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História Submission - She calms my demons


Escrita por: cwbeIlo97

Capítulo 11 - She calms my demons


 


Estou deitada no sofá, debaixo do cobertor, imóvel, com a história de Taylor em minhas mãos. Fecho os olhos. Taylor não foi sempre gordinha e tímida, embora eu me lembre dela assim. Eu esqueci como ela era antes da morte dos nossos pais: brincalhona, impetuosa, magrela e, como dizia meu pai, meio moleca. Tudo isso mudou depois da morte dos meus pais.

Abro os olhos quando ouço C. entrar na sala. Não tenho mais a mínima intenção de discutir minha mumificação forçada. Parece que aconteceu há tanto tempo, e me parece também um tanto irreal. Ela se senta numa poltrona ao meu lado, cruzando as pernas. Passamos algum tempo sem falar. Sua presença, tão ameaçadora anteriormente, me conforta; há algo de anestesiante nela agora.

Por mim, e muito suavemente, diz:

- No começo, eu não conseguia entender por que Taylor ficava comigo, considerando-se tudo que eu fazia com ela, as chicotadas, a dor, a humilhação. Ela certamente não ficava comigo por prazer. Deve ser amor, eu disse a mim mesma; tem que ser amor. Suponho que fosse meu ego falando, acreditando que ela aguentaria qualquer coisa, até mesmo os atos mais contrários à sua natureza, só para manter meu amor.

Ela ergue a mão e aponta para a história de Taylor.

- Depois que li isso, mudei de ideia. Terminei com ela logo depois de ler tudo isso. Sabe, Lauren, eu até consigo sentir compaixão. Ela deixou de me divertir quando percebi o quão sérios eram seus problemas. Senti uma certa culpa por usá-la exclusivamente para me divertir. 

Não digo nada, sinto um cansaço imenso. Lá fora, o vento sopra suavemente. Já deve ser bem tarde.

- É tudo verdade? Ela realmente tentou se matar? E sobre decepar o dedo? Eu me lembro quando meu pai me ligou de Montana. Disse que ela tinha cortado acidentalmente, tentando cortar papel.

- Foi o que Taylor disse a seus pais. Eles jamais souberam a verdade sobre seu dedo, ou sobre ter tentado se matar.

- Mas você sabia. Poderia ter lhe dito que nada do que estava acontecendo ao redor dela, era realmente culpa dela.

- E você acha que não tentei? - Disse C. com suavidade. - É claro que eu disse que ela não foi responsável, mas ela não queria me ouvir. Sua culpa era maior, ela se sentia responsável até mesmo pela morte dos seus pais.

Olho para ela, sem compreender. 

- Se ela não tivesse tentado se matar, eles jamais teriam se mudado para Montana, e se não estivessem em Montana, não teriam morrido num acidente de carro.

Não digo nada, penso na lógica sem sentido de Taylor. Eu poderia tê-la ajudado se soubesse de tudo. Eu teria tentado. Mas ela contou a C. Eu era sua irmã, mas ela não me escolheu.

Afundo-me ainda mais no sofá, puxando o cobertor até o queixo; sinto-me cansada.

- Por que é que ela não me contou? - Pergunto em voz alta, mas C. não me responde. Ambas sabemos a resposta.

- Sente-se. - Diz ela, vindo em minha direção.

Chego para frente e ela se senta no sofá e me aninha em seus braços. Eu ponho a cabeça em seu peito e deixo que me abrace, sentindo o calor e a maciez do seu suéter. O que fez comigo mais cedo não prova que não seja uma assassina, mas não tenho medo dela. Não neste instante esta noite. Só quero que ela me abrace.


Notas Finais


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