Gonzalez se levantou feliz, e empolgado o resultado do exame deu negativo então por hora estava tranquilo, mais sabia que teria que fazer outra quando a criança nascesse, a notícia de que era uma menina o deixou meio balançado, sempre quis ser pai, ele e Dorotéia estavam planejando uma criança a alguns meses mais aparentemente não era pra ser mesmo, talvez ele precisasse encontrar um outro parceiro para ter seu filho.
Gonzalez não estava empolgado pelo exame dar negativo, estava empolgado porque quem deu a notícia foi Jhonny, e morria de saudades do latino maior.
Desceu as escadas ouvindo chris falar com alguém no escritório e decidiu entrar pra ver o que estava acontecendo.
- Sal, Sugar, Floquinho, Ice cream, chocolate e baunilha.
O senhor colocava lacinhos nos ratinhos para ser fácil de identificar, Gonzalez parou na porta e olhou o senhor com muito carinho, o idoso se virou abrindo um lindo sorriso e indo em direção ao seu menino.
- Bom dia Gon
- Bom dia tio Christopher
- Café tá pronto já, vamos comer?
- Sim senhor.
Arthur abriu o olho verde devagar e bocejou sentindo cheiro de café fresquinho, se levantou meio groge e caminhou preguiçoso pelo apartamento, na cozinha Brulio virava uma panqueca no ar cantarolando, fazia muito tempo que não via o pai feliz daquele jeito e tinha a teoria de que essa felicidade toda tinha nome.
- Bom dia papai.
- Bom dia filho.
Arthur se sentou na mesa e começou a mexer no celular, entrou na conversa de Alex e percebeu que o namorado tinha dormido em por cima do celular, riu sozinho.
- Pai...eu quero apresentar o Alex pra galera da guangue e pra Ivete.
Brulio pegou um pano de prato e secou a mão enquanto caminhava em direção ao filho na mesa, a preocupação era palpável.
- É algo bem complicado de se fazer, mas acho uma boa ideia
- O tio Gregório não tá falando com o senhor ainda?
Brulio suspirou pesadamente e jogou o cabelo pra trás balançando a cabeça negativamente e bastante triste, os olhos estavam cheios de lágrimas e estava bem óbvio o quanto aquilo machucava o líder.
- De um pouco de tempo pra ele pai
- Eu...eu não sei como tu aguentou tanto tempo com esse sentimento meu filho, eu sinto muito.
- Eu usei meu corpo pra esquecer da dor, me arrependo muito, eu devo ter rodado Carpazinha inteira e todas as cidades ao redor.
- Não sei se quero ouvir isso...
- O lado bom é que o seu Christopher gosta de você.
- Como assim Arthur?
- Quando eu me assumi pai, eu não tinha ninguém, só a mamãe, eu estava sozinho, eu só queria ter alguém do meu lado pra falar que ia ficar tudo bem, e que eu tinha um porto seguro.
- Eu sinto muito meu filho...
- É passado...o senhor tá aqui comigo agora e eu tenho alguém que me ama.
- Eu me sinto tão hipócrita...
- O Senhor estava confuso, eu fico feliz que tenha finalmente me aceitado, acho que nossas vidas seriam completamente diferentes hoje caso....
- Caso?
- Caso o Lúcio não tivesse me enganado...
- Como assim?
- Depois que a mãe e o Henrique morreram, eu te odiei tanto, pra mim você era a pior pessoa que existia, eu não queria ser associado ao senhor, eu tinha raiva do senhor, eu queria fugir pra bem longe e eu já tinha transado com toda cidade basicamente, aí eu fui dar uma volta na cidade do lado, entrei na primeira balada que eu vi, e o Lúcio tava lá, aos beijos com um cara, ele parecia tão livre e eu queria aquela liberdade.
- Arthur...
- Eu passei a ir naquela balada só pra ver ele, e ele me notou uma noite, ele achou que eu estava atrás de briga e veio pra cima de mim, sou forte e ganhei na porrada mais eu não queria brigar de verdade, nos fomos expulsos da balada e eu me ofereci pra ajudar ele, sem muita escolha ele aceitou, durante todo o percurso onde ele estava apoiado em mim, ele xingava o senhor, xingava os gaudérios, e eu achei aquilo o máximo, eu perguntei se eu podia ser um assombrado.
Brulio ficou totalmente travado no lugar, não conseguia acreditar nas palavras que saiam da boca do próprio filho, queria chorar e gritar de tanta raiva e tristeza.
- Por que?....
- Eu não queria mais ser seu filho naquela época, eu tinha 17 anos e não sabia lidar com luto nem com meus sentimentos, eu só queria fugir do senhor.
- Meu filho eu sinto muito...
- O senhor quer continuar ouvindo?
- Sim, eu preciso...
- Naquela noite o Lúcio riu da minha cara, mais quando viu que estava sério ele disse que ia falar com o Rodolfo, acho que foi aí que eles planejaram me matar, o Lúcio voltou e disse que sim, eu podia ser um assombrado mais só quando eu fizesse 18 anos, e era para eu manter segredo, e eu aceitei feliz, nos começamos a nós encontrar escondido e ele parecia tão...
- Tão?
- Ele parecia ter fé em mim, e eu me apaixonei, eu só queria alguém que me amasse, então nós começamos a ficar, fizemos planos pra depois da faculdade, iríamos criar uma clínica na cidade e viver felizes pelo resto das nossas vidas, eu planejava esquecer que um dia fui seu filho, já que eu te dava tanta vergonha...
- Tu nunca me envergonhou guri, eu que sou um idiota que não merece ter um filho com tu.
- Eu não sei o que fez o senhor despertar do seu preconceito, mas... quando eu tava quase apagando a ponto de morrer...eu fiquei feliz, eu achei que minha morte ia te deixar feliz, livre da vergonha de ter um filho invertido...
- Meu Deus Arthur...o que eu fiz contigo meu filho?
- quando eu abri os olhos e te vi segurando a minha mão, eu achei que tinha ido pro céu, porque o senhor tava do meu lado outra vez, eu só queria meu pai de volta.
- Meu filho...
Brulio levantou da cadeira quase caindo e foi em direção ao seu pequeno o envolvendo em um abraço carinhoso e cheio de carinho.
- Tá tudo bem pai, eu tô muito feliz de ter o senhor comigo, eu sei que o tio Gregório vai voltar a falar com o senhor.
Brulio deu um beijinho na testa do baixinho e fez uma nota mental de fazer uma lasanha bem gostosa e caprichada pra ele.
- O Lúcio é um merda...
- O que ele tem de bonito tem de manipulador, quando eu comecei a estudar eu percebi o quão tóxico era nosso relacionamento, e todos os meus relacionamentos depois dele eram...como posso dizer... péssimos...na faculdade eu me envolvi com tanta gente, mais não conseguia manter ninguém do meu lado, então aceitei a solidão e sexo casual, e aí eu cheguei em SP determinado e coloquei na minha cabeça que ia conseguir, e não consegui, aí veio a boate e de cara 3 homens lindos vieram dar em cima de mim, eu me senti tão foda, mas, logo eu percebi que novamente eu iria me meter em relacionamentos tóxicos, mais eu tava tão carente que só fui aceitando as coisas, hoje olhando meus primeiros dias na boate eu me acho um idiota, e vendo o Alex dentro das minhas memórias...era sempre ele o único...
- Como assim? Achei que tivesse dúvidas entre os 3 primeiros.
- O Alex sempre parecia genuíno quando falava comigo, não tentava me seduzir, ele só queria ficar perto de mim...sem segundas intenções e quando eu dancei com ele, o jeito que ele me tocava e como ele me olhava era... arrebatador, e ele é tão doce e fofo, mais aí aquele beijo, eu fiquei tão bravo achando que ele era igual a todo mundo, só querendo me comer, quando na verdade ele só queria ter certeza que eu sabia me defender, como eu poderia resistir aquele rosto lindo e sorriso perfeito, em um mês eu tava completamente apaixonado por ele, acho que antes disso até.
- Eu fico feliz que você tenha achado amor filho.
- Eu também estou feliz pelo senhor estar namorando pai, eu sempre quis que o senhor seguisse em frente depois da morte da mamãe.
- Só não imaginei que me apaixonaria por um cara...
- O seu Chris e muito bonito, o senhor tem bom gosto.
- Ele é meio doido... mais eu gosto dele...
- os senhores são fofos juntos.
- Ele é tão intenso com tudo, não sei lidar com as declarações dele nem com o tanto que ele me deixa sem graça.
- Que bonitinho
- Ele é totalmente diferente da sua mãe.
- E isso é bom ou ruim?
- A Amanda era dura e direta, e tu puxou o ciúmes dela inteirinho, o Chris também é ciumento, mais ele e bem passivo agressivo em relação a isso, sua mãe partia pra porrada.
- Sério?
- Quando a gente começou mesmo a namorar, se uma mulher me encarava tempo de mais ela já começava a brigar do nada, eu achava engraçado.
-.....
- Arthur?
- Me pareço mais com a mamãe do que imaginei.
- Tadinho do Alex.
Os dois Ceveros riram e tomaram café tranquilamente, e Arthur parecia muito mais leve de ter colocado tudo aquilo pra fora.
Alex se sentou no palco e abriu seu joguinho no celular, o som de todo mundo conversando era acolhedor, Samuel passou por ele e fez carinho na sua cabeça, Dante logo atrás se abaixou e lhe deu um beijinho na bochecha, Cesar lhe deu um abraço e Thiago lhe deu uma bala escondido, olhou ao redor e Daniel parecia entretido ensinando drinks pra Kennan, Bea e Erin, Mia apareceu carregando uma caixa de bebidas e Tristan as organizava de forma concentrada, Liz e Mari conversavam e Mariana parecia doente, ficou preocupado.
Joui e Gonzalez conversavam com Chris animados e só faltava o seu amor chegar pra tudo ficar bem.
- A-chan...
- Joui!
- O que você tá fazendo fofinho.
- Tô jogando tetris
- Tetris, aquele jogo de encaixar bloquinhos?
- Isso! O Sammy e o Cesar adoram também, eu não sou tão bom quanto eles mais eu me divirto jogando.
- Posso assistir.
- Claro que pode.
- Joui sentou no palco e encostou a cabeça no ombro de Alex assistindo ele jogar, o perfume dele era tão gostoso e ele era tão quentinho, conversar com ele era muito divertido, gostava muito de Alex queria cuidar dele pra sempre.
Cesar e Samuel ligaram o som e "slumber party - ashnikko feat Princess Nokia" começou a tocar.
Arthur chegou e tava tudo bem, foi dar oi pra pessoal pra não parecer antipático porque só queria agarrar Alex e ficar com ele o dia todo.
Joui viu Arthur chegar e sorriu maldoso, Arthur foi dando oi pra galera os olhos dos dois se encontraram e Arthur juntou as sobrancelhas encarando o asiático sem entender aquele sorriso lindo e meio bizarro na sua direção, até Joui começar a cantar junto da música.
- "I'm not shy, I'll say it
I've been picturing you naked
I'm a little faded
You look like a fuckin' paintin'
Big dough, ice, amazin'
She's everything I've been prayin'
My heart palpitation
She looks like the type to break it
Me and your girlfriend playin' dress up at my house
I gave your girlfriend cunnilingus on my couch
She cute, kawaii, hentai boobies, that excites me
I think she really likes me, asked politely, can I (woo-hoo)
(Ooh, woo-ooh, woo-ooh) slumber party"
A-chan~~~ você é tão fofinho~~~
Alex olhou pro amigo e sorriu doce como de costume, as aulas de inglês de Arthur começaram a fazer efeito e então o sentindo da música começou a deixar Arthur inquieto, Alex ainda sorria na direção de Joui quando o asiático deu outra olhadinha pra Arthur e colocou a mão no rosto de Alex e rápido como um raio deu um selinho nele.
O mundo parou, nada fazia sentido, seu corpo se movia sozinho, a raiva o deixou possuído e o ciúmes o tinha deixa cego.
- Jouiiiii!!!
- Eu não resisti, você é muito bonitinho.
Abraçou o negro com bastante carinho e Alex fazia uma carinha de inconformado tão grande que Joui precisou apertar aquelas bochechas, desceu do palco pra ir tirar uma com a cara de Arthur quando derrepente.
Os sentimentos voltaram e ele estava o puro ódio foi correndo na direção do asiático o derrubando no chão com violência, montou nele e ergueu o braço pronto pra dar o soco que provavelmente mataria o pobre asiático.
Todos ao redor pareciam só se tocar agora do perigo que o asiático estava correndo, Arthur parecia ligado no automático, em menos de três segundos todos começaram a correr em direção a Arthur, o pulso fechando no alto pronto pro soco acontecer.
- O que pensa que está fazendo Arthur?
Alex segurou o pulso do noivo que fazia força pra continuar o movimento, o gaúcho estava vermelho e parecia possuído.
- ME SOLTA ALEXANDER!
- Arthur...
- EU VOU QUEBRAR A SUA CARA JOUI!
- Ok, deu...
Alex puxou o namorado com toda sua força fazendo ele praticamente voar pra longe do amigo, pegou Arthur como se fosse um saco de batata e jogou no ombro levando um sequência de socos e ouvindo Arthur ameaçar Joui a cada passo que dava.
Todos se olharam assustados ninguém nunca tinha visto Arthur tão nervoso, Bea ajudou Joui a se levantar e o asiático parecia muito arrependido e assustado.
- Era só uma brincadeira...
- nunca vi o doutor tão puto.
No quarto Alex jogou o marido na cama ficando por cima dele o encarando com tanta intensidade que Arthur deu uma tremidinha na base.
- Mais calmo agora?
- O JOUI TI BEIJOU!
- eu sei, mais não foi nada sexual, você não viu que ele queria te provocar, era uma brincadeira Arthur!
- Ele ti beijou...ele ti beijou
- Arthur, calma
As lágrimas começaram a escorrer não conseguia controlar suas emoções, não suportaria ficar sem Alex e sentia que Joui podia facilmente tirar seu amado da sua vida.
- Não me deixa por favor!
- Arthur eu não vou te deixar!
- Alex...
Abraçou o namorado em desespero, não conseguia raciocinar direito, o perfume dele entrando nas suas narinas o deixava mais calmo, sentiu um carinho no rosto e o dedão de Alex secando uma lágrima que caia.
- Eu não vou te deixar...
Alex se deitou do lado do mais velho e o trouxe pra mais perto e Arthur grudou nele como cola ficando em silêncio por alguns segundos.
- O que aconteceu Arthur?
- Eu só... fiquei com medo...de você me deixar pelo Joui.
- Por que eu te deixaria pelo Joui?
- Ele é mais jovem, mais bonito, menos ciumento...
- Eu gosto do seu ciúmes, já falei isso, você é mais velho sim e a cada dia que passa você fica mais bonito, pra mim você é o homem mais bonito que existe.
- Eu tenho tanto medo de um dia tu acordar e pensar que cometeu um erro ficando comigo...
- Eu acho que o Problema sou eu então...
-.....que?
Alex olhou pra Arthur e estava sinceramente muito triste, enquanto isso Arthur entrava em Pânico achando que tinha magoado seu marido
- Se você se sente inseguro a culpa é minha...eu que não estou demonstrando o quanto eu te amo.
- Não! Não! Você é tudo que eu sempre quis, nem sonhando você não está mostrando o suficiente.
- Mais você ainda se sente inseguro, o que eu preciso fazer pra você entender que você é a pessoa que eu amo Arthur Cevero?
- Não é tu Alex...sou eu, eu sou muito inseguro.
- Quer conversar?
- Eu estava falando com meu pai hoje sobre o Lúcio...acho que eu não estava pronto pra lembrar das coisas que ele fazia comigo...
- Como assim Arthur? Ele fez alguma coisa com você? O que ele fez?
- Calma, não é isso que tu pensou...mas... Caralho...ele fudeu muito meu psicológico, eu era o brinquedo dele, ele me manipulou tanto e por tanto tempo que eu acreditava em cada mentira e ameaça...
- Ameaça?
- Ele sempre dizia:
"Ninguém além de mim vai ti amar Arthur, nem seu pai te ama, tu tá sozinho nesse mundo só tem eu pra ligar pra você"
Sendo um adolescente fragilizado, eu acreditava, ele me fazia acreditar que não era digno de amor ou carinho, e todas as vezes que ele me traiu... minha nossa...foram algumas das piores dores que eu já senti, e ele sempre jogava toda a culpa em mim, depois dele eu fiquei tão zuado, na faculdade eu tentava me relacionar mais eu ainda estava tão paranóico que muitos dos meus interesses amorosos me achavam controlador ou possessivo... mais...eu só não queria me machucar outra vez, então eu repita o comportamento do Lúcio... só percebi depois a merda que eu tava fazendo.
- Eu não te acho controlador ou possessivo, eu te acho carinhoso e amoroso, você me faz bem Arthur, ficar com você me faz feliz.
Alex fez carinho na cabeça do gaúcho e Arthur se agarrou mais no mais novo, estava se sentindo muito culpado.
- Me desculpa amor
- Não é pra mim que você tem que pedir desculpas.
- Eu...eu...
- Eu te ajudo a pedir desculpas pro Joui, e eu espero que você entenda que o Joui vai continuar fazendo essas coisas comigo, pelo menos até ele se resolver com...
Alex parou a frase no meio, era melhor ficar quieto por enquanto, se nem Joui estava se entendendo quem era ele pra falar alguma coisa.
No andar de baixo ainda tinha uma pequena comoção e Daniel dava uma bronca no irmão enquanto o resto do povo parecia tentar raciocinar o que tinha acontecido, Brulio e Chris conversavam sobre o comportamento do Cevero mais novo quando Mari se aproximou dos dois senhores.
A moça bonita estava levemente pálida e meio verde na realidade, Chris percebeu uma leve mudança de comportamento na sua pupilo mais achou que podia ser uma virose, mais ela já estava assim a quase uma semana.
- Dad... I'm not ok...
Chris virou no 220, Mari foi muito bem educada pelos pais biológicos, adorava eles, mais quando eles viajam pro exterior era muito mais fácil Mariana chamá-lo de pai pra não inventarem merda sobre a sua menina, então pra ela estar chamando ele de pai agora, era porque ela não estava nada bem.
- my child, what happened?
- I need to go to the doctor, you can go with me, I think I have dengue.
- Of course my princess
Chris pegou o celular e começou a marcar uma consulta de emergência, Brulio se aproximou da moça bonita e segurou a sua mão olhando as olheiras profundas e a palidez, fez um carinho na bochecha da moça e desejou que ela ficasse bem logo.
Arthur e Alex desceram e a cara de infelicidade do gaúcho era no mínimo engraçada, Alex foi puxado o noivo até Joui e o asiático e ele ficaram se encarando por uns bons minutos.
- Descu-
- Me descul-
Os dois deram uma risada e por alguns segundos parecia que a treta não tinha nem rolado, Alex sorriu um pouco involuntariamente.
- Você primeiro Arthur-san
- Me Desculpa Joui, não queria te assustar só perdi a cabeça.
- Eu que não devia ter te provocado...me desculpa...
Arthur sorriu e estendeu a mão para pra Joui apertar, os dois deram as mãos e parecia tudo bem quando Joui sentiu um puxão o fazendo se desequilibrar.
Arthur deu um selinho em Joui e encarou profundamente os olhos pequenos cor de amêndoa, Joui ficou vermelhinho e cobriu a boca com a mão ficando tímido de imediato.
- Todos os beijos do Alex são meus.
A cara de palmito velho que todo mundo tinha no momento era engraçada, Daniel conhecia aquela frase e Joui também, realmente, um casal como aquele era difícil de se encontrar.
Depois do drama o dia se seguiu normal.
- Mari você não tá legal
- Não acha melhor voltar pra casa?
Miguel e Kennan estavam preocupados com a namorada, ela parecia estar segurando as pontas muito bem mais também parecia que iria desmaiar a qualquer momento.
- Eu já pedi pro seu Chris me levar no médico.
- Ok então...
- Mais se você piorar é pra falar com a gente viu.
Mari sorriu e deu um beijinho na bochecha de cada um dos namorados, o perfume de Miguel com o pós barba de Kennan chegou no seu nariz e lhe deu uma terrível dor de cabeça, mais ainda sim continuou abraçada com eles.
Joui e olhava ao redor e seus pensamentos não eram a coisinha mais limpa do recinto, de longe não dava pra perceber mais ele encarava os peitos de Mia a um bom tempo, eles balançavam pra lá e pra cá enquanto ela colocava as bebidas no local correto e o decote de hoje estava caprichado.
No palco Bea ensaiava um pouco com "Beast - mia Martina" tocando no fundo, rodava no polidance com graça e elegância, mais seu foco todo estava no bar, especificamente em Mia e Daniel organizando as bebidas, o ruivo parecia estar se divertindo com a ruiva gostosa, em algum momento mia falou algo e Daniel deu um risada gostosa que terminou com um sorriso lindo e Bea quase caiu do polidance.
- Cuidado bonitinha, pode acabar se machucando assim.
- Elizabeth?
- O Daniel tá bancando o difícil é?
- oi? Que?
- o Daniel, você tá interessada nele né?
- Como?
- Conheço esse olhar perdido e apaixonado, o Daniel e realmente arrebatador, ainda me lembro da primeira vez que olhei dentro daqueles olhos verdes, parecia que todas as respostas do universo estavam ao meu alcance.
- Você...e ele??
A voz trêmula da moça sardenta indicava um leve nervoso e até ansiedade, Liz achou uma gracinha, o amor e lindo não é mesmo? Principalmente quando ele é inocente assim
- Eu já transei muito com o Daniel, mais não passou disso, sexo...e ele é muito bom nisso.
Bea ficou tímida de imediato e Liz a olhou curiosa, a moça bonita parecia hipnotizada pelo ruivo no bar e ao mesmo tempo parecia ansiosa.
- Como é?
- o que?
- Como é fazer sexo de verdade?
Liz sentiu uma leve tontura, a pergunta não parecia maliciosa e Bea ainda olhava Daniel meio fascinada e bastante alheia ao mundo ao seu redor.
- nunca transou com um cara?
- Eu nunca transei na verdade...eu já fiz algumas coisas, mais os finalmentes? Nada...todos os caras pareciam... sei lá....idiotas, presunçosos.
- E garotas?
- Adoro, mais nenhuma me trouxe confiança.
- E você acha que o Daniel pode ser a pessoa certa?
- Ninguém me deixou assim antes
- Assim como?
- em todos os lugares que eu apareço sempre dão em cima de mim, afinal eu sou linda.
- Modéstia e humilde mandaram aquele abraço.
Bea olhou pra Liz e sorriu, a mais velha se sentou de indiozinho no chão do palco e Bea também se sentou igual de frente pra ela.
- Eu sempre sou elogiada e todos querem ficar comigo, eu nunca cheguei em um lugar e ninguém deu uma cantada em mim, eu achei que o Joui fosse tímido e a Erin se interessou por ele, você parece a rainha de todos aqui então você me dar uma cantada estava fora de cogitação.
- Você é linda, mais sair com gente muito mais nova geralmente me dá Problema.
Liz olhou pra Alex de canto de olho e ele no momento verificava se Mari estava bem.
- Nossa, mais enfim, eu fiquei esperando o Daniel jogar um charminho, mais ele me tratava... normal...as atitudes dele...ele não queria me conquistar ele só estava sendo ele mesmo.
- O Daniel é genioso e adora fazer piadas de duplo sentido, ele é muito leal aos amigos e quando fica íntimo e super carinhoso, ele é um partidão, e agora acho que ele está disposto a tentar se relacionar.
- Será...será que eu sou o tipo dele pelo menos?
- Você é uma italiana multimilionária, bailarina profissional, gostosa pra caralho, acho que você é o tipo de muita gente.
- Também sou formada em botânica.
- Um mulherão desses! Ainda solteira, não acredito!
Bea riu e Liz achou ela muito fofinha, ela parecia genuinamente uma boa menina, e o jeitinho sonhador que ela olhava pra Daniel era um pouco assustador, lembrava um pouco o jeito que Alex olhava pra ela quando eles estavam juntos, bem eles tinham sido criados juntos.
- Você realmente fez um drink em homenagem a todo mundo?
- Criar drinks me ajuda a raciocinar, e eu só crio drinks para pessoas que eu.... gosto...
Tristan passou por eles falando com Thiago e na hora que Daniel realizou o que tinha feito pareceu tomar um choque de realidade.
Mia guardou essa informação com cuidado e carinho na sua cabeça, colocou a mão sobre o peito sentindo o coração acelerado, Daniel e ela estavam mais próximos agora então estava feliz, seu desespero inicial estava controlando, ainda queria dar uma sentada violenta no ruivo bonitinho na sua frente, mais agora conseguia se controlar um pouco melhor.
- Daqui a pouco eu vou fazer a última vistoria, conto com você pra deixar o bar pronto.
- Sim senhor!
- Você é muito fofa quando quer.
E Daniel se virou arrumando os copos sem perceber que mia ficou levemente tímida após a frase do Barman, prendeu o cabelo e também começou a arrumar os ingredientes de forma que ficava fácil fazer os drinks na hora do movimento.
No telhado Gonzalez fumava tranquilo conversando com Arthur, o policial contava como estava se sentindo em relação a gravidez de sua ex esposa.
- Eu sinto muito Gon...
- Eu não sei exatamente o que sentir...eu... sempre quis ter filhos...
- tu queria que o exame tivesse dado positivo?
- Não...quer dizer... não sei...se...se nós estivéssemos juntos, eu estarei reformando o quarto pra chegada da minha filha.
- Tu tem certeza que é uma menina né?
- Na minha família precisa nascer 10 mulheres pra nascer um homem, seria uma menina com toda certeza.
- Na minha família só nascia homem, minha mãe sempre foi a única mulher, e aí teve dois meninos.
- Eu iria adorar que meus filhos fossem amigos do seus doutor.
- Agatha ficaria feliz em brincar com seus filhos...
- Agatha?
- Eeeeeeee é um nome bonito né? Eu gosto muito.
Arthur tragou o cigarro se tocando da possível merda que quase fez, ninguém sabia que ele e Alex estavam planejando a adoção de uma criança assim tão antes do casamento.
- E bem bonito, eu gosto muito de Alma, ou Guardalupe, Tatiane, Dulce...eu tenho muitas ideias
- Espero que um dia possa usar alguma delas.
Escondido atrás de uma pilastra Thiago lia os lábios dos dois baixinhos de olhos bonitos, queria tanto chorar, Gonzalez contou pra Arthur mais não pra ele, aquilo doia muito, bem pelo menos tinha pego algumas ideias pra nomes de sua filha.
- Alma Jasper? Guardalupe Jasper? Vou pensar...
E foi voltando pro andar de baixo, encontrou Daniel fazendo a vistoria e agradeceu muito por ele e Cesar não terem feito nada aquele horário ou receberiam uma garrafada na cara, passou pelo ruivo deu tchauzinho e desceu, logo em seguida Arthur e Gon desceram passando por Daniel, inclusive Gonzalez devolveu seu esqueiro que tinha pego emprestado logo o ruivo estava sozinho no andar.
Estava carente ao extremo, uma bronha rápida o colocaria em forma pra noite, viu os quartos que Daniel já tinha verificando e se enfiou em um deles, não planejava demorar muito mais aparentemente, Tristan tinha uma grande sorte.
Daniel bateu nós bolsos e tinha deixado o esqueiro pra trás, foi voltando nós quartos procurando saber onde caralhos tinha deixado o objeto ficar, não estava naquele quarto ia sair do banheiro quando ouviu a porta abrir.
Se sentou na cama e abriu o zíper da calça, estava definitivamente muito sozinho colocou a mão por dentro da cueca e puxou o pau pra fora começando a se masturbar bem devagar, os gemidos baixos se espalhavam pelo quarto, jogou a cabeça pra trás abrindo bem a boca deixando um suspiro escapar de forma bem erótica e gostosa.
Fazer aquilo sozinho era tão triste, devia ter colocado uma promoção no seu perfil da ordem, Algo do tipo "me assista pela metade do preço" porque estava deprimido ao extremo.
Deitou na cama olhando o teto sentindo o corpo quente e a mão ficando cada vez mais melada de lubrificante natural, fez movimentos circulares na cabeça e gemeu de prazer quase chorando de carência, e então ouviu um barulho.
Daniel mordia o lábio com tanta força que acabou sangrando um pouco tinha assistido tudo pelo espelho do banheiro e agora tinha uma Ereção pulsando dentro da calça, todos tem limites e os de Daniel tinham finalmente chegado em relação a Tristan.
- Daniel???? A quanto tempo você tá aí???
- o suficiente....
- Eu não sabia me desculpa!!
Merda, merda, merda, mais uma vez tinha afastado Daniel dele, estava tão frustrado com isso, sempre que dava um passo pra frente voltava umas 40 casas pra trás.
Foda-se, estava ficando doido, tinha que assumir que Tristan era muito bonito e que se sentia atraído sim por ele, parece que ele tinha finalmente perdido o controle.
Humilhado e pronto pra ir embora Tristan sentiu a cama afundar de um lado e quando virou Daniel estava sentado com ele.
- Dani... hum...
O beijo dele era quente encorpado ele tinha um cheiro gostoso de laranja a barba na sua pele fazia cócegas, se aquilo era um sonho, não queria acordar.
Sentiu carinho no seu cabelo e a língua do ruivo entrou na sua boca enquanto a mão dele subia entre suas coxas o fazendo gemer mais ainda.
Segurou o falo entre os seus dedos e Tristan tremeu dentro do beijo, por um segundo ele se afastou gemendo e logo depois voltando a atacar a boca do barbado em desespero.
As costas encostaram no colchão e o ruivo estava no meio de suas pernas usando a mão pra subir e descer o fazendo gemer como uma puta barata.
- Daniel...
- Você fica uma gracinha assim...
Tristan apertou os lençóis entre os dedos sentindo sua calça e cueca serem lançados a uma considerável distância, abriu os olhos e os músculos de Daniel o fizeram perder o ar que tinha nos pulmões, aquilo estava mesmo acontecendo?
A blusa também tinha sido arremessada pra algum lugar agora os dois rapazes se encaravam completamente pelados e Tristan estava quase babando, se lembrava de ler livros onde tinham criaturas de luz perfeitas, elfos, Daniel se parecia com um, longos cabelos alaranjados e olhou verdes profundos, tão bonitos que não parecia ser real.
Se esticou um pouco e pegou o lubrificante na gaveta, derramou um pouco na mão e tinha que ser rápido ou notariam sua demora mais não queria machucar Tristan.
Beijou o principe novamente e aproveitou a distração dele com sua boca para colocar um dedo dentro dele, o gemidinho fofo se fez presente e parecia que o mais velho já era bem acostumado com aquele situação, colocou o segundo dedo dentro e fez movimentos de tesoura enquanto continuava a beijar o moreno com o máximo de carinho que tinha.
- Não precisa disso tudo, só mete.
- Não quero te machucar.
- Daniel, me fode logo.
Segurou uma das pernas do mais velho e a ergueu um pouco, pegou a outra perna e abriu ainda mais, Tristan se segurou na cabeceira e fechou os olhos se preparando para a dor.
Entrou devagar e viu Tristan mordendo um travesseiro e revirar os olhos pela dor, os cabelos castanhos grudados na testa e os olhos escuros lhe encarando fascinado, puta merda que homem gostoso.
Tristan se arreganhou inteiro, o ruivo bombava com força e intensidade, a pegada dele era gostosa e os beijos no seu pescoço o deixavam sem rumo, chamava o nome do ruivo como se fosse a única coisa que sabia fazer na vida.
Apertado e quente, sentia o pau pulsando dentro do parceiro e tinha certeza que se aplicasse mais força no pobre coitado ia quebrar o pobrezinho em dois.
- Mais... rápido....
- Você quer mais é?....ah! Ok...
Saiu por completo e Tristan estava tão mole e submisso que virar ele de bruços foi muito fácil, se encaixou melhor entre as pernas do moreno e meteu com vontade e brutalidade.
