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História Sublime - Sobre briga entre irmãos.


Escrita por: pyromanic

Notas do Autor


Oláa, como de costume: mais um sábado, mais uma atualização.
Eu acho bom ressaltar que eu estou construindo a história aos poucos e isso está sendo algo extremamente gostoso para eu escrever e espero que seja assim para vocês acompanharem. Eu quis começar aos poucos mostrando a rotina das crianças e mostrando como Baekhyun vai aprendendo a lidar com elas aos poucos, porque além né... do nosso casal, acho importante mostrar pra vocês como o laço do babá com as crianças vai ser construído.
Sublime, está sendo uma experiência incrível e eu estou tendo um ótimo feedback. Muito obrigada mesmo por casa comentário de vocês! Faz bastante diferença pra mim. Obrigada

Obrigada ari pela batagem e por cada comentário incrível que você sempre deixa na minha dm.
Boa leitura ♡

Capítulo 3 - Sobre briga entre irmãos.


Fanfic / Fanfiction Sublime - Sobre briga entre irmãos.

Sublime

fanfic por: pyromanic

Terceiro Capítulo: Sobre briga entre em irmãos.

Pela manhã do dia seguinte, Baekhyun já havia saído de sua residência e estava no segundo ônibus que o levava a casa do Park. Seu horário era bastante cedo, porque tinha como obrigação acordar as crianças, arrumá-las e levá-las para a escola, porque Chanyeol não possuía tempo o suficiente para nenhuma daquelas tarefas.

Por sorte havia chegado no horário combinado, entrou na residência cumprimentando com educação todos os outros funcionários que trabalhavam naquela casa e logo foi para o segundo andar para encontrar suas crianças.

Foi ao quarto o qual os irmãos dividiam e seu coração amoleceu ao encontrar os dois em sono profundo. Dahye dormia com algumas partes de fora do cobertor, como se travasse uma batalha durante seus sonhos, enquanto Yong estava encolhido abraçado a um ursinho de pelúcia, enquanto seu corpo continuava completamente coberto. Podia até considerar pecado acordar dois anjos como aqueles, mas infelizmente era necessário.

Baekhyun com todo cuidado do mundo, aproximou-se de Dahye balançando seu corpo de leve, a chamando para acordar e logo fez o mesmo com seu irmão. Ambos demoraram muito tempo para conduzirem alguma ação devido a sonolência no corpo, mas após alguns minutos de drama em cima da cama, eles se levantaram porque tinham que ir à aula.

O babá os ajudou a tomar banho e a colocar os uniforme nas duas crianças, além de ajudá-las com os cabelos. Até porque os dois haviam deixado o cabelinho crescer, se Yong não fosse menor do que Dahye, de tão parecidos poderiam considerar que os irmãos eram gêmeos.

Depois disso desceram as escadas caminhando até a cozinha, Baekhyun se assustou ao encontrar Chanyeol ainda na casa. O platinado parecia tranquilo comparado com o dia anterior, bebia um café puro com pouco açúcar, enquanto dedicava toda a sua atenção ao seu telemóvel. Baekhyun o cumprimentou ao entrar no recinto e o maior o respondeu, mesmo não voltando o olhar para si, nem seus sobrinhos foram capaz de conseguir tirar a concentração do empresário ao seu celular. 

Baekhyun preferia a situação seguindo daquela maneira, não havia motivos suficientes para tomar antipatia por seu chefe, mas Chanyeol carregava uma amargura em seu peito muito grande e para olhos sensíveis e observadores do mais baixo, era algo muito notável em sua personalidade. Estava trabalhando para ele, por muito pouco tempo para chegar a qualquer conclusão, mas algumas coisas eram perceptíveis e por esta razão, Baekhyun preferia manter uma distância que fosse confortável para ambos.

— Irá levar as crianças hoje. — Chanyeol explicou, ainda sem olhar em seus olhos. — Acho que poderá fazer isso todos os dias.

— Como assim? Quer que eu os leve de ônibus? Pensei que uma vã viria buscá-los, como acontece pelas tardes. 

— São escolas diferentes e funcionam de maneira diferentes. — De maneira rude e simples explicou. — Tem um carro na garagem, pode usá-lo para levá-los. 

— O senhor quer que eu dirija um carro seu? — Perguntou receoso, provavelmente seria um carro muito caro e Baekhyun ficaria  a todo momento nervoso no volante, com medo de acontecer algo.

