- Alexander?
Alex reconheceu a voz feminina, mesmo depois de muito tempo ele ainda reconhecia muitas pessoas por mínimos detalhes, fosse voz ou o jeito de arrumar o cabelo, vantagens de ter memória fotográfica.
Se virou e olhou a bela ruiva lhe oferendo um sorriso meio amarelo porém cortês, não existia exatamente um sentimento ali.
Antonella tinha vindo entregar as irmãs Leore para cuidar dos filhos de Alex, viu ele na assinatura do contrato e também tinha visto seu marido, achou Arthur um 8, mas Alexander era definitivamente um 20.
Desde de adolescentes Alex era muito bonito, porém sempre que alguém tentava se aproximar tinha um exército pronto para impedir, fossem as herdeiras, ou o próprio irmão mais velho do rapaz, porém agora não tinha como ignorar ou previnir suas investidas.
- Buon Natale Alex.
Alex revirou os olhos e tomou um gole do seu whisky, era muito amargo pra ele, mas estava querendo tomar um porre, se perguntava se o seu keppa estava invisível na sua cabeça para ser desejado um feliz Natal sem depois um feliz hanukkah, não tinha problemas em receber feliz Natal de pessoas desconhecidas, mas esperava mais de alguém que o conhecia desde a infância, principalmente por ser um evento tão formal.
- Merry Christmas Antonella.
A moça se aproximou da sacada deixando alguns centímetros de Alex, algo pelo qual ele ficou extremamente grato.
- Achei que fosse estar com seus filhos hoje.
Alex sentiu raiva e chateação.
- Não tenho a guarda total ainda, apenas direto de visitação.
- E seu noivo/marido? Onde está?
- Provavelmente com os parentes na festa, ele merece um descanso.
- ótimo, isso nos dá tempo para conversar bastante.
- não tenho interesse em conversar com você Antonella, me desculpe.
- Não seja assim, você já foi mais simpático...
- Não quero ser mal educado, só quero voltar pra dentro logo.
- Mesmo que eu tenha uma proposta de negócios irrecusável pra você?
Agora ela tinha pego em um ponto fraco do Cohen mais novo, negócios eram sempre bem vindos independente de quem fosse.
- Go ahead...pode falar.
Antonella sorriu de forma um pouco macabra e se virou completamente para Alex se curvando um pouco na sua direção.
- me faça mãe dos seus filhos!
Alex ouviu um "tuuuuiiiim" dentro da sua cabeça, como se alguém tivesse gritando e apitado bem no seu ouvido, piscou lentamente e seu olhar enrijeceu instantâneamente.
- Jamais!
A seriedade na voz do meio americano fez a italiana dar um passo pra trás, ele estava tão sério e rígido que nem parecia ter 23 anos, os olhos vermelhos pareciam atravessar sua alma de alguma forma.
- veja pelo lado prático das coisas, eu posso te dar filhos biológicos.
Existem uma infinidade de palavras na língua portuguesa e sabia que moça tinha tido aulas desde a infância, e ainda sim ela escolheu as erradas para formar essa frase.
- Se está se oferecendo para ser barriga de aluguel dos meus filhos com o Arthur saiba que não estamos interessados, porém se é o que eu acho que está me oferecendo... nunca irá acontecer!
Isso feriu levemente o ego de Antonella, sabia que ela era uma das mais bonitas da festa (isso era verdade) muitos tinham quebrado o pescoço pra ver ela passar, porém ser rejeitada novamente pelo meio americano doeu mais do que deveria.
- Posso saber o por que? Não me acha bonita o suficiente?
Dessa vez o olhar de Alex se suavizou e se tornou bem docinho, isso fez a ruiva ficar tímida e de rosto corado.
- Você é linda Antonella, mas não fez meu tipo.
A italiana colocou o cabelo atrás da orelha bastante frustrada e tentou se lembrar do tipo de Alex, talvez se ela pintasse o cabelo... porém quando se lembrou de que ele gostava de olhos claros ficou um pouco esperançosa.
- Bem eu tenho olhos verdes também...
Alex soltou um risinho pelo nariz e olhou para o broche no seu peito suspirando apaixonado.
- Ele também tem....os olhos dele são os mais lindos do mundo...
- Então ainda estou no seu tipo.
- Pra você chegar PERTO do meu tipo ideal tem que perder 20 centímetros de altura, criar 30 kilos de músculo, ter uma barba perfeitamente bem cuidada, mãos calejadas e ásperas, um leve cheiro de nicotina, uma tatuagem enorme nas costas, ter a voz grossa mais linda do mundo, e fazer parte de uma gangue de motoqueiros...e caso não tenha percebido meu tipo ideal é meu marido.
Não devia, mas achou o amor de Alex por Arthur muito fofo, era possível ver os olhos dele brilhando enquanto ele falava sobre o marido, porém se não tinha conseguido na conversa ia pra ação.
- Não seja assim, podemos conversar sobre o assunto, eu não me importo em dividir.
- mas meu marido se importa e muito.
- Então ele é bem mais inseguro do que parece.
Novamente o rosto do bonitão se converteu em uma carranca bem estressada e nada simpática, falar mal de Arthur na frente de Alex era um erro inenarrável.
- Não aprecio que fale do amor da minha vida e pai dos meus filhos dessa forma.
- Qual é Alex você entendeu...eu posso te divertir ainda mais do que ele um dia sonhou.
Disse isso encostando a mão no peitoral lindo e musculoso do meio americano, e foi aí que uma shuriken voou entre os dois.
- VADIA DESGRAÇA TIRA AS MÃOS NOJENTAS DO MEU MARIDO!
Se um demônio visse Arthur agora ele fugiria, ele estava vermelho e só faltava espumar igual a um cão raivoso.
Estava muito orgulhoso de si mesmo até 2 minutos atrás, tinha ouvido toda conversa atrás da porta e embora com ciúmes (e vergonha por causa dos elogios) ele não tinha dado chilique, porém quando viu Antonella encostando em Alex TODO SEU SANGUE ENTROU EM ERUPÇÃO! Tudo que tinha em mente agora era esfregar a cara da italiana na parede.
Antes de ambos os mais novos compreenderem o que estava acontecendo Antonella se viu sem ar e alguns centímetros do chão, os dedos de Arthur se fechavam na sua garganta, as mãos ásperas a seguravam com firmeza e tinha uma arma apontada pra sua cabeça.
- ARTHUR!
- Desgraçada! Vadia!
Nunca em sua vida imaginou estar vendo a definição de absoluta raiva e ódio a olhando diretamente, quando falaram que Arthur era ciumento não imaginou que fosse esse tipo de ciúmes, muito pelo contrário realmente acreditava que ele era do tipo inseguro (não estava errada) não do tipo assassino.
- Arthur solta ela agora!
- Não começa Alex tu sabe que eu não estaria bravo assim sem motivo.
Antonella sentia que iria desmaiar por causa do pouco oxigênio, ainda sim o metal gelado da arma encostando na sua têmpora disparava adrenalina de mais para ela desmaiar.
- Você sabe que ela não tá fazendo isso porque quer, solta ela agora!
Arthur olhou pra trás e percebeu que Alex estava com a paciência no subsolo, soltou a moça que caiu de joelhos puxando o ar desesperada.
- Antonella!
A ruiva olhou para a porta e viu sua prima correndo em sua direção a abraçando de forma protetora.
