Gon saiu do banho secando o cabelo e de roupão, Jasper já estava em casa e dormia como um anjinho em seu próprio quarto, não teriam Problemas com barulho aquela noite.
Bocejou e quando abriu os olhos deu de cara com Thiago o encarando completamente fascinado e confuso.
Thiago levou a mão ao peito sentindo o coração acelerando, sentia o rosto queimar e a boca seca, seus pensamentos estavam embaralhados, só tinha uma coisa que queria fazer.
- o que foi thia-
Sentiu os lábios dele junto aos seus e fechou os olhos se deixando levar por aqueles toques doces e gentis, quando Thiago se afastou sentiu as mãos dele segurando seu rosto com carinho.
- Eu te amo Gonzalez.
Não sabendo de onde vinha aquela declaração Gon acabou sorrindo e ficando vermelho, o coração de Thiago acelerou mais ainda.
- Eu também te amo Thiago.
Ouvir aquilo fazia todo o corpo de Thiago vibrar e sua mente ficar nublada, so pensava em Gonzalez! Só queria ficar do lado dele e fazer ele o homem mais feliz do mundo.
Se abraçaram e era tão fofo ver a diferença de altura entre eles! Thiago era só sorrisos! Queria casar com Gonzalez, dar a ele o casamento que ele sempre sonhou e também tinha algo que ele queria muito fazer.
Gon olhou pra cima e as pernas de Thiago ficaram bambas, ele era bonito como uma boneca, se Jasper puxasse Gonzalez completamente teria bastante trabalho no futuro.
- o que foi?
- nada, você só é muito bonito.
- Você é muito mais bonito que eu.
Thiago discordava bastante disso, achava Gon absurdamente lindo e perfeito, deus tinha caprichado quando fez seu marido.
- Thiago eu preciso me vestir.
- eu discordo.
Gon riu.
- É sério Cariño
- ok....
Muito a contra gosto deixou o baixinho se vestir, passaram no quarto de Jasper e ela estava feliz dormindo de bumbum pra cima, era uma cena muito fofinha.
- Gon...
- Sim?
- Você disse que se eu me comportasse eu poderia pedir o que eu qui-
- não me peça em casamento!
- Não... não pode ficar tranquilo.
- ufa...
Thiago olhou pra Gonzalez e ele parecia honestamente muito aliviado, não ia mentir, ficou magoado, mas também compreendia o trauma do seu amor, sentiu uma tremenda raiva e osco de Dorotéia.
- Eu quero te colocar seu nome no meu testamento.
Silêncio.
Gonzalez parecia ter visto um fantasma ficou pálido como um pano e os olhos estavam cheios de água, tão rápido como o vento o baixinho prensou o bonitão na parede do quarto completamente apavorado.
- Você tá sentindo alguma coisa? Alguém está te ameaçando? Se for isso eu mato! E só você me dizer quem é!
- Gonzalez... calma... Não tem nada acontecendo...
Isso tranquilizou o mexicano de imediato e ele grudou em Thiago como se sua vida dependesse de estar próximo ao seu Cariño.
- então por que?
- Minha mãe.
- que????
- eu parei de depositar a "pensão" que mandava pra ela todo mês, tinha sido uma determinação do meu pai e também um dos motivos de eu ter largado os Studios na gestão do tio Chris.
- como assim Thiago?
- Meu pai determinou um valor pra ser depositado em euros numa conta no exterior destinada a minha mãe, o valor deveria ser depositado todo mês e só poderia ser questionado quando eu assumisse a presidência dos Studios.
- Sua mãe vive as custas do seu dinheiro a muito tempo...mas eu ainda não entendi.
- eu sabia que quando eu assumisse os Studios eu teria que vê-la cedo ou tarde, e pra ser sincero eu prefiro ver o diabo pelado na minha frente do que ver a minha mãe.
- por isso você deixou o tio Chris...
- isso! Os Studios ainda estão seguindo as ordens pós mortem do meu pai, porque eu ainda não estou a um ano completo na presidência, mas assim que eu estiver, tudo...e só e exclusivamente meu, ou seja?
- Sua mãe vai ter a conta congelada!
- exatamente, e quando ela perceber vai voltar pro Brasil atrás de mim, então eu tenho que ter os documentos necessários para ela simplesmente desaparecer da minha vida.
- posso fazer ela desaparecer da face da terra.
Thiago riu, mas era um riso um pouco triste.
- não posso mata-la.
- por que ela é sua mãe?
- porque ela é a mulher que meu pai amou.
- Thiago...
- Minha mãe é o Miguel.
- e o tio Chris.
- e o tio Chris com toda certeza...eu ainda lembro do som do coração dele batendo, o colo dele era muito aconchegante.
Os dois riram e pensaram que queriam ver Christopher fora do horário de trabalho, levariam Jasper pra brincar com o avô em breve.
- mas por que você quer me por no testamento? Não faz muito sentido, não somos casados ainda.
Ouvir aquilo fez Thiago abrir o mais lindo e doce sorriso que Gonzalez já tinha visto ele dar, quase derreteu de tão lindo que era, Thiago continuou
- eu vou deixar ordens pós mortem no meu testamento igual ao meu pai.
- o que?
- o tio Chris manteve os Studios funcionando o melhor que ele pode, mas por mais forte e inteligente que alguém seja a idade vem pra todos...
- deixa ele te ouvir falando isso...
- tenho amor a minha vida!
Os dois riram e Thiago continuou.
- de uns 3 anos pra cá tem sido muito difícil pra ele manter os Studios e o conglomerado, e eu deveria ter assumido o controle aos 30, eu tô atrasado pro trabalho a 4 anos.
- eu lembro de ter ouvido algo assim do meu capitão, ele era o único luzidio na delegacia e como eu era um amor ele sempre tentava me agradar ou cuidar de mim, como pessoa ele também é muito legal.
- e aí que as ordens pós mortem do meu pai foram muito úteis.
- tipo?
- A grade de programação, bancos de investimento, cotações, tinha até algumas ideias pra novelas e séries no testamento, ele deixou tudo pronto pra mais de 5 anos de empresa sem gestão própria.
- 5 anos?
- se eu não assumisse até os 35 o Dante era o próximo na presidência.
- Algo me diz que você não se importaria que ele fosse.
- não mesmo, eu não tinha motivos para assumir, ficaria feliz em ser um acionista majoritário e deixar o Dante na presidência.
- então por que mudou de idéia?
Thiago colocou a mão no rosto do namorado e fez um carinho com o dedão enquanto olhava no fundo dos olhos dele.
- Pra poder dar tudo do bom e do melhor pra você...
Thiago se virou e olhou pra dentro do berço sorrindo completamente em paz.
- e pra nossa filha...
- Thiago???
- desde que eu entendi que queria ficar com você, tudo que eu mais queria era ser digno do seu amor, digno de você, que tipo de homem eu seria se nem cuidar do que é meu eu estava cuidando, como eu poderia sonhar em estar ao seu lado se nem um dos últimos desejos do meu pai eu realizei corretamente.
- por isso você entrou na ordem depois de achar a carta de despedida dele?
- Eu precisava ver as coisas pelos olhos dele, hoje eu entendo muita coisa que não entendia quando era mais jovem, e por mais que a ideia de ver a Jasper como membro da ordem me assombre, também quero que ela veja como eu vejo agora, e quero que ela entenda o que eu não entendi por muitos anos.
- Ela tem 6 meses, ainda tem 17 anos e 6 meses pra isso acontecer Cariño.
- eu queria muito ter mais filhos com você.
- vamos dar tempo ao tempo.
Thiago segurou as mãos de Gonzalez o fazendo ficar vermelho e tímido, cada segundo ao lado um do outro eles se apaixonavam ainda mais.
