Ser carregado pelo namorado não era uma experiência desagradável, na realidade o carinho que Brulio mostrava atravéz desses pequenos atos fazia ele se sentir extremamente especial.
- Tu tem que descansar.
- Pode deixar, eu tirei esse fim de ano pra comemorar com vocês de qualquer forma Sweetheart.
Foi colocado na cama com cuidado e pode perceber o quão preocupado e triste Brulio estava com ele.
- Não fica desse jeito Brulio...
- Eu devia ter batido mais no Balu.
Christopher caiu na gargalhada, mas sabia que o gaúcho estava falando sério em relação aquilo.
- You've done enough.
Brulio se sentou na cama e abraçou o namorado com ternura, Christopher derreteu automaticamente e quando olhou pra cima percebeu seu Sweetheart levemente vermelho.
- o que foi Sweetheart?
- um ano.
- o que?
- Vai fazer um ano que estamos oficialmente juntos.
Christopher arregalou os olhos e as bochechas foram ficando vermelhas e a timidez se fez presente a maneira dele.
- Eu sinto muito por não estar te dando um bom aniversário de namoro.
- Christopher... E a primeira vez que eu comemoro uma passagem de tempo dentro de um relacionamento a mais de 10 anos....eu estou muito feliz de ser ao teu lado que isso está acontecendo, independente da situação de merda que tá rolando.
Sentiu a mão ser segurada e seu coração acelerou um pouco, queria muito ter feito algo mais romântico para o seu namorado, porém na situação que estavam ficava difícil.
- Eu prometo que quando a gente voltar dos estados unidos vamos comemorar corretamente.
- Não precisa se preocupar com isso querido, o fato de tu estar comigo já é um presente pra mim.
- Está muito enganado se acha que eu vou deixar você.
Os idosos se olharam por alguns instantes e sorriram um para o outro para então trocarem um beijo apaixonado.
"Eu definitivamente devia ter dado uma surra no Balu"
Sabia que aquela raiva não passaria tão cedo, porém não podia piorar o relacionamento do namorado com os Veríssimos, e também precisava dar uma palavrinha em particular com Hector.
Mark estava com a cabeça muito cheia no momento, se dependesse dele ele mesmo teria dado um soco em Balu, porém não tinha exatamente a coragem necessária.
Se em Mark faltava coragem em Gregório estava com coragem sobrando para arranjar uma briga, e se dependesse do gaúcho já teria ido arranjar uma grande briga, porém tinha alguém precisando mais dele no momento.
- Não faz essa cara que eu fico triste também.
Mark olhou para o amigo e sorriu um pouco triste, isso foi a oportunidade que Gregório teve para se sentar do lado do amigo.
A mão dele era pequena mas bastante calejadas, ainda sim a paz que a presença dele trazia era bastante bem vindo.
- você realmente é um cuidador.
Esperava que Gregório fizesse uma piadinha ou reclamasse, porém se surpreendeu sentindo seu óculos sendo tirado e Gregório o encarando um pouco.
- Tu tá bem? Precisa de alguma coisa? Quer que eu faça alguma coisa?
Ficou encarando o gaúcho por uns bons minutos e ele parecia estar muito sério, por algum motivo isso deixou Mark em choque.
- Você faria qualquer coisa por mim?
- é só pedir, se estiver ao meu alcance...
- Bem você é baixinho então não deve ser muita coisa.
Adorava olhar a carinha de bravo do amigo, mas ainda sim era possível ver que ele estava fazendo aquilo de coração.
- Sério Mark...?
- Desculpa eu não resisti...
Soltando um suspiro se encostou no francês e ele parecia estar bastante cansado e estressado com tudo aquilo.
- Eu falo sério...o que tu quiser e precisar...quer que eu deu uma cadeirada nas costas do Balu?
Mark riu de um jeito gostoso e se apoiou no gaúcho outra vez, dessa vez fechado os olhos se sentindo um pouco mais relaxado.
- Dorme comigo hoje...
Gregório ficou um pouco vermelho mas por sorte Mark não percebeu.
- claro, eu já planejada não te deixar sozinho hoje.
- Obrigado Gregório, você é o melhor.
Ivete caminhou pelos corredores do castelo sem um rumo específico, porém o som alto de conversar lhe chamou bastante atenção então decidiu seguir.
Dentro de uma sala sentados no chão os seguranças estavam bebendo e conversando animadamente, nem parecia que o castelo estava em caos.
Letícia olhou pra trás e abriu um sorriso muito lindo vendo Ivete lá parada, já a gaúcha olhava pra russa boazuda só de sutiã e saia no meio dos colegas de trabalho, ela parecia muito mais tranquila do que gostaria de admitir.
- Tá esperando o que? Entra aí.
Meio tímida Ivete entrou na sala vendo Miguel jogado pro lado muito bêbado e extremamente amarrotado.
- mais uma pra entrar na roda.
Se sentou no chão e olhando Fernando apoiado em Luciano também as beiras de desmaiar no sono de tanto beber, se ele tinha o metabolismo minimamente parecido com o de Alex isso significa que eles já tinham bebido muito.
- Pela sua cara as coisas entre os patriarcas está uma merda.
- pior do que tu imagina...
Ivete falou isso e olhou para os peitão de Letícia dentro do sutiã de renda vermelho muito bonito, ela ficava muito bonita com ele.
- Se está tão interessada podemos ir pro meu quarto.
Ivete colocou a mão na cara e ficou vermelha.
- Aí que nojo....eu não tô afim de ver racha flertando não.
- e eu sou obrigada a assistir você é o Fernando se engolindo a cada 5 minutos, vai se fuder Luciano!
Meu Deus....aquilo ali era uma bichona! A bebida entrou e a compostura de Luciano saiu sem nem dar aviso.
- Ei! Não falem alto assim! Não tão vendo que o Miguel tá dormindo tadinho!
Tristan fez carinho no gigante musculoso deitado no chão, ele parecia que tinha chorado um pouco.
- não é melhor levar ele pro quarto?
- os únicos que aguentam esse brutamontes são o lu e a lele, e eu sei que nenhum dos dois vai parar de beber tão cedo.
Tristan deu um gole na sua cerveja e fez um carinho na cabeça de Miguel que resmungou um pouco de mas não acordou.
- Como foi a reunião de vocês?
- O Aron é um querido mas as coisas estão muito feias, o Balu principalmente...
- Ele precisa parar com esse complexo de inferioridade, porra ele tem 58 anos nas costas.
- E muito difícil pra ele, afinal ele foi criado por luzidios.
Ivete se interessou por aquela história mas não achava que tinha o direito de se meter com algo que parecia tão sério.
- não parece que vocês se importam com a briga...
