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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Um dia no passado - continuação do especial (Rubens)


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Oi oi galerinha linda!!!
Desculpa o atraso pra postar.
Esse capítulo tem um foco no Rubens!
Sim no Rubens!!!!
Toda vez que vocês verem "XXX" E porque estão falando o Deadname dele.
Esse capítulo tem alguns gatilhos em relação a disforia de gênero, então recomendo ler com calma e cautela, não é nada muito chocante mas pode fazer alguns de vocês se sentirem bem desconfortáveis.
Algumas coisa que podem ser interessantes de saber, na Índia o casamento infantil era permitido até alguns anos atrás, então o que a família do Rubens estava fazendo não seria crime nos anos 90.

Capítulo 150 - Um dia no passado - continuação do especial (Rubens)


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Um dia no passado - continuação do especial (Rubens)

Christopher olhava o bebê pequeno e fraquinho pelo vidro da maternidade, ele respirava com ajuda de aparelhos e parecia que poderia morrer com um simples sopro ou picada de agulha errada.

Fazia 3 dias do nascimento de seu bebê e Cláudia não tinha acordado ainda, os olhos doíam e já não tinha mais lágrimas para chorar.

Sentiu uma mão amiga no seu ombro e olhou para trás vendo Arnaldo e Hector o olhando preocupado.

- Chris...

Se virou de imediato abraçando o melhor amigo e com força e chorando novamente, Hector se aproximou do vidro olhando para o bebê pequeno e abrindo um sorriso levemente fraco.

- Ele é a sua cara, igualzinho sem tirar nem por.

A expressão enrijeceu em tristeza, não queria ver o amigo daquele jeito, e estava também muito preocupado com o bebê pequeno do outro lado do vidro.

- Vem meu amigo, tem alguém que quer falar com você.

Chris soltou Arnaldo e o bonitão secou as lágrimas do mais novo de forma carinhosa.

- Eu preciso ficar com meu filho.

- É rapidinho Chris, você precisa vir com a gente.

Segurou a mão do mais novo Arnaldo e Hector literalmente arrastaram Christopher pra fora da UTI, levaram ele para fora do hospital onde na calçada duas pessoas esperavam ansiosamente.

Reu Raimundo de botina e calça desbotada parecia ter chorado muito também, ele parecia ter envelhecido 30 anos em 3 dias, Chris correu em direção ao sogro e o abraçou com vontade, o senhor retribuiu o abraço da forma que conseguia.

- I'm Sorry... I'm Sorry....

- Oh....rapaz.... não é culpa sua não.... Pronto... pronto...eu tô aqui também....passou, passou....

Se sentia confortando uma criança, fazia carinho nas costas do gringo e também um cafuné mais era difícil confortar Christopher propriamente por causa do tamanho do rapaz.

Raimundo olhou pro lado vendo Apple se abanar com seu leque, eles tinham se tornado amigos independente da barreira linguística, embora Raimundo achasse Apple esquisita e assustadora ele parecia não se ligar muita a isso.

Soltou o sogro e olhou para a mãe, de imediato Apple abriu os braços e Chris pulou na mão a agarrando com toda força do mundo, Arnaldo e Hector preferiram manter distância.

Hector olhava para Apple atentamente, ele nunca em toda sua vida tinha sentido tanto medo de alguém em toda sua vida, chegava a estar ridículo o quão cágado ele estava.

- Hector?

- A madame Apple é simplesmente aterrorizante, quero ficar nas boas graças dela.

Arnaldo olhou para a mulher e sentiu um arrepio na espinha, gostava da senhora mas algo nela o fazia querer fugir para o mais longe possível.

Enquanto Chris e Raimundo estavam visitando Cláudia que estava entubada e bem fraca, Apple estava admirando um lindo pau Brasil que tinha na frente do hospital.

- I can see you honey...

Hector travou no lugar, ninguém nunca tinha percebido sua aproximação tão rapidamente, aquela senhora era assustadora.

- You too darling, I can smell your fear in the distance

Shizui saiu de detrás de uma árvore armada, ela estava com toda certeza protegendo o Hector, se aproximou do irmão mais novo e Apple se virou encarando os dois, ela sorriu de forma maligna e em um piscar de olhos estava na frente dos irmãos.

Ambos deram um passo pra trás se olhando um pouco assustados, Apple abriu um sorrisinho falso e claramente ameaçador e então segurou o rosto de Shizui entre seus dedos de forma delicada.

- You are very pretty...

Os cabelos negros de Apple voaram com a brisa. erguendo um pouco o chapéu que ela usava, isso fez Shizui ter mais acesso aos olhos negros da linda mulher, eles eram ainda mais vazios que os de Chris.

- The next time you order to assassinate someone, make sure your target isn't someone powerful Like you.

Shizui sentiu os dedos gelados se soltarem lentamente de seu rosto e ficou levemente sem graça, Apple não parecia guardar rancor no entanto.

- You two seem like good kids, thanks for taking care of Chris when I'm away.

- It's a pleasure ma'am.

Apple sorriu e abriu seu leque novamente se abanando entretida, eles eram irmãos com toda certeza, os olhos denunciavam bastante a consanguinidade entre eles, porém era óbvio que só compartilhavam um doador de cromossomos.

- I would love to meet your parents 

- My mother lives in Japan

- Mine is living in the Countryside of Minas Gerais...

Então eles só tinham o pai em comum, não via problemas com isso, porém estava curioso para saber que tipo de mulher a mãe de Hector era.

- I'll pay your mother a visit when Claudia and Cesar get out of the hospital, is that all right with you Hector?

- Yes ma'am...

Apple apenas sorriu de forma meiga.

Era a vez de Apple ver Cláudia e ela pediu para ir sozinha, assim que entrou na sala sentiu um aperto no coração, a mulher tão geniosa e levemente atrevida que tinha adorado conhecer estava cheia de fios e Visivelmente fraca.

Se aproximou e puxou a cadeira desconfortável se sentando, sem pensar duas vezes segurou a mão de Cláudia fazendo carinho de forma meiga e acolhedora.

- you are stronger than that Princess, come back soon, we are waiting for you, and you need to meet your son, he looks a lot like you too, but he has Christopher's nose and eyes, you have to see he is a real cutie.

