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História Suddenly - Capítulo Dezesseis - Pt 1


Escrita por: buhhsmoak

Notas do Autor


Bom amores, aqui está mais um capítulo, mas ele não termina aqui.
No fim do dia vou postar mais um capítulo que tem a hot, não postei agora porque vai ficar muito extenso e eu não quero ter que tirar partes para não ficar gigante, quero postar tudo que escrevi.

Obrigada pelo carinho de todas, pelos acessos e comentários. Estou muito feliz com o sucesso da fic.
Espero que gostem do capítulo e do rumo que as coisas vão tomar a partir de agora.

=***

(sem revisão)

Capítulo 17 - Capítulo Dezesseis - Pt 1


POV ~ Emily Bett Rickards 

Dirigi tentando lembrar o caminho que fiz no dia anterior, mas sem o GPS as coisas eram mais complicadas e para ajudar meu celular estava sem bateria. Resolvi fazer um caminho mais longo, indo para minha casa e por lá seguindo para a de Stephen como fiz antes. 

O dia já estava começando a clarear quando acionei o controle da garagem que estava no banco do passageiro. Pelo tamanho da casa eu não deveria esperar que a garagem fosse pequena, mas aquela cabia uns cinco carros e ainda sobrava espaço. Parei na vaga perto da porta de acesso a casa e desliguei o carro. 

Fechei a porta da garagem e quando desci do carro agradeci a inteligência humana por pela luz com sensor de presença, o que facilitava minha vida em ter que ficar caçando o interruptor. Se tinha uma coisa que eu era péssima era em andar no escuro, a maioria dos meus hematomas eram por conta de achar que eu tinha essa capacidade. 

Abri a porta de trás pelo lado em que Mavi estava e peguei a mochila que estava no chão. Não queria acordar o Stephen, mas as chaves da casa estava com ele e não tive alternativa. 

- Stephen. – o chamei baixinho para não acordar a pequena, mas não adiantou muito. – Stephen. – Inclinei o corpo sobre a cadeirinha e apertei seu braço. – Ei, acorda.
- Oi. – acordando assustado. – Chegamos? 
- Sim, estamos na garagem. 

Ele se endireitou no banco e esfregou os olhos. Até mesmo com a cara amassada o filho da mãe conseguia ser lindo. 

- Preciso das chaves para ir abrindo a casa. – desviando os pensamentos que começavam a se formar sobre a beleza dele.
- É por senha e digital, vou lá abrir e volto para pegar a Mavi. 

Seguindo para os fundos da garagem ele não demorou muito até voltar. 

- Que alivio estar em casa com ela. – a soltando da cadeirinha e saindo do carro. 
- Ela parece bem melhor. – fechei a porta e fui pegar minha bolsa que estava na frente. 
- Vamos? – ele estava parado na porta me esperando.

Olhei para ele e naquele momento caiu minha ficha de que eu estava ali, com ele e a filha, sem ter ninguém para interromper ou espiar nossa vida. Há muito tempo eu não tinha essa liberdade da porta para fora do meu apartamento e senti um arrepio por saber para qual caminho aquilo poderia me levar.

Entramos em silêncio e as luzes iam acendendo enquanto caminhávamos pelos espaços comuns da casa. Eu estava extremamente chateada por nunca ter pensado em instalar essas coisas no meu apartamento, meus pés ficaria felizes em ter todos os dedos intactos por mais de uma semana.

- Me ajuda a coloca-la na cama? – parando no primeiro degrau da escada. – Assim você pode deixar suas coisas no quarto.
- Claro. – caminhei até ele, que me recebeu com um selinho. 
Subi logo atrás dele sentindo minhas pernas ficarem bambas. Eu tinha que arrumar um jeito de sobreviver pelo menos até a hora do almoço. Tínhamos muito o que conversar antes de qualquer coisa.

Apressei o passo e entrei no quarto antes para acender a luz do abajour, logo o teto e as paredes estavam cheios de estrelas, corações e flechas.

- Sério mesmo? – apontei para o abajur ao lado do berço. – Flechas?
- Ganhei de uma fã. Não tenho culpa que a Mavi gostou. – sorrindo enquanto acomodava a pequena no berço. 
- Que horas ela tem que tomar os remédios? – coloquei a mochila dela na poltrona e já fui tirando os papeis e os remédios que o médio receitou.
- Só daqui três horas. Preciso colocar os horários no quadro de avisos da cozinha.
- Quer que eu faça isso agora?
- Não, mais tarde eu faço. – cobrindo a pequena e se virando para mim. – Vamos descansar um pouco antes. – segurando minha mão e me puxando até estar com o corpo colado ao dele. – Obrigado por estar comigo hoje. Às coisas andam muito complicadas e ter você por perto torna tudo mais fácil de encarar.
- Não precisa agradecer. – respirei fundo sentindo o perfume dele e perdendo um pouco o rumo do que estávamos falando. 
- Porque você não vai para o quarto levar suas coisas e se trocar? – fazendo carinho no meu rosto.
- Acho que é melhor. – olhei para o berço onde a pequena dormia.
- Juro que não demoro e já vou lá te dar boa noite. – beijando a curva do meu pescoço.

Precisei de toda a força que consegui encontrar para sair dos seus braços e sair do quarto. Parei no corredor e me lembrei que não sabia em qual quarto eu iria ficar. Voltei, mas não entrei. Era mais seguro ficar no corredor onde as mãos dele estavam longe o bastante de mim.

- Esqueci de pergunta qual é o quarto.
- Indo para a escada é o primeiro à direita.
- Obrigada. – sai encostando a porta.