- Aham~~~
A reação do seu corpo foi automática, revirou os olhos e esticou os dedos não sabendo como reagir a todo aquele prazer, sentiu o cabelo ser puxado pra trás e uma mordida na orelha, os gemidos de Daniel no seu ouvido eram sexys de mais para resistir.
- Daniel...eu vou gozar...hum...
- vem comigo então...
Os dois trocaram um beijo meio torto e bem molhado, Tristan sentiu o interior ser preenchido e o corpo desligando em absoluto prazer, pela visão periférica conseguiu assistir o ruivo curtindo seu orgasmo e minha nossa...ele era muito bonito.
Daniel desceu primeiro visivelmente nervoso com alguma coisa mais parecia até outra pessoa, 20 minutos depois foi a vez de Tristan descer e ele tinha o maior sorriso do mundo no momento, a noite foi tranquila e lucrativa.
Mais um dia se iniciava na boate dessa vez sem a presença do gringo, tirando a cara de cu de Brulio por estar longe do namorado tudo parecia normal e todos faziam seus trabalhos enquanto o senhor encarava olhares estranhos da enfermeira por estar segurando a mão da sua princesa.
- Me desculpe senhor, não podemos deixar que o senhor entre se não for da família.
- Ela é minha filha!
- Desculpa mais isso é impossível, precisamos de um documento que valide o grau de parentesco.
- Dad...
- Shiii what happened my love?
- I want to vomit.
Chris deixou a enfermeira falando sozinha e puxou Mariana pro banheiro feminino entrando sem pensar duas vezes.
O som do vômito era a única coisa que ouvia no momento, o segurança pedindo pra ele sair do banheiro parecia o zumbido de uma abelha, irritante e irrelevante.
Mari saiu da cabine quase desfalecendo de fraqueza, andou até o gringo que ajudou ela a lavar a boca e saiu do banheiro puto como o próprio lúcifer.
- EU QUERO A PORRA DE UM MÉDICO!
As enfermeiras acharam melhor parar de questionar o senhor gigante, Mari sentou no colo do senhor e escondeu a cabeça na curva do seu pescoço, odiava ter a imunidade tão baixa.
Quando o nome da negra foi chamado Chris a levou no colo e no início o médico achou que era exagero mas a moça estava muito mal mesmo, pediu uma bateria de exames e colocou Mari no soro com vitaminas pra ela dar uma animada.
Achar a veia foi um sacrifício, Chris nem olhava pra não chorar, cada picada de agulha na pele da moça o deixava mais inquieto e nervoso.
- Obrigado por ter vindo comigo.
- Você sabe que eu faço qualquer coisa por você minha princesa.
Logo alguém reconheceu os dois e um burburinho começou no hospital, Chris segurava a mão de Mari com carinho e dava beijinhos vez ou outra pra sarar, o amor dele pela moça era lindo e totalmente paternal.
O médico entrou na sala de soro com o resultado dos exames e chamou Christopher em particular, Mari estava quase dormindo por causa dos remédios ficou meio mal de deixar a sua garota sozinha mas o médico parecia alarmado.
- Pois não.
- o, o senhor..o senhor é o que da paciente?
- Sou pai dela... não biológico...pode me considerar um padrinho
- Então, o senhor não é o pai do bebê!?
Christopher arregalou os olhos e se tremeu dos pés a cabeça, o estômago deu cambalhotas e a voz deu uma afinada considerável enquanto ele falava
- WHAT BABY?
- O senhor não é o pai da criança que ela tá carregando? Tem certeza.
- SIM EU TENHO CERTEZA, ELA É MINHA FILHA, FAZEM QUASE 13 ANOS QUE EU SOU RESPONSÁVEL POR ELA! AGORA ME EXPLICA QUE BEBÊ?
Chris dispirocou por estar nervoso e isso na realidade ajudou porque o médico achou que ele fosse gay então a ideia de Mari ser filha dele pareceu mais plausível e também sua invasão ao banheiro feminino.
- Senhor, a sua filha está tendo um aborto.
- A MINHA FILHA ESTA TENDO UM O QUE?
- Nos Vamos dar uns remédios pra que ela e a criança fiquem bem mais... não garantimos a continuidade da gestação... senhor? Senhor?
E Christopher desmaiou, a pressão caiu, e ele também.
Acordou tomando soro também, e com um tanque de oxigênio do lado, algumas enfermeiras o olhavam preocupadas, foi necessário 3 homens pra levar Chris a sala de medicação.
- My daughter!
- Calma senhor, a sua pressão baixou muito rápido não pode se mexer ainda...
- Minha filha precisa de mim.
- Sua filha?
- A moça que deu entrada com princípio de aborto, ela tá na sala de medicação 2.
- Mais ele é branco e ela e negra.
- Eu posso escutar vocês, só me levem até minha filha, ela precisa de mim.
- Senhor não podemos...
- Eu sou pai solteiro, por favor, me levem até minha filha.
Chris estava mal, mais precisava ficar com sua menina ou não se perdoaria, com ajuda das enfermeiras chegou até a sala de medicação onde Mari dormia tranquila, se sentou ao seu lado e tomou o resto do seu soro preocupado, pediu para uma enfermeira tirar o acesso e continua com o oxigênio por segurança, quando Mari fez sinal de que iria acordar parou o oxigênio sentindo uma forte tontura e dor de cabeça, mais não podia demonstrar fraqueza.
- Senhorita Lorona... nós precisamos conversar.
O médico entrou e Chris segurou a mão da filha, aquilo ia ser muito difícil de se lidar.
No carro voltando pra boate o silêncio era doloroso e desconfortável, Mari passou a mão na barriga e tinha os olhos vermelhos de chorar por hora estava tudo bem, mais até quando?
- Princesa...
- Eu não sabia que eu estava grávida...eu bebi horrores no fim de semana...foi isso que fez meu bebê...
- A culpa não é sua, você não sabia.
- Eu quase matei meu filho.
- Mariana!
- Eu quis tanto isso...e eu mesma quase destruí.
- Mariana! No quero ouvir falar isso.
- Quando o senhor fica nervoso seu sotaque fica mais pesado sabia?
-....i know...
- Eu tô com medo...
- papai tá aqui com você.
- Obrigado pai... mais, eu preciso falar prós meus pais de verdade.
- Quer que eu te deixe na sua mãe?
- Não, e os clientes!
- A não! Não não! Não vai trabalhar, nem na boate nem na empresa.
- o senhor enlouqueceu? Nós temos negócios para fechar em Milão semana que vem!
- A compra dos direitos já foi feita, o desfile é uma mera formalidade.
- Formalidade importante pra caralho, eu preciso estar lá.
- Você não vai andar de avião depois de quase ter um aborto!