— Vai me dizer que não sabe dirigir, Byun? — Finalmente os olhos frios o atingiram e o miraram carregados de uma ironia que irritou o âmago de Baekhyun.

— Eu sei sim. — Sua fala saiu de maneira infantil, mas não era proposital. Chanyeol estava conseguindo o tirar dos eixos que havia programado para conversas diretas com ele. — Só estou surpreso pela responsabilidade e pela confiança em poucos dias.

— Eu não tenho escolha. Não tenho tempo para levá-los. Alguém precisa fazer isso e eu não vou deixar você andar com meus sobrinhos de ônibus, ainda mais pela manhã onde todos estão lotados. — Explicou cansado, parecia que qualquer mínimo diálogo sugava suas energias. — Só os leve em segurança, ok? Não fica longe a escola.

— Tudo bem. Pode deixar. — Quis encerrar a conversa e conseguiu seu objetivo, odendo voltar aos seus afazeres. 

Em poucos minutos, Chanyeol saiu da residência. Naquele dia estava menos apressado, mas parecia que a falta de humor e as palavras ácidas faziam parte de sua personalidade detestável. Baekhyun gostaria de perguntar as crianças se o tio delas agia daquela maneira sempre e principalmente como era o tratamento dele com elas, porque parecia que,  em seu local de trabalho, devido às palavras de Wendy, ele conseguia ser ainda pior. E isso trazia uma curiosidade ao tratamento que seus sobrinhos recebiam, porque parecia que ele agia com secura à qualquer um. Crianças são as pessoas mais sinceras que existem, provavelmente contariam tudo o que ele gostaria de saber, principalmente Dahye, que não parecia gostar de economizar nas palavras, mas Baekhyun sentia que ainda precisava criar laços mais íntimos com os dois para fazer perguntas mais profundas, não queria assustá-los. Além de que como crianças, poderiam deixar escapar sem querer ao tio, que o babá estava investigando a vida dele, apenas para suprir sua sede de curiosidade, ele tinha a plena certeza que Chanyeol não gostaria nenhum pouco de descobrir aquilo.

Após o café da manhã das crianças, arrumou as lancheiras delas com comidas bastante nutritivas e saudáveis, porque elas precisavam ficar fortes, afinal eram crianças muito dedicadas que possuíam dias cheios de atividades.

Baekhyun caminhou com os dois até a garagem da residência, encontrando um lugar muito espaçoso, capaz de conseguir guardar até quatro carros com a largura do ambiente. E lá estava o carro que ele usaria a partir daquele dia. Não era um carro como o que o Chanyeol usava, mas também não era um carro muito simples.

Ele colocou as crianças na Toyota Hilux nas cadeirinhas próprias para elas que o banco traseiro possuía de prontidão. Dahye reclamou bastante dizendo que estava grande demais para sentar em uma daquelas, podendo estar no banco normal e, mesmo atingindo quase a idade própria para realmente fazer isso, Baekhyun explicou que ela deveria ser um pouco paciente, porque logo faria aniversário e não precisaria mais dela. Já Yong se sentou e logo virou o rosto provavelmente para cochilar, o menino ainda estava sonolento e provavelmente iria dormir a viagem toda. 

Logo depois, Baekhyun foi para o banco do motorista, pronto para começar a dirigir, mas precisou ajeitar o banco e quase quis matar Chanyeol por comprar um carro de porte tão grande como aquele no qual, com sua estatura, quase não alcançava o pedal, mas com muito esforço ele conseguiu dirigir.

Baekhyun dirigia a todo momento nervoso e nem a voz calma no rádio era capaz de tranquilizá-lo. Preferia mil vezes estar levando as crianças de ônibus, ou usando algum uber para chegarem à escola. Mas seu chefe havia pedido para levá-los usando um carro de sua posse, o que acarretava em um babá totalmente nervoso e com o temor correndo em si por cometer qualquer mínimo arranhão em um carro caro, tendo que trabalhar sua vida inteira para conseguir pagar.

Não pode estar mais aliviado quando chegou a escola onde eles estudavam. Ajudou as crianças a descerem de suas cadeiras, tirando o cinto de segurança e deu um beijo no rosto das duas, se despedindo delas. Dahye correu em direção do colégio toda animada para ter as aulas que gostava, enquanto Yong caminhava com uma preguiça adorável, ainda cambaleando por conta do sono.