- Colocar seu nome no meu testamento vai fazer a conta da minha mãe entrar no seu nome e no nome da Jasper também.
- Não quero seu dinheiro Thiago.
- eu sei que não, mas sei que você adoraria me ajudar a irritar e humilhar a minha mãe.
- Sobre isso você pode ter certeza.
Os dois riram e Thiago fez um carinho singelo sobre o dedo anelar direito de Gonzalez, imaginava o quão lindo um anel ficaria ali, essa atitude fez Gonzalez ficar ainda mais vermelho.
- Então??? Eu posso preparar minhas ordens pós mortem e meu testamento?
- ok Thiago, faça como achar melhor.
Samuel se olhou no espelho e fez uma careta bastante consideravel, o terno azul escuro ficava bonito nele mas preferiria um moletom bem largo no momento.
Pegou um cigarro e acendeu se olhando novamente no espelho, "eu tô a cara do meu pai".
Saiu bem cedo e foi buscar Dante que já o esperava na frente do seu prédio quando a Ferrari Toda a 488 Spider parou, sem pensar 2x entrou e colocou o cinto de segurança.
- Pra que esse exagero?
- não quero responder certas perguntas então vou simplesmente ostentar.
Dante não entendeu mas também não questionou mais nada.
Ambos foram felizes ouvindo o rádio e papeando, a música que tocava era "Kard - gunshot".
Chegaram na joalheria e uma moça veio os receber, ela foi muito simpática fazendo sala para os dois mostrando relógios e sendo uma boa vendedora no geral.
Dante sabia o que queria dar para Murilo, mas não tirava os olhos das alianças, algo em estar com o Samuel e alianças no mesmo recinto fazia seu coração doer.
Um tempo passou com a moça simpática atendendo eles muito bem, inclusive ela pediu desculpas para Samuel por ter uns clientes o encarando, algo que ele já esperava, por isso veio com um excelente carro e roupa ainda melhor.
Sammy aproveitou e separou um relógio que tinha gostado, daria para o pai e também pegou colar para Mia, Dante se afastou das alianças e pegou um ponto de luz pra Bea e um relógio para Thiago.
Ainda estavam esperando o gerente pra saber se o pedido tinha sido finalizado quando Dante viu um anel e uma pulseira que chamou sua atenção.
"Será que vale a pena?"
Encarou um pouco mais é...
"Que se foda vou levar"
E separou essas jóias também.
Finalmente o gerente chegou e ele tinha uma pequena tatuagem no rosto, eles se despediram da vendedora simpática que achou tudo muito esquisito.
Acompanharam o senhor até os fundos onde duas caixinhas de veludo se encontravam, como se aqueles materiais fossem super delicados o homem abriu as duas caixinhas.
Uma tinha um único brinco de ouro negro com uma borboleta de diamante vermelho, uma das coisas mais lindas e caras na face da terra, cerca de 219 mil reais.
A segunda era também um único brinco em ouro branco com um lobo cravado em Aqua marine, era simplesmente de tirara o fôlego, e custava um pouquinho menos que a de Samuel.
Os dois amigos se despediram e pagaram as coisas que tinham escolhido com a vendedora, cada um levava sua caixinha com o máximo de cuidado que conseguia.
Mia, Erin e Bea seguravam cada uma um bebê, Kezia estava no colo de Erin, Mizael no colo de Mia e Mario no colo de Bea... isso era uma interessante coincidência pro futuro.
- Eles são tão lindos...
Erin trouxe Kezia pra perto de seu rosto e estava morrendo de amores, nunca quis filhos, na verdade se imaginava a tia solteirona e sozinha do grupo e estava completamente ok em relação a isso, mas segurar aquela bebê linda nos braços a fazia questionar esse pensamento, foi quando Mia falou do nada.
- Eu quero um filho.
Silêncio, e então Mari falou.
- Mia...por mais que eu acredite que você seria uma excelente mãe, não acho que agora seja a melhor hora... Principalmente porque o Daniel não parece muito interessado em ser pai.
Bea olhou pro lado frustrada, e Mia percebeu seu desconforto, talvez por ela mesmo estar infeliz ao extremo.
- Eu ainda quero um filho.
- Nenhuma das 3 tá preparada se quer pra pensar em filhos.
Todas olharam pra porta e viram Laura e Liz entrando no quarto, obviamente as 3 herdeiras mais mimadas de toda ordem não iriam ficar de boca fechada pra situação.
- E posso saber por que Liz?
Liz olhou pra Mari e elas compartilharam um olhar de Dor, nenhuma das mais novas pareceu entender esse olhar.
- Se quiserem conversar eu vou pra sacada, não quero gatilhar a Mari.
- Elizabeth...
- Tá tudo bem Mari, eu confio nelas e elas precisam de um choque de realidade...
As duas estavam de mãos dadas e as meninas ficaram absolutamente confusas com aquilo, nunca imaginariam as duas se dando tão bem, Mari declarava aos 4 ventos que detestava Liz sempre que podia, e agora estavam cheias de amizade? Aquilo era muito estranho.
Liz pegou o celular e mexeu um pouco colocando no ouvido falando com alguém e indo em direção a sacada
- o que a Liz vai falar com vocês é muito pessoal dela...nem pra mim ela contou todos os detalhes direito ainda...e estamos morando juntas... então fiquem cientes de que é um assunto muito sério.
Laura pegou Mizael do colo de Mia e Mari pegou Kezia colocando ela no berço e foi até Bea pegando Mario.
- Vão lá...
As meninas ficaram um pouco assustadas mas seguiram a voz de Liz falando com alguém e a conversa parecia bastante desagradável na realidade.
- ..... Eu sei que você que queria falar com elas mas eu preciso por um pouco de noção na cabeça delas!......elas não são bebês indefesos Alexander não pode proteger as 3 da realidade pra sempre.... foda-se que elas vão se magoar por você não ter contado! Isso é pro bem delas.....sim...sim eu tô bem... não se preocupa tá...por favor...aproveita o dia com seu irmão...manda um beijo pra ele....se nem falou onde o Arthur tá!....com seu pai? Aí que dó hahahaha...tá eu falo pra elas não irem aí depois...valeu...beijo... tchau...
Liz se virou encarando as três bem brava, um vento gelado bateu nas costas e todas as mais novas perceberam Liz muito triste e um pequeno arrepio na espinha como se alguém mais estivesse ao lado dela.
Liz se sentou no balanço/banco da sacada e as meninas no sofá bonitinho, elas brigaram um pouco por estarem apertando umas as outras no móvel, Liz balançou a cabeça em descontentamento.
- Confortáveis? A história é longa.
Todas disseram sim de alguma forma.
- Gravidez não é algo fácil, vocês viram a Mari...e eu sei que ela não foi a única grávida que vocês conheceram.
Todas concordaram.
- Não é todo feto que nasce, e mesmo que nasça não são todas as crianças que sobrevivem, como a pequena Mikaela.
Um silêncio mórbido e doloroso se fez, era simplesmente horrível e sufocante, entenderam o porque de Liz não querer falar na frente de Mari.
- Vocês não tem estrutura pra isso...
- Liz eu sou uma Verissimo legítimo, eu aguento ver mort-
- NÃO AGUENTA PORRA NENHUMA!
Mia se calou e encolheu honestamente assustada e perplexa.
- Vocês são imaturas, insensíveis, mimadas, egocêntricas e acham que o mundo deve algo a vocês...mas não deve...
As palavras morreram na boca das três, algo ali as impedia de falar ou retrucar.
- como o Alex...que literalmente é o Alex...
Liz fez um gesto dramático no ar e elas acabaram dando uma risadinha, mas também concordaram que Alex era bem...o Alex...
