Hector instantaneamente percebeu que sua filha não estava muito bem, Lupi pulou dele pra ela abanando seu rabinho e brincando muito com a ruiva.
- Oi Mia!
- Oi tia, como a senhora tá?
- Tentando controlar seu pai.
- Boa sorte com isso, ele é muito teimoso.
- Eu sei bem!
- Ei! Eu estou aqui!
As duas olharam para Hector e ele se sentiu incrivelmente julgado.
- Tia eu posso falar com meu pai um pouco as sós.
- Claro princesa, e você se comporta Hector!
- Eu literalmente estou parado.
Ainda fazendo cara de brava Antônia saiu do quarto deixando pai e filha sozinhos, Mia se aproximou da cama e se sentou próxima ao pai e então segurou a sua mão.
- O que foi minha filha?
Mia parecia querer chorar então se jogou no peito do pai com força o abraçando com tanta força que Hector questionou se ele que era muito fraco ou a filha que era muito forte.
- Eu não gosto de sentir isso!
- Isso o que?
- Eu não gosto de brigar com as minhas primas, eu não queria ter magoado o Jiro, eu queria ter apoiado a Olívia melhor.
Hector olhou para sua menina com carinho e deu um beijinho no topo da cabeça dela afagando seus cabelos ruivos com cuidado.
- Mia, olhe pra mim...
A moça ergueu a cabeça segurando as lágrimas, as mãos calejadas do pai lhe afagaram em um carinho cheio de amor.
- Nesse momento eu não sou seu pai, e sim seu líder e falarei de mentor para aprendiz.
Aquilo deixou a mais nova muito assustada e bastante preocupada, já imaginava que levaria uma bronca.
- Mia, VOCÊ é a próxima líder, antes de enxergar seus primos como seus primos os enxergue como membros da Ordem, as decisões que você toma tem peso para todo o nosso clã, nem mesmo eu ou seu irmão temos controle ou opinião sobre as suas decisões, porque VOCÊ é a próxima Veríssimo, milhares de histórias correm no seu sangue, você é a imagem perfeita de um Veríssimo, e eu como líder me sinto em paz em saber que a nossa família estará em suas mãos quando eu partir.
- Papai...
- Mas antes de tudo, quem não acredita em você deve desaparecer....
- Eu vou fazer desaparecer.
- então temos um problema porque quem menos acredita em você minha filha, é você mesma.
Silêncio.
- Minha herdeira, todas as pessoas ao sua volta tem total confiança nas suas capacidades, seu irmão abdicou da posição porque acredita em você, seu tio e suas tias juraram lealdade, a única que tem dúvidas sobre você é você mesma.
Eu sei que você fará coisas maiores do que todos os os líderes que já existiram, e será uma das líderes que jamais será esquecida.
Mia respirou fundo e segurou as lágrimas outra vez, ela precisava ouvir àquilo, abraçou seu pai com força é se sentiu mais acolhida.
Na sala os outros três irmãos Veríssimo pareciam estar pensativos.
- Eu queria muito ter notícias da Olívia, ela é minha herdeira e estou sentindo que a deixei de lado.
- as coisas tão muito complicadas com o Jiro, ele nunca ficou tanto tempo brigado com a Naomi.
Balu arrumou o bigode e se recostou na cadeia olhando pro teto, se estava difícil com esses dois não podia imaginar o que se passava pela cabeça de Rebecca.
Rubens respirou fundo e brincou com seu colar de flamingo no pescoço, não queria que suas primas passassem pelo que Rebecca estava passando.
- O que vocês querem para o futuro de vocês? Dentro da ordem especificamente.
As moças se olharam e por um segundo a mente delas ficou completamente em branco, não tinham resposta para aquela pergunta.
Aquilo era bem ruim, se elas não tivessem ideia do que queriam elas provavelmente só seriam noivas para algum primo distante no futuro, igualzinho a Rebecca.
- Laila, você começou isso tudo porque sua irmã quer um bebê, mas eu vou ter um bebê em breve também e a Mia tem planos para ter uma criança, o que você acha disso.
Pela cara que Laila fez deu pra entender que ela estava apavorada com toda essas possibilidades.
- Laila ninguém vai te obrigar a engravidar da noite pro dia, mas podem escolher um noivo pra você.
Agora as duas estavam completamente travadas e apavoradas de verdade.
- Não! Eu não quero me casar!
- Eu muito menos.
Rubens olhou bem sério para ambas e soltou o ar pelo nariz e parecia um pouco estressado.
- Vocês não tem que fazer essas caras, Rebecca, Jiro, Olivia, a vovó Sierra, até mesmo eu fomos arranjados em casamento com consortes, eu só tive liberdade para me casar com o Jhonny porque o tio Hector é um homem com valores e não se casaria comigo quando eu era apenas uma criança.
Nós carregamos uma obrigação com a nossa família, os Veríssimos são uma das famílias mais antigas do mundo, temos sangue de faraós, imperadores romanos e chineses, reis e rainhas europeus, líderes de tribos africanas e shoguns japonês, um clã inteiro depende de nós.
- Mas eu não quero ter filhos!
- Não estou falando disso Naomi, quando se nasce um Veríssimo nosso trabalho e manter o clã e a Ordem funcionando, seja com os trabalhos ou gerando um herdeiro, então se não quer ter filhos se recomponha e aja como a Veríssimo que você é! Quando olham pra nós não é apenas a nossa imagem que vem, tem muita história e vidas representadas no nosso rosto, honrem nossos antepassados e garantam que no futuro os próximos herdeiros saibam a direção que devem seguir.
Jhonny sabia com quem tinha se casado, e ele não poderia ser mais mais feliz e estar mais orgulhoso.
Erin olhou pra Gal com os olhos arregalados e pela primeira vez ela ficou muito corada e tímida e Gal a acompanhou na vergonha.