Ivete disse isso e deu um gole na sua bebida, os babas se olharam e deram de ombros, isso surpreendeu um pouco a gaúcha.
- honestamente que se foda os patriarcas, minha prioridade sempre foram as crianças.
- idem
Letícia se abanou e abriu um dos encaixes do sutiã (ele abria pela frente) e virou a cerveja sem pensar duas vezes.
- Tu não é a secretária do Veríssimo?
- Sou, mas entre a felicidade dele e do Samuel e a Mia? A minha prioridade sempre vai ser as crianças, o Hector é adulto, ele sabe muito bem se virar.
Chorar no banho...quantos anos tinham se passando desde a última vez que tinha feito algo tão patético? Lembrava que tinha sido na adolescência.
Saiu com a toalha enrolada na cintura e percebeu algum dentro de seu quarto, porém sabia que não seria machucado.
- Você parece péssimo.
- Bem não estou né Walter....achei que estivesse com o senhor Hartmann...
- o Aron tá tentando montar outro plano para resolver a situação.
Hector soltou uma risadinha.
- Ele é um fofo.
- Sim, um amor... porém ele realmente se preocupa com a situação...
Hector respirou profundamente e se sentou (só de toalha mesmo) na frente de Walter.
- Eu não sei o que fazer pra resolver essa situação com o Chris... não com o meu pilar Christopher Cohen, com o meu melhor amigo Chris...
- Ele sempre foi muito leal a você, mas realmente como amigo, antes de pensar como membro da Ordem ele sempre pensou no que seria melhor pra você em particular.
- Se a Cláudia estivesse viva ela ia me quebrar na porrada...
- com toda certeza!
Passou a mão no cabelo molhado e olhou pro teto pensando nos castigos que Cláudia daria a ele caso estivesse viva, foi então que teve uma revelação se erguendo de supetão fazendo sua toalha cair e Walter ter uma visão que não queria.
- porra Hector, eu achei que cê tava pelo menos de cueca.
- como eu não pensei nisso antes?
- pensou em que? Se vestir?
- Não!! Eu já sei como fazer o Christopher falar comigo.
- tá, ótimo! Agora coloca uma roupa!
Balu entrou no quarto da filha com um curativo na cara, quando os gêmeos viram isso travaram no lugar ficando em choque, Jhonny também pareceu surpreso.
- Espero que vocês não estejam brigando.
- não senhor, o que eu tinha pra falar já falei.
Rebecca abaixou a cabeça e ficou em silêncio por alguns segundos e então soltou um suspiro cansado.
- Jhonny, Rubens podem me deixar um pouco sozinho com a Rebecca?
Chocolate com pimenta se olhou e então olharam para Rebecca preocupados, mas pela cara de Balu as coisas eram bem sérias.
- pega leve com ela pai...
Balu olhou para Rubens derrotado e suspirou cansado, viu os chocolate com pimenta saírem do quarto e se sentou do lado de sua filha, ambos ficaram em silêncio por alguns segundos.
- Desculpa pai.
Balu suspirou cansado outra vez e puxou a moça para um abraço.
- Eu devo ter falhado muito miseravelmente na criação de vocês pra coisas assim acontecerem.... E o pior e que nem te proteger eu consigo agora, principalmente contra o Thiago.
Rebecca apertou o pai ainda mais no abraço e foi prontamente correspondida.
- o senhor foi um bom pai.
Balu sorriu, mesmo que não estivesse se achando um bom pai no momento, na verdade toda aquela situação o fazia se sentir incapaz e estava preocupado com o fato da filha poder sofrer algum estigma agora por causa da situação.
- Eu vou te visitar nesse tempo de banimento, e tente fazer algo pra ordem para as pessoas te verem com outros olhos, você seria uma excelente gerente.
- eu prometo que vou tentar.
Se soltaram do abraço e Balu olhou para a filha com os olhos preocupados, o machucado na testa dele estava formando um galo bem proeminente.
- Um erro pode mudar toda a história de alguém Rebecca, narrativas tem poder, então diga a verdade se te perguntarem sobre o seu banimento, mas enfatize seu lado gentil e preocupado com a ordem, não pinte o Arthur como vilão e sim como um herói por ter resistido a sua beleza, consegue fazer isso?
- Claro que consigo!
- Boa garota!
O sorriso de Balu era inabalável, mas Rebecca sabia que seu pai estava com o orgulho muito ferido, ainda sim tinha coisas que gostaria de saber.
- pai, e verdade que o senhor não gostava do Jhonny?
Balu ficou sério e respirou fundo passando a mão no cabelo um pouco envergonhado da sua atitude no passado.
- eu achava ele muito idiota, mas fazer o que? Ele acabou conquistando minha aprovação, hoje eu não acho que possa existir alguém melhor para o seu irmão.
- Por que vocês nunca me contaram o que realmente aconteceu?
- bem.... Nós não queríamos colocar esse peso na suas costas também.
- Eu não sou um bebê...
- não, não é... Você é a primeira princesa dessa geração de Veríssimos, pensei que poderia te defender e proteger do mundo, mas falhei, eu queria que você tivesse a vida perfeita, e não visse o lado feio das pessoas e principalmente de relacionamentos... Mas eu mesmo não consegui manter o meu relacionamento...
Rebecca ficou em silêncio por alguns segundos olhou para o chão então novamente para o seu pai, ela parecia querer perguntar alguma coisa mas não tinha certeza de como formular a frase.
- foi por isso que você deixou o Mark ou o relacionamento de vocês nunca teria dado certo mesmo?
- para ser sincero eu não deixei o Mark Foi ele que me deixou, Eu queria tanto ser superior ao seu tio que acabei esquecendo que tinha vocês e principalmente o Mark do meu lado ele nunca quis me deixar, eu que o afastei, e agora estou lidando com as consequências.
- todo mundo diz que ele e o seu Gregório estão namorando, mas... eu não vejo relacionamento deles além de amizade...Tá talvez ele se peguem mais nada além disso, eles não parecem estar apaixonados ou algo do tipo.
- estou com inveja do Mark estar pegando o Gregório e inveja do Gregório por estar pegando o Mark....
Rebeca soltou uma risadinha então ficou sério novamente pensando em Fabian,a ideia dele se envolver com outras mulheres fez uma raiva descontrolada despertar dentro dela, nem sabia que podia sentir tanto ciúme dele assim, talvez isso fosse um sinal.
- bem o senhor pode tentar conquistar os dois.
- mas fácil o Gregório me dar uma cadeirada.
Novamente pai e filha ficaram em silêncio se encarando, o peso das coisas estava começando a ser distribuído, e não era só entre a parte de Antônio.
Antônia olhou para sua filha que ainda tava com um copo de whisky na mão, quando Laila foi convocada ela deixou a resenha imediatamente.
- a senhora me chamou mamãe?
