a modelo estava e ela torrou uma grande quantidade de dinheiro até conseguir bloquear tudo o deixando bastante endividado, a proposta de Veríssimo veio a ser útil no fim das contas usou o dinheiro para financiar um filme e chamou o tal de cohen para dar uma pegada mais Hollywoodiana ao filme.

- Do que você é feito?

- sorry i don't understand portuguese

- I asked "what are you made of"

- Muscles

- I noticed....

Christopher era gostoso pra caralho, e puta merda ele sabia exatamente quais pauzinhos mexer pra fazer ele derreter e ir pra cama com ele.

- We should be together

- I don't want to have a distance relationship Chris

- If I move to Brazil

Arnaldo não respondeu mas nós dois anos que se seguiram Christopher pareceu bem determinado mesmo ele não tendo interesse.

- Christopher esses são os assistentes contratados para fazer a maquiagem do próximo monstro.

Christopher olhava os manauaras sem muito interesse mas entre eles tinha uma que levou a flechada do cupido bem no meio do peito.

- O Thiaguinho!

- Menino!

Claudia tinha um barrigão e embora estivesse só de 6 meses pelo visto a criança nasceria antes e pela primeira vez na vida Christopher Cohen estava sentindo medo.

- Tá preparado?

- ..... não....

- Ser pai é maravilhoso meu amigo.

-......

Thiago brincava com Cláudia que estava reluzente e linda grávida, Chris podia morar dentro daquele sorriso lindo que a esposa sempre dava na sua direção.

"Cesar oliveira cohen" o nome na tag do berçário mostrava uma criança magra dentro da incubadora, pouquinho cabelo e não fazia muito escândalo...bem se puxasse o pai isso logo ia mudar

Olhava o cenário da novela entretido e em paz, conversava com o contraregra quando ouviu um grande baque no chão, olhou pra trás e soltou um grito de horror vendo o filho sangrando e desacordado.

O impacto da queda tiraram totalmente a audição de um ouvida e as lascas de madeira lhe tiraram 50% do outro e foi aí que depois de tantos anos que entrou em contato com Clara.

- Ok...e isso me afeta como?

- Ele é seu filho.

- Eu nunca tive filho Arnaldo, eu tive um tumor fiz uma cirurgia e foi retirado.

- Clara o Thiago é nosso Filho, e ele nunca vai saber O SOM DA SUA VOZ PORQUE VOCÊ FOI EMBORA.

- Eu não tenho filhos...

E o telefone foi desligado.

Arnaldo segurou as lágrimas e olhou para o teto e então para o filho na cama muito pequeno sequer pra entender como sua vidinha seria totalmente diferente agora.

- "papai, papai, pra você!"

- Obrigado meu amor"

O cartão de feliz dia das mães lhe traziam um gosto amargo na boca, olhava tão apaixonado pro filho inocente se pudesse daria o mundo para Thiago.

- Coma tudo ok.

- Sim senhor.

O restaurante estava até que vazio Arnaldo cortava o peixe para Thiago que balançava as perninhas e sorria em direção ao pai, o aparelho facilitava as coisas com toda certeza mas ainda era difícil conversar com outras pessoas.

- Oi Arnaldo...

Travou no lugar vendo a ex mulher, ela encarava Thiago com certo desprezo o menino tinha pouca ou quase nada dela era basicamente um xerox do pai.

- o que tá fazendo aqui?

- Papai, quem é essa? E sua namorada nova?

Clara pareceu um pouco triste por alguns minutos mas não tinha como culpar o garotinho de 7 anos por algo de que ele nem fazia ideia.

- Você não contou mesmo pra ele...

- Eu respeitei a sua escolha, mas me fala o que você quer aqui?

- Meu dinheiro acabou preciso de mais.

- Eu já te dou uma pensão mesmo você não tendo direto a nada, até porque quem cria o Thiago sou eu.

A mulher não pareceu muito feliz então simplesmente virou as costas com um plano diabólico na mente.

- Ela é podre...

- será que não percebe o quanto ela iria afetar o Thiago?

A intimação judicial para guarda compartilhada foi uma facada nas costas e sabia que tudo isso era por causa do dinheiro, quis muito socar a parede, infelizmente por ser homem a sociedade o via incapaz de cuidar do filho sem uma mulher.

A primeira vez na casa de Clara no rio de janeiro foi estranha e desconfortável, o quarto era bonito e confortável mas a mulher se recusava a falar com ele e o chamava por nomes em francês que ele desconhecia, ela também não falava libras e não demostrava afeto... afinal de contas quem era aquela mulher? E porque tinha que ver ela toda sexta feira?