- Sei bellissima... molto, molto bella...
Gal não gostava muito de falar italiano, gostava do seu português mas no momento não existiam palavras em português o suficiente para descrever a sua namorada.
- Thanks...
Definitivamente não iria com aquela vestido branco, não saberia se comportar corretamente se Gal a olhasse daquele jeito durante a festa.
Ia falar alguma coisa a mais porém sentiu as mãos finas na sua bochecha a forçando a olhar pra ele outra vez.
Ele se aproximou um pouco ansioso e nervoso e ela fechou os olhos sentindo os lábios dele rente aos seus, todo seu corpo pareceu entrar em estado de choque, aquele beijo era tão doce!
Todas as vezes que sentia os lábios dela juntos aos seus o seu corpo inteiro travava e parecia ser sugado para o meio do espaço, era tão incrível que ficava sem palavras e sem rumo.
O beijo foi separado de forma lenta e para os dois olhar nos olhos um do outro poderia ser considerado uma droga, ambos eram viciados na cor dos olhos do parceiro.
Mais azul que o céu, mais profundo que o mar, mais valiosos do que qualquer Acqua marinha, topázio ou lápis lazúli, por trás daqueles olhos lindos tinha tantas coisas mais pra descobrir e como ela queria decifrar cada uma dessas coisas.
Saber que aqueles olhos verdes o acompanhavam por onde passava fazia seu coração acelerar, queria ter toda atenção dela só pra ele.
"Eu realmente...gosto dela..."
Esse pensamento apavorou tanto Gal! Ele tinha medo de ser deixado mais uma vez.
- Eu acho que o verde é a melhor escolha...
- é...eu concordo...
Os dois se afastaram lentamente e Erin se trocou arrumando os vestidos nas suas devidas sacolinhas.
- Não esquece de guardar a louça que eu lavei.
- Tá pode deixar...
Erin voltou pra casa e Gal se jogou no sofá completamente atordoado e com o coração acelerado e dolorido.
- Por que? Por que agora? Eu não quero me apaixonar...
Olhou pro teto e respirou fundo para então ouvir uma batida na porta, confuso o moço bonito foi até a porta a abrindo e então sentiu Erin pular nele o abraçando e lhe dando um beijo apaixonado e cheio de sentimentos.
- Fica bem, me manda mensagem mais tarde.
Completamente avoado Gal estava travado olhando para a namorada que sorria pra ela com muito amor e carinho.
- O-ok...
Outro selinho e dessa vez Erin realmente foi embora, Gal fechou a porta e se encostou nela escorregando até o chão de maneira dramática.
- de todas as garotas que eu já conheci, eu tinha que me apaixonar pela mais maluca...
Cesar era muita coisa nessa vida, mas com toda certeza um mal irmão mais velho ele não era, e isso se estendia para tio também.
"ele tá muito mais maduro do que eu imaginei"
Kennan olhava Cesar tão sério os encarando, ele parecia prontinho para dar um soco neles se fosse necessário.
- Eu não entendo vocês.
Mari disse enquanto observava os dois, ela estava um pouco brava por algum motivo.
- vocês me deixaram e eu me reergui sozinha e agora que eu tô bem e estabilizada vocês querem voltar, eu não consigo entender.
Miguel engoliu a saliva e respirou fundo pronto pra trazer Mariana de volta pro relacionamento a qualquer custo.
- Nada justifica o que nós fizemos Mari, mas a dor de não te ter com a gente é muito grande.
- não pareceu quando eu estava tendo nossos bebês sozinha no hospital.
O silêncio que se foi feito pareceu cortar até uma geleira no polo norte, até Cesar se sentiu desconfortável ouvindo.
- Eu passei minha gravidez sozinha, dei a Luz sozinha, cuidei do meus bebês sozinha também, eu não preciso de vocês.
Aquilo foi um tapa na cara dos dois e eles honestamente não esperavam ouvir isso dela, e era pior ainda saber que ela estava certa.
- It hurts to live without you.
Miguel olhou para Kennan, ele era o único dos 3 que não falava inglês, e sabia que quando eles trocavam de língua era porque as coisas estavam sérias na discussão e não queriam mágoa-lo.
- Miguel had a bad reason For leave, but you were just cruel, and if the babies were yours... Would you have come back?
- I would have come back! I just didn't want to ruin your life....
Mari ficou numa honesta mistura de tristeza, raiva e desapontamento, se levantou e foi até Kennan ficando na frente dele e fazendo ele olhar pra cima.
- O jeito que você pensa sempre foi lindo pra mim Kennan, você vê o mundo de forma tão especial e única, mesmo que você separe as ervilhas para serem comidas por último e a maionese não possa encostar no alface dentro de um lanche, eu sei das dificuldades que você teve e tem até hoje, eu não posso dizer que te entendo, mas eu amo você, eu queria um filho seu porque assim você saberia que não estaria mais sozinho, criar alguém com a possibilidade de ter a sua inteligência e o seu jeito de ver o mundo, eu amo você independente de como sua mente funciona.
Aquilo foi como enfiar uma faca nas costelas de Kennan e girar, ainda sim ele só conseguia pensar em uma coisa.
- You still love me?
Mari sorriu triste.
- Eu nunca deixei de amar vocês, mas como eu disse, eu não preciso de vocês.
Cesar assistia aquilo atento, pra ele o amor era um dos sentimentos mais complicados de se entender, ele amava as pessoas que ele considerava dignas de seu amor, mas não podia compreender o que seu pai dizia em relação a sua mãe por exemplo, pelo menos era assim que se sentia até perceber que gostava de Joui ou melhor, estava perdidamente apaixonado por ele.