- Chamei... precisamos conversar filha.
Percebeu que sua mãe também tinha um copo de whisky na mão, ela também parecia bem cansada.
- sinto que enquanto coloquei todas as minhas respectivas em sua irmã, isso pode ter causado...um mal relacionamento entre vocês duas....
- E a senhora só percebeu isso agora?
Antônia ficou em silêncio e encarou a filha que no momento sofria de coragem líquida graças as bebidas que tinha tomado antes de ir até a mãe.
- Então você também acha isso?
- Fica bem óbvio na realidade, mas isso não é o motivo da Olívia não estar aqui, ela sempre carregou o fardo de forma graciosa, eu sei que não tenho as habilidades dela, viver a sombra dela sempre foi muito difícil, afinal ela é perfeita.
- Você é perfeita também Laila, e tudo que sua irmã sempre quis foi ser perfeita pra você.
Laila suspiro cansada e passou a mão no cabelo olhando para a mãe segurando as lágrimas e o choro na garganta.
- Eu sinto falta dela...
Imediatamente Antônia foi até a filha a abraçando e consolando, esse primeiro passo era muito importantes.
Jiro viu sua mãe seria encarando ele e sua irmã e instintivamente sorriu parar amenizar o clima, não gostava de ver as duas das 3 mulheres mais importantes da sua vida chateadas.
- Jiro não é sua responsabilidade cuidar dos meus sentimentos, muito menos os de sua irmã.
- o-o que?
Shizui sabia...ela sempre soube que seu filho não gostava de ver as pessoas ansiosas ou nervosas, então tentava gerir o clima de todas as situações, também sabia que aquilo não era nem um pouco justo ou saudável para ele.
- Eu sei que quer ajudar, mas não precisa filho... Eu sinto muito por esperar que você sempre saiba o que fazer...eu sei o quanto isso tem afetado você e sua irmã... achei que se deixasse quieto ela pararia de tentar te dedurar... aparentemente achei errado.
Naomi ficou extremamente vermelha e olhou para o chão, ela não sabia onde enfiar a cara.
- Naomi você não é uma criança, pare de tentar dedurar seu irmão, ele é adulto e faz da vida o que quiser...falar pra mim quantas vezes ele foi em certos lugares não quer dizer que está aumentando seus pontos comigo.
Shizui respirou fundo e olhou para os filhos vendo quão grande seria a jornada para eles se entenderem verdadeiramente outra vez.
Aron passou pela sala onde a resenha dos herdeiros estava acontecendo, a música pop alta e o som de conversas animadas fez seu coração ficar quentinho, deixou mais bebidas para eles e foi para seu quarto.
Vic olhava seu celular quebrado na mão do namorado e tentava entender exatamente o que o meio australiano queria dizer.
- Eu acho melhor você arranjar um outro número e limitar o contato com a sua família usando só esse número de celular.
Não é como se aquela ideia nunca tivesse passado pela sua mente antes, porém sempre achou isso muita falta de respeito, se bem que agora queria mais que Domingos e Sandra entrassem um no cu do outro e se explodissem.
- Eu sei que eles são sua família, mas eu realmente não quero ter que ver você sofrendo mais por causa deles, eu não quero ver sua cara de decepção a cada mancada que eles dão.
Os olhos de Vic ficaram levemente brilhantes, muito provavelmente era uma lágrima se formando ali, mas Vic não cedeu a sua dor.
- Tu é o mesmo o melhor namorado do mundo....
Bruno ficou com as bochechas bem vermelhas e a cara tímida dele fazia aquele corpo musculoso ficar ainda mais atraente e fazer Vic se apaixonar ainda mais, derepente a ideia do casamento não pareceu tão ruim assim.
"standing next to you - jungkook" tocava no momento, Daniel viu todos os membros da Ordem ali juntinhos compartilhando bebidas fazia seu coração se acalmar.
Sentiu um tapão nas costas e então outra mão no seu ombro um pouco mais amigável.
- Dani você é foda!
-..... Quanto você já bebeu Thiago?
- Não faço a mínima ideia...
- Titi....
Alex estava verdadeiramente preocupado com o fígado de Thiago no momento.
- Aí Thiago....
- Não Daniel, e sério! Você é incrível de verdade, não tem ninguém melhor para gerir as coisas, até o tio Chris reconhece esse talento em você.
As desvantagens de ser muito branco e ruivo e que sua timidez faz você se tornar um morango, primeiro foi Mia e agora Thiago lhe elogiando, ele não sabia lidar com todo aquele carinho.
Sentiu braços musculosos o envolver e um perfume familiar, o sorriso de Alex realmente conseguia iluminar o mundo inteiro.
- Eu espero que você saiba que a gente é muito grato por tudo que você faz.
- A gente sabe que por baixo dessa cara de cu tem um coração gigantesco e carinhoso.
- Vai se fuder Thiago!
- Mas e verdade você tem mó cara de quem comeu e não gostou!
- Você comia e gostava!
- Aí... eu não queria participar dessa conversa!
Pra se livrar da situação Alex se abaixou e deu um beijinho na bochecha de Daniel que travou e mudou de cor quase que imediatamente se tornando um grandíssimo morango e colocando as mãos no rosto envergonhado, era possível ver a fumacinha saindo da cabeça dele, Alex já tinha ido azucrinar outras pessoas.
- O meu garotinho é a coisinha mais fofa da face da terra mesmo... Porém no momento você corre risco de morte Dani...
- o que?
- olha lá...
Thiago apontou para um canto onde Gonzalez segurava Arthur com todas as forças e o gaúcho só faltava babar de tanto ciúmes.
- Se ele continuar com isso pode acabar literalmente explodindo.
- Eu não acho que ele faça isso de propósito na realidade.
- Eu sei que não é, mas é assustador e engraçado ver, principalmente porque o Alex é a pessoa mais fiel que existe.
- acho que justamente por isso, eu também seria paranóico em perder meu marido pra outra pessoa se ele fosse dedicado e apaixonado como o Alex é...
- Não deixa o Gonzalez ouvir isso...
Thiago olhou para o ruivo e abriu um sorrisinho tão malvado que fez Daniel desconfiar das intenções dele.
- Eu sou bastante ciumento com o Gonzalez...mas minha chave de perna é muito mais apertada do que você imagina.
- Coitado do González, tá levando lobo em pele de cordeiro.
Ambos riram um pouco enquanto do outro lado Gonzalez tentava sem muito sucesso acalmar Arthur.
- Eu vou esfregar onde o Alex beijou com ácido pra não ficar nenhum resquício do meu marido na cara do Daniel!
- Foi um beijinho na bochecha!!
As lágrimas no canto dos olhos do gaúcho fez o peito de Gonzalez doer, porém sabia que não se controla sentimentos, foi aí que teve uma ideia.
- Arthur o que você acha da gente cantar juntos? Tem uns violão e uma viola ali.
Quase que imediatamente Arthur parou de se debater e seus olhos brilharam empolgado com a possibilidade.
- Eu topo! Que música tu quer?
Pegaram os violões e foram até a mesa de mixagem onde Samuel parecia estar se divertindo, já Marcelo parecia estar as portas de sua execução.
- Sammy!
- opa Gon, quer pedir uma música?
- Na realidade vim pedir pra conectar os violões, o Arthur vai cantar.
Samuel abriu um sorriso lindo e parou a música trazendo a atenção de todos para o palco improvisado.
- Gente o Arthur vai cantar!
O anúncio tão cheio de empolgação e gentileza fez Arthur ficar bastante vermelho, ele amava sua voz e sabia que tinha realmente talento para aquilo tal qual seu pai, ainda sim, ser reconhecido daquele jeito era algo muito especial.
Todos olharam para o gaúcho já enquanto ligavam os instrumentos no som (eram elétricos)
A música escolhida foi: "who we love - sam smith feat ed sheeran"
O inglês de Arthur tinha melhorado bastante, ainda existia sotaque mas com toda certeza ele não teria problemas em se comunicar nós estados unidos.
Bruno viu Gon tocando e teve uma ideia, puxou Vic pelo braço e pediu pra ele assistir de "longe" foi até Thiago e sinalizou pra ele e então cobriu os lábios só pra Thiago conseguir ler, e então ambos sorriram e foram atrás de Alex, porém ele estava um pouco afastado conversando com as Leore.
"Ser temido e melhor do que ser amado" se lembrava de ouvir isso em algum filme ou série que realmente não se importava, mas estaria mentindo se dissesse que não sentia inveja de quem era temido, por isso sentia um pouco de inveja de Alex.
- Carina assim que eu voltar de viagem nós iremos começar com a troca de liderança da sua família.
Carina ficou visivelmente muito ansiosa mas tudo pareceu se acalmar um pouco com o olhar de Alex na sua direção.
"Ah.... então essa é a sensação de confiar totalmente em alguém... é bastante agradável..."
- Você já sabe quem seu pai vai mandar para a festa?
- muito provavelmente a Roberta e a Antonella entre as meninas...
Alex soltou uma risadinha infeliz e amarga olhando na direção de Mia do outro lado do salão.
- O seu pai é muito inseguro...por isso vai mandar as ruivas...ele quer provar que é melhor, mas ninguém na sua família pensa o quão difícil é ser herdeiro, sem contar que você é muito mais bonita que as duas.
As bochechas de Carina ficaram vermelhas, tinha algo na honestidade de Alex que fazia ela sentir que tudo que ele falava era verdade.
- Valeu Alex.
O sorriso gentil do mais alto sempre parecia iluminar o ambiente, quase não percebeu ele pegando sua mão e lhe dando um beijinho singelo.
- Guarde uma dança pra mim na festa de Natal.
Tal qual um tomate tudo que Carina conseguiu fazer foi dizer sim com a cabeça e então Thiago e Bruno agarraram Alex e o puxaram pra longe dela antes de qualquer coisa.
Artemis viu a cunhada toda lascada e confusa e foi socorrer a coitada, enquanto isso Carla também foi fazer algo pela irmã mais nova.
- Yuki... podemos conversar rapidinho?
- Carla?
A japonesa francesa ficou bastante desconfiada com a aproximação da italiana, mas não tinha motivos para tratar ela mal, sendo assim concordou em falar com ela.
Carla era mais baixinha que Yuki então quando se falavam ela tinha que olhar pra cima, achava aquilo bem fofo.
- Yuki, na festa de natal meus pais vão mandar alguns representantes extras, evite dar qualquer atenção a eles ou o que eles falam.
Juntou as sobrancelhas e piscou rapidamente um pouco encafifada com aquela informação do nada.
- desculpa Carla...mas o que isso tem haver comigo?
- eu sei que você ainda gosta da Carina, e ela ainda é completamente apaixonada por você, não tem um dia na vida dela que ela não se arrependa de ter seguido as ordens dos nossos pais, mas antes ela não tinha apóio, agora ela tem...
Isso deixou Yuki um pouco irritada, todas aquelas verdades que ela sabia, porém escolhia ignorar, mesmo que Carina a amasse, ela ainda escolheu seguir as ordens ao invés de lutar por ela, e isso machucava demais de se saber.
- Isso não muda muito coisa Carla, ela ainda terminou comigo e deixou seus pais me humilharem.
Carla se sentiu um pouco envergonhada com isso, porém sabia que a francesa não estava errada.
- Eu só tô te pedindo duas coisas, ignorar quem aparecer da família e depois da festa conversar verdadeiramente com a minha irmã, pode fazer isso? Por favor...
Yuki olhou novamente para a cunhada e respirou fundo concordando com ela, isso deixou Carla mais tranquila.
Dominic estava bastante preocupado com seu tio, sabia que ele sempre guardava as coisas dentro de si até simplesmente explodir.
- Dom... Fica tranquilo, tenho certeza que o chefe sabe no que está fazendo.
Olhou para Max com um sorriso bastante honesto e gentil, ter um companheiro realmente era muito importante nessas horas.
- Queria poder ajudar...
- Você já faz o suficiente, na verdade muito mais do que imagina
Nessa hora Bruno pediu o violão para Gon que passou pra ele sem questionar Thiago, a confiança nos herdeiros entre um e outro era muito grande.
No canto da sala Liz conversava muito tranquila com Mari e Laura, a loira parecia um pouco perdida com a conversa.
- Eu tava pensando...
De imediato as duas pararam de conversar e olharam para loira a fazendo ficar ainda mais tímida com aquela situação.
- O que foi Loura?
- Você sabe que não precisa ficar nervosa desde jeito, você não é mais um luzidio para ter tanto medo assim de nós.
Laura abaixou a cabeça e ficou um pouco em silêncio.
- É muito complicado pra mim ainda aceitar que não sirvo mais a Ordem, eu me sinto um pouco como um fardo.
Mari fez cara de brava e olhou pra Liz a fuzilando com o olhar, a morena ficou até um pouco sem graça.
- Você é mãe de um dos herdeiros, não deve se sentir assim.
- Bem... O seu Balu é filho de luzidios mas ele não é bem... Como posso dizer...o caso dele é diferente...e você não é mais um luzidio de qualquer forma, então nem pense em agir como um na festa.
- Ah mas não precisa se preocupar! Eu garanto que todos vão olhar para Laura como consorte agora!
Enquanto as três conversavam Ivan lia e relia o bilhetinho convidando ele pra sair, sua expressão devia estar uma merda porque voando em sua direção Marcelo foi até o melhor amigo extremamente preocupado.