- o Alex foi criado com vocês porém ele é mais responsável, gentil e tá mil vezes melhor preparado pra ser pai do que vocês.
- Sabemos que o Alex é melhor que a gente em muita coisa, não precisa esfregar na nossa cara.
Erin cruzou os braços emburrada e Liz quis arrancar os próprios cabelos.
- não estou falando que o Alex é melhor, estou falando que ele tem consciência e está preparado para o mundo! VOCÊS NÃO.
- como pode ter tanta certeza? Só conhece ele a 5 anos! Nós conhecemos a vida toda.
- PORQUE EU IA TER UMA FILHA DELE!
O rosto chocado das moças fez Liz se arrepender de ter falado daquele jeito, mas ela não era muito paciente em relação a isso.
- o que?
Bea falou tremendo, e extremamente nervosa, Erin e Bea pareciam completamente desacreditadas, Liz se recompôs e continuou.
- Quando o Alex fez 19 anos eu ainda via ele como o irmão mais novo irritante do Cesar...eu sempre achei ele bonito, mas pra mim ele era irritante pra caralho... ainda é as vezes pra ser honesta...mas quando eles fez 20 e a nossa antiga unidade na Augusta abriu eu fui a primeira parceira de dança dele....e ele sabia onde tocar, como falar e ele ainda tem o sorriso mais doce que existe, e olhos lindos e gentis...ir parar na cama dele meses depois da boate abrir foi bem surpreendente..mas não desagradável.
Por algum motivo as meninas ficaram vermelhas ouvindo isso.
- não façam essas caras eu transei com todos os membros da minha unidade.
E derepente uma face de horror se fez presente nas meninas.
- omg Uncle Chris...
Liz não falava inglês mas entendeu aquela frase perfeitamente.
- MENOS O SEU CHRISTOPHER! EU TENHO AMOR A MINHA VIDA!
isso deixou as meninas um pouco mais tranquilas e honestamente aliviadas em relação a situação, Liz deu um risinho e continuou.
- o Alex não se importava que eu dormisse com outras pessoas, ele só queria meu bem e me pediu em namoro sem se importar com exclusividade, e um mês depois eu simplesmente parei toda a atividade sexual com os outros membros da boate, eu disse que tava ocupada com a minha pós e isso era verdade...e o Alex me apoio muito nesse período, mas eu era uma vadia, e fiz da vida dele um inferno...foram 8 meses de pura tortura psicológica pra ele...
- por isso a Mari nunca gostou de você...
Erin parecia juntar as peças de um grande quebra cabecas.
- mas nos últimos meses do nosso relacionamento eu passei muito mal...e como de costume lá estava Alex Pronto pra fazer qualquer coisa pra mim, mas eu precisava ir no médico...e eu fui...eu estava grávida.
Silêncio e rostos de completo choque.
- WTF???
- Com'è possibile?
- This is completely fucked up.
As meninas fizeram uma avalanche de perguntas uma atropelando a outra e misturado suas línguas secundárias com português, uma cafofonia completa
- CALADAS! DEIXA EU TERMINAR.
E as meninas se calaram novamente.
- posso continuar?
Elas fizeram sim com a cabeça.
- eu tava uma bagunça, eu nunca quis ser mãe! Mas o Alex estava radiante, ele lógico perguntou se eu queria ficar com o bebê, e que iria me apoiar e arranjar tudo se eu quisesse abortar...mas eu não sabia o que fazer...eu tava apavorada e com raiva do Alex por me colocar naquela situação, e então nós fomos falar com o seu Chris...
As meninas fizeram careta e Liz compreendia perfeitamente o porque.
- primeiro eles conversaram sozinhos por uns minutos e então o seu Chris me chamou pra conversar com o Alex presente.
~⚫ Pequeno flashback da Pérola ⚫~
Chris achou extremamente esquisito o fato de Alex vir falar com ele tão sério, e principalmente por Liz estar ali com ele.
- Father? Papai? Posso entrar?
- é claro meu Sunshine.
Alex entrou e se sentou de frente pro pai, estava visivelmente nervoso e ansioso, Chris reconhecia aquele comportamento, ele sempre ficava assim quando aprontava na infância.
- What happened Alexander?
- Well...I have good news...I mean they are good for me, but I don't know if they will be for you
- Spit it out son...
- I'm dating Liz...
Chris fez uma carinha de insatisfação bastante palpável e Alex abaixou a cabeça sentindo o olhar desapontado do pai, gostava da moça, mas não achava que durariam muito ou se seria um bom relacionamento, Alex merecia alguém que o amasse tanto a ponto de quebrar a própria moral, e não sentia que Liz era desse tipo, sem contar que ela se recusava a se tornar seu amor, isso mostrava também pouco interesse nos negócios e isso também não era algo que o agradava.
- Você não é mas um adolescente para que eu supervisione seus relacionamentos, se quer namorar com ela não vejo problema.
Alex abriu um sorriso lindo e Chris sorriu também achando que era só àquilo, pobre gringo idoso.
- e tem mais uma coisa pai...
- não vou te dar dinheiro pra comprar um anel de noivado! E muito cedo pra isso-
- ela tá grávida...
Chris travou no lugar como um robô encarando o filho, lentamente seu rosto foi se convertendo em uma carranca bem brava e ele ficava cada vez mais vermelho.
- What?
- eu não sei como aconteceu...
- Aaaa você sabe...você sabe muito bem como aconteceu Alexander Cohen Koth...
- Daddy....
- no.....nononono você tem noção! Do perigo que você colocou essa moça? Você já imaginou se sequestrão ela por estar carregando seu herdeiro?
- eu sei que eu fui descuidado....
- eu esperava isso do Thiago...porra até do Cesar...mas não de você meu filho...eu estou muito decepcionado with you Alex...
Alex abaixou o rosto segurando as lágrimas, sabia que tinha feito coisa errada mas ainda sim aquilo doeu.
Vendo seu filho triste Chris se levantou da cadeira e o abraçou com força e carinho, o que estava feito estava feito...a criança era sua neta e seu filho precisava de apoio também.
- Hey... não é porque eu estou bravo que eu não vou te apoiar Alex, você é meu filho e esse criança é uma parte sua, eu vou amar muito seu bebê, tanto quanto amo você.
- Jura?
- Eu prometo.
Isso pareceu tranquilizar Alex consideravelmente, mas ainda tinham coisas a serem discutidas.
- ok....lets talk....chama ela.
- sim senhor.
Alex foi chamar Liz e Christopher se sentou novamente em sua cadeira e cruzou as pernas colocando os cotovelos sobre a mesa e juntando os dedos, era obvio que ele não estava lá muito contente.
O sistema de Alex estava em desespero, todos os alters estavam tentando ir pra frente para controlar o corpo por motivos diferentes, mas Alex se manteve firme no controle do corpo.
Assim que Liz entrou no escritório ela sentiu algo estranho, era muito mais do que óbvio que Chris a estava ameaçando com aquele olhar, o que era estranho porque ela sempre recebeu um tratamento maravilhoso vindo dele.
- o-oi seu Christopher...
- é melhor você se sentar Elizabeth.
Liz simplesmente obedeceu e o gringo se recostou na cadeira e cruzou os braços, e os olhos dele cravaram na sua barriga e então olhando pra ela novamente e falou.
- você quer essa criança?
- é...eu...
- Se não quiser eu te mando pra fora do país para ter um aborto seguro.
- o senhor... não se importa se eu abortar?
- o corpo é seu menina...
- mas...eu achei....eu pensei...
- Seja clara, preciso de informações corretas para soluções eficazes.
Liz parecia perplexa, nunca tinha visto Christopher tão sério, olhou para Alex procurando suporte e ele colocou a mão em seu ombro sorrindo e isso a deixou mais calma.
