Lorenzo engoliu a saliva encarando Alex, ele com toda certeza era um dos homens mais bonitos que já tinha visto na vida, mas aqueles olhos vermelhos eram simplesmente aterrorizantes.
- Lorenzo eu não sei o que tu quer mas temos que ser rapidos eu tenho uma reunião com uma parceria de negócios muito importante ainda hoje.
Insignificante.
Era assim que se sentia dentro daquela sala, Arthur parecia genuinamente ocupado pra caralho e era óbvio que ele estava atrapalhando, essa sensação era bem desagradável.
Lorenzo se aproximou da mesa e se sentou na cadeira, assim ficava ainda mais óbvio a diferença entre ele e Alex, o mais novo o apavorava.
- Preciso de uma ajuda sincera Arthur.
Arthur olhou para o assombrado e ficou sério se recostando na cadeira, cruzando as pernas e colocando as mãos sobre elas.
- Sou todo ouvidos.
A boca de Lorenzo se abriu porém não conseguia falar, a visão que estava tendo era muito bonita, Arthur sentado em uma cadeira luxuosa e ao seu lado o marido lindo e jovem, parecia até uma pintura.
Balançou a cabeça rapidamente tentando não parecer que estava secando os dois com seu olhar.
- Então, tu sabe que eu e os meninos, estamos em um tipo de relacionamento.
- sei....
Arthur pareceu ainda mais sem interesse quando descobriu do que tratava essa reunião.
- então eu queria muito dar algo pra eles que não seja só material sabe?
Arthur pegou na barba e começou a puxar como um sábio ermita mas não pareceu muito convincente, Alex achou fofo e até deu um sorrisinho apaixonado.
Era tão óbvio que eles se amavam que chegava a doer de olhar, era realmente algo muito lindo e que Lorenzo não sabia interpretar corretamente.
"Será que os meninos olham pra mim assim também?"
Olhou novamente para o casal eles pareciam muito apaixonados, era bonito de se ver, por algum motivo se sentiu um pouco esquisito observando isso, ele nunca teve uma namorada que olhasse daquele jeito e tinha medo de não ser olhado assim pelos namorados agora, será que estava sendo hipócrita? seu desejo de amar alguém ou ser amado era real e válido depois de todas as merdas que tinha feito?
Arthur pensou bastante, levar eles em restaurante chique parecia uma péssima ideia, mas nada impedia eles de ter uma noite romântica.
- O unico de vocês que sabe cozinhar é o Rapha, então tenho certeza que se você levar um bom jantar e deixar o clima mais romântico ele vai adorar, sem contar que o Renan adora carne....
Arthur parou de falar alguns segundos se segurando bastante pra não ter um episódio de estresse pós traumático por se lembrar que Renan foi quem tinha matado e esquartejado a Jeniffer, respirou fundo e continuou.
- e o Kauã não vê tempo ruim em nada, então aqui, peça um bom jantar para vocês.
Arthur tirou 1000 reais em dinheiro da carteira e entregou para Lorenzo.
- Obrigado Arthur....
- Mas não é só comprar a comida, tem que criar um clima também, arruma a casa e faz um jantar a luz de velas.
Isso deixou Lorenzo um pouco vermelho porque ele nunca tinha feito ou até tido um jantar romântico antes.
- vou tentar.
Arthur respirou fundo e voltou a se recostar na cadeira confortável.
- falando no Kauã, eu já matriculei ele em uma escola de enfermagem pra primeira turma ano que vem, ache uma desculpa pra ele acreditar que foi tu.
- ok Arthur..... Obrigado...
Arthur deu um sorriso amarelo e Lorenzo entendeu que era pra ele ir embora, então se levantou e esticou a mão pra se despedir.
- Falou Arthur...
Esperava honestamente que Arthur ia se levantar e apertar sua mão porém quem pegou sua mão foi Alex.
A mão dele era enorme e o aperto foi firme, conseguia sentir a ameaça velada no olhar do mais novo.
- Alexander...
Alex olhou para Arthur e respirou fundo soltando a mão de Lorenzo e se afastando devagar voltando para trás do marido que o olhava levemente bravo.
- Então... tchau Arthur... obrigado...
- Até mais Lorenzo boa sorte com seu encontro.
Lorenzo saiu da sala e começou a andar rápido pelos corredores, apertou o botão do elevador várias vezes rápido olhando pra trás apavorado, e dentro do elevador parecia desesperado.
Quando a porta se abriu saiu correndo pra saída pegando sua moto e saiu fugido de lá com uma certeza.
"Ele queria me matar"
No escritório Alex estava de cara fechada olhando fixamente para a porta.
- Alex....
Não ouve resposta.
"Como ele tem coragem de vir perguntar essas coisas fúteis para o meu rei como se eles fossem amigos?"
- Alexander...
Não ouve resposta.
"Se não fosse o plano do meu rei eu mesmo já teria matado eles"
- Alexandre lightbringer...
Não ouve resposta.
"Fazer o meu rei ter que escutar as reclamações amorosas dele, tirando o meu tempo precioso com o amor da minha vida....ele não tem noção do perigo?"
Alex sentiu o colarinho ser puxado e os lábios de Arthur nos seus e por alguns segundos Alex esqueceu até quem era, só conseguia sentir os lábios de seu marido.
- Mais calmo agora?
- Yes...for sure....
Arthur riu um pouco e acariciando o rosto do marido um pouco preocupado.
- Tu ficou bem bravo não é?
- Muito mais do que eu gostaria de admitir.
- eu prometo te compensar de alguma forma.
- Pode começar me dando vários beijos até a Liz chegar.
- Não precisa pedir duas vezes.
Gon estava trabalhando da forma mais dedicada possível porém sua mente estava em um lugar completamente diferente, ele ainda estava pensando em Thiago.
- Aí desse jeito eu não vou conseguir trabalhar.
Nesse meio de tempo vestindo um terninho feminino adorável e elegante para caralho Liz chegava para sua reunião com Arthur.
Abriu a porta despreocupada e se deparou com Arthur no colo de Alex recebendo um beijo de cinema.
- MINHA NOSSA SENHORA!
- LIZ???
- DESCULPA EU NÃO QUERIA ATRAPALHAR!!!
a cena foi bem engraçada na realidade, entretanto Liz realmente se sentiu meio culpada por interromper os dois.
- Tá tudo bem Liz.
- é sério gente, foi sem querer...
- Não tem problema.
Arthur se virou completamente para Alex e sorriu meigo e apaixonado.
- Grandão tu pode me dar um tempinho a sós com a Liz por favor?
- Claro meu rei! Eu vou infernizar o Gonzalez!
Arthur e Liz deram uma risadinha disso e Alex saiu da sala praticamente saltitante de empolgação.
- você disse que precisava me mostrar alguns papéis, vim correndo.
- Sim achei um prédio interessante que dá pra ser reformado e ampliado para virar um hospital.
- que legal, deixa eu ver.
Os dois ficaram conversando e trabalhando por um bom tempo no escritório e nesse meio de tempo...
- GON!
Gonzalez ergueu os olhos pouco interessado mas sorriu vendo Alex na porta e fez sinal para o mais novo entrar.
- você tá bem? Parece meio alheio....
- Tô com muita coisa na cabeça garotinho.
- Hummmmmmm......por acaso o nome desses pensamentos é Thiago?
Gon parou de trabalhar e olhou para Alex ficando vermelho e tímido.
- ACERTEI!
- para de me expor poxa...
- Vocês são muito fofos.
- Não tô conseguindo trabalhar de tanto pensar nele.
Alex girava na cadeira pra lá e pra cá completamente feliz de estar conversando com Gonzalez, ele era uma fofura aos olhos do mais velho.
- aconteceu alguma coisa entre vocês?
- Se você continuar girando desse jeito vai ficar tonto e pode cair, fica parado menino.