Baekhyun pode voltar em paz para a casa do Park, mais relaxado tendo se acostumado com veículo e também por não ter qualquer criança consigo, correndo risco de acidente. 

Quando chegou, encontrou Sang já acordado com uma das empregadas da casa sentados no tapete da sala. E logo que o bebê o avistou seu sorriso se alargou em sua boca, Baekhyun não aguentava a fofura que ele era.

— O Baek chegou meu amor. — O pegou no colo, agradecendo a mulher por cuidar dele enquanto esteve fora. — Está reconhecendo o Baek já? — O menino ficou o olhando como se de alguma maneira tentasse reproduzir o que estava dizendo, tornando-se mais adorável ainda.

— Será que tu sabe dizer algo Sang? Já tem um aninho meu amor. — Disse inutilmente para o bebê como se fosse obter alguma resposta. — Nem a Wendy e nem seu tio me disseram nada, mas acho que deve ter atrasado com que aconteceu a alguns meses, não foi? E seu tio não parece estar ajudando muito você nisso.

O bebê continuava rindo em seu colo, achando graça do que Baekhyun estava dizendo, mesmo sem entendê-lo. Baekhyun então sorriu, porque precisava ajudá-lo a aprender algumas coisas. Sentou novamente o bebê no tapete e, usando seus bichinhos de pelúcia, tentou ensiná-lo a pronúncia de algumas palavras. Sang era bastante esperto e ele ficava atento a cada movimento de boca que o homem fazia, às vezes balbuciava alguns sons como se tentasse conversar de algum jeito com ele.

— Você é um bebê esperto, com certeza vai aprender rapidinho. — Apertou suas bochechas gordinhas. — E muito fofo, seus pais caiam de amor por ti, não era?

O bebê cansou de tentar imitá-lo e logo ele foi trocado com os brinquedos que pareciam mais interessantes que a atividade que estavam fazendo.

— Queria que você pudesse me contar o que aconteceu com seus pais. — Comentou olhando o bebê se divertindo sozinho com seus brinquedos. — Você me contaria não contaria? Ou me chamaria de enxerido? — Riu sozinho da própria piada, enquanto Sang parecia trabalhar arduamente para ignorá-lo.

Quando a tarde chegou, Baekhyun foi buscar suas outras crianças com Sang lhe fazendo companhia no banco de trás. Chegando na escola, avistou suas duas crianças. Yong, assim que reconheceu o veículo de sua família, foi em sua direção sem nem olhar para trás, chegando primeiro cumprimentando Baekhyun e sendo ajudado a ficar na cadeira no banco de trás. Dahye demorou um pouco para ir encontrar o babá já que a menina era um pouco mais popular e quis se despedir de diversos de seus colegas, além dos diversos beijos que deixou para a professora que gostava muito. Quando ela se aproximou continuava com a mesma animação de antes e nem se incomodou ao ser posta na cadeira como seus irmãos, mesmo se achando já velha para aquilo.

Baekhyun infelizmente logo teve que se despedir da garotinha, já que logo após a escola, ela tinha a luta para fazer, pois seu horários eram muito corridos. A menina havia gostado muito do babá e também ficou triste por não poder aproveitar mais o dia com ele, mas ela amava ainda mais o Taekwondo e logo que avistou a academia pulou da cadeira correndo foi direto para dentro do estabelecimento, deixando Baekhyun assustado e perdido para trás. Ele foi conversar com o professor da academia, mas tudo parecia está no conformes e soube que não necessitaria nem descer do veículo em outros dias, porque Dahye conhecia muito bem o recinto e ela se dava aparentemente bem todos, os professores pareciam adorá-la.

Foi para a casa unicamente com os dois meninos lhe fazendo companhia e, chegando a residência, logo tratou de procurar algo para entreter Yong, tinha medo do que poderia acontecer com o menino ao ficar longe de sua irmã mais velha, ele parecia terrivelmente dependente dela.

— O que você faz enquanto a Hye está na academia? — Perguntou para o menino que o seguia enquanto caminhava em direção a cozinha, com Sang em seus braços.

— Eu brinco sozinho. — Respondeu sincero, parecia que Baekhyun havia conseguido conquistar o menino.