- eu achei que o senhor fosse ficar bravo se eu quisesse abortar...
- não que me interesse...mas por que achou isso?
- porque o senhor....e velho....
- Sim sou velho, mas sou um velho judeu.
Liz fez cara de interrogação.
- judeus acreditam na vida a partir da primeira respiração não na vida a partir da fecundação, sem contar que eu sou totalmente "pro choice" ninguém é obrigado a ter o corpo usado para gerar outro ser humano, isso é uma escolha e deve ser respeitada.
Liz sentiu um peso enorme sendo erguido de seus ombros e soltou um suspiro de alívio.
- Pelo visto o aborto é a sua escolha.
- não...quer dizer...eu não sei...
Chris parecia muito irritado com aquilo mas estava se segurando ao máximo, porém precisava de um plano de ação
- Se importa se eu der algumas sugestões?
Liz chegou mais perto da mesa como se esperasse que Chris a salvasse da situação.
- opção um: aborto, eu também pagaria um tratamento psicológico pra você caso fosse necessário.
Opção 2: você é o Alex se casam e criam essa criança juntos.
O rosto de Alex se iluminou de uma maneira tão pura e linda que a braveza de Christopher até diminuiu, mesmo ele detestando com todas as forças aquela opção, Liz também parecia não querer muito isso, Chris continuou.
- opção 3: vocês dois criam a criança sem estarem casados.
E opção 4: você da a luz, eu mando o bebê e o Alex prós USA e você não tem contato por 21 anos (maior idade americana) e é lógico que em todas as opções você vai ter tratamento psicológico e estético
Liz olhou para Alex e colocou a mão na barriga, ela não queria o bebê, mas ele queria, e ele já amava aquele amontoado de células dentro dela.
- 3 ou 4 são as melhores pra mim.
Alex pareceu triste, já tinha imaginado um casamento lindo cheio de detalhes e uma festa linda, mas acima de tudo, queria fazer liz feliz.
Christopher respirou aliviado, não queria planejar um casamento que não iria durar e nem ver Alex sofrendo por Elizabeth depois.
- Alexander espera um pouco lá fora por favor.
- pai?
- 3 minutos contados eu prometo.
Um pouco a contra gosto o mais novo saiu.
- Elizabeth eu vou deixar uma coisa clara pra você menina, eu sei que você só tá usando meu filho e o Alex é bobão demais pra entender isso, eu quero que você saiba que eu sei...e que se você magoar o Alex ou esse bebê que aliais eu também sei que você não quer, você nunca mais vai ver nenhum dos dois.
- Seu Chris?
- eu não estou te chamando de interesseira e sei que foi um acidente irresponsável da parte dos dois, mas você é mais velha e querendo sim ou não quem mais vai sofrer com isso tudo é você...mas nada vai me parar se você fazer um dos dois sofrer.
- não se preocupe seu Chris...eu prometo que não vou magoar o Alex.
Chris sorriu e Liz saiu da sala e ficou conversando com Alex por alguns minutos na frente do escritório até ouvirem um barulho estrondoso.
Alex abriu a porta achando que o pai tinha derrubado alguma coisa mas quando entrou lá estava Chris desmaiado no chão, ele se manteve calmo por muito tempo até
- Daddy!!!
Alex socorreu o pai e achou melhor passar o resto do dia com ele.
Algumas semanas se passaram e Alex estava todo feliz olhando pra namorada que de acordo com o obstetra estava de 9 semanas.
- o que foi Alex?
- eu posso encostar na sua barriga?
Liz olhou no fundo dos olhos de Alex e tudo que conseguia sentir era o maior e mais puro e profundo amor, chegava a ser sufocante.
- Tá claro.
Alex se aproximou e timidamente colocou a mão em sua barriga abrindo um sorriso lindo e tão sincero, o amor dele era extremamente genuíno.
- posso falar com ele?
- é...tá...deixa só eu achar uma posição melhor pra nós 2.
Liz se sentou e Alex se ajoelhou colocando a mão na barriga de Liz e encarando fascinado e então sem aviso abraçou a barriga de Liz com delicadeza.
- Alex???
- hi baby...it's me... your daddy...
Liz travou no lugar, não tinha coragem nem de se mexer.
- i love you so so so much...papai promete que vai cuidar de você e te amar mais do que o infinito, eu nunca vou deixar ninguém te machucar, você não vai conhecer tristeza, nem solidão, medo ou fome, eu nunca vou deixar ninguém fazer com você o que fizeram comigo, você é meu tesouro mais precioso e eu vou te guardar sempre no meu coração.
Alex abraçou um pouco mais forte e Liz sentiu algo molhado na sua cocha, Alex se mexeu um pouco e então olhou pra ela sorrindo e com os olhos cheios de água.
- Obrigado Liz, muito obrigado.
Ele amava tanto aquela criança.
- você já pensou em um nome?
- qualquer nome pra mim tá bom.
- Então vamos ver alguns, agora que sabemos que é uma menina fica mais fácil.
Alex entregou o chá de camomila para Liz e se sentou ao lado dela sorrindo de forma bastante Gentil.
- queria um nome marcante.
- Marcante?
- é, difícil de achar sabe...
- eu em particular gosto muito de Alexandra, tal pai tal filha.
- a não, tadinha da minha tesouro.
- você trata ela como um tesouro escondido nós 7 mares...
- mar...? Algum nome com relação com o mar...
- tem muitas pedras preciosas no oceano, podemos escolher uma.
- isso é verdade.
- algo bonito e único como você quer.
- Eu gosto de Pérola.
- Pérola? Eu gostei... gostei muito.
Alex abraçou a barriga de Liz novamente sorrindo como nunca em toda sua vida.
"Eu não vejo a hora de te conhecer filha"
Alex era só felicidades e alegrias, passava horas do dia imaginando como sua filha seria, se teria seus olhos ou a pintinha de Liz, qual seria o tom de sua pele e sua personalidade, se Liz ligasse lá estava ele minutos depois com fosse lá o que ela precisasse.
Chris estava ficando acostumado com a ideia de ser avô, até achava agradável, mas se lembrava da mãe dizendo que o sentimento de avós era algo diferente, estava curioso para experimentar e assimilar esse sentimento, mas infelizmente não era com Pérola que isso iria acontecer.
Era um dia chuvoso quando Alex entrou no hospital desesperado, depois de muita confusão ele foi levado para um lugar onde Liz estava em uma posição ginecológica desconfortável, ela estava com os cabelos grudados na testa de suor e parecia em imensa dor.
As enfermeiras olharam para Alex parado na porta e perguntaram o que ele era dela?
- Ele é meu namorado, e o pai do bebê.
Foi a única vez que Liz admitiu em voz alta que Alex era seu namorado.
As moças se olharam tristes e deram touca, luvas e um negócio verde para vestir, o resto do dia foi um grande borrão e termos médicos confusos, Alex estava desassociado com frequência pelo stress mas ele lutou até o último segundo para ficar ao lado de Liz.
Foi um procedimento horrível e doloroso, cheio de choro e desespero mútuo, mas ele segurou a mão dela durante todo o processo e ambos só conseguiam chorar durante todo o processo, Liz teve uma pequena hemorragia pós curetagem então ficou 2 dias internada por segurança e quando ela saiu lá estava Alex na frente do hospital com um buquê de perpetuas e miosótis, ele estava pálido e parecia ter chorado horrores, Liz se sentiu mal por ter pedido pra ele não a visitar.
Liz agradeceu as flores e eles se sentaram em um banco na frente do hospital.
- Como você tá?
- Já estive melhor...
Silêncio.
- eu tô orgulhoso de você, foi muito forte e corajosa.
- Você também, obrigada por ficar do meu lado.