Alex parou de girar e fez biquinho, por algum motivo Gonzalez riu um pouco disso, se debruçou sobre a mesa e fez carinho na cabeça do mais novo de forma afetiva.
- você é muito adorável.
Alex abriu um sorriso capaz de curar a depressão de qualquer pessoa em poucos segundos ao seu lado.
- mas respondendo sua pergunta, não, não aconteceu nada entre a gente, eu só sou meio idiota mesmo.
- Não te acho idiota, você é incrível.
Novamente Gon sorriu e se aproximou do mais novo fazendo carinho em sua cabeça.
- não digo nesse sentido, mas o Thiago me deixa muito bobo e idiota, eu penso nele sempre.
Colocou a mão no queixo e se virou pensando de forma bem séria, Gonzalez quase morreu de tanta fofura.
- Acho que tem um jeito de fazer você se destrair de forma positiva.
- É qual seria?
- Vamos planejar seu casamento.
Gon ficou sério por 10 segundos mas logo em seguida caiu na gargalhada de forma gostosa e muito fofa.
- ok, você ganhou Alex, vamos planejar um pouco do meu casamento.
Alex abriu novamente aquele sorriso lindo e era possível ver a empolgação dele aumentando a cada segundo de forma adorável, ele esperou anos por isso.
Thiago também não estava muito bem da cabeça trabalhando feito um condenado, ainda conseguia sentir o gosto de Gon na sua boca e só conseguia pensar nele pelas últimas horas.
- Talvez eu devesse comprar flores pra ele quando voltar pra casa.
Imaginou Gon sorrindo recebendo um buquê de flores fazia seu dia muito melhor.
Olhou alguns papéis por cima da mesa e soltou um suspiro cansado, talvez fosse melhor pedir ajuda para Dante depois.
A pele quente e macia entre seus dedos fazia ele acreditar no que tinha acabado de escutar.
- o que você disse Murilo.
- Eu quero aprender a me maquiar.
Dante soltou lentamente o gaúcho olhando pra ele levemente desconfiado e curioso, aquilo parecia ser bem mais profundo do que o próprio Murilo imaginava.
- eu te ensino, mas antes tenho que saber o porquê você quer aprender a se maquiar.
- Porque eu quero ficar bonito igual a ti.
Dante sentiu as bochechas ficarem bem quentes e sabia que estava bem rosa de timidez, Murilo não percebeu isso.
- Você já é muito bonito Murilo.
- Não me sinto bonito.
Silêncio.
- como é?
- Não me sinto bonito... não tem nada em mim que seja especial de verdade, não sou bonito nem inteligente como meu irmão mais velho, e não posso nem me comparar ao Marcelo....
Dante olhou para o seu amor e ele parecia bem cabisbaixo, esquecia que ele era o filho do meio e que ele e Marcelo tinham nascido porque os pais queriam uma vida igual.
- Ei....eu te acho muito bonito.
Se aproximou ainda mais de seu amor e timidamente segurou a mão dele com bastante carinho e cuidado, Murilo quase morre de tanta vergonha.
- Quer ver meu irmão?
- O que?
- deixa eu te mostrar minha família.
Murilo pegou o celular e abriu na galeria em uma foto específica tinha ele claramente bem mais jovem sorrindo timidamente do seu lado direito um rapaz bem parecido porém claramente um pouco mais velho, esse rapaz se parecia mais com Marcelo principalmente a cor dos olhos e algumas pintinhas no rosto, ele também era bem mais alto e musculoso que Murilo, no meio deles uma senhora de cara simpática na do lado esquerdo de Murilo um senhor muito alto e bombadão carregava uma menininha linda no colo usando um vestidinho rosa, Murilo lembrava mais ela.
- Esses são meus pais, meu irmão mais velho Tadeu e minha irmã mais Nova Valentina.
- vocês são uma família bonita.
- Obrigada mas nunca senti que tivesse lugar entre eles.
- E por que?
- Eu queria ser eu mesmo, até hoje não sei se meus pais se amam como pessoas ou amam a ideia de serem gêmeos com vidas iguais...eles nunca brigaram entretanto então posso contar isso como vantagem.
- Mas você não parece muito feliz.
- Acho que nunca vi meus pais sendo uma família normal, nem meus tios....
Dante se esticou um pouco e colocou um pouco do cabelo de Murilo atrás da orelha, o gaúcho ficou levemente desfalecido, Dante riu disso.
- você é muito fofo, eu gosto de você do jeito que você é.
Murilo abaixou a cabeça um pouco triste e brincou com os próprios dedos.
- Eu não gosto de mim mesmo.
Dante travou no lugar sentindo seu coração se quebrando em muitos pedaços e se aproximou ainda mais de seu amor.
- por que diz isso? Eu te acho tão incrível e especial.
- Eu nunca tive a chance de me expressar de verdade, então esse eu que eu sou hoje...eu tenho muitas dúvidas sobre ele, por isso eu quis mudar com tanta intensidade, printar o cabelo parece que não foi o suficiente....
- as luzes ficaram lindas em você.
- obrigada, eu gostei muito, mas ainda não sei se esse é o eu que eu quero conhecer.
- por isso quer aprender a se maquiar?
Murilo ficou levemente vermelho, brincou com os dedos um pouco outra vez, Dante percebeu e aparentemente Murilo tinha algum tipo de tique quando colocado em situações desconfortáveis, tomaria mais cuidado com o que falava perto dele daquele dia em diante.
- Murilo....
- Talvez seja um pouco isso, mas também queria me sentir mais confiante sabe?
- Mais confiante?
- é...quando tu e os outros estão montados parece que o mundo que tem sorte de estar na sua presença.
Isso deixou Dante um pouco vermelho e levemente tímido também e agora os dois estavam bem envergonhados.
- Eu te acho muito incrível...eu queria ser útil pra ti de alguma forma...útil pra ordem.
Dante jogou o cabelo pra trás e arrumou o óculos levemente preocupado.
- Isso tem haver com o fato do Marcelo estar treinando com as minhas babás?
Murilo ficou em silêncio e abaixou um pouco a cabeça, isso fez Dante suspirar cansado e segurar o rosto do gaúcho pelo queixo com cuidado e delicadeza.
- Meu amor, seu trabalho é estar do meu lado e viver uma vida maravilhosa, não precisa fazer mais nada.
- Mas eu quero ser útil...
- Você é muito mais útil do que imagina.
Isso pareceu deixar o gaúcho bem frustrado, ele soltou um suspiro cansado e jogou o cabelo para trás é olhou para seu Veríssimo inconformado.
- Como Dante?
Sorrindo o meio italiano segurou o rosto do seu amor e o trouxe pra mais perto encostando suas testas e nesse momento Murilo literalmente viu os portões dourados do céu.
- meu Deus do céu!!!
- Você me fez assumir as responsabilidades nos Studios e ajudar o Thiago, ter um amor é algo muito sério na ordem, eu tenho que provar que posso cuidar de você.
Isso na realidade deixou o gaudério um pouco triste e preocupado.
- Então eu tirei sua liberdade e virei um peso pra ti.
Arregalando os olhos completamente desacreditado no que tinha acabado de ouvir Dante quase gritou de tristeza e frustração.
- Não! NUNCA! Você é realmente especial pra mim meu amor.
Toda vez que Dante o chamava de "Meu Amor" seu coração parecia uma passista, dançava e pulava dentro do seu peito no ritmo das palavras, ele era imensamente feliz por ser o amor de Dante.
Percebeu ele ficando levemente tímido e se tinha uma coisa que já tinha percebido era como os gaúchos eram adoráveis e fofos, porém achava seu amor ainda mais adorável do que todos.
- você é especial pra mim Murilo, não imagina o quanto.
- Eu não consigo me ver assim...eu queria muito, mas não consigo...
- o que eu tenho que fazer pra você entender.
