Miguel estava abraçado com Thiago chorando a uns bons minutos, ele era um homem enorme e musculoso então para Thiago (que tinha um belo físico diga-se de passagem) conseguir conforta-lo estava sendo um pouco complicado.
- Essa merda toda é culpa minha!
Thiago não sabia o que fazer ou dizer então simplesmente apertou ainda mais o seu abraço ao redor da pessoa que considerava como sua mãe.
- Mamãe o que aconteceu? Por que você e o Kennan brigaram?
Miguel soltou Thiago e limpou as lágrimas respirando fundo pra se acalmar um pouco e tentar colocar em palavras o que tinha acontecido.
- Não foi nada muito grande, e que sem a Mari agente fica um pouco sem rumo, ele esqueceu algo simples, colocar o lixo fora e eu explodi...
Thiago piscou várias e vezes realmente sem saber como algo tão simples podia causar uma discussão tão grande.
- Mas a briga foi tão feia assim.
- Eu fiquei sobrecarregado...o Kennan só saiu e eu fiquei em choque... desculpa aparecer assim do nada e que eu não sabia mais pra onde ir ou com quem falar.
- Não tem problema, você pode dormir aqui se quiser.
- obrigado Thiago.
- Eu vou fazer um chá de camomila pra você, enquanto isso vai tentando se acalmar um pouco.
Thiago foi até a cozinha e colocou água para ferver, olhava as bolhas se formando na água dentro da chaleira enquanto se apoiava no balcão tentando entender o que estava acontecendo.
- Aqui...
- Obrigado Thiaguinho.
Thiago sorriu e se sentou novamente de frente para seu ex segurança o olhando preocupado de verdade.
- Você quer conversar sobre o que aconteceu exatamente?
Miguel deu um gole no chá se acalmando um pouquinho mas não foi de grande ajuda, olhou pra Thiago e ele parecia bastante preocupado.
- Eu me auto sabotei outra vez.
- O que?
Colocou a xícara na mesinha de frente e instintivamente Thiago segurou a mão dele, a mão de Thiago podia ter crescido mas ainda era bem menor que a dele.
- Eu sempre tive na minha cabeça que eu estava atrapalhando o relacionamento do Kennan e da Mari, eu demorei muito para entender que eles me amavam mesmo.
Thiago ficou muito confuso ouvindo aquilo, na cabeça dele o relacionamento dos 3 era muito bom.
- Mas eles te amam de verdade...
- Eu sei...mas não muda o fato d'eu estar abaixo deles.
- Abaixo?
- Eles são herdeiros, eu fui um babá/segurança...e eu tenho um contrato de sangue...
Thiago ficou bem bravo e se aproximou mais ainda de Miguel olhando dentro dos olhos dele quase bem sério.
- Meu sequestro naquela época não tem NADA haver com você.
- Eu sou culpado em partes...
- Você enganado e usado pelo seus pais.
- e ainda sim fiz um contrato para salvar eles.
- Ninguém te julga por isso Miguel.
As lágrimas desciam grossas pelo rosto bonito e Thiago não sabia exatamente o que fazer então abraçou o antigo segurança novamente e o soltou logo em seguida vendo que ele estava com os olhos vermelhos de tanto chorar.
- Eu sempre ignorei as fofocas e comentários que rolavam...mas eu acabava em alguma discussão com os dois, eu sempre... sempre...tentava fazer com que eles terminassem comigo....acho que eu consegui....mas agora...eu só quero eles de volta.
Miguel chorou novamente e Thiago estava honestamente muito confuso no que aquilo queria dizer.
Sempre esteve ciente do que era falado sobre ele pela ordem, muitos achavam o relacionamento deles incrivelmente inapropriado, ele era um segurança! Conviveu com Kennan como cuidador então achavam que era errado ele sentir atração por uma pessoa que deveria sentir pelo menos amor fraternal, a questão era que ele era adolescente quando se tornou babá/segurança, basicamente a mesma idade que Kennan tinha na época e ele conheceu Mari quando ela tinha quase 17 anos, mas isso não tirava aquele peso de suas costas.
- Eu sei que está sendo difícil pra você mas admitir seu erro já é alg-
- Eu já trai eles Thiago....
Silêncio.
- o que?
- eu trai eles...por isso a gente tinha um mês aberto... porque eu menti quando traí eles, eu disse que estava entediado só com eles...por isso tinha traído... então pra gente não terminar a Mari concordou em abrir o relacionamento sempre que EU pedisse...eu conseguia ver o quão triste eles ficavam quando eu ia atrás de outras pessoas e isso me quebrava, mas na minha cabeça esse era o único jeito deles terminarem comigo, mas eles se acostumaram e logo isso era nossa rotina, eles também acabaram ficando com outras pessoas e eu ficava feliz porque isso abria portas para eles me substituirem no relacionamento...mas eles nunca amaram ninguém além de mim e um ao outro...mas aí...uns anos atrás a Mari começou a falar que queria uma família comigo e com o Kennan... E eu fiquei apavorado.
- Mas os trigêmeos são seus...eles são literalmente a sua cara...
Isso fez Miguel chorar ainda mais.
- Eu não mereço uma segunda chance...eu nem deveria ter entrado nesse relacionamento, eles seriam muito mais felizes sem mim.
- Mamãe não fala assim.
- Eles abriram a casa, o relacionamento e o coração deles pra mim, e tudo que eu fiz foi sabotar e destruir o coração deles de alguma forma.
- Se você realmente acredita-se que não merece ficar com eles não estaria chorando desse jeito.
- Aí Thiago...eu me sinto tão idiota...eu fugi pra não parecer com meu pai, e fiquei exatamente igual a ele...
Se abraçaram novamente e Thiago finalmente sentiu aquele perfume e cheiro que ele conhecia tão bem, soltou Miguel do abraço e olho pro corredor vendo Gonzalez com Jasper no colo, ele tinha ouvido grande parte da conversa.
Miguel olhou pra trás e Gon estava bastante sério encarando ele, talvez a parte da traição tivesse ofendido ou gatilhado o lobinho de alguma forma e agora Miguel estava se sentindo ainda pior.
- Eu vou colocar a Jasper no berço, já volto.
Não foram nem 3 minutos pra ele colocar a bebê no quarto dela e voltar vendo Miguel chorando ainda mais, o baixinho suspirou cansado e foi até os dois a passos firmes, sem perceber sentou no colo de Thiago que também automaticamente o abraçou e o aconchegou no seu colo, Miguel parou de chorar porque achou isso muito fofo.
Thiago estava feliz com Gon no seus braços e instintivamente colocou sua mão por cima da de Gon fazendo as alianças de noivado brilharem, Miguel percebeu mas preferiu não falar nada.
- Traiu mesmo eles?
Miguel abaixou a cabeça em vergonha, Gon soltou um suspiro cheio de pesar e muito tristeza, nem conseguia olhar nos olhos do baixinho.
- Olha como alguém que está do outro lado dessa equação eu posso garantir que você fez um belo estrago...você já pensou em como eles se sentiram na época.
Miguel fez não com a cabeça e brincou um pouco com os próprios dedos enquanto tentava não começar a chorar outra vez.
- Eles te perdoaram por um motivo Miguel...e você sabe que motivo é... não sabe?
Silêncio.
- Eles te amam...
Novamente silêncio.
- Eu sei....
Chorando novamente lá estava Miguel, a vida toda dele parecia estar passando em sua cabeça e ele remoia os próprios erros.
- A Mari teve filhos com você, ela ama você e o Kennan, ela é linda, gostosa e uma excelente pessoa no geral, o que de tão errado ela fez que fez você abandonar ela grávida?
Miguel não teve resposta para dar para Gon, só abaixou a cabeça e se sentiu um terrível babaca, Gon respirou fundo e olhou pra Thiago e eles compartilham um pensamento.
- Miguel você pode ficar aqui o quanto precisar, mas com uma condição.
Olhou para os tabaco e mel e se arrumou um pouco tentando parecer um pouco mais organizado em seus pensamentos.
- Você precisa falar com o Arthur.
- Com o Arthur?
- Ele é um excelente psicólogo e pode te ajudar a entender o que tá acontecendo com você.
Não tinha nada a perder, acabou concordando, afinal não custava tentar.
Cesar recebeu uma ligação muito confusa de Erin, não entendeu 60% do que ela tinha falado e estava super cansado da noite com Joui mas não deixaria ela na mão.