Na sala do apartamento de Alex o som dos joystick preenchia o ambiente de forma engraçada e reconfortante, pela quinta vez seguida Alex tinha ganhado de Joui no super smash brothers.
- yes!!!
- Não é justo eu não sei jogar isso direito.
- Então vamos fazer algo que você gosta!
Alex desligou o vídeo game e olhou para Joui com bastante carinho, o mais velho sorriu mas quase que imediatamente o mais novo franziu o senho.
- O que aconteceu Joui?
- Do que você tá falando? Não aconteceu nada.
A carranca de Alex aumentou consideravelmente e isso fez ele se aproximar mais ainda do melhor amigo tentando investigar a situação.
- A-chan...perto demais...
Se afastou um pouquinho do melhor amigo e ficou encarando ele um pouco mas preocupado.
- o que aconteceu Hyung?
Joui juntou as mãos e parecia segurar um pouco o choro, sentiu dedos finos colocando uma mecha de cabelo no lugar, o olhar de Alex sempre era cheio de amor e carinho quando era pra ele.
- Meu pai vai voltar pra Alemanha.
Por alguns segundos Alex pareceu preocupado e um pouco triste, ainda sim ele esperava Joui terminar de falar, mas o asiático parecia não conseguir formular a frase.
- Vai sentir saudades? Quando ele volta?
- Depois do carnaval.
- Março então, você tem 3 meses pra aproveitar a companhia dele pessoalmente.
Joui abaixou mais a cabeça e ficou em silêncio alguns segundos.
- Ele disse que iria voltar depois do natal, mas aí o Nii-san pediu pra ele ficar um pouco mais, na verdade eles meio que brigaram ou se magoaram, mas no fim o Oto-san cedeu e decidiu ficar mais um pouco pra agradar meu Nii-san.
- E por que isso seria algo ruim?
Joui fechou as mãos e segurou as lágrimas mas eles caíram mesmo assim, agora sim Alex entrou em verdadeiro pânico.
- Hyung????
- A-chan eu sou uma pessoa ruim!!!
- Wait! What?
- eu fiquei com tanta inveja do meu irmão, por que meu pai não me ama daquele jeito também?
- Eu tenho certeza que o senhor Aron te ama muito também!
- Não! Não o meu Oto-san...eu sei que ele me ama! Eu tô falando do meu Oto-sama, meu pai, Hidetaka Jouki.
Alex travou no lugar vendo Joui chorar e se encolher no sofá em frustração, conseguia entender a dor de Joui então o envolveu em um abraço carinhoso.
Sentia a mão grande lhe fazendo um carinho aconchegante nas costas e a cabeça dele estava apoiada na sua, conseguia sentir a preocupação de Alex nos toques dele, ele realmente era muito expressivo as vezes.
Deixou Joui chorar e chorar até o pobre coitado ficar com os olhos inchados, quando Joui já não tinha mais lágrimas deu pra ele um copo de água com açúcar.
- Melhor agora?
- Um pouco... talvez...
- Sinto que você está me escondendo alguma coisa.
- Na verdade estou com vergonha.
- Vergonha de que homem?
Joui pareceu desconfortável e evitou olhar para Alex, agora sim o mais novo ficou irritado, queria ajudar o melhor amigo mas sem ele falar o que estava acontecendo ficava difícil.
- A-chan eu pareço ingrato.
- Ingrato?
Joui respirou fundo e colocou o copo na mesa para então voltar seu corpo inteiramente para Alex.
- Eu vivo de favor com o Daniel, o pai dele me trata como filho e a família dele me trata como se eu fosse um deles desde do dia do meu afogamento, eu não quero que eles saibam que eu estou com inveja.
- Mas por que você tá com inveja?
Joui ficou em silêncio.
- Joui!!
- Eu não sei! Eu não sei...
Novamente ambos ficaram em silêncio e algo dentro de Joui parecia querer explodir a qualquer instante.
- O Daniel e toda família dele sempre me trataram tão bem... Mas no fundo eu sempre tive medo que eles me odiassem por eu ser responsável pela deficiência do Daniel.
Alex ficou horrorizado com o que tinha ouvido.
- Eu não acredito que eles pensem isso.
- Eu queria muito ser digno de todo o amor que eles me dão, então eu sempre me esforcei pra trazer orgulho a eles, só que ao mesmo tempo eu queria muito orgulhar a minha mãe e o meu pai também, mas no caso desses dois sempre pareceu que eu era um fracasso, sem contar o tanto que o meu pai era controlador.
- ele era tão ruim assim?
- As aulas que eu deveria ter, os amigos que eu deveria ter, o que eu comia ou deixava de comer, as roupas que eu usava e o jeito que eu arrumava meu cabelo, tudo sempre foi controlado pelo meu pai, as únicas vezes que eu não fui impedido de fazer algo foi quando eu disse que queria fazer ginástica olímpica, eles acharam que era um jeito honorável de retribuir Daniel por ter me salvo, eu adorei cada instante fazendo aqueles exercícios, eu finalmente tinha uma paixão que pertencia a mim e quando eu comecei a ganhar medalhas eu queria que eles estivessem lá pra ver, mas nenhum deles apareceu nem por um segundo nas minhas competições, a minha mãe sempre me recebia em casa com um sorriso e guardava as minhas medalhas, mas eu nunca ouvi um parabéns, eu só consegui vir morar no Brasil depois de ser sequestrado e dizer que eu estava traumatizado demais pra continuar lá, e aqui finalmente eu comecei a ter uma vida, e o Daniel sempre... SEMPRE fez de tudo pra estar em casa competição! Ele fazia pequenas festinhas de comemoração pra mim, levava cartolinas com meu nome, ele cuida de mim com um carinho que eu nunca sonhei que poderia sentir.
Joui parou de falar e começou a chorar novamente em Absoluta frustração.