- Carina? *Cof COF*
Alex foi até às duas moças e ajudou ambas e se levantarem e ele parecia estar bastante estressado.
Se tinha uma coisa que nunca tinha sentido antes era o toque do Cohen mais novo que não fossem comprimentos de oi e tchau, então quando sentiu mão dele no seu rosto ficou honestamente sem jeito, sentiu ele o virando para o lado e soltando um suspiro aliviado.
- Não vai deixar marca... Carina leve sua prima para sua irmã e trate a dor dela, espero que seja rápido, ainda temos que compartilhar uma dança lembra?
A diferença de tratamento que ele dava a elas era bem gritante, realmente ele tinha um jeito diferente de tratar as pessoas que gostava.
- E Antonella, eu sinto muito pelo que aconteceu, vou conversar com o Arthur, mas espero que isso sirva de aviso pra qualquer Leore que pense que minha união com meu marido não é verdadeira, se a situação fosse ao contrário eu também agiria da mesma forma.
A ruiva abaixo a cabeça e colocou a mão no pescoço assustada, não sabia como reagiria se tivesse sido ameaçada por Alex.
Assistiu ambas saindo pela porta e olhou para Arthur tão bravo que seus olhos vermelhos pareciam muito mais brasas do que sangue.
- A gente precisa bater um papo.
Se antes Arthur estava se sentindo poderosíssimo agora ele se encolhia feito um cachorro levando bronca.
O gaúcho estava extremamente sem jeito, guardou a arma e colocou a mão na nuca tentando disfarçar um pouco sua vergonha e descontentamento.
- Eu sinto muito...
Alex ergueu uma das mãos como se falasse "nem começa" e Arthur se calou.
- Você sabia que isso ia acontecer....eu te ouvi atrás da porta.
Arthur olhou pro chão envergonhado.
- Eu não imaginei que ia explodir de ciúmes assim grandão... Me perdoa.
- Já falei que acho seu ciúmes muito fofo, mas você tem que saber dosar ele, a Antonella literalmente foi coagida a dar encima de mim, ela não precisava passar por isso.
Arthur abaixou a cabeça bem triste e frustrado, como poderia colocar em palavras aquele sentimento? Como explicar para o marido que só o fato de estar ao lado dele fazia o dia 30 vezes melhor? Como explicar que o medo irracional perde-lo faz você ter atitudes que nunca teria?
- Prometo me desculpar com ela de alguma forma.
- Honestamente espero que sim, mas não precisa ser hoje, ela deve estar apavorada.
Nesse momento uma luzidio entrou na sacada e os açucarados a olharam desconfiados, porém quando ela disse que Brulio estava procurando Arthur eles entraram sem questionar.
A mesa dos Cohen estava bem tranquila e agradável, Brulio obviamente estava um pouco bêbado, já Christopher parecia levemente entediado.
O gaúcho mais velho se curvou e sussurrou algo no ouvido de Arthur e ambos sorriram um para o outro de forma bastante carinhosa.
Alex e Christopher estavam entretidos tomando vinho e falando da roupa dos convidados, também se perguntavam onde estava Cesar.
Alex se virou para perguntar para o sogro se tinha visto seu irmão mais velho, mas quando olhou pro lado ele não estava mais na cadeira ao seu lado, correreu os olhos pelo salão e o viu indo em direção ao palco em em alguns segundos todos os gaudérios estavam no palco, praticamente colocaram o DJ pra correr coitado.
Foi-se ouvido uma pequena microfonia e logo as pessoas olharam para o pequeno palco onde um bando de homem barbado, tatuado, cabeludo, com cara de quem podia quebrar uma pessoa na porrada por diversão e ainda pareceriam gostosos no processo ligavam instrumentos obviamente bastante usados (para não dizer velhos) nos equipamentos do palco.
Arthur deu dois tapinhas no microfone e limpou a garganta ajustando sua guitarra no ombro, ele parecia um pouco nervoso.
- Boa noite senhoras e senhores e tudo dentro e fora do aspecto de gênero, para quem não me conhece eu me chamo Arthur Cohen Cevero, eu sou o consorte de Alexander Lightbringer Cohen Cevero, e eu gostaria de roubar 10 minutos da atenção de todes.
As pessoas começaram a cochichar entre si e olhar pro palco, alguns achavam um absurdo aquilo estar acontecendo, outros estavam curiosos.
- Esse é meu presente para o meu marido.
Arthur dedilhou algumas notas e olhou para Alex entre a multidão sorrindo de forma bastante carinhosa e apaixonado.
- Muitos de vocês me chamam de interesseiro, que eu dei um golpe do baú ou uma chave de coxa no herdeiro mais novo dos Cohen, mas as coisas não foram assim.
Brulio se aproximou de seu filho trazendo um pouco de conforto e consolo, mas principalmente coragem para ele continuar.
- Esses aqui comigo no palco são minhas família, esse gigante aqui é meu pai, aquele baixinho ali e meu padrinho e o rapaz do lado dele o sobrinho dele, essa mulher bonita e minha madrinha e mãe de coração, e esses 3 são os melhores amigos que eu poderia querer.
Marcelo quase se desmanchou em lágrimas ali mesmo, ainda bem que Ivan ficou na frente dele o protegendo dos olhares curiosos, ele era muito bom manteiga derretida.
- Eles estão comigo hoje porque escolheram me ajudar com a Ordem, hoje nós nos tornamos uma família vassala, mas tudo isso começou comigo cantando para pegar uns trocados na paulista.
Agora foi Brulio que quis segurar o choro, por sorte ele era mais durão que os subordinados.
- Mas não pensem que eu sou um músico fracassado que se agarrou na primeira oportunidade que apareceu, eu sou um doutor formado e reconhecido, e eu larguei tudo para perseguir um sonho, mas encontrei o amor da minha vida.
Olhou novamente para Alex, ele estava tão lindo segurando aquela taça de vinho tinto, parecia até uma obra de arte, sem perceber suspirou apaixonado, foi uma reação tão natural que algumas pessoas se viraram para olhar Alex, e os que olharam também o acharam lindo.
- agradecimentos especiais para Liz que me viu tocando na rua e pro Daniel, nosso gerente que é do caralho! Ele que quis uma vibe acústica pra boate, sem ele eu não estaria aqui na presença de vocês.
Liz e Daniel não sabiam onde enfiar a cara de vergonha, porém estavam gratos por ter um lugarzinho no coração de Arthur.
- e lógico meu sogro que eu amo muito mesmo também sempre me apoiou, meu cunhado e cunhada que são muito especiais pra mim...
Mari sorriu muito fofa olhando orgulhosa para Arthur no palco enquanto Cesar não sabia se ria da audácia de Arthur no palco ou fugia de todos aqueles olhares sobre ele.
- Inclusive o Cesar foi quem deu o apelido pra gente, "Açucarados", mas sabe o Alex sempre foi o mais doce entre nós, doce de mais pra mim....
Nesse momento os gaudérios começaram a tocar e cantar: "hozier - too sweet"
- " It can't be said I'm an early bird
It's ten o'clock before I say a word
Baby, I can never tell
How do you sleep so well?
You keep telling me to live right
To go to bed before the daylight
But then you wake up for the sunrise
You know you don't gotta pretend, baby, now and then
Don't you just wanna wake up, dark as a lake?
Smelling like a bonfire, lost in a haze?