— E você não se sente mal? — Novamente questionou, colocando o caçula na cadeira apropriada, estava na hora dele comer.

— Antes sim. Mas Dahye está fazendo o que ela gosta e eu preciso também. — Explicou banalmente e Baekhyun quis morrer com tanta fofura que aquela criança era.

— Está certinho. Logo seu tio irá colocá-lo em algo que você goste muito!

— E eu também gosto de ficar sozinho. — Ele comentou como se não fosse nada, apenas contando algo sobre sua personalidade, mas quanto mais descobria, mais ele ficava preocupado com o jeito retraído do garoto.

— Yong. — Chamou, querendo adquirir toda a atenção da criança, queria conversar sério com ele. — Tem certeza que não quer me contar nada? Sobre seus amiguinhos ou sobre a escola? Tudo bem você gostar de ficar só e gostar de ficar em casa, mas não pode ficar apenas sozinho ok?

— Eu conversei com um menino hoje. — Contou um acontecimento de sua vida, conseguindo surpreender Baekhyun. — Por sua causa.

— E como foi?

— Legal. — Respondeu sem muito interesse e Baekhyun sorriu, já estava feliz pelo avanço que havia conseguido fazer em apenas um dia.

— E o que você quer fazer agora? Pode brincar eu, você e o Sang. — Ofereceu mudando de assunto, não queria sobrecarrega-lo falando da mesma coisa. O menino olhou para ele e depois para seu irmão, parecia pensar no assunto.

— Tudo bem. — Deu de ombro, mais uma vez Yong não parecia se importar muito.

Baekhyun limpou a bagunça que Sang tinha feito enquanto comia e depois o levou para o segundo andar onde ficava o quarto de jogos. Lá encontrou diversas peças de lego guardadas em caixas enormes e, como se também fosse uma criança, as jogou completamente no chão. Sang se divertiu ao ver as peças toda caindo, enquanto Yong pareceu ter ficado assustado. 

As crianças logo se entreteram com os brinquedos que ela havia dado a elas e até ele mesmo se entrosou com ela e começou a brincar, porque também tinha uma criança interna vivendo dentro de si que gostava daquele tipo de diversão.

Passaram mais de uma hora naquela brincadeira, Yong não falava muito, mas dava para notar que além de estar gostando da brincadeira ele estava apreciando a companhia de seu irmão e de Baekhyun, mesmo com todos calados. Aos poucos Baekhyun ia entendendo a personalidade daquela criança que era um pouco mais peculiar que as demais. Ele era mais calado, mas também era muito amoroso e gostava muito de manter perto quem ele considerava importante, por esta razão Baekhyun deduzia que ele era tão apegado a sua irmã.

Mesmo se divertindo muito, Baekhyun precisou sair para buscar Dahye e deixou as crianças na supervisão de outra funcionária da casa, porque não gostaria de tirá-los da construção que estavam fazendo. 

Dahye estava muito mais elétrica do que quando havia saído da escola, ela não parava de falar sobre o treino, sobre seus professores e sobre os novos golpes que havia aprendido naquele dia que havia sido um curto período de tempo, mas que, como ela era esperta — palavras de seu professor — havia pegado tudo muito rápido.

Quando chegaram à casa, Dahye correu pelos corredores, chegando rapidamente ao segundo andar e à sala de jogos, porque Baekhyun havia comentado com a criança sobre o que seus irmãos estavam fazendo. Mas Dahye, não possuía a calma e nem a delicadeza dos outros dois e por isso assim que adentrou a porta, assustou Yong que terminava de encaixar uma das últimas peças de sua enorme torre, seu susto causou um baque que fez a pilha de peças cair ao chão, desfazendo tudo que havia feito, ainda assustando o bebê que começou a chorar imediatamente com o barulho.

Baekhyun não teve tempo para assimilar direito a situação, correu para buscar o bebê que chorava alto porque ainda continuava assustado. Sang não era um bebê que chorava muito e por isso toda a cena que se desmanchava em sua frente, estava assustando um pouquinho o babá.

— Dahye! — Yong gritou em tom de reprovação para sua irmã mais velha que carregava um olhar sério de culpa.

— Não foi porque eu quis. — Ela começou a se desculpar.

— Nunca é. — Ele respondeu baixinho recolhendo as peças do chão, porque algumas continuavam grudadas, afinal eram legos. — Você não precisa ser tão bagunceira!