- então por que eu tô com tanta inveja??? Por que eu sinto esse amargo na boca quando o Oto-san tá dando atenção ao Daniel?? Eu não quero sentir essas coisas feias, mas eu me sinto tão indigno de ser amado, se nem minha mãe e meu pai me amam, como eu posso pedir pra pessoas que não tem ligação comigo me amarem?
Sentiu outro abraço carinhoso e acolhedor e então após separarem os corpos sentir as mãos de Alex nas suas bochechas, ele o olhava com tanto carinho que Joui honestamente pensou que eles iriam se beijar.
"O Arthur vai me matar"
No entanto o que sentiu foi as testas de encostando.
- Eu te amo Joui, daisuke, i love You, Ani ohev otach, Saranghae...nem se eu falasse todas as línguas do mundo eu iria conseguir colocar em palavras o que eu sinto por você, eu sempre quis ter um melhor amigo e você é a realização desse meu sonho.
Joui sentia que estava ficando envergonhado, ainda sim as palavras do melhor amigo pareciam atingir seu coração de forma certeira.
- Eu entendo o que você sente, eu sou adotado lembra?
Joui sentiu como se um balde de água gelada tivesse sido jogado sobre ele, se sentiu muito envergonhado de ter falado de relação de sangue pra na frente de uma pessoa que foi completamente abandonado ou traído por todas as ligações de sangue que já teve durante toda a vida.
- A-chan me desculpa!
Alex se afastou e sorriu agora segurando sua mão com muito amor e carinho, Joui podia jurar estar sentindo as emoções que seu melhor amigo sentia naquele instante.
- Você não tem que se desculpar Joui, as vezes eu também esqueço que o meu pai não é meu pai de sangue.
Isso não ajudou muito Joui se sentir melhor, mas conhecendo Alex como ele conhecia sabia que pedir desculpas outra vez seria mais difícil.
Alex se levantou e foi até se quarto voltando com um quite de custura, se sentou novamente abrindo a caixa e pegando uma agulha fechada.
- Joui isso pode doer um pouquinho.
Antes de Joui perguntar o que estava acontecendo sentiu uma picada em um dos dedos, foi bem superficial tanto que só fez uma bolinha de sangue e se fechou, quando ia reclamar com Alex viu ele picar o próprio dedo e o mesmo acontecer com o sangue dele.
- Viu não tem diferença....e vermelho igual...
- o que???
- Amor não vem de sangue Joui, amor vem de confiança e de um relacionamento saudável, não é porque você compartilha o mesmo código genético com alguém que essa pessoa irá te amar, mesmo o Fernando que é meu irmão foi difícil criar um bom relacionamento, e honestamente falando só melhorou a alguns meses, mas você viu meu pai, viu minha mãe, sabe como meus avós me tratavam e como estavam desesperados para se livrar de mim, eu durante muitos anos senti isso que você está sentindo, essa dor de se achar inadequado, mas quando eu percebi que eu já tinha todo o amor que precisava as coisas ficaram muito mais fácies.
- A-chan...
- Eu te escolhi pra ser meu "parabatai" lembra? Porque o que eu sinto por você é muito profundo para ser taxado apenas como amor.
Joui estava TÃO vermelho que uma cereja tinha perdido pra ele, e a pior parte era saber que aquelas palavras eram sinceras.
- Você não fica com vergonha de falar essas coisas?
Alex olhava pro melhor amigo com uma carinha de incógnita engraçada e fofinha.
- Não, eu não sinto vergonha em falar dos meus sentimentos pras pessoas que eu amo.
Então Joui se lembrou de todas as investidas de Alex em Daniel e percebeu que sua pergunta realmente não tinha sentido.
- aí A-chan.... Só você pra me animar.
Sentiu um band-aid sendo colocado no seu dedo e Alex tinha um sorriso muito inocente e alegre no seu rosto.
- Agora somos irmãos de curativo.
Nesse momento o coração de Joui explodiu de amor e contentamento, realmente estava precisando de seu melhor amigo, só não tinha percebido.
- Aí Alex... só você mesmo.
- Está melhor?
- Não 100% mas com toda certeza bem melhor.
Ambos sorriram um para o outro e agora a ficha de Joui caia lentamente e sua cara ficou seria e bastante pensativo.
- Hyung?
- A-chan, eu falei com o Jun onii-Sama
Alex fechou a cara tão rápido que assustou Joui.
- Eu não gosto do seu irmão.
- Eu também não sou o fã número 1 dele, mas ele sempre me ajudou de alguma forma, mesmo que fosse de forma estranha ou reclamando, e a noiva dele é bem gentil e legal.
- Eles são um casamento arranjado não é?
- Sim, e eu não duvido que meu pai esteja planejando um pra mim.
Alex fez um bico do tamanho do mundo e tal qual a criança mimada que era cruzou os braços fazendo pirraça.
- Você vai se casar com o meu irmão.
Joui escondeu sua timidez da melhor forma possível e honestamente falando a ideia de se casar com Cesar já não lhe parecia tão absurda.
- Casamentos arranjados não são tão absurdos, o Jiro e a Olívia não vão se casar assim.
- Sim, casar entre as famílias é muito comum na Ordem, se eu não tivesse me apaixonado pelo Arthur era bem capaz de ano que vem ou em mais uns 2 anos terem arranjado um casamento pra mim com alguém.
Joui ouviu isso fez as contas, isso teria acontecido com Alex aos 25 anos, mas então porque Cesar, Thiago, Samuel e Dante não tinham um relacionamento arranjado até agora?
- Se é assim por que os mais velhos não estão noivos ainda?
Alex parecia cansado então se recostou no sofá olhando pro teto levemente incomodando e nada feliz.
- Má fama.
- o que?