If you're drunk on life, babe, I think it's great
But while in this world
I think I'll take my whiskey neat
My coffee black and my bed at three
You're too sweet for me
You're too sweet for me
I take my whiskey neat
My coffee black and my bed at three
You're too sweet for me
You're too sweet for me
Ooh, ooh-ooh (4x)
I aim low, I aim true and the ground's where I go
I work late where I'm free from the phone
And the job gets done
But you worry some, I know
But who wants to live forever, babe?
You treat your mouth as if it's Heaven's gate
The rest of you like you're the TSA
I wish that I could go along, babe, don't get me wrong
You know, you're bright as the morning, as soft as the rain
Pretty as a vine, as sweet as a grape
If you can sit in a barrel, maybe I'll wait
Until that day
I'd rather take my whiskey neat
My coffee black and my bed at three
You're too sweet for me
You're too sweet for me
I take my whiskey neat
My coffee black and my bed at three
You're too sweet for me
You're too sweet for me
Whoa, oh-oh"
A música terminou e os vocais de Brulio e Arthur encantaram todos ao seu redor, a voz deles era muito bonita e os gaudérios tocavam muito bem.
De todas pessoas que assistiram o pequeno improviso dos gaudérios o mais fascinado com toda certeza era Bruno, ele olhava para Vic como se ele fosse a coisa mais incrível que já tinha colocado os olhos na vida.
- Aí aí... O tio de Vocês é uma caixinha de surpresas.
Mari viu seus bebês sorrindo na sua direção e eles pareciam ter gostado da música de Arthur, até prestavam atenção nos sons ao redor.
- Você chamou atenção cunhado, espero que consiga lidar com isso.
Do outro lado do salão os olhinhos de Joui brilhavam de forma inocente demais para o gosto de Cesar.
- o que o Arthur fez foi tão legal!!
"He's so cute and pure....I'm afraid someone here want to take advantage of him...but I also want to stain him with my desires, like wine on a white fabric...I want him to have me marked as a Scar, I want tha people look at him and automatically think he's mine, I want him for myself...Cesar, what a hypocrite you are! You Worried about what others want to do to him... when you yourself want to do worse...You are the worst for him...but I want him so much..."
- Cesar?
- Eu já falei o quanto eu gosto quando você diz meu nome desse jeito?
- Que jeito?
- I don't know...I just like your voice...And your mouth...
- que?
- Smile...I meant your smile...I really like your smile...
- Eu também gosto do seu sorriso Cesar.
Joui sorriu e Cesar sentiu seus neurônios derretendo, ele estava tão fudido! Ele só queria ficar com Joui pro resto da sua vida.
Daniel se sentiu bastante lisonjeado por aparecer na homenagem de Arthur, porém era um sentimento bastante agridoce.
- Você parece bastante pensativo.
- Ah! Oi Bea, Você está lindíssima! Parece até uma princesa.
- Você também tá muito bonito Daniel! Como está sendo ver tantas pessoas da Ordem ao mesmo tempo.
- Ninguém veio falar comigo ainda, mesmo meu símbolo de amor aparecendo bem, talvez ninguém tenha me notado ainda.
- Mas você e seu pai são os últimos Hartmann, achei que pelo menos alguém tentaria se aproximar.
- Acho que ninguém se importa muito com isso.
Daniel pareceu tranquilo, mas aquilo parecia suspeito aos olhos da meio italiana.
- Daniel como você está se apresentando?
- Como assim? Pelo meu nome!
- E sobrenome? Espera você sabe o jeito correto de se apresentar as pessoas dessa festa?
- O que?
- Isso explica, quando você for se apresentar seu nome não é o mais importante e sim seu status na Ordem, viu como o Arthur fez? Ele disse o nome completo e o status dele "consorte", você precisa deixar claro que tem poder e influência.
- eu... não sei se quero isso não....
- Acredite em mim, e melhor ter e não precisar do que precisar e não ter, vem eu vou te mostrar como faz.
Foi até Daniel e se colocou atrás dele o levando até um grupo que conversava em inglês um pouco afastado do centro do salão.
- Olá...
Todos se viraram e viram Bea e Daniel os encarando por alguns segundos até eles a reconhecerem.
- Saudamos a lady Lilian Beatrice Portinari Fritz, terceira herdeira dos Studios Fritz.
E verdade, Bea e Dante não gostam de seus primeiros nomes então usam o composto, porém achava os nomes de ambos muito bonitos, gostava de nomes compostos, mas não imaginava nenhum que combinasse com Aurora.
Assistiu Bea se curvar elegantemente usando cortesia (educação de nobreza) se perguntava quantas horas ela e os outros herdeiros passaram aprendendo aquilo, levando em conta a perfeição na execução sabia que foram muitas.
- a que devemos a honra de sua presença my lady?
- Nada demais, só estou curiosa com a situação do canal de vocês na Espanha, meu primo notou algumas baixas de audiência.
Os simpáticos homens pareciam cervos pegos de surpresa na estrada, travaram completamente.
- *cof* não é nada de mais my lady, mas quem seria esse belo homem atrás da senhorita?
Bea sorriu de um jeito que arrepiou até o último pelo de Daniel, por algum motivo a palavra "insanidade" pareceu descrever bem aquele sorriso, já tinha visto aquele sorriso em algum lugar e foi aí que se lembrou que Bea era prima de Thiago.
- Esse e o Amor do meu tio Veríssimo, Daniel... Hartmann...
Quase que de imediato todos ao redor olharam para o ruivo, parecia que as pessoas queriam lhe devorar, olhou para Bea e ela parecia satisfeita com sua empreitada.
Após cantarem os gaudérios foram dar uma volta no salão e todos tiveram que resolver certos problemas.
Vic se sentiu puxado com força para um canto escuro e escondido, nem lutou contra porque sabia quem era.
Ouviu o bufar no seu ouvido e algo levemente duro no meio das suas pernas.
- Bruno?
- você tava tão gostoso no palco.
Vic soltou uma risadinha meiga e fechou os olhos aproveitando aquela sensação de paz, sentia que iria ficar sem ela por algum motivo.
Ivan novamente estava com Léo e o italiano parecia que iria explodir a qual quer instante.
- Eu queria muito entender o que se passa na sua cabeça amigo, sempre que a gente se vê tu fica nervoso desse jeito.
As palavras morreram na garganta de Leonardo, ele parecia tão gentil e sincero naquele momento, tinha medo de ser rejeitado, mas era agora ou nunca.
- Ivan... Eu.... Eu....
- Leo tu tá bem? Tá ficando vermelho...
Nesse momento o Portinari juntou toda as suas forças e coragem em uma única frase.
- EU QUERO TER UM ENCONTRO COM VOCÊ!
Marcelo estava comendo um musse de maracujá quando um grupo de Veríssimos decidiu que iria falar com ele, se levantou e comeu o restante em outras duas colherada, Samuel observou de longe só para ter certeza que estava tudo bem.
- Olá jovem e belo amor, o que está achando da festa?
Marcelo ficou na sua posição de preferência e saudou os Veríssimos como tinha sido ensinado, isso pegou os Veríssimos de surpresa.
- é a minha primeira festa como amor então não tenho uma opinião formada sobre.
Ele era muito sério! Os olhos castanhos eram duros e firmes e pra piorar ele era muito bonito.
Um dos Veríssimos limpou a garganta vendo que Marcelo não se parecia com a imagem que muitos tinham criado dele.