- era o mínimo que eu poderia fazer.
- Você é uma boa pessoa Alex.
Alex segurou sua mão e Liz olhou dentro daqueles olhos vermelhos tão doces e meigos, ele estava tão triste e parecia extremamente cansado e fragilizado.
- não precisa se preocupar com nada eu cuido de tudo.
- obrigada Alex.
- Liz...
- o que?
- eu amo você.
Liz puxou sua mão do aperto reconfortante que Alex oferecia e encarou o mais novo com muita dor, não conseguia mais.
- eu quero terminar.
- o que?
Alex começou a tremer e sentiu como se tivesse levado um tiro no peito, os olhos se encheram de água e tudo parecia não fazer sentido nenhum.
- eu não amo você Alex, eu gosto de você como amigo e pessoa, te chamar pra sair foi um erro, aceitar ser sua namorada foi um erro pior ainda...eu sinto muito Alex...
Liz se levantou e devolveu o buquê com pesar e saiu andando, Alex se levantou e fez sinal de que iria atrás dela mas Liz olhou pra trás bem séria.
- não venha atrás de mim.
E Alex parou no lugar sentindo seu coração se despedaçando, as lágrimas escorreram de forma terrivelmente doloroso enquanto Liz desaparecia da sua vida.
(A partir daqui a Liz não sabe o que aconteceu)
Alex foi pra casa no modo automático, jogou as flores na mesa e foi tirando a roupa completamente perdido entrando no banheiro.
Ligou o chuveiro e deixou a água escorrendo pelo corpo por alguns segundos quando a tristeza o tomou por completo foi se encolhendo até se sentar no chão e abraçar os joelhos ficando no canto do box chorando alto por vários minutos.
Não sabe quanto tempo ficou ali, mas não foi trabalhar, tudo que queria era chorar e apenas chorar.
Se deitou na cama molhado e pelado mesmo, não se mexia e nem conseguia parar de chorar.
Não comeu, nem bebeu água por dias, não saia da cama se não fosse para ir ao banheiro mas fazer qualquer coisa além disso era impossível.
No headspace de Alex os alters estavam em desespero, não conseguiam tirar Alex do controle nem puxar ele para o sistema, sentiam o corpo enfraquecendo e Alex estava uma grande mistura de sentimentos negativos e honestamente perigosos.
🛑
"Eu quero morrer"
Era o único pensamento que passava na cabeça de Alex, se ele morresse talvez encontrasse sua filha, mesmo não acreditando nisso era uma fagulha de esperança pra ele, é isso chegou no headspace.
- A gente tem que dar um jeito de fazer ele levantar!
- Ricardo ele não deixa a gente acessar nenhuma porta! Nem o Matias tá conseguindo pela floresta ou a Degolificada pelos espelhos.
- isso tá muito mal...ele precisa de algum estímulo ou gatilho externo.
Enquanto os alters se desesperavão do lado de dentro, Christopher se desesperava do lado de fora, Cesar não fazia ideia do que estava acontecendo e engoliu a desculpa de Alex estar doente, afinal ele também estava e a imunidade dos dois sempre foi péssima, sem contar que Alex estava lhe mandando mensagem pedindo para por favor não ir no seu apartamento por medo dele pegar mais alguma coisa.
Mari nessa época estava em uma viagem de negócios para o Christopher então não tinha como saber o que estava acontecendo, tudo parecia culminar para um desastre.
No segundo dia que Alex não apareceu Christopher já imaginou o pior, Liz lhe contou que eles tinham terminado então imaginava que o filho devia estar afogado de bêbado em garrafas e mais garrafas de vinho, porém algo no fundo da sua cabeça dizia que tinha algo muito pior acontecendo, decidiu seguir seus instintos paternos.
Alex queria morrer, mas morrer de fome parecia demorado demais, se levantou e abriu o guarda roupa e pegou um cinto olhando ao redor do apartamento, nem tinha se tocado de que ainda estava pelado.
Puxou uma cadeira para seu quarto e subiu amarrado bem em cano velho que ficava exposto no seu apartamento, pegou a outra parte do cinto e enrolou no pescoço e pulou da cadeira sentindo o ar não entrar nos pulmões.
Era doloroso mas sabia que a dor iria passar em breve.
Christopher abriu apartamento do filho com a chave reserva que tinha e entrou vendo tudo meticulosamente arrumado, foi entrando procurando pelo filho.
- ALEXANDER!!!!
"Daddy..."
A consciência estava indo embora já mas sentiu as pernas serem seguradas e os pés sendo colocados na cadeira novamente, Chris em desespero rasgou o cinto e pegou o filho no colo chorando durante todo o processo.
- Desculpa...papai...
- Alex....
🛑
Christopher abraçava e chorava com Alex desmaiado em seu colo se sentindo uma grande falha, Alex estava meio acordado, meu fora do ar quando foi puxado pra dentro do seu sistema.
- Alex...
Ricardo estava sentado no chão com Matias no meio de suas pernas, Ale estava desmaiada e Degolificada pendurada em uma árvore também desmaiada.
Alex olhou ao redor e caiu de joelhos chorando compulsivamente, e repetindo "desculpa" várias e várias vezes sem parar até a palavra perder sentido pra ele.
- Nós sabemos que você tá sofrendo, mas se nós morrermos agora você perde a chance de ter um filho no futuro.
Alex pareceu levar um tapa na cara.
- o que?
- Você pode ter perdido a Pérola, mas ainda pode tentar ter outro filho ou adotar.
- ado...tar...
Ricardo olhou para Alex e ele parecia estar descobrindo algo que mudaria o mundo, era até um pouco assustador.
Alex se levantou de solavanco assustado Matias que deu um rosnando e um latido, isso acordou as outras duas que agora se levantavam e olhavam para Alex que estava sério.
- eu quero ter um filho.
Nenhum alter entendeu nada.
- eu quero fazer uma criança feliz como o papai me fez...puta merda papai...
Alex se virou saindo do headspace deixando os alters extremamente confusos e perdidos, eles estavam ficando cada dia mais cansados, chegaria um momento que não aguentariam mais.
Alex abriu os olhos sentindo lágrimas caindo no seu rosto e o gelado da prótese de Chris segurando sua cabeça enquanto ele encostava as suas testas.
- papai...
Ver ele reagindo fez Chris puxar o ar alívio e abraçar seu filho com ainda mais força e encher a cara dele de beijo.
- Meu Sunshine, meu filho! Você tá bem!
- Papai.
Abraçou o pai se sentindo muito culpado, Chris se balançava igual fazia quando Alex era pequeno e ficava no seu colo, ele já tinha perdido, o pai, a mãe e a esposa, Chris não suportaria perder um filho.
- Papai... A Liz perdeu o bebê...eu perdi a minha filha...
- i know Sunshine...
- tá doendo muito...
Chris não sabia o que responder só apertou mais ainda Alex em seu abraço, se pudesse tiraria toda aquela tristeza do coração do filho.
Chris achou melhor Alex não trabalhar por um tempo e foi praticamente todos os dias na psicóloga até sentir que poderia encarar o mundo novamente.
Christopher não culpava Liz, e também achou melhor não contar sobre Alex pra ela, infelizmente como previu Alex ainda queria voltar com ela e por isso sempre ia quando ela chamava, como sabemos isso não deu certo.
Com o tempo o relacionamento dos dois voltou a ser de amizade, e ambos ficaram bem com isso, mesmo que ambos traumatizados pela perca do tesouro que poderiam ter tido juntos, Pérola.
Depois da tentativa de suicídio de Alex os alters combinaram uma saída de emergência no headspace, assim se algo do tipo acontecesse outra vez eles teriam como impedir, mas torciam pra nunca precisarem utilizar.
