Acordou sentindo um calor gostoso e reconfortante, olhou para baixo e lá estava Alex dormindo confortável em seu peitoral.
Mesmo ele sendo menor, aquela posição acabou se tornando a favorita de Arthur pela proximidade.
Ele dormia tão tranquilo e lindo que Arthur parou alguns segundos para admirar a beleza de seu marido, não sabia como Alex podia se sentir tão confortável no seu peito mas não iria reclamar, adorava a proximidade e intimidade que aquilo trazia.
Fez um carinho no cabelo que estava crescendo e sentiu o dedo pinicar um pouco, o cabelo de Alex era o clássico cabelo afro com mini cachos (4A e 4b pra quem quiser ter uma ideia de como é) e ele raspava a cabeça sempre então nunca tinha visto ele com o cabelo maior que 2 dedos, quando muito, seu marido era tão bonito queria ver ele de cabelo grande igual nas fotos que Chris mostrava pra ele vez ou outra.
- o que está fazendo Arthur?
Alex acordou esfregando os olhos bastante sonolento e um pouco insatisfeito de ter acordado, o corpo de Arthur junto do seu o deixava relaxado.
- Nada, só tava pensando que nunca te vi com o cabelo maior que isso.
Alex passou a mão no cabelo um pouco pensativo e então olhou pro marido abrindo um sorriso bem meigo.
- Você quer que eu deixe crescer?
- Não precisa se não quiser...eu só tô curioso...
- É um pouco difícil usar o keppa com ele grande mas se você quer ver um dou um jeito.
- Não precisa fazer isso só pra me agra-
Sentiu os lábios grossos e quentes na sua bochecha e ficou levemente vermelho, Alex o olhava apaixonado e até soltou um suspiro, nossa mas ele estava muito lascado na sua vida.
Sentia o coração batendo acelerado e a mão suando enquanto apertava o edredom, era muito bom estar do lado de Alex, aquele amor que ele sentia era simplesmente avassalador.
- Que foi Arthur?
Amar ele era tão bom! Nunca tinha sentido algo assim, só de estar do lado dele sentia que o resto do mundo não importava, aquele sentimento era a coisa mais intensa que já tinha experienciado em toda sua vida, podia ficar olhando aqueles olhos vermelhos pra todo sempre, na verdade queria ficar, vermelho sempre lhe deu medo e isso não tinha mudado, a diferença é que agora tinha medo de perder o dono daqueles olhos vermelhos.
Queria se afogar dentro daquele olhar, queria beijar cada pedacinho daquele corpo perfeito, queria sentir o sabor daqueles lábios se espalhando pelo seu corpo, estava completamente entregue a Alex, amava ele demais.
- Arthur?
- Eu te amo!
Alex sorriu doce e abraçou seu marido dando outro beijinho na bochecha do mesmo.
- Eu te amo ainda mais.
Estava derretendo com aquele olhar amoroso, queria muito saber fazer algo bem romântico para o seu marido, mas não tinha ideia do que.
- Vem meu rei vamos nos arrumar pra sair.
- Mas a boate tá fechada pra dedetização.
- Eu sei, mas eu quero escolher alguns móveis com você.
- o que?
- Eu escolhi tudo sozinho pra nossa casa até agora, mas agora que você sabe eu quero que você escolha coisas comigo.
"Nossa casa" o coração de Arthur deu várias piruetas enquanto Alex segurava sua mão para que ele levantasse, aquele dia seria muito bom.
Ivan abriu a porta dando de cara com Hector e Samuel, pai e filho automaticamente ficaram chocados com a aparência de Ivan.
- Ivan?
- O que aconteceu com você meu rapaz?
- O Murilo me deu um soco...
Com um olho roxo Ivan parecia derrotado, os Veríssimos ficaram preocupados com o loiro bonitão.
- soquei mesmo! Vem com palhaçada pra cima do meu primo? Vai levar e uma paulada nas costas da próxima vez!
Hector soltou um risinho mas quando olhou pro lado Samuel estava bem sério encarando Ivan como se quisesse devorar a alma dele.
Samuel suspirou e voltou ao seu eterno estado de animação e fofura indestrutíveis, Ivan ofereceu passagem e os Veríssimos entraram no ninho.
Ivete serviu um café bem forte com um bolinho de fubá, Marcelo desceu e ele tinha prendido o cabelo e parecia um pouco suado.
Ele era bem bonito, seu filho tinha um excelente gosto, o gaúcho tinha cara de bravo mas no fundo era bem manteiga derretida, e o melhor de tudo ele fazia muito bem a Samuel.
- Samuel aqui come um pedaço do meu bolo.
Marcelo era um doce definitivamente como poderia ignorar aquele pedacinho de bolo? Não poderia magoar o seu amor
"Isso é muito calórico!" "Vai te dar celulite" "é comer isso e não comer nada por uma semana no mínimo"
- Sammy?
Olhos avelã meigos e confusos, tinha escolhido o seu amor com tanto carinho e cuidado, como poderia dizer não pra ele?
Hector ficou feliz vendo seu filho comer o bolo sem exitar, aquilo era muito importante pra ele.
- Senhor veríssimo por que o senhor está aqui?
Hector bebeu seu café e colocou a xícara na mesinha de centro de forma elegante, ele era o que qualquer pessoa imaginaria se a palavra "cavalheiro" fosse proferida, postura impecável e modos perfeitamente elegantes.
- Eu vim fazer uma proposta pra você Marcelo.
Murilo automaticamente virou um gavião olhando tão feio prós Veríssimos que Hector até ficou surpreso, aquele ali era muito super protetor.
- proposta?
- Sim meu rapaz, eu gostaria de te contratar como secretário do Samuel.
Todo mundo travou encarando Hector como se ele fosse um alienígena, Marcelo principalmente tinha a boca aberta e parecia muito confuso.
- eu agradeço a oportunidade e confiança mas não possuo o que é necessário para fazer tal trabalho.