- Ivan tá tudo bem?
O loiro olhou para o melhor amigo e muito confuso entregou o bilhete.
- Marcelo acho que tão tirando com a minha cara...
O moreno leu o bilhete um pouco pé atrás e procurou Leonardo pela multidão, não era difícil o encontrar com aquela cabeleira loira tão bonita, e pra sua surpresa ele estava quase tendo um ataque de Pânico.
- Ivan...parece que de tanto tu reclamar com os deuses eles te ouviram...
- o que?
- E só uma ideia, mas acho que tu deveria conversar um pouco com o Leonardo durante a festa de natal.
- Como assim?
- Tu vai entender logo logo.
Leo se escorou em uma pilastra e simplesmente DERRETEU LÁ quase chorou em absoluto desespero.
- Leo?
- Bea?
- o que aconteceu? Você tá bem?
Leo olhou pra sua irmã o encarando com carinho, naquele momento ele conseguiu ver Bea pitiquinha do seu lado na mesa, ela parecia um bolo formigueiro na opinião de Leo.
"Irmãozão! Me pega!"
Que dor sentiu, daria tudo por uma máquina do tempo, e aparentemente a Ordem tinha feito um bom trabalho criando a sua irmã, por que agora ela era uma mulher incrível.
- Leo?
Se levantou e secou as lágrimas de medo tentando ficar um pouco mais composto (não teve muito êxito nisso)
- cadê o Dante? O Gal falou que ia ver como ele estava...
- A sim, o Cesar mandou ele ir deitar, ele pediu pro Murilo acompanhar ele, então não precisa se preocupar.
- Falando nisso cadê o Gal e o Cesar?
- Tão em outra sacada com a Erin, o Joui e o Kennan, aparentemente o Cesar quer falar com o Gal em particular.
Leo realmente imaginou o corpo do seu irmão no chão esquartejado em algum canto, tinha a sensação de que Cesar não seria gentil com Gal em particular.
- ei... Relaxa o Cesar não vai fazer nada com o Gal.
- como pode ter tanta certeza?
Bea olhou para o irmão e deu um sorriso muito lindo e honesta.
- O Cesar não perde tempo com quem ele não gosta, eu sei que ele não vai fazer nada contra o Gal, principalmente com outras três pessoas lá.
Leo engoliu a saliva e encarou a irmã por mais alguns segundos tentando muito acreditar nela.
- por que o Cesar nos chamou pra ver ele conversando com o seu namorado Erin.
Kennan falava isso e virava um shot, ele tava podre de bêbado, Joui e Erin ignoraram isso.
- se fosse algo ruim ele não teria nós chamado aqui.
Joui olhou para Cesar de costas, os longos cabelos negros se misturavam a noite, era uma das coisas mais lindas que já tinha visto.
- Ele não quer assustar o Gal...
Erin olhou para Joui e viu os olhos pequenos vidrados nas costas de Cesar e soltou uma risadinha inocente, agora tudo se encaixava...bem sempre soube que ele era apaixonado por alguém, torcia para que o sentimento fosse recíproco.
Enquanto isso Gal estava realmente imaginando que iria ser assassinado, viu Cesar pegar um cigarro e acender soltando um trago carregado de fumaça.
- Pode relaxar, não vou te machucar...
- Desculpa se eu não acredito em você...
Cesar sorriu mostrando os dentes perfeitos e ponteagudos, ele realmente parecia um demônio.
- I really like being feared, let's keep it this way...
- o que? Meu inglês não é muito bom...
- eu sei, mas isso vai ter que mudar, sua namorada fala inglês e ela também fala italiano.
Por algum motivo Gal se ofendeu com aquilo, porém optou por ficar quieto.
- Sabe por que te chamei pra conversar?
- Não exatamente...
Cesar respirou fundo e tragou outro pouco de seu cigarro, ele não parecia 100% focado em Gal para ser sincero.
- quando a gente te afasta do Dante e da Bea não é por pirraça.... É só...vocês ainda não passam confiança pra gente na realidade...
Agora sim a ofensa chegou no coração do italiano e ele se segurou muito pra não surtar e discutir com Cesar ali mesmo.
- Eu sei.... Mas quanto mais a gente vai ter que se rastejar pra ser tratado minimamente como irmãos deles?
O cigarro de Cesar acabou e ele acendeu outro com a bituca antiga, Gal passou na cor do pulmão do Cohen.
- me diz Gal...se um cachorro mata suas galinhas por anos, pra depois alguém falar que ele não vai mais matar galinhas, você deixaria ele sozinho em um galinheiro para tirar a prova?
Gal abaixou a cabeça e então sentiu os dedos finos entrarem em contato com seu cabelo e couro cabeludo.
A mãos dele era gelada e mais pesada do que aquele corpinho de boneca aparentava, olhou para ele vendo os cabelos voando e o cigarro na mão, e aqueles olhos negros o encarando, tudo nele era um convite, assim como uma planta carnívora tem o cheiro mais doce para atrair seu alimento, Cesar era uma armadilha ambulante e odiava ser atraído por isso, realmente como um anjo da noite...
- o Thiago só tá cuidando dos primos dele, não leve o comportamento dele a mal.
- Vou tentar...
- A propósito, você deveria conversar com ele cara a cara, ele não ignora coisas assim.
- Se ele se irritar e gritar comigo eu acho que choro....
Cesar soltou outra risadinha.
- Realmente o Thiago é um homem um pouco intimidante quando quer, e ele é um pouco super protetor, talvez seja um pouco complicado, mas ele é bem íntegro...
O jeito com que o meio americano falava do melhor amigo era aconchegante e fraternal, se perguntava como realmente era a relação de Thiago com seus irmãos.
Thiago cutucou seu noivo e o sorriso de Gonzalez quase fez o francês desmaiar de tão fofo.
- Oi Cariño, você quer que eu cante algo pra você?
Os olhinhos de Alex vendo a interação eram iguais a de um fã finalmente vendo o beijo entre os personagens principais de um mangá shoujo.
- Não, na verdade a gente quer cantar algo pra vocês.
Arthur olhou para seu marido e ficou levemente desconfiado, bem seus instintos não estavam errados.
Bruno ficou responsável por tocar a melodia e assim que a música começou Gon, Vic e Arthur ficaram envergonhados.