Apple se aproximou e deu um beijinho na testa da nora deixando uma leve marca de batom, ela definitivamente gostava muito de Cláudia.

Chris dormiu outra noite no hospital e novamente no mesmo horário no outro dia sua mãe e seu Raimundo apareciam no mesmo Horário, e no dia seguinte, e no seguinte, e só no fim da semana descobriu que Apple estava dormindo na casa de seu sogro.

Embora a barreira linguística fosse enorme os dois idosos pareciam estar se entendendo muito bem, até porque seu Raimundo era do tipo de pessoa que se dá bem com qualquer um sem esforço, e Apple era honestamente muito boa em conviver com qualquer um independente de quem fosse, ela precisa disso pra sobreviver.

Cesar estava mostrando grandes melhoras e já estava fora de perigo, mas Cláudia estava estável, não piorava nem melhorava, Chris não sabia o que fazer, só estava se sentindo um completo inútil.

Arnaldo e Hector faziam visitas esporádicas por causa do trabalho mas Chris ainda era muito grato, mas numa dessas visitas teve uma surpresa acompanhando Arnaldo.

Uma senhora negra com um lenço na cabeça e um vestidinho simples, ela era baixinha e bem velinha e segurava Thiago com cuidado e muito carinho.

- Mãe a senhora pode dar uma olhada na Cláudia por favor?

- Mas é claro meu quindinzinho.

- Mãe por favor...

- tá com vergonha de mim é?

- mamãe...

- tô pega teu fió, cadê essa moça?

Christopher se aproximou curioso e Dona Rosa olhou pro moço de cima baixo, ele era muito esquisito aos olhos dela mas ao mesmo tempo não parecia ser uma ameaça pra ela em específico.

- Prazer rapaz.

Dona rosa estendeu a mão e Chris a cumprimentou, ela na hora senti uma coisa ruim vindo dele, mas o gringo não parecia que faria mal a ela.

- Sua mulher tá mal? Preocupe não, vou ver comu ela tá...

O sotaque dela era arrastando obviamente do nordeste do Brasil, mas não sabia identificar de onde, de toda forma não sabia o que aquela simpática senhorinha poderia fazer pra ajudar, ainda era grato por qualquer ajuda.

Dona Rosa foi benzedeira e parteira também, aquela da moda antiga sabe, não era uma medicina mas com certeza era muito útil na época e não custava tentar algo agora.

Entrou no quarto e viu Apple e seu Raimundo sentado ao lado da cama é bom segurar a mão de Cláudia enquanto seu Raimundo olhava pela janela do quarto bastante pensativo, visivelmente mais magro e muito cansado.

A sim que Dona Rosa colocou os olhos em Apple sentiu um frio muito estranho, ao seu redor um arrepio na espinha tão ruim e cruel que automaticamente fez o sinal da cruz buscando proteção, a família Fritz era muito religiosa afinal de contas.

Apple segurou a risada, não tinha nada contra qualquer cristão porém com seu histórico preferia ficar um pouco longe de todos eles, mas ainda considerava muitos deles excelentes pessoas e até amigos.

Se aproximou da cama e olhou pra Cláudia com bastante compaixão e paciência, seu Raimundo olhou para a mulher tão simples quanto ele e se sentiu honestamente aliviado, não era mais só um médico ou enfermeira indo ali mexer em sua filha, era uma pessoa que nem ele, e isso era reconfortante, também era muito grato por Apple estar ali com ele o ajudando como amiga.

- O dó meu Deus....

Passou a mão no cabelo de Cláudia com carinho e segurou sua medalhinha de nossa senhora que sempre trazia em seu peito pra proteção.

Cláudia estava a quase 15 dias em coma, Cesar estava cada vez melhor e próximo de ter alta, e Chris parecia estar definhando mais a cada instante.

- Ela fez muito força pro bebê sair, não foi?

Ninguém tinha assistido o parto então honestamente não sabiam responder, porém dona Rosa levou isso como um sim.

Fez outro carinho no rosto da moça e percebeu algo estranho em seu olho, parecia melado de pus.

- que isso aqui nela?

Raimundo se aproximou e reconheceu aquilo, era o começo de uma das infecções que Cláudia sempre tinha exatamente no mesmo olho, tinha aquilo desde recém nascido e indicava que a imunidade dela estava terrivelmente baixa.

- Ela sempre tem isso, desde pequena.

Derrepente Seu Raimundo se lembrou de algo, se Cláudia estava com a imunidade baixa queria dizer que seu corpo estava com falta de nutrientes, ela não entrou em trabalho de parto por acaso, o corpo dela estava colapsando por outro motivo, mas qual séria?

- Eu vou benzé ela viu, preciso do quarto vazio.

Apple que estava completamente perdida por não ter entendido muita coisa só seguiu Raimundo quando ele fez sinal de que precisam sair, ela acompanhou o amigo de forma amável e sem questionar.

Chris viu a senhora pegar um ramalhete de ervas muito cheirosas de dentro da bolsa de coro, Cláudia não acreditava em Deus e ele era judeu, então não via sentido naquilo, mas agradecia imensamente a intenção.

Raimundo sempre levou Cláudia pra benzer quando criança e até adulta e ela nunca reclamou, então acreditava que estava tudo bem.

- oh moça.... cê se meteu com próprio capeta né? Mais cuidado Fiá...

Benzeu Cláudia com cuidado e rezou por ela, no fim saiu do quarto e olhou ao redor encontrando todos menos Apple.

- Cadê aquele demônio?

Tinha coisa cheirando muito mal para dona rosa, tinha que rezar de verdade numa igreja e a única que tinha era bem simples e mal cuidada, seu Raimundo lhe indicou o caminho que era mais fácil do que imaginava,

Qual foi seu horror e desespero em encontrar Apple nessa mesma igreja, a sombra cobria seu corpo alto e as velas iluminavam o rosto dela de forma macabra, o sol se pondo faziam o interior da igreja e a tarde ficar avermelhada, Apple no meio do altar sendo iluminada pelas chamas das velas e o vermelho do Sol, lindo e aterrorizante.

- Achei que demônio não podia entrar na igreja.

