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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Consultas III


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Oi oi gente!!
Feliz ano novo!!
Pessoal vou começar a postar capítulos entre uma e duas semanas porque tô fudida da cabeça, então vão ter entre 2 e 4 capítulos por mês, por favor tentem ter paciência comigo.
Espero que gostem do capítulo, tem coisas muito fofas nele.
Bjs até lá embaixo 😘✌🏽

Capítulo 215 - Consultas III


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Consultas III

Ivete achava que Gregório tinha evoluído bastante desde que tinham vindo para SP, na verdade achava que isso se devia muito mais às pessoas com quem estava convivendo, às vezes uma mudança de perspectiva realmente é o que uma pessoa precisa para aprender alguns novos truques.

- O que foi que tu tanto olha?

- Nada não, é só que nem parece que tu odeia o Bruno.

Gregorio suspirou cansado e passou a mão em seu cabelo de forma frustrada.

- Não é como se eu gostasse dele, mas quando olho para a situação como um todo percebo que eu odiaria qualquer pessoa que se relacionasse com o Victor, não é justo eu culpar o Bruno por isso, sem contar que o Pia literalmente e tão inofensivo quanto um filhote de gato recém nascido, me sinto péssimo só de falar mais alto do que devia com ele.

- hummmm sei... isso não tem haver com os músculos avantajados do pai dele e também a clara super proteção do Water, e a óbvia possibilidade dele te meter um soco na cara.

Gregorio estufou o peito e ficou sério.

- ele pode tentar, meu gatilho é mais rápido e certeiro do que ele com toda certeza.

- Eu sei que a possibilidade de tu errar um tiro é praticamente negativa, porém não quer dizer que tu sobreviveria a uma agressão do Walter.

- Eu sei que meu tamanho não ajuda muito, porém também tenho meus truques...

- Tu vai mamar em pé por acaso? igual tu fez com o Mark?

Gregório ficou tão vermelho que Ivete achou que ele fosse desmaiar, não sabia se ele estava sentindo vergonha ou raiva, mas independente do que fosse tinha certeza que havia cutucado uma ferida que ele não queria reconhecer.

- Tu e ele tão de caso né? não é possível uma coisa dessas...

- É complicado.

- Complicado como?

Gregorio se enfezou um pouco com aquela conversa, ele não tava com muita paciência pra lidar com perguntas, queria ficar na dele, então retribuiu com a mesma moeda.

- Igual tu e a Letícia.

Ivete calou a boca.

- Parece que sair da carsparzinha fez um lado nosso desconhecido aparecer. 

- O lado de ser viado só pode, porque derrepente a guangue toda virou gay.

- Tu sabe que não existe isso de virar... talvez pelo lugar que a gente tava, acabamos não vendo nem nos descobrindo.

- Menos o Arthur e o Ivan... esses dois era bem óbvio, eu ainda não acredito que eu não vi que meu pia, que eu crie, era gay...me sinto tão cego e meio idiota, e também e muito culpado.

- Gregorio...tu fez um excelente trabalho criando teu sobrinho, não se culpe...

- ainda sim....

Os dois idosos foram interrompidos por Ivan entrando no recinto segurando uma cesta cheia de tomates, ele sorria tão feliz que era capaz dele derreter uma geleira só com aquele bom humor e simpatia. 

- Dona Ivete! seu Gregório pode deixar que eu faço o almoço hoje.

Ivan não era bom cozinheiro, porém ele também não queria ficar sem fazer nada, não podia contar que estava se sentido sozinho sem Marcelo, seu melhor amigo lhe fazia muita falta, se perguntava como estavam as coisas no Rio, sem contar também que estava preocupado com Murilo, ele não tinha voltado pra casa ainda, o que sera que ele Dante faziam?

Nem se juntasse todas as roupas de seu guarda roupa teria a enorme quantidade que Dante tinha lhe comprado naquela loja, duvidava que teria onde guardar aquilo tudo.

- Acho que a gente exagerou um pouquinho....

Disse isso olhando as sacolas na mão de Dante, esse por sua vez olhava um relógio muito bonito e elegante que facilmente compraria uma casa de 4 cômodos em Osasco.

- Não preciso de tantas coisas assim... não quero que desperdice seu dinheiro comigo.

Dante parou e lentamente olhou para trás com um olhar que colocaria fogo em qualquer um.

- Murilo.... De quem é o dinheiro?

-....seu?

- Exatamente! Então quem decide se é desperdício ou não sou eu, sem contar que você é meu amor, então tudo que eu gasto é o mínimo, o básico! Se eu quiser te dar um ilha particular eu vou!

Murilo ficou travado no lugar um pouco sem graça já o loiro mais novo pareceu um pouco pensativo por alguns instantes.

- Talvez eu devesse mesmo comprar alguns imóveis pra ele....

Falou sozinho e sussurrando, Murilo ficou levemente horrorizado então tentou fazer ele parar com aquilo.

- Eu agradeço muito pela tua preocupação, mas entre todos esses presentes, roupas e jóias, a coisa mais valiosa que tu me deu hoje foi a tua companhia.

Foi quase instantâneo a mudança de cor das bochechas do meio italiano, era adorável ver a timidez se espalhando por todo corpo do mais novo, Murilo segurou a risada.

- Eu poderia te dar muito mais coisas.... E só você pedir....

- Dante eu sei que muitas pessoas se matariam ou melhor....matariam para ter a vaga chance de ser teu Amor, então deixa eu aproveitar a melhor parte disso....

Dante pareceu um pouco confuso com aquilo, "melhor parte" do que Murilo estava falando?

- Que seria?

Murilo se aproximou e timidamente segurou a mão de Dante olhando no fundo dos lindos olhos verdes azulados dele.

- poder estar ao teu lado, tu é a melhor parte.