Vejam bem, geralmente Veríssimos vão escolher amores com quem compartilham interesses ou vêem potencial, porém quando a família ouviu a frase "Samuel tem um amor" imaginaram um nerd ou um funkeiro qualquer com sérios problemas de comportamento e irritante, porém receberam um técnico em RH metaleiro que faz parte de uma gangue de motoqueiros, por isso ninguém esperava, e pra piorar ele era extremamente Sério! Bem....pelo menos ele era bastante bonito.
- E uma pena que provavelmente não o veremos depois dessa festa por alguns anos, talvez quando você se tornar um paramuor.
A palavra paramuor não existe em português, então antes de entrar na Ordem nunca a tinha usado, no entanto depois de estudar muito com Letícia descobriu que significava, em jeito mais Xulo possível: "concubina", mas a ordem usava isso para descrever um amor que entrava em um relacionamento com seu Veríssimo em específico, depois ele se torna consorte, é a transição de um para o outro, isso entretanto só se aplica para o Veríssimo e amor que são ligados, Gonzalez não entraria nessa categoria por exemplo.
Esperavam receber uma reação do gaúcho, mas ele estava bem tranquilo, até porque ele não tinha intenção nenhuma de se casar com Samuel.
- Meu relacionamento com o Samuel não é dessa forma.
Os familiares se entre olharam e pareceram não entender exatamente o que estava acontecendo.
- Achamos que Samuel tinha lhe feito um amor por estar apaixonado por você.
Marcelo deu um sorrisinho meio malvado, ele como um homem muito bonito usando uma roupa muito bonita, essa combinação era perigosa, e ele parecia mais interessado do que deveria naquele assunto agora.
- Então estão se aproximando da minha pessoa porque acharam que eu seria uma forma rápida de conexão com o Sammy e consequentemente com o senhor Veríssimo....bem que a professora falou...
- Não é exatamente isso....
- então o que seria?
- Só estamos curiosos... Afinal ele nunca demostrou interesse por nada nem ninguém, algo de muito bom você deve ter para ele querer você.
O gaúcho colocou a mão no queixo e entortou a cabeça um pouco pensativo, ele não se achava tão interessante assim.
- Bem eu sou bem tranquilo, talvez isso tenha atraído o interesse dele.
- Então vocês não tem um relacionamento propriamente dito?
Outra vez Marcelo ficou tentando entender o que eles queriam dizer com isso então colocou os neurônios para funcionar um pouco chegando a uma conclusão esquisita.
- Se a intenção de vocês e descobrir se a gente transa esse é um jeito muito esquisito de se aproximar de alguém que nunca nem viu.
Os Veríssimos ficaram em silêncio por alguns segundos encarando o motoqueiro, ele novamente estava bem sério.
- mas vocês....
- Sim.
Silêncio.
- então você realmente só é um aquecedor de cama pro Samuel?
- "aquecedor de cama" tá um termo bem melhor do que eu imaginei, e bem mais bonito do que eu uso pra mim mesmo.
Um dos Veríssimos mais velhos ficou bastante interessado naquele conversa, afinal Marcelo era muito bonito e parecia ser uma delícia, se ele não era amante de Samuel poderia ter uma chance com o bonitão.
- Então se não está comprometido não teria problemas eu pedir seu telefone.
Era um quarentão muito bonito e bem apessoado, sabia que algumas mulheres em Carpazinha não se importariam em ser sugar babys daquele belo homem ali, talvez até alguns caras, só tinha um pequeno probleminha.
- me desculpa mas o senhor não pode me dar o que o Samuel dá...
- Que isso, eu posso não ser na família principal mas eu sei que tenho dinheiro suficiente para te dar tudo que quiser.
- Me comer gostoso pra caralho.
Silêncio.
Pra ser honesto, estava com bastante vergonha de dizer aquilo, porém Samuel pediu pra ele ser o mais óbvio possível em relação aos gostos dele, e também pra ele ser o centro das atenções junto com os outros gaudérios e seduzir/encantar a máximo de convidados possíveis, em resumo ele tinha que achar uma encrenca, o porquê ele ainda não sabia.
- Atrapalho?
Falando no carioca lá estava ele bebendo um Martine e aparentemente de excelente humor.
- Príncipe Samuel!
Recebendo cortesia Samuel parecia estar meio bravo e ao mesmo tempo estar se divertindo com aquela situação.
- vejo que conheceram meu amor.
Sentiu sua cintura ser envolta e puxada para mais perto, mesmo sendo mais alto e musculoso que Samuel ele ainda era bem dominante e aquela pegada era super do carioca o deixava molinho e fraquinho, podia sentir as bochechas quentes e a respiração ficando descompassada, quando Samuel percebeu isso abriu um sorrisinho meio maldoso, Marcelo se despediu das suas pernas porque não iria conseguir se mexer por dias.
- Sammy~
Sussurrou no ouvido de Samuel escondendo o rosto em vergonha, já o carioca estava se divertindo mais do que deveria com aquela situação.
- Sobre o que estavam conversando?
Os Veríssimos ficaram envergonhados e tentaram mudar de assunto e isso deu chance de Marcelo recuperar um pouco sua postura e dignidade.
Depois de 3 minutos de papo furado e encheção de linguiça os Veríssimos se afastaram e novamente só os dois estavam no ambiente agora.
- Você se saiu muito bem!
Tentou se recompor porém estava muito envergonhado com toda aquela situação.
- Fico feliz com teu elogio mais ainda não entendi no que isso vai te ajudar.
- preciso que as pessoas não notem meu comportamento pelos próximos dias.
- posso saber o por que?
- preciso ajudar umas pessoas, e não posso falhar, mas se me perceberem as coisas ficaram complicadas.
Jogando o cabelo pra trás Marcelo pareceu bastante curioso porém não iria perguntar porque sentia que não teria a resposta.
- se estou ajudando estou bem feliz com isso.
- Apenas seja bonito e irresistível, bem... Você já é tudo isso mesmo.
O gaúcho ficou vermelho e Samuel sorriu o abraçando de forma carinhosa, eles se davam muito bem.
Depois de terem cantado no palco os gaúchos eram o assunto da festa, porém Murilo não parecia preparado para o impacto que teria nas pessoas... Principalmente nas mulheres...
Verdade seja dita, ele não era o mais bonito dos gaudérios, Esse posto pertencia a Arthur depois disso a Vic então ficou realmente surpreso quando um grupo de moças se aproximou dele, se lembrou do que o Dante tinha lhe pedido tentar seduzir o máximo de pessoas possíveis, no entanto ele descobriu que em situações de pressão ele não é um bom galanteador.
- O senhor é muito bonito...quantos anos tem!?
- Como é seu relacionamento com o lord Dante?
- o senhor tem mais membros na sua família além do seu irmão?
As moças bonitas pareciam bastante interessadas nele, ainda sim ele se sentia intimidado.
- Eu tenho uma irmã mais nova, mas não quero que ela faça parte ou saiba sobre a Ordem, afinal ela é só uma criança.
- O seu irmão parece ser bem mais sério que o senhor.
- Bem...ele não é meu fã número um mesmo.
As moças pararam de falar e se olharam confusas.
- Achávamos que o senhor e o senhor Marcelo se davam bem....
- Marcelo? Mas o Marcelo não é meu irmão...
- Não.... é?
- Não! ele é meu primo, se ele fosse meu irmão eu seria muito feliz, mas também sou feliz com ele sendo meu primo.
Ele parecia bem empolgado falando aquilo, isso também mostrava que a relação dele com o irmão mais velho não era das melhores.