Apple obviamente não entendeu as palavras mas entendeu o que Rosa queria dizer, então sorriu pra ela e desceu do altar indo até ela.

Alta e bonita, nunca imaginou que o anticristo estaria bem ali na sua frente, e muito menos que seria uma mulher, talvez por isso o mundo ainda não tivesse acabado, porque Apple queria ver seu filho, e agora seu neto crescer.

- you don't need to pray for her anymore, she will wake up.

Novamente a barreira linguística, mas ambas as mulheres pareciam se entender apenas pelo tom de voz.

- Só vou rezar um pouquinho e voltar, podemos voltar juntas.

Apple sorriu e passou reto pela senhora com um amigável sorriso, assim que ela saiu TODAS AS VELAS se apagaram e Rosa ficou no escuro.

- Tá repreendido...

Fez o sinal da cruz a segurou sua medalhinha novamente, se ajoelhou e rezou com todas as suas forças.

15 dias completos haviam se passado, aquilo estava ficando muito perigoso, talvez Cláudia não voltasse mais, Chris já estava planejando como cuidar dela pelo resto de sua vida e estava entrando em satisfação com isso, amaria Cláudia com todas as forças, cuidaria de todas as necessidades dela e criaria o filho deles sozinho com todo o amor, não era o que queria mas viveria assim se pudesse estar com Cláudia.

Apple estava segurando a mão de sua nora querida quando Chris apareceu no quarto sorrindo enquanto chorava ao mesmo tempo, em seus braços o bebê magrinho e feio que doía, ele era tão branco qua mal dava pra ver ele direito enrolando nos paninhos do hospital.

- Mommy...look...is my baby...is my son...

O bebê se remexeu e Chris chorou ainda mais, uma enfermeira vinha logo atrás de Chris bem preocupada tanto com pai quanto com filho.

Apple segurou o neto por alguns segundos com um honesto lindo sorriso, com muito cuidado e carinho colocou o recém nascido no seio de sua nora.

- you need to wake up to meet your son princess

Raimundo também segurou o neto e após alguns segundos a enfermeira levou Cesar de volta para a UTI.

Apple saiu pra fumar e encontrou Hector também com um cigarro entre os dedos, ele era uma "criança" muito fofa aos olhos de Apple.

- goodnight madame Apple

- Hello....

Acendeu seu cigarro e se debruçou sobre a mureta, mesmo assim ela era muito maior que Hector.

- What's the problem? 

- you scare me...

- I scare a lot of people dear, You're not special enough not to be afraid of me

Hector ficou muito ofendido com aquilo por algum motivo que não conseguia compreender exatamente.

Estava Honestamente frustrado, como a ordem nunca conseguiu detectar Apple antes, ela tinha contatos por baixo dos panos e influência gigantesca, como nunca, ninguém tinha a descoberto?

- You make me feel like a failure lady Apple...

Apple ficou sinceramente preocupada com Hector e sem pensar duas vezes se aproximou do belo rapaz.

Hector nem percebeu a senhora tão próxima, só sentiu seu rosto sendo segurado de forma até que bem carinhosa, sentiu um beijinho na testa e os dedos finos de Apple se soltarem de seu rosto, não sabia porque mas sentia que estava bem vermelhinho.

- Madame???

Ela era gelada porém o abraço dela era reconfortante de maneira muito esquisita, no entanto também era bastante maternal.

- You are not a failure, little Hector 

- The order never detected you, I feel like I failed...

Apple riu um pouco mais alto do que deveria e então se separou do Veríssimo bonitão e engomadinho.

- The order doesn't interest me, if I wanted something from any of you I would have left traces.

Hector suspirou e olhou para lua que estava linda aquele dia, queria ficar mais tempo com Chris mas os patriarcas de vários países pediram para ele ia a Índia o mais rápido possível, não disseram o motivo mas deixaram claro que era de suma importância para o futuro da ordem.

- you're on your way to being a great leader little Hector

- Thanks madame Apple...

Sentiu a grande mão dela em sua cabeça e um carinho bastante amável e maternal, ela não era tão ruim assim, porém ainda estava ofendido com o fato dela não ligar nada pra ordem. 

Chris estava segurando a mão de sua esposa olhando pro nada e sentindo uma tristeza muito grande, o silêncio no quarto era doloroso mas então sentiu um leve aperto em sua mão.

Chris arregalou os olhos e olhou para o rosto tá esposa completamente chocado e viu os olhos dela se abrindo lentamente e então se virando pra ele.

- Cláudia? MY QUEEN???

Sentiu um leve aperto na mão novamente e sorriu sentindo que agora tudo ficaria bem, se levantou e deu um beijinho na testa da mulher e foi correndo chamar a enfermeira.

Cláudia se recuperou bem lentamente mas estava definitivamente no caminho certo, conseguiu amamentar Cesar depois de um mês internada, Apple voltou para os estados unidos 5 dias depois da sua alta no hospital, Chris e Cláudia só vieram para SP junto de Cesar depois de 6 meses, Cláudia fez muita fisioterapia e tratamento nesse período, tentaram trazer seu Raimundo mas ele se recusava a sair de sua cidadezinha.

A rotina do casal em SP estava bem estabelecida novamente, foi um dos períodos mais tranquilos na vida dos Cohen, Arnaldo vez ou outra passava com Thiago para almoçar na casa deles, faziam visitas constantes a Apple, a vida podia ser boa nas suas coisas mais simples.

Já Hector estava enfrentando o maior caos de todos os tempos dentro da ordem.


🇮🇳♦️🍫 Os primeiros dessa geração 🇮🇳♦️🍫


- xxx, acorda filha...

Abriu os pequeninos olhinhos vendo a luz entrar pela janela, o sol fazia seus olhos ficarem levemente laranja, olhou para sua mãe com sua irmã em seus braços chupando o dedo e a encarando cansada, elas nem pareciam gêmeas.

A casa pequena não tinha móveis, mãe e filhas dormiam encima de uma tábua de madeira com alguns lençóis, a mãe fazia de tudo para esconder a presença das gêmeas dos vizinhos, principalmente da dona dos lindos cabelos brancos e olhos levemente alaranjados.