Chegou no apartamento da ruivinha fofa e quando entrou viu Kennan e Erin chorando o suficiente para encher o Pacaembu.
- mas o que aconteceu?
Erin estava tão nervosa que pra colocar a água pro primo e para Cesar, seu nervosismo vinha de não saber como agir naquele situação.
Cesar estava sentado na poltrona de frente para os primos, eles pareciam bastante cansados de tanto chorar.
- Deixa eu ver se eu entendi, você esqueceu de colocar o lixo pra fora e o Miguel saiu de casa?
- Não foi bem assim, não é a primeira vez que eu esqueço isso...
- Eu entendo que ele tenha ficado frustrado, mas simplesmente sair de casa não é uma coisa que ele faria.... você tá escondendo alguma coisa.
Kennan abaixou a cabeça e olhou pra Erin de rabo de olho, Cesar sacou na hora que ele não tinha falado toda a história, ficou frustrado e pegou um cigarro, olhou pra Erin pedindo permissão pra fumar, Erin não se importava com isso.
Acendeu o cigarro e tragou de forma nervosa, cruzou as pernas olhando para Kennan vem seria e Visivelmente bravo.
- o que aconteceu de verdade Kennan?
Kennan explodiu em choro e Cesar juntou as sobrancelhas bastante bravo e insatisfeito, tinha caroço naquele angu.
- Kennan...
- Eu disse que com a Mari as coisas eram mais fácies e que se ele não tivesse fugindo durante a gravidez aquilo não estaria acontecendo.
Cesar ficou chocado e então se curvou pra frente tragando o seu cigarro extremamente infeliz e bem bravo.
- My sister is not your babysitter.
- I know that
- Cesar não seja assim...
Olhou bravo pra Erin e respirou fundo tentando organizar seus pensamentos, amava muito Kennan mas aquilo era demais pra se lidar.
- Eu sei que a separação de vocês foi horrível e muito difícil, mas as coisas não vão simplesmente voltar a ser como eram só porque vocês se arrependeram.
- Eu sei disso.
- Então por que brigou com o Miguel?
Silêncio
- Kennan....
- I DON'T KNOW...
Cesar respirou fundo outra vez e Erin conseguia sentir toda a infelicidade e pensamentos nada bons emanando de César, ele estava simplesmente bravo ao extremo.
- por que vocês me chamaram aqui.
Envergonhado e bastante desanimado Kennan olhou para Cesar mais uma vez e pensou seriamente em como falar aquilo.
- Eu preciso falar com a Mari...mesmo que seja só 5 minutos.
Cesar foi ficando tão vermelho que os primos ficaram preocupados com ele, a raiva e infelicidade estava estampado no seu rosto bonito.
- Eu não vou fazer isso.
Se levantou e jogou o cabelo pra trás sentindo Kennan segurar seu pulso de maneira desesperada.
Kennan era uma das pessoas que realmente gostava em toda sua vida, um dos poucos amigos que fez sozinho quando criança.
- Me solta Kennan.
O mais velho obedeceu e Cesar se virou bem bravo, Erin correu em direção ao primo ficando na frente dele a fim de protegê-lo de alguma forma.
- Kennan eu adora você, eu fiquei muito feliz pela Mari ter começado a namorar com você no passado, mas você tem que aceitar que estar com você e com o Miguel não é algo que ela queira agora.
Kennan apenas abaixou a cabeça completamente derrotado.
- Você se lembra de quando a gente se conheceu?
- lembro.
- Você sabia que eu tinha uma namorada no Canadá? Antes dos meus pais entrarem pra ordem e o meu tio se apaixonar pela mãe da Erin?
- Sim, você comentou a alguns anos.
- Eu achava que eu nunca mais iria me apaixonar...mas aí eu conheci o Miguel...
Cesar olhou para o amigo de infância um pouco intrigado e bastante pensativo.
- o Miguel?
- É....antes de eu e a Mari nos apaixonarmos um pelo outro, nos dois éramos apaixonados por ele.
Kennan brincou com os dedos um pouco e estava com muita vergonha do que estava admitindo.
- A gente se reunia pra falar do Miguel e ria um do outro quando a gente falava que ele iria me escolher ou escolher ela, foi assim por uns bons meses, mas aí o assunto "Miguel" não era mais nossa prioridade...eu queria saber mais dela e queria contar as coisas da minha vida, eu tinha me apaixonado por ela também...eu ficava me perguntando como eu podia amar ela com toda aquela força.
- Então por que tu fugiu quando ela anunciou a gravidez.
Kennan novamente tinha olhos cheios de lágrimas e sentia vergonha de falar aquilo em voz alta.
- Eu tive medo dos bebês serem neurodiversos igual a mim e a Erin...eu tive medo de estragar a vida dela tendo um filho meu.
- E você achou que fugir era a resposta?
Humilhado e completamente derrotado tudo que Kennan faz por cinco minutos foi chorar e dizer "i'm Sorry" várias vezes em loop sem ter coragem para olhar nos olhos do amigo.
- Qualquer criança que nasce na nossa família é neurodiversa.
- Tá, é você acredita mesmo que ela não amaria essa criança se ela fosse neurodiversa?
Kennan não tinha resposta para aquela pergunta, na verdade tinha plena noção da resposta só não queria dizer em voz alta.
- Kennan a sua lógica de raciocínio e totalmente errada, então se a Erin um dia tiver um filho onde ela carregue a criança você acredita que o parceire dela deva fugir também?
- não... é claro que não!
- então porque acha que a minha irmã fugiria? Ela amava você e o Miguel! Ela era completamente leal a vocês...mas as paranóias de vocês destruíram um relacionamento longo e duradouro.
- As coisas não são fáceis assim Cesar...
Estava perdendo a paciência então começou a mexer no cabelo de maneira descontrolada tentando se acalmar.
- Ela sofreu horrores durante a gestação, você tem noção de como foi difícil pra ela ir nas consultas sozinha? ou com o meu pai ou com os pais dela, de como ela só queria que alguém que ela amasse estivesse na sala de parto com ela? Você tem noção de como ela estava nos primeiros dias olhando pro berço com 3 bebês ao invés de 4... dentro de tudo isso tudo que ela queria eram vocês do lado dela... só isso...
Kennan começou a chorar novamente e Cesar estava honestamente muito cansado e irritado pra lidar com isso agora, em meio a muitos pensamentos teve uma luz.
- Você deveria falar com meu cunhado.
- Que? Com o Arthur?
- Sim com o Arthur....
- pra que?
- Acredite em mim, ele pode te ajudar a lidar com tudo isso que você tá passando muito melhor do que você imagina.
Kennan olhou para Erin que já tinha assegurado que ele poderia ficar com ela por um tempo, não queria trazer drama para a prima então acabou concordando.
Mari estava bem feliz e tranquila fazendo uma panqueca protéica quando ouviu o interfone, atendeu e mandou subir sem pensar duas vezes.
As visitas de Liz e Laura sempre eram uma brisa de ar fresco no meio ao caos, mas por algum motivo Laura estava estranha aquela dia.
Se sentou na frente das teia de ferro e serviu o chá que tinha feito pra elas percebendo uma tensão forte no ar.
- o que aconteceu? Vocês estão estranhas.
Liz segurou a mão de Laura e a loira puxou o ar fazendo uma cara muito óbvia de desespero e muita tristeza.
- Mari, você é um amor e também uma herdeira...está na ordem a muito mais tempo que eu e você também convive com o alto concelho da ordem...eu preciso....ou melhor...nos precisamos saber...o que acontece quando um luzidio deixa de ser luzidio.
Mari juntou as sobrancelhas e por um minuto Liz podia jurar que ela e Cesar eram realmente irmãos de sangue, a expressão era basicamente a mesma, também já tinha visto Alex com aquela expressão e seu Christopher também, realmente a convivência é algo assustador.
- depende muito da situação...por que a pergunta?
Laura começou a chorar copiosamente sem conseguir colocar em palavras seu desespero, não queria deixar de ser um luzidio, DR Diogo e Otto a ajudaram tanto durante sua gravidez, e também todo o clã a acolheu como uma família, sem contar que era eternamente grata a ordem por ter pego seu estuprador, queria trabalhar pra ordem pra sempre! (detalhe: o homem que estuprou a Laura ainda está vivo e é torturado pela ordem a 5 anos, ele não tem chances de liberdade e a esse ponto a morte seria um ato de piedade para com ele, mas a única que pode acabar com o sofrimento dele é a Laura, e ela não tem intenção nenhum de dar a ele misericórdia)
- Eu não vou ser mais um luzidio...
Laura era uma bagunça de choro e soluços sem um pingo de paz em seu coração, se sentia como uma criança que seria arrancada de sua família.
- Calma Laura, você subiu de status, agora você e a Liz são os amores do Alex, você não deve mais servir a ordem.
- Eu não sou qualquer luzidio Mari, eu era a líder dos luzidios...por anos eu cuidei do meu povo e das pessoas que tanto me ajudaram durante a pior época da minha vida.
Mari se arrumou na cadeira e tomou uma postura muito mais séria e até de liderança, Liz notou novamente que aquele olhar lembrava muito os Cohen.
- as coisas não são fáceis assim minha amiga, um luzidio é alguém que precisa da ordem...mas agora você é um amor...e eu não duvido que breve o Alex suba o status de vocês para Veríssimos.
Liz e Laura se olharam e tiveram um pensamento de forma simultânea: "e o que isso faz o Pedro ser então?"
- Laura eu compreendo que esteja assustada e que deixar tudo que conhece pra trás é assustador, mas depois que você deixa algo você tem um único caminho, ir pra frente.
- Não sei se eu consigo.
Mari mexeu no cabelo e teve uma ideia.
- E se você tiver uma conversa com o meu Dad?
Christopher era um dos patriarca e pilares da ordem, com certeza falar com ele iria ajudar de alguma forma.
- tá...claro....eu adoraria ter uma conversa com ele.
Letícia estava trabalhando feito uma louca toda fudida da cabeça ao lado de Tristan, os amigos estavam bem putos e estressados com os acontecimentos recentes.
Estavam tão concentrados que até esqueciam da presença um do outro.
Tristan se levantou para pegar água e viu a bolsa da amiga aberta, foi ser um cavalheiro e fechar quando uma coisa lhe chamou atenção.
- Você ainda tem essa foto?
Letícia olhou pra trás e arrumou o óculos vendo a foto na mão de Tristan, ele olhava a imagem com muita carinho e amor.
Na foto: Letícia com 17 anos segurando o Samuel com algumas semanas de vida.
- É lógico que tenho, eu sou a babá dele lembra, ele foi o primeiro herdeiro que eu cuidei na minha vida.
Tristan soltou uma risadinha e olhou para a foto com apreço, afinal tinha sido ele que tinha tirado.
- Você foi uma babá incrível.
- Você também meu amigo.
- mas ainda acho que a sua lealdade é exagerada.
Letícia olhou feio para o melhor amigo e Tristan parecia realmente preocupado com sua vida por causa da raiva daquele olhar.
- Eu cumpro minhas promessas meu amigo.
- Você enfiou uma espada no seu útero.... literalmente...uma espada medieval de mais de 300 anos, você se esfaqueou com ela.
- Era o único jeito de provar meu ponto, foi o único jeito de fazer minha posição como babá não ser questionada.
Tristan respirou fundo e olhou pra foto novamente bastante pensativo, amava muito os herdeiros e realmente se via (de uma forma bem estranha) como pai ou mãe deles, mas ainda queria ter um filho.
A ideia de ter um filho era interessante e embora tivesse plena noção e capacidade de fazer aquilo sozinho queria muito ter alguém para dividir aquela experiência, infelizmente quem ele queria que fosse o pai de seus filhos estava literalmente sem se importar com ele realmente.
"Me apaixonei pelo pior cara possível"
Daniel não era o pior, mas com toda certeza ele não seria o pai mais qualificado entre os membros da ordem, porém duvidava que ele fosse ser um pai de todo ruim...quer dizer...esperava que ele não fosse.
Letícia nunca quis ter filhos então não se arrependia nem um pouco da sua atitude impulsiva da época, ela ganhou o respeito de todos e a ordem toda tinha medo de chegar perto dela, nem os anciãos tinham coragem de chegar perto dos herdeiros quando ela estava por perto.
A melhor parte com toda certeza era que ela podia ser o mais mal educada e cruel possível, isso até ajudava a manter os herdeiros seguros, ninguém tinha coragem de desafiar.
Tristan pegou sua água e se sentou novamente de frete a amiga e respirou fundo se sentindo um pouco sem graça.
- Letícia...
- hummmm?
- Você acha que eu seria um bom pai?
Letícia ajeitou os óculos e olhou no fundo dos olhos castanhos de Tristan, achava eles muito fofos e expressivos.
- Você seria um pai incrível Tristan.
Isso o animou um pouquinho.
Jhonny e Luciano estavam tendo uma conversa séria enquanto Fernando e Rubens pareciam um pouco mais relaxados.
- Drogas na ordem...como isso aconteceu?
- Eu não faço ideia Lu, mas a questão é....a gente já te chamou pra voltar a ativa, fazer essa dedetização concretizaria isso.
Luciano respirou fundo e olhou pra trás vendo Rubens e Fernando conversando um pouquinho mais descontraídos que ele e Jhonny.
- Eu não quero envolver o Fernando em mais problemas do que a gente já tem...
- Você sabe que a ordem manteria ele seguro.
Luciano olhou feio para o amigo e Jhonny só colocou as mãos na cintura encarando ele como se dissesse "vai encarar?" Luciano apenas bufou.
- Ele é meu marido, eu deveria cuidar dele.
Jhonny revirou os olhos honestamente bem cansado e insatisfeito com aquela resposta bem genérica.
- Você é um membro da ordem querendo sim ou não Lu, não tem como fugir disso.
Luciano olhou pro amigo mais uma vez e suspirou cansado, detestava quando ele estava certo.
- Eu entrar pra ordem?
- O Alex nunca te ofereceu algo assim?
Fernando olhou pro chão em vergonha, óbvio que Alex não ofereceria isso pra ele, afinal ele não era um o exemplo de confiança, não podia culpar Alex por isso.
- Acho que não faço o perfil da ordem.
Rubens abriu a boca completamente desacreditado do que tinha acabado de ouvir.
- Você é com toda certeza um dos homens mais lindos que já andou sobre a terra, você com toda certeza faz o tipo da ordem.
Fernando ficou vermelhinho e Rubens achou bastante graça desse fato, se fosse solteiro com toda certeza tentaria alguma coisa, gostava de homens bem altos, isso foi uma das coisas que fez ele se atrair por Jhonny quando se conheceram.
Olhou pra seu marido falando com o bonitão sem dedos e sempre quis ver o mundo atravéz dos olhos dele, talvez essa fosse sua oportunidade.
- Vou pensar no assunto.
Mia estava honestamente um pouco perturbada com a informação de que Olivia queria engravidar e ter um filho, então fez uma coisa que nunca imaginou que iria precisar.
- Mia por que a gente tá aqui mesmo?
- Não é comum você convocar a gente.
Dominic e Carina olhavam a ruiva sentada na frente deles e parecia que ela não tinha dormido muito bem aquela noite.
- Eu vou falar algo absurdo pra vocês agora.
Os dois herdeiros europeus se olharam um pouco perdidos mas pareciam bastante atentos a Veríssimo.
- Preciso que façam um plano para quando planejam ter filhos.
- Que?
- Como assim cara?
Carina olhava a mais nova completamente perdida e sem rumo, Dominic estava completamente apavorado.
- Isso é pro bem de vocês!
- nosso bem?
Carina se aproximou da mesa realmente preocupada com a ruivinha dona de uma força colossal.
- É provável que ano que vem o primeiro veríssimo da próxima geração nasça... isso traria desvantagem para vocês então um plano mesmo que falso pode vir a ser muito útil.
Dominic ficou sério do nada e se aproximou bem de mia se curvando na frente dela com uma expressão realmente preocupada.
- Você tá grávida?
Mia ficou um pouco triste com aquela pergunta.
- quem me dera... não Dom... não estou....
- Então porque esse assunto?
- quero ter certeza que vocês estarão seguros caso algo aconteça dentro da ordem, nossas relações diplomáticas são muito importantes.
Novamente os herdeiros europeus se olharam e ficaram em silêncio, olharam novamente para Mia e ela parecia muito séria.
- ok Mia, eu vejo que posso fazer.
- pode contar comigo também.
Mia respirou aliviada, tinha que garantir as relações diplomáticas e com as outras famílias vassala, afinal ela era uma líder também.
Yuki estava fazendo carinho no cabelo de Max enquanto ele dormia em seu colo, Mark fazia comida e observava os dois no sofá orgulho do trabalho que fez criando não só eles como os outros obscurite também.
- Yuki o que você quer de sobremesa?
- Musse de chocolate!
Disse sem nem respirar e Mark deu risada, se aproximou da moça bonita e deu um beijinho na bochecha dela e fez um carinho em Max também, ele se remexeu um pouquinho mas não acordou.
Dom chegou em casa e viu Max nas cochas lindas e confortáveis de Yuki e sentiu algo muito ruim, sentia um aperto no peito e uma vontade louca de destruir alguma coisa, e ele não era do tipo violento.
"Então isso é ciúmes.... não gostei...."
- oi Dom! Como foi a reunião com a Mia?
-.... interessante no mínimo...
Se aproximou de Max e balançou ele um pouquinho o fazendo acordar meio confuso e bastante mal humorado.
- Dom? Que porra?
- Eu preciso que você tenha um filho comigo.
Carina chegou em casa vendo a irmã e a namorada se pegando hard no sofá, automaticamente seu rosto ficou vermelho e o grito dela com toda certeza pode ser ouvido pelo prédio todo
- Aaaaaaaaaaaaaaaaa
- mio Dio!!!
- Aí caralho!!!
Artemis se cobriu com uma almofada e Carla estava muito vermelha, elas não conseguiam olhar nos olhos uma da outra, mas essa situação deu uma ideia para Carina.
- Vocês não tem quarto não?
- o Gambá tá dormindo na cama.
- E vocês vem transar no sofá?
- Desculpa irmãzinha a gente achou que você fosse demorar mais.
Carina preferiu não pensar no que elas faziam no apartamento quando ele não estava e também limitou sua imaginação no aonde elas faziam, pelo menos conseguiria puxar o assunto com facilidade.
- Eu preciso pedir uma coisa pra vocês...
- posso colocar minha blusa primeiro?
Carina ignorou a cunhada e falou de uma vez.
- Eu preciso que vocês tenham um filho.
Hector lia o relatório do filho no Excel e olhava para ele bem desconfiado, Samuel tinha um lindo sorriso no rosto e parecia empolgado.
- É um bom relatório...você se saiu bem meu filho.
O sorriso de Samuel aumentou ainda mais e ele veio saltitante pra perto do pai, dizer que Hector estava desconfiado com aquela atitude seria pouco.
- na verdade não fui eu quem fez esse relatório.
Hector olhou para a tela do computador e depois para o filho várias vezes tentando entender o que seu primogênito estava aprontando ou querendo com aquilo, seja lá o que fosse parecia algo importante para Samuel, então decidiu ver até onde aquilo iria.
- Então quem fez?
- O Marcelo!
A boca de Hector abriu em um perfeito "O" e voltou a ler o relatório, era um trabalho muito bom, não imaginou que o gaúcho fosse eficiente daquele jeito.
- o seu amor fez isso?
- Sim!
- é impressionante de fato...
Samuel sorriu mais e abraçou o pai e Hector sentiu que ele iria pedir algum coisa muito difícil de dizer não.
- Papai o que o senhor acharia se eu desse um cargo de secretaria para o Marcelo?
- Samantha não é satisfatória para você?
- não, não é isso, eu adoro a Samantha e sei que a Mia também, ela é uma excelente secretária, e eu não quero substituí-la...eu só quero o Marcelo trabalhando pra mim, bem pertinho.
Hector colocou a caneta no lábio e olhou para o filho fazendo aquela carinha fofa e simplesmente derreteu, não conseguia dizer não para o seu filho.
- ok...mas confirme com ele primeiro.
- pode deixar papai!
Na parte de trás do restaurante Shizui via suas sobrinhas e irmã mais nova entrando sem problemas, não sabia o que Olivia queria mas parecia sério.
Jiro viu a namorada entrando e deu um tapinha na irmã mais nova para chamar sua atenção, Naomi não ficou muito feliz com isso mas seguiu o irmão sem se importar muito.
Quando ele e Naomi entraram na sala sentiu um frio na espinha e então Laila olhando pra ele muito brava.
- É verdade isso Jiro?
- o que é verdade?
- Que você e a Olívia querem ter um filho?
Bruno estava sozinho em casa quando ouviu batidas na porta, não entendeu muito bem e só foi até a direção olhando pelo olho mágico e abrindo um lindo sorriso.
- Vic! Porque não usou a chave que eu te dei?
- ainda me sinto um pouco desconfortável com isso.
Entrou e Hera veio correndo se esfregando em suas pernas e fazendo pãozinho no chão, como resistir aquela fofura toda? Pegou a gata no colo e recebeu uma cabeçadinha de amor na cara.
- Tu é muito fofa sabia?
Outra cabeçadinha de amor e agora estava sentado no sofá fazendo carinho na gata de forma paciente.
Bruno queria fazer uma surpresa para o amor de sua vida, se esforçou muito para aprender e agora tinha um chimarrão bem bonitinho e bem feito na mão.
- Aqui meu amor...
Vic se virou e viu o chimarrão, mesmo tomando aquilo desde que se lembrava por gente algo no fato de Bruno ter feito aquele o fazia se sentir levemente especial.
- obrigado Vida.
Deu um gole e estava um pouco fraco mas era uma boa tentativa, olhou novamente para Bruno que o olhava com bastante espectativa, o coração de Vic batia ainda mais forte agora.
- Eu acertei?
- Tá um pouco fraco pro meu gosto mas está bom.
- prometo que vou melhorar.
- Tu já é perfeitinho assim.
Bruno ficou tímido e vermelho, isso fez Vic se apaixonar ainda mais, porém não era hora de ficar babando no namorado.
- Bruno a gente precisa conversar.
O australiano postiço sentiu o corpo gelar horrores, Vic estava sério e olhava pra ele de forma determinada, já pensou que iria acontecer o pior, se sentou do lado do namoro e já começou a ensaiar seus pedidos para Vic continuar com ele.
- Eu falei com o Gonzalez.
- quê?
Bruno ficou com cara de pastel olhando o seu gaúcho fofo.
- A gente foi tomar um chá e depois deixei ele e a Jasper em casa, o Arthur tava também.
Bruno estava levemente enciumado, o que ele podia conversar com esses dois que não podia conversar com ele afinal?
- Hummmmm....
- Ele me disse pra estabelecer o ritmo do nosso relacionamento.
Bruno estava tão confuso e perdido com aquilo, ele não era muito inteligente mas com toda certeza aquilo era importante para Vic.
- OK, eu sou todo seu de corpo e alma Vic, eu te amo e quero estar com você pra sempre então, a sua decisão é importante pra mim.
- Mas a sua opinião também é importante pra mim Vida.
- Você tem na Palma da mão Vic, sou completamente seu.
Aquilo deixou Vic muito tímido, depois de muito pensar ele tinha tomado uma decisão um pouco inusitada.
- Então Bruno...tu quer conhecer meus irmãos?
Gregório estava infeliz ao extremo, já Ivete parecia estar se divertindo muito mesmo...bem...tinha 3 homens muito bonitos bem na frente deles afinal.
- que cara é essa coisa fofa?
Gregório olhou para Balu e deu um gole na pinga pra logo depois fazer sinal pro mineiro olha pro lado onde ivete, Aron e Walter pareciam estar se divertindo muito falando besteira, era uma amizade fofinha no mínimo.
- Eles tão se divertindo uai...
Virou o resto da cachaça e olhou para Balu outra vez fazendo um biquinho realmente adorável, o gaúcho mal humorado podia ser realmente uma "coisa fofa".
- Eu queria que o Mark tivesse aqui....
Aquilo pegou Balu de surpresa.
- você gosta mesmo do Mark não é?
- como eu poderia não gostar....ele é divertido, charmoso e inteligente....
- Sim ele é...
- Você é um idiota por ter terminado com ele.
Novamente Balu pareceu bastante surpreso com a atitude de Gregório.
- como sabe disso?
- Mark me contou, somos amigos afinal.
Balu abaixou a cabeça evitando contato visual com o baixinho, estava bastante envergonhado em relação ao seu passado.
- as coisas são complicadas coisa fofa.
Gregório deu um risinho e olhou para Balu com bastante compreensão.
- Vida e complicada Antônio... Nossas decisões podem deixar ela mas complicada ou mais fácil, depende de como vamos lidar com elas depois.
Isso deixou Balu pensativo.
- chamo ele pra sair, não chamo ele pra sair, chamo ele pra sair...
Leo fez isso com uma folha de papéis não imaginava que estaria sendo observado por 3 pares de olhos.
- Vai chamar quem pra sair?
- Aaaaaaaaaaa!
Olhou pra porta e lá estavam, Dante e Bea com o Orpheu ao lado um Gal visivelmente cansado e sem entender o que os três estavam fazendo no seu quarto.
- Oi Léo!
- Oi Leonardo!
- Leo o que cê tá fazendo?
- o que eu tô fazendo? O que vocês tão fazendo assim invadindo meu quarto???
Os três portinaris na porta se olharam e depois olharam pro irmão muito confusos com aquela atitude.
Dante apertou os dedos e virou a cabeça pro lado fazendo seu cabelo vir um pouquinho pra frente, o rostinho bonito naquele ângulo deixava ele ainda mais bonito.
- A gente veio ver se vocês precisavam de alguma coisa.
Olhou pra cima e o coração de Gal e Leo entrou em combustão, ele era simplesmente adorável, nada nem ninguém resistiria aquele loirinho tão lindo, ele era a descrição perfeita de um anjo da época de arte renascentista, não era atoa que Giovanni era obcecado por Dante quando ele era criança, nem seus outros irmãos que eram loiros e de olhos claros chegavam aos pés da perfeita figura e rosto de Dante, tudo nele parecia invocar uma imagem sacra, da pele extremamente branca e bochechas rosadas, prós gentis olhos Azuis esverdeados, o nariz pontudinho, cabelo tão loiro palha tão claro que chegava a parecer branco e cílios e sobrancelhas também loiras, ele era bonito demais.
Leo derreteu! Amoleceu por completo e veio correndo para perto dos irmãos, Beatrice e Dante se encolheram automáticamente como resposta, a ideia de um dos irmãos mais velhos correndo na direção deles ainda era muito assustadora.
Assim que percebeu seu erro Leo parou e os dois mais novos pareceram relaxar um pouco, Gal que estava do lado se sentiu bastante abalado com o fato deles ainda terem tanto medo deles assim.
Não era bem medo que Bea e Dante sentiam, era uma resposta automática, como fechar os olhos ou gritar quando se toma um susto, eles não faziam com intenção de magoar os irmãos mais velhos.
- Desculpa, eu não devia ter gritado com vocês.
- Tá tudo bem.
Gal aproveitou e foi rapidamente até a escrivaninha de Leo onde viu vários papéis picados escrito "chamo ele pra sair" "não chamo ele pra sair" ficou incucado, e como um bom irmão mais velho decidiu tirar uma com a cara do irmão.
- Então você tem mesmo um Cruch?
Dante e Bea ficaram de orelhinhas bem abertas pra saber quem era, mas então a postura de Dante mudou completamente.
- Eu espero que não seja o Murilo...
O ambiente mudou completamente, os mais velhos olharam para trás e era possível sentir a ameaça no ar e na voz de Dante, não iam mentir, sentiam um pouco de inveja do gaúcho.
- Bom mesmo!
Os ânimos se acalmaram e Bea estava muito curiosa pra se manter quietinha, queria saber de tudo e Dante amava uma fofoca.
- se não é o Murilo.... é o Marcelo?
- Não! Parem com isso!
- Talvez seja o seu Brulio...
- Eu tenho amor a minha vida! Ele namora o Seu Chris!!
- pode ser o Joui ou o Daniel também.
Bea fechou o cara com essa possibilidade.
- Vocês podem parar por favor!
Gal estava se divertindo com aquela situação, honestamente falar sobre aquilo com os irmãos estava sendo mais divertido do que imaginou, se mesmo distantes eles já eram assim ficava se perguntando como teria sido caso tivessem crescido juntos de maneira normal e saudável.
Os irmãos ficaram discutindo um pouco mais sobre o Cruch de Leo mas ele se recusou a dar mais informações, pra infelicidade dele os seus irmãos eram muito persistentes e não iriam desistir até descobrir quem era o dono do afeto (vontade de dá/fogo no rabo) de Leo.
Fazendo carinho no cabelo do primo enquanto conversa com Ivan estava fazendo sua tarde ser bem agradável.
- aaaaaaaaa eu quero transar!!!
Falou/pensou cedo de mais.
Ivan andava de um lado pro outro completamente perdido e puxando os cabelos de forma dramática mas não realmente eficiente.
- Tu é bonito qualquer um gostaria de dormir contigo.
Ivan não pareceu convencido e foi se aproximando de Marcelo de forma sorrateira ficando cara a cara com ele.
- Somos melhores amigos não somos?
- Sim...a quase 8 anos.
- Então posso te pedir algo?
- tá claro...
- Deixa eu te comer.
Marcelo arregalou os olhos e foi ficando super vermelho e tímido, ele não tinha muita jeito com essas coisas.
- pervertido, sem vergonha, tarado!!!
Ivan caiu na risada e se sentou do lado do melhor amigo encostando a cabeça no ombro de Marcelo que ainda estava bravo.
- *risada escandalosa* tu é muito bobo Marcelo! Não mudou nadinha.
Marcelo ignorou o comentário do loiro bonitão e fez mais um carinho na bochecha do primo que estava realmente exausto.
- tu tens mais chances com o Murilo do que comigo.
- Verdade o Murilo gosta de Loiras, não é atoa que ele tá caidinho pelo Dante.
- Ele tem um tipo bem específico.
- tu também! Ou tu acha que eu não sei? Tu adora um bad boy no estilo hip Hop, por isso tu ficou todo bobo quando foi dançar com o Alex e agora tá gamadinho no Samuel.
Marcelo riu e continuou a fazer carinho no primo sentindo a respiração de Ivan no seu pescoço, não era uma situação desagradável.
- Não fala isso perto do Arthur pelo amor de Deus! É capaz dele me capar....e tu também tem um gosto, vem com essa não!
- meu gosto e se quiser ficar comigo! Se me quiser já faz meu tipo!
Sentiu o peso de Ivan aumentar e olhou pro lado vendo ele bem sério e pensativo.
- o que foi?
- Eu tô feliz em estar do lado do Arthur nesses momentos tão importantes da vida dele.
Ivan começou a brincar com uma mecha de seu cabelo e se sentiu um pouco culpado por coisa fora do seu controle.
- eu sou muito feliz sendo um gaudério abutre.
- Eu também! E a gente deve isso ao Vic, afinal foi ele que recrutou a gente.
Marcelo riu só de lembrar daquele muleque magrinho e inocente querendo chamar justo ele e Murilo pra fazer parte de uma guangue de motoqueiro, no início eles achavam que talvez fosse uma piada, mas com o passar do tempo eles começaram a se dar muito bem com a guangue no geral, e quando viram estavam literalmente trabalhando pra Brulio na oficina e ele era um excelente patrão.
Ivan suspirou e pareceu ficar triste por algum motivo que Marcelo não conseguia descobrir.
- Tu se arrepende?
- oi? De que?
- De não ter feito amizade com o Arthur antes dele ser enganado pelo Lúcio.
Marcelo ficou um pouquinho em silêncio e agora também tinha uma expressão triste.
- Sim....eu queria ter sido o conforto que ele precisava quando perdeu a mãe...a vida dele poderia ter sido diferente
- mas a gente não entendia o que aquilo queria dizer na época, então a gente tem que ser os melhores amigos que ele já sonhou.
Marcelo concordou e sorriu pra Ivan de forma bem simpática e doce, Ivan olhou dentro dos olhos avelã de Marcelo e depois pra boca dele se inclinando pra dar um beijo de língua no melhor amigo, mas recebeu um soco na cara.
- Fica longe do meu primo.
Murilo tinha acabado de acordar.
Brulio assistiu seu namorado desligar o celular com uma honesta cara de poucos amigos e ergue uma sobrancelha perguntando em silêncio pro namorado o que estava acontecendo.
- minha família nos EUA está "brava" porque eu não fui visitar eles esse ano.
- e por que tu não foi?
- Muito coisa acontecendo Sweetheart, sem contar que eu prefiro mil vezes ficar com você.
Brulio ficou muito vermelho e Chris riu se aproximando dele e o abraçando, foi envolto pelos braços musculosos do namorado instantâneamente.
- Tu é muito bobo sabia?
- gosto de te ver tímido e vermelho.
Os cabelos de Brulio escorreram pra frente e Chris sorriu meio idiota, era muito bom descansar naquele peitoral firme e grande, queria saber como Brulio se sentia quando eles se abraçavam assim, mas tinha vergonha de perguntar.