~⚫ Pequeno flashback da Pérola ⚫~
As meninas encaravam Liz com cara de vento e choque misturado com tristeza e um pouco de mágoa.
- parem de tentar agir como adultas... quando tudo que sabem da vida e serem meninas mimadas.
As 3 abaixaram a cabeça.
- Mia e Bea, deixem o Daniel em paz, tudo que vão fazer e afastar ele, se querem algo com ele primeiro tentem ser no mínimo amigas dele antes, e principalmente você Mia que diz aos 4 ventos que quer um filho dele, se coloque no lugar do Daniel... imagina alguém vindo demandar de você que gere o filho dele, tenho certeza que você não iria gostar não é?
Mia fez sim com a cabeça olhando pro chão e se sentindo muito mal consigo mesma.
- E você Bea como se sentiria se alguém viesse falando pra você tirar a virgindade daquela pessoa, não se sentiria esquisita.
Bea abriu a boca mas nada saiu então também olhou pro lado evitando Liz e então se abraçando se sentindo culpada.
- E Erin...
- eu não fiz nada..
Liz olhou bem brava pra ruivinha que se sentiu um pouco intimidada com aquele olhar tão sério.
- Tem coragem mesmo de dizer isso?
Erin não respondeu.
- pare de tratar os outros como seus brinquedos particular, pessoas tem vontades e sentimentos e você não respeita as de ninguém.
Erin ficou vermelha de vergonha e um vento forte bateu levando os longos cabelos negros de Liz pro lado e ela segurou um pouco olhando pra elas.
- Vocês ainda são crianças brincando de serem adultas, que tal tentarem crescer antes de falar e tomarem decisões que vão afetar não só vocês mais a vida de outras pessoas também.
O vento parou e as meninas olharam para Liz sem palavras, Laura passou pelas 3 e ofereceu a mão para a morena que segurou de bom grado e ambas foram ajudar Mari deixando as 3 pensando mas logo elas foram embora sem ao menos se despedir, precisavam tirar essa história a limpo.
Cesar tirou o bolo do forno e colocou os cookies Alex batia o chantilly empolgado e bem felizinho.
- espero que só isso dê.
- todo mundo vai trazer alguma coisa, acho que é o suficiente.
Cesar sorriu involuntariamente, fazia um tempinho que não cozinhava com Alex e a sensação era sempre muito boa e reconfortante.
- O Arthur deve estar sofrendo na mão do papai.
- olha acho que a relação deles está muito boa na verdade.
- acho que a primeira vez que o papai gosta tanto de algum namorade seu.
- Arthur não é meu namorado, ele é meu Marido.
Cesar puxou o ar de forma bem triste e olhou para a pia cheia de louça começando a lavar, atitude que fez Alex se espantar.
- Qual o problema?
- nada....
Alex chegou perto do irmão encarando ele no fundo dos olhos, Cesar queria rir porque achou a atitude fofinha mas se segurou.
- não vai me contar?
- se eu contar você vai ficar triste.
- Prometo que não vou.
- não acho que valha a pena.
- CESAR!!!!
- Agora você entendeu como eu me sinto.
Alex fez cara de interrogação e virou a cabeça pro lado piscando várias vezes, Cesar morreu de amores e então começou a falar.
- Como você acha que eu me senti quando descobri que você tinha namorado a Liz, que tinha perdido sua filha, você procurou o Fernando pro seu casamento..mas não me contou nada, confiou mais no Joui do que em mim...eu sou seu irmão mais velho, eu amo você mais do que consigo colocar em palavras, mas você não confia em mim Alex...
Alex respirou fundo e se virou se apoiando no balcão e olhando o irmão com muito carinho.
- eu confio em você Cesar...
- então...por que não me contou nada?
- porque eu também te amo mais do que consigo por em palavras, e te conheço melhor do que imagina.
- o que isso tem haver?
- Você ainda me vê como criança, mas sou adulto a muito tempo, se eu falasse da Liz, você tentaria matar ela sem dúvidas, se eu falasse da minha Pérola você iria surtar e ameaçar a Liz, se eu falasse do meu casamento você iria dar um jeito de me convencer ao contrário, e eu escutar porque você é a pessoa mais importante da minha vida, eu não te contei muitas coisas da minha adolescência porque você tentaria me proteger das minhas próprias decisões, e não me entenda mal meu irmão, eu te amo! Eu confio em você! Você é e sempre vai ser meu irmão mais velho que eu admiro tanto, mas eu também sou minhas escolhas e decisões e quando você tenta me proteger de tomar minhas decisões está me impedindo de ser eu mesmo, eu posso ser o "filho mais novo de Christopher Cohen" ou "O irmão mais novo de Cesar Oliveira Cohen" mas antes disso eu sou "Alexander Cohen Koth"
Alex parou um pouquinho a frase e continuou com um sorriso no rosto.
- ou melhor "Alexander Cohen Cevero", eu sou eu e do jeito que você é, até minhas escolhas você acha que me colocariam em Perigo, quando eu sei o que estou fazendo, quer maior prova de confiança do que ser a primeira pessoa que viu a minha Agatha? Cesar você é importante pra mim meu irmão, mas eu não posso viver na sua sombra pra sempre.
Cesar engoliu a saliva e encarava o irmão falando de forma tão calma e composta, ele realmente tinha se tornando um homem completo.
- Alex...você cresceu rápido demais.
Alex sorriu e abraçou o irmão erguendo ele um pouco do chão e o apertando com força, o colo de Cesar era realmente o melhor lugar do mundo.
- Se te serve de consolo, eu não contei muitas coisas pra ninguém, só pro papai, as meninas devem estar sabendo da pérola hoje, pedi pra Liz falar pra elas não virem aqui mas duvidem que elas escutem.
- não é um assunto que você goste muito não é?
Alex fez não com a cabeça e sorriu triste abraçando o irmão procurando conforto nos braços dele.
- Quando estiver pronto pra me falar, eu vou estar pronto para ouvir.
- obrigada big brother.
- não tem de que my Sunshine...
Como previsto alguns minutos depois as 3 estavam paradas na frente da porta de Cesar com os rosto inchados de tanto chorar, Cesar deu passagem para elas sentarem e deu água para se acalmarem, Erin que começou.
- o que a Liz falou... é verdade?
- é sim...
Mais choro e as meninas estavam claramente ainda em choque, Bea parecia a mais abalada.
- por quê não contou pra nós?
Alex juntou a sobrancelhas e franziu o cenho um pouquinho bravo talvez, mas não verdadeiramente.
- Era a minha filha, meu luto, minha dor, não era algo que eu queria compartilhar, nem pro Cesar eu contei.
As meninas olharam para o cabeludo que parecia apoiar a decisão de Alex de não contar pra elas.
- Alex....pela sua bebê...eu sinto muito...
Mia chorava de soluçar, ela queria ser mãe mas como Liz disse não suportaria perder um bebê, e lá estava Alex sério e firme falando daquela dor que ela não imaginava como deveria ser.
- obrigado Mia, eu queria muito ter conhecido a minha Pérola?
- Pérola?.....que nome lindo...você tem bom gosto pra nomes.
- Obrigado, sei que vou ter mais chances de escolher outros.
Todos fizeram cara de questão e Alex sorriu percebendo.
- Eu e o Arthur queremos adotar o Gabriel.
Enquanto isso Arthur estava com dor de cabeça olhando números e mais números completamente confuso, sentiu algo quente perto do braço e viu uma caneca cheia de café e olhou pra cima vendo o sogro lhe sorrindo meigo, sentiu a mão de carne enorme na sua cabeça fazendo um carinho singelo e foi impossível não sorrir.
- obrigado seu Chris.
Chris se sentou com um prato com vários doces e sanduíches e empurrou na direção de Arthur que ficou desconcertado.