Bateram na porta e a mãe correu para pegar as refeições daquele dia, era sempre uma pessoa diferente a deixar a comida em sua humilde casinha mas todos tinham algo em comum, todos tinham uma tatuagem no rosto.

- Obrigada.

- não a de que princesa Niyati.

"Princesa" aquela palavra sempre era usada para descrever sua mãe, ela era realmente linda como uma princesa, longos e lindos cabelos castanhos escuros, pele bem clara e olhos castanhos claros bem marcados, uma linda mulher.

Se olhou no pedaço de espelho quebrado e fez bico, ela não se parecia bem um pouco com a mãe, a pele era bem mais escura e os cabelos brancos eram com toda certeza o que mais a destoava de sua mãe e sua irmã (que era uma cópia de sua mãe inclusive)

Sua educação era provida por outra pessoa com tatuagem no rosto, nunca entendeu porque ela e a irmã tinham que aprender inglês, mas não reclamava gostava de aprender.

- mamãe podemos brincar?

- Asmita sabe que não é seguro lá fora.

- por favor mamãe...

Deitada com um livro na cara xxx não parecia interessada na conversa de sua mãe e irmã, mas não iria reclamar se fosse mesmo brincar no quintal.

Niyati olhou para as filhas e suspirou derrotada.

- Só um pouquinho.

As gêmeas correram para fora e automaticamente os vizinhos viram os longos cabelos brancos cacheados e olhos alaranjados de xxx, no entanto ninguém se atrevia a chegar perto.

As meninas brincaram bastante e riram bastante, tudo que elas conheciam eram uma a outra, afinal as outras crianças tinham medo delas de certa forma.

Talvez os deuses estivessem tramando algo porque naquele dia em específico enquanto as irmãs brincavam felizes no quintal um grupo de adolescentes queria se pagar de diferentes bem na hora que um luzidio fazia a ronda para verificar se a princesa estava bem.

Xxx sentiu o perigo na hora, ela e a irmã tinha 6 anos os meninos deviam ter 13 no máximo, 3 deles, o mais velho tinha um pedaço de madeira na mão, sabia exatamente o que iria acontecer ali.

- Asmita....e melhor a gente ir pra dentro...

- mas xxx....

Conseguiu ouvir o som do ar cortando e desviou tão rápido... muito rápido....nem ela sabia que era rápida assim, em um segundo estava bem na frente do menino mas agora estava a no mínimo 5 metros dele.

Os meninos ficaram perplexos, olhando a menina tão longe deles assim do nada, então voltaram atenção para Asmita.

A menina estava paralisada de medo, o menino ergueu o galho mais uma vez e xxx não pensou duas vezes se jogou na frente da irmã recebendo a pancada na cabeça.

Os ossos frágeis quase quebraram com o golpe, sorte que o luzidio interferiu bem na hora segurando o bastão, porém xxx tinha desmaiado.

Acordou com sentindo algo macio em suas costas, era um colchão, era estranho dormir em algo macio, abriu os olhos lentamente e viu a mãe chorando, lentamente ergueu a mãozinha fofa e colocou no rosto de sua mãe.

- Mamãe a Asmita tá bem?

- xxx! 

Sentiu a mãe a abraçando e abraçou de volta, Asmita que estava sentadinha num canto veio correndo abraçar a irmã, parecia que tudo ficaria bem agora.

Como estavam enganadas.

Um grito estridente foi ouvido e Niyati parecia apavorada, abraçou as filhas com ainda mais força e olhou lentamente para trás.

As meninas viram na porta simples de sua casinha um homem muito bonito e bem apessoado, ele usava um belo terno e tinha intensos olhos laranja.

- olá minha princesa...

Niyati se tremia horrores segurando as filhas em seus braços, não queria que as suas filhas fossem vítimas daquele homem também, preferia continuar vivendo na mísera do que voltar para aquele homem.

- o que o senhor tá fazendo aqui?

O homem bonito e gostoso na casa dos 70 anos olhou para a moça e para as meninas, Asmita era a cara da mãe e parecia apavorada por algum motivo, olhou para Xxx e respirou fundo.

"Se parece com o pai...mas se parece comigo também"

O homem sorriu ainda mais quando percebeu o leve tom alaranjado dos olhos de Xxx, ela podia gerar realmente um excelente casamento no futuro.

- Vim te levar pra casa...

- O senhor mesmo me expulsou de casa quando eu disse que estava grávida.....papai...

Raj respirou fundo e passou a mão no eu cabelo, ele amava a sua única filha mulher, mas ela era uma bastarda, um erro, e ele era o líder dos Veríssimos na Índia, se ela tivesse sido sua primeira filha talvez conseguisse tê-la reconhecido como herdeira, mas ela era sua 15° e não era a única bastarda, tinha mais 5 filhos homens bastardos reconhecidos, na época o líder era Antônio e ele mesmo se gabava de abandonar seus bastardos sem cuidado, se ele não reconhecia seus próprios filhos, jamais reconheceria os seus.

- Eu precisava garantir minha reputação.

Niyati abaixou a cabeça em tristeza e amargor, ela sabia sua situação e não cobrava nada de seu pai, mas nunca imaginou que seria tão facilmente dispensável, sabia que tinha errado mas nunca teria abandonado suas filhas como foi abandonada.

- Não faça essa cara, eu cuidei de você de longe por todos esses anos, sempre mandei as suas comidas favoritas através dos luzidios, garanti sua saúde e das minhas netas, eu fiz o que pude minha filha...

A linda mulher olhou pro pai desconfiada e apertou as gêmeas em seus braços numa tentativa sem real efetividade de proteção.

- Então por que veio aqui agora?

Raj sorriu.

- porque você minha filha, eu a luz ao futuro da ordem.

- o que?

- é melhor Xxx ser fértil...

- papai??? 

- Um Veríssimo com velocidade, finalmente os deuses escutaram nossas preces, finalmente os Veríssimos serão Ainda mais poderosos.

Foi-se ouvindo um grito de fora da casa, se levantou e segurou a mão das duas e passando pelo pai, rapidamente voltou pra casa.

- você matou aqueles meninos?

- sim, eles machucaram minhas netas.

Abaixou a cabeça se sentindo presa e derrotada, dois luzidios vieram eté elas e ficaram atrás com um sorriso meigo a mãe pegou as duas pelas mãos e foi caminhando de cabeça erguida.