Aprendeu francês apenas para tentar se comunicar com aquela mulher e ela o chamava de "Parasita" sendo que quem parasitava do ex marido era ela, a palavra "mãe" era proibida e mesmo que quisesse muito ela não o abraçava bem lhe olhava muita das vezes, aquilo realmente machucava e então um dia, mais uma vez ela simplesmente foi embora e ficou mais de um ano sem dar notícias.

- Thiago da a mão pra atravessar.

Miguel... Miguel... Miguel... mamãe... mamãe....

Tinha uma mãe, era só não era igual as outras, Miguel lhe ensinava sobre as coisas lhe abraçava com carinho o pegava no colo mesmo já sendo grande, os beijinhos dele antes de dormir eram os melhores.

- Quando eu crescer quero casar com você.

O segurança riu bobo enquanto observava atento a empregada cobrir o pré adolescente, ficou lá parada até ter certeza que Thiago dormia, fazia isso todos os dias com um sorriso no rosto

- Me sooooooltaaaaa

- Ei deixa ele! 

Cesar puxou o estilingue e acertou bem no dedo do garotinho gordinho que arrastava uma criança bem mais nova da caixa de areia que tinha no parquinho

Thiago era mais velho então todos fugiram dele.

- Você tá bem?

O garotinho de olhos amarelos queria chorar mas estava se segurando, Thiago e Cesar o ajudaram a levantar e o menino pareceu sem jeito e assustado.

- você tá bem?

Repetiu a pergunta esperando o garoto se manifestar, alternando entre Cesar e ele o menino bonito parecia triste.

- Desculpa Senhor Fritz e Senhor Cohen.

Os dois melhores amigos se olharam confusos.

- Quem é você?

- Gonzalez Medina... minha mãe e uma das empregadas...

Thiago pareceu entender mais rápido mas queria não ter entendido, o garoto parecia bastante assustado ainda, chamou ele pra brincar e se divertir um pouco, acabaram virando amigos.

Transar com Cesar era uma delícia e muito divertido, as meninas da escola não aguentavam nada do que ele conseguia fazer, e aparentemente Cesar adorava ser passivo assim, por hora teriam que parar um pouco no entanto já ia fazer 18 em alguns meses e teriam uma nova criança em casa, foi muito difícil ver as coisas sendo feitas e saber que nunca mais veria sua tia Cláudia, não queria ter a dor de perder alguém.

Alex era um docinho de coco de tão fofo dava vontade de morder, deu um beijinho na testa dele e ouvia Cesar tocando piano na sala enquanto brincavam na barraca de acampamento, isso era Família.

Seu Thiago Christopher organizou o velório, pessoas do Brasil todo apareceram para dar tchau para o grande ator Arnaldo Fritz, conseguiu lidar com a empresa e sentia Miguel o seguindo a todo instante lhe deu muito força, mas até hoje não esqueceria que o primeiro abraço que ganhou da mãe foi no enterro de seu pai.

Chegou na casa vazia e tirou o aparelho, caçou na memória lembranças do pai, foi caminhando pelo apartamento até finalmente estar dentro do quarto do pai.

Conseguiria sentir o cheiro do perfume dele o cigarro.... tudo doía, se sentou no chão e abraçou os joelhos sentindo dor e deixando as lágrimas caírem.

- "Papai..."

Olhava a mulher incrédulo, conversavam em francês para ninguém entender sobre o que estavam falando.

- ^Preciso de dinheiro.^

- ^vai pra pedir pra outro^

- ^me respeita eu ainda sou sua mãe, patasita"

- você nunca foi minha mãe...

E saiu do local o mais rápido que pode tentar não chorar, Clara ignorou o jovem futuro repórter pra ela aquele rapaz era invisível.

👂🏼💋 Thiago mini backstory-Fim 👂🏼💋

Brulio olhava Gonzalez seriamente enquanto o rapaz tentava sem muito sucesso se explicar ou melhor explicar seu plano.

- o senhor acha que pode dar certo?

- é arriscado mais pode funcionar...

- eu prometo seu Brulio eu vou proteger vocês.

O homem gigantesco olhou preocupado mas também disposto a ajudar e seu coração se encheu de amor e carinho.

O salão estava limpo agora, Christopher encarava a equipe Kelvin a espera de explicações no papel que Joui tinha achado na boca do animal inocente.

- "O santo está entre vocês"

Os meninos pareciam mal e um pouco assustados e preocupados na realidade, talvez fosse melhor contactar logo Veríssimo sobre as bizarrices que estavam acontecendo.