- nos perdoe pela confusão.
- não tem porque pedir desculpas, nós realmente somos muito parecidos.
Uma das moças ficou levemente tímida e se aproximou do gaúcho de forma cautelosa.
- Eu acho o senhor muito mais bonito, seu primo parece muito bravo.
- Bem realmente ele é bem sério, mas pode ser muito doce também.
- E o senhor... Pode ser doce com a gente também?
Não tinha reparado na aparecia delas até o momento, mas agora percebia que todas as moças tinham o cabelo solto.
Antes da festa começar foi passado algumas regras para entender os possíveis encontros que eles poderiam tem.
Cabelo solto para as mulheres Veríssimo queria dizer que elas estavam a procura de um parceiro, isso explicava porque nenhuma das meninas tinha usado o cabelo daquele jeito.
Ele e Ivan quando iam para balada sempre eram abordados, porém ele não sabia lidar com aquelas mulheres ali, elas eram Veríssimos, duvidava que a performance dele as deixasse impressionadas.
- Eu posso dizer que ele realmente é muito doce.
As moças ficaram ainda mais tímidas vendo Dante se aproximar, ele parecia uma abra de arte.
- Lord Dante...
- É um prazer ver belas damas essa noite, principalmente admirando a beleza do meu amor.
A voz de Dante parecia mel derretendo nos ouvidos das moças, aproveitou a distração delas e ficou atrás do seu amor sussurrando rente a pele do gaúcho: "bom trabalho"
De imediato o corpo de Murilo deu panic, ainda se lembrava vividamente da noite anterior, e não iria mentir, queria mais vezes.
- ele é exatamente como nós descreveram! Muito bonito e docinho.
Dante sorriu.
- Ele é o melhor.
As bochechas rosadas e aquele olhar tão meigo atraiu ainda mais atenção na direção dele, ao longe Dante e Samuel trocaram um olhar cúmplice.
"Eu não sei o que você tá aprontando Samuel, mas eu vou te ajudar"
Jiro estava no canto se lembrando da conversa que teve com Samuel enquanto dançavam.
🟠🟧 Durante a Dança 🟠🟧
- Jiro eu vou mandar você e a Olívia para o Rio.
- o que?
Samuel estava super sério encarando seu primo que parecia muito mais assustado do que imaginava que ele estaria.
- Não de tanta pinta, sorria nós nesse momento estamos combinando de ir dar uma volta em copa cabana.
- Sammy com você vai tirar a Olívia do apartamento sem ninguém perceber.
- Ela é um sussurrou então esconder ela e fácil, e sobre tirar ela...bem eu tenho um plano... não se preocupe...
- Um plano? Que plano? Sammy isso é muito arriscado!! Você pode arranjar problemas pra você também....aiii~
Sentiu a mão ser apertada e olhou bravo para o primo, porém a expressão de Samuel era muito diferente da que estava acostumado.
- Acredite em mim Jiro, eu prometo ajudar vocês.
O mais novo olhou para o chão por alguns segundos seguindo os pés de Samuel, não se lembrava dele prestar tanta atenção nas aulas de dança, ainda sim ele estava se saindo muito bem, se sentiu um pouco incompetente.
- Por que?
- o que?
- Por que está ajudando a gente?
Samuel encarou o primo por alguns instantes e sorriu de forma muito gentil para ele o puxando pra mais próximo durante a valsa.
- Porque vocês são meus primos ué! Vocês são meus priminhos mais novos, que exemplo eu seria se deixasse vocês se virarem sozinhos, não é assim que família se trata Jiro!
O mais novo encarou o primo por mais alguns instantes e Sorriu tão honestamente que chegou a ser cômico e se curvou um pouco encostando a cabeça no ombro do primo.
- Você é tão difícil de entender.... Obrigado primo.
- Sou difícil nada! Agora postura primo! Estamos no meio de uma festa familiar, temos que estar na nossa melhor forma!
Jiro ouviu isso e se posicionou melhor terminando a dança com Samuel, realmente ele era muito difícil de se entender.
🟠🟧 Fim da Dança 🟠🟧
- Onii-chan....
Deu um gole no seu gin tônica de frutas cítricas e respirou fundo olhando para trás com uma carinha de poucos amigos, Naomi percebeu que ele estava ficando um pouco bêbado.
- oi.
Seco e sem paciência, isso descrevia o príncipe asiático dos Veríssimos no momento, talvez ele já tivesse bebido muito.
Não sabia o porquê estava tão bravo no momento, porém olhar para sua irmã e sentir o gosto de laranja na sua boca estava lhe dando um grande bolo na garganta, e sabia que se abrisse a boca ia sair o que não devia.
- você quer dançar?
- Acabei de sair da pista Naomi, talvez mais tarde.
- Mas...
- Mais TARDE!
Se virou e saiu andando Naomi se esticou para segurar o irmão porém eles foi muito mais rápido que ela.
- Ele ainda tá muito bravo comigo...
Infelizmente Naomi não era a Veríssimo com mais problemas no momento.
- Desculpa a pergunta, mas onde está sua primogênita?
Antônia gelou no lugar e olhou para o primo distante sem saber o que responder, Laila ao seu lado também parecia bastante desconfortável.
- Ela não pode comparecer por motivos pessoais.
Aquilo não pareceu convencer muito as pessoas ao redor, mas a cara de cu que a magistrada estava fazendo era tão grande que ninguém se atreveu a continuar perguntando.
Balu olhou por cima das pessoas e não foi difícil encontrar Mark bebendo ao lado de Gregório, puxou o paletó do terno e se olhou no vidro, estava um pedaço de mal caminho.
- O senhor vai acabar levando um tapa na cara.
- Não seja tão pessimista Rubens.
- Depois não diga que eu não avisei.
O mineiro deu de ombros e foi confiante até às duas pessoas que detinham seu interesse, Rubens e Jhonny sabiam que isso era a verdadeira receita para o desastre.
- Como foi sua conversa com o Arthur?
- Ele é bem resiliente, ele ama o Alex de verdade.
- Isso é bem óbvio... Seria egoísmo nosso desejar que o relacionamento deles de certo e....certos outros.... - Rubens olhou de rabo de olho para a irmã que se afogava em bolo de chocolate e Amarula - não dêem...
Jhonny olhou para onde seu marido olhava e viu a cunhada comendo o bolo agressivamente, pra ser honesto ele já tinha passado nisso.
- Honestamente não, o que ela fez está a um passo de ser imperdoável...
- Não é que eu não queira que ela seja feliz, mas eu quero que ela aprenda uma lição.
Jhonny soltou uma risadinha e virou o rosto do marido para si mesmo.
- Espero que não seja vingativo assim com nossos bebês.
Rubens soltou uma risadinha também.
- Tenho mais medo de vocês se parecerem isso sim!
- Já falei que nosso bebê vai se parecer com você, eu quero um clone seu, porque você é a melhor coisa do mundo.
Os dois ficaram de namorico por alguns instantes e Rebecca quis desaparecer, então viu ao longe um cabelo loiro cumprido que mesmo de longe parecendo perdido, reconheceria aqueles cabelos ondulados em qualquer lugar, saiu correndo em meio as pessoas se alcançar o braço que tinha sido sua companhia por uma década.
- Fabian!!!
Liz estava com Pedro no colo dançandinho, ja Laura estava revisando o vigésimo convite para dançar.