- Pai!
- Mariana, entenda uma coisa dinheiro eu recupero, meu neto e muito mais importante do que algumas milhares de dólares.
- Eu lutei muito pra conseguir esse contrato.
- Eu mando o Cesar ou o Alex, mas você precisa estar bem.
- Mas...
- Sem mas, no quero ouvir, no quero saber, Shiu! Tô te levando pra sua mãe e lá você vai ficar.
- Mas...eu preciso falar com os meninos...
- Fala depois! Primeiro se recupera sim.
- Tá bom...
Josefa recebeu Chris com um abraço e Mariano também estava feliz em ver o gringo, depois de explicar a situação de mais choro e mais drama Mariana foi para o seu antigo quarto e lá ficou por alguns dias.
Chris olhou os papéis e ficou com cara de cu, olhou os acionistas e eles também estavam infelizes.
- Precisamos da Mariana de volta.
- Mariana está doente.
- Mais o contrato em Milão.
- Vou mandar um dos meninos.
- Senhor Cohen, com todo respeito, Cesar põe medo em todo mundo e o Alex...ele parece sempre perdido...
- conheço meus filhos, vou dar meu jeito.
Chris saiu da reunião sem muito paciência, estava descendo para garagem afim de pegar seu carro quando sentiu que estava sendo observado.
Olhou pra trás e não viu ninguém, mexeu no paleto e pegou o canivete por segurança, virou lentamente e fez uma cara de desacreditado.
- Letícia.
- Boa tarde senhor cohen.
- Menina eu podia ter te matando.
- Morrer pelas suas mãos será uma honra.
- Querida não é assim.
- Apenas a verdade sai da minha boca.
- o que te trás aqui?
- Eu falhei...
- Quê?
- Miriã... não sei como, mais...ela fugiu, já reportei ao senhor Veríssimos e para minha senhorita, não se preocupe coloquei as espiãs atrás da mulher asquerosa, vim pedir para o senhor tomar cuidado.
- Ligar era uma opção...
-....estava com saudades...
Christopher sorriu e abraçou a russa que sorriu com dentro do carinho demostrado pelo Senhor, as coisas agora eram pessoais pra ela.
- Alexander, Cesar!
Os irmãos se olharam e sentiram que iriam se ferrar Chris estava sério e bastante nervoso.
- Yes Daddy
- yes Father
- Preciso que um de vocês vá pra Milão.
Joui tinha chamado ela pra sair e estava muito empolgada com isso, olhou seu vestido e sorriu empolgada, o cabelo ruivo ondulado estava solto dessa vez, não passou maquiagem mais estava com um batom nude bem bonito, estava bastante nervosa.
- Caraca...
Joui olhou o prédio bonito, segurava um boque de cravos e estava um pouco nervoso não podia negar, mais não queria ser igual Thiago que transava por transar.
O porteiro anunciou o rapaz e logo indicou o apartamento, nem seu pai tinham tanto dinheiro assim se sentiu meio deslocado enquanto tocava a campainha.
- Erin boa....noite...
As palavras morreram na garganta vendo a moça bonita abrindo a porta, travado e sinceramente arrebatado pela ruiva a sua frente.
- São pra mim?
- São sim...você tá linda...
- você também tá...
Joui se olhou e ele estava até que bem básico com a blusa de gola alta e calça jeans com um sobretudo verde musgo, Erin parecia uma ninfa ou um elfo de tão linda, as coxas dela eram bastante tentadoras mais com toda certeza só queria fazer ela se divertir aquele noite, mesmo que não desse em nada.
- Vamos?
Joui estendeu o braço e Erin se encaixou nele sorrindo doce e ambos foram para o encontro tão esperado por ambos.
As pessoas só faltavam cair de tanto virar o pescoço, Joui se sentiu muito sortudo por estar andando de braço dado com uma moça tão bonita.
Erin encostou a cabeça no seu ombro e ela parecia definitivamente muito feliz durante todos os momentos do encontro, o filme era legal e o restaurante que foram era excelente, ainda estava longe do horário da boate abrir então não tinha Problema subir pro apartamento da ruiva na volta.
- Você é muito fofo, mais não precisava disso tudo pra me levar pra cama, eu já queria transar com você.
Joui ficou vermelho enquanto entrava no apartamento, olhou ao redor e o lugar era de excelente gosto, Erin foi andando na frente seu sapato fazendo barulho enquanto Joui parecia entretido com a decoração, pelo menos por enquanto.
Erin se sentou no sofá e Joui a seguiu bastante nervoso nunca tinha ficado com alguém tão determinado assim, ninguém nunca tinha desejado ele assim.
Percebendo que o asiático estava um pouco tímido a ruiva se aproximou sorrateiramente e se sentou no colo dele o deixando levemente surpreso.
- Não precisa ter vergonha...pode me tocar
Joui engoliu a saliva e estava tremendo um pouco, precisava tomar as redias da situação, bem lentamente pegou a alça do vestido de Erin e afastou da pele clara, ela o olhava fascinada e era possível sentir a tensão sexual no ar.
A alça escorreu e Joui se aproximou beijando o lugar, as mãos subiram lentamente pelas costas da mulher chegando ao zíper e descendo ele também devagar.
Conforme o zíper descia o vestido alargava revelando mais do corpo da mais nova, e Joui começou a sentir seu corpo esquentar, aquela experiência era totalmente diferente de tudo que já tinha feito na vida, estava tudo na sua mão e isso era assustador e excitante.
Vestido no chão os seios médios e bonitinhos pareciam até irreais, Joui piscou algumas vezes ainda não acreditava no que estava vendo diante de seus olhos.
Tocou em um dos seios e o resultado foi um gemidinho doce e uma carinha fofa na sua direção, ela era muito linda e estava totalmente submissa a ele, ninguém nunca era submisso pra ele.
Atacou sem pensar duas vezes o beijo foi violento e muito intenso, Joui arrancou o sobretudo e a blusa revelando seus músculos trabalhados e pele macia, Erin se interessou bastante pelo tanquinho do asiático.
Retiraram as últimas peças de roupas e Erin era ridiculamente perfeita, o que uma mulher daquelas queria com ele? O beijo começou a tomar outra forma e a mão da ruiva parecia não estar sendo controlada por ela porque agora Joui gemia com o contato no seu falo.
Joui também não ficou pra trás deitou a ruiva no sofá enquanto ainda a beijava e desceu a mão entre suas pernas, Erin as abriu de muito bom grado.
- Aaaaan~ Joui...