- Essas mensagens não fazem sentido!

Liz olhava o papel e tentava decifrar alguma coisa qualquer coisa séria bom, mas não era possível compreender aquelas mentes que estavam fazendo isso.

- temos que descobrir quem é ou o que é esse santo.

- o problema Cesinha e que nos fazendo quando acharmos.

Daniel falou deixando o clima ainda pior do que a alguns segundos atrás, o ruivo percebeu seu irmão e Cesar novamente com uma tensão estranha no ar, eles se olhavam a todo instante e Joui ficava vermelho encarando o DJ, tinha caroço nesse angu.

Arthur subiu as escadas com o coração na boca tudo que menos queria na vida era magoar seu amor, de costas assim ele se sentia ainda mais pequeno perto dele e nunca imaginou que ser pequeno seria tão incrível, caber no colo dele era algo sem precedentes não queria mais nada no mundo se pudesse ficar pra sempre com Alex, o beijo com Thiago de minutos atrás tinha durado no máximo 10 segundos e já se sentia sujo não conseguia mais se relacionar com ninguém além de Alex e estava apavorado com esse fato.

- Amor?

Óculos na cabeça um sorriso na cara e mão na cintura com um ar sapequinha, o ar nos pulmões de Arthur foi arrancado de uma única vez ouvindo a voz do corpo do noivo chegar ao seus ouvidos, mas quem estava ali com toda certeza não era Alex.

- Iai Nanico.

- Ale?

- Primeira e única bonitão, esperava quem? O Ricardo?

- Na verdade sim...mas eu queria mesmo e falar com o Alex.

- Ele não tá afim de falar com você agora.

Aquilo doeu, mais uma vez tinha deixado o namorado gatilhado a ponto de trocar de Alter e embora estivesse acostumado a dar de cara com Ricardo vez ou outra já ter pego Matias no colo e feito carinho e até visto brevidade a deglorificada antes de Alex tentar se machucar aleatoriamente Ale não vinha assumir o controle fácil assim na verdade era a primeira vez que a via assim tão livremente e automaticamente começou a analizar a mulher na sua frente.

Ela parecia ter um personalidade mais brincalhona e ser um espírito livre o jeito que se mexia mostrava um pouco de hiperatividade mas aquele sorriso era com toda certeza uma prova de que Ale era tudo de bom que Alex poderia ter associado.

- Iiii vai ficar me analisando até quando?

- até o Alex voltar.

- Vai demorar um pouco então...

Os dois se encaram por uns minutos e Ale foi ficando levemente vermelha, Arthur não deixou isso passar batido, a moça apertava os dedos e o olhava tímida de rabo de olho se não fosse ridículo poderia dizer que ela estava com vergonha por causa dele.

Deu um passo na direção dela e a viu prender a respiração ficando cara a cara com ela e a olhando bem no fundo do seus olhos...aqueles sinais...

- Ale...tu gosta de mim?

A vermelhidão nas bochechas era algo adorável, alters nem sempre compartilham dos mesmos sentimentos que seus hosts mas aparentemente ele tinha conquistado 80% do sistema de Alex foi impossível não se sentir um pouco especial.

- e lógico que eu gosto de você...você pediu a gente em casamento.

- não...tô perguntando se tu gosta de mim desse jeito?

Segurou a mão dela e entrelaçou seus dedos sentindo a mesma começar a a suar e tremer um pouco.

- hahahahah tá se achando de mais nanico, nunca tivemos se quer um encontro.

- ok...vamos ter um encontro então.

Chegou um pouco atrasado na reunião com o pai e assim que pois os pés no escritório foi recebido com um forte tapa na cara seguido de ofensas.

- Inútil! Não consegue ao mesmo cumprir horários?

- Desculpa Otou-sama...

- Joui sempre foi pontual.

- Sim ele é....

Hidetaka olhava Jun sem muita paciência, sabia muito bem o que o filho fazia todas as noites e não o julgava por isso, sua esposa Akemi mãe de Joui também era 15 anos mais novo que ele, ainda sim achava um pouco nojento e agradecia imensamente por ter encontrado uma moça disposta a se casar com seu primogênito.

- Jun eu vou te dar uma ordem agora e é de suma importância que você a cumpra perfeitamente.

- pode falar pai.

- Eu quero que você traga o Joui de volta pro Japão.

Ao escutar isso o coração do primogênito acelerou forte e um sorriso brotou nós belos lábios do rapaz enquanto ele dizia.

- Hai!