Não havia segundas intensões naquela frase... A quanto tempo ele, ou qualquer outro herdeiro, não era querido daquele jeito sem segundas intenções? A sensação era muito boa.

- Você não precisa dizer essas coisas.

- Bah! Que nada! Tu sempre tá falando coisas boas de mim, sobre mim e para mim! É o mínimo que eu posso dizer Daí...

O sotaque forte como nunca tinha ouvido antes, ficava imaginando como era a cidadezinha capaz de produzir uma gangue inteira de homens encantadores, talvez devesse dar esse mérito para seu Brulio.

Chegou mais perto do gaúcho vendo ele ficar levemente rosado e fechar os olhos, ele definitivamente era muito mais inocente do que gostaria de admitir, era adorável.

- Achou que eu iria te beijar?

Murilo abriu os olhos dando de cara com um sorriso bastante provocante e levemente debochado, engoliu a saliva buscando coragem para responder.

- Eu queria que sim.

Admitir aquilo em voz alta era tão estranho! Ele nunca imaginou que falaria isso para uma pessoa anatomia masculina, aquele tempo em SP parecia estar fazendo ele ver outro lado de si mesmo.... Na verdade achava que esse pensamento era meio falso, o motivo dele estar cogitando essa possibilidade era porque tinha sentido atração por alguém, isso poderia ter acontecido em qualquer lugar e por qualquer outra pessoa, ainda sim estava feliz pela pessoa que se sentia atraído tenha sido Dante.

Sentiu a mão dele no seu rosto e viu ele se aproximar mais uma vez, os olhos dos dois se encontraram e se Murilo pudesse descrever como era a sensação de encarar aqueles olhos cristalinos, diria que eram como as águas calmas de um lago esmeralda, os olhos dele pareciam um espelho de tranquilidade, a pureza daquele olhar contrastava com absolutamente tudo que Dante poderia ser, atrás daquele ar angelical residia marcas e verdades difíceis de se encarar sozinho, talvez por isso ele tenha escolhido marcar a própria pele com tinta, trazer as trevas que ele tinha dentro de si pra fora.

Se afogar naquele lago cristalino e ser consumido pelas trevas da profundeza dele parecia ser a coisa mais certa a se fazer.

Conseguia sentir o calor dos lábios dele rentes ao seu, o perfume dele chegando até seu nariz parecia o convite perfeito... Até alguém interromper o momento.

- Com licença, poderiam não fazer isso na frente da minha loja.

De anjo a demônio em 000000.1 Milisegundos, a expressão do meio italiano mudou tão rápido que foi assustador.

Dante se virou lentamente o senhor na casa dos 40 não parecia ser dono do lugar, no máximo gerente, isso só irritou ainda mais Dante, porém ele não estava afim de fazer barraco, então deu um sorrisinho amarelo, quando o senhor percebeu que era o modelo que estava estampado na frente de várias lojas ficou levemente arrependido.

- vamos Murilo, acho que meu dinheiro não vai ser aceito nessa joalheria.

Saiu rapidamente puxando seu amor pela mão, ele não queria que Murilo passasse por situações como aquela.

Foram comer no Abraccio, em particular Dante achava a comida deles uma imitação da culinária italiana, mas levando em conta que Bruno achava a mesma coisa do Outback e Gonzalez do taco Bell, não tinha muito o que se pensar sobre os estabelecimentos.

Dante caprichou no pedido, uma Burrata Caprese para dividirem de entrada, Salada Caesar, Batata Rústica, Spaghetti Mignon, Casarecce Duas Linguiças, Polpettone Pomodoro como pratos, de bebida sentia que precisava de um pouco de álcool então pediu 2 Mojito Frutti di Bosco e de sobremesa, Quadrato di Cioccolato, sempre perguntando se tinha alguma oleaginosa em algum elemento do prato, afinal ele era muito alérgico (Salvo algumas excessões) principalmente a amendoim.

(Nota: Esse almoço custou mais ou menos 500 reais)

- Eu tenho alergia a camarão, meu irmão costumava me atormentar por causa disso.

Dante ficou sério por alguns segundos.

- Meu irmão mais velho Henriel.... Henri....costumava colocar alguns pedaços de amendoim escondido na minha comida, ele achava engraçado como a minha asma e o meu sopro pioravam e como eu ficava cheio de feridas e bolhas....

A expressão de Murilo se endureceu, esticou a mão por cima da mesa segurando a do loiro.

- Isso não é engraçado.

Dante segurou a mão dele de volta, ele se sentiu acolhido por algum motivo.

- É.... não era....

Conseguia entender o porquê as membros da Ordem tinham sempre um harém de amores, era reconfortante ter alguém assim ao seu lado, ainda sim não achava que era um "relacionamento" muito igualitário.

- Depois que eu me afastei do meu irmão, percebi que Sangue as vezes não é o laço mais importante em uma dinâmica familiar.

- Pros meus irmãos Sangue é o mais importante... principalmente para o Henri.

Ver ele triste fazia seu coração apertar, parecia que pra onde quer que ambos olhassem algo os faria se lembrar de algo triste.

- Depois daqui vamos pro meu apartamento, a Bea saiu, vamos poder ficar um pouco a sós.

Murilo concordou com a cabeça abrindo um sorriso muito inocente para o gosto de Dante, só percebeu o que tinha acontecido no meio pro final do almoço.

"eu acho que não vou conseguir pilotar minha moto por alguns dias..."

Estar sozinho com seu Veríssimo em um local onde ele claramente se sente mais confortável parecia ser uma péssima ideia por vários motivos diferentes, sabia que principalmente ele não conseguiria se controlar caso Dante fizesse uma proposta, principalmente por ser muito atraído por ele, então ao entrar no apartamento dos irmãos Portinari sabia do risco que estava correndo.