Joui brincava com seu clitóris entre os dedos, era tortura, sentia a massagem gostosa nós seus pequenos lábios e um dedo querer entrar mais nunca entrava, ele subia outra vez e lá estimulava seu clitóris sem piedade, Erin só sabia gemer.
Deixou ela bem molhadinha e se divertiu vendo a ruiva se desesperar.
Joui procurou pelo chão sua carteira de onde tirou uma camisinha, se encapou direitinho e se debruçou sobre a ruiva lhe dando mais um beijo enquanto a penetração acontecia com força.
- Joui...ah! Aaaaan~
Começou a bombar desesperadamente, ela era tão apertada, os seios balançava no ritmo que ele entrava e saia era uma visão linda e muito erótica.
Joui puxou Erin mais pra perto e a garota parecia nas nuvens curtindo seu prazer olhando de forma provocativa pra Joui.
- Oh my god...ah!
Joui puxou a ruiva com tudo a colocando sentada nele, os sons das peles se chocando era simplesmente incrível, o corpo de Joui nunca tinha se sentindo assim tão livre.
Mordeu o pescoço dela deixando um chupão considerável, as unhas dela cravaram nos seus ombros e ela parecia próxima a explodir.
- eu vou gozar...eu vou....
Erin se jogou pra trás revirando os olhos e tremendo um pouco mais pra sorte ou azar dela, Joui ainda tinha muita energia sobrando.
Colocou ela de quatro e Erin se empinou bem, sentia os tapas acontecendo e sentia o tesão subindo, Joui puxou seu cabelo e aquilo foi o suficiente pra fazer ela gozar uma segunda vez.
Joui gozou gostoso sentia o corpo em total choque aproveitando a sensação de prazer tirou a camisinha amarrou e jogou fora, mais ou menos nesse momento o celular tocou.
- Alô... Nii-san...?
- Joui... Akemi-san estava certa, seu pai acabou de me mandar uma mensagem falando que o Jun vai decolar essa semana e se eu posso pegar ele no aeroporto.
- Já tô indo pra casa...
Joui desligou e se vestiu correndo, deu um beijinho de tchau em Erin e prometeu repetir a dose, mas no momento tinha Problemas maiores.
💮🌸
Finalmente tinha chegado a semana da sua viagem, hidetaka o olhava de forma inquisitiva no escritório e estava bem sério.
- Eu espero que você saiba o quanto isso é importante meu filho.
- Tenho plena noção da importância disso meu pai.
- Excelente, não me decepcione Jun.
- não se preocupe pai, ter o Joui de volta aos meus braços e um sonho antigo.
- Seus braços? Joui é perfeito, não a nada pra ele nos seus braços fracos Jun, o lugar do Joui sempre foi, e sempre será... comigo...
- De toda forma, Prometo dar o meu melhor.
- Assim espero.
Enquanto os dois homens falavam no escritório, akemi mais uma vez rezava pela segurança de Joui.
🌸💮
💚💉
Recebeu uma cartinha falando uma hora e local, dentro do envelope tinha fatos dela e de Daniel quando ainda juntos, não estava entendendo nada.
Olhou ao redor e um homem balofo apareceu, ele era enorme e parecia meio desfocado dessa realidade, passava uma falsidade muito grande, como se fosse te trair a qualquer momento.
- Boa tarde dona Miriã.
- Boa tarde, quem é o senhor?
- Eu sou o Minerador, muito prazer.
- Minerador?
- Por enquanto é só isso que você precisa saber, nos sabemos que você é a ex do Daniel Hartmann, e sabemos que você quer ele de volta, mas não podemos deixar isso acontecer... não ainda...
- Como assim? Vocês querem?
- O Daniel é o profeta que nos levará até nosso Deus, por isso...ele não pode ter distrações por enquanto.
- o que?
Miriã ia falar alguma coisa mais sentiu uma picada de inseto no pescoço, passou a mão e era um fardo com veneno, soltou uma risadinha por causa da ironia e desmaiou.
O homem balofo pegou o celular Nokia tijolão e discou um número esperando alguém atender.
- Alô?
- Alô... já falei com ela...prepare o próximo sacrifício.
- Entendido.
A mulher desligou o celular e olhou os porcos ao seu redor escolheu um bem gordinho e deu uma marretada na cabeça, pendurou o animal esperando o sangue escorrer.
- Espero que o nosso Deus e sua mãe goste.
💉💚
☠️🕸️ Assombrados 🕸️☠️
O beijo de Renan era totalmente diferente dos beijos de Lúcio, ele era calmo e tímido, nunca imaginou que pensaria isso do colega mais achava ele fofo.
- tu tá melhor?
- Um pouquinho...acho que preciso de mais beijos pra sarar.
- Renan!
O de olhos verdes se aproximou e roubou um beijinho fazendo Raphael corar um pouco, ouviram a porta se abrir e Lorenzo e Lúcio entraram falando alto.
Os olhos de Raphael brilharam e Renan viu ele basicamente correr pra Lúcio o deixando sozinho e confuso, aquilo era tão confuso.
Andou a passos pequenos em direção aos parceiros, Raphael nem ligava pra ele quando Lúcio estava em casa, e aquilo doia muito, queria muito voltar pra época que não queria beijar ele, pra época em que Lúcio não o deixava com raiva e inseguro, estava morrendo de ciúmes.
- A gente não deveria ter saído de Carpazinha...
Falou mais pra si mesmo do que pra qualquer um ouvir.
Sair de Carpazinha foi um dos piores erros da sua vida, e ao mesmo tempo...que bom que tinha saído de lá.
O beijo que recebia agora de Guilherme era uma das melhores coisas que já tinha provado na vida, a cada dia que se passava se entregava mais e mais aquele maldito muleque, estava esquecendo seu objetivo inicial por causa de um rostinho bonito e corpo sarado.
- Calma Guilherme...
- Eu não consigo me controlar...o senhor e de mais pra mim.
E foi novamente atacado pela boca gostosa do rapaz, não tinha mais como resistir, se as coisas continuassem daquele jeito...iria ceder.
☠️🕸️ Assombrados 🕸️☠️
Depois de horas de discussão e briga ficou combinado que Alex iria para Milão e Arthur entrou em uma crise existencial fudida, quase uma semana sem Alex, iria enlouquecer, como iria lidar com aquele sentimento tão profundo de solidão? Vasculhou na sua cabeça e tinha uma pessoa que faria ele se sentir melhor durante a esse tempo sem seu marido, pegou o celular e discou o número esperando alguém atender.
- Doutor Cevero, que surpresa agradável!
- E bom falar com a senhora mais uma vez, mas me diga...eu posso ir ver a Agatha?
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