- Eu não sei de onde está saindo tanta gente interessada em mim!
- pelo visto o vestido que eu escolhi tá surgindo efeito!
- o que?
- Eu disse que faria de você uma da mulheres mais lindas da festa.
- mas....
- eu sabia que ninguém iria resistir a esse decote um forma de coração.
Laura olhou pra baixo e seus seios estavam lindos sobrando, olhou para Liz e percebeu um sorriso bem cruel para a namorada.
- Liz?
- mal posso esperar para te ajudar a tirar.
Laura virou um pimentão e só piorou quando sentiu ela se aproximar, mas a alegria delas ia durar um pouco menos.
Mark estava bem feliz e tranquilo conversando com Gregório, a experiência da festa estava sendo muito melhor do que imaginou que seria.
- Oi coisa fofa.
Pensou cedo demais.
Gregório se virou lentamente na direção de Balu vendo o mineiro a alguns centímetros de distância.
- Feliz natal Balu.
Se não conhecessem Gregório poderiam jurar que ele estava pronto pra jogar a bebida na cara de Balu (talvez estivesse) mas era só a cara de constipação dele mesmo.
- Feliz natal coisa fofa, e feliz Natal Mark!
- Feliz natal velho amigo.
O jeito que a palavra amigo foi dita fez Antônio não gostar muito da situação em si, e o fato de Gregório parecer bastante infeliz com sua presença o fazia se sentir meio mal.
- Vim te tira pra dançar, me daria essa honra Mark!
Balu estendeu a mão de forma cortês e Mark respirou fundo sabendo que recusar não seria bem visto, ergueu a mão para segurar a dele mas Gregório não deixou.
- Por cima do meu cadáver.
Uma veia saltou na têmpora de Balu, e Mark o olhava bastante chocado, bem ele não tinha obrigação nenhuma de entender a Ordem, mas ainda sim era um movimento arriscado.
- Se der mais um passo na nossa direção eu vou gritar.
- Como é?
- Eu pensei em atirar em ti, porém isso é demais até pra mim, então se tu tentar qualquer coisa além disso eu faço um escândalo do tamanho do mundo, e pra alguém tão preocupado com a própria reputação tenho certeza que tu não quer isso.
Aquele falcão tinha garras afiadissimas, o jeito que ele estava usando o motivo do término deles contra Balu, e protegendo Mark na mesma moeda além de inteligente era bem cruel.
- Mesmo que grite, 80% das pessoas aqui são minhas parentes....
- Então atirar em ti é a minha única opção, e você sabe que eu não erro.
Ergueu um pouco o paletó do terno e viu um revólver pequenino e vários dardos, daqueles de jogar mesmo, porém eles pareciam ter pontas bem afiadas.
- A propósito eles estão envenenados, o Ivan não cultiva só tomate e cenoura, o Daniel ensinou várias coisas pro meu piá.
- Tudo isso pra me impedir de dançar com o Mark, se soubesse que estava tão apaixonado por mim assim teria pedido para você primeiro coisa fofa.
Não imaginou que fosse possível, mas a cara de Gregório piorou bastante depois daquele frase infeliz.
- Eu definitivamente prefiro seu irmão.
- Gregório.
Mark o repreendeu um pouco exacerbado.
Balu abriu a boca e ficou chocado, realmente aquele falcão era selvagem demais para ser colocado em uma gaiola, ele estava atacando todos os seus pontos fracos sem se importar com os resultados, a vitória era a única opção para Gregório e ele não parecia que mediria esforços para o envergonhar até o último fio de cabelo se isso significasse afastar os floresta negra.
- Você realmente tem uma veia de maldade escondida.
- Uma veia não, eu sou definitivamente mais sangue ruim do que tu imagina, então, qual vai ser sua escolha? Humilhação, envenenamento, um tiro na cara ou deixar o Mark aproveitar a festa.
- Engraçado que mesmo na opção onde eu não me fodo acabo me machucando.
- Eu tenho minhas prioridades....e tu está longe de estar na lista delas.
Tão sério quando uma pedra Gregório estava encarando o Veríssimo de baixo, engraçado que o tamanho dos dois era muito diferente mas ali ele estavam cabeça a cabeça.
Derrotado Balu respirou fundo e olhou para Mark de forma dolorosa.
- Espero que dança comigo alguma hora Mark.
- Não sei se quero, mas espero que encontre um parceiro logo Balu.
Novamente aquelas frases ambíguas que faziam ele se sentir meio sem rumo e sem chão, ele tinha perdido o peixe e o barco todo naquela tentativa, mas ainda iria tentar outra vez.
Quando o mineiro se afastou foi possível ver os músculos de Gregório relaxando consideravelmente.
- acho que a gente precisa de um pouco de ar.
- Concordo, vamos para uma sacada.
Assim que estavam do lado de fora do salão Gregório acendeu um cigarro, ele estava bastante estressado.
- Como tu tá?
- Com um falcão bravo igual a você do meu lado acho que me sinto mais seguro que eu deveria.
- Eu sou um abutre.
- Sim, mas se você fosse um animal seria um falcão.
- Fico lisonjeado, é um animal muito bonito.
Soltou a fumaça do cigarro e antes de colocar ele de volta na boca sentiu os lábios de Mark no seus.
Fechou o olho sentindo o beijo se aprofundar, tinha se acostumado em beijar outros homens agora, mas definitivamente preferia mulheres....mas estava bem ok em beijar homens bonitos.
Envolveu o pescoço do amigo com um abraço, sentiu as mãos grandes o segurando pelas ancas e o erguendo como se ele não fosse nada e colocado sentado no parapeito
da sacada, desse jeito a única opção de Mark era ficar entre suas pernas.
Se separaram e Gregório olhou pra trás, não era uma grande altura mas se caísse iria fazer um estrago, principalmente ele sendo pequeno.
- eu só consigo olhar dentro do seus olhos desse jeito ou quando dormimos juntos.
- Não fale assim, podem nos interpretar mal.
- Que interpretem, não é como se não fosse acontecer.
Disse isso e deu um beijinho no pescoço do gaúcho e apertou as coxas dele com mais vontade do que deveria.
- Ah!
Gregório colocou a mão na boca e viu o amigo achando graça do seu desespero, ele estava t6 vermelho que parecia uma cereja.
- Eu não sei se estou preparado pra dar esse passo.
Mark se arrumou melhor entre as pernas do gaúcho mas velho e fez questão de se esfregar um pouco fazendo Gregório novamente solta um gemidinho.
- Se não aguenta os passos não devia ter entrado na corrida, agora o prêmio tá te esperando bem na sua frente...
Os dois se encararam mais alguns segundos e voltaram a se beijar, Gregório estava se perdendo um pouco na situação, e honestamente não sabia o que achar sobre isso.
Christopher é Brulio eram no momento os idosos mais felizes da face da terra, já Walter e Aaron eram os idosos mais invejosos.
- Ti é tão linda Kezia, o vovô te ama muito!
E deu vários beijinhos na bochecha da bebê que abriu um sorriso lindo, a outra fofura na mesa estava no cadeirão muito entretida encarando Walter e Aaron assim 🟡_🟡
- Jasper Serena Fritz Medina a senhorita não quis comer, Não pode ser assim!
Christopher pegou um cachinho da menina e tentou arrumar melhor, ela ainda encarava os outros idosos.
- Como deve ser divertido ser avô....