- Deixa eu ver como tá o Orpheu.

Foi até o cantinho onde a gaiola/habitat da ave ficava, era grande e espaçoso, assim que Dante abriu a gaiola Orpheu foi para o ombro de Dante parecendo muito feliz.

- Ele é esquisitinho e bonitinho ao mesmo tempo.

Passou a mão com delicadeza na cabeça de Orpheu que se inclinou para receber mais carinho, ele era um excelente pet.

- A Bea sempre gostou de animais... exóticos...

- Acho muito bonita a relação que tu tem com sua irmã, eu não tenho uma propriamente dito com a minha mais nova, acho que é melhor assim.

Dante viu o olhar de Murilo ficar distante, ele parecia um pouco triste com aquilo, mas não o suficiente para ativamente querer mudar, precisava animar ele um pouco.

- Murilo, sua raiz tá aparecendo, quer retocar?

Jun engoliu a saliva lentamente encarando Erin e Joui de um para o outro, as pontas de seus dedos estavam gelados e a cabeça girava horrores.

- J-Joui... Por que você não me contou que tinha uma namorada?

- Ex namorada! Não estamos mais juntos.

Erin explicou sem dar muita importância a cara do mais velho a mesa, Daniel sentia que aquilo ia virar bagunça.

- Foi um relacionamento curto, não vi necessidade.

- Joui você não pode deixar essas coisas escondidas.

- Não escondi nada, eu não preciso dar detalhes da minha vida amorosa pra você nem pra ninguém, sem contar que como a Erin é famosa de verdade isso poderia ter virado um escândalo, e eu não quero prejudicar meus amigos.

As meninas ficaram genuinamente agradecidas pela compreensão de Joui, Erin em particular sorriu e segurou a mão do ex namorado lhe dando um beijinho na bochecha, Joui sorriu pra ela também.

- Não precisa ficar assim Jun-san, ele também demorou a me contar mesmo morando na mesma casa, imagina pra você que estava no Japão.

Jun sentia o ouvido zumbindo e uma coisa estranha borbulhando em seu estômago.

- Está proibido de namorar.

A mesa toda ficou em um silêncio extremamente constrangedor, Daniel nunca desejou tanto uma grande garrafa de vodka na sua frente.

Joui se recostou na cadeira e cruzou os braços PUTO DA VIDA! Porém como ainda respeitava seu irmão tentou parecer o mais calmo possível enquanto falava.

- Quem é você pra dizer se posso ou não namorar? Eu já sou maior de idade, tenho emprego, sou formado e nem no mesmo país que você eu vivo, que autoridade você acha que tem pra me proibir de me relacionar com alguém? Eu entendo que esteja bravo por eu não ter te contado, porém essa não é a primeira e nem a última vez que isso vai acontecer.

O mundo de Jun desabou sobre suas costas, gradativamente ele foi mudando de cor até se levantar da mesa de supetão.

- Como se atreve a me responder?

Joui abaixou a cabeça um pouco triste, ele não queria magoar seu irmão, porém se sentiu tão rebaixado pela "proibição" que sua braveza estava superando sua razão.

Daniel ia falar alguma coisa porém Mia se levantou e se curvou encarando Jun com tanta intensidade que chegava a ser assustador.

Mia era "olhuda" todos sabiam disso e era um traço físico muito fofo, igual as sardinhas de Bea e Erin, ou os grandes cílios de Gonzalez, era uma característica física dela muito presente, porém encarar aqueles olhos laranja por muito tempo deixaria qualquer um muito assustado, principalmente quando ela parece estar pensando em um jeito de matar alguém.

- O Senhor não devia falar assim com ele.

Jun ia reclamar porém quando abriu a boca sentiu algo passar próximo a sua mão, olhou para o lado e Mia tinha cravado uma faca na mesa do lado de sua mão.

A ruiva se afastou como se não tivesse acabado de atacar o mais velho, Jun estava começando a achar que Joui só sabia fazer amigos com tendências assassinas (Não estava errado na realidade)

- Mia!

Joui colocou a mão no ombro da mais nova e a fez se sentar, o movimento brusco fez os seios dela darem uma balançada, Jun e Daniel olharam na direção oposta.

Jun não tinha reparado propriamente dito em Mia, mas ela era com toda certeza uma Titã, ela também parecia simpática, porém ela conseguiria intimidar qualquer um, era capaz das coxas dela serem capazes de entortar uma barra de ferro.

- Nii-Sama... Eu não preciso te falar o que está acontecendo na minha vida, não é como você realmente se importasse.

Jun quase desmaia! Ele amava seu irmão mais do que qualquer coisa nessa vida, estavam destinados a viver juntos! Eram almas gêmeas!

(Nota: A alma gêmea do Joui é o Alex, mas não no sentido romântico ou sexual)

- Joui, sabe que isso não é verdade, eu te amo mais do que qualquer coisa nessa vida.

Bea sentiu um arrepio terrível na espinha ouvindo aquilo, o jeito que Jun olhava para Joui não era algo fraterno, ela conviveu com mais de 20 irmãos e irmãs, mesmo quando eles brigavam ou falavam que se odiavam, mesmo nós momentos mais horrorosos em que conviveu com seus irmãos que ao mesmo tempo eram seus carrascos, nenhum deles jamais olhou para ela e nem uns aos outros daquele jeito, e isso só fez ela desgostar mais ainda de Jun.

- Eu sou seu irmão! Eu sempre vou querer o seu melhor.

Daniel escolheu não levantar o olhar e muito menos falar alguma coisa, tinha até medo do que poderia sair de sua boca caso ele realmente quisesse contestar Jun.

Joui não parecia muito confortável ouvindo aquilo de seu irmão, se sentia péssimo por isso.