Foi um reflexo, jurava por Deus que não tinha olhado pra boca de Dante de propósito, mas ele percebeu, e agora Murilo não tinha onde enfiar a cara.
Abrindo um sorriso um pouco maldoso e se aproximando ainda mais do seu amor o loiro deslumbrante parecia ter uma missão específica.
- Não foi isso que eu quis dizer!!!
Dante riu.
- Por que a timidez, você já me beijou antes.
E nesse momento foi possível ver todas as células de Murilo ficarem com vergonha e ele se encolheu completamente envergonhado, Dante riu um pouco e achou muito fofo.
Se aproximou mais se segurou o rosto de Murilo se aproximando de forma sapeca e antes do gaúcho conseguir raciocinar deu um selinho.
A cara do loiro de farmácia foi tão adorável que as coisas começaram a ficar complicadas para o italiano.
- Você é muito perigoso...
- perigoso?
- É, você é fofo demais, eu quero te beijar outra vez.
Se Murilo fosse um cubo de gelo ela já teria derretido por completo, soltou um suspiro de ansiedade e se aproximou de seu Veríssimo se inclinando pra frente beijando Dante de forma tímida, mas a determinada, isso foi um erro.
Dante agarrou ele pela nuca e aprofundou o beijo aproveitando a surpresa do mais velho escorregou a língua pra dentro da boca de Murilo e o agarrou pela cintura fazendo os corpos se chocarem, nesse momento o gaúcho teve sua alma arrancada do corpo.
O beijo foi aumentando de intensidade, ambos beijavam muito bem embora Murilo não conseguisse acompanhar completamente a intensidade do meio italiano.
Sentiu os dedos finos dentro da sua camiseta e abriu os olhos espantado com a agressividade do seu Veríssimo.
- Ah!!!
Dante pareceu sair do transe que estava e encarou bem Murilo, ele estava rosa e ofegante, completamente sem rumo.
- Meu Deus você é muito perigoso pra mim...
- O que?
Sentiu novamente os lábios dele e era simplesmente maravilhoso ser beijado daquele jeito, também não imaginava que seu corpo fosse tão sensível assim.
- Ah~
Sentia os beijos no seu pescoço e então um chupão muito bem dado fazendo ele soltar o gemido mais meloso que já tinha dado em toda sua vida.
- Dante~
- não geme assim... não faz isso....se você fizer isso outra vez talvez um não conseguia parar...
Novamente o loiro se aproximou e enfiou a mão nos cabelos de Murilo fazendo ele gemer manhoso e desesperado.
"Eu quero fuder ele"
Esse pensamento assustou Dante, se ele realmente pegasse o pobre do Murilo não sobraria nada do coitado.
Separou o beijo vendo ele vir atrás de mais porém tinha que se controlar, ou realmente iria acabar levando Murilo pra cama.
- Nananinanão... Você ainda é só um bebê...
- Sou literalmente mais velho que você.
- Se a gente for mesmo até o fim você vai desmaiar.
- Eu aguento...
Dante sorriu e segurou seu amor pela cintura e surpreendendo o gaúcho colocou ele sentado em seu colo.
Murilo estava muito envergonhado com aquela posição, ia perguntar o que estava acontecendo quando sentiu algo duro roçar na parte interna da sua coxa.
- Dante???
- eu disse que você não estava pronto.
Enquanto o primo leite mais novo estava descobrindo coisas sobre si mesmo com seu Veríssimo, o primo mais velho parecia ter nascido para fazer parte da ordem.
Letícia acompanhou os passos de ambos com os olhos e ficou feliz com o resultado, Marcelo realmente era um achado muito raro, e ele aprendia muito mais rápido do que gostaria de admitir.
Marcelo andava ao lado de Letícia acompanhando sua professora no mesmo ritmo que ela, passo por passo atrás de Tristan, Letícia olhava de canto de olho para seu aprendiz, ele era muito mais inteligente, uma jóia a ser polida.
"Como a ordem nunca achou esse rapaz antes, se ele tivesse sido criado dentro da Ordem ele teria se tornado uma excelente babá, ou talvez segurança"
Bonito.
Sério.
Concentrado.
Gentil.
Inteligente.
Conhecia outras babás que não tinham nem 2 dessas qualidades que seu aluno tinham, e principalmente ele era bastante agradável de se ter por perto, e levando em conta que ele era irmão mais velho seria bom com crianças.
- Marcelo...
Tristan chamou o gaúcho que prontamente foi até seu professor, parando ao seu lado como um verdadeiro babá, até Tristan se surpreendeu.
- Agora você vai ter que me acompanhar em algumas compras, vamos ver como você se porta.
- Sim senhor.
Foi completamente perfeito e tranquilo, única coisa que o Marcelo gostaria era estar usando uma roupinha melhor para acompanhar seus professores.
- Bem, eu não tenho o que dizer, você foi perfeito rapaz.
Marcelo sorriu de maneira tranquila e bem rapidamente foi possível ver ele mexendo as perninhas de forma inocente em comemoração, isso fez Tristan ser atingido por uma onda de fofura, Marcelo tentou disfarçar um pouco.
- Marcelo você é um achado, como ninguém nunca reparou em você?
- Eu nunca fui muito sociável, eu tinha um padrão de vida bem mais tranquilo, antes era da escola pra academia dos meus pais e depois foi da faculdade pro trabalho e do trabalho pro suvaco seco, e quando eu entrei para os gaudérios eu me soltei um pouco mais.
- A sua família tem um dojo com academia não é?
- Também tem natação, é a única do tipo na cidade toda.
- Dividir isso em seis iria dar um problemão em...
- Bem agora eles só precisam dividir em 4, eu e o Murilo não queremos herança.
Os babas se olharam e depois olharam para o aluno que parecia bem insatisfeito com algo.
- Algo me diz que tem caroço nesse angu.
Marcelo pareceu extremamente cansado por algum motivo, jogou o cabelo pra trás e pela primeira vez desde que conheciam o rapaz viram ele com raiva.
- o Tadeu é INSUPORTÁVEL! Eu já sabia que ele ia ser o dono oficial do Dojo, mas puta que pariu, a personalidade dele é literalmente só: "Eu sou mais velho" e ele tinha uma birra específica comigo ainda.
- Quem é Tadeu?
Letícia perguntou brava se sentando do lado do aprendiz de forma bem calma e paciente, mas por dentro ela realmente queria matar esse tal de Tadeu.
- Meu primo mais velho, irmão mais velho do Murilo.
Abortar missão, não mataria esse rapaz não.
- por que acha que ele tinha uma birra com você?
Tristan se sentou do outro lado do gaúcho e viu ele brincar um pouco com os dedos de forma tímida, provavelmente por estar um pouco nervoso, ele não queria falar mal do primo, mas ele era insuportável de tão chato.
- Acho que ele se sentia ameaçado, eu sou o segundo menino depois dele, e sou mais inteligente então ele tinha bastante medo d'eu virar o mestre do Dojo, mas pra ser sincero eu prefiro ficar na minha.
- Você tem uma irmã mais velha né?
- Tenho! Minha irmã Tatiane e a mais nova é a Valery, todos nós nascemos uma semana antes que os nossos primos
- Isso é bem assustador
- Assustador é pouco, mas não tanto quanto fato dos nomes começarem com a mesma letra e cada dupla de primos ter o mesmo signo.
Definitivamente aquilo era muito bizarro realmente, tinham até medo de imaginar o quão controladores os pais dos primos leite eram.
- Entrar nos gaudérios foi um grande tapa na cara da minha família, a gente foi deserdado e os caralhos, foi engraçado, minha irmã sempre trás a as pequenas em casa, porque eu ainda amo minhas irmãs e minha priminha, o Tadeu vez ou outra aparece mas nem entra em casa, ele tem medo do Ivan, o que pra mim não faz sentido porque o que o Ivan tem de grande e músculo ele tem de bobão, porém quando ele tá sério realmente dá uma intimidada
- Isso explica o porquê vocês convivem tão bem, afinal vocês moram juntos
- isso também explica o porquê o Murilo e tão superprotetor com você
- Isso também gera ciúmes no Tadeu, assim ele é bem quadradão então ele não entende porque o Murilo gosta tanto de mim.