- Eles tem uma péssima fama na Ordem, ninguém em sã consciência iria querer que seu filho ou filha se casasse com um galinha como Thiago, alguém completamente desinteressado como o Samuel, nem com alguém com tantos problemas familiares igual ao Dante, e muito menos com alguém frio como meu irmão.
- Eu não acho isso deles.
- Você pode não achar, mas os outros membros da Ordem acham.
- Então por isso você era tão disputado.
- Talvez, eu sou inteligente e sempre fui taxado como o mais gentil entre os herdeiros e claro eu também não iria destratar a pessoa que escolhessem pra mim.
- a fama de ser perfeito deve ser tão cansativa.
Alex se sentiu ser puxado e preso em um mata leão bem fraco seguido por alguns cascudos que realmente não doíam, acabou rindo disso, foi solto logo em seguida.
- É um pouco complicado, porém eu já sei que tentariam me casar com uma das meninas e esse tiro sairia pela culatra muito horrivelmente, eu não sinto atração nenhuma por elas, pra mim elas são minhas irmãs.
- Até a Naomi e a Laila.
Alex colocou a mão no queixo refletindo um pouco sobre a pergunta, como as duas tinham sido criadas na Inglaterra não sentia a ligação de irmãos que tinha com as outras três, mas também não sentia atração por elas.
- Muito provavelmente sim.
Joui soltou uma risadinha.
- Você é muito direto e honesto as vezes A-chan, queria ser assim também.
- Eu gosto de você do jeitinho que você é Hyung.
- Obrigada A-chan, mas se eu conseguisse colocar meus sentimentos pra fora facilmente, acho que as coisas seriam muito mais fácies pra mim.
Sentiu a cabeça de Alex em seu ombro mais uma vez o consolando, ele realmente fazia as coisas ficarem mais fácies.
- eu acho que você faz o suficiente.
- Se fosse o suficiente eu já teria me declarado pro seu irmão.
O ar travou nos pulmões e Joui sentiu Alex saindo do seu ombro lentamente, podia sentir o olhar dele o queimando por causa da intensidade, ele tinha falado demais.
Jiro estava perplexo fazendo as contas de tempo e espaço, tinha que garantir a segurança de Olivia e de seus futuros bebês.
- Jiro? O que está fazendo.
- nada demais, só estou organizando algumas coisas.
Olivia ficou um pouco confusa e preocupada com aquela resposta, de qualquer maneira ficaria de olho em seu primo.
Bruno colocou comidinha para Hera e fez um carinho na gatinha que agradeceu pela sua refeição com uma cabeçadinha de amor nas pernas do dono.
Walter olhava o filho de longe e ele parecia muito desanimado e bem triste, apertou as mãos fazendo um punho em frustração.
"Meu filhote..."
- Bruno.
- Ah! Sim papai? Precisa de algo?
- Você é o Vic já decidiram com que avião ou helicóptero vão viajar?
- Ah? Não senhor, por que?
- Eu já quero deixar separado, seu tio Chris compro o maior dos nossos aviões lembra? Eu tenho que ter certeza que meu filhotinho e meu genro estão seguros e confortáveis durante o viagem.
- Aí papai, o senhor é muito super protetor.
- Tudo do bom e do melhor para o meu herdeiro.
Bruno pareceu feliz mais ao mesmo tempo triste e isso fez Walter ferver por dentro, queria falar umas boas verdade na cara de Wanessa.
- Vai convidar o Vic pra ir em um dos nossos aeroportos particulares, tenho certeza que ele vai gostar muito.
Os olhinhos de Bruno brilharam em empolgação e ele parecia com o humor muito melhor, ele mal podia esperar para ver a carinha de Vic quando visse os aviões da sua família.
No ninho dos abutres as coisas estavam um pouco caóticas, mas acima de tudo muito engraçadas.
- Tá....por que exatamente isso tem haver com a gente?
Arthur tentou não parecer mal educado mas tinha deixado Thiago pra vir pro ninho e agora honestamente falando, estava bem arrependido.
- Porque da gangue toda quem tem relacionamento com homens são os 3 e o Vic, mas o guri virou uma hiena e honestamente acho que tá enlouquecendo enquanto o Ivan tá fazendo birra.
Ivete parecia mil vezes mais cansada do que gostaria.
- Não é justo!!!
Todos olharam para o loiro que abria uma garrafa de vodka e bebia como se não tivesse manhã.
- Eu quero um namorado! Mas quem consegue ir pra cama com um dos maiores gostosos que eu já vi é o meu melhor amigo hetero!
- Não acho que seja hetero.
Foi-se feito um silêncio constrangedor que logo em seguida foi quebrado pela óbvia sanidade de Victor indo de base, ele caiu numa gargalhada sinceramente aterrorizante.
- Vic?
- Eu fiquei no armário por fodendo ANOS! com medo de perder meus amigos, pra no fim todo mundo ser viado! Eu sou uma piada pro universo!
Vic foi até Ivan e pegou a garrafa da mão dele dando vários goles também, quando satisfeito devolveu a garrafa pro mais velho e limpou a boca com as costas das mão.
- ok, vamos acabar logo com isso.
- Vic?
- Vamos falar de sexo.
Ivete, Gregório e Brulio estavam tão desconfortáveis que chegava a ser engraçado, já Arthur parecia confuso, Marcelo ainda parecia processar o que estava acontecendo enquanto Murilo e Ivan estavam bem conflitantes.
- Primeira vez doi pra caralho, como tu tá se sentindo Marcelo?
- Não sei dizer, to bem, e cansado também.
- tá Sentindo alguma dor? Doeu na hora?
- Eu não quero participar dessa conversa.
Se Brulio pudesse ele já teria desaparecido faz tempo, ele estava quase chorando de tanta vergonha e Gregório e Ivete o consolavam de alguma forma, Vic não se importou e continuou a conversa.