"Será que eu deveria me sentir ofendida?"

Erin por sua vez pareceu muito confusa com aquilo tudo, o carinho que ela sentia por Joui era real e muito apropriado para uma ex namorada, então aquela situação toda estava bagunçada demais até pra ela.

- Eu gosto de saber o que tá acontecendo com você Joui...

Aquela frase o incomodou muito! Juntou as sobrancelhas e cruzou os braços encarando o irmão mais velho com intensidade.

- Então por que nunca esteve presente na minha vida antes d'eu vir morar no Brasil?

Aquilo calou a boca de Jun tão rápido que ele nem sabia como se desculpar, pelo canto do olho viu Daniel dar um sorrisinho, era óbvio que ele estava se deleitando com o fato de ser mais presente na vida de Joui do que ele, porém tinha que admitir que a culpa disso era exclusivamente dele.

- Você sabe o quanto eu estava ocupado, mas agora com você mais próximo de assumir a montadora vamos poder ficar mais tempos juntos.

As meninas travaram no lugar ouvindo aquela frase, como assim Joui ia assumir a empresa do pai? Será que Alex sabia disso?

Arthur estava muito desconfiado do comportamento de Alex desde que havia saído do consultório, ele o estava encarando com uma cara muito estranha.

- O que foi grandão?

- Nada não só estou pensando um pouco sobre tudo.

- Poderia me dizer esses pensamento?

- Nosso casamento... Ou melhor....- Alex se curvou um pouco dando um kabdoom em Arthur com Lindo sorriso no rosto - na nossa lua de mel.

Por exatos 3 segundos Arthur não entendeu muito bem o que seu grandão queria dizer, porém quando olhou para Alex ficou completamente sem graça.

- P-Por que?

Alex sorriu e com a mão livre segurou o queixo de Arthur o fazendo olhar diretamente para ele.

- por mais que já sejamos casados eu quero ter uma experiência só com você, só nos dois viajando sozinhos por uma semana.

- A é isso....

Arthur não quis parecer desapontado, porém também ficou feliz com a possibilidade de conhecer novos lugares com Alex.

Abraçou Arthur vendo ele ficar levemente vermelho e se aconchegar levemente no seu peitoral.

- Existe algum lugar que você queira conhecer meu rei? Tanto no Brasil quanto no mundo, é só pedir, eu levaria você até a lua se você quiser.

Era engraçado pensar que poderia conhecer qualquer lugar do mundo, mas o único que queria mostrar para Alex era....

- Gramado... Talvez Bento Gonçalves já que tu gosta de vinho...

Alex entortou a cabeça pensativo, ele estava oferecendo o mundo inteiro para Arthur conhecer, e ele escolheu cidadezinhas no RS?

- OK, mas por que essas cidades?

Arthur ficou tão vermelho e tímido tão rápido que fez Alex achar que tinha magoado os sentimentos dele, e só piorou quando sentiu Arthur se enfiando no seu peitoral tentando se esconder de vergonha.

- Arthur?

O Gaúcho olhou pra cima fazendo Alex engolir a seco, ele ficava tão fofo daquele ângulo...

- Don't laugh at me....

Alex arregalou os olhos, Ele achava tão lindo quando Arthur falava em inglês, o jeito que a voz grossa chegava aos seus ouvidos tão carregada o fazia ficar de pernas bambas.

- Não vou rir...

Viu a incerteza nos olhos bicolores e ficou igualmente agitado, parecia ser algo mais profundo do que parecia.

- meus pais passaram as bodas de Zinco lá, eu lembro de ver as fotos e pensar que quando eu me casasse...eu queria ir pra lá...

Conseguiu ouvir o coração de Alex acelerar, os olhos dele vibravam e suas bochechas estavam vermelhas, a timidez nele o fazia ficar ainda mais fofo.

- Se é o que você quer meu rei, eu realizo com todo prazer.

Agora ambos estavam tímidos se encarando, eles pareciam dois adolescentes tímidos de mais para dar o primeiro beijo, era impressionante o quão fácil a boca de ambos se atraiam, o toque dos lábios fez Arthur relaxar e se desfazer nos braços do marido.

A língua quente e macia dançando dentro da sua boca, a barba que vez ou outra roçava na sua pele, o calor do corpo dele em suas mãos, era completamente apaixonado por Arthur.

- Eu mereço mesmo em!

Se separaram e viram Cesar com uma carinha de cu, ao mesmo tempo extremamente indignado.

- Cara vocês são muito Açucarados, vou morrer de diabetes só de chegar perto!

Caminhou até os dois claramente inconformado, Cesar achou graça da cara de seu irmão mais velho.

- Não posso deixar vocês sozinhos por 15 minutos que já tão se atracando, impressionante! 

Arthur riu um pouquinho e olhou para o Marido de forma apaixonada, e depois olhou para Cesar com um sincero carinho.

- O que foi cunhado?

- Vim te chamar pra fumar, teu pai também quer, ele tá bem ansioso para passar na consulta, acho que se ele continuar batendo o pé daquele jeito vai abrir um buraco no prédio.

Arthur pareceu preocupado e olhou na direção de seu pai que estava sentado claramente ansioso.

- Acho que um cigarro realmente me cairia bem agora.

Cesar sorriu e deu meia volta indo em direção a Brulio meio saltitante, ele tava até que bem humorado, a presença dos gaúchos fazia bem a ele.

Arthur fez sinal de que ia seguir o cunhado porém Alex segurou sua mão com determinação o fazendo olhar para trás, o sorriso de seu marido parecia um pouco maquiavélico.

- Esqueci de falar um coisa meu rei.

- o que seria grandão?

Alex sorriu ainda mais enquanto se abaixava para sussurrar no ouvido de seu marido.