Segui pelo corredor e quando cheguei até a porta do quarto meu corpo pareceu levar um choque. Meus braços estavam arrepiados ao me deparar com o quarto que eu quase entrei no dia anterior.

- Stephen? – o chamei de onde estava.
- Sim. – ouvi sua voz vinda do quarto, mas ele não se aproximou.
- Porque eu estou na porta do seu quarto?

O silêncio fez com que eu tivesse mais tempo para sentir vergonha dos meus pensamentos.

- Porque eu pensei que poderíamos dormir juntos. 
- Não acho uma boa ideia. – me virei e ele já estava do meu lado, sorrindo.
- Porque não? - estávamos conversando baixo por causa da pequena, mas a voz grossa dele me arrepiava.
- Porque não. É seu quarto, você precisa descansar e eu também, em outro.
- E eu vou descansar, com você. – colocando as mãos na lateral da minha cintura, me levando para mais perto. Por instinto eu quase recuei, mas afastei esse impulso e me permiti sentir o carinho que ele fazia por baixo da minha blusa. 
- Não acho que devemos dormir juntos. Digo, dormir na mesma cama.
- Se você quiser tem os quartos de hospedes no andar de baixo, mas não entendo qual o problema de dormir comigo. Você já me conhece, sabe que vou te respeitar. – aproximando o rosto do meu. - Não vou fazer nada, só quero sua companhia depois de uma noite tão cansativa.

Nada nessa vida te prepara para lidar com homens como ele, que além de lindo, cumpriam suas promessas, mas isso não tornava as coisas fáceis para mim.

- Tudo bem, mas eu preciso de um tempo para me arrumar.
- O tempo que você quiser. – alcançando minha mão e enlaçando a dele.
- Vinte minutos, só preciso disso.

Um sorriso se formou em seus lábios e eu sabia que ele estava pensando muito além de uma troca de roupa. O tempo que passamos juntos nesses dois anos gravando Arrow me ensinaram a perceber quando as coisas eram interpretadas com duplo sentido por ele e pelo David.

- Vou me trocar. – bati em seu braço, rindo também.
- E eu vou terminar de ajeitar as coisas da Mavi. – segurando meu rosto e me dando um selinho. – E tenha certeza de uma coisa. – me dando mais um beijo. – Um dia você vai descobrir que vinte minutos é muito pouco para tudo o que eu já imaginei com você.

O sorriso dele era tão depravado que eu senti meu rosto queimar, mas não foi o único lugar que eu senti aquecer. Respirei fundo e só quando ele estava de volta para o quarto da filha eu me atrevi a abrir a porta do quarto.

Segui direto para o banheiro e tratei de me arrumar para um banho rápido. Nunca gostei de hospital e me sentia incomodada sempre que ia em um, só melhorando depois de um banho.

As coisas estavam indo rápido demais, mas ao mesmo tempo eu lembrava de todo incentivo que as pessoas ao nosso redor davam quando sabiam do que estava acontecendo, até mesmo a Fanta amoleceu e se colocou ao lado dele.

Passei longos minutos embaixo do chuveiro até que o vapor deixasse tudo embaçado. A pia do banheiro era de frente para o box e o espelho ia de uma ponta a outra da parede. Me deparei com meu reflexo embaçado, só permitindo que eu visse meu contorno. Passei a mão pelo vidro e fiz um caminho que permitisse ver meu rosto e parte do meu corpo e minha imagem fez com que eu imaginasse como seria estar ali com ele, de frente para o espelho e olhando em seus olhos enquanto fazíamos amor.

Eu era ciente de que estava gostando do Stephen a poucos meses, mas foram suficientes para imaginar muitas coisas que eu desejava viver com ele. Até aquele momento eu afastava todas as fantasias e vontades que eu tinha relacionado a ele, mas eu estava no quarto dele, tomando banho em seu banheiro e estava prestes a dormir com seus braços em volta de mim.

A voz de Lori repetia em minha mente que se fosse para dar errado com alguém que fosse com o Stephen, e ela tinha razão. Respirei fundo e tratei de me arrumar. Tinha trazido um moletom, uma camiseta e uma pantufa. Só no caminho para o hospital que eu me toque não estava indo para a casa de uma amiga, mas já era tarde demais. Ele teria que lidar com isso.

Sai do banheiro e o quarto estava vazio, olhei no visor do celular e vi que já tinha se passado mais de meia hora. Senti um aperto no peito em pensar que a Mavi pudesse ter piorado de novo, mas quando entrei no quarto dela me deparei com o Stephen deitado na cama ao lado do berço com a Mavi deitada em seu peito.

Aquela era uma cena incomum no meio que vivíamos, porque o tempo que temos para curtir nossa família era raro. Com todo cuidado peguei a pequena e a coloquei no berço, ela não estava com febre e parecia mais tranquila do que estava no dia anterior.

Quando voltei meu olhar para Stephen, ele estava me observando com um sorriso no rosto.

- Nem nos meus sonhos eu poderia imaginar ver uma cena dessas. 
- Está me espionando senhor Arqueiro?
- Sempre.

Sentei ao seu lado e ele me puxou para que eu deitasse com ele. Fiquei sobre seu peito com as mãos apoiadas em seu peito, só com parte do corpo sobre o dele.

- Obrigado por todo carinho e cuidado que você está tendo com a Mavi. – fazendo carinho em meu rosto.
- Sua filha é uma criança especial e é impossível não se apaixonar por ela.
- E por mim? É impossível também? – sorrindo.
- Quanta sutileza.
- Sou desses. – me dando um beijo nos lábios. – Sei que precisamos descansar e que prometi que conversaríamos depois de acordar, mas tem uma coisa que eu preciso falar para você antes.
- Então diga.

Senti meu coração dar um salto pela seriedade em seu rosto. