🗑️🔪
Depois de Boris quase explodir e querer lançar T-Bag da janela os gêmeos quarentões olhavam para o outro assassino esperando explicações.
Eles não estavam fazendo isso porque gostavam de T-Bag (Boris em particular detestava) mas já estavam deixando ele viver com eles a quase 3 meses e tinham visto o estado deplorável que ele estava antes de Damir começar a tratar dele, e até agora tudo que sabiam era o nome do convidado.
- Vamos, você disse que ia nos contar um pouco sobre você e porque você virou um mercenário.
Por um segundo um traço de humanidade foi-se visto no homem que mais parecia um animal, ele parecia triste.
- 38.
- o que?
- Eu tenho 38 anos
Ambos os gêmeos ficaram horrorizados com a informação de que T-Bag era 8 anos mais novo que eles , sendo que ele parecia ter no mínimo 50.
Dentes podres
Um cabelo caindo por desnutrição
Pele seca e cheia de cicatrizes
Cortes inflados e cheios de vermes.
Uma pneumonia praticamente eterna
O que tinha causado aquilo no projeto de ser humano?
- Você é mais novo que nós.
- eu imaginei isso.
- Mas você ainda não começou a falar de verdade sobre si mesmo.
Puxou o ar de forma triste e olhou para seus companheiros com pesar, ambos estavam esperando sua historia ansiosos.
- Eu não lembro muito da minha infância, mas eu tinha uma família grande, e nós morávamos em uma casa/mansão muito confortável e bem bonita em minas até onde eu me recordo.
Os gêmeos estavam quietos ouvindo o projeto de mendingo falar, ele parecia um pouco triste e desconfortável também.
- Mas pelo que eu sei, minha família não tinha muito noção da importância da nossa posição, e com isso...meu pai fazia coisas muito feias e me ensinava tais coisas.
- que coisas?
T-Bag olhou para Boris e ele parecia querer desaparecer com força, então olhou pra Damir sentindo que talvez estivesse jogando suas chances fora, porém ele tinha que ser sincero nesse momento.
- a gente caçava...
- caçava?
- Pessoas...a gente caçava pessoas...
Silêncio.
Embora os gêmeos não se importassem em matar e sequestrar gente, afinal esse era o trabalho deles, algo na forma que Theodor tinha dito mandava alarmes para ambos.
- ok... Como exatamente?
T-Bag se encolheu...ele parecia se sentir sujo (por mais irônico que isso possa parecer) ou talvez incomodado com a lembrança, novamente os irmãos sentiram uma coisa ruim ali.
- Geralmente Meu pai e os outros homens da minha família se reuniam um pouco antes de sair pra caçar, as vítimas eram escolhidas aleatoriamente, mas só tinham uma coisa em comum.
- Que seria?
- Todos eram minorias.
Os gêmeos se olharam confusos e perdidos e novamente olharam para T-Bag juntando os pontos de forma lenta e dolorosa.
- Sua família era racista?
- não... não era só racista, até onde eu tenho entendimento era mais pra uma seita muito bizarra...
- Isso é bem estranho...
- muito estranho mesmo...mas o que aconteceu com a sua família? Foram presos?
- Acho que esse seria um fim mais digno.
- Então o que aconteceu?
Agora foi possível ver algo dentro dos olhos de Theodor, era um medo primal tão grande que mesmo os irmãos Luke não sabendo sua fonte, sentiram medo com e pelo Theodor.
- Quando eu tinha uns 14 anos a gente tava se preparando pra uma caçada, então do nada teve uma explosão no nosso quintal e então na nossa casa...os homens da minha família começaram a atirar mas um por um foram caindo eu me escondi na dispensa e ouvi toda minha família ser assassinada a sangue frio, não pouparam ninguém nem as crianças pequenas, foi então que eu vi entrando na casa um homem com um machado enorme e vários soldados, eles tacaram fogo em tudo, ainda tinha parente meu vivo no meio das chamas, mas mesmo implorando eles não ouviam os pedidos de socorro, hoje eu entendo que o que a minha família fazia era algo doentio, mas na época eu não sabia exatamente o porque aquelas pessoas morriam, acho que alguém queria se livrar da minha família de alguma forma e conseguiu, eu fugi...me engranhei na mata e vivi nela por muito tempo, muito mesmo, mas um dia aquele terreno foi vendido e começaram a transformar a mata em plantação, aí me acharam, eu já nem sabia mais como ler e escrever nem conseguia ou entendia mais como o dinheiro funcionava, então me deram trabalho por pena cuidando de bichos, e plantando, eu era bom em abater animais, meu chefe me chamou e me fez uma proposta, matar alguém por dinheiro e eu aceitei, e então a minha vida nesse mundo começou, eu não sou inteligente mas sei matar, e as vezes isso é tudo que uma pessoa quer.
Os gêmeos novamente se olharam cansados e um pouco tristes, T-Bag olhou para os dois se sentindo aliviado, eles não pareciam que o iriam expulsar.
- Nós sentimos muito por você Theodor, mas como você acabou vindo atrás de Joui Jouki?
- o Irmão mais velho esquisito dele me contratou.
- o pai dele nos contratou, a mãe dele até tentou impedir a gente de vir pro Brasil, mas a gente já tinha assinado o contrato.
- Então vocês também sentiram algo ruim na família dele.
- bem.... Com toda certeza eles não são normais.
- é também bem desagradáveis.
Todos ficaram aliviados por não serem os únicos a sentir que hidetaka e Jun eram esquisitos ao extremo.
- Eu falei sobre mim como prometi, então quero um prêmio.
Boris automaticamente ficou muito vermelho de raiva e se levantou da cama puxando Damir pela mão pra fora do quarto, T-Bag deu risada disso.
- Eu não desisto fácil.
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🌸💮
Nada no mundo era melhor do que receber mensagens de seu irmão, ele sabia que cedo ou tarde Joui se tocaria de que eles pertenciam um ao outro e ele daria todo o amor que seu irmão merecia.
Ainda se lembrava da primeira vez que vou Joui, ele era tão pequeno e fofinho, ele segurava seu dedo com tanta força e sorria pra ele de forma tão meiga e fofa! Realmente ter um irmão foi uma das melhores coisas da sua vida.
- Jun-san... Realmente ama seu irmão não é?
- Sim ele é o amor da minha vida!
Yome riu não entendendo o real significado daquela frase, ela tinha um irmão e uma irmã e seu relacionamento com eles era muito bom, então não viu a maldade em Jun amar tanto seu irmão.
Pra esclarecimentos por muitos anos Jun viu Joui realmente como seu irmão mais novo querido, porém esse sentimento foi se corrompendo conforme Joui crescia e ficava mais e mais bonito e ganhava mais e mais atenção de seus pais e das pessoas ao redor, e isso afetou muito a percepção de Jun em relação a seu irmão.
- O Joui vai ser seu padrinho no nosso casamento?
Por um instante Jun parou e olhou pra yome que estava ocupada pintando as unhas, enganar alguém gentil como ela pesava em sua consciência, talvez porque yome foi a primeira pessoa a respeitar Jun por ser ele mesmo, mas mesmo assim ainda não fazia ele querer parar suas atrocidades, mas com toda certeza não queria que ela descobrisse.
- Claro, ele é meu irmão.
🌸💮
♥️👹
Giovanni estava entretido lendo um manuscrito antigo que Leo tinha encontrado (pra quem não lembra o Léo é formado em arqueologia)
- pai....
- Ah.... Olá Hanako, precisa de alguma coisa filha?
- não senhor...eu vim trazer uma informação.
Giovanni ergueu seus olhos amarelo e olhou para filha esperando que ela continuasse, infelizmente para Giovanni o amarelo de seus olhos não era bonito, muito pelo contrário, chegava a ser um pouco fantasmagórico e gelados.
- Percebemos uma movimentação estranha, aparentemente a Ordem vai abrir uma rede de hospitais.
Aquilo pegou o idoso honestamente de surpresa, hospitais nunca foram o foco da ordem em nenhum momento da história.
- isso é estranho, o que os luzidios disseram?
- Eles não fazem ideia do que se trata....e sobre os luzidios...tem algo de estranho com eles.
- Estranho? Estranho como?
- Surgiu um rumor de que um Veríssimo novo e extremo restrito e duro com os luzidios ele é jovem e parece ter uma autoridade incomum, esta usando da passividade natural dos luzidios para trazer novamente eles para a ordem.
Aquilo irritou um pouco Giovanni teria que conversar com Otto com urgência.
♥️👹
💚💉
Raquel gostava de seu namorado, não entendam mal, mas ele não era com quem se imaginava envelhecendo.
Ele era um homem bom, tem um emprego estável e trata ela muito bem, eles seriam um típico casal de classe médico brasileiro, a única questão é que Roberson era muito mais apaixonado por Raquel do que ela um dia seria pra ele.
Um dos grandes problemas psicológicos das irmãs demoníacas era que a rejeição fazia elas se apaixonarem mais ainda pelo indivíduo em questão, em outras palavras elas queriam um amor pra lutar, e alguém que dependesse completamente delas, o amor delas era obsessão.
O pai das meninas nunca entenderia isso infelizmente e acreditava piamente que suas filhas estavam com ele por amor, como pai uma das maiores dores em sua vida foi ver Miriã atrás das grades, infelizmente esse tempo na cadeia não a ajudou em muito coisa... E agora novamente juntas as irmãs eram a pior coisa que poderia acontecer com qualquer um.
💚💉
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Lúcio estava em uma balada qualquer com uma música eletrônica alta e muita bebida, uma coisa que adorou em SP foi a facilidade pra fazer o que quiser e a liberdade também, ninguém conhecia ele ali, podia fazer o que bem entendesse.
Com a sua contante falta de atenção em casa e também honestamente falta de interesse ele não percebeu o que estava acontecendo entre os outros 4 membros da gangue, e isso era muito bom para eles.
Lorenzo sentia que estava sendo observado, olhou pra trás mas só tinha seus namorados conversando na mesa então voltou a atenção para terminar a louça.
Os braços gigantes de Kauã eram literalmente sua cintura toda, sentiu a respiração quente rente ao seu pescoço, olhou pro lado e lá estava Kauã sorrindo pra ele.
- o que foi?
- Nada, só queria te abraçar.
Aquilo era esquisito mas não falou nada, bem até sentir um beijo na sua nuca.
Lorenzo detestava admitir que era sensível daquele jeito, engoliu o suspiro com força e olhou pra trás fingindo estar bravo com o mais velho, não funcionou muito.
- Kauã!!!
- Vamo pro quarto...
- o Lúcio pode chegar a qualquer instante...
- É rapidinho....
Olhou novamente pra trás e não viu os dois mais novos na onde estavam, aquilo era muito tentador para ser ignorado.