Segurar ele entre os seus braços lhe trazia uma paz que a tempo não sentia, estava terrivelmente apaixonado por Chris, queria muito que ele entendesse seus sentimentos de alguma forma, não tinha coragem de falar.
Eles eram só dois idosos apaixonados.
Joui estava no seu quarto com um caderno aberto em uma pág com vários "Cesar" escrito em japonês, ele estava ficando obcecado pelo mais velho mas não queria que aquilo acontecesse com ele outra vez, já tinha partido o coração vezes demais, estava na hora de assumir uma postura mais seria e não se apaixonar por qualquer um que lhe desse atenção, faria o melhor para se controlar sempre que visse Cesar.
- Joui, meu mochii vem aqui me ajudar por favor...
- Tô Indo nii-San....
Daniel estava feliz embrulhando as lembrancinhas pra festinha de aniversário de Ezequiel que era literalmente aquele fim de semana, precisava terminar algumas coisas ainda.
Sentadinhos colocando os chaveiros dentro dos saquinhos os irmãos Hartmann estavam completamente entretidos um com o outro.
- É muito diferente ter um amigo igual ao A-Chan...eu nunca imaginei que fosse experimentar algo como o amor dele.
Daniel suspirou e ficou cabisbaixo, ele ainda se sentia muito idiota por ter deixado o mais novo escorrer entre seus dedos, mas estava feliz em ver ele feliz e em continuarem uma amizade.
- O Alex é uma boa pessoa, eu também fico feliz que vocês sejam amigos.
Joui parou de embalar as lembrancinhas e se aproximou de Daniel o encarando por alguns segundos sem dizer nada.
- o que foi Joui?
Sentiu os braços do irmão ao redor do seu pescoço e um abraço gostoso e apertado, correspondeu de imediato.
- o que foi meu mochii?
- Nii-San...eu quero que você seja feliz também.
- Você é a minha felicidade Joui.
Sentiu o abraço apertar um pouco e correspondeu ao afeto com a mesma intensidade, se separou do irmão e olhou dentro dos olhinhos Amendoados.
- Você cresceu tanto...me enche de orgulho...meu mochii...
Joui que foi abraçado dessa vez, a única obsessão que se permitiria ter agora seria fazer seu irmão ter orgulho dele.
Alex e Gonzalez ficaram conversando por uns bons minutos e era possível ver os olhos do mais novo brilhando, Arthur não conseguia segurar seus suspiros e Vic até tirou uma com a cara dele por causa disso, não se importava valeu bastante a pena.
- Meu rei, o que acho de fazermos uma pequena caminhada?
Não discutiu muito sobre isso, deixou a princesa em um estacionamento e quando saiu do local lá estava Alex segurando dois sorvetes de casquinha.
Que Arthur era ciumento tudo e todos sabiam, mas ele tentava muito mesmo se controlar em relação a isso, porém se aquela piranha, vagabunda, desgraçada não parasse de olhar para Alex ele iria ter um troço a qualquer instante!
Que seu marido era uma delícia simplesmente o homem mais gostoso que muita gente já conheceu na vida era óbvio, conseguia ver as pessoas quebrando o pescoço só pra olhar pra ele e aquela moça fumando na frente do mercadinho não estava conseguindo desviar o olhar do seu marido, aquilo estava fazendo seu sangue ferver horrores.
Alex comeu sua casquinha e percebeu Arthur um pouco estranho, o sorvete dele estava até derretendo.
- Meu rei posso tomar um pouco do seu sorvete o meu acabou.
Sem exitar Arthur ofereceu seu sorvete para seu marido mas foi surpreendido com um beijo bem gostoso.
O calor dos lábios dele fazia sua pele arrepiar, o gosto do sorvete se espalhando pelo seu paladar enquanto a língua dançava dentro de sua boca, minha nossa como era completamente apaixonado por ele.
Se separaram e Arthur ficou encarando o marido com uma carinha de apaixonado óbvia até demais.
- Você é bem mais doce que o meu sorvete.
Arthur ficou muito vermelho.
- Deixa de ser bobo Alexander!
Mas Alex ainda não tinha acabado.
Tirou o sorvete da mão de Arthur e lambeu o sorvete derretido, quase que o gaúcho infarta, olhar para aqueles olhos vermelhos o encarando intensamente enquanto a língua quente passeava entre seus dedos fazia ele ter os pensamentos mais sujos já registrados pela humanidade.
Com essa demostração óbvia de afeto a mulher ficou sem graça e para felicidade de Arthur parou de encarar tanto Alex.
As paranóias do motoqueiro podiam ser muito fortes mas com toda certeza Alex estava escondendo alguma coisa, eles tinham parado um pouco e se sentado no ponto de ônibus e a quase 5 minutos Alex só encarava Arthur sem dizer nada.
- o que tu tá aprontando Alexander?
Alex piscou lentamente e sorriu colocando uma das mãos no queixo enquanto sorria, as pessoas ao redor até pararam para ver aquele sorriso lindo.
- Meu marido é tão lindo! Não consigo parar de olhar pra ele.
Novamente Arthur ficou muito vermelho e desviou o olhar por causa da vergonha e timidez, Alex sorriu e se levantou mexendo no celular.
- acho melhor a gente ir de Uber.
Aquilo deixou Arthur muito intrigado.
- Sério grandão, o que tu tá aprontando.
A resposta do mais novo foi só uma risadinha e uma piscadela.
No Uber Alex se recusou a falar pra onde estavam indo deixando Arthur frustrado, pelo menos o motorista era basicamente simpático e puxou assunto com Arthur.
Chegaram ao destino misterioso e era um prédio novinho, parecia que não tinha ninguém morando ainda embora já tivesse porteiro.
- Alex? O que a gente veio fazer aqui?
Alex sorriu e estendeu a mão, Arthur segurou a mão e entrelaçou os dedos de forma confortável e quase que imediatamente foi puxado para dentro do prédio.
O porteiro parecia conhecer Alex e isso só deixou Arthur mais confuso, o elevador era bonito e seguro, durante todo o tempo dentro da caixa de metal Alex ficou em silêncio.
Chegaram na cobertura, assim como no prédio de seu sogro esse era um apartamento por anda e era simplesmente gigantesco, então quão grande foi sua surpresa quando Alex pegou algo no bolso e abriu a porta, porque ele tinha a chave daquele apartamento?
Entrou com cautela e olhou ao redor impressionado, era muito lindo, ainda faltavam os móveis mas continuava sendo muito bonito.
- hoje falando com o Gonzalez eu percebi muitas coisas.
Arthur olhou pra trás e engoliu a saliva muito ansioso e honestamente confuso.
- O que?
- Que eu te amo muito muito muito mais do que eu consigo imaginar, enquanto eu falava do casamento de uma das pessoas que eu mais amo na minha vida, eu só conseguia pensar no nosso casamento, em como você estava lindo naquele terno, em como ver seu nome com o meu sobrenome me faz feliz, de como você me pede ajuda sempre que precisa arrumar o cabelo da Agatha, de como você fica lindo usando óculos, de como sua voz e a coisa mais linda que eu já ouvi, de como você me trás paz quando toca seu violão na sacada do meu apartamento...eu amo tanto você Arthur...eu quero passar o resto da minha vida com você, quero dividir o meu dormir e despertar com você, por isso eu comprei esse apartamento.
Alex se aproximou e segurou a mão de Arthur e colocou uma chave no meio da palma e fechou com cuidado enquanto olhava no fundo dos olhos de seu marido, Arthur reparou que ele também estava um pouco ansioso.
- Alexander...
- Y-Yes?
- Eu te amo tanto...
Pulou no pescoço do mais novo e se sentiu ser rodado no ar e ambos compartilharam uma risada gostosa.
- Eu vou mostrar a nossa casa pra você.
Aquele apartamento era gigantesco, tinha academia, biblioteca, adega 2 salas, uma cozinha gigantesca, mini cinema, brinquedoteca, uma picina, jardim e vários banheiros, uma hidromassagem, um mini ateliê e algo inesperado.
- e aqui....meu presente pra você, meu rei...
Alex abriu a porta e....aquilo era um fudendo estúdio de gravação?
- Alexander???
Alex só sorriu enquanto Arthur olhava para todos os lados simplesmente fascinado, as lágrimas desciam sozinhas, nunca em toda sua vida imaginou que Ganharia algo assim, veio para SP com o sonho de gravar em um estúdio profissional e agora tinha um só pra ele, não sabia nem como agradecer seu marido.
- Obrigado Grandão... obrigado...eu não sei nem o que dizer...