- Nossa lua de mel também me deixa empolgado porque eu vou poder te agarrar todas as vezes que você me deixar com tesão.

A cara de "quero pica" que Arthur fez pra Alex era tão óbvia que chegava ser cômica, Alex não fazia ideia do quanto controle tinha sobre Arthur quando falava aquelas coisas.

- Alex....

- Acho bom você ir meu rei, e feio deixar os outros esperando.

Antes de Arthur poder retrucar Alex já tinha saído do seu alcance, agora ele falava empolgado com a recepcionista que parecia o conhecer muito bem, sentia uma crise de ciúmes borbulhando no seu interior próxima a explodir de maneira bem feia, como não queria isso se virou e foi atrás do pai e do cunhado.

Na bela sacada tudo estava congelado, Cesar olhava para aquele vento frio e se encolhia de medo, seu cigarro tremia em suas mãos, porém sentiu algo sendo colocado em suas costas e alguém balançando seu cabelo.

- Tá com frio pia? Pode usar a minha jaqueta enquanto a gente fuma.

O cuidado e carinho de Brulio com ele era genuíno, o senhor era um livro aberto com seus sentimentos, enquanto os dele estavam guardados a 7 chaves e enterrados no inferno, as vezes tinha inveja do quão fácil era para os outros ter e entender sentimentos.

- Paizão o senhor vai gripar desse jeito! Tu também Cesar.

Nem conseguiu reagir, quando percebeu estava sendo abraçado e aquecido pelos Ceveros, era estranho perceber que agora eles também faziam parte da sua unidade familiar, se precisasse matar eles com toda certeza seria da forma mais indolor possível, ele os amava muito pra os fazer sofrer.

"Talvez envenenados, igual ao papaizinho e o meus irmãos"

(Nota: Aqui Cesar se refere a todos os herdeiros)

Afastou esse pensamento, ele não ia causar o apocalipse, antes disso ele tinha que conquistar Joui, fazer ele ter a vida mais doce e maravilhosa possível, daria a ele tudo que desejasse, só queria Joui só pra ele.

Opa, outro pensamento perigoso! 

"Joui não é um objeto! Não posso mantê-lo preso...ele tem vontades próprias...mas...e seu eu prender ele em algum lugar?"

Sentiu um carinho gentil no seu rosto, as mãos calejadas o fizeram voltar a realidade.

- Tem que esquentar o rosto também.

Brulio lhe sorriu meigo, mas então ficou muito sério novamente.

- Tu é a cara do seu pai, e praticamente a cópia da sua mãe... é impressionante... perfeitinho!

Se sentiu corar e ouviu a risada de Arthur bem baixinho, era tão bom estar com eles dois.

- Seu Brulio assim o senhor me deixa sem graça.

Brulio sorriu.

- Tu é lindo pia!

Era diferente ser elogiado por alguém sem segundas intenções, a pureza do olhar do patriarca gaúcho o fazia se sentir acolhido de uma forma diferente.

- O senhor também é Seu Brulio, por dentro e por fora.

A expressão do gaúcho apareceu um pouco pensativa e feliz, César não sabia que se parecia mais com o pai do que gostaria de imaginar, talvez até fizesse pirraça se soubesse.

Sorriu outra vez e o trouxe mais para perto a fim de dividir o calor que tinha, até porque grande daquele jeito ele poderia facilmente esquentar 4 pessoas de estatura normal, e um único Christopher, esse pensamento levou a preocupação.

"Como será que meu gringão tá?"


🍎⚫🐍🦾 Consulta do Christopher 🍎⚫🐍🦾


(Nota: Novamente essa conversa inteira está em inglês, então usem a imaginação de vocês em relação ao diálogo 😉)


Atender Christopher era com toda certeza um pesadelo disfarçado de sonho.

Diferente de César o patriarca dos Cohen já tinha aperfeiçoado a técnica de manejamento de suas emoções, sendo assim ele as mascarava tão bem que poderia enganar qualquer um, mas por trás daquele sorriso fácil, podia jurar que estava frente a frente com o próprio diabo.

- Como vai senhor Cohen? Como foi sua visita ao seus pais?

Era muito diferente ter que olhar para cima para falar com Alex, quando olhava para o mais novo dos Cohen seus lábios involuntariamente queriam sorrir, ele era um deleite de se ter por perto, já Cesar a fazia questionar todas suas decisões de vida, conseguia defletir facilmente as coisas que ele falava porque sabia que no fundo ele queria vê-la desconfortável, mas o pai dos dois era outro patamar.

Engoliu a saliva vendo ele se sentando na sua cadeira, sim, a cadeira que ela usava para trabalhar, ela não tinha um lugar específico para atender no consultório, porém aquela era a única cadeira que estava com uma mesa de altura boa para trabalhar então sempre ficava nela para usar seu notebook ou fazer anotações entre pacientes.

(Nota: Análise psicológica de onde o Chris escolhe sentar: O Christopher escolhe se sentar no único lugar (em teoria) em que a doutora tem para trabalhar, com o acréscimo da mesa ele cria uma obvia barreira e proteção entre ele e a doutora, a cadeira está posicionada bem no fim da sala dando a ele visão de tudo até a porta de saída, sem contar que deixando o doutora virada de costas para a porta mostra que ela não tem saída/não tem para onde fugir, sem contar que essa inversão coloca ele em uma posição menos vulnerável, quase como se ele dissesse: "quem manda aqui sou eu" mesmo ele tecnicamente estando em "território inimigo")

- Foi ok.

Respirou fundo, já tinha aprendido que por mais tagarela que Christopher pudesse ser, ele jamais falaria algo que o prejudicasse, não era novidade que ele odiava passar na terapia, Cesar tinha a quem puxar.

- Como é ter um Genro propriamente dito agora?