- E se eles chegarem.
- a gente para...
- Mas....... hummmmm?
Sentiu outro beijo na nuca e a mão de Kauã entrou por debaixo da sua blusa, as mãos grandes na sua pele o faziam sentir quente e vulnerável.
- Vamos?
- Ah.... OK....
Foram até o quarto e quando entraram Raphael e Renan também estavam se beijando muito, aparentemente a noite romântica de Lorenzo tinha dado muito mais do que certo.
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Christopher ouviu a pergunta mas não compreendeu exatamente o significado dela resultando nele parado encarando a câmera (e como consequência Thiago) por quase 30 segundos sem nem ao menos piscar.
- Tio Chris?????
- What do you mean by that?
- Tio eu queria muito que o senhor voltasse pras telas.
Chris parecia ter levado um soco na cara de tão confuso, como assim ele voltar a atuar??? De onde Thiago tinha tirado isso?
- Thiago eu não atuo a mais de 20 anos.
- Eu sei disso.
- Eu tô mantendo o conglomerado e tenho minhas responsabilidades na Ordem.
- Eu sei tio...
- Então....
- Tio, eu não vou te fazer o galã da novela, e só uma participação especial, eu queria muito te ver atuando outra vez.
Christopher ficou em silêncio outra vez.
- Thiago, eu não sou o Galã que era a 35 anos atrás.
- O senhor ainda é muito bonito e um excelente ator.
- As pessoas não querem ver um velho sem braço e com uma cicatriz na cara na tela da TV meu menino.
- Eu sei que o senhor quer voltar a atuar...mas desistiu depois da morte do meu pai.....
Outra vez, Christopher ficou em silêncio, se recostou na cadeira e começou a roer a unha ansioso.
- Eu sei que o senhor sente muito falta dele, mas nunca entendi o porque parou de atuar depois da morte dele.
Olhou pra tela e era praticamente impossível resistir a um pedido de Thiago, sempre que olhava pra ele via o bebezinho que carregou no colo e também o bem mais precioso de seu melhor amigo.
- é uma história longa e complicada de mais pra criança Thiago.
- Pelo amor de Deus, eu tenho 34 anos tio, eu não sou um bebê, na realidade eu tenho um agora.
Enquanto Thiago estava bravinho Chris tinha um sorrisinho debochado no rosto, achou a birra do afilhado uma gracinha.
- Eu te conheço a 31 anos menino, te peguei no colo, dei de mama e troquei sua frauda, pra mim você sempre será um bebê pra mim.
Thiago ficou com vergonha de lembrar que seu tio já tinha até lhe dado banho, ainda sim no momento ele não estava falando sobre o passado, queria que o seu tio falasse com ele em pé de igualdade, afinal ele agora também era um pilar.
- Tio, eu amo o senhor...
- Eu também te amo meu menino 🤟🏻
Outra vez Thiago ficou com vergonha e se encolheu um pouquinho, sabia muito bem que na cabeça de Christopher ele era seu filho tanto quanto Cesar e Alex.
- Tio Chris, por favor, fala comigo de homem pra homem, eu não quero criticar o senhor, só quero entender.
- Falar sobre essas coisas dói muito Thiago.
- Não precisa ser tudo... só um pouquinho tá bom...
Ver uma de suas crianças mal daquele jeito partia seu coração, respirou fundo e olhou para o monitor percebeu mais uma vez o quanto Thiago era parecido com Arnaldo, até o jeito que a barba crescia era parecido.
- ok...mas não vou entrar em detalhes.
- sério? Muito obrigado Tio!
Ambos se olharam por alguns segundos e a curiosidade e apreensão de Thiago eram palpáveis, Christopher só parecia um pouco cansado e triste.
- Eu sei que você já leu alguns trabalhos do seu pai...
- sim, tem bastante coisa nas caixas que ele me deixou, já digitalizei bastante coisa ao longo dos anos.
- Essa é uma jogada inteligente, seu pai sempre foi muito interessado e ligado com tecnologia.
Thiago abriu um sorrisinho todo orgulhoso de si mesmo e ficou empolgado, Christopher sorriu doce pro afilhado morrendo de amor.
- Valeu tio! Eu queria muito ter seguido a função dele na Ordem como DJ, mas o Cesar é muito melhor que eu nesse quesito.
Christopher riu, realmente Thiago não era um bom DJ.
Ver aquele menininho tão pequeno se tornar um homem tão incrível foi uma experiência e tanto, infelizmente Arnaldo não estava lá pra ver o homem que Thiago tinha se tornado.
- o senhor está tentando fugir do assunto.
Christopher riu outra vez, realmente aquele menino tinha ficado muito astuto.
- Ok, me pegou...
Novamente orgulhoso de si mesmo o francês olhava para Christopher ansioso por respostas, e dessa vez ele realmente começou a falar.
- Quando seu pai me chamou pra atuar/co-estrelar e co-dirigir a primeiro filme de Erick tufão eu não sabia se eu ria do roteiro ou se pulava de alegria por participar daquele filme, era tão diferente de tudo que eu já tinha atuado nos EUA, era tão leve e divertido, foi tão bom estar naquele projeto, tanto que se tornou uma franquia.
Eu eu e o seu pai passamos horas criando cenas e bebendo juntos, era um momento tão especial pra nós dois, sempre que ele escrevia o meu personagem era com tanto carinho e dedicação, depois de atuar como um dos personagens do Arnaldo, atuar ficou diferente pra mim, eu nunca amei tanto um personagem quanto amei os personagens que o seu pai escreveu pra mim, depois que ele morreu eu realmente não senti nada por mais nenhum personagem, por isso me aposentei de vez das telas.