"Faz tanto tempo que eu não ouço
Um timbre igual ao seu
Faz tanto tempo que eu não ouso
Tocar nada além do que eu conheço
Mas eu quero cada nota sua
Eu quero sentir a sua mão
Como se o meu pescoço
Fosse seu violão
Finge que meu nome é música
E começa a cantar
A sua harmonia
Eu sei que cairia
Tão bem com a minha voz
Me diz se tu não consegue ouvir
(Ah)
Me diz se tu não consegue ouvir
(Ah)
Cada escala que eu tiver que fazer
Eu vou cantar pra chegar mais perto do seu tom
Cada melodia, cada acorde e harmonia
Eu sei que encaixaria em nós dois
Mas tudo o que eu queria era sentir a sua mão
Como se o meu pescoço
Fosse seu violão
Finge que meu nome é música
E começa a cantar
A sua harmonia
Eu sei que cairia
Tão bem com a minha voz
Me diz se tu não consegue ouvir
(Ah)
Me diz se tu não consegue ouvir
(Ah)"
"Tom - Bea Duarte"
Vic em particular queria desaparecer de tanta vergonha, já Gon e Arthur não sabiam se riam ou brigavam com outros dois.
Mia olhava tudo aquilo acontecem e segurava a risada, realmente separar os herdeiros era praticamente impossível.
Dante tomou um corpão de água gelada por causa do susto que levou de seu irmão entrando no quarto do nada, estava mais calmo agora.
- tu tá bem mesmo?
- Estou sim, volta pra festa, tenho certeza que seu primo deve tá arrancando os cabelos atrás de ti.
- Ele é muito super protetor, eu sou só uma semana mais novo.
- não é questão de idade, ele só te ama e quer te ver seguro, eu sei bem como é...
A voz de Dante era calma e docinha, o jeitinho delicado que ele estava sentado na cama o fazia parecer uma pintura de tão bonito que ele ficava.
- o que foi?
- nada!
Desviou o olhar mas sentiu seu rosto ser segurado e trazido para a direção de Dante outra vez.
- o que foi? Tem alguma coisa no meu rosto?
Os dedos na sua bochecha pareciam que estavam derretendo sua pele, aqueles olhos claros pareciam atravessar sua alma.
- Por favor não me olha desse jeito, eu fico com vergonha...
Dante soltou o seu amor e soltou uma risadinha bem fofa aos olhos do gaúcho e então se levantou e se espreguiçou um pouco.
- você é muito fofo.... - esticou os braços e soltou um suspiro cansado - vou tomar uma ducha...você pode me acompanhar se quiser.
Murilo travou no lugar e ficou extremamente vermelho com a proposta, Dante riu e foi até o banheiro tomando uma ducha rapidinho, quando saiu se surpreendeu pelo gaúcho ainda estar lá, não iria reclamar entretanto.
- Achei que tivesse voltado.
- e te deixar sozinho? Nem pensar!
Dante sorriu e se virou abrindo o roupão, e o fazendo escorrer exibi suas costas e tatuagens, ele tinha um corpão realmente.
Pela sua visão periférica percebeu Murilo olhando sua cicatriz, percebeu que ele parecia com um pouco de raiva e curiosidade então se aproximou dele.
- Quer tocar? Eu não me importo...
- Tem certeza?
- Absoluta, eu confio em você...
Engoliu a saliva e encostou a ponta do dedo na cicatriz fazendo Dante ter um pequeno sobressalto.
"A PELE DELE É MUITO MACIA!!!"
O cheiro do sabonete chegava às narinas de Murilo o deixando um pouco inebriado, o calor da pele dele se espalhava pela ponta do seus dedos, conseguia ver as gotículas de água no cabelo dele, as tatuagens na pele branca faziam sua imaginação correr em lugares perigosos, nunca imaginou que coisas tão simples fossem causar tanto tesão nele...
- Murilo?
Assim que ouviu a voz de Dante cruzou as pernas escondendo o pau meia bomba o melhor que pode, infelizmente (ou felizmente) Dante já tinha notado.
- Desculpa... Eu não....
- Tá tudo bem, não precisa ter vergonha...
Dante se virou e Murilo estava tão envergonhado e tímido que parecia uma provocação para o seu autocontrole.
- Você definitivamente é adorável.
Se aproximou e deu um selinho singelo no seu amor Murilo praticamente se abriu inteiro para Dante.
- Não faz desse jeito...se continuar me olhando assim eu vou acabar querendo ir mais fundo.
Sentiu sua mão ser segurada e então colocada na bochecha do gaúcho, ele era a imagem perfeita de "quero pica"
- a gente pode continuar?
Dante engoliu a saliva apreensivo.
- Você quer continuar?
Timidamente fez sim com a cabeça e se aproximando mais ainda do italiano, ele estava muito envergonhado e com muito tesão.
- Eu preciso ter certeza Murilo, você quer continuar?
- Sim...por favor deixa eu te beijar....
"Eu vou acabar com ele"
Murilo se aproximou timidamente envolvendo os braços no pescoço do loiro e sentindo ele corresponder a sua iniciativa meio desajeitada e ansiosa de aprofundar o beijo, e foi aí que ele caiu na cama por baixo de Dante.
Por um tempo tentou se enganar, achava que se pedisse com jeitinho ele poderia ser o ativo, leigo engano.
As mãos de Dante se enfiaram por dentro da sua camiseta apertando lugares que ele não sabia que poderiam fazer ele se sentir daquele jeito.
- Ah...
Abriu os olhos vendo os olhos azuis esverdeados brilhando com a pouco iluminação por trás do óculos, os longos fios loiros quase brancos se espalhavam pelos corpos, a sensação de ser dominado não era tão ruim assim.
Dante tirou os óculos e voltaram a se beijar, agora Murilo já não tinha mais tanta timidez e isso fez as coisas esquentarem um pouco.
Ainda bem que a cama era grande porque aquela bagunça de amassos e beijos entre os dois não caberia em uma cama menor.
Dizer que Murilo estava nas nuvens seria uma boa metáfora, Dante não esperava que ele se entregassem tão fácil daquele jeito, de olhos fechados ele aproveitava cada toque e cada suspiro, tinha a sensação que ele era mais carente do que se deixava mostrar, principalmente em relação a toques físicos.
A língua quente e macia dentro da sua boca, dançando e se enrolando na sua enquanto a saliva ganhava um novo sabor, se não estivesse de olhos fechados com toda certeza os estaria revirando.
Dante parou o beijo para o desespero do gaúcho, a carinha de piedade que ele fez mandou uma descarga elétrica direto pro pau do loiro.
Olhos marejados numa expressão de carência, boca inchada de tanto beijar e o cabelo espalhados pelo travesseiro, faltava pouco para aquela imagem ser perfeita.
- Acho que você tá com muita roupa...
Quase de imediato o gaúcho tirou a jaqueta no chão e antes mesmo de conseguir pensar Dante tirou sua camiseta e abriu seu cinto, é questão de segundos ele já estava só de cueca.
Viu o loiro abrir o roupão reparando nas tatuagens, no corpo dele elas pareciam uma obra de arte.