Hector cruzou as pernas e soltou uma risadinha muito fofa e acolhedora, o gaúcho estava se esforçando muito mesmo para falar com ele da forma mais formal possível, reconhecia aquela diligência e apreciava o respeito que Marcelo estava demostrando, era difícil achar alguém com aquele nível de princípios hoje em dia, Marcelo acabava de desbloquear uma outra fase de afeto nos Veríssimos.
- Vi o relatório que fez, é muito mais do que capacitado para esse trabalho.
Aquele elogio sincero sendo feito pela voz masculina grossa e acolhedora o deixou lisonjeado e um pouco sem graça, mesmo quando trabalhou no RH em uma madeireira em carpazinha como estagiário ninguém reconhecia seu trabalho ou esforço mesmo ele sempre entregando seu melhor, no final acabou sendo demitido sem direitos por ser um estagiário, seu ego ainda remoia isso.
- O senhor acha mesmo que eu seria capaz?
Hector sorriu.
- Absolutamente meu rapaz.
Marcelo estava muito lisonjeado, estava até sem palavras, nunca imaginou que receberia um elogio pelo seu profissionalismo, mas ainda tinha muita insegurança dentro dele.
- posso pensar um pouquinho? Pelo menos por alguns dias?
Hector sorriu novamente.
- É claro que pode Marcelo!
Enquanto os Veríssimos estavam no ninho dos abutres, Vic tinha chamado o tio para um passeio no cavaleiro.
- o que foi Pia?
Gregório conhecia muito bem o sobrinho pra saber que ele queria falar alguma coisa, como Vic sabia que não conseguiria esconder sua intenção por muito tempo, estacionou com um pouco de receio.
- Desembucha guri.
- Tio Gregório....eu vou apresentar o Bruno para os meus irmãos, pra Sandra e pro meu pai.
Gregório sentiu um arrepio gelado percorrer o seu corpo, juntamente também com uma culpa gigantesca parecendo uma bigorna caindo na sua cabeça, não sabia o que falar pra Vic.
- por que? O que aconteceu Victor?
Vic respirou fundo e se virou um pouquinho pegando a mão de Gregório com carinho.
A mão dele era tão grande agora, chegava a ser um pouco ridículo o tanto que ele cresceu e ficou tão maior que ele, ainda se lembrava de segurar a mãozinha fofinha pra atravessar a rua, ainda se lembrava de poder pegar Vic no colo e enchia ele de beijinhos e lhe dava ataque de cócegas, a risada dele era a coisa mais linda que já tinha ouvido depois da risada de sua irmãzinha.
Muitas vezes Gregório ficava olhando Vic que era muito parecido com o pai e tentava procurar traços de sua irmãzinha nele, conseguia achar os olhos parecidos e o formato do rosto e da orelha, mas de resto ele era uma cópia de domingos, e isso o irritava profundamente.
Não ficava decepcionado por ele não parecer com Sarah, mas ficava triste de Vic se parecer com o homem que o tinha deixado de lado para criar outra família, Vic merecia conhecer o amor e ser amado incondicionalmente por alguém, tentou cumprir esse papel mas não conseguiu aparentemente.
- Eu quero que a Sandra e o meu pai vejam o Bruno, e quero me despedir corretamente dos meus irmãos.
- Despedir?
- Eu não quero mais contato com a minha família.
Gregório piscou lentamente e encarou o sobrinho que estava bem sério encarando o tio enquanto fazia carinho na mão dele.
- Victor??? O que aconteceu tão derrepente???
- Não é derrepente titio, são 20 anos sendo ignorado e esquecido, mesmo eu fazendo de tudo para eles me amarem e reconhecerem nenhum deles parece se importar com a minha existência, então eu não quero mais rastejar pelo amor deles.
- Victor....
- Além do mais eu tenho a validação que eu sempre procurei bem na minha frente.
Com um sorriso doce Vic deu um beijinho nas costas da mão do tio e o olhou de forma muito afetuosa.
- essa validação é o senhor tio...a guangue também não vou mentir, eu sempre quis irmãos...acho que eu tenho uns bons irmãos mais velhos.
Gregório estava em estado de choque encarando seu sobrinho.
- Victor isso é sério?
- Sim tio, apresentar o Bruno é cortesia ainda, depois que eles descobriram que meu namorado é rico eles estão tentando me contactar praticamente todo dia, isso me machucou muito porque aparentemente eu so tenho valor agora porque meu namorado é literalmente um dos homens mais ricos do Brasil.
Gregório ficou triste pelo sobrinho e o puxou para um abraço meio tortinho por estarem dentro do carro, colocou a cabeça de Vic no seu peito perto do seu coração e lhe deu um beijinho no topo da cabeça.
- Tu tem muito mais valor do que imagina Vic... tu é a coisa mais valiosa que eu tenho na minha vida.
Vic curvou os lábios segurando o choro mas não aguentou se agarrando no tio com toda sua força e chorando toda as mágoas que tinha em relação a sua família, se perguntava tanto o porque sua madrasta o odiava tanto, do porque seu pai nunca lutou por ele, do porque seus irmãos não o viam como irmão de verdade, se sentia insuficiente, insignificante e descartável para Domingos, porém para seu tio Gregório ele era absolutamente tudo, era a única família que tinha sobrado para Gregório e conseguia sentir o quanto o senhor rabugento o amava, em cada prato de comida que ele fazia, em cada roupa lavada, em todas as vezes que acordava e sua farda da polícia estava passada e engomada pra ele trabalhar, em cada história que Gregório leu pra ele dormir, não existiam dúvidas do amor de Gregório pelo seu sobrinho, Victor não precisava de pessoas que só viam valor nele quando ele tinha algo a oferecer, ele merecia ser amado por quem ele era, e Gregório amava Vic do jeitinho que ele era.
Voltaram para o ninho um pouco mais leves depois do papo que tiveram é muito choro dentro do cavaleiro.
Assim que abriram a porta Gregório virou um pimentão de tão vermelho que ficou, Hector olhou pra trás e abriu um sorriso muito cruel.