Thiago ouviu tudo com bastante atenção e cuidado, conseguia sentir o carinho na voz de seu tio gringo e entendeu perfeitamente o ponto dele, mas ainda sim...
- Eu não sou meu pai, mas eu prometo tio, eu vou escrever um personagem que o senhor vai amar.
Christopher abriu um sorriso bastante genuíno e tomou sua decisão.
Gon estava com Jasper no colo pra lá e pra cá vendo os franceses lerem o roteiro que Thiago tinha ajustado e reescrito com tanta dedicação nós últimos meses.
- O que estão achando?
- É um clichê muito bom.
Dominic era ator mesmo na França, porém de teatro então tinha propriedade pra falar sobre a trama da futura novela, porém ainda estava procurando seu papel naquele programa.
- Eu gostei bastante, estou empolgado.
Max já tinha descoberto seu papel e estava muito empolgado mesmo sendo uma coisa simples, queria muito atuar internacionalmente.
- Podia ser algo de terror... não sou muito fã de romances.
Yuki também já tinha descoberto seu papel, estava curiosa para ver quem seria seu par romântico na novela.
Como todos já tinham terminado de ler pegou um dos calhamaços e leu algumas páginas, sabia que Thiago não iria se importar dele dar uma espiada.
Assim que terminou o primeiro capítulo viu Thiago saindo de seu escritório com um sorriso de orelha a orelha, parece que ele tinha conseguido o que queria, então agora era a vez de Gon ter o que tanto queria.
- Ah Chéri! Você estava lendo meu roteiro?
- Sim, estou gostando bastante... porém tenho uma sugestão.
Aquilo alegrou Thiago de maneiras inimagináveis.
- Quão sugestão?
- O interesse amoroso....eu acho que ele deveria ser interpretado pelo Bruno.
Walter estava trabalhando e tomando um bom café quando Hera pulou na mesa, isso fez o senhor abrir um sorriso lindo.
Ver que Hera estava completamente recuperada passa a impressão que os ataques a Ordem não existiriam mais, ou melhor, jamais existiram.
Fez carinho na gata e deu um gole no café, muitas coisas ainda não batiam na sua cabeça, os animais e corpos usados pareciam seguir um padrão esquisito, e eles ainda não conseguiram capturar nenhum luzidio traidor ou pessoas envolvidas para interrogatório, balançou a cabeça negativamente, não era hora de pensar sobre isso, a dedetização ainda estava rolando, esperava que as coisas dessem uma andada na investigação em breve.
Bruno estava dando uma volta no shopping antes de ir pegar Vic para irem no aeroporto/garagem da empresa de seu pai.
Fazia muito tempo que não se sentia tão feliz assim, estava caidinho por Vic e confiava cegamente nele, sabia que esse tipo de coisa era perigosa, mas confiava muito em Vic e sabia que ele também estava perdidamente apaixonado pela sua pessoa.
Quando estava com Carla a amizade deles era muito mais forte do que o relacionamento que eles tinham, então sentir o que sentia por Vic era infinitamente mais saboroso e quente do que poderia imaginar, ele definitivamente, estava amando.
Rubens estava honestamente cansado de ser o único Veríssimo sensato nós últimos tempos, era cansativo demais ser a voz da razão em meio ao caos.
Sentiu a cintura ser abraçada e então um beijo no topo da cabeça.
- Como pode eu, um homem tão humilde estar casado com o maior e mais belo e mais inteligente homem que já existiu dentro da Ordem?
Rubens olhou pra trás e viu Jhonny sorrindo, a barba dele tocava seu pescoço com suavidade.
- Seu pai tem razão.
- o que?
- Você é um ótimo concelheiro.
Rubens respirou fundo e olhou suas mãos de forma pensativa, realmente, se quisesse garantir o futuro da sua família teria que assumir o cargo ao lado de seu pai.
Balu foi até o quarto de Hector e encontrou uma cena muito fofa, Mia abraçada com o pai, ela dormia como um anjo, e obviamente Hector parecia preso.
- isso é adorável.
- As consequências de ter um filho com força.
- Experimenta correr atrás de um com velocidade.
Os irmãos riram um pouco e Hector voltou seu olhar para Mia outra vez, as bochechas dela ainda lembravam bastante sua imagem de bebê.
- Eu nem acredito que em breve vou estar seguindo as ordens dela, parece que foi ontem que eu peguei ela no colo.
Balu sorriu na direção da sobrinha, sabia que ela seria uma excelente líder.
Foi-se ouvido o som de um flash e ambos olharam pra trás vendo Shizui tirando uma foto da situação, ao seu lado Antônia segurava a risada, irmãos são irmãos em qualquer idade.
Samuel estava muito feliz jogando uma partida de Valorant ouvindo: "bate forte e dança - DJ Ritmo55", os graves no fone estavam tão altos que ele nem notou o interfone tocando.
Quando finalmente percebeu atendeu meio desinteressado, porém quando sou quem era mandou subir.
Samuel era um bom primo mas ele era muito esquisito também.
As primas olhavam o carioca um pouco apreensivas, ele por sua vez estava esperando elas falarem de forma paciente, Naomi foi a que teve coragem de começar.
- Sammy, a gente ficou sabendo que você ajudou a Mia a se desculpar com meu irmão...
Sentindo uma bigorna de culpa cair sobre sua cabeça Samuel fez a sua melhor poker face, Jiro só iria aceitar as desculpas de Mia porque ele o estava "ameaçando" e a Olívia também.
- Sim, e aí?
- Você pode ajudar a gente também?
Laila falou esperançosa, mas no momento Samuel só queria voltar pra sua partida, esperava que Jiro desse um jeito em seus problemas logo.
Jiro percebeu Olívia parada o encarando e as bochechas esquentaram, ergueu o olhar se encontrando com os dela e ambos ficaram vermelhos e tímidos com isso, a timidez deles um com o outro era muito fofa e inocente.
Erin chegou em casa muito feliz e saltitante, para ser 100% honesta consigo mesma estava sim criando apego emocional em Gal, já não era mais uma brincadeira divertida.
Querer a opinião dele, e ficar sem graça por causa do vestido branco não estava em seus planos, talvez as coisas tivessem sido diferentes se ele não estivesse tão fascinado olhando pra ela, não esperava aquela reação.
Ele a olhava com tanto carinho que chegava a ser assustador, ele queria ela, mas não no sentido sexual e isso fez ela também ficar ansiosa.
- Eu tenho que preparar um bom presente de natal pra ele....
Cesar chegou em casa completamente exausto e drenando, depois que Kennan e Miguel foram embora Mari pediu pra ele por favor a deixar sozinha um pouco, mesmo contra sua vontade acatou o pedido de sua irmã.
Entrou no hall do prédio ouvindo música no fone "cloudy june - red flag" e sem estar se importando com qualquer coisa ao seu redor.
Chamou o elevador e quando a porta se abriu travou no lugar vendo Joui dentro do cubículo de metal.
- Cesar?
~ Alguns minutos antes ~
Esperava Alex dando pulos de alegria, talvez até o enchendo de abraços e beijos enquanto comemorava que estava certo, mas no momento aquele sorriso na sua direção era honestamente aterrorizante.
- Você gosta do meu irmão?
Um demônio, era exatamente assim que Alex estava se parecendo, os olhos vermelhos brilhavam enquanto ele abria o maior e mais macabro sorriso que já tinha visto na vida, independente da resposta que desse sabia que Alex iria surtar, então foi honesto.
- Eu tenho uma quedinha por ele... Não como se a gente fosse se casar e ter filhos.
As pupilas de Alex tremiam em empolgação, aquilo na verdade era bem assustador.
Alex percebeu que estava assustando Joui e isso era inadmissível em seu coração, colocou a mão no peito e respirou fundo se acalmando porque honestamente ele iria explodir a qualquer instante de tanta felicidade.
Abriu os olhos novamente e abraçou Joui com carinho o deixando sem graça, soltou o abraço e segurou nós ombros do melhor amigo muito mais sério agora.
- Ele sabe?
Joui ficou vermelho e fez um não frenético com a cabeça, ele parecia apavorado com a ideia de se confessar para Cesar.
- Você quer falar pra ele?
O coração de Joui começou a bater mais forte dizendo que sim, mas sua cabeça estava apavorada demais com a possibilidade de receber um não, e imaginar as consequências de um não faziam Joui se apavorar muito, preferia ter a amizade de Cesar com ocasionais fodas do que não ter absoluta nada, sendo assim fez não com a cabeça.
O rostinho de Alex ficou triste e Joui sentiu seu coração doendo e o puxou novamente para um abraço dessa vez consolador.
- Hyung...eu amo você de verdade, então eu não vou mentir, eu queria muito que você e Cesar ficassem juntos, mas eu não sou um amigo de merda que espalha os segredos do melhor amigo, eu vou guardar seu segredo, e vou ficar quieto e te apoiar no que você precisar, eu entendo muito bem como é ter um amor não correspondido.
Se afastou e lançou uma piscadela para seu melhor amigo, Joui segurou as lágrimas e se encolheu um pouco.
- A-chan... você realmente é um bom amigo.
Alex percebeu que para os dois ficarem juntos provavelmente quem teria que se declarar seria Cesar, mas levando em conta que ambos tinha as habilidades emocionais de uma planta Joui não iria acreditar na declaração e Cesar nunca iria se declarar com medo de enlouquecer com um não, aquilo era muito mais difícil do que gostaria que fosse.
Ficaram mais um tempo conversando sobre os sentimentos de Joui, era muito fofo ver ele apaixonado.
- A-chan, eu tenho que ir, obrigada por me escutar.
- Eu não sou o mais qualificado pra essas coisas, mas se precisar de ajuda eu posso conversar com o Arthur sobre.
Joui ficou muito vermelho e tímido.
- por favor não fala sobre isso com o Arthur, eu sei que ele é seu marido...
- Joui, o Arthur é meu marido mas isso não dá a ele passe livre para saber os segredos confidenciados a mim, pode ficar tranquilo em relação a isso.
Joui sorriu de forma triste, se sentiu mal por ter inveja do relacionamento dos açucarados, agradeceu Alex mais uma vez e pegou o elevador.
"Eu tenho que tomar mais cuidado, eu não devia ter falado isso para o A-chan, ele é muito fanfiqueiro"
Abaixou a cabeça pensando em como manter seus sentimentos melhor escondidos, Cesar um dia iria arranjar uma pessoa e se casar,.ele tinha que se preparar para essas situações.