— Dá para arrumar. — A menina correu em sua direção o ajudando a recolher as peças do chão. — É só fazer de novo. 

— Você não entende. — O menino fez sinal de negação com a cabeça, estava visivelmente chateado. — Não vai ser a mesma torre. Não vai ser a mesma cidade.

— Para de besteira. É só juntar as peças!

— Você não entende. — O tom de voz continuava baixo e choroso, Baekhyun queria abraçá-lo. 

— Não mesmo. Você sempre faz drama por pouca coisa! — Dahye deixou as palavras ácidas escorrerem. E Yong não a respondeu, apenas a ignorou voltando a juntar suas peças queria montar sua cidade de novo.

Dahye não pareceu ter gostado de ter sido ignorada e saiu correndo, provavelmente indo diretamente para seu quarto. Baekhyun suspirou fundo, ainda balançando o bebê que já estava mais calmo em seus braços. 

De primeiro momento, tinha ficado admirado como a relação entre os dois irmãos era muito amigável. Logo que conheceu as crianças, Dahye cuidou de Yong porque ele parecia assustado com sua presença e ela parecia fazer aquilo sempre. E Wendy havia lhe contado que Yong era muito apegado a sua irmã mais velha e que ela aparentava cuidar do mais novo. Porém, eles continuavam sendo irmãos e desavenças como aquela deveriam ocorrer mais do que Baekhyun estava planejando, porque a personalidade de ambos era uma o extremo da outra. Yong e Dahye eram muito diferentes e ele sabia que algum momento aquilo não resultaria em algo bom. Baekhyun tinha ficado com medo que em algum instante, Dahye cansaria do jeito apegado e retraído de seu irmão e pelo visto aquele dia estava mais próximo do que imaginava. A menina estava crescendo e logo se tornaria uma moça, não faltava muitos anos para aquilo acontecer e provavelmente sua paciência com o irmão estava se esvaindo. E Yong não parecia que iria mudar de personalidade tão cedo, Baekhyun imaginava que ele seria daquele mesmo jeito até em sua adolescência e não seria um menino de muitas festas e amigos. Talvez seus amigos também comentasse da diferença entre ela e o irmão e Baekhyun tinha a plena certeza que Dahye não lhe dava atenção no colégio, visto que preferia ficar com seus amigos. Aquilo não seria um grande problema caso ela não trouxesse para casa e voltasse a ser a irmã carinhosa que sempre foi com o mais novo.

Colocou Sang no chão, que logo voltou a brincar com as peças, também ajudou seu irmão, mesmo não tendo muita noção por ser muito novo, ele sentia que Yong precisava de sua ajuda naquele instante. Yong mais uma vez não comentou nenhuma coisa, apenas continuou sua construção e Baekhyun sorriu, porque mesmo estando quieto, sabia que ele estava feliz por não ter sido deixado sozinho:

— Está tudo bem? — Baekhyun perguntou após longos minutos o ajudando a remontar a cidade. Queria saber o que estava se passando na cabeça da criança.

— Sim. A Dahye fala essas coisas às vezes. — Mais uma vez ele comentou como se fosse algo banal.

— E não te magoa? — Não escondeu o tom de preocupação, Baekhyun queria cuidar daquele menininho sensível.

— Às vezes. — Respondeu sincero. — Mas eu não posso fazer ela me entender. — Fez um biquinho em seus lábios, ele continuava claramente triste com que havia ocorrido. — Dahye é muito diferente de mim.

— Mas você sabe que ela te ama muito não é? — Queria que o menino entendesse que aquilo não afetava em nada o sentimento da irmã por si.

— Sim. — Concordou com a cabeça e sorriu para Baekhyun, fazendo seu coração se esquentar, ainda não o tinha visto sorrir. — Eu gosto de você aqui, Baek.

— Eu também gosto de estar aqui com vocês. — Sorriu de volta para sua criança, estava tremendamente feliz por estar conseguindo fazê-lo se abrir consigo.

Depois de um tempo com os dois mais novos, Baekhyun decidiu que era a hora de conferir se a irmã mais velha estava bem. Entrou em seu quarto e menina estava praticando alguns dos golpes que havia aprendido, fazendo aquilo completamente sozinha, o que fez Baekhyun rir, ela era uma figura em forma de pessoa:

— Como está minha pequena lutadora? — Se aproximou da menina, a puxando de leve para sentar na cama consigo.