- opa temos visitas! Que bom ver o senhor seu Hector.
- olá Victor, e bom te ver.
- oi Vic!
- oi Sammy!
Gregório aproveitou que Vic estava conversando com Samuel pra fugir, Ivete achou aquilo estranho e olhou pra Hector que ainda estava com uma carinha bem cínica.
- Tem bolo pro Gregório também mas ele já subiu, e agora?
- não se preocupe eu levo pra ele senhora Beicur.
- obrigada senhor Veríssimo.
Os mais novos estavam tão entretidos entre si que não viram/perceberam Hector subindo as escadas em direção aos quartos.
Passou por um quarto aberto e viu anilhas de peso, Marcelo estava malhando por isso desceu suado, passou por um quarto fechado com cheiro de plantas e sabia que era de Ivan, um quarto tinha alguns adesivos na porta e parecia ser o mais organizado, ou seja quarto de Vic e na frente um com um poster dos Dragões metálicos que claramente pertencia a Murilo, eles eram realmente adoráveis.
Gregório estava sentado na sua cama muito desconfortável, só sairia do quarto quando Hector fosse embora.
Sua porta abriu do nada e lindo e cheiroso como sempre lá estava o líder dos Veríssimos com um pedacinho de bolo em um guardanapo, a visão mais aterrorizante do universo para Gregório.
- olá Gregório.
- Sai do meu quarto!
Hector entrou no quarto e deixou o pedaço de bolo na escrivaninha e foi caminhando na direção do caolho bonitinho.
- Que cara é essa? Tá com medo de mim?
- não!
Ele estava apavorado.
Se levantou e pegou no braço de Hector o arrastando ele pra saída mas essa escolha foi um erro gigantesco.
Assim próximo ficava fácil trocar de posição, puxou o braço levemente e Gregório quase voa prós braço musculosos de Hector.
Ele era tão pequenininho e leve, podia fuder ele com uma mão só, mas queria ele bem submisso e derrotado cavalgando no seu pau como se sua vida dependesse disso, adorava quebrar o ego de pessoas como Gregório, e o gaúcho era um excelente entretenimento.
- me larga Hector.
- A gente precisa conversar.
Arrastou Gregório até a cama e o jogou com delicadeza, segurou seus pulsos encima da cama com uma mão e se enfiou entre as suas pernas.
Sentia o rosto quente e queria fugir dali de tanta vergonha, porém queria parecer um pouco mais durão.
- se lembra do que eu falei?
A respiração de Gregório estava descompassada sentia o rosto quente e o calor do corpo Hector fazia suas coxas esquentarem ainda mais.
- Hector.... Hunf...me solta por favor...
Veríssimo travou vendo o quão adorávelmente submisso ele estava, balançou a cabeça voltando ao seus sentidos e usando a mão livre pra puxar o lábio inferior do gaúcho.
Foi um reflexo infeliz, a língua encostou no dedão do engomadinho e Gregório pode ver diante de seus olhos Hector ser possuído.
- Gregório você está fazendo isso de propósito não é?
Antes que pudesse responder sentiu o dedo de Hector entrar todo na sua boca e pressionar sua língua enquanto soltava um suspiro ou melhor, um rosnado.
Olhos laranja brilhando levemente por causa da luz do sol, o terno perfeitamente alinhado e a expressão séria, aquele corpo perfeito, ela era um dos homens mais lindos que já tinha visto na vida.
Sentiu a língua ser libertada e veríssimo levar o dedão na boca e lamber, se antes estava com vergonha agora queria desaparecer e só piorou quando Hector se curvou pra sussurrar no seu.
- Eu quero te beijar Gregório.
Sentiu um arrepio subir por toda sua espinha a mão livre de Hector estava no seu pescoço acariciando sua pele com suavidade, Hector sabia muito bem o que estava fazendo.
- me deixo em paz Hector...eu já falei que não quero nada contigo...
Hector riu e usou o joelho para encostar nas bolas de Gregório, estava bem claro o pau meia bomba dentro das roupas.
- não é o que parece.
Gregório não sabia onde enfiar a cara.
- tu adora me humilhar não é?
- Com toda certeza.
Sentiu um beijinho singelo no seu pescoço e se tremeu inteiro, maldito inglês bonitão e engomadinho.
- não me olha desse jeito, lembra do nosso combinado? Não pode mais achar que eu sou algum tipo de predador sexual, eu nunca fiz nada que fosse contra sua vontade.
Gregório virou o rosto dando completo acesso do seu pescoço para o Veríssimo bonitão.
- Ah~
Um beijinho no pescoço, a barba e o bigode dele faziam cócegas na sua pele, a proximidade o deixava levemente envergonhado por algum motivo.
- então por que está me segurando desde jeito?
Hector levantou uma sobrancelha e então abriu um sorriso que fez a alma de Gregório gelar por completo.
- o outro jeito de te imobilizar seria por trás.
Gregório engoliu a saliva.
- Assim tá bom então.
- eu vou te soltar agora, promete não surtar?
Gregório resmungou mas foi liberto e Hector saiu do meio das suas pernas com um sorriso no rosto, se arrumou enquanto o gaúcho sentava na cama.
- Achei que me trataria melhor depois daquela noite, assim você mágoa os meus sentimentos Gregório.
Com uma cara de insatisfação e extremamente puto Gregório revirou o único olho e virou o rosto na direção oposta ao engomadinho.
- Tu é muito cínico.
Hector riu bem gostoso, a risada dele era muito bonita.
- Agradeço o elogio.
Hector recebeu uma almofada na cara e continuou rindo, Gregório finalmente olhou para o inglês e ele parecia estar se divertindo muito com a situação.
- Gregório, eu quero sim ir pra cama com você, mas eu também quero ser seu amigo, então quando você me evita e ignora eu fico magoado e triste, não é porque eu sou rico e poderoso que eu não tenho sentimentos.