O coração apertou de forma bastante intensa e um amargo subiu a sua boca, será que ele nunca seria amado?
Chegou no hall e a porta se abriu, um cheiro muito conhecido de perfume e cigarro se espalhou no ar, ergueu a cabeça dando de cara com aqueles olhos negros tão profundos e que faziam seu corpo inteiro vibrar.
- Cesar?
~ Agora ~
Depois que Joui foi embora Alex ficou com a cabeça muito quente, abriu seu armário tirando um vidro de vodca, algumas bala fini e uma barra de chocolate, precisava relaxar.
Arthur abriu a porta do apartamento completamente desinteressado com o mundo, nunca mais queria ter uma conversa como aquela.
- Alexander? Cheguei...
Olhou pro sofá onde meia garrafa de vodka tinha ido com Deus e Alex mordia um pedaço de chocolate olhando pro teto.
- Oi meu rei.
- o que aconteceu? Achei que o Joui estava em casa.
- Ele foi embora a meia hora, você também não ia ficar com o titi?
- Tive que passar no ninho.
- Aconteceu alguma coisa?
Alex se afastou um pouco e fez sinal para Arthur vir até ele, e assim foi feito.
Alex colocou seu braço por cima do ombro de Arthur o aconchegando em seu peito, Arthur aproveitou e colocou uma perna por cima da de Alex, vendo as intenções do seu marido o trouxe pro meio de suas pernas.
- o que aconteceu no ninho?
O hálito com cheiro de chocolate chegou a suas narinas e o calor do corpo de Alex fez ele arrepiar.
- Não sei se posso falar sobre, com o Joui? Tu parece preocupado.
- estou guardando segredo pra ele.
Alex se esticou para pegar a garrafa de vodka, e Arthur a interceptou pegando-a e dando um gole generoso, Alex sorriu e teve uma ideia.
- Arthur.
- o que grandão.
- E se a gente fizesse um vídeo?
As coxas de Ivan era grandes e torneadas, nunca imaginou que seriam um travesseiro tão bom, sentia as mãos grossas dele fazendo carinho no seu cabelo e se sentiu bastante sortudo.
Marcelo estava sendo cuidado com bastante carinho pelo melhor amigo, porém Murilo estava soltando fogo pelas ventas.
- Tu tá se aproveitando da situação.
Ivan revirou os olhos e continuou fazendo carinho na cabeça do melhor amigo com bastante paciência, por algum motivo de lembrou de suas irmãs, elas que gostavam de ficar no colo dele.
- Deixa de ser paranóico Murilo...
- Quem é paranóico????
Honestamente falando Ivan estava bastante sem paciência, olhou pro mais novo espumando de ciúmes do primo e pela primeira vez em muito tempo captou algo vindo do loiro de farmácia.
Colocou a mão livre na nuca de Murilo e com um único puxão trouxe ele pra baixo o fazendo deitar na outra coxa e fazendo carinho nele também.
A braveza de Murilo desapareceu, Ivan por outro lado se sentiu muito sortudo por estar fazendo carinho nos dois, e sua sorte só iria aumentar.
Sentiu a cama afundar atrás dele e ser envolvido por braços finos e definidos, olhou pra cima e viu Vic sorrindo pra ele.
- Victor...
- Não é justo eu também quero atenção.
Os gaudérios eram tais quais um monte de filhotes de gato, aceitam qualquer oportunidade de receber afeto.
- Eu queria um namorado.
- Eu sei que tu vai arranjar um, tenho certeza disso.
- tô ficando sem esperança já...
- Deixa de ser bobo, quem não ia querer um loiro musculoso como namorado.
- Aparentemente muita gente.
Vic não queria ver o Ivan se magoando então tentou mudar de assunto o mais rápido possível.
- Depois que eu sair do barraco que eu planejo fazer no almoço de natal na família do meu pai, eu vou passar em Carpazinha com o Bruno, tem algo que eu deva pegar no apartamento de vocês?
Marcelo ficou encucado e se virou no colo do mais velho encarando Vic confuso e bastante curioso.
- Vai fazer o que com o Bruno em Carpazinha?
- Mostrar o coreto.
Os 4 gaúcho caíram na gargalhada, Carpazinha não tinha nada além daquele coreto na frente da igreja católica onde todo mundo se casava e onde aconteciam todas as festas da cidade.
- não agora falando sério Vic, o que você vai fazer?
- Quero mostrar aonde eu cresci para o meu namorado, só isso, eu quero que ele saiba um pouco mais de mim.
- Isso é fofo.
Murilo que estava quase dormindo com o carinho de Ivan achou aqueles planos adoráveis.
- Eu quero que ele entenda de onde eu vim, e o porque eu penso algumas coisas.
Silêncio.
- Tu vai falar o porque tu quer se vingar dos arrombados?
- isso também mas não exclusivamente.
- Espero que tu saiba que nós te apoiamos em tudo.
- Eu sei... valeu Ivan.
Enquanto os mais novos estavam conversando lá no quarto de Ivan, os mais velhos estavam se despedindo na garagem lá embaixo.
- Eu não posso deixar o Mark sozinho, desculpa mas eu tenho que ir.
Ivete ergueu uma sobrancelha e Brulho pareceu encafifado com algo, porém ambos ignoraram essa suposição.
- Cuidado viu.
- Nós avise quando chegar.
- pode deixar.
Gregório subiu em sua moto e deu partida rapidamente, Ivete e Brulho se olharam e fizeram um pouco de silêncio por alguns segundos.