- e aí? Doeu?
- Um pouco, mas foi bem suportável na realidade.
- Ter um parceiro experiente da mesmo uma diferença, eu lembro que a minha primeira vez sendo passivo com um cara foi bem difícil, ele também não era muito paciente.
- o Bruno cuidou muito bem de mim.
- o Alex me trata tão bem...e tão mal...
Arthur não percebeu que tinha um sorriso estranho no rosto, Vic também não tinha a melhor das caras, todos estavam com medo de perguntar no que eles estavam pensando.
- o Samuel me tratou MUITO BEM, acho que nunca tinha me sentindo daquele jeito antes, na realidade eu também não acho que tenha tratado alguma garota do jeito que ele me tratou...me senti mal com isso...eu nunca tinha pensado em quão fragilizado alguém pode ficar depois de transar.
Samuel nem imaginava que enquanto ele estava tendo uma partida de LoL ele era fonte de fofoca atual dos gaudérios.
Brulio era uma bola de timidez e vergonha no canto da sala, ele não tinha coragem nem de abrir a boca.
- Eu quero voltar pro Christopher.
- Eu não acredito que deixei o Mark sozinho pra passar essa humilhação.
- Eu quero desaparecer isso sim.
Os três patriarcas dos abutres estavam simplesmente inconformados (levemente traumatizados também).
- ele te deu aftercare?
- Sim me senti um príncipe.
- bem o Samuel é um príncipe então não duvido que ele tenha caprichado, tu é o amor dele a final de contas.
- Sei que ele foi gentil comigo, o beijo dele me fez derreter.
Arthur soltou um risinho e estava muito mais do que óbvio que ele estava se divertindo com a situação.
- O que eu tenho que fazer pra um cara me achar bonito?
Todos olharam para Ivan e ele parecia um pouco alto e bastante triste.
- Eu não sou bonito o suficiente?
Um tiro perderia para a velocidade que todos os jovens abutres começaram a disparar elogios para o lindo homem loiro.
Ivan sentiu as bochechas quentes de tanto ouvir elogios, ainda sim ele não estava com a autoestima muito boa.
- obrigado gente, mas eu não pareço ser atraente o suficiente.... Aí! Aí! Aí! Para!
Todos os gaudérios começaram a dar almofadas em Ivan, essa cena era bastante fofa e engraçada, os abutres mais velhos riram um pouco disso.
- Ivan se tu falar isso outra vez eu não vou mais pentear seu cabelo!
Vic estava se aproveitando do seu título de casula, Gregório riu disso.
- Tá bom! Tá bom! Que drama.
- Tu é muito lindo Ivan, só precisa achar um cara legal.
- Isso mesmo! Se até o seu Gregório tem homem atrás dele...aí aiiiiii minha orelha!
Murilo estava quase chorando sentindo sua orelha ir com Deus com Gregório quase a arrancando.
- Como é quê é pia?
- Tio larga o Murilo, e normal que a gente pense isso, afinal o senhor tá carne e unha com o seu Mark a um tempo.
Gregorio largou o pobre rapaz que foi acolhido pelo primo com um abraço e um beijinho para sarar.
- Eu não tenho nada com o Mark!
Disse Gregório depois de deliberadamente ter flertado com Mark para provar um ponto, nunca que ele iria falar isso pra alguém.
- A gente acredita no senhor...mas nem tanto...
Marcelo não deixaria o puxão de orelha no seu primo sair de graça.
- olha só quem fala!
- Seu Gregório eu não tô me importando nem um pouquinho com o fato de ter ido pra cama com outro homem, na realidade foi uma experiência incrível, ao contrário do senhor que está negando sem parar.
- Pia!
- calma tio...eu vou fazer um chá de camomila pro senhor.
- onde já se viu! Que falta de respeito comigo...
Enquanto isso em seu apartamento Mark tinha a impressão que tinha alguém falando dele em algum lugar, talvez estivesse se acostumando muito com a presença de Gregorio e agora estava começando a delirar, esperava que seu amigo voltasse logo.
Enquanto Vic levava seu tio pra ficar com Ivete Brulio se aproximou dos rapazes bem calmo e bem sério também.
- Marcelo...
- ah! Sim Chefe?
- Eu não sou bom nessas coisas e nem nesses assuntos, mas saiba que se você precisar de mim ou de um lugar pra se sentir seguro, será sempre bem vindo comigo.
Arthur sorriu de forma carinhosa vendo seu pai por aquele ângulo, mesmo envergonhado e tímido ele ainda ofereceu ajuda ao seu subordinado, gostaria muito de ser um líder como ele no futuro.
- isso vale pra todos viu.
Os gaudérios sorriram e voltaram a papear animados, só Arthur reparou na expressão triste de seu pai quando o encarava, ainda sim, era muito grato pela mudança dele.
- Agora a gente tem que fazer um plano para desencalhar o Ivan!
- nossa mas pra que me atacar.
Enquanto isso no apartamento de Dante a situação não parecia estar muito diferente.
- Então...eu tava pensando.... você....quer....
Ah eu não consigo!
Orpheu virou a cabeça pra um lado e depois para o outro, olhou pra Leo e depois para Dante e Bea confuso.
- Você tava indo bem!
- Sim quase terminou a frase.
- Seria mais fácil se eu pudesse praticar com algo que não fosse um Urutau!
Bea ergueu a mão e Orpheu veio voando e pousou nela super feliz e fazendo carinhas fofinhas.
- Tadinho do Orpheu!
- Sem contar que você tem mesmo certeza que conseguiria falar com alguém nervoso assim? Se tiver certeza eu ligo pro Ivan agora!
Dante pegou seu celular e mostrou o contato com o gaudério nessa hora Leo quase explodiu vendo as conversas.