- Ciúmes de irmãos é normal, os casulas tinham muito, principalmente a Bea.
Tristan lembrou de cada casulinha com seu irmão mais velho e morreu de amores com suas lembranças.
- eu acho que o Murilo queria ser meu irmão não meu primo, mas pode ser coisa da minha cabeça.
- De qualquer maneira eu acho que vocês já tem um laço de irmãos mesmo sem perceber, e se existe uma coisa que é indestrutível e o laço entre irmãos que se amam.
Olivia e Jiro estavam completamente travados olhando para o celular na mesa, parecia que a qualquer mínimo movimento Samuel ficaria mais bravo.
- Como você tá prima?
- B-Bem.... E Você?
- Poderia estar melhor...
Silêncio.
- Acho que vou dar uma passada no seu AP Jiro, tem algo contra isso?
- De jeito nenhum, pode vir...
Estavam se cagando de verdade! Mesmo por telefone dava pra perceber que Samuel estava extremamente irritado e bastante cansado.
- Chego aí em uma hora.
Desligou sem nem esperar o casal se despedir.
Assim que a linha ficou muda Olivia sentiu as pernas bambas e caiu no chão se derretendo em absoluto pavor, Jiro encarava o celular com a tela apagada se segurando para não ter um ataque de pânico.
- Jiro....
O asiático já estava montando uma estratégia pra tirar Olivia de lá sem ela ser notada, não podia deixar ela voltar para aquela situação com a Laila assim.
- Jiro....
- Eu tenho que dar um jeito de te tirar daqui antes do Sammy chegar!
Correu pro quarto pegando uma mala pequena cheia de dinheiro e colocou algumas roupas freneticamente, correu até outro cômodo e pegou uma arma e um rádio cominucador.
- Se eu te levar vai ficar muito mais fácil, a questão é pra onde você vai!!! Talvez eu devesse ir com você? Sei lá falar que estou em uma viagem de negócios.
- Jiro...se você fugir o Sammy vai ir atrás de você também.
Os primos estavam completamente sem chão e apavorados, não queriam imaginar o que Samuel queria com eles.
- Eu não posso deixar você voltar a ser ignorada, pra cumprir seu dever.
Olivia respirou fundo e segurou o rosto de Jiro com cuidado se aproximando, não sabia exatamente queria com àquilo, mas estava grata pelo cuidado que estava recebendo.
Fechou os olhos e se aproximou encontrando seus lábios nos dele sentindo ele irrigecer e ficou com vergonha por algum motivo desconhecido.
- Você me ajudou muito Jiro, mas eu não posso fugir pra sempre.
Jiro deixou a mala cair se sentindo derrotado e incapaz, colocou a mão no rosto de Olivia com delicadeza e a olhou com dor.
- Me desculpa por não conseguir te ajudar.
Olivia colocou a mão dela sobre a dele em seu rosto e eles se encaram por alguns segundos sentindo a dor um do outro.
- Você fez muito mais do que imagina.
Antes da uma hora acabar Sammy já estava na frente do prédio de Jiro segurando um saquinho com alguns bolinhos e cafés da Starbucks, o porteiro anunciou o carioca e em poucos segundos ele estava na frente do apartamento do primo.
Teve que bater na porta com o pé mas isso não o incomodou, A porta abriu uns 2 dedos, só o suficiente para um olho de Jiro aparecer pela fresta.
- Sammy?
- oi primo!
Viu os olhos laranja atrás da porta correndo freneticamente pelos cantos do hall, Samuel ergueu uma sobrancelha meio bravo.
- Não precisa se preocupar eu vim sozinho.
Quase que imediatamente após ter ouvido isso Jiro abriu a porta para o primo entrar em seu apartamento.
Assim que entrou viu Olivia sentada no balcão da cozinha completamente travada olhando pro chão, foi até ela colocando as bebidas e o saco com bolos e pães no balcão também.
Abriu uma das sacolas e tirou um pedaço bem bonito de red Velvet colocando na frente da prima e também um café bem bonitinho do Starbucks.
- Seus preferidos.
Não ouve resposta nem de Jiro nem de Olívia.
- Que isso gente? Até parece que morreu alguém...
Samuel continuou tirando as coisas da sacolinha e era muita comida, e principalmente comida que Olivia gostava. (Tinha coisas que Jiro gostava também, mas a maioria era pra prima)
Olhando de canto de olho para o primo mais velho e ele parecia bastante em paz mas também um pouco bravinho.
Depois de tirar tudo da sacolinha se encostou no balcão, era muito óbvio a tenção no ar.
- Você já falou pra minha mãe que eu tô aqui?
Samuel juntou as sobrancelhas e pareceu extremamente irritado com aquela pergunta, na realidade ele parecia muito ofendido.
- é óbvio que não!
Foi-se feito um silêncio carregado de uma confusão muito grande
- o-o que?
- Eu não vou entregar seu esconderijo pra tia Antônia, tô fora disso!
- Então por que veio aqui? Se não foi pra me levar pra casa?
Samuel definitivamente se sentiu ofendido com aquela suposição, ele também estava levemente bravo
- eu tô pouco me fudendo pra briga que você teve com a Laila e pra ser sincero acho que você está certíssima em sumir um pouco.
O casal ficou em absoluto e completo silêncio olhado para o primo um pouco chocados.
- Que?
- Olivia, olha, eu não tem absolutamente nenhum problema com você tirando um tempinho pra relaxar e ficar longe dos deveres, também acho que é bom pra você e pro Jiro estarem juntos e fazerem o bebê de vocês.
Se Jiro pudesse desaparecer ele pularia da sua cobertura nesse momento, Olivia parecia querer acompanhar ele nesse ato.
- Eu não vim aqui pra falar com você prima, eu vim falar com o Jiro.
- Comigo?
- Sim, embora Olivia tenha um pouco de culpa nisso também.
Samuel se aproximou dos dois e o ar dele mudou completamente.
- Eu tô cagando se vocês querem brigar com as irmãs de vocês, mas não tem o direito de fazer a minha irmãzinha se sentir mal.
Os dois mais novos se entre olharam e depois voltaram a atenção para o primo carioca, ele estava bem sério e de óbvio mal humor.
- Samuel....
- silêncio Jiro, eu não quero ouvir suas desculpas esfarrapadas, eu não tô nem aí se você não quer a Naomi perto, e não me importo nem um pouco com a briga da Olivia com a Laila, mas eu definitivamente não vou ficar parado vendo minha irmãzinha triste por uma coisa que ela não fez.
Estava bem claro que os dois não estavam entendendo absolutamente nada
- Você assustou minha irmã de uma maneira tão grande que ela está se sentindo a pior pessoa do mundo, sem contar que também está se achando incapaz de liderar já que fez um famíliar direito se sentir desconfortável a ponto de querer cortar o próprio dedo.
Jiro abaixou a cabeça
- Eu convenci a Mia a escrever uma carta pra você pedindo desculpas, tudo que você tem que fazer e mandar outra carta aceitando.
- Espera...você vaio aqui...pra isso?
- Claro, como eu disse eu não tô me importando com esse drama, minha irmã e a felicidade dela valem muito mais pra mim.
Jiro e Olivia se olharam outra vez e sorriram um pro outro, Samuel também sorriu de forma mais discreta, mal podia esperar para conhecer a criança que aqueles dois iriam ter.
- é isso gente, estou indo embora...
- Espera! Sammy....como você sabia que eu estava aqui?
- Na verdade isso foi muito simples.
- Como pode ser simples se ninguém desconfiou ainda?
Samuel jogou seu cabelo pra trás e sorriu de forma muito carinhosa em direção aos primos.