- Eles vão se pegar mais cedo ou mais tarde né?
- Já devem tá se pegando.
- é Gregório é muito cafajeste, ele não perderia uma oportunidade dessas.
- Tava demorando pra ele colocar as garrinhas pra fora.
Os dois se viraram e foram voltando pra dentro da casa conversando animadamente e bem tranquilos.
- vou fazer chimarrão pra gente.
- obrigado Ivete.
O cheiro da bebida invadiu o cozinha, entregou uma cuia para o amigo querido e se sentou com a sua no balcão olhando pra Brulho cheia de afeto.
- Tu parece feliz.
- o que?
- Tu tá claramente mais feliz Brulho.
Brulho deu um gole no seu chimarrão e olhou para a amiga com bastante carinho e atenção.
- o Christopher me faz bem.
Ivete sorriu.
- Tenho certeza que a Amanda está feliz por ti.
- Eu acho que ela está e surtando de ciúmes acima de tudo, mas também acredito que ela está sim feliz por eu não estar mais sozinho.
- Tu merece ser feliz Brulho.
O líder ergueu uma sobrancelha e olhou para a amiga que parecia pensativa.
- Tu também merece, só nunca se deu uma chance.
Ivete não soube exatamente como responder aquilo, então continuou a tomar seu chimarrão sem coragem de olhar para Brulho.
Mark acordou assustada vendo a cara de Gregório muito próxima a sua.
- parabéns tu não bebeu.
Mark ainda estava meio dormindo meio confuso.
- o que?
- Não tem cheiro de bebida em ti.
Então era por isso que ele estava tão próximo, sentir o cheiro de bebida devia ser fácil pra ele já que Ivete era dona de um bar e ele sempre passava tempo lá.
- Está se sentindo melhor?
Sentiu a mão calejada na sua testa e também se sentiu muito querido, era bom ter um amigo, mas também se sentia culpado por não poder dar nada pra Gregório, se oferecesse dinheiro capaz do gaúcho surtar.
- Estou sim, obrigado Greg...
- já comeu?
- Não, nada...
- Então vem, eu vou cozinhar e te contar um pouco sobre mim e a gangue antes das crianças como prometi.
Mark sorriu e seguiu o amigo com bastante empolgação, queria saber mais sobre os gaudérios.
Daniel olhou para seu pai e sentiu que nunca seria um líder como ele, se bem que ele não teria filhos de qualquer maneira para continuar o clã.
Quando pensou nisso ouviu alguma coisa caindo e seu pai o olhou meio inconformado.
- As vezes fugir das coisas fazem elas acontecerem.
- Papa...eu não acho que serei um bom líder, nem um bom pai.
Aron olhou para seu filho com bastante carinho e delicadeza, ele era um homem bruto mas não do jeito que se imaginava.
- Eu acho que está na hora d'eu te contar um pouco sobre a sua avó.
Leo entrou em casa e viu Gal olhando para o teto completamente aéreo a tudo e qualquer coisa que pudesse existir.
- Gal???
- Leo eu tô muito fudido.
- A Erin comeu você?
Gal olhou pro irmão bem bravo e Leo soltou um risinho meio debochado, como resposta recebeu uma almofada na cara.
- você é muito sem graça.
- o que aconteceu então?
Leo pegou a almofada do chão e foi até o irmão se sentando ao lado dele, o cabelo de Gal estava lindamente espalhado pelo sofá, visto assim de lado ele e Dante realmente eram muito parecidos.
- Eu não consigo entender ela.
- E alguém consegue?
Gal olhou feio pra Leo, ele tentava não parecer bravo mas tinha falhado.
- iiiiih ala, tá bravinho por que eu falei da namorada é?
- Leonardo.... Leonardo... não me provoca.
Leo caiu na risada recebendo outra almofadada no meio da cara, mas não machucou em nada e na realidade só fez ele rir ainda mais.
- você tá muito apaixonado pela Erin.
- pra minha infelicidade...eu simplesmente não consigo acompanhar ela.
- Tá mais em que sentido?
- todos! Eu nem consigo elogiar ela sem sentir minhas pernas bambas.
-.... Você é mesmo um homem de 35 anos?
Outra almofadada na cara e risadas de Léo.
- É muito difícil entender o que ela quer ou está pensando.
- pra ser honesto acho que nem ela sabe, a Erin é um espírito livre, mas por que isso importa?
- Eu queria dar um presente pra ela, mas nada parece ser bom o suficiente, principalmente porque eu não sei quase nada sobre ela.
- Então aprenda sobre ela ué!
- tá esperto e como eu faço isso?
Leo teve uma ideia.
Dante e Bea estavam muito felizes com os passos que estavam dando em relação a seus irmãos mais velhos.
- Bea o que você acha de pedir pro Cesar fazer meu cabelo pro natal.
- O Cesar faz qualquer coisa por você.
Dante sorriu de forma doce e pensou no que poderia dar de presente pra Cesar no natal, ele queria algo bem especial, também tinha que dar presentes para seus irmãos e já tinha comprado o de Thiago, Gon e Jasper.
Bea pegou um iogurte na geladeira e se sentou ao lado do seu irmão e quebrou o potinho na divisa dando o outro pra Dante junto com uma colher.
Os dois comeram tranquilamente quando o celular de Bea tocou, quando viu quem estava ligando ficou confusa.
- Alô Gal?
- Oi Bea
- Se você tá procurando o Léo ele já foi, deve tá chegando aí até.