- Você fala com ele com frequência?
- Falo com todos os gaudérios, eles são nossos amigos.
- Enquanto isso eu nem consigo parecer mentalmente estável perto dele! Por que eu sou assim?
Bea e Dante se olharam tristes e pensativos, e então uma ideia apareceu na mente de Dante.
- Na festa de Natal!
- o que?
- o natal é um bom momento pra você tentar se aproximar do Ivan!
- E eu faço o que? Ofereço um pedaço de peru pra ele?
Silêncio..... então Bea e Dante começaram a segurar a risada, Leo ficou realmente envergonhado com a frase.
- parem com isso seus mente suja!
- Desculpa....*segurando o riso*
- você falou tão sério.... *Segurando ainda mais*
- Vocês não tem jeito!
Depois de se acalmarem um pouco Dante explicou um pouco sua ideia, no natal todo mundo bebê e se abraça, seu irmão podia muito bem usar essa oportunidade para chamar Ivan pra beber sem levantar suspeitas ao gaúcho, bem... não custava tentar.
Thiago chamou os obscurite para o seu escritório e tirou uma pilha de papel de dentro de uma gaveta com cadeado.
- muito obrigado por me darem um pouco do tempo de vocês, eu gostaria que vocês Lê-sem esse manuscrito.
Max se aproximou e tocou no papel de forma curiosa e olhou pra Thiago pedindo permissão para folhear.
- o que é isso chefe?
- A próxima novela dos Studios que vai estrear dia 30 de janeiro.
- eu nem sabia que o senhor estava escrevendo uma novela.
Dominic nem percebeu que tinha chamado Thiago de senhor, isso deixou o mais velho da sala um pouco abalado e tendo um mini crise existencial.
- Sim, eu tirei de uma das várias estórias que meu pai escreveu e nunca concretizou como novela ou série, acho que ele iria gostar de ver como eu adaptei esse conto dele.
- Mas por que o senhor quer que a gente leia isso.
Cada vez que Thiago ouvia a palavra senhor ele sentia uma facada nas costas, estava quase chorando, limpou a garganta e continuou.
- bem, eu quero vocês na minha novela.
Os três obscurite se olharam e a timidez repentina deles era uma gracinha, Thiago entendeu um pouco seus tios.
- E sério Thiago?
- Sim Yuki, vocês vão ficar no Brasil por tempo indeterminado, então farei vocês terem um carreira aqui também.
Os três estavam tímidos e vermelhinhos mas também muito agradecidos pela oportunidade.
- Leiam e discutam, os papéis de vocês já estão separados quero ver se vocês advinham quem são.
Empolgados os três saíram da sala conversando e se provocando, era hora da ligação mais importante do dia.
Christopher fazia uma planilha dinâmica enquanto tomava um café tranquilamente, Mickey e os ratinhos estavam bem tranquilos em sua gaiola, então derrepente seu teams (ferramenta de comunicação e chat da Microsoft) começou a tocar.
- alô, Thiago?
- oi tio Chris! Tá muito ocupado?
Thiago pegou um cigarro e acendeu dando um trago bastante profundo, a nicotina encheu seus pulmões e também lhe deu um pouquinho de coragem.
- Não muito, precisa de ajuda em alguma coisa dos Studios.
- não tio, estou conseguindo lidar com tudo muito bem.
- Esse é meu menino.
Thiago se sentiu muito amado e sorriu de forma bastante fofa, ele era muito grato em ter seu tio Chris com ele.
- Tio Chris eu preciso falar com o senhor sobre uma proposta, mas não sei exatamente como.
- Thiago, seja lá o que você quer é só pedir, titio sempre vai dar o que você quer.
Esse era uma das verdades inegáveis da vida, Christopher sempre fazia de tudo pelas suas crianças, respirou fundo e juntou sua coragem e falou de uma vez.
- Tio o que o senhor acha de voltar a atuar?
Gonzalez estava no quarto de Jasper olhando sua filha completamente encantado, por um minuto de distração viu seu anel de noivado e sorriu.
- Filha o que você acha que devemos dar de presente de natal pro seu pai? Eu acho que tenho uma ideia.
Liz sentia o olhar de Laura queimando suas costas, conseguia ver o rostinho dela pela tela do computador e estava se segurando pra não rir.
- o que foi linda?
- o que? Como?
- você é tão adorável que fica difícil não te notar.
- Liz!!! Para com isso!!
Liz caiu na risada e percebeu vênus olhando (julgando) as donas com uma cara tipo: "deixa de ser viada mulher!" Novamente Liz achou graça.
- eu conheço essa carinha, o que aconteceu?
Laura ficou rosa e juntou as mãos completamente envergonhada e sem jeito.
- Liz o Pedro vai mesmo ser o seu herdeiro?
- Sim, estou organizando as coisas.
- mas e se ele não quiser?
- o que?
- E se o Pedro não quiser seguir o ramo da medicina.
Fernando estava sentado tomando café quando ouviu um apito no seu celular e simultaneamente um no de Luciano, eles foram um dos 10 primeiros convidados para a festa de natal.
Letícia estava pensativa e isso chamou bastante atenção de Tristan.
- o que tanto você pensa?
- estou pensando que presente de natal eu dou para o Marcelo.
- Se apegou mesmo ao rapaz.
- Sim, ele é muito inteligente e bonito, é uma excelente aquisição pra Ordem.
- Como sempre você é muito profissional
- E você é muito desligado.
- já que estamos falando de presentes, o que eu devo dar pro Daniel.
Letícia suspirou cansada e olhou para o amigo esperançoso, tinha até medo da reação do ruivo quando recebesse um presente do seu melhor amigo.