Christopher sorriu de forma doce e bastante gentil, conseguia sentir o carinho dele vazando pelos poros.

- My Songbird é um presente na minha vida.

A doutora ergueu a sobrancelha e anotou isso na caderneta, era bastante difícil Christopher tecer elegios a algum parceiro de seus filhos.

- Pelo visto gosta mesmo do seu genro.

- Ele é um menino de ouro.

- Não se sente incomodo com o fato dele ser psicológico?

Chris pareceu um pouco confuso com aquela pergunta, ele admirava muito o fato de Arthur ter se formado apesar de todas as dificuldades que tinha enfrentado.

- Não...ele é um bom rapaz, e um bom doutor pelo pouco que vi.

- Estranho, achei que o senhor não gostasse de ser analisado, e como o Doutor Cevero é conhecido pelas suas técnicas de analise comportamental achei que isso poderia criar algum conflito entre vocês.

Chris fechou a cara de maneira seria, isso fez a doutora engolir a saliva ansiosa, por alguns segundos nenhum dos dois falou nada, na verdade o olhar de Christopher parecia tão pouco satisfeito que acreditou que ele iria sair da sala naquele mesmo instante, tinha que mudar de assunto rápido.

- E como está o restante de sua família?

A expressão dele melhorou bastante, parecia até um pouco mais tranquilo, fez uma nota mental de não falar "Mal" de Arthur perto de seu paciente idoso, já fazia isso em relação aos filhos dele, era só mais um para a lista.

Christopher cruzou as pernas, sempre se fechando de algum jeito, porém ver aquele par de coxas trabalhadas a perfeição ficando marcadas não era algo desagradável.

A doutora tinha que admitir, era sim atraída por Christopher, ele era com toda certeza um dos homens mais bonitos que já tinha visto em sua vida, diferente de Alex que além de achar bonito achava um fofo, ou de Cesar que achava lindo, porém queria distância, Christopher ela achava gostoso e queria dar pra ele, a maior falta de profissionalismo que já teve na vida, e desconfiava muito seriamente que Christopher sabia que ela se sentia atraída, esperava do fundo de seu coração que aquilo fosse apenas fruto de sua imaginação e que Christopher jamais desconfiasse da sua atração por ele.

- Cada vez que vejo meu Bisavô mais assustado ficou com o quanto tempo ele aguenta estar vivo.

Aquela frase fez a doutora ficar de orelha em pé.

- Seu Christopher está tendo algum pensamento suicida outra vez?

Se impressionava com como Christopher achava sua vida descartável, era muito triste perceber algo assim

- Não necessariamente...

- Então por que está pensando em morte?

- Não estou, preciso viver pelo menos mais 10 anos.

- Que data específica...

- Sim, é a data que eu e o Brulio combinamos de mostrar para o mundo que estamos juntos.

A doutora ia anotar alguma coisa porém parou com a caneta no meio do caminho e encarou seu paciente idoso.

- O sogro do seu filho?

Não queria parecer tão indignada, saiu sem querer, porém tinha que admitir que era uma situação um pouco complicada.

- Sim...

Pode ver um pequeno lampejo de vergonha aparecendo atrás dos olhos negros, porém logo foi substituído por determinação.

- o senhor não acha complicado um relacionamento com ele? Afinal seus filhos vão se casar.

Chris respirou fundo.

- Admito que as coisas saíram um pouco do meu controle com o Brulio... E que...

Parou a frase no meio e passou a mão no próprio cabelo parecendo extremamente frustrado com algo.

- Senhor Christopher? 

Era difícil ver ele assim desconcertado e "vulnerável' ainda sim ele não deixava nada que não quisesse vazar.

Ergueu os olhos vendo a doutora o encarando preocupada, achava ela uma boa menina e boa profissional, ainda sim detestava terapia.

- é muito fácil amar ele.

- Que?

- Meu namorado.... foi muito fácil e orgânico me apaixonar por ele, porque ele nunca teve segundas intenções em relação a mim, ele nem atrás do meu corpo estava, fui eu que me encantei por ele primeiro.

Isso a pegou realmente de surpresa.

- Eu sei que o senhor teve muitas pessoas em sua vida, mas poucas realmente ficaram, o que faz do Senhor Brulio tão diferente?

Era raro ver ele ficando tímido, então ver ele levemente encolhido e com o rosto rosado parecia uma visão exclusiva para os seres divinos, porém ficou ainda mais surpresa ouvindo a voz grossa soar quase manhosa.

- Ele quer me assumir.

Sentiu como se um grande vento a tivesse empurrando para trás, se recostou na cadeira um pouco atônita.

- O senhor sempre quis viver um relacionamento assim desde a morte de sua esposa...eu fico muito feliz mas...

- "mas"?

- O senhor tem plena noção do que isso quer dizer? E de como isso vai afetar a ele?

- Eu sei... Nós conversamos sobre, a ideia foi dele não minha, por incrível que pareça.

- Senhor Christopher?

O idoso bonitão segurou uma risada amarga na garganta, e olhou para o nada por alguns segundos.

- Eu estava tão acostumado a ser o segredinho sujo das pessoas que esqueci que tenho direito de ser amado normalmente, comecei a acreditar que só a my Queen seria capaz de me amar por completo, pelo menos eu achava que seria assim...até o Brulio aparecer...ele é tão bom e doce...com toda certeza merecia algo melhor do que eu... porém eu sou muito egoísta e ganancioso, se eu gosto de algo eu faço ser meu custe o que custar...mas...mas ele se entregou pra mim por vontade própria...sem querer nada em troca...

Parou de falar por alguns segundos parecendo perceber uma coisa só naquele momento, soltou um risinho pelo nariz e manteve um sorriso nós lábios.