- Ele já chegou na realidade....Bea eu preciso de um favor.
- Favor? E qual séria?
- Do que a Erin gosta?
Miguel e Kennan andavam pela rua meio sem rumo e sem direção, saber que eles ainda eram amados por Mari doía muito intensamente.
- Não era assim que eu queria que esse ano acabasse.
- Nem eu...
- Me desculpa Kennan, eu estraguei tudo....
- Para de se culpar Miguel.
- Eu só quero ela de volta, eu só quero fazer vocês dois felizes e criar nossos filhos.
- eu sei que a Mari ainda ama muito a gente, mas acima de tudo, ela se ama e ama nossos filhos, ela é muito mais forte que nós dois juntos.
Sentiu a mão no seu ombro e colocou a sua por cima, ambos se olharam e eles eram completamente apaixonados um pelo outro, e eles também eram apaixonados por Mariana.
Mari olhava a paisagem pela janela enquanto segurava Késia.
- Não era assim que eu queria que o primeiro natal de vocês fosse...
Olhou sua bebê que abriu um lindo sorriso olhando sua mãe, ela era muito fofinha e estava ficando parecida com Mariana um pouco, mas ainda era muito parecida com Miguel.
- prometo que ano que vem nos vamos com o seu avô prós USA, vocês são muito pequenos ainda.
Andou até o berço e colocou a filha entre os irmãos (ela gostava de ficar no meio) ela se sentia muito especial por ser mãe daquelas crianças.
- Com ou sem os pais de vocês, a mamãe promete que tudo vai dar certo.
Liz olhou para Laura com uma cara de incógnita muito grande.
- o Pedro tem liberdade para escolher a carreira que quiser, mas vai ter que estudar medicina para assumir o hospital, pra isso ele não necessariamente precisa ser médico, mas é bom ser formado em alguma medicina também.
Laura se sentou um pouquinho perplexa, então era assim que um Veríssimo pensava? Era assustador de verdade.
- Não se preocupe meu amor, eu garanto que o Pedro vai ser muito importante na Ordem.
Laura não sabia exatamente como se sentir com aquilo, era uma mistura muito forte de felicidade e preocupação.
- Eu confio em você Liz, por favor guie o Pedro da melhor forma que puder.
- É exatamente isso que eu planejo fazer.
Ser um segurança era muito difícil, amava muito as crianças que criou mas ainda era muito difícil lidar com as coisas que aconteceram com elas, algumas vezes ainda se lembrava de treinamentos mais rigorosos, e também de Letícia lhe dando ordens, mas principalmente de Veríssimos que se achavam demais.
- que cara e essa?
- Sinto que essa festa de natal pode ser um problema.
Fernando olhou para o marido intrigado ele parecia estar um pouco preocupado, talvez devesse se preparar para algo ruim acontecendo.
Letícia estava separando seu vestido para a festa de natal e junto com ela Tristan ajudava a escolher outra coisa.
- vai mesmo levar tudo isso de armas pra festa?
- melhor previnir do que remedir...
Tristan respirou fundo e passou a mão no cabelo de forma cansada, ele tava realmente um pouco preocupado com a situação mas não queria pensar muito sobre.
- é muito Veríssimo junto em um lugar só...sinto que vai dar merda.
- Eu sinto que a gente vai ter que brigar
Os melhores amigos se olharam e suspiraram cansados, eles não tinham um único dia de paz sequer.
Agatha estava tão exausta e cansada depois de ver seu pai que nem conseguia raciocinar corretamente.
- eu não quero mais ver ele... não quero nunca mais...eu quero ficar com o daddy e o papai.
Gabriel estava deitadinho na cama em posição fetal se segurando para não chorar mais alto do que já estava, Matheus fazia carinho em sua cabeça tentando o acalmar um pouco.
A diretora andava graciosamente pelos corredores levando a grega e as italianas até os irmãos Cohen Cevero.
- a senhora pode nos informar o que aconteceu?
- as crianças sabem explicar melhor, por favor um pouco de paciência.
Aquela resposta deixou as três muito apreensivas e também confusas, as crianças deveriam ter chamado os pais, mas aparentemente não o fizeram.
Quando chegaram no quarto viram ase crianças bastante cansadas e cabisbaixas, carina rapidamente correu para dentro do quarto preocupada com as crianças.
A diretora deixou o quarto rapidamente e agora foi a vez de Agatha de começar a chorar.
- Agatha???
Carina se aproximou desesperada vendo o pulso roxo da menina.
- Agatha o que aconteceu?
Com os olhos vermelhos e chorosos a menina abraçou sua babá com força e parecia um pouco abalada.
- Eu odeio o meu pai! Eu não quero mais ser filha dele, eu quero ser filha do papai e do Daddy!!!
- o que?
- Eu quero ficar com meu daddy e não com meu pai, ele não é legal.
Demorou um pouco para entender que Agatha falava de seu pai biológico, e o mais triste ainda era o fato dela tentar resolver aquele problema sozinha, elas precisavam falar com Arthur e Alex.
- Não precisa se preocupar Agatha, eu vou ajudar você, mas antes é bom falar com seus pais.
- NÃO!
As três babás se olharam preocupadas e então voltaram seu olhar novamente para as crianças.
- Eu sou grande já! Eu tenho que resolver!!!
Por mais fofo que aquilo fosse eles realmente precisavam de Arthur e Alex para tentar entender o que estava acontecendo com as crianças.
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