- Sem dinheiro ou celular e sem poder interagir com ninguém da ordem era necessário achar alguém com recursos e dinheiro pra ajudar, você por ter um relacionamento com ela podia ser uma escolha segura mas também teria uma chance de traição, foi uma aposta bem arriscada, mas literalmente a única que ela poderia ter feito.
Acho que as tias e o resto da ordem não estão pensando corretamente, alguns até acham que você saiu do país.
- Acho que fiz mas drama do que eu imaginava.
- Com toda certeza, e acho merecido
- Também tinha outra opção de esconderijo pra você.
- Quando eu saí de casa eu só queria ver o Jiro...
Ficou vermelha assim que as palavras saíram de sua boca, Jiro também estava muito tímido ouvindo aquilo.
- o Rubens te esconderia facilmente também.
- Não quero complicar mais ainda a vida do Rubens.
Sammy continuou a falar com a prima e olhou para Jiro os observando bem sério.
- Eu nunca entendi...
- O que?
- Eu nunca entendi o porquê de você ter aberto mão do posto de líder Sammy, você é inteligente pra caralho e também extremamente bem treinado, por que você não vai ser o novo senhor Veríssimo? Por que você passou o posto pra Mia?
Samuel abriu um sorriso lindo e se virou pro primo carregando uma paz de espírito de dar inveja em qualquer um.
- A minha irmãzinha tem que ter tudo do bom e do melhor, ela é a luz do meu dia, o motivo do meu sorriso, meu passado, futuro e presente, se ela diz que algo está certo e o resto do mundo disser que está errado meu trabalho como irmão mais velho e transformar o errado em certo pra ela, nada no universo é mais importante que ela, eu vivo pra ver o sorriso dela desde o momento que ela olhou pra mim e segurou meu dedo com aqueles dedinhos gordinhos e rosados, ela é meu eterno tomatinho, mesmo ela não cabendo mais nos meus braços e tendo ficado mais alta do que eu, ela ainda te lugar no meu colo.
- Então você se afastou da liderança.... por que seria o melhor lugar pra Mia estar?
- Exatamente, a minha irmã vai ser a líder da ordem, e eu sempre vou estar ao lado dela a aconcelhando e fazendo meu papel de irmão.
- isso é muito bobo!
- Não tenho culpa se você não consegue pensar o mesmo em relação a Naomi.
- ei! Eu amo a minha irmã!
- não estou dizendo que não ama, mas não confia nela.
Jiro ficou em silêncio e Olívia o acompanhou, aquilo doeu muito mais do que gostariam, sua irmãzinha merecia muito mais do que aquilo.
Se olhares matassem, Laila e Naomi estariam mortas e enterradas, dava pra ver de longe que Mia estava muito brava com elas.
- Vixi....você sabe o que aconteceu Sister in law?
Bea olhou pra Erin com uma cara de "é sério que você vai ficar me chamando disso?" Erin novamente abriu um sorriso debochado que basicamente dizia: "você vai ter que me engolir"
- Pelo que o Dante disse que o Sammy disse pra ele, elas brigaram por causa do Jiro.
- Do Jiro?
- Sim, a Olívia fugiu de casa lembra?
- Tô sabendo.
- Então mas tem que lembrar também que os dois se tornaram consortes um do outro, mas o Jiro não parece estar se importando tanto que a Olívia sumiu.
- Que esquisito...eles sempre se derem muito bem.
- Pois é, eles eram melhores amigos antes disso tudo.
- Aparentemente não pelo visto, porque as meninas estavam crentes que ele tinha levado mulher pro apartamento dele.
Erin arregalou os olhos chocada, não imaginava que Jiro fosse esse tipo de pessoa.
- Mas aí que vem o plot Twist minha amiga, não tinha ninguém na casa do Jiro, e ele ficou muito bravo e brigou com as três, agora a Mia tá brava porque ela não queria magoar o Jiro, mas acabou magoando porque foi na onda das primas.
Erin parou por alguns segundos e olhou pra amiga querida juntando as sobrancelhas de forma lenta e ficando um pouco vermelha por estar brava.
- A Mia é idiota?
- o que?
- A Mia é idiota? Porque honestamente eu estou muito brava com ela agora.
- Como assim Erin?
- Ela é a próxima senhora Veríssimo, ela é a nossa futura líder, nos somos os futuros pilares que iram ajudar a Ordem e ela no futuro, ela não pode e nem deve se deixar influenciar pelas pessoas assim, sendo parentes dela ou não.
As vezes as pessoas esquecem que por mais que Erin tenha uns parafusos a menos, os que ela tem ela usa muito bem.
- Não fala isso pra ela, vai deixar ela triste.
- Bea....
- É sério Erin o Dante me falou que ela já tá se sentindo meio incapaz por causa disso.
- caralho mas o Dante é uma Maria Fifi do caralho.
- Ele adora uma fofoca.
As duas soltaram uma risadinha.
- Mas você não deixa de estar certa, ela precisa de um pequeno choque de realidade.
- Na verdade ela precisa que alguém com autoridade fora da família dê um chacoalhão nela.
Bea olhou para as 3 primas Veríssimo se encarando bravas uma com as outras e pegou seu celular mandando mensagem para Arthur e também para Daniel.
- Você não tem direito de estar brava! Meu irmão não quer nem falar comigo, o seu pelo menos tá te consolando.
- Não ponha a culpa em mim Naomi, isso aconteceu porque você não confia no seu irmão!
- É lógico que eu confio nele...eu só pensei....
Enquanto as duas discutiam Laila só pensava que se sua irmã estivesse ali ela saberia mediar a discussão, enquanto ela não sabia nem como fazer elas pararem de brigar.... queria sua irmã mais velha de volta.
- Eiiiii! Vamos parar com isso? Não chamei ninguém aqui pra brigar não! Miguel me deu dinheiro e eu quero gastar com vocês então se comportem.
- A Erin pelo amor de Deus!
- Deixa de ser chata Naomi!!!
- já que eu estou incomodando eu vou embora!
Mia se virou já pensando em ficar agarrada em Samuel o dia inteirinho de meu Deus, porém sentiu-se ser segurada.
- Você é minha amiga também Mia, fica vai!
- Erin eu vou estragar o clima do rolê.... Eu tô muito brava!
- Então tenta não ficar brava....por mim vai....
Mia olhou pra Erin que no momento fazia cosplay de gato de botas usando seus olhos verdes como golpe baixo.
- Aí...ta...ok.
Erin abraçou a amiga com muito carinho e então se virou para as outras duas Veríssimo extremamente empolgada mas também bem brava.
- Vocês duas também tem que se comportar!
Não muito felizes as outras duas Veríssimos concordaram, elas precisavam mesmo de uma distração.
Rubens olhava para as tia bem bravo e Balu queria se enfiar num buraco e se esconder, quando Rubens ficava irritado não tinha ninguém que conseguisse o acalmar.
- Laal!
- Não papai, elas tem que escutar.
- LAAL!
- Vocês não fazem ideia de o quão difícil é ser constantemente lembrando que se tem deveres a cumprir, de como a honra de tal pessoa está na suas costas, de como essa quantidade absurda de pessoas depende de você todos os dias, a Olívia carregou esse peso nas costas pra que a Laila tivesse a oportunidade de ter um pouco de normalidade na vida, minha irmã gêmea fugiu pra se casar com um cara que ela não gosta só pra se ver longe dessa pressão, e eu não culpo ela por isso! Eu vi as meninas crescerem e posso falar, elas estão exaustas! Ou vocês acham mesmo que crescer longe dos primos foi fácil? Ver eles nas férias e poucos outros eventos do ano não era o suficiente! Um dos motivos d'eu ter esperado tanto pra querer ter um bebê e Justamente pra que a criança que eu gere não tenha que passar pelas merdas que eu e os meus primos passaram.