- coma menino.
- mas...
- Não são tão bons quanto os do seu pai mas eu me garanto também.
Christopher amava Arthur! De verdade! Não era um sentimento paterno mas era extremamente doce e envolvente, o deixava bastante feliz na realidade e após perceber que isso era algo positivo cercou aquele lindo filhote de abutre com voz de rouxinol, seu pequeno Songbird, se alguém tentasse algo contra Arthur não exitaria em destilar todo seu veneno.
- está nervoso pra sua reunião amanhã?
Arthur engoliu o que tinha na boca no seco e olhou para o sogro com a barba toda suja de farelo, Chris lhe ofereceu um guardanapo para se limpar.
- não sei se consigo....
- consegue sim
Arthur olhou para Chris com olhos de cachorro perdido na mudança e Chris honestamente achou uma gracinha.
- que carinha é essa Arthur? Tem algo te incomodando my Songbird?
- eu queria ser mais parecido com o senhor...
Chris ficou um pouco triste com aquela frase e ergueu a mão de carne fazendo carinho mais uma vez em Arthur.
- Te acho perfeito do jeitinho que você é.
- queria ser mais duro, mais como posso dizer...eu quero parecer intimidador.
- Arthur você é intimidador, até pra mim, você lê as pessoas com tanta precisão que apavora, você encontra fraquezas mesmo nas pessoas mais fortes, você tem muita mais poder do que imagina.
- Sério?
- E claro! E me permite contar um segredo?
- sim, por favor!
- Você é o Alex são o casal perfeito.
- o que?
- eu não queria que você tivesse ficado com o Cesar nem com o Thiago, nenhum deles conseguiria te trazer para o meu lado, e um talento como o seu não pode ser desperdiçado, embora eu ainda não goste de você é do Alex terem fugido pra casar.
- Desculpa por isso.
- vocês podiam muito bem ter fornecido uma certidão de casamento falsa.
Arthur ficou levemente bravo com aquilo.
- Por que o senhor acha que eu faria isso? Não acredita que eu ame seu filho?
- No my Songbird! Eu sei que você ama o Alex e você é meu genro favorito.
- Sou seu único genro.
- a controvérsias...
Arthur não entendeu muito aquela frase.
Joui colocava as bolas de sorvete dentro da massa de mochii enquanto Ivan e Daniel batiam o arroz, quer dizer Daniel batia o arroz Ivan estava babando nós braços musculosos de seu mestre.
- obrigado Nii-San...
Joui veio com uma colher de sorvete dando pra Dani na boca, o ruivo sorriu e fez carinho no irmão, Ivan pareceu pensativo.
- licença Joui e Mestre...
Os irmãos se olharam confusos e Ivan foi pra sacada onde pegou o celular e encarou a foto dele com seus irmãos por alguns segundos pensativo, estava com saudades.
Enquanto isso no ninho dos abutres Brulio e Ivete fumavam e bebiam encarando Gregório mordendo as unhas descontroladamente.
- ações tem consequências.
- Acho que é a primeira vez que desde que o Vic começou a morar com ele que eles não comemoram o aniversário do Vic juntos.
- Faltam 3 dias ainda.
- Do jeito que o Vic tá bravo não acho que ele queria ver a cara do Gregório tão cedo.
- Também acho que não.
Já Gregório planejava em vão fazer a comida favorita de Vic como pedido de desculpas.
Enquanto isso Vic estava no apartamento dos Torres fazendo seu prato para levar pra casa de Cesar no dia seguinte, Walter com Hera no colo observava com um sorriso no rosto Vic e Bruno se beijando e cozinhando juntos, ele estava honestamente muito feliz.
Murilo e Marcelo ainda tentavam compreender o que estavam sentindo, passando o dia cada um trancado no seu próprio quarto.
No Patifaria na faria lima Kennan e Miguel sofriam uma intervenção.
- Eu tô muito decepcionada com você Kennan...
Letícia deu um gole na sua cerveja encarando o moço profundamente.
- Calma capitã.
Tristan colocou a mão no ombro da amiga e encarou Miguel suspirando e também tomando um gole da sua cerveja.
- eu não reconheço o garoto que criei.
- Letícia!
Rubens falou alto a repreendendo e Kennan se encolheu ainda mais se sentindo tão pior.
- eu te amo muito Kennan, eu cuidei de você, eu sempre vou apoiar você, mas sua atitude me decepcionou muito.
- honestamente não esperava isso de você também.
Jhonny colocou a última pá de areia naquele enterro.
- Eu tava com medo dos bebês serem iguais a mim...
- elabore esse iguais a você Kennan Thomas...iguais a você como? Divertidos? Bem humorados? Leais aos amigos?
- eu não queria que a Mari criança crianças como eu...
- O seu tdah não te faz um fardo pra ela, acha mesmo que ela não amaria um filho seu por ter uma pequena chance herdar isso de você? Se realmente achava isso...amava realmente a Mari?
Kennan começou a chorar, não, Maria amaria seus filhos independente de absolutamente qualquer coisa e isso doía muito mais agora.
- e quanto a você Miguel...você é um filho da puta.
Letícia estava particularmente brava com ele.
- "nhenhenhém não quero ser igual meu pai" tá feliz? Tá sendo igualzinho ao seu pai...ausente, negligente, e olha só! Abandonando a mãe do seus filhos, porque os 4 são seus, são sua cara!
- eu não queria que isso tivesse acontecido...eu entrei em Pânico...
- olha sinceramente....
Letícia virou sua cerveja e arrotou limpando a boca com as costas da mão e então batendo o caneco na mesa com força.
- Eu criei um covarde e fui chefe de um vagabundo...eu tô tão desapontada.... não consigo olhar na cara de vocês.
Letícia se levantou e jogou uma nota de 100 na mesa, Kennan e Miguel olharam pra mulher bonita e ela parecia tão triste.
- Se a Mari quiser dar uma chance pra vocês agarrem como se a vida de vocês dependesse disso, mas se ela quiser ficar sozinha e melhor respeitarem esse pedido dela entenderam?
Os dois com lágrimas nos olhos concordaram com a cabeça e viram Letícia indo embora de sentindo muito mal.
O porteiro falou para Gal que tinha uma encomenda na recepção pra eles, sem entender muito Leo desceu e pegou as duas caixinhas e subiu.
- Que isso?
- não sei mais a letra é horrível parece de médico.
Silêncio.
- A letra parece de médico... Gaspar...
Os irmãos abriram as caixas com seus nomes vendo as joias, era o primeiro presente que recebiam do irmão em anos, e estavam positivos de que isso era um passo na direção certa.
Carina fugiu do apartamento ouvindo a irmã e Artemis se pegando, pra fazer companhia levou gambá para passar, o olhar das pessoas vendo um surue com uma coleira rosa era com toda certeza impagável.
- meu deus que merda e essa?
Reconheceria aquela voz no meio de qualquer multidão, olhou pra trás e com uma calça legging e um top de malhar e cabelo preso Yuki olhava gambá intrigada.
- Yuki...
- opa Carina, como você tá?
Dominic apareceu atrás de Yuki colocando o braço ao redor do pescoço dela com um sorriso lindo, enquanto isso Maxine apareceu segurando uma garrafa d'água e logo atrás Mark sorrindo pra moça.
- você está linda Carina, vem, tio Mark te paga um sorvete.
Foram até a Albero dei Gelati e pegaram um sorvetinhos que Mark pagou afinal eram suas crianças... tecnicamente.
Yuki se abaixou e deu um pouco do seu sorvete de manga para gambá que comeu feliz enquanto Yuki sorria, o coração de Carina deu um pulo e acelerou, sentia muita falta daquele sorriso.