— Bem. — Respondeu, ela parecia estar sendo sincera. — Às coisas passam rápido.

— Ainda bem, minha garotinha. Mas você sabe que é diferente para seu irmão, não é? Tem que tomar cuidado com o que fala.

— Eu sei. — Ela pareceu se entristecer no instante que Baekhyun mencionou Yong. — Ela ta triste, Baek?

— Não. — Sorriu para menina em forma de conforto. — Mas eu acho que você deveria ir brincar com eles.

— Você não acha que eu irei acabar com tudo de novo? — Sua frase veio de forma insegura, Dahye não parecia ser o tipo de pessoa temerosa. Mas, por ser importar tanto com o irmão, aquele traço veio a surgir.

— Claro que não. E eu tenho certeza que Yong quer você fazendo companhia para ele.

O rosto de Dahye se iluminou e na companhia do babá voltaram ao outro cômodo. Dahye não precisou dizer nada, ela sabia como seu irmão funcionava. Ela apenas se sentou ao seu lado o ajudando a colocar as peças como ele gostaria de montar a sua cidade e os comentários engraçados delas foram o restante da diversão da tarde, porque Dahye era muito engraçada e ela sabia colocar um sorriso no rosto de qualquer um.

Baekhyun estava imensamente feliz ao ver os três juntos daquela maneira, principalmente por parecer que Sang ficava um pouco excluído por ainda não ter uma idade próxima a deles. Era bonito a harmonia dos garotos e como eles funcionavam bem entre si, mesmo com os conflitos e a pouca idade, aos poucos eles aprendiam a lidar e a entender um ao outro. O babá não poderia está mais alegre sendo um telespectador daquele momento, porque queria que eles se unissem bastante e soubessem que mesmo com o caos que o mundo poderia se tornar, um ainda iria ter o outro para poder se apoiar. Principalmente com a falta de seus pais, era bom eles terem a consciência que não estavam sozinhos, eles ainda possuíam uma família.

Assim que a noite chegou, Chanyeol compareceu a residência com as mesmas feições cansadas do dia anterior, ele não parecia ter dias bons em seu emprego. Cumprimentou Baekhyun e seus sobrinhos e logo dispensou o babá, ele estava livre de seu serviço. O babá, despediu-se de suas crianças prometendo as encontrar no dia seguinte e logo saiu da residência pegando um ônibus que serviria para ele ir direto para a faculdade, não tinha tempo para ir para a casa naquele dia.

Passou pelo campus carregando um miojo instantâneo em uma mão e um café com leite em outra mão. Mesmo não sendo um boa combinação, era o que jantaria por aquela noite, então tinha que engolir tudo. Enquanto apressava seus passos, ouviu alguém gritar seu nome e ao longe, viu seu melhor amigo acenando para sim, o chamando para se sentar ao seu lado.

Kim Jongin era um menino alto de cabelos pretos e sorriso contagiante, sendo uma ótima pessoa para se manter por perto, principalmente se você é o tipo de pessoa que gosta de ir às festas mais badaladas que a faculdade poderia oferecer. Haviam se conhecido na faculdade mesmo, ambos escolheram um curso que era visto como “banal” por diversas pessoas que sempre recorrerem a eles por segunda opção. Mas Jongin realmente se dava bem administrar negócios, assim como Baekhyun era uma ótima pessoa cuidado de crianças.

— Você está querendo morrer. — Comentou ao ver o que Baekhyun ingerir ao se sentar ao seu lado. — Foi bom te conhecer meu amigo.

— Desculpa, se eu não tenho tempo livre como você. — Respondeu infantilmente, fazendo Jongin rir.

— Acho que você esqueceu que eu faço estágio. E que tempo livre é uma palavra que universitário não conhece. — Relembrou o amigo, ele havia esquecido que agora o ele estava também trabalhando.

— Nem me lembra disso. — Continuou colocando o miojo para dentro de sua boca, porque realmente estava faminto.

— Talvez trabalhar como babá, funcione como estágio, você podia ver com sua coordenação. — Sugeriu ao amigo, sabia que Baekhyun não podia se dar ao luxo de um emprego não remunerado, como estava fazendo.