Alex se aproximou e deu um beijinho na testa de seu homem o trazendo novamente para um abraço aconchegante logo em seguida.
Arthur se acalmou um pouco e então parou para analisar sua vida rapidamente, nunca imaginou que estaria em um abraço tão reconfortante e cheio de amor.
- Eu não ti mereço.
Alex ficou um pouquinho bravo com isso.
- Arthur, você merece todo o amor do mundo, eu que sou sortudo de ser a pessoa que pode realizar isso.
- Aí Alex!
- Aceite que você está preso ao meu amor pra sempre.
Isso fez o gaúcho soltar uma risadinha e Alex sentiu o coração tão acelerado que sentia os dedos coçando, queria abraçar Arthur e encher um ele de beijos.
- Vamos meu rei, ainda tem os quartos pra você ver no segundo andar.
Subir aquelas escadas de mãos dadas com Alex fazia seu coração acelerar e o amor dele só aumentar, mal podia esperar para viver com ele ali, criar seus filhos ali.
- Esse é o nurseroom
Olhou pra dentro e era um enorme quarto com uma pintura fofa e infantil, ficou um pouco curioso com isso.
- Achei que as crianças teriam quartos individuais.
- Eles vão ter no futuro mas por enquanto acho melhor eles dividirem um, acho que eles se sentiriam mais seguros.
Arthur sorriu, ele realmente tinha o homem mais gentil do mundo ao seu lado, é também um excelente pai.
No segundo andar também estavam os escritórios onde no futuro Alex e Arthur iriam trabalhar e os quartos de hóspedes, tudo era de um excelente gosto.
- E por último mas não menos importante...esse é o nosso quarto meu rei.
Era o maior cômodo do apartamento no sentido de acomodação com toda certeza, entrou no lindo quarto e foi em direção a sacada, e a janela principal, a vista era linda.
Sentiu o abraço por trás e um beijo na nuca, um sentimento de contentamento tão confortável se abateu sobre Arthur, conseguia imaginar seus filhos correndo pelo apartamento e ele trabalhando no escritório enquanto Alex lia na biblioteca, aquele era o primeiro dia do resto de sua vida.
- Arthur? O que foi meu rei?
- nada...eu só tô muito feliz.
Sentiu o aperto aumentar e outro beijinho fofo tudo que importava agora era Alex abraçado com ele.
A vista era realmente muito bonita, mesmo sendo muito alto Arthur não sentia medo porque tinha o amor da sua vida lhe abraçando.
- quer ver mais de perto?
- claro!
Alex apertou um botão e o vidro se abriu revelando a sacada ainda um pouco suja da construção, era bem Bonita e bem segura, se aproximaram do vidro e era interessante ver os carros tão pequenos lá embaixo, novamente se sentiu agarrado mas não iria reclamar.
- esse é seu lugar Arthur.
- o que?
- Você é um rei...meu rei...está acima de todos.
- tu é um tonto mesmo.
- é verdade...pra mim você está acima de todos...
- o que eu faço contigo em?
- mas ao mesmo tempo seu lugar é embaixo de mim.
Ficou tão vermelho tão rápido que se calou sem coragem de responder aquilo, as vezes esquecia que Alex também podia ser bem direto.
Sentiu um leve carinho na cintura e então algo duro o cutucando e arregalou os olhos, pelo vidro era possível ver que Alex estava um pouco envergonhado.
- Desculpa Arthur...e que é o nosso quarto...eu fiquei imaginando o que a gente faria nele...eu não devia...
É verdade aquele era o quarto deles... Arthur também começou a imaginar coisas nada castas.
- não precisa se desculpar, eu estou tendo os mesmos pensamentos.
Alex ficou ainda mais sem graça mas logo começou a perceber o volume entre as pernas de Arthur aparecendo.
- Eu sei que tu quer me comer Alex...e eu quero dar...como tu mesmo disse...o único que pode ficar acima de mim... é tu.
Uma mão boba bem descarada, Alex começou a passar a mão por cima da ereção de Arthur enquanto a sua sufocava na calça.
- Nosso quarto....nossas paredes...vamos aproveitar cada instante.
A mão Grande escorregou com facilidade pra dentro da calça de Arthur e ambos gemerem por motivos diferentes.
O pau quente e duro entre seus dedos fazia ele salivar, era incrível como Arthur sempre o deixava em ponto de bala com tão pouco.
- Ah~
- O seu gemido é tão lindo...
- Hummmm~ ah! Alex~
- Holly fuck you drive me crazy when you say my name like that.
Usou a mão livre para abrir e descer a calça de Arthur e então a sua, no momento que as peles se encontraram ambos pareciam ter levado uma descarga elétrica.
Esfregou um pouco o pau na bunda de Arthur e gemeu um pouco mais alto, estava louco para comer ele.
Enfiou a mão nos cabelos do gaúcho e puxou com força fazendo a posição ficar um pouco desconfortável porém consegui beijar sem marido de forma bem pornográfica.
O fio de saliva que ligava a boca dos dois se dissolveu no ar e Arthur parecia em transe e respirando com dificuldade, era a primeira vez deles naquele quarto, queria fazer algo inesquecível.
- Se dobra pra mim Arthur.
- ah~
Fez o que lhe foi mandado e assim ele dava muito mais acesso ao seu marido, apoiou as mãos no vidro e fechou os olhos esperando a dor.
Alex não estava afim de machucar o seu marido então se punhetou um pouquinho soltando mais lubrificante e usou isso para preparar Arthur.
Dois dedos de uma vez dentro dele brincando e se mexendo lá dentro sem o mínimo de piedade, era quente e bastante doloroso mas ao mesmo tempo muito bom.
- ah~ ah! Ah! An~
Os gemidos do seu rei eram música pro seus ouvidos! Enfiou os dedos um pouco mais fundo e Arthur se tremeu inteiro e sentiu as pernas amolecerem de prazer, do seu pau gotinhas peroladas começavam a escorrer pela pele tão bonita, sua próstata estava sendo completamente destruída com aquela pressão feitas pelos dedos do seu grandão.
- Alex~ por favor!!!
Como resistir aquele súplica tão desesperada? Retirou os dedos bem lentamente vendo Arthur tremendo e as pernas tremerem, a respiração ficou descompassada e os olhos molhados de lágrimas de prazer.
Segurou o próprio pênis e se posicionou esfregando a cabecinha na entrada bem lentamente.
- para de me torturar!
Alex soltou um risinho.
- Tão impaciente meu rei...mas tudo bem...seu pedido é uma ordem...
Meteu com tanta força que Arthur bateu a testa no vidro mas não foi nada grave, sentiu as mãos grandes segurando a dobra de seu braço com relativa força.
- Ale- AAAAAAAAH~ MEU DEUS! AH! AH~
Começou a bombar bem gostoso e ritmado fazendo Arthur chorar de prazer e ir perdendo a consciência aos poucos.
- Ahh~ Arthur você é tão apertado.
Cada bombada mais forte e mais profunda que a última, não tinha nada dentro da cabeça de Arthur, ele era só uma grande massa musculosa de prazer que soltavam sons incompreensíveis.
Sentia o bíceps de Arthur entre seus dedos, o choque das peles fazia seu corpo tremer e se contorcer, os gemidos dele preenchiam o ambiente vazio fazendo um eco lindo, a voz linda de Arthur enquanto ele gemia e clamavam por mais dizendo seu nome como se sua vida dependesse disso.
- Ah....hunf....Hunf Arthur...meu Arthur...
Arthur sentiu os braços serem liberados e então Alex segurar bem sua cintura e então ser erguido alguns centímetros do chão, as vezes esquecia o quão forte seu marido era.
- Você me enlouquece....ah~ você acaba com qualquer compostura que eu tenho Arthur...ah...ah! Sou louco por você....
Ser fodido enquanto está sendo erguido pelo namorado era a experiência mais deliciosa que poderia ter, o calor do pau enorme entrando e saindo dele fazia seu corpo todo vibrar.
- aaaaaaaaaan~ mais...mais por favor....
Estava totalmente entregue e submisso, não conseguia entender como conseguiu viver sem alguém como Alex, comparado ao marido todos os seus parceires sexuais que já teve eram uma vergonha, nunca tinha encontrado alguém tão compatível como era com Alex.
Olhou pra baixo e viu o pau do seu rei balançando conforme ele bombava e achou uma gracinha, sem pensar muito sobre isso e começou a masturbar ele com vontade.