Se aproximou do gaúcho e sorriu vendo ele se arrepiar com algo tão simples como a sua presença, agora sim as coisas iam começar a esquentar de verdade.
- Murilo se preparava mentalmente para sentir dor, pelo que ouvia seria insuportável pra caralho, mas honestamente queria mais era que as preliminares acabassem logo.
Os braços dele o envolveram e o puxaram mais para perto, agora sim conseguia ver as pintinhas bem clarinhas na pele dele, realmente era algo muito bonito.
Sentiu um beijinho no pescoço e olhou para Dante envergonhado vendo ele sorrir rente a sua pele e então sentiu um pouco de dor.
- Ah~ aí....
- não faz essa carinha que eu fico com ainda mais vontade de te marcar.
O chupão ficaria roxo literalmente até ano que vem, mas honestamente que se fudesse.
- Dante...por favor...
A respiração dele estava descompassada e era possível ver a cueca ficando molhada bem na pontinha, a boca de Dante chegou a salivar.
Colocou a mão por dentro da cueca e Murilo se agarrou nele como se sua vida dependesse disso.
- Calma...respira...
- Ah....ah.... Hum....
- Você é muito mais sensível do que parece.
- Ah....arff...sua mão.... é quente...
Subiu e desceu esfregando a cabecinha com o dedão e Murilo simplesmente enlouqueceu com aquilo, gemeu manhoso puxando Dante com força para um beijo, os dentes chegaram a bater.
- Dante...hummmmm.... Dante....
Ele ficou desse jeito só com isso? O que será que acontece se eu?...
Deu mais um beijinho no loiro de farmácia e então foi distribuindo alguns beijinhos pelo peitoral dele ainda masturbando ele com cuidado até chegar no meio das pernas do pobre coitado.
- Dante?
- Murilo, você sabia que os Fritz não tem reflexo na garganta?
- o que? Ah!
Passou a língua pela cabecinha vendo Murilo se tremer inteiro, e então colocou tudo pra dentro de uma vez.
Ele não era pequeno, na verdade o gaúcho era muito bem dotado foi um pouco difícil engolir tudo, mas ainda sim sem grandes problemas.
- meu deus, meu Deus, meu Deus....ah! Ah! Dante...ah es-espera...ah! Eu não...
Ignorado as súplicas do seu amor o loiro chupava e se lambuzava com o lubrificante e pré gozo, já o pobre gaúcho pegou um travesseiro e começou a gritar de prazer rente a ela para ter o som abafado.
"Eu vou explodir! O que é isso? Meu corpo tá queimando!"
Em meio aos murmúrios abafados o som molhado do boquete se espalhava pelo quarto, a vibração da garganta do loiro fazia Murilo morder o travesseiro e lágrimas escorreram pelo seu rosto.
- Hum....Aaaaaaah.... Arf! Aaaaaaan~
Subiu e desceu deixando ele bem molhado, a saliva escorria pelos cantos fazendo a mão dele também ficar pegajosa, o céu da boca sendo cutucado daquele jeito era uma sensação gostosa.
O calor dele em suas mãos e garganta faziam ele se sentir estranhamente no controle da situação, os gemidos de Murilo eram uma gracinha.
- Dante...Dante por favor....ah....eu vou...
A declaração chegou um pouco atrasada, o gosto azedo se espalhou pela boca do italiano não como um jato quente mas sim em uma sensação gostosa de preenchimento, como se alguém tivesse apertado uma bisnaga na sua boca, engoliu tudo sem pensar duas vezes e agora estava louco pra fazer ele sentir a mesma coisa.
Murilo estava desfalecido na cama ainda com o travesseiro na cara, e quando o mesmo foi tirado foi possível ver as mordidas e as lágrimas no pobre travesseiro.
- Dante....
- Você aguentou bem... agora é minha vez...
Assistiu Dante enfiar os dedos na boca e tirá-los bem babados para então ser virado de bruços e ter o travesseiro colocado por baixo dele.
- Sabia que a saliva é um incrível anestésico? Então espero que te ajude um pouco, mas se você quiser parar e só pedir, eu nunca vou machucar você.
Colocou um dos dedos e viu Murilo arquear as costas e soltar um gemido baixinho e agoniado, sentiu dó.
"Caralho isso dói mais do que eu imaginei"
Não doía tanto quanto levar uma surra ou ser jogado várias vezes no tatame duro, ainda sim era esquisitinho.
"Eu acho que tem camisinha no meu bolso"
- Dante...ah....espera....
- Oi? O que foi? Tá machucando?
O cuidado na voz dele fazia jus a sua popularidade na boate, quem não iria gostar de alguém como ele?
- Não! Eu aguento...
Dante abriu um sorriso um pouquinho assustador pro gosto de Murilo, ainda sim continuo.
- Tem camisinha na minha jaqueta, no bolso interno.
Dante olhou o objeto no chão e pegou com uma mão só dando uma tatiada pelo tecido até achar o bolso interno e lá realmente tinham duas camisinha, pegou uma qualquer e jogou a jaqueta pro lado pra não atrapalhar.
- Agora não tem mais desculpas para eu parar...
Murilo ia responder quando sentiu o dedo do meio de Dante entrar nele, e dessa vez a sensação foi um pouco diferente.
- ah!!!!
- achei!
Algo dentro dele tinha sido pressionado e uma onda de prazer fez seu corpo todo vibrar estranho.
- o que... é isso???
- Você já deve ter ouvido falar na aula de biologia.... isso aqui...- enfiou o dedo mais profundamente apertando o local outra vez - é a sua próstata...
- Ah~
Dante começou a mexer os dedos dentro do gaúcho fazendo ele gemer e morder o lençol confuso e com tesão, era uma visão linda.
Ele já estava bem preparado para receber seu pau, porém como era a primeira vez tinha que ser mais delicado.
Pegou a camisinha e abriu com os dentes se encapando bem, se arrumou melhor e segurou a cintura do mais velho com delicadeza.
- Mutilo...só pra ter certeza...eu não vou ficar bravo se você parar agora...
- Dante por favor...só me fode logo...
Aquela espera era agoniante, mas então sentiu algo roçando na sua bunda para que então finalmente começasse a entrar, aquilo sim doía pra caralho.
Mordeu o lençol e respirou fundo, a dor era desagradável mas ao mesmo tempo fazia seu corpo ter uma sensação estranhamente gostosa, fechou os olhos tentando se concentrar naquela sensação mas então sua próstata foi acertada.
- Ah~ an~ ah! Ah! Ah! Arf! Dante....ah! Caralho! Ah!
Cada respiração uma bombada, sentiu ele se debruçar sobre a suas costas o apertando ainda mais, sentia a respiração descompassada batendo no seu pescoço e alguns beijinhos aqui e ali seguidos de gemidos muito gostosos de ouvir.