Seu avô era um homem muito estranho, mas nada se comparava a seus tios, esses sim eram assustadores.

- voltou pra casa com duas crianças e ainda é a favorita do papai.

Os irmãos se olharam mas Niyati permaneceu firme olhando de forma fria para o irmão mais velho.

- Você sempre teve esse olharzinho arrogante, mas não se esqueça...você é uma bastarda, um erro, e essas duas são iguaiszinhas.

Ninguém fala mal da sua mamãe, não pensou duas vezes e tacou o estojo de lápis com tudo na cara do tio.

- Sua.....

- o que pensa que está fazendo?

Raj entrou no quarto onde as 3 princesas estavam e viu toda a situação, Niyati abraçou as filhas e as puxou pra perto, o irmão mais velho parecia apavorado em ver o pai ali.

Olhou para as netas e filha e então para o seu filho bem bravo, se aproximou e deu um belíssimo tapa na cara dele, forte o suficiente para fazer o bonitão quase ir ao chão.

- Você não se atreva a fazer mal a sua irmã e suas sobrinhas, principalmente a xxx, ela é o futuro da ordem.

Quando se é criança é bem difícil entender as coisas que acontecem ao seu redor, da noite pro dia elas tinham tutores particulares e mais aulas do que poderia imaginar ser humanamente possível.

Teve aulas de balé e danças tradicionais, falava fluentemente inglês, espanhol e francês, tinha uma honesta dificuldade em português mas estava se saindo bem, aprendeu a cozinhar mas também não era fã disso, Sua irmã também tinha as mesmas habilidades, porém era um pouco mais fracas.

Elas viviam isoladas em uma parte da mansão, vez ou outra o tio mais novo entre os 14 que tinham as visitavam, ele não era uma boa pessoa mais era sensato.

- Niyati....precisamos conversar.

Abdul nunca foi próximo a irmã, ele não era bom em nada em particular e seus olhos quase não eram laranjas, porém ele ainda era um Veríssimo de sangue puro, não era uma boa pessoa em particular mas também não tinha prazer no Sofrimento alheio, "morno" seria uma boa descrição pra ele.

- O que foi irmão?

Abdul olhou para as gêmeas que estavam não muito felizes estudando, pegou a irmã pelo braço de forma forte mas ao mesmo tempo bastante delicada e a levou para um canto longe das crianças.

Niyati ficou bastante assustada com a forma apressada que o irmão a arrastou mesmo ele não sendo violento, ele parecia muito assustado e ansioso.

- nossos irmãos estão planejando te matar.

- o que?

- Eles querem a guarda das gêmeas, elas são muito valiosas para o papai...

Niyati olhou para o irmão com os olhos assustados e então para as filhas no canto, ela não tinha chances contra os irmãos, se elas quisessem ela morta eles a teriam, mas não teriam suas filhas.

- Abdul.... por que as minhas filhas são tão importantes pro papai? Por que ele tá educando elas como herdeiras?

"Morno" esse era seu problema, seus irmãos tinham ganância já ele não, por isso o pai não se importava em dividir os detalhes com ele, não podia culpa-lo também.

- Eu não sei....

Abaixou a cabeça em vergonha, só tinha ouvido uma conversa atrás da porta, se sentiu na obrigação de avisar a irmã, Niyati aceitou sua morte com mais graça do que poderiam imaginar, ela não sabia quando ou como aconteceria então aproveitaria seus momentos com suas filhas o máximo que podia, Abdul foi forçado a sair de casa dias depois, o pai não quis acreditar em seu aviso.

- Princesa xxx pare por favor!

Odiava aquilo! Odiava com todas as forças!!! Se olhou no espelho toda maquiada e sentiu que não era ela ali, não conseguia não sentir desespero vendo seu corpo mudar e ganhar curvas, e principalmente odiava estar ganhando seios.

- Xxx....

A empregada parou de tentar segura-la para passar a maquiagem e se afastou olhando para Raj assustada.

- Vovô...

O senhor se aproximou da neta e colocou a mão no ombro da menina da 11 anos apertado com mais força do que ela imaginou que ele usaria.

- Xxx...uma dama não deve se portar assim....

Sentiu um arrepio correndo pela sua espinha, queria gritar que não queria ser uma dama, porém o olhar do avô dizia que se abrisse a boca levaria uma surra, então só abaixou a cabeça se sentindo derrotada.

Era madrugada quando xxx acordou, a luz do quarto de sua mãe estava acesa e ela estava deitada segurando uma foto, do lado da cama tinha um copo com alguma bebida quente.

A curiosidade falou muito mais alto que qualquer coisa então com sua velocidade pegou a foto que já tinha visto algumas vezes durante a vida mas nunca tinha tocado antes.

Na foto tinha um rapaz negro cheio de pircings e tatuagens e um pouco mais baixo que sua mãe, eles sorriam um para o outro e pareciam adolescentes na ocasião da foto, reparando bem no rapaz ele se parecia bastante com xxx....

Céu cérebro infantil ligou os pontos de maneira muito rápido e não conseguiu segurar seu desespero, aquele era seu pai, começou a balançar a mãe com toda sua força mas ela não respondia, mexeu mais e a cabeça da mãe se virou revelando olhos abertos e levemente secos, Niyati havia morrido algumas horas antes.

A realização do que tinha acontecido bateu na cara de xxx com força e ela soltou um grito desesperador o suficiente para acordar a mansão inteira.

Raj olhava Abdul com lágrimas nos olhos, o filho por sua vez parecia muito bravo e irritado com o patriarca.

- Eu devia ter ouvido você meu filho.

- Mas não acreditou, e minha irmã morreu por causa disso.

Raj apenas abaixou a cabeça.

- não lembro de você ser apegado a ela antes.

- Ela ainda era minha irmã mais nova, era meu dever tentar cuidar dela...mas já que ela não está aqui agora eu vou cuidar das gêmeas.

Raj ficou muito bravo e perplexo mas antes de perguntar o que o filho queria dizer com aquilo o mesmo jogou uma carta na mesa.

Abriu e leu o conteúdo ficando muito frustrado, nem ele tinha como prever àquilo, realmente ele tinha criado Niyati muito bem.