- Sim, principalmente porque eles já tem praticamente 7 netos...e eu aqui esperando o Vic e o Bruno ficarem noivos ainda.
- Pelo menos você tem esperança, o Daniel e o Joui não tem nem em um relacionamento!
Brulio e Chris se olharam meio desconfortáveis e bastante sem graça.
- Walter you want-
- Yes, give me her!
A resposta rápida do australiano pegou o americano de surpresa, ele timidamente passou Jasper pro bonitão que pegou a bebê e deu um cheiro bem gostoso na nenê que abriu um sorriso lentamente e olhava para Walter com os olhinhos brilhando assim: 🟡ᴗ🟡
- Eu quero um neto.
- Se tu falar isso perto do Gregório ele morre.
- A mais pensa que fofo um mini Vic.
Brulio sorriu meio bobão e continuou a ninar Kezia, no entanto o olhar de Aaron estava o deixando assustado.
- Tu que pegar um dos trigêmeos?
- Eu posso? Eles são tão pequenos....
- Claro que pode só precisa tomar cuidado...
Colocou Kezia bem devagar no braço do alemão e a bebê ficou bem tranquila e entretida ali, os meninos estavam dormindo no carrinho.
- Eu quero netos....
A conversa da mesa começou a girar em torno dos bebês, enquanto isso os pais dessas crianças estavam resolvendo outros assuntos.
Ele tinha ficado muito forte, tinha certeza que se tentasse se afastar ele acharia um jeito para prende-la em algum lugar, e o pior era saber que aquela ansiedade toda também era culpa dela.
- por que você não veio no velório do meu pai?
Desirée engoliu a saliva e não conseguia olhar para Thiago, se dependesse dela ela nunca teria visto ele outra vez, não por não gostar dele, mas sim por culpa, só tinha aparecido na festa de natal por causa de Dominic.
- Eu não saberia como lidar com você Thiago... Eu ainda não sei na verdade.
- Você era minha babá.... Eu precisava de você.
Desirée Parecia querer chorar de arrependimento, sentia Thiago ali do seu lado mas ainda não conseguia olhar pra ele, a última vez que tinha sentido um toque do Fritz ele era só uma criança de 5 anos, sentir que as mão dele eram maiores e mais calejadas do que se lembrava, a voz também era grossa é profunda, o perfume dele já não tinha mais cheirinho de bebê, durante todos esses anos ainda tinha gravado na sua mente a imagem de Thiago criança, mas ele já era um homem a muitos anos.
- Eu não tinha coragem de te ver Thiago...eu sinto muito... principalmente porque eu sei que a Kate veio no enterro e se aproveitou da sua fragilidade para continuar recebendo dinheiro de você.
- Não se preocupe sobre isso, demorou um tempo, mas eu não estou mais sobre os efeitos dela.
Desirée sorriu orgulhosa.
- Fico muito feliz em saber disso.
Desirée olhou timidamente para cima e percebeu que o noivo de Thiago a observava atentamente, ele parecia ser um amor, mas a seriedade naqueles olhos amarelos chegava a ser assustadora.
Enquanto estava afastada de Thiago sempre recebia notícias dele atravéz de terceiros, e foi assim que reconheceu Gonzalez, ficou honestamente feliz pelo seu bebê ter alguém que o amasse daquele jeito.
- Eu tenho uma filha agora...a senhora podia ficar no Brasil e cuidar dela também...e ficar perto de mim...
O coração de Desirée quebrou um pouco mais e abraçou Thiago outra vez dando um beijo na cabeça dele se segurando muito para não chorar.
- Não posso Thiago....eu ainda não me perdoei.
- Mas eu já... E não tem perdão nenhum, a senhora não tem culpa do que aconteceu! Foi um acidente.
- Aí Thiago, você continua sendo muito gentil.
Outro beijinho na cabeça, agora sim por alguns segundos ela olhou diretamente pra ele.
- Você realmente é a cara do seu pai...eu estou muito orgulhosa do homem que você se tornou Thiago...tenho certeza que o Arnaldo também está.
Outra vez os dois se abraçaram e Dominic parecia muito feliz com tudo aquilo, o negro bonitão colocou a mão no coração como se tivesse tirado um grande peso das costas.
- Eu prometo não te ignorar mais, porém não vou voltar para o Brasil...mas vejo te visitar as vezes.
Thiago engoliu o choro, isso era o que ele sempre quis, mal podia esperar para contar pra Miguel o que tinha acontecido.
- eu vou te esperar, mas antes de partir, eu gostaria que a senhora conhecesse minha filha.
- Claro, seria uma honra.
Foram andando pelo salão e isso deu tempo de Gon puxar Dom pra uma conversa.
- O que você fez pra convencer a sua mãe a vir ver o Thiago.
O bonitão olhou de rabo de olho para o ex policial baixinho e soltou um suspiro cansado enquanto jogava os longos cabelos loiros para o lado oposto a Gonzalez.
- Eu disse que se ela não viesse eu não andaria com ela até o altar quando fosse me casar com o Max.
Gonzalez ficou honestamente horrorizado com aquilo, esperava que isso não quisesse dizer que ela tinha vindo só por causa disso e não por amor a Thiago.
- não se preocupa, ela ama o Thiago, mas não se perdoa, desde que eu me conheço por gente minha mãe fala do Thiago e do tanto que ela amava e ama ele, e de como ela nunca iria se perdoar por ter deixado ele cair daquela casa cenográfica e ela sofria muito se lembrando disso, tudo que eu fiz foi dar um empurrãozinho...
Gon podia perceber o olhar carinhoso na direção do seu marido, talvez ninguém nunca tenha pensado em como Dom se sentia vendo sua mãe sofrendo por Thiago e Thiago sofrendo por sua mãe, como deve ter sido difícil para ele ver duas pessoas que ele amava tanto sofrendo pelo menos motivo, mas cada um de um lado da moeda.
- você parece muito feliz agora.
- Estou! Eu sempre quis ver eles assim, e tenha certeza de que a Jasper ganhou uma vovó que vai amar muito ela.
- Se você se parece com ela, eu não duvido.
Enquanto alguns franceses sorriam outros estavam segurando o choro.
- Roberta o que você está fazendo é muito deselegante.
- Você tá bem Yuki?
A francesa olhou para a grega e abaixou os olhos, isso fez o sangue de Artemis ferver, ainda bem que Carla estava lá.
- O que te da o direito de ofender um membro dos Obscurite? Não importa qual deles sejam eles são uma família vassala assim como nós.
- Carla, você é muito boazinha! Você é a Carina acham que o mundo é cor de rosa.
- olha não sei se o mundo delas e cor de rosa mas o seu vestido vai ser.
Roberta se virou na direção da voz e sem aviso prévio recebeu uma taça de vinho inteiro no vestiário da italiana, as pessoas ao redor pareciam segurar a risada, porque honestamente o que Max fez foi muito bem merecido.
Fernando olhou o grupo de homens e mulheres cercando Luciano como se ele fosse uma grande líder por mais de 4 mil anos.
- Está com ciúmes?
Olhou para o lado e lá estava Tristan extremamente bonito e elegante, e um pouco bêbado.
- E estranho ver ele atuando dentro da Ordem, quando a gente se conheceu o trabalho dele era cuidar de mim de longe, mas eu acabei me apaixonando por ele, eu nem acredito que ele quis ficar comigo.
Tristan soltou uma risadinha e tossiu logo em seguida, isso chamou atenção de Fernando.