- Aaaaaaah~ assim não....eu vou gozar...
Aquelas 3 palavrinhas tinham tanto poder sobre Alex que chegava a ser ridículo, dar prazer para Arthur o deixava exitado e o fazia gozar mais rápido também, mas no momento queria aproveitar um pouquinho mais.
Diminui o ritmo e pelo vidro percebeu Arthur trocar de expressão como alivio, porém logo isso ia mudar.
Saiu completamente de dentro do marido que resmungou de frustração, mas logo ele estava prensado na parede/pilastra e tinha uma visão linda da paisagem naquele ângulo.
- Hummmmmmmm
- Ah! Fuck!
Ser erguido e penetrado outra vez fez seu corpo pedir arrego e implorar por mais, as bombadas aumentaram de força e velocidade, estava no seu limite, abriu os olhos e deu de cara com a cara de deboche de seu marido.
- Você gosta não é?
- o que?~
Alex sorriu ainda mais, aquele sorriso cruel e debochado fazia ele ficar ainda mais lindo.
- Ah...você gosta não é? Hunf....olha pro lado meu rei...todas as pessoas passando por nós lá embaixo...sem saber que a gente tá transando aqui encima, te deixa exitado não é?
Arthur olhou pra baixo e a ideia de todas aquelas pessoas passando não fazerem ideia do que ele o marido estavam fazendo realmente era exitante, com aquele vidro o quarto deles parecia muito um local público, um dos maiores fetiches de Arthur.
- Você é um pervertido mesmo não é? Ah!
- Ahn~ ah!
- olha só como você ficou só com a ideia de transar no meio dessa gente toda....hummmm Arff... Como você é pervertido meu rei, e sabe o que é pior?
Arthur não conseguia responder, só gemia, tremia e revirava os olhos enquanto aproveitava todo aquele prazer.
- eu quero realizar todos os seus desejos mais pervertidos.
Saiu e enfiou com tudo batendo na próstata de Arthur, de imediato um jato de porra escorreu do pau gordinho e veiudo de Arthur, a pressão que o gaúcho fez apertou Alex com força e automaticamente ele gozou também.
Se separaram e Alex foi até o banheiro abrindo a torneira confirmando que já tinha água no apartamento.
- meu rei vem cá, deixa eu te ajudar a se limpar.
Alex cuidou do seu rei com todo amor e carinho e eles foram embora do futuro lar deles.
Na calçada esperando o Uber Arthur olhava o marido com muito amor, o mais novo se virou e automaticamente sorriu e suspirou eles eram muito apaixonados.
- Alex quando tu ia me contar do apartamento.
- Provavelmente depois do carnaval, eu queria te entregar ele mobiliado.
- Então por que me trouxe hoje?
Alex ficou vermelhinho.
- Só queria te mostrar o quanto te amo.
Arthur derreteu e puxou o marido para um beijo apaixonado, seria eternamente grato ao amor que tinha encontrado em Alex.
O beijo deles era tão bom! Podia ficar horas e horas beijando seu rei, na verdade achava que seria melhor isso acontecer mesmo.
- Dorme no meu apartamento hoje? Eu quero te beijar a noite toda.
- Claro meu amor, só vai ser um problema já que sentar na princesa vai ser um pouco difícil.
Alex deu risada e Arthur o acompanhou nisso, ele se amavam muito mais do que conseguiam colocar em palavras.
💚💉
- Miriã? O que você tá fazendo olhando esse calendário.
A ruiva encarava o papel na parede com certo rancor e leve desgosto, Raquel se aproximou vendo que a irmã encarava especificamente o fim de semana.
- Miriã?
- É o aniversário do primo do Daniel.
Raquel ficou um pouco confusa mas não questionou muito o que quela cara que a irmã tinha no momento.
- Ele é um bom menino, ele tem síndrome de down mas é muito inteligente e até trabalha.
- isso é muito incrível.
- Ele nunca gostou de mim.
Miriã agora tinha uma cara bem cruel e assustadora, nunca entendeu o porque Ezequiel nunca gostou dela, com o passar do tempo passou a detestar o jovem rapaz.
- me pergunto se não deveria mandar um presente pra ele.
💚💉
❤️👹
- como assim a Laura não vai mais ser mais um luzidio.
- é o que as más línguas dizem.
Otto olhava para o luzidio na sua frente, se Laura não seria mais a líder deles o que seria dos outros luzidios, eles teriam um novo líder? Quem seria?
- obrigado pela informação.
O luzidio saiu e Otto se levantou andando pra lá e pra cá fritando seus neurônios e então a culpa se abateu sobre ele completamente avassaladora, tudo o que tinha feito até agora tinha sido em vão.
- Matheus....
Olhou a fotinha na mesa e sentiu um amargo na boca, as consequências de seus atos começavam a aparecer pouco a pouco e não podia culpar a ninguém além de si mesmo.
Se sentou novamente e começou a fazer uma chamada de vídeo.
- Olá senhor Henri
- oi Otto, a que devo o prazer de sua ligação?
- preciso passar uma informação.
- Estou ouvindo.
- A Laura não é mais um luzidio.
A xícara de café que Henri segurava caiu no chão fazendo um barulho estrondoso, Otto até assustou um pouco.
- Senhor Henri?
- Tá tudo bem não se preocupa, obrigado pela informação.
Desligou deixando Otto com cara de vento do outro lado da linha e mandou uma mensagem para Clarissa, precisava entender o que estava acontecendo exatamente dentro da ordem nos últimos dias.
❤️👹♦️
💮🌸
Jun estava sem muito interesse lendo algo no celular quando um cheiro horrível quase fez ele gorfar.
- *segurando o vomito* senhor T-bag...
- oi patrãozinho!
- a que devo a sua agradável visita?
- Então...
T-bag se sentou e uma barata saiu do seu bolso fazendo Jun quase sair correndo de tanto nojo, porém conseguiu se manter no lugar.
- Seu irmão encontrou algumas pessoas ontem, e depois de um pouco mais de informação eu descobri uma coisa que talvez te deixe um pouco.... preocupado? Magoado talvez...
- e o que seria?
- Seu irmão não trabalha mais com o time de ginástica.
- o que?
- na verdade pelo que descobri ele está desempregado a quase 2 anos, porém foi visto andando por aí várias vezes com homens bem mais velhos
(Nota: esses homens são clientes da ordem ou então o Christopher, o Brulio ou o Hector)
Jun olhou no fundo dos olhos de Theodore e parecia procurar uma justificativa para aquele assunto.
- o que o senhor quer dizer com isso?
T-bag estava muito envergonhado pra falar, mas aquele era seu trabalho.
- O seu irmão é uma puta...
💮🌸
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Guilherme olhava para Rodolfo fumando no meio da sua sala e o namorado parecia muito cansado e frustrado.
- Seu Rodolfo?
- Obrigado por me deixar ficar aqui Gui.
- eu sou seu namorado, estou aqui para o que der e vier.
Rodolfo tragou o cigarro mais uma vez e olhou para o teto da casa pensativo, a mão amiga de Guizão estava apoiada em sua coxa sem segundas intenções.
- como tu conseguiu Gui?
- o que?
- como tu consegue manter todos na linha.
- a resposta curta é mais fácil, medo, eu consigo manter todos na linha a base do medo.
Rodolfo não queria controlar os meninos através do medo, se virou um pouquinho e se aconchegou no peitoral do namorado, Brulio saberia o que fazer em uma situação como aquela, ele sempre foi muito bom em afastar/parar conflitos.
- Acho que eu preciso de uns dias longe deles.
- pode ficar aqui o tempo que quiser.
- obrigado Gui.
- que isso, o senhor sabe que pode contar comigo!
"Afinal de contas eu te amo"
Guilherme queria muito ter coragem para falar aquilo, mas ainda estava muito cedo para Rodolfo, não tinha problemas com isso, ele sempre foi muito paciente.
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Matheus, Gabriel e Agatha estavam felizes brincando no quarto, eles ficavam bem comportados quando estavam juntos.
- Gabriel?
O menino olhou pra trás vendo um professor lhe sorrindo de forma meiga e simpática, Agatha por algum motivo teve um mal presentimento.
- Gabriel vem com o tio, tem alguém que quer te ver.
Gabriel obedeceu deixando a irmã e o futuro primo pra trás, seguiu o tio até uma salinha e entrou um pouco confuso.
- FILHO!!!!
olhou pra trás e quis chorar automaticamente, lá estavam seus pais biológicos.
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