Vocês estão TÃO ERRADAS mas não conseguem ver isso, eu sei a frustração de ser bastardo! EU SOU O MAIOR BASTARDO DE TODA ORDEM, FILHO DE UMA BASTARDA, COM UM HOMEM QUALQUER QUAL FUTURO QUE EU TINHA??? Eu sei que vocês querem garantir que os filhos de vocês tenham um futuro na ordem mas exigir isso deles não vai trazer nada de bom pra ninguém, e honestamente eu tenho ate medo de trazer meu futuro bebê pra vocês porque eu não sei que tipo de pressão vocês vão colocar encima da minha criança, a Olívia quer ter um bebê por amor, ela quer amar uma criança e criar uma família, não tá fazendo isso pela ordem, tá fazendo por ela mesma! Não por dever, ou por sucessão, mas parece que vocês não querem ver isso.
- RUBENS! CHEGA!
Balu bateu na mesa e se levantou bravo mas antes dele falar alguma coisa Jhonny apareceu na frente do marido apontando uma arma pra cara do sogro, por isso Balu gostava tanto de Jhonny, não importava contra quem ou o que, Jhonny SEMPRE estaria do lado de Rubens, mesmo que isso significasse cair na porrada com o próprio sogro.
- Sogro, com todo respeito, abaixa o tom pra falar com meu marido.
- Jhonny, abaixa a arma e deixa meu pai dizer o que ele quiser.
Balu respirou fundo de acalmando embora Rubens não estivesse errado aquilo tinha sido muita grosseria, olhou para as irmãs e ambas pareciam bem desconcertadas.
- Rubens eu entendo o seu ponto, mas suas tias merecem respeito.
Rubens olhou para o pai e ambos pareciam espelhos um do outro, braços cruzados e de cara amarrada.
- Falar a verdade não é falta de respeito.
Balu olhou pro teto e jogou a cabeça pra trás extremamente frustrado.
- Rubens existem maneiras melhores de falar essas coisas...
Rubens soltou uma risadinha.
- Como o senhor mesmo já me disse: "as vezes as coisas precisam ser um pouco rústicas"
Balu olhou pro filho com uma cara que dizia: "você vai mesmo usar minhas palavras contra mim?" E Rubens respondeu com um sorriso.
- Suas tias estão passando por um momento difícil, tenha mais compaixão.
Rubens riu outra vez.
- Quem está passando por um momento difícil são os meus priminhos isso sim.
Se virou e voltou pra dentro da cozinha sendo seguido por Jhonny deixando os três Veríssimos mais velhos na sala, o clima estava estranho.
- Será que é verdade?
Shizui e Balu olharam para magistrada que olhava pra sua xícara de café.
- Quando foi que eu parei de olhar pras minhas filhas como garotinhas e passei a ver elas como peças pra ordem?
- Tonya...
- Você é uma excelente mãe... Não fique assim...
- Uma excelente mãe que nem sabe onde a filha mais velha está...
Silêncio.
- Meu Rubinho está muito emocional por causa da mudança dos hormônios pro tratamento de fertilização, ele não falou por mal.
- Ela pode não ter falado por mal, mas com toda certeza essa foi a vez que ele mais falou...ele tem realmente medo que eu fale algo pro bebê ainda inexistente dele?
Balu colocou a mão nos bolsos e pareceu meio sem graça.
- Todos nós cometemos erros como pais Antônia, eu sei onde errei com os meus e estou tentando de verdade concertar.
Balu tinha plena noção de como o seu término com Mark afetou seus filhos e também sabe que ele foi muito difícil de lidar durante os meses de luto sobre seu namoro.
- O Jiro tá muito esquisito aleatoriamente, e também não quer falar comigo, Rubens não é só tipo que fala coisas a esmo.
- Corrigindo, ele não é do tipo que fala.
Balu olhou feio pra Antônia por causa da afirmação da irmã mais nova.
- Talvez fosse melhor a gente conversar com as crianças um pouco, eles parecem bem cansados.
- Com toda certeza...talvez esse natal pudéssemos fazer algo diferente para animar eles
Shizui fez uma expressão exagerada e então abriu um sorriso lindo
- Como não pensei nisso antes! Que tal fazer uma festa de natal em um dos meus restaurantes?
- A ideia não é ruim.
- Um jantar mais intimista, com toda família parece ser uma boa ideia.
- Eu vou falar com o Hector, espero que o Chris e Brulio estejam cuidando bem dele.
Christopher estava lavando a louça do café enquanto Brulio estava com uma honesta dificuldade de se manter em pé, ele realmente estava terrivelmente cansado.
- Já que estamos aqui e vocês com toda certeza não vão me deixar trabalhar, que tal assistirmos um filme.
- eu acho uma boa ideia.
Brulio queria qualquer desculpa pra ficar quietinho.
- Podemos assistir um dos filmes do Christopher.
Foi-se ouvido um barulho de coisa caindo na cozinha e Hector abriu um sorriso malvado vendo Christopher aparecer na sala muito vermelho e envergonhado.
- What are you doing?
- Estamos falando em assistir um dos filmes que você estreitou quando era mais jovem.
- Q-Qual? Algum junto com o Arnaldo?
Brulio reparou que seu namorado estava extremamente envergonhado e tímido por algum motivo, ficou bastante curioso.
- Talvez alguma comédia romântica que você foi o mocinho? Você sempre fez filmes bem românticos, mas com toda certeza os que você estreitou como vilão eram muito melhores.
- Hector...
- principalmente em Bloodlust in the Night - Sede de Sangue na Noite, você foi um excelente vilão, sério me deu arrepios assistir isso, se bem que
The Stalker in the Woods - O Perseguidor na Floresta, também foi uma obra incrível, como você conseguiu transmitir tanto medo sem tem uma única fala como vilão, sem contar que foi um plot Twist simplesmente incrível no final.
Brulio ficou curioso, não iria admitir, mas nunca tinha assistido nenhum dos filmes que seu namorado estreiou, talvez fosse sua chance de conhecer mais um lado do seu namorado.
- Eu fiquei curioso, quero assistir.
Dava pra ver os olhos de Christopher implorando pra não assistirem aqueles filmes, porém Hector pegou os dvds autografados por Chris e colocou nas mãos do gaúcho.
Também tem em algumas plataformas de streaming, porém sinto que assistir o dvd remasterizado e autografado pelo meu melhor amigo é outra sensação.
- Eu vou voltar a lavar a louça.
- Não vai não, fica aqui bonitão!
- Hector please...
- It will be fun! C'mon! Dont worry!
Chris queria desaparecer, viu Hector pegar o Dvd de Bloodlust e se encolheu por completo.
- Eu vou fazer uma pipoca de microondas pera aí.
Saiu pra cozinha e no mesmo instante Christopher foi seco tentar tirar o dvd das mãos do namorado.
- Que foi Christopher?
- Você não que assistir outra coisa?
Brulio levantou uma sobrancelha intrigado, o que será que o namorado estava escondendo, será que tinha algo muito vergonhoso nesses filmes?
- Já tomei minha decisão querido.
Automaticamente Chris levou os dedos até a boca começando a roer as unhas, ele estava extremamente envergonhado e nervoso.
Hector voltou com a pipoca e pela cara de Chris ele estava desesperado, aquilo seria divertido.
O filme era um gore sangrento e bem violento, lembrava muito uma mistura jogos mortais com Pânico e pequenos toques de hellraiser e lá estava seu namorado fazendo o papel de serial killer/justiceiro divino e sangrento.
O filme não estreiou no Brasil então estava apenas legendado, Brulio não se incomodava com isso, porém ver Christopher usando um machado, suado, coberto de sangue cenográfico, com uma máscara aterrorizante de demônio completamente destruída o estava fazendo dispertar coisas estranhas dentro de si.