— É uma boa ideia, vou ver isso o mais rápido possível. — Respondeu ao amigo, porque precisava resolver aquilo. Porém, estava adiando muita coisa com o rumo que sua vida estava tomando.

— Você sempre me conta animado sobre as crianças, como estão dessa vez? — Perguntou interessado. Era por aquela razão maior que os haviam construído uma amizade tão sólida, Jongin era um ótimo ouvinte e ele sempre permitia Baekhyun a falar sobre as coisas que mais gostava no mundo, se interessando por qualquer assunto do amigo.

— Eles são incríveis! — Disse visivelmente empolgado, Jongin riu, era sempre daquele jeito. — São três. A menina mais velha é super elétrica, falante, animada, ela faz taekwondo, acredita? Tem um bebê, ele é uma graça não para de sorrir e é brincalhão, eu só o vi chorar hoje. E tem o menino do meio, eu meio que estou preocupado com ele, sabe? Ele é uma criança muito fechada, não parece ter amigos e ele é meio assustado.

— Sério? Ai deve ser tão fofo. — Fez um biquinho com os lábios, porque mesmo não tendo a mesma paixão que o amigo, achava crianças extremamente fofas.

— Jongin, você não faz idéia. — Baekhyun voltou a comentar entusiasmado. — Ele é muito fofo, muito esperto e aquele menino nem parece ter apenas cinco anos. Eu não queria que nada de ruim acontecesse com ele. E isso só me deixa mais preocupado.

— Por que você está tão preocupado assim? Pode ser apenas o jeito dele.

— Porque a Wendy me contou que ele já era assim antes do acidente, mas tenho medo disso ter se agravado. 

— Acidente, como assim? — Curioso perguntou, Baekhyun ainda não tinha falado nada sobre o novo emprego.

— Os pais deles sofreram um acidente de carro, não houve sobreviventes. — Contou vendo a expressão de espanto de seu melhor amigo, havia ficado da mesma maneira. — Agora eles moram com o tio e ele não parece ser a pessoa mais amorosa do mundo, não sei o que pode acontecer.

— E essa Wendy? É a mulher dele? Ela não pode resolver?

— Ela é secretária dele. — Apresentou a moça para Jongin, que levantou as sobrancelhas pensando a mesma coisa que havia pensado antes de conhecê-la. — Não pense isso Jongin, parece que às vezes ela não o suporta, mas também parece nutrir um tipo de carinho fraternal por ele.

— Sei o tipo de carinho fraternal. — Brincou fazendo Baekhyun revirar os olhos. — Mas por que você não conversa com ele?

— Porque ele não possui tempo para absolutamente nada. Eu quase não o vejo e ele é tão ocupado que Wendy resolve tudo para ele, até os assuntos pessoais.

— Ele é aquele estereótipo de empresário ocupado. — Analisou com as informações que Baekhyun havia lhe dado. — Deve ser bem grosso e arrogante, deve dar tesão ficar perto dele.

— Você é maluco! — Respondeu o amigo, devido ao comentário que ele havia feito. — Você tem um gosto muito peculiar para homens, não conseguiria gostar de alguém tão seco daquela maneira.

— Você que precisa saber aproveitar os prazeres carnais, Baek. Não é questão de gostar, apenas de tirar um gostinho sabe? — Piscou para o amigo, que estava achando um absurdo o caminho daquela conversa. — Ele é bonito?

— Eu não sei. — Comentou sincero. Chanyeol saía tão rápido de casa que não havia conseguido reparar nele.

— Como você não sabe Baekhyun? Você ficou tão assustado que não olhou nós olhos de seu chefe? — Brincou com o amigo, porque sabia que o babá poderia ser meio avoado às vezes.

— Óbvio que não, Jongin. É porque a maioria dos meus antigos chefes eram homens casados, com a idade evidente no rosto e saliência no corpinho.

— E o seu novo chefe não é assim? Interessante. — As feições de Jongin eram pura luxúria naquele instante, com uma pitada de humor.

— Jongin, você é impossível. — Juntou-se a risada, porque mesmo sendo um absurdo as palavras que o administrador dizia, ainda conseguiam ser engraçadas.

— Por favor quero informações completas sobre a aparência dele. Mesmo que você não repare em nenhum homem, depois que começou a gostar do Yixing. — Alfinetou como era de costume e Baekhyun quis bater nele naquele instante. Sempre que podia o administrador gostava de trazer aquela pauta à tona apenas para deixar Baekhyun envergonhado e funcionava.