- Fazia tanto tempo que não acontecia que eu cheguei a esquecer como era a sensação de ser amado normalmente, sem mais, poréns, porquês e interessante, ele só.... Genuinamente gosta de mim...e estranho pensar nisso, eu fico esperando algum pedido, uma traição...mas eu sei que isso não vai acontecer...ele gosta de mim de verdade...

Chris ainda estava digerindo esse fato, fazia muito tempo que ele não ficava com "borboletas no estômago"

- Eu fico muito feliz pelo senhor, mas como é o relacionamento dos seus filhos com o senhor Brulio? O Alex ou o Cesar tentaram algo com ele?

Aquela pergunta era desconfortável para ambos, quando a doutora descobriu que os irmãos Cohen ativamente iam atrás sexualmente dos namorados, namoradas e namorades de seu pai ficou horrorizada! Enojada de verdade, até entender que dó jeito bizarro que o cérebro deles trabalhava eles estavam tentando proteger o pai, acreditava piamente que por Christopher não entender corretamente sentimentos ele não tinha entendido a gravidade do que seus filhos faziam, honestamente achava melhor assim, o senhor já tinha muita coisa na cabeça pra se preocupar.

- Eles gostam do Brulio, e ele se dá bem com todas as minhas crianças.

(Nota: Aqui Chris está se referindo a todos os herdeiros)

- Se eles não tentaram nada imagino que realmente devem gostar muito dele.

- Acho que nenhum deles esperava ver nele uma figura paterna tão forte, acredito que eles estão se sentindo acolhidos, mas isso é só uma observação desse velho que vós fala.

- Isso é muito bom, mas o senhor ainda não me respondeu a pergunta mais importante.

- Que seria?

A doutora se arrumou na cadeira e desconfortávelmente lambeu os lábios ansiosa para a resposta.

- O senhor está tendo pensamentos suicidas com frequência?

Cesar vinha tratar a ansiedade social e a Depressão, Alex vinha por causa do transtorno dissociativo e traumas, já Christopher começou seu tratamento para a inimaginável depressão profunda e tendências suicidas que tinha desde a morte de Cláudia, na opinião da doutora ele sempre estava por um fio de outro episódio de mania, ainda se perguntava como ele tinha sobrevivido as merdas que tinha feito, bem as marcas estavam bem gravadas em seu corpo.

Christopher soltou um suspiro e apoiou os cotovelos na mesa juntando as mãos como se fosse fazer uma oração, os dedos gelados da prótese faziam pressão em sua carne, era difícil ser honesto nesses momentos.

- Não penso necessariamente em me matar, mas ando pensando constantemente na minha morte.

A doutora soltou um suspiro aliviada, porém ainda tinha muita coisa para cutucar usando aquela frase.

- Por que está pensando na sua morte?

- Porque depois de muitos anos eu tenho um lugar para ser enterrado.

Ficou bastante confusa ouvindo aquilo.

- O senhor comprou um jazigo ou coisa parecida?

- Não...

- Então? 

- O Brulio disse que meu lugar é ao lado dele mesmo na morte, então vou ser enterrado ao lado dele.

Conhecia aquele olhar, era igualzinho ao de Cesar, ou melhor, o de Cesar era igual ao dele! Christopher estava completamente maluco e obcecado por Brulio, todas aquelas emoções positivas se convertendo em desejos obscuros e devoção profunda, era macabramente lindo ver eles ficarem loucos de amor, ao mesmo tempo era apavorante.

- Isso é muito Romeu e Julieta não acha? A ideia de morrer juntos pelo amor de vocês?

Christopher abriu um sorriso tão assustador e macabro que por um segundo A doutora pensou em fugir, porém no outro podia jurar sentir um tesão extraordinário, aquele homem era um pecado!

- Romeu e Julieta? Não, nosso amor se parece mais com Erick e Christine.

(Nota: Para quem não sabe esses são os nomes dos personagens de "O fantasma da ópera)

- Mas os dois não ficam juntos no final do espetáculo.

- Bem...eu nunca gostei dos mocinhos, um pouco de perversidade para mudar um clássico nunca é demais, afinal quem está escrevendo e dirigindo essa obra sou eu.


🍎⚫🐍🦾 Consulta do Christopher 🍎⚫🐍🦾


Saiu da sala e procurou pelos longos cabelos brancos, conseguia ouvir a voz grossa e as risadas dele, o coração já tinha guardado aqueles sons como algo precioso.

Viram Brulio voltar pra dentro segurando a mão de Cesar e Arthur, ele parecia muito um pai que tinha que atravessar os filhos para o outro lado da rua, era adorável.

Brulio sorriu genuinamente soltando a mão dos dois belos rapazes, e foi "correndo" na direção do namorado.

- Querido, como tu tá?

- Estou bem Brulio, já sou acostumado com as consultas.

- Isso não quer dizer que eu não me preocupe mesmo assim.

Chris sorriu de forma doce e se aproximou do namorado lhe dando um selinho meigo, a doutora viu a cena e achou fofo ao mesmo tempo que daria tudo para ser esmagada entre aqueles dois peitorais deliciosos, afastou aquele pensamento por alguns segundos e fez uma tosse falsa chamando atenção do casal, Christopher se separou lentamente do namorado sentindo até a última molécula daquele beijo rente aos seus lábios, olhou para Brulio numa mistura de empolgação e preocupação.

- Sweetheart, é sua vez.

Samuel estava aproveitando do seu tempo com Marcelo, o pobre gaúcho agora tinha certeza que súcubos e Incubus existem, e eles são Veríssimos.

Tinha um enorme chupão no seu pescoço e mordidas em 80% do seu peitoral e abdômen, nem o kama sultra teria conseguido acompanhar o que Samuel fez com ele na cama, estava muito bem comido obrigado, mas agora ele tinha um probleminha um pouco maior para resolver.