O plot do filme era bem simples e manjado, adolescentes de merda fazem bullying com um rapaz inocente e ele acaba morrendo como consequência desse bullying, porém nos seus últimos momentos de vida enquanto era enterrado vivo acaba invocando um demônio que se compadesse da alma do rapaz e atende seu pedido de vingança, tomando a forma do garoto o demônio faz uma chacina com os culpados sobrando apenas a Final girl que era a antiga melhor amigo do pobre nerd.
O filme acabou e a música dos créditos começou a tocar, foram as 2 horas mais bem gastas que já teve o prazer de gastar.
Olhou pro lado e por estar tão concentrado no filme que não percebeu que Chris e Hector tinham mudado de lugar, agora o Veríssimo estava no meio dos dois e parecia segurar a risada, olhou pro namorado e ele estava encolhido no sofá completamente envergonhado.
- Christopher?
- Vamos para o próximo.
Quando ouviu essa frase Chris pegou a jaqueta de Brulio e se cobriu com ela completamente tímido e encabulado.
Bloodlust era só violência e sangue, tinha bastante cenas gráficas e era bem óbvio os efeitos especiais e de maquiagem, porém The Stalker in the Woods era um terror psicológico horrível e honestamente arrepiante.
Era a história de um grupo de adolescentes de vários ciclos sociais que mantinham relações bastante complicadas, desde namoros a rivalidade e bullying, em uma pegada bem gossip girl só que com mortes horríveis.
Cada um dos adolescentes tinha um segredo obscuro terrível e eles eram chantageados e stalkeados durante todo o filme pela figura da floresta, os segredos deles eram revelados publicamente junto com seus corpos mortos como se os segredos fossem motivos de suas mortes, então todos aqueles que sabiam os segredos ficavam apreensivos com medo de serem os próximos, no final nem professores escapavam da figura na floresta, e Brulio realmente se assustou algumas vezes com esse, e tinha realmente um incrível plot Twist, porque no final quem foi preso não era o culpado mesmo tudo indicando que era ele.
(Nota: esses dois filmes são livros que eu comecei a escrever e depois descartei, o que vocês acharam?)
- Christopher você nunca devia ter parado de atuar meu amigo, mesmo sabendo que você prefere ser dublê e diretor sua atuação é uma pérola pra humanidade.
- Huuuummmmm
Completamente coberto pela jaqueta do namorado Christopher parecia querer desaparecer.
- Eu vou pegar um copo de água, já volto.
Hector saiu da sala e de imediato Christopher se encolheu ainda mais no lugar que estava.
- Querido?
- hum?
- Tem algo que queira falar?
Brulio pegou sua jaqueta e puxou mostrando Chris todo encolhido e aparentemente muito acanhado.
- The movies...
- Que?
- os filmes... Você... você está com medo de mim? Você ainda gosta de mim? Eu ainda sou o Christopher...eu ainda sou o seu "querido"?
- Christopher! De onde veio isso???
- Geralmente as pessoas dizem que não me imaginavam desse jeito depois de ver um filme meu.
Ah! Então era sobre isso que se tratava.
- Chris eu te conheci antes de ver seus filmes, o Christopher que eu gosto tá na minha frente.
Se aproximou e deu um beijinho na bochecha do namorado fazendo Chris ficar rosinha, Hector novamente estava espiando os maçã caramelada, e ele sorria de forma bastante honesta e feliz por seu amigo.
"Você merece todo esse amor Christopher"
Algo que Mark não esperava em toda sua vida com toda certeza era ser tratado com todo aquele cuidado.
Não sabia o porquê mas o colo de Gregório era muito confortável e acolhedor, ele realmente tinha uma aura paternal muito aconchegante e atrativa.
- Tente ficar acordado, dormir muito pode dar fraqueza e dor de cabeça.
- o único jeito de eu não dormir e você parar de me fazer carinho.
- Então vou te fazer café.
- não....fica aqui....
Antes de Gregório conseguir se levantar Mark o agarrou com relativa força, ele parecia uma criança carente.
- Assim tu me machuca!
- Desculpa!
Soltando um pouco o amigo querido e se aconchegando melhor Mark parecia bem relaxado.
- Greg.
- Sim?
- Posso fazer uma pergunta?
- Quantas o teu coração quiser.
- Você realmente não se sente atraído pelo Brulio? Ele é muito bonito.
Gregório olhou pra cara do francês demostrando um pouco de nojo com aquela expressão.
- Ele é praticamente meu irmão, eu dei banho nele e até troquei frauda, como eu poderia me sentir atraído por ele.
- Ok, mas já se sentiu atraído por algum outro homem.
Gregório colocou a mão no queixo e puxou a barba pensativo, não se lembrava de sentir nada por nenhum homem na vida, sempre achou homens bonitos, conseguia apreciar a beleza estética de um homem, mas nunca sentiu vontade de ir pra cama com nenhum.
- acho que não, por que?
- sei lá....tenho a impressão que isso pode mudar.
Enquanto os dois senhores curtiam a companhia um do outro os jovens obscurite estavam com Jasper bem feliz, bônus tinham bolo feito por Gregório como lanchinho, mesmo eles tendo acesso a toda comida possível Gregório fez questão de lhes dar algo pra comer, acharam isso fofo.
- Jasper você é tão perfeitinha, titio ama muito você.
Dominic estava como de costume amando Jasper intensamente, a distração era tão grande que não reparou em Yuki e Max conversando na varanda.
- Então o namoro e sério?
- é....quer dizer.... não sei....eu ainda tô muito confuso...
Yuki veio pra frente e se apoiou na grade um pouco pensativa também.
- Você gosta dele?
- ......
- Max!
- Eu não sei explicar...eu gosto dele, eu realmente gosto dele, mas é tão difícil confiar nele.
Yuki suspirou um pouco cansada e arrumou o cabelo que o vento tinha bagunçado.
- Se não der certo você pode dizer que tentou.
- Tentar é assustador....
- Eu melhor do que ninguém sei disso.
Max olhou pra amiga e colocou a mão no ombro dela de forma reconfortante e bastante compreensiva.
- As coisas com a Carina estão difíceis?
- É complicado Max.
Com um sorriso meio triste o rapaz se aproximou e encostou a cabeça no ombro da amiga, ele queria passar e sentir conforto, Yuki se sentiu grata por ter seus amigos por perto, duvidava que conseguiria lidar com a italiana sozinha.
Enquanto isso Carina estava se segurando horrores para não ter um surto, pulou na cunhada lhe dando um abraço apertado que foi correspondido de imediato.
Por Artemis gostar muito de Carina ela acabou abraçando a cunhada de imediato e até deu um beijinho na cabeça dela.
- Eu tô muito feliz!
- Mas se acalma, eu quero fazer uma surpresa pra sua irmã no natal.
- Isso é tão romântico!!
- Carina se acalma!
- A gente pode falar com o Alex, ele é muito bom com essas coisas românticas.
- o Alex é bom com o que?
Enrolada na toalha Carla entrou na sala sem uma única preocupação na vida, os olhos de Artemis seguiram a namorada feito um animal selvagem, Carina quase tem um troço de tanto desconforto.
- Nossa já ia esquecendo, eu tenho que ir no mercado rapidinho.
Carina se levantou e pegou suas coisas saindo de casa, sabia exatamente o quais eram as intenções da cunhada.
- ué? O que deu nela?
- Não sei...mas sei você está tentando me enlouquecer.
- O que?
Sentiu os braços musculosos da namorada ao seu redor e depois uma enxurrada de beijinhos, ela se esquecia as vezes em como a sua namorada a amava.
Bruno sempre foi a coisinha mais doce e gentil com ela, porém eles não se amavam, não romanticamente, ainda sim ele foi um namorado perfeito, ele merecia viver um amor de verdade também.
Bruno bateu na porta um pouco timidamente e o sorriso no rosto de Vic foi capaz de o revigorar pelo menos o suficiente para a semana.
- Vida tu vaio me ver!