— Jongin! — Alertou o amigo, devido às suas palavras. Mas ele tinha a plena consciência do que fazia. — Para de falar disso.

— Eu quero saber quando você irá tomar uma atitude. — Bateu com as mãos na mesa como se tivesse dando a Baekhyun uma sentença. 

— Eu não sei. — Comentou frustrado, Baekhyun já teve diversos crushes, mas parecia que com aquele tudo era diferente. — Eu fico extremamente tímido perto dele.

— Own. — Jongin fez um biquinho caçoando de seu amigo. — Ou você toma uma atitude ou eu irei tomar por você e você não irá gostar.

— Por favor, não. Não se intrometa nisso. — Praticamente implorou, temia bastante o que o amigo poderia fazer.

— Depende de você. — Deu um sorriso falso. Baekhyun bufou frustrado, não gostava da pilha que o melhor amigo colocava em si sobre o assunto. — Vamos logo que nossa aula vai começar.

Baekhyun levantou-se da mesa ainda desiludido com o assunto, não queria ser daquele jeito, muitas vezes preferia ser uma pessoa com mais atitude semelhante ao seu amigo.

Estava recolhendo seus pertences, quando viu o motivo de seus desesperos passar por si. Yixing estava lindo exatamente como nos outros dias, uma coisa admirável para qualquer estudante universitário do período noturno. Estava bem vestido, com um visual admirável, o cabelo molhado bem penteado e seus olhos pequenos sempre pareciam estar com um brilho único, que foram o que encantaram Baekhyun desde o primeiro instante, quando o conheceu. Ao avistá-lo, Yixing acenou para si, causando uma confusão mental em Baekhyun que começava a agir igual um adolescente de ensino médio devido ao jeito simpático de seu crush.

Jongin o sacudiu de leve, fazendo o acordar do transe, devolvendo o aceno, porém sendo mais desajeitado que o moreno. 

Yixing era estudante de geografia e ficava no mesmo andar que o seu por ser um andar dedicado mais a licenciaturas. Através de um amigo em comum de ambos, Minseok, acabou o conhecendo e os dois até se tornaram próximos, trocavam muitas mensagens no kakao e conversavam sempre através de status do instagram, Yixing era muito fofo e parecia ser boa companhia, algo que Baekhyun valorizava em um relacionamento, porque ele com certeza era uma pessoa de namoros e não da vida badalada que os solteiros esbajavam. Yixing, em sua concepção e em suas idealizações, parecia ser o namorado perfeito com o qual havia sonhado e talvez isso tenha o feito colocar pressão sobre si mesmo no intuito de tentar conquistá-lo, porque Baekhyun ficava extremamente nervoso ao seu lado. Gaguejava e chegava a se sentir inferior pela maneira desastrada que se tornava com a presença do chinês, todos diziam que ele nem percebia a mudança de comportamento e que Yixing parecia gostar muito de si, mas Baekhyun, depois de diversas falhas, começou a achar que o menino já não o achava mais interessante para um romance, focado apenas em uma amizade. Eram apenas as tolices que Baekhyun das quais tentava se convencer todos os dias, quando o via pelos corredores na pura perfeição que era.

Por isso Jongin irritava-se com Baekhyun, porque seu amigo colocava o estudante em um pedestal como se fosse inalcançável. E quanto mais Baekhyun enrolava para marcar algum encontro, mais sua mente o atormentava com suposições que fazia sobre Yixing e, como era Jongin quem escutava suas lamentações, era ele quem ficava estressado com o drama do amigo baixinho. Então ele o impulsionava a agir logo, porque até ele estava ficando agoniado perante a situação e Baekhyun sabia que devia fazer algo, antes de começar a se lamentar pelo fracasso. Não sabia direito como agiria, só sabia que estava completamente perdido por aquele chinês.

 


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado, não esqueçam de deixar a opinião de vocês aqui nos comentários!!!
Aliás eu quero saber de vocês... Acham que o Yixing será um grande empecilho na fanfic??? eu estou ansiosa para a teoria que vocês vão formar sobre Baekxing...
Me sigam no twitter sempre estou falando de fanfic por lá ♡ (eu tenho um grupinho de leitores que sempre está esperando por gente)


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