- meu Deus tu é muito cínico mesmo!
Novamente a risada de Hector se espalhou pelo ar, olhando para ele desse jeito ele não era diferente de qualquer outra pessoa.
- Acredite em mim, quando digo que quero ser seu amigo estou sendo sincero, pode confiar em mim nesse quesito.
Gregório bufou insatisfeito e jogou o cabelo pra trás olhando para o mais novo que sorria pra ele de forma bem amigável.
- Tá....
Prontamente Hector estendeu a mão para Gregório apertar e assim ele fez, a atitude fez o bonitão sorrir ainda mais.
- Amigos?
- .... amigos....
Ainda sorrindo Hector se virou e foi indo em direção a saída mas antes apontou para o bolo na escrivaninha.
- Não esqueça de comer viu!
- tá....
Hector saiu do quarto sorrindo e bem mais feliz do que imaginava.
Mia estava trabalhando que nem uma puta nos papéis da dedetização quando olhou no calendário.
- hoje é o aniversário do primo do Daniel...
Ficou automaticamente cabisbaixa, Bea e Daniel estavam tão grudados ultimamente por causa dessa festa, seria errado ela desejar que desse algo errado e eles brigarem?
- que merda eu tô pensando?
Se deu um tapa tão alto que Lupi acordou assustado olhando para todos os lados muito confuso.
- Desculpa garoto!
Suspirou e voltou a trabalhar afastando aqueles pensamentos e se arrependo de desejar que algo desse errado, agora estava desejando que tudo desse certo e que todos se diverti-sem.
Dentro do carro Bea retocava a maquiagem enquanto Joui jogava pokémon Go todo feliz, Daniel e Aron conversavam alto em alemão mas nada muito sério.
- oto-san o senhor poderia estar dirigindo?
Sem exitar Aron respondeu com aquela cara super empolgada e bobona dele que o fazia ser adorável.
- NÃO! Minha carteira de motorista no Brasil está vencida a 20 anos.
Bea olhou pra Joui com a cara mais indignada possível enquanto Joui estava absolutamente chocado com o que tinha ouvido, Daniel agradeceu por ser um carro alugado.
(Nota: o Daniel sabe dirigir, mas ele nunca quis comprar um carro adaptado, dirigir pra ele é uma tarefa chata e maçante)
Chegaram sem grandes emoções já que Aron era um excelente motorista, a decoração estava sendo colocada e Ezequiel estava super feliz em ver Bea outra vez.
Ezequiel abraçou Bea e Joui e sentou no colo de Daniel que brincou uns minutos com ele mas tinha que organizar o buffet e colocar as coisas no lugar antes dos convidados chegarem, ainda bem que tinha Bea do lado dele.
Enquanto Joui brincava de pega pega com Ezequiel e Aron verificava os brinquedos (cama elástica, pula - pula e casa de brinquedos) Bea e Daniel mostravam o porque eles eram os gerentes da ordem.
Eles sabiam muito bem como e pra quem dar ordens e as ordens deles adiantavam bastante o serviço da galera contratada.
O bolo que Daniel fez estava lindo no centro da mesa, a decoração estava encantadora e os brinquedos estavam seguros, em poucos minutos os convidados começaram a chegar.
As pessoas convidadas eram famílias de pessoas PCD do grupo que Ezequiel fazia parte, o rapaz estudava e trabalhava como qualquer outro ser humano, era algo simples só 3 vezes por semana e 4 horas por dia porém era algo que Ezequiel amava fazer então todos o apoiavam.
- Daniel essa é a minha namorada!
Daniel se virou pra trás pra ver uma moça com algum nível bem alto de autismos e praticamente não verbal porém ela abraçava e beijava seu primo de forma muito fofa, eles pareciam mesmo apaixonadinhos, simplesmente adoráveis.
Bea falava em sinais com um dos convidados e a tia de Daniel ficou impressionada com a desenvoltura da moça.
- Você é boa nisso! Onde aprendeu?
- ah...meu tio me ensinou, meu primo é surdo.
- nossa, de nascença?
- Não, foi um acidente.
A senhora ficou desconfortável e decidiu trocar de assunto.
- Você é o meu sobrinho parecem bem próximos, tem algo mais além de amizade rolando entre vocês?
Bea ficou muito vermelha e começou a negar com muito afinco qualquer coisa romântica com Daniel, sabia que ele não se sentiria confortável com aquela implicação.
- Tia deixa a Bea em paz coitada.
A mulher riu e eles continuaram em uma conversa gostosa e bastante divertida, enquanto isso Aron tinha começado seus trabalhos.
Drinks lindos e fortes o suficiente para matar alguém ou levantar um defunto e o pior de tudo era que não dava pra sentir o álcool, Daniel mesmo tomou uns 5, Bea estava já meio tonta só com dois.
- aí minha cabeça...eu preciso deitar um pouco...tia eu vou deitar um pouco no meu antigo quarto.
- Tudo bem só tranca a porta do apartamento.
- sim senhora!
- Quer ajuda Daniel?
Daniel olhou pra Bea e viu três dela, era melhor aceitar a ajuda.
- obrigado Bea!
A morena pegou uns docinhos para dar pra Daniel e ajudar ele a sair do estado bêbado, subiu com ele pro apartamento também trupicando um pouco.
- Aqui Dani bebê um pouco de água e come esses brigadeiros.
- Aí...valeu Bea...
Daniel fez como a morena tinha pedido e foi ao seu quarto se deitando sem dificuldade, caiu de cara no travesseiro fazendo um som de resmungo engraçado e se virando de barriga pra cima enquanto isso abria sua camiseta.
- Quente....Arff
Os músculos bem distribuídos e um peitoral perfeito exposto enquanto os cabelos ruivos se espalhavam pela cama, realmente ele era extremamente bonito.
Chegou perto um pouco preocupa e sentiu o calor dele aumentar, os olhos verdes tão lindos e cristalinos encarando ela com tanta intensidade fazia as pernas ficarem completamente bambas.