- Como eu poderia ficar longe do meu cupcake.
Nesse momento Ivan sentiu o peso da sua solteirisse.
- olha eu vou descer porque não tô afim de ficar de vela.
Ivan desceu e foi mexer em seu jardim, acabou arrastando Ivete pro jardim também, a senhora não via nada de errado em cuidar das plantinhas dele.
- cupcake não se esforce demais ok.
- pode deixar vida.
Sentiu os lábios tocarem os seus e todos os seus instintos diziam para grudar em Vic e nunca mais soltar.
- você vai poder pegar eles pra treinar em janeiro, na primeira semana.
- Espero conseguir fazer o que eu quero.
- Tenho certeza que vai.
Vic nunca imaginou que teria um namorado, mas agora que tinha não conseguia imaginar uma vida sem Bruno, queria casar com ele.
Ficou um pouco vermelho com esse pensamento, ele queria muito fazer Bruno Feliz, e vice versa.
- a propósito, eu tive uma ideia pra irritar meu pai quando formos ver ele.
Bruno sorriu com um pouco de maldade e se aproximou ainda mais do namorado.
- Sou todo ouvidos meu amor.
Vic sorriu igual.
Gal estava sentado mexendo no celular quando recebeu uma mensagem de Erin, abriu sentindo o coração acelerar e se sentiu meio patético por estar daquele jeito por causa de uma mensagem.
- fofas...
Era uma selfie de Erin com as meninas sorrindo e tomando um milkshake, elas pareciam estar se divertindo.
Suspirou e viu outra mensagem subir na tela.
"Da próxima vez eu quero um encontro com você"
Isso fez Gal ficar muito vermelho e tímido, se sentia tão idiota sendo apaixonado daquele jeito.
- Pelo jeito as coisas com a Erin estão melhorando....ou piorando....
- o que?
- Gal....você tá obviamente apaixonado...
Mariana estava morrendo de amor vendo seus bebês nas roupinhas que Cesar tinha feito, e seu irmão também parecia estar se divertindo cuidando de seus sobrinhos.
- quem é a coisa mais linda do tio?
Mesmo bebês sendo pequenos e fofos já era bem óbvio que os trigêmeos tinham algum jeito de lembrar de Cesar porque foi só ele falar isso que os três começaram a fazer festa na cama.
- Acho que eles sabem quem você é?
- talvez seja o timbre da minha voz.
Mari se aproximou do irmão e encostou o nariz no couro cabeludo dele.
- Que foi isso?
- Acho que o seu cheiro seja mais provável deles lembrarem.
- Tá de brincadeira? Eu tomei banho antes de vir pra cá!
Mariana riu e seus bebês também riram com ela, era muito bom ter alguém cuidando dela desde jeito, uma pena que quem deveria estar cuidando, não estava.
Tirar Erin do apartamento foi facil eles precisavam ter um tempo realmente só para eles.
Abrir a porta do apartamento deles depois de tanto tempo foi uma experiência um pouco estranha, as coisas e móveis estavam exatamente igua e ao mesmo tempo muito diferente.
- caralho...como é possível?
- O que?
- Eu ainda consigo sentir o cheiro dela.
Miguel e Kennan se olharam e o peso das escolhas deles estava cada vez mais difícil de aguentar.
Aron acordou sentindo algo pesado encima dele, abriu os olhos e seus filhos estavam cada um de um lado segurando seus braços enquanto dormiam.
- Aí que maravilha...
Com o máximo de delicadeza que consegui se levantou sem acordar os filhos, foi engraçado ele se mexendo em câmera lenta e escorrendo feito uma mola de brinquedo.
Assim que saiu da cama tanto Daniel como Joui começaram a procurar ele na cama e isso quebrou Aron de um jeito inimaginável.
Daniel achou Joui na cama e o abraçou de forma carinhosa o protetora, isso fez Joui se aconchegar nele quase de imediato, Aron quase morreu de tanta fofura.
Foi na cozinha e bebeu um copo de água se sentindo esquisito e triste, ele ainda ouvia o pedido de Joui para que ele não fosse embora e isso quebrava seu coração.
- meus deuses o que eu faço?
Pegou seu celular e digitou uma mensagem para Walter:
"Podemos nos encontrar?"
E quase de imediato o meio australiano respondeu:
"Claro! Só mandar hora e local"
Aron respirou aliviado, ele precisava de um ombro amigo no momento, não se sentia capaz de tomar aquela decisão sozinho.
💉💚
A vida normal não lhe era mais muito atrativa, sentia falta de estar em seu laboratório (clandestino) e mexer com produtos químicos sem restrições, isso não se comparava com a rotina chata de alimentar galinhas todas as manhãs.
As muletas estavam encostadas em um local afastado enquanto ela jogava milho e ração para as suas amigas penosas, estava tão concentrada que não percebeu Raquel a observando de longe, ambas as irmãs estavam com pensamentos estranhos na cabeça.
💉💚
🗑️🔪
T-bag estava absurdamente determinado e ficar com Damir, realmente lembrava muito um animal selvagem que tinha escolhido uma fêmea pra acasalar, só tinha um probleminha.
Com sua visão periférica via Boris o olhando por cima bem sério, enquanto Damir passava o algodão com álcool para limpar o local.
- Fecha os olhos pra não doer mais.
- Se doer você vai dar um beijinho pra sarar?
Era possível ver Boris fervendo de raiva do outro lado do quarto, porém Damir não pareceu ao menos registrar sua cantada, tudo bem ele tinha outras cartas na manga.
🗑️🔪
🌸💮⛩️🗡️
Uma coisa que Hidetaka era muito bom era em investir e manter negócios no ar, então querendo sim ou não o grupo Jouki sempre esteve em números nem altos na bolsa de valores, então aquela enorme compra de ações não pareceu estranho, mas ele esquecia que tinha uma pessoa que era tão boa quanto ele.
Akemi era tão inteligente quanto o futuro ex-marido e sabia muito bem como investir de maneira que ninguém suspeitaria dela, porém tinha uma coisa que ela precisava fazer.
Se tinha uma coisa que deixava Akemi amarga era o fato dela ter tido que deixar sua futura carreira como atleta pra trás quando se casou, ela adorava arco e flecha e era muito boa no Kendo.
Olhou para sua espada encostanda na parede e respirou fundo.
- Não se preocupe, logo você terá um novo mestre shinokage.
🌸💮⛩️🗡️
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Lorenzo chegou em casa levemente apavorado, Lúcio embora não estivesse com a maior amizade do mundo com o negro bonitão percebeu que ele estava obviamente muito apavorado.
- Lorenzo que cara é essa?
Sentia a ponta dos dedos dormente e a mão que Alex tinha apertado parecia que iria derreter de forma dolorosa.
- Lorenzo?
Olhou pra Lúcio e engoliu a saliva sem saber o que responder, o pânico na cara do companheiro de gangue chamou atenção dos outros membros.
- Lorenzo o que aconteceu pia?
- Seu Rodolfo....
Instintivamente abraçou o líder da gangue deixando todos muito preocupados com ele.
- Pia tu tá tremendo!
Sabia que o marido de Arthur não era flor que se cheirasse, mas com toda e absoluta certeza ele teria morrido hoje se Arthur não estivesse na mesma sala.
Pela primeira vez na vida, Lorenzo sentiu o peso da sua insignificância e mortalidade, e agora estava honestamente apavorado.
- Eu quase morri agora...
- o que?
- como é?
- o que aconteceu?
- como assim?
- Explica isso direito Lorenzo!
Ele não podia contar a verdade...olhou para os namorados e companheiros de gangue e sentia as palavras morrerem na garganta, ele estava completa
mente sozinho em seu medo e desespero.
- um cara me fechou no farol, eu quase bati...
Todos se juntaram pra tentar acalmar o companheiro de gangue, mas a nenhum deles podia saber a verdade.
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
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