Ela havia passado a guarda das filhas para Abdul dias depois de tela avisado, sabia que o pai acabaria o expulsando então entregou as coisas pra ele por segurança, isso dificultava muito as coisas para Raj, mas ele não iria desistir.

Por mais que doesse ele mandou o filho para o outro lado do país e o prendeu em um lugar, só precisava de mais alguns anos, o pior disso tudo foi o fato dele não punir os assassinos de sua única filha, Abdul nunca os perdoou por isso.

Se olhava no espelho e não se reconhecia, os seios pequenos em particular lhe davam uma imagem distorcida de si mesma, ficava horas na frente do espelho nua estranhando cada aspecto de seu corpo, já tinha até levado surras por demorar dentro tanto dentro do cômodo mas isso não a impedia de continuar, porém naquele dia era diferente.

Estava a três dias com muita dor na barriga ou no Intestino, sentou na privada e abraçou a barriga com muita dor, fez um pouco do número 2 mas não uma quantidade que seria normal pra uma adolescente de 14 ano, deu descarga e foi se limpar percebendo que tinha sangue escorrendo pelas suas pernas.

- Aaaaaaaaaaaaaa

Sabia o que era aquilo, tinha estudado sobre, mas no fundo bem lá no fundo desejava que aquilo nunca tivesse acontecido com ela, menstruar significava que agora era uma mulher completa biologicamente (em teoria) mas ela não se sentia como uma mulher.

Empregadas correram para o banheiro e depois de muita luta conseguiram entrar no banheiro arrancando a porta, o que encontraram foi xxx sentada abraçando os joelhos com sangue sujando o Sari e um pouco do chão.

Enquanto as mulheres comemoravam e davam parabéns para Xxx ela queria desaparecer, estava aterrorizada encarando o avô por uns 3 minutos que pareciam horas.

- Chegou o momento em que você deve cumprir seu papel xxx.

- o que?

- Não se preocupe, o vovô já preparou tudo, ele não vai ter como te recusar...todo o concelho de anciãos já aprovou tudo.

Não estava entendendo absolutamente nada, Raj riu e arrumou a gravata sem se importar muito com a neta na sua frente.

- parabéns xxx, o dia do seu casamento chegou.

Sentiu um gelo subindo na sua espinha e encarou o avô se levantando da cadeira dando dois passos pra trás.

- não...eu não quero me casar...

- Não tem escolha.

- NÃO VOU ME CASAR! 

Raj se levantou e antes que xxx pudesse sair correndo a segurou pelos cabelos com bastante força.

- Você é um nada entendeu? Bastarda de uma bastarda, filha de um simples estudante de informática, e uma bastarda ingrata! Você vai se casar, e se não casar...eu vou fazer sua irmã sofrer muito.

Aquilo doeu tanto dentro do coração de xxx, preferiria mil vezes ter continuado na mísera do que ter aquela vida.

Sentiu os cabelos serem soltos e caiu no chão de coração partido, olhou para o avô com um ódio tão grande que o senhor se surpreendeu um pouco, com a iluminação da sua sala e aquela expressão séria ela parecia um Veríssimo de verdade.

- Isso é pro seu bem e pro bem da ordem xxx, devia se sentir honrada, você dará a luz a uma nova era dentro da nossa família.


🇮🇳♦️🍫 Os Primeiros dessa geração 🇮🇳♦️🍫


Hector estava extremamente entediado no seu hotel, queria voltar logo para o Brasil afim de passar uns dias ajudando Cláudia e Chris um pouquinho, principalmente por Cláudia ainda estar muito fraca e debilitada.

A Índia era um lugar muito bonito mas muito desigual também, já tinha tentado ajudar de varias formas mas sempre davam um jeito de interromper seus esforços.

- Tio Raj!!!

- Hector!!!

Abraçou o tio com carinho e então foram caminhando pela propriedade conversando de maneira amistosa, não sabia que tipo de negócios o tio tinha com ele porém estava pronto para negociar.

- Sei que chegou cansado da viagem, tome um banho, mando algumas roupas pra você no quarto enquanto sua mala não chega.

- obrigado tio.

Fez o que foi lhe dito e desceu para o salão principal dando de cara com uma linda empregada de sorriso gentil.

A empregada foi guiando Hector pelo castelo que ele conhecia parcialmente, de cara foi estranhando aquelas decorações toda, aquilo parecia excessivo para uma festa de boas vindas.

Chegou enfrente da porta de um grande salão e quando aquela porta se abriu sentiu que tinha coisa muito errada ali.

Dentro do local vários líderes da ordem estavam bem vestidos e sorrindo pra ele, não pensou duas vezes e se preparou para sacar sua arma mas algo lhe chamou atenção.

No meio de todos uma criança baixinha e pequetita de cabelos cacheados e brancos estava vestida com um lindo sari vermelho e bem produzida, ela parecia ter chorado bastante já que seus olhos estavam inchados e vermelhos, e olhava pra ele com bastante raiva.

- Hector sente-se, precisamos conversar.

Obedeceu seu tio porém ainda desconfiado pra caralho.

- Não estou gostando da atmosfera dessa reunião, explique-se tio Raj.

- Essa é minha neta, xxx, ela já fez 14 anos, e fluentemente em várias línguas e muito inteligente.

Hector olhou para a criança que continuava de cabeça baixa e Visivelmente triste com algo que ele não sabia o que era.

- E além disso ela tem velocidade.

Os olhos de Hector se arregalaram em absoluta surpresa e honesto espanto e então um imenso sorriso.

- Isso é sério, ela deve ser a primeira Veríssimo na história com isso?

Com a empolgação do bonitão os anciãos pareciam um pouco mais animados, Hector se aproximou de xxx e segurou sua mãozinha com carinho bastante fraternal, porém sua alegria duraria pouco.

- Ela será sua esposa.

O mundo de Hector caiu.

Soltou a mão infantil com delicadeza e olhou para a criança completamente apavorado entendendo muito bem o porque parecia que ela tinha chorado, seu estômago se embrulhou de imediato e começou a ter falta de ar completamente apavorado com aquela possibilidade, se virou e saiu da sala correndo em direção ao seu quarto.