Olhando descaradamente para Maxine chupando o seu sorvete Dominic não se conteve, se curvou próximo do mais novo e sussurrou no seu ouvido.
- se você quiser mais tarde tem outra coisa que você pode chupar.
Sorriu se achando vitorioso mas Max se lembrou do que Gon tinha lhe dito "assuma o controle" se virou vendo o sorvete de Dom derretendo e escorrendo pelos dedos.
- posso provar o seu sorvete?
Sem pensar muito dom ofereceu o seu doce para Max que tirou o cone da mão do mais velho e então lambeu seus dedos, Dominic travou no lugar enquanto Max sorria debochado.
Mark olhava os dois casais e dava risada, o amor jovem era realmente algo muito fofo e adorável, parecia que foi ontem que ele era só mais um jovem apaixonado, isso lhe trouxe um pouco de tristeza.
- Sai da minha cabeça Antônio...
Enquanto isso Hector estava sério olhando para os irmãos, a reunião parecia tensa pra caralho.
- o Samuel quer um amor...
Todos os outros 3 irmãos Verissimos se olharam em choque.
- Hector??
- estou tão chocado quanto vocês...
Hector olhou para Balu que parecia entender lentamente o que aquilo queria dizer, já que seus filhos eram os mais velhos entre a próxima geração, eles eram Verissimos, mas de nível muito baixo e isso os colocava em uma posição difícil.
- o noivado da Rebecca foi arranjado e o Rubens tá casado, meu filhos não tem o mínimo de intenção em subir na hierarquia.
- Jiro e naomi não planejam se quer entrar na sucessão para Verissimo.
- minhas meninas não tem interesse nas discussões da família, Oliveira acabou de ser promovida no exército.
- eu sei de tudo isso! Mas eu sei... não vai ser fácil acalmar os nervos da galera de fora...já temos tantos problemas... alguma notícia do filho do Otto?
- estamos procurando nas proximidades, um dos carros dele também foi roubado então em breve poderemos descobrir algo.
- Assim espero...se nossas suspeitas estiverem certas, ou Otto ou Diego nós traíram e caso isso seja a verdade...temos um grande problema.
🌸💮⛩️🗡️
Akemi estava sentada de frente para o espelho no seu antigo quarto infantil, olhava sua postura e o seu jeito, tudo que tinha se tornando para agradar o homem que tanto amou e não se reconhecia mais.
Se levantou abrindo seu guarda roupa vendo as roupinhas padronizadas de boa moça que sempre usou e franziu o cenho, estava na hora de alguma mudança.
- Akemi-Sama?
- Kiyoko-chan...
A ex empregada entrou em seu quarto usando uma camisola de dormir emprestada por Akemi-san, a roupa mais cara que já tinha vestido.
- vi a luz do quarto da senhora acessa...precisa de algo?
Akemi suspirou e e colocou as mãos na cintura com um singelo sorriso e então se aproximou da moça.
- não sou mais sua chefe, não precisa me servir.
- Mas....
Akemi colocou o indicador na boca da moça e sorriu, Kiyoko estava tentando um grande gay panic, mas Akemi não percebeu, ela tinha esquecido o quão bonita era depois de anos sem ir pra cama com Hidetaka, não que fosse algo a se incomodar, queria um amor pra toda vida, não sexo constante.
- A senhora é muito linda e gentil...
Akemi abraçou a moça com bastante afeto e carinho isso deixou a moça muito sem graça.
- Como uma pessoa boa como a senhora ficou tanto tempo com um homem como o Hidetaka-Sama?
Akemi respirou fundo e fez um carinho na moça de forma maternal.
- Eu também não sei querida.
🌸💮⛩️🗡️
💉💚
- O que você tá fazendo aqui Miriã?
Seu Jucelino olhou pra filha desacreditado, como ela tinha a cara de pau de aparecer na sua frente?
- Pai...
- Deixei claro que não queria mais te ver depois que saiu da clínica psiquiátrica, o que você fez com seu ex namorado não tem perdão.
- eu e o Daniel só estamos em uma fase ruim, eu sei que ele me ama.
Jucelino balançou a cabeça negativamente e parecia extremamente desapontado com a filha.
- vai embora Miriã, não cause mais problemas pra mim, pra sua mãe e pra sua irmã...a família do Daniel tem muitos contatos no exército, a gente não quer encrenca.
- pai por favor...eu juro que é só por alguns dias.
Miriã segurou a mão do pai e olhou pra ele de forma amável, o senhor suspirou e olhou novamente pra filha, ele ainda a amava muito.
- ok Miriã... só alguns dias...
💉💚
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Lorenzo olhou o endereço e olhou o prédio, olhou o endereço outra vez e o prédio outra vez completamente confuso.
- que porra?
Andou meio sem jeito pra dentro da recepção vendo tudo novo e muito bonito, se sentia extremamente mal vestido e inferior por algum motivo.
- boa tarde posso ajudar?
- é...me mandaram essa carta eu honestamente não sei o que estou fazendo aqui...
A moça com uma tatuagem no rosto pegou o papel e leu olhando para Lorenzo um pouco puta agora, pegou uma espécie de crachá e entregou para o gaúcho.
- é o último andar, só tem duas salas nesse andar que é a dos CEO, entre na que tem uma asa talhada na frente, não entre na da lua, nosso outro CEO tem um...gênio bem mais difícil e prefere não ser incomodo já que cuida do jurídico, o elevador fica a esquerda.
Lorenzo obedeceu e foi até o elevador apertando o último andar, o prédio devia ter uns 50 andares no mínimo e também um heliporto, o avião tinha vista panorâmica então podia ver o jardim com um ipê amarelo enorme no centro já sem flores.
Chegou no andar e viu um grande corredor com duas salas, uma tinha uma lua talhada na porta e o outro asas, uma moça o esperava com um falso sorriso e o acompanhou até a porta entrando antes para avisar de sua chegada e logo saindo abrindo completamente a porta pra ele.
Lorenzo entrou e viu um homem de costas usando terno, cabelo castanho bem arrumado e uma aliança enorme no dedo, ele bebia um copo de whisky sem gelo e era extremamente perfumado, escutava uma música baixinho enquanto cantarolava em um excelente inglês mas ainda não fluente:
"I don't need your roses, I like men on their knees
Praying up to their god, seeing visions of me
I'm a cult leader, mind reader, heart eater
Fear feeder, say I'm your favorite preacher
If I wasn't a narcissist, I wouldn't like me either
I'm a cult leader, best believe that she's a keeper
Grim reaper looking for my cheerleaders
If it's between love and money, I'd rather have neither
So charming, it's alarming
I'm hurting everybody that I know
Lead the masses from the ashes
I want power and I think it shows
I don't need your roses, I like men on their knees
Praying up to their god, seeing visions of me
I'm a cult leader, mind reader, heart eater
Fear feeder, say I'm your favorite preacher
If I wasn't a narcissist, I wouldn't like me either
I'm a cult leader, best believer that she's a keeper
Grim reaper looking for my cheerleaders
If it's between love and money, I'd rather have neither
I wanna be a leader, leader, leader, no
Leader, leader, leader, no
Leader, leader, leader, no
Leader, leader, leader, no
Leader, keeper, best believe her
You ain't ever seen her do it quite like me"
"king mala - cult leader"
- é....boa tarde?
O homem parou o copo no meio do caminho e o colocou na mesa suspirando e virando lentamente pra frente.
Lorenzo estava paralisado olhando desacreditado e perdido para o baixinho na sua frente, olhos bicolores e caninos afiados pontando um pouco pra fora dos lábios, um lindo sorriso para um homem lindo e várias finas cicatrizes no rosto, cicatrizes que ele reconhecia muito bem.
- Arthur?
- oi Lorenzo....
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