Sem Joui na casa o clima ainda estava um pouco pesado Aron em particular estava desesperado e olhava Daniel de forma muito carente.
- que foi Papa?
- Não é nada filho, só quero que saiba que estou aqui e vou responder qualquer coisa que queira.
Daniel travou no lugar e lentamente olhou pra trás um pouco apreensivo.
- Qualquer coisa?
Aron viu uma chance.
- o que quiser.
Daniel se voltou para o pai e obviamente ele parecia muito conflituoso, porém ele precisava de verdade de uma explicação.
- eu já tentei falar com a mamãe.
O rosto de Aron se converteu em uma carranca brava e extremamente infeliz que colocaria medo em qualquer um, porém Daniel pareceu não se incomodar.
- VOCÊ O QUE?
- o senhor ouviu.
- DANIEL NOS NÃO MEXEMOS COM AQUELES QUE JA SE FORAM.
- E FÁCIL PRO SENHOR FALAR QUANDO VIVEU COM ELA....eu nunca pude estar com ela...nem por um instante...eu nunca senti o toque dela...
Aron compreendia o que seu filho querido queria dizer, mas isso não queria dizer que ele como pai e mestre ele não deveria disciplinar Daniel.
- Daniel, sua mãe está em valhalla, ela era um soldado lembra? Ele com toda certeza está em paz enquanto quebra a cara de algum desavisado.
Daniel riu disso, Aron continuou.
- meu filho, eu sei como se sente, mas tenho certeza que sua mãe está feliz onde esta e tenho certeza que ela fala de você para os outros soldados.
- Será que ela me ama mesmo? Porque mesmo comigo fazendo um ritual para ela parecer ela não quis.
- Ela te amou muito Daniel nunca duvide disso.
💚💉
- meninas eu preciso das coisas nessa lista, poderiam pegar no mercado pra mim? Podem levar o carro.
- Claro pai! eu vou!
Raquel pegou a chave do carro e saiu pela porta saltitante, no caminho para o mercado viu algumas chamadas perdidas de um número conhecido mas que estava sendo ignorado ultimamente.
"Bebeto ❤️" o apelido do seu namorado Robertson, ele é policial da civil e um homem muito bom e tranquilo, mas pelas mensagens que ele tinha mandado nos últimos dias ele não estava nem um pouco feliz com sua decisão de se mudar pra puta que pariu sem explicação, ele não entendia a lealdade dela pela irmã.
💚💉
👹♥️
Giovanni estava em seu escritório olhando os livros dos Hartmann, quantas maravilhas alquimicas tinham sido escritas e perdidas naquele monte de papéis velhos.
- Tanto poder...e eles nunca pensaram em usar... Preferiram ficar ao lado dos Veríssimos...olha só onde isso os levou...a extinção....mas eu não serei como vocês...eu vou destruir a Ordem e assumir o lugar do Veríssimo...eu vou criar uma nova realidade....e ninguém vai mais me dizer o que eu tenho que fazer....todos vão querer estar perto de mim...
Abriu um livro onde se falava da criação humana de maneira alquimica e passou a mão pelo desenho esquisito do feto.
- Eu só preciso de um herdeiro perfeito...
👹♥️
💮🌸
Jun estava com um bom humor tão profundo que ele até estava cantarolando musiquinhas enquanto trabalhava, isso fez Yome soltar um risinho.
- Yome-dono?
- Desculpa Jun-san...e que o senhor tá muito feliz e empolgado, e fofo!
- Como eu poderia não estar empolgado, depois de meses o Joui concordou em falar comigo só nos dois, eu estou explodindo de felicidade.
Yome segurou novamente uma risadinha, ela era uma pessoa muito fofa e bastante tranquila, infelizmente ela não conseguia ver a maldade de seu noivo.
- Chame ele pra conversar aqui, se precisar eu saio pra vocês ficarem sozinhos.
Jun abriu um sorriso honestamente arrepiante e cheio de maldade, infelizmente Yome não pareceu notar.
- Obrigada Yome.
💮🌸
🗑️🔪
Boris chegou em casa cantarolando e feliz com uma caixa de bombons para seu irmão mais velho.
- Damir.... cheguei...
Abriu a porta e travou no lugar vendo t-bag no colo do seu irmão e de imediato suas veias saltavam e ele ficou roxo de raiva avançando a passos nervosos pra dentro do quarto.
- seu nojento! O que você tá fazendo com meu irmão!!!
T-bag não pareceu muito preocupado com a cara de cu de Boris, se dependesse dele já teriam caído na porrada a um tempo, ambos só não faziam isso por causa de Damir.
- Boris calma...
- Mas Damir...
O dono do lindo chapéu fedora respirou fundo e olhou para o seu novo carrapato.
- O Boris chegou, tá na hora de você falar.
🗑️🔪
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
O jantar foi divertido e pra ser honesto estava bem orgulhoso de si mesmo, viu seus namorados conversando tranquilamente e sentiu uma sensação de dever comprido.
Lorenzo tinha a sensação de que ele era responsável pelos três e queria muito que eles se sentissem bem ali, porém o peso de os estar enganando era grande também.
- Kauã...aqui, essa é a sua matrícula na escola de enfermagem, a matrícula e a primeira mensalidade já estão pagas.
Kauã pegou o papel como se fosse o maior tesouro do mundo e olhou pra Lorenzo cheio de amor.
- Obrigado Ló...eu não vou te decepcionar.
- Eu sei que não vai.
"E eu também espero nunca decepcionar vocês"
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Carla correu pelas ruas com o motorhome como se não tivesse amanhã, Artemis e Carina se olharam achando graça da situação.
Chegaram no orfanato em tempo Record e quase saíram voando quando a porta abriu, correram em direção do orfanato e quando chegaram na entrada lá estava a diretora já as esperando para guia-las até às crianças.
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