Assim que entrou no cômodo foi até o banheiro vomitando de forma violenta, o coração batia rápido no peito e a cabeça doía, como podia estar fazendo aquilo com uma criança?

Se levantou e lavou a boca se olhando no espelho, apoiou as mãos na pia e olhou seu reflexo intensamente.

Acabou dando um soco no espelho o quebrando em muitos pequenos pedaços.

- Eles querem fazer com essa criança o mesmo que fizeram com a minha mãe....

Se recompôs e foi até sua roupa pegando um pager e mandando uma mensagem, era hora de limpar aquela bagunça.

O tempo de Hector chegar até o banheiro e mandar a mensagem foram 5 minutos, os mais velhos imaginavam uma reação parecida mas não necessariamente achavam ruim, na verdade já até planejavam explicar os prós para Hector, porém ele não deixou isso acontecer.

Assim que abriu a porta já chegou atirando, Raj se levantou mas levou um tiro no joelho, um barulho foi ouvido e logo a mansão era invadida e todos que se opunham eram mortos, menos os luzidios, eles não tinham culpa.

Foi um massacre.

- Xxx venha pra perto do tio!

Ele era o líder da ordem o poder absoluto sobre todas aquelas pessoas desprezíveis, acima até de seu avô, olhou pro lado vendo pessoas caindo sangrando com aquele homem parado no meio do caos, fez sua escolha sem olhar pra trás.

Escondeu a menina atrás dele e o banho de sangue continuou, xxx viu seus tios e primos todos serem mortos e o mais impressionante... não sentiu nada por nenhum deles, nem os anciãos foram poupados...quer dizer... ainda tinha um.

Segurando a perna que sangrava muito Raj olhou pra cima vendo Hector coberto de sangue o olhando com um desprezo terrível.

- Hector....

- Acharam mesmo...que eu me casaria com uma criança? Acharam mesmo que eu faria outra pessoa sofrer o que minha mãe sofreu? E o pior, acharam mesmo que eu gostaria de ter alguém mais a sentir a dor que eu sinto?

Raj engoliu a saliva percebendo onde seu plano tinha falhado, o motivo: Hector era filho de Sierra.

Sierra foi a adolescênte escolhida para ser esposa de Antônio, um dos homens mais terríveis que já conheceu e seu primo, e antigo líder da ordem, ele era desprezível e tratava Sierra pior do que cachorro, estava tão cego por poder que não contou com a possibilidade de Hector ter um gatilho emocional com a possibilidade de um casamento arranjado.

Caminhou a passos lentos até o tio segurando a mãozinha de xxx, ele o olhava com tanto desprezo que chegava a doer mais do que a ferida em sua perna.

Hector pegou a mãozinha de xxx e entregou a sua arma dando um passo pra trás e colocando a mão em seu ombro.

Xxx encarou o avô e lágrimas desceram pelo seu rosto em raiva e desprezo.

- A....

Um tiro no meio da cabeça do avô, o corpo do senhor caiu sem vida e xxx se virou abraçando Hector enquanto chorava, Hector a abraçou de volta.

A investigação foi tenebrosa muitos membros da ordem mortos e muita gente querendo tirar o seu da reta, Abdul foi o único sobrevivente daquela parte do clã, ele estava isolado nas mesmas condições que Niyati, ele assumiu a liderança de sua família e se casou com uma boa moça de dentro da ordem, no entanto a guarda das gêmeas foi tirada dele.

O lugar cheio de lindas matas e muitas vaquinhas e ovelhinhas assim como galinhas era bem bonito, tinha um lindo lago com um pier pra pescar e cavalos também.

Um luzidio abriu a porta e as gêmeas desceram, Hector sorriu vendo como elas ficavam fofas em roupas ocidentais.

Descobriu que adorava calças era muito mais prático e confortável, não precisar usar maquiagem todos os dias também estava lhe fazendo muito bem.

Viu Hector as esperando e ficou honestamente feliz, porém se controlou vendo um homem enorme e musculoso atrás de Hector, eles se pareciam levemente.

- Meninas esse é o meu irmão, Antônio, ele vai ser o responsável de vocês a partir de hoje.

Olharam para o homem bonitão e ele não parecia muito afim de cuidar delas não, na verdade ele parecia muito infelizmente.

- oi...

Balu sentiu uma cotovelada nas costelas e olhou feio para o irmão mais velho, eles pareciam se conversar com o olhar, na verdade pareciam estar discutindo.

- Vamos crianças, vamos entrando.

A casa era enorme e muito bonita e confortável, tinha uma mesa posta para ambas e Antônio as olhava sempre de rabo de olho.

Comeram em um silêncio constrangedor, ambas as crianças estavam muito nervosas e assustadas ainda.

- Bem, vamos ao que interessa, meninas, vocês não são mais membros da família de vocês e a partir de hoje o sobrenome de vocês é "Naluti"

- Mas por que?

- pra ordem tudo que importa são nomes, e controlar o seu nome é o mais importante de tudo.

- Então por que "Naluti"?

- Porque esse era o sobrenome do pai de vocês...nos procuramos mas...

Hector se sentiu uma falha, mas as meninas não o culpavam, mesmo tristes sabiam exatamente o que o avô teria feito com seu pai, se tivesse um corpo ou túmulo pra visitar já seria muito.

- Agora vem a parte difícil, os nomes de vocês devem ser reescritos na árvore genealógica da ordem, afinal agora vocês fazem parte da família principal e podem herdar o cargo de líder, afinal são minhas sobrinhas.

Honestamente falando elas não tinham interesse nisso.

- E também....

Nesse momento um homem negro e bonito todo tatuado e cheio de pircings entrou na residência, ele parecia muito simpático.

- Muito prazer meninas eu serei a babá de vocês, meu nome e Mark.

Balu olhou pra Mark de cima a baixo bem curioso, achou ele bastante atraente mas evitaria demostrar isso na frente das crianças.

- Então, agora só falta vocês escolheram seus nomes, um em hindi e outro em português, podem levar o tempo necessário e escolham algo bem bonito, titio vai cuidar da papelada.

E assim Hector se foi, dias se tornaram semanas e semanas meses se tornaram quase um ano, já estava acostumada com seu novo nome.