- Qual é a graça?
- Nada de mais....
"Se eu falar que o Luciano se apaixonou por você primeiro ele arranca meu coro"
- O lu nunca foi muito carismático, mas ele era eficiente, então ganhou bastante fama na Ordem, quando ele se afastou foi um choque muito grande.
- Ele abriu mão de muitas coisas por mim, as vezes acho que ele daria o próprio corpo dele pra que eu vivesse se fosse necessário.
- Ele ama com intensidade, eu sei que ele faria de tudo por você.
- É.... Eu tenho sorte.
O sorriso de Fernando era gentil e bonito, realmente Alex se parecia bastante com o irmão mais velho, ainda sim eles eram muito diferentes, e isso tornava a dinâmica deles ainda mais interessante.
- Não imaginei que te veria com um vestido tão frufru....
Letícia se virou vendo Ivete e abriu um sorriso bastante acolhedor, sem os óculos ela parecia muito mais nova.
- Rosa é minha cor favorita, vou usar sempre que tiver a oportunidade.
Ivete ficou um pouco confusa e mexeu seu whisky com gelo no copo fazendo o gelo se chocar e produzir um som muito característico.
- Não imaginei que tu fosse desse tipo de pessoa.
- Por que eu sou lésbica? Ou por que eu levo meu trabalho a sério?
Ivete ficou sem graça e tomou um gole da sua bebida evitando o contato visual com a russa.
- Um pouco dos dois...
Letícia pareceu um pouco cansada agora, enrolou uma mecha de cabelo no dedo indicador e refez um cacho.
- Eu gosto de coisas femininas, eu sou uma mulher em todos os sentidos da palavra, mas ser feminina não apaga o que eu sou, as pessoas acham que lésbicas vão ser sempre "caminhoneiras" e usar o "verde lésbico" quando na verdade gostar da feminilidade e ser feminina as vezes me faz "mais Queer" do que se imagina.
Eu já saí com mulheres de todos os tipos, e sabe a única coisa que todas tem em comum?
- o que?
- Todas elas são mulheres.
Ivete não entendeu muito bem o que aquilo queria dizer, mas não interrompeu a loira para perguntar.
- Um dos meus relacionamentos mais longos foi com uma punk daquelas de língua bifurcada e muitos alargadores e tatuagens, mas ela ainda achava uma gracinha as xícaras de margaridinha que eu tinha em casa, ela gostava tanto que quando a gente terminou eu dei o conjunto pra ela.
Em um mundo onde o feminino e ridicularizado ser uma mulher feminina e um desafio, loira ainda! Você não faz ideia das atrocidades que eu já ouvi.
- Eu sou dona de um bar...acredite em mim...eu sei....
As duas mulheres se olharam e começaram a rir das lembranças que não era muito agradáveis.
- bem eu te acho muito bonita.
- Um elogio seu faz meu dia... A gente podia marcar um café um dia desses.
- Claro! É só me chamar....
Ivete se arrependeria de concordar com isso depois.
Mariana estava tão linda! Mas tão linda que por onde ela passava recebia elogios e virada de pescoço, o vestido dela assim como os ternos de seu pai e irmãos era bordado de escamas e fazia a alusão perfeita a uma cobra, sem contar também que ela era uma tremenda gostosa.
- Feliz natal meninos!
Entregou um envelope sorrindo de forma tão doce e genuína que os dois ficaram um pouco sem graça.
- Abram vocês vão gostar!
Miguel pegou o envelope e abriu percebendo que era um documento, puxou pra fora do papel pardo, eram as certidões de nascimento dos trigêmeos (uma cópia) e nela estava o nome dos 3 como responsáveis dos bebês.
- O Gon me ajudou pra caramba no pedido pra adicionar mais um pai na certidão, mas eu não vou dar o sobrenome de vocês pra eles, não acho que vocês estão preparados pra isso ainda, talvez quando eles forem mais velho e...
Um abraço triplo, aquele era o melhor presente que eles poderiam desejar.
Hector andou atrás de Shizui a passos secos e cara de cu, conforme ele ia se aproximando do local sentia seus dedos formigando e uma dor de cabeça surgindo.
Chegaram a um dos quartos e os luzidios logo o abriram para os irmãos Veríssimos.
O quarto era bem bonito, perfeito para aquela visitante.
- Olá Hector...
- oi mãe... madrasta....
☠️🕸️Assombrados ☠️🕸️
Olhos pequenos e amendoados cheios de uma maldade sem precedentes, viu com os próprios olhos como era a situação das coisas ao redor, o hospital estava um pouco lotado levando em conta que era Natal.
A primeira pessoa que viu foi seu irmão mais novo, bem pelo menos ele estava acordado agora.... mesmo que seu corpo parecesse ainda estar cansado.
Kauã foi colocado pra fora do quarto as preças, ele tinha ganhado o melhor presente que poderia ter ganhado.
🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️
💉💚
Dava pra vê de longe que ele era muito apaixonado por Raquel, também era bem óbvio que ele era um homem muito bonito e aparentemente com uns parafusos a menos.
- Não precisa se preocupar, eu só quero passar um tempo com a sua família.
- prefiro ficar aqui com você....
Realmente ele gostava muito de Raquel, faria tudo que ela pedisse com jeitinho
💉💚
🗑️🔪
Fazia muito tempo que não comemorava o natal, sempre passou por essas datas sozinho lhe causando descontentamento e um pouco de inveja das pessoas que comiam quentes e doces bonitos, pela primeira vez ele estava a do lado bom daquela data.
🗑️🔪
🌸💮⛩️🗡️
Akemi olhou para a janela e então para a mesa posta por Kyoko-chan, seus natais sempre foram solitários, mas dessa vez ela não sentia aquela opressão e infelicidade.... depois de muitos anos ela se sentia livre.
"É errado eu estar feliz desse jeito?"
Afastou esse pensamento e continuou olhando pela janela imaginando como seria incrível estar com seus filhos ali com ela.
Hidetaka nunca tinha passado um natal sozinho, nunca imaginou que a solidão poderia cortar tão profundamente, desejou que os filhos estivessem ali.... Desejo que Akemi estivesse ali.
🌸💮⛩️🗡️
👹♥️
Todas aquelas pessoas que seu pai tinha trazido não sabiam o quanto ele e seus irmãos tinham trabalhado para que aquela ceia acontecesse.
Ver todas aquelas pessoas se deleitando com seu trabalho e o trabalho de todos os seus irmãos era um sentimento muito amargo, se perguntava se era assim que Gal se sentiu toda sua vida.
Deu um gole no vinho e ouviu um barulho vindo do salão,. torcia muito para não ser nada grave, aquela noite tinha que ser perfeita.
👹♥️
Erin percebeu que Gal estava muito empolgado e tímido em lhe entregar aquele presente, o sorriso dele parecia extremamente genuíno e orgulhoso de si mesmo.
- Eu espero que você goste, feliz Natal Erin!
Entregou a caixa para a ruiva ainda com um sorriso lindo nos lábios e ficou ansioso para saber a reação dela ao presente.
Erin abriu o presente e viu algumas bolas de vidro e algo eletrônico, Gal ajudou tirar as coisas do embrulho e conectou tudo na tomada para então pegar uma das bolinhas e encaixar no lugar correto, o resultado disso foi uma projeção do universo no teto do quarto.
- Eu sei o quanto você gosta de estrelas...
O presente dele era um mini universo só pra ela.
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