Jiro parecia estar se divertindo genuinamente, porém Marcelo já tinha visto aquele olhar antes, na frente do espelho.

- Jovem Príncipe Jiro

- Misericórdia! 

Jiro pareceu extremamente ofendido ouvindo aquilo saindo da boca do amor de seu primo.

- Marcelo, nunca mais me chama assim na sua vida! 

- Gostaria de até der seu pedido jovem mestre, porém ajo como me foi ensinado.

Jiro tentou entender o porquê daquilo tudo, e principalmente estava curioso pra saber o que Marcelo queria.

- bem, levando em conta que você saiu do seu quarto que tenho certeza que estaria muito mais interessante do que minha companhia, você deve ter algo muito importante para falar comigo por Ordem do meu primo estou correto?

Marcelo nem sequer piscou enquanto ouvia Jiro falando, a Rest in Bitch face do gaúcho era poderosíssima.

- Estou aqui sim para conversar, mas não vim a pedido de Samuel.

Jiro ficou levemente surpreso ouvindo aquilo, logo percebeu que Marcelo o encarando ansioso, isso por sua vez começou a fazer a fachada de "o primo brincalhão" desmorar perante um gaúcho fumante.

- pode falar Marcelo, se eu.puder ajudar é só sabe que é só chamar.

Marcelo respirou fundo e se preparou mentalmente para o vespeiro que estava prestes a cutucar.

- Jiro, por que tu não fala pro Samuel que quer ficar com ele.

Mark estava tranquilo arrumando as coisas para suas crianças, sabia que logo eles estariam trabalhando feito loucas e eles teriam trabalho até falar chega.

Isso a parte, ele também estava precisando muito mesmo dar uma "relaxada", porém a pessoa com quem queria compartilhar esse momento estava fugindo dele como o diabo foge da cruz.

Tinha que admitir que queria muito ver como seria a expressão de Gregório quando realmente fosse "colocado no seu devia lugar" talvez devesse estender um pedido de amigos com benefícios para o gaúcho mais velho, provavelmente ia levar um tapa na cara, mas também não achava essa possibilidade de todo ruim.

Se sentou no sofá e foi mexer um pouco no celular, e para o seu desespero e tristeza Balu tinha acabado de postar um storys com Rubens, respirou fundo e sorriu um pouco triste.

- Seus filhos cresceram muito bem Ianis.

Era uma grande tristeza saber que um dos primeiros membros do obscurite já não fazia mais parte do mundo dos vivos, e principalmente ainda não acreditava no quanto Rubens e Rebecca se parecia com o pai, era até um pouco cômico.

Olhou novamente para a foto e respirou fundo sabia que hora ou outra teria que enfrentar Balu, mas honestamente não estava nem um pouco afim disso.

- a minha vida tá cada vez mais complicada.

Thiago estava tranquilo lendo quando seu celular começou a vibrar descontrolado, pegou o aparelho percebendo que era uma chamada de vídeo de Dante, atendeu sem pensar muito sobre.

- 🔇 Oi Dante, aconteceu alguma coisa?

Agora parando para reparar na aparência de seu primo Thiago ficou um pouco desconfiado, haviam arranhões visíveis nós ombros do loiro, assim como claramente um mordida muito bem dada, isso a parte, Dante parecia muito orgulhoso de alguma coisa.

- 🔇 primo, o que você me diz de ter uma nova aquisição para desfiles e novelas?

Aquilo fez Thiago juntar as sobrancelhas, pela cara de Dante ele tinha feito algo levemente questionável.

- 🔇o que tu aprontou Gaspar?

Aquele sorrisinho lindo que ele dava parecia ainda mais maldoso naquele momento, Thiago se segurou para não rir da cara que o loirinho fazia, era tão sapeca quanto perigosa.

- Eu fiz o Murilo assinar um contrato dos Studios.

- QUE?

- Ele disse que queria saber como era a sensação de ser famoso, então eu realizei o desejo dele... bem em partes...

Thiago se arrumou melhor na cadeira, ter os gaudérios nós Studios era um desejo dele, estava orgulhoso e levemente preocupado em relação a submissão deles, mas também sabia que não seria qualquer um a resistir aos seus primos.

- 🔇 muito bem Dante, estou orgulhoso de você.

Dante sorriu vitorioso, tinha sido uma tarde incrível.

Murilo ainda estava tremendo um pouquinho, as lembranças do que Dante fez com ele fazia sua boca ficar seca, abriu a porta de casa e deu de cara com Ivan que lhe sorriu empolgado.

- Quem é vivo sempre aparece.

Ivan veio como sempre cheio de simpatia, porém ele parou no meio do caminho um pouco preocupado.

O loiro segurou o mais novo pelos ombros e então puxou a touca da jaqueta que ele usava revelando cabelos cor de Rosa.


Notas Finais


Cotton candy Murilo gente!! Ele tá uma gracinha!!
Marcelo por sua vez tá tentando muito mesmo entender e ajudar o Jiro, isso sem atrapalhar os relacionamentos entre os primos.
Inclusive os MM's deram muito mesmo, Marcelo levou uma comida tão bem feita que até melhorou o humor dele, e o Murilo levou uma surra de pika tão boa que criou coragem pra fazer um monte de coisa.
Sim o Cesar ama muito o Brulio.
Arthur e Alex realmente os mais fofos e açucarados sempre.
A gente entende a doutora, quem não quer dar pro Christopher? Sem julgamentos aqui.
Christopher maluco, doido e pirado pelo Brulio!
As meninas vão proteger o Joui com unhas e Dentes, e o Daniel tá perdendo a paciência com o Jun.
Bjs até o próximo capítulo 😘 ✌🏽


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