Se sentou na cama e talvez isso tenha sido a pior ideia que ela já teve, sentia os olhos verdes queimando ela de tanto olhar.
- obrigado por ajudar Bea, graças a você esse aniversário vai ser memorável.
Sentiu os dedos dele no seu cabelo e um arrepio na espinha olhou pro lado e todo seu corpo reagiu a beleza do bruxo e o arrepio gostoso que atravessou seu corpo aumentou.
- Deixa eu te agradecer de outra forma.
Dante olhava os dois irmãos mais velhos segurando uma xícara de café, os dois mais velhos pareciam um pouco tensos.
- Por que está tão sério Dante?
- Eu fiquei me perguntando o porque de vocês terem aparecido, mas vocês continuam escondendo coisas de nós.
Gal e Leo se olharam e depois olharam para Dante que estava bem sério segurando a xícara de café com as unhas perfeitamente feitas, provavelmente feitas por Cesar, ele os encarava esperando resposta mas ainda não tinham um jeito melhor de perguntar.
- As coisas são muito complicadas Gaspar.
Dante respirou fundo e tirou os óculos colocando eles na mesa e encarando ainda mais os irmãos mais velhos.
- por que o Henri não veio com vocês?
Um balde de água fria tinha sido despejado sobre os dois Portinaris mais velhos, Gal olhou pra baixo em vergonha e Leo olhou para o lado apertando os dedos em sua palma.
- Pra mim parece meio estranho só vocês aparecerem, afinal vocês três sempre foram grudados, mais grudados do que eu e a Bea.
- Coisas acontecem Gaspar...
Dante abriu a boca para falar algo mais fechou logo em seguida ficando um pouco bravo e colocando o óculos de volta.
- Vocês só me chamam de Gaspar quando estão escondendo algo.
Pegos no pulo.
- Tem coisas que não podemos dizer Dante.
Nossa como ele tinha um sorriso lindo, chegava a ser adorável demais pra segurança de Dante, porém sabia que por trás daquele sorriso existia uma cabecinha pensando de forma irritada.
- Acho que vocês não perceberam ainda mas.... Eu não sou mais um criança, e nem tentem dizer que estão tentando me proteger, eu sei fazer isso muito bem sozinho, então se não quiserem falar exatamente o que tá acontecendo não tem problema....
Dante se levantou e jogou o cabelo pra trás olhando para os irmãos um pouco bravo mas ao mesmo tempo cansado.
- Eu descubro sozinho.
E saiu tão rápido que nem Gal conseguiu acompanhá-lo para a saída do apartamento, olhou pra Leo e ambos suspiraram bem cansados, Gaspar era muito persistente e inteligente, logo ele iria descobrir o que estava acontecendo com os outros Portinari.
- Acho que a gente vai ter que contar em breve.
- Acho que já deveríamos ter contado Gal.
Os irmãos suspiraram cansados, mas eles não estavam prontos ainda para lidar com isso.
Miguel olhava Thiago dando comida para Jasper e a bebê era tão fofa que lhe dava dor de dente, sem contar que tabaco e mel eram parceiros muito bons um com o outro.
Gonzalez lhe serviu uma xícara de café e se sentou do lado de Thiago e era impossível não perceber o quanto o lobinho era apaixonado por bailarino bonitão.
Jasper estava feliz e empolgada mexendo as perninhas e mãozinhas com o papa gostoso (papinha de abacate com pêra) o rostinho todo sujinho de verdade e aquele sorriso lindo com alguns dentinhos a mostra, ela era o famoso: "bebê enganador" (são bebês tão fácies de criar que faz os pais quererem ter mais filhos)
- Gon pega um paninho de boca pra mim por favor.
De imediato Gonzalez pegou e Thiago limpou a bebê que sorriu pro pai toda linda e empolgada.
- Thiago agora é sua vez de comer eu cuido da Jasper.
- Obrigado Cheri!
Thiago se virou e deu um selinho em Gonzalez que pegou a bebê do cadeirão e foi levando ela para varanda enquanto Thiago e Miguel comiam.
- Vocês são um casal muito bonito, estou muito feliz por vocês Thiaguinho.
- Obrigado Mamãe.
- E o Gon é realmente alguém muito persistente a final.
Thiago fez cara de incógnita.
- Thiago só você não via o jeito que ele olhava pra você, era tão óbvio que chegava a ser cômico, mas era bem adorável também, ele sempre foi completamente apaixonado por você.
Thiago ficou um pouco vermelho e olhou pra Gonzalez na varanda, o vento batia no rosto do mais novo fazendo os cachinhos balançarem de forma adorável e ele sorria de forma gentil.
Thiago se levantou e foi até o noivo colocando a mão sobre o ombro dele o fazendo olhar pra trás sorrindo meigo, o bonitão sentia seu ar sendo arrancado dos pulmões.
- o Que foi Cariño?
Thiago se abaixou e roubou um selinho de Gonzalez com bastante ternura, os olhos dos dois se encontraram e mesmo de longe era possível ver o quanto eles se amavam.
Miguel assistiu a cena com uma carinha um pouco triste e um pouco feliz, ver eles se amando daquele jeito e cuidando da filha deles fazia sua cabeça e coração doerem.
Pegou o Celular e não tinha recebido nenhuma mensagem de Kennan, talvez ele que tivesse que dar o primeiro passo, afinal foi ele que errou a final de contas.
Erin olhava o primo encarando o celular na mesa a alguns segundos, vezes ele pegava e digitava alguma coisa pra depois apagar e colocar o celular de volta na mesa e continuar encarando.
- Kennan se você continuar assim eu mesmo vou mandar mensagem pro Miguel.
- NÃO! NÃO POR FAVOR.
Erin colocou a salada de frutas na frente do mais velho e se sentou ao lado dele com a sua comendo um kiwi, depois pegou um mertilo e espremeu com os dedos vendo o suquinho azul escorrer pelos dedos.
- Acho que gosto muito mais de azul Agora.