- Laal levanta, vai pagar ovos no galinheiro.

Pulou da cama feliz, Balu sorriu vendo a menina toda empolgada se vestir mais rápido que um furacão, ela adorava galinhas.

Balu já tinha reparado em algo na criança que estava cuidando, Mark também, ela podia se parecer bastante como uma Tomboy, mas Balu achava que era só o "boy" mesmo.

Viu Mark e sua irmã indo em direção ao carro e achou esquisito.

- Tio Balu onde a Rebecca e o tio Mark estão indo?

- mercado, ei... depois de me ajudar aqui que tal pegar uns peixes com teu velho aqui?

- o senhor vai falar pra eu escolher um nome em português logo.

Balu colocou as mãos na cintura semi serrando os olhos desafiando a criança na sua frente, laal fez exatamente a mesma coisa.

- mulequeca boba!

Puxou o boné da filha pra baixo ouvindo a risada do mineiro, nunca imaginou que poderia ser feliz e livre assim.

Sentados no pier segurando suas varas de pescar Balu achou que aquele momento seria o mais apropriado para a conversa.

- Filha você sabe que eu te amo não importa o que, não sabe?

- Vai finalmente me falar que está namorando o tio Mark.

- Que?

- É que tá bem óbvio sabe...

Deu um pedala bem levinho na adolescênte e olhou falsamente bravo.

- Não é isso não...

- Então...

- Não tem nada mesmo que você não queira contar pro pai?

- não nada...

- Laal...

- E sério....

Balu puxou a filha para um abraço e olhou pra ela paciente e respirou fundo um pouco ansioso, tirou o boné e viu os adoráveis cachos caindo sobre os ombros.

- já falei pra não usar o boné com o cabelo molhado!

Laal revirou os olhos não se importando muito com a bronca que estava levando, não ligava muito pra isso na realidade.

- Laal, eu sei como você se sente usando roupas femininas e maquiagem e sei que isso pode ser algo seu mas...minha filha...você não quer ser uma mulher não é?

Laal gelou dos pés a cabeça, aquilo não deveria ter escapado, devia ter usado mais maquiagem na última reunião, devia ter usado o vestido que ganhou no natal.

- D-Do que o senhor tá falando?

- Tá tudo bem... não precisa ter medo...eu não vou te julgar...

O aperto no abraço aumentou e laal olhou pra cima pensativo.

- mas eu ainda gosto de meninos.

- Eu sou homem e gosto de outros homens também, você também pode ser um homem que gosta de homens.... filho....

Algo no coração de Laal o fez perceber que não precisava ter medo, não estava mais na sua antiga família e era livre...ELE era livre.

- como o senhor sabia?

- ora, eu sou seu pai, eu sei de muita coisa...só tem uma coisa que eu preciso saber...como eu devo te chamar meu filho?

Laal olhou para os olhos laranja do seu pai adotivo e ele era cheio de amor, aquele laranja tão bonito, parecido com os seus olhos, amorosos e gentis.

- Eu gosto de Laal mesmo...

- ok, mas em português? Como devo te chamar?

Viajar pro rio de janeiro assim do nada era extremamente cansativo e frustrante, sem contar que era quente para um excelentíssimo senhor caralho dentro daquela igreja.

- Eu te batizado Samuel Hector Norte Realitas Veritatis Veríssimo.

O choro do bebê foi se ouvido em contato com a água gelada, Hector pegou o filho no colo e ele era só sorrisos.

- Thiago pelo amor de Deus desce daí!

Não sabiam como mas Thiago estava no altar tacando o terror, Cesar ria horrores com seus dentinhos recém adquiridos e batia palminhas empolgado no colo da mãe.

- Da pra ver que esses dois vão ser terríveis juntos.

Hector deixou Samuel com Anna alguns minutos (contra sua vontade) e foi falar com os outros patriarcas.

- Pessoal eu tenho alguém para apresentar a vocês.

Escondido atrás de uma cortina a curiosidade falou muito mais alto, queria saber que tanto segredo era esse que seu tio estava escondendo.

Olhou para os adultos ao redor e ficou com pena de sua tia Antônia, a gravidez dela estava sendo extremamente difícil, já sua tia Shizui parecia estar bem melhor em relação a dela.

- o que está fazendo?

Tomou um honesto susto olhando pra trás vendo uma adolescente bonitona um pouco mais velha que ele, loira, peituda e de intensos olhos azuis, ela parecia bem patricinha e mandona, ela parecia reparar bem em seus olhos.

- quem é você?

- Eu? Meu nome é...

- Letícia....venha cá e se apresente por favor.

A adolescente ficou seria e foi até a roda de adultos, o som do salto era bastante alto fazendo todos olharem para trás e então finalmente o verem também, seu pai ficou visivelmente bravo.

- Essa é a Letícia, ela será responsável pela criação dos nossos filhos.

Balu olhou pro irmão bem bravo e cruzou os braços esperando explicação, Hector revirou os olhos.

- não se preocupe Balu...eu tenho um plano.

Letícia então voltou a caminhar na direção que tinha vindo antes estendendo a mão enquanto sorria, segurou e a cumprimentou meio sem graça, porém manteve seu sorriso 

- Vai ser uma honra trabalhar com você... Rubens...



Notas Finais


O Rubens e a Rebecca trocaram tanto os nomes indianos como adicionaram nomes brasileiros a si mesmos, então tá tudo bem ficar confuse.
Tristan e Letícia começaram a trabalhar pra ordem com 17 anos, inclusive eles estão próximos de se conheceram levando em conta a linha do tempo desse capítulo
(O Rubens tem 15 nesse final)
O Hector tem muitos traumas em relação ao pai e a mãe, o problema e que ele escondeu eles muito bem.
O Abdul, o tio do Rubens que sobreviveu e atualmente é líder da ordem na Índia e o mesmo cara que puxou briga com o Arthur alguns capítulos atrás.
A demorou um pouco pro Rubens e pra Rebecca chamarem o Balu de pai, mas eles foram uma família bem feliz
Informação interessante o Pai do Rubens era um Obscurite! Ele puxou a velocidade do pai inclusive.
Gente espero que vocês tenham gostado é até o próximo capítulo 😘✌🏾


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