Era uma mistura muito grande de sentimentos e sensações mais óbvia era sentir que estava muito despreparado.
Dante estava fazendo tudo certinho e agora não doía mais como no começo porém realmente queria se mostrar mais pro ativo, queria dar prazer igual estava sentindo.
- Ah....
Conhecia aquele olhar e reação, seu amor era muito mais inseguro do que se imaginava.
- Murilo, relaxa, desse jeito você vai ter difícil pra andar depois...
- ah~ mais...
- Talvez eu que tenha que te fazer entender o que tá acontecendo.
Saiu de dentro do gaúcho o fazendo ficar confuso e ansioso mas então foi virado de barriga pra cima, sentiu suas pernas serem abertas e seguradas e então penetrado com ainda mais força o fazendo arquear as costas.
- Eu vou fazer você esquecer de se preocupar.
- Ah~hum???
Sentiu os lábios dele grudados nos seus e um beijo muito mais profundo e intenso do que tudo que tinham feito aquela noite para então as bombadas voltarem com força total.
"Eu não consigo respirar!"
Assim que se afastou para pegar um pouco de fôlego foi trazido de volta para o agarrão, as mãos de Dante o apertava e avisavam com força fazendo ele ceder a cada segundo.
- Ah! Arf! Hummm...
- Você é tão quente!
- Dante.... Dante....
A carne da coxa do gaúcho era farta e vazava entre seus dedos enquanto ele gemia e chorava de prazer.
A fricção dos corpos deixava seus pelos arrepiados o gosto da boca dele com a sua e aquelas bombadas diretamente em sua próstata, não estava conseguindo pensar corretamente.
- Ah! Assim~ ah! Mais...
Dante sorriu e mordeu novamente o pescoço de seu amor o fazendo revirar os olhos em prazer e o agarrar ainda mais.
Aumentou a velocidade das bombadas ouvindo a cama ranger e a mente Murilo se desfazendo em prazer.
Estava macentando o pobre gaúcho, ele mal sabia mais falar, só gemidos saiam daquela boquinha linda, a pele estava vermelha por causa da força do impacto, os lábios estavam inchados e principalmente tudo que tinha na mente de Murilo era uma neblina de prazer.
Viu ele apertando os lençóis e o prender dentro dele com uma pressão considerável e então o corpo dele ficar todo mole e a respiração completamente desregulada, era bem óbvio o que tinha acontecido.
Sentiu Dante sair de dentro dele e então algo quente nas suas coxas estava tão cansado que nem perguntou o que estava acontecendo acabou caindo no sono.
Viu o gaúcho todo acabado e gozado jogado na cama e abriu um sorriso cruel, no escuro os olhos verdes brilhavam em satisfação.
- Não se preocupe, eu vou cuidar de você...
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
Rodolfo olhava para a entrada da casa de Guilherme quando percebeu as motos dos seus pias se aproximando e sentiu o cheiro da merda de longe.
- Guilherme!
- ah? O que?
- me dá um soco agora!
A carinha de triste e desolado do traficante fez Rodolfo se sentir meio mal mas era um momento de vida ou morte.
Kauã desceu da moto e ajudou Renan que estava na garupa descer também, Lorenzo e Raphael chegaram logo atrás.
- Eita... O que esses gaúcho quer agora?
- A gente não veio brigar, só querendo ter certeza que o seu Rodolfo tá bem!
Lorenzo apaziguou o aviãozinho que estava na frente da casa do traficante, mas então com o nariz sangrando e sendo ameaçado por Guilherme com uma Glock rosa o líder dos Assombrados apareceu.
- Seu Rodolfo!!
Kauã fez menção de ir até o senhor mas a arma foi apontada pra sua cara, não teve escolha a não ser parar.
- pias, voltem pra casa, eu prometo tá tudo bem.
- Eu não mato idosos nem crianças, não se preocupem...o chefe de vocês tá sendo muito bem tratado, principalmente de noite.
O olhar de Rodolfo pra Guilherme foi tão feio que o traficante até parou de sorrir e pareceu meio sem graça.
- E... então... Ele tá vivo, ele vai voltar vivo, não se preocupem...
Ver que Rodolfo estava "bem" já era uma vitória, e depois de muita discussão os assombrados foram embora.
- Tu. É. Idiota???
Cada palavra era uma almofadada na cara.
- Desculpa seu Rodolfo, foi só uma piada!
Fogo e gasolina discutiram um pouco aquela noite.
🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️
💉💚
As irmãs demoníacas voltaram do cativeiro conversando tranquilamente, porém assim que Raquel colocou os pés em casa foi abraçada com força.
- Raquel finalmente eu te encontrei!
- Robertson?
Miriã conhecia aquele nome, aquele era o noivo de Raquel, o policial que ela conheceu enquanto Miriã estava presa, mas o que caralhos ele estava fazendo ali?
💉💚
🗑️🔪 🌸💮
Hidetaka estava fervilhando com a falta de resposta e resultado dos irmãos Luke e quando precisou descobriu que eles não estavam muito bem, isso foi uma surpresa mas não necessariamente algo surreal, afinal eles ainda eram humanos.
Jun também não estava nem um pouco feliz com a demora em T-Bag lhe dar um resultado, porém o mendingo tinha lhe enviado uma mensagem (com um português levemente melhor, algo que Jun não fez questão de entender) explicado que estava doente, achou melhor não perguntar.
Enquanto isso Akemi estava aproveitando seu tempo sozinha no Brasil, ela precisava relaxar um pouco.
🗑️🔪🌸💮
❤️👹
Otto olhava para a tela do computador completamente desolado e muito bravo também, já Henri estava de ressaca.
- Eu lamento muito que o senhor não esteja com seu filho no natal, estamos fazendo o possível pra ter alguma notícia de Matheus.
- Ele nunca passou o natal longe de mim...desde o primeiro dia de vida dele.
- tenho certeza que ele está vivo, se estivesse morto tenho certeza que outros luzidios já teriam informações.
Aquilo apavorou Otto de maneira inimaginável, se ele era um traidor nada garantia que não existia um traidor entre os traidores, essa possibilidade o deixou paranóico.
- de qualquer forma nos vemos depois das festas Otto, eu tenho compromissos mais importantes para atender no momento.
"O que pode ser mais importante que o meu filho??"
Henri desligou e Otto ficou parado novamente encarando o monitor outra vez, nunca se sentiu tão triste antes.
❤️👹
De mãos dadas os irmãos Cohen Cevero passeavam pelo jardim do orfanato cada um com uma florzinha na mão.
- Matheus!!! Vem brincar com a ge
nte.
- nós pegamos florzinhas pra você!
O garotinho ruivo olhou para trás abrindo um lindo sorriso, ele estava feliz ali.
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