Kennan comeu uma banana encarando a prima de forma curiosa, Erin olhou pra ele se debatendo se falava sim ou não sobre ela e Gal.
- Kennan você acha que eu consigo ser uma boa dominadora?
- Quer mudar de função na boate?
- .....quase isso....
Kenan colocou um morango na boca e pareceu ponderar sua resposta quando o seu celular apareceu uma mensagem de Miguel.
"Precisamos conversar"
Mari estava feliz conversando com sua mãe na cozinha já que os trigêmeos tinham dormido depois de mamar.
- Mari os rapazes não apareceram hoje nem ontem, será que aconteceu alguma coisa?
- Honestamente mamãe, não sei.
Josefa achou aquilo estranho e se aproximou da filha secando a mãe no pano de prato, Mari cruzou os braços tentando evitar o julgamento da mãe.
- Mari, foi difícil aceitar que você tinha dois namorados, mas com o tempo seu pai e eu entendemos que você amava os dois.
Mari ficou em silêncio.
- eu não sei o que aconteceu entre vocês e sei que você não está com cabeça nem coração pra perdoar os dois, principalmente depois de perder sua filha, então escute o conselho de sua mãe.
Mari olhava a mãe com ternura e ficou em silêncio esperando ela terminar de falar.
- Você não precisa de alguém do seu lado pra ser feliz, se você quiser eles na sua vida que isso seja uma escolha exclusivamente sua.
Mari sorriu e abraçou a mãe com carinho.
- Obrigado, Mamãe vou pensar.
Dominic estava na cozinha sem camisa quando Max entrou mas assim que viu ele voltou pra trás correndo e vindo escondido atrás de Mark e Yuki.
- Max....
- Nem vem!
Yuki riu e se sentou pegando um pouquinho de café na garrafa térmica, Mark estava muito confuso com várias coisas.
- o que será que levou a Mia a fazer um pedido tão absurdo e sério como esse?
Dominic revirou a memoria tentando se lembrar de toda conversa que tiveram, deu um gole no seu café e se lembrou de algo.
- ela disse que talvez um Veríssimo da próxima geração pode nascer ano que vem. Ah mas a Mia não tá grávida.
Mark juntou as sobrancelhas e começou a pensar nas possibilidades, só tinha uma pessoa de quem ela poderia estar falando.
Balu estava bem feliz com o genro e Rubens na cozinha do apartamento dos dois quando seu celular tocou.
- Alô Mark?
- QUE? COMO ASSIM O RUBENS TA GRÁVIDO???
os chocolates com pimenta ficaram chocados com aquilo, quem estava espalhando aqueles boatos?
Laura e Liz estavam pesquisando o procedimento de remoção de tatuagem (vendo vídeos no caso) e parecia um procedimento bastante doloroso na realidade.
- isso parece mais dolorido do que eu imaginei.
- Não se preocupe eu vou estar lá com você.
Laura se sentiu um pouco melhor com isso mas uma preocupação não sabia da mente das duas.
Se deram as mãos e espiaram Pedro brincando com vários cubos com letras e parecia estar se divertindo.
- Liz, você é uma Veríssimo e também um amor, eu serei um amor, isso faz o Pedro ser o que?
Liz olhou para o menino fofo e feliz brincando e sentiu um nó na garganta, tinha mesmo que conversar com seu Chris.
- Eu não sei Laura....
Chris estava bem feliz treinando na sua academia quando Brulio abriu a porta com uma carinha simpática.
- Querido tu tem visita?
- what? who?
- DADDY!!!
Cesar invadiu a academia se jogando no braço do pai (Chris estava sem a prótese) e fez o senhor ficar um pouco preocupado.
Sentados no chão da academia Cesar colocava vários papéis na frente do pai com um sorriso no rosto.
- Cesar? what is this?
Sorrindo de forma meio estranha o Cohen mais velho da próxima geração parecia empolgado com alguma coisa.
- it's a collection of clothes
- That I realized.
- I was the one who drew!
Christopher sentiu uma onda de adrenalina gigantesca passar por todo o seu corpo e uma leve tontura.
- WHAT????
Cesar estava todo feliz e pomposo olhando pro pai com um ar de superioridade (?) Ou melhor com uma cara de "te peguei"
- I want to release these clothes and this entire collection
Chris estava bem desconfiado daquele interesse repentino do seu primogênito em moda, ele com toda certeza estava com alguma ideia muito estranha.
- Ok...What do you want?
Cesar abriu um sorriso tão lindo que Chris achou muito esquisito, o rosto dele devia estar entregando tanto sua curiosidade que seu filho sorriu ainda mais.
- Eu quero o Joui como o rosto dessa coleção.
Carina estava lendo o jornal mas não conseguia absorver nada do que estava lendo, sentiu gambá agarrar na sua perna e automaticamente pegou o roedor colocando ele no colo e fazendo carinho.
Artemis entrou na cozinha e ficou envergonhada de imediato, Carina evitou contato visual, ambas estavam muito desconfortáveis com a situação.
- Desculpa por ontem cunhadinha.
- Tá tudo bem, eu sei que vocês se amam.
Silêncio levemente desconfortável.
- Carina sobre a nossa conversa de ontem... não seria melhor você ter um filho?
Carina olhou para o lado e na hora sua mente foi até Yuki, se fosse ter filhos queria que fosse com ela.
- Eu já vou ser acusada de muitas coisas no futuro por causa do golpe que eu vou dar na minha família, não quero gerar uma criança pra sofrer ou ser apontada, já você e Carla estão em um relacionamento instável e duradouro, seria algo bem mais fácil de se lidar caso perguntas surgissem.
Artemis entendia a lógica da cunhada mas não necessariamente concordava, não achava que teria estrutura para criar uma criança.
- Nós não estamos prontas pra ter filhos Carina.
As duas olharam para o porta da cozinha e lá estava Carla com uma cara bem séria para a namorada.
- Mas isso não quer dizer que não teremos no futuro.
Carla sorriu pra Artemis e Carina e gambá de olharam se sentindo as maiores velas do mundo, pelo menos elas ficavam adoráveis juntas.
- Filho cuidado!
- ah? O que? Desculpa pai!
Bruno estava colocando um pouco de café na xícara e estava tão distraído com a conversa que teve com Vic que acabou derrubando.
- o que aconteceu Bruno? Você parece pensativo.
Bruno olhou pro pai e o olhar preocupado dele o deixava mal, respirou fundo e começou a explicar o melhor que pode.
Walter colocou a mão no queixo e fez uma cara de pensativo bastante engraçada aos olhos de seu filho.
- Não tem problema ele querer te apresentar pra família mas parece que deve ter algum motivo por trás.
- Eu também percebi isso, ele parecia muito sério e triste...
- Triste?
- Sim...sei lá sabe.... meio melancólico.
Walter pareceu preocupado com essa informação, talvez Ivete soubesse de alguma coisa ou tivesse percebido alguma coisa em relação ao seu genro querido.
- Então isso quer dizer que você vai falar com a sua tia Wanessa?
Bruno suspirou cansado e então fez sim com a cabeça de forma pesarosa, amava sua tia e primos, mas puta que pariu como eles eram insuportáveis.
- Me avisem quando forem visitar a família do Vic, eu empresto um helicóptero.
- Obrigada papai.
Tristan estava apagado encima de vários documentos, do seu lado Letícia estava só de sutiã e shots lendo uns papéis e tomando um energético.
- Essa parte burocrática é um saco.
Deu um gole no energético e olhou pra Tristan babando nos papéis e soltou uma risadinha, tirou o cabelo do melhor amigo da cara e se levantou pra pegar algo para cobrir ele.
Colocou o cobertor nos ombros de Tristan e lhe deu um beijinho na bochecha, Tristan era uma das poucas pessoas em sua vida que amava de verdade, via ele como irmão hoje mas quando se conheceram achava ele um garotinho mimado, hoje não vivia sem o melhor amigo.
Seu celular tocou e atendeu rápido pra que o som não acordasse Tristan.
- Alô?
- oi Letícia!
-Oi Lu!!! Como cê tá?
Luciano tomava uma xícara de café olhando Fernando arrumando a sala, tinha pensado muito no que iria fazer agora.
- Letícia você poderia redigir um contrato de freelancer pra mim, eu quero ajudar na dedetização.
💉💚
Miriã foi muito discreta com as coisas que tinha escolhido, um livro fino e bem bonitinho que Ezequiel iria amar (ela já havia convivido com Ezequiel então sabia o gosto dele) um ursinho hipoalergênico, algumas cartas de pokémon e um mangá, perecia um presente muito fofo de alguém que gostava muito do aniversariante, mas não era.
Miriã odiava a família de Daniel! ODIAVA COM TODAS AS FORÇAS.
Ela sempre quis um namorado com deficiência, ela sempre quis alguém incapaz de ir contra a vontade dela e quando conheceu Daniel achou que tinha encontrado a vítima.... digo.... alvo...quer dizer cara certo....até conhecer a família dele.
Daniel veio de família militar (marinha) todos eram militares homens e mulheres sem excessão, menos Daniel por ser cadeirante, porém a deficiência do ruivo nunca o impediu de absolutamente nada, ele tinha troféus e medalhas de natação e jogava basquete também, até fazia parte de um clube de tiro junto com os tios! um homem cheio de energia e personalidade, e acima de tudo, GOSTOSO PRA CARALHO.
A aparência de Daniel com toda certeza chamava a atenção das pessoas ao redor, a voz grossa e seria também passava uma vibe interessante e ele era um homem decidido, quando percebeu isso ficou completamente frustrada.
A família de Daniel tinha feito dele um homem independente e por isso os odiava, afinal eles tinham tirado a chance dela de ter Daniel só pra ela.
Arrumou bem o presente na caixa e de brinde colocou um pintinho dentro....um pintinho morto.
O bichinho tinha clara má formação e tinha nascido morto, era um animal deformado e esquisito de se olhar, na cabeça de Miriã, isso lembrava Ezequiel.
- Prontinho, espero que gostem do presente.
💉💚
♥️👹
Henri recebeu o relatório de Clarissa e pelo visto a ordem estava uma completa bagunça e ainda por cima estavam entrando em dezembro isso queria dizer que logo eles entrariam de férias mesmo e só voltariam em janeiro, isso era tempo demais pra ficar sem informação.
Ligou o computador e ligou pra Otto que parecia extremamente cansado e meio confuso.
- Olá Otto.
- Boa tarde senhor Henri.
Otto entregou um breve relatório da situação mais foi direto ao ponto bem rápido depois disso.
- Recebemos a notícia que a Laura não será mais a ferreira.
- Sim sabemos....já existem candidatos para o cargo?
- Não senhor.
Henri se recostou na cadeira e passou a mão no queixo pensativo e com a liderança dos luzidios aberta as coisas ficavam mais fácies mas ao mesmo tempo mais difíceis.
Um líder luzidio serve para guiar e dar confiança a luzidios, assim como também designar tarefas de forma rápida e também para pessoas certas, não são todas as pessoas que conseguiriam assistir uma tortura por exemplo.
O papel do ferreiros (as) dentro do clã dos luzidios e ser a ponte de ligação entre os Veríssimos e os luzidios abaixo, pra isso acontecer essa pessoa precisa ser incrívelmente leal, e a lealdade deles era inabalável por isso Giovanni precisava eliminar Laura, mas agora a loira tinha se tornado um amor, e tocar em um amor era literalmente uma sentença de morte e esse risco os Portinari não podiam correr.
- Otto, achamos que está na hora de você subir de cargo.
Os olhos do careca se iluminaram, mais poder queria dizer que estava sendo reconhecido e isso também queria dizer que não iria depender dos outros para encontrar Matheus.
- Acho excelente, vou me colocar na lista de condidatos.
- Muito bem.
👹♥️
💮🌸🔪
- desculpa...eu não entendi...o que você disse do meu irmão?
- Eu acho que ele é uma garota de programa...ou algo do tipo, olha moço eu honestamente não faço ideia do que teu irmão faz com esses velhos, mas pode ter certeza que não é caridade.
Jun se levantou de supetão vermelho de raiva olhando bem bravo para t-bag falou um "tenho que ir" entre os dentes e se virou indo embora batendo o pé.
- não deve ser fácil saber que o irmão é puta mesmo, aí aí...tadinho viu...
T-bag coçou a cabeça e colocou a mão na cintura vendo Jun se afastar, aquilo era o máximo de empatia que conseguia demonstrar.
Jun estava com a cabeça fritando de tantos pensamentos confusos e completamente sem sentido.
"Meu irmão não é uma prostituta! Ele é um bom rapaz de bom coração e boa família! Ele é puro e inocente, sem contar que o Daniel jamais deixaria ele fazer algo assim, eu preciso tirar essa história a limpo"
T-bag já tinha feito a sua parte em relação a Jun mas agora precisava lidar com outro problema, sem pensar duas vezes pegou uma faca em seu bolso e atirou ela para um canto.
A faca bateu em algo metálico e caiu no chão, das sombras um homem enorme e musculoso usando uma boina e com uma cara de poucos amigos saiu, logo atrás dele um homem exatamente idêntico usando uma bengala e um belíssimo chapéu fedora apareceu com um falso simpático sorriso.
Finalmente seus rivais naquele trabalho tinham aparecido.
💮🌸🔪
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Kauã estava sentado na cadeira do hospital olhando para o irmão e se sentindo muito estranho.
Eles eram gêmeos idênticos, ninguém conseguia diferenciar um do outro quando eram crianças, mas agora ele já não conseguia se ver em seu irmão.
Cada dia que passava ele parecia mais e mais morto do que vivo, as enfermeiras sempre vinham com boas notícias falando que ele estava reagindo aos poucos mas haviam chances de uma total recuperação sem grandes dificuldades, isso sempre lhe enchia de esperanças, mas o estado de aparência dele era assustador.
Passou a mão no cabelo do irmão e lhe deu um beijinho na testa, se ele estivesse acordado provavelmente não conseguiria fazer isso.
Nunca duvidou do amor de seu irmão por ele mas agora conseguia reconhecer que kaike não era uma pessoa boa e essa realização também fez ele perceber que não era diferente.
Agradeceu as enfermeiras mais uma vez e ficou olhando os uniformes de forma descarada, uma das moças até colocou um casaco achando que o gigante estava olhando pra outro lugar.
Saiu da sala e respirou fundo e com pesar:
"Se eu me tornar enfermeiro...será que eu conseguiria reverter pelo menos um pouco de todo o mal que eu fiz?"
Andou pelos corredores do hospital olhando para os lados com cuidado e pesar, o cheiro de limpeza e remédios em suas narinas fazia ele se sentir confortável, queria muito trabalhar assim um dia.
Chegou em casa e sentiu cheiro de Mate no ar, na cozinha Rapha estava bem feliz fazendo chimarrão pra Renan que estava na sala fazendo os exercícios recomendados pela fisioterapeuta.
- Cheguei.
- Oi Kauã, como foram as coisas no hospital?
- Meu irmão está melhor, só depende dele acordar.
Rapha e Renan se olharam e sem pensar exatamente abraçaram o namorado com bastante ternura, essa atitude deixou o mais velho mais tranquilo.
- onde está o resto do pessoal?
- o Lo tá no trabalho.
- seu Rodolfo está com a namorada, e o Lúcio não me interessa.
Kauã riu da resposta seca de Raphael, apertou os namorados no abraço, só faltava Lorenzo para o abraço ser perfeito.
"Eu quero me redimir ao mundo de alguma forma, eu quero dar um bom futuro pra eles, pegar o Arthur vai ser a última coisa ruim que irei fazer"
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Brulio estava bem feliz fazendo um bolo para Chris e Cesar que estavam em reunião a um bom tempo, queria deixar os dois de barriguinha cheia e feliz, sabendo o quanto eles gostavam de doces estava empolgado pra mimar os dois.
Colocou a massa no fogo e foi fazer a cobertura, porém não tinha baunilha na casa do seu gringão.
"O mercado fica a alguns minutos daqui, consigo pegar e voltar em alguns minutos"
Sem avisar mesmo saiu do apartamento em direção ao mercado, estava tão em paz que não percebeu que estava sendo seguido.
Gabriel olhou para os pais biológicos e sentiu algo esquisito, estava imensamente feliz em vê-los novamente mas ao mesmo tempo estava bravo e triste.
- Filho não se preocupe, logo logo a mamãe vai vir te buscar pra gente ir pra casa.
- Pra casa?
- isso querido.
Olhou de rabo de olho pro pai e era possível ver o desgosto completo em seu rosto, era muito diferente do jeito que seu Daddy o olhava.
"My Sweet boy, you are so beautiful and precious to daddy"
"Sweet boy" as lágrimas chegaram aos olhos rapidamente e ele começou a fungar em desespero, o olhar de seu pai era duro e assustador, em sua mente infantil a voz de Alex ecoavam, sentia o calor dos braços músculos e a delicadeza dos toques, estava com saudades de Alex.
- Minha nossa mas esse garoto só sabe chorar, faz ele calar a boca!
A mãe se abaixou em sua altura e limpou as lágrimas sentindo que tinha falhado por algum motivo, mas antes de falar qualquer coisa a porta foi escancarada com toda força chegando até a quebrar uma dobradura, atrás da porta destruída uma garotinha de longos cabelos negros e pele muito branca e intensos olhos vermelhos estava visivelmente brava, ao lado dela um menininho ruivo cobre de olhos claros e uma horrível cicatriz no olho, as crianças não pareciam felizes.
- FICA LONGE DO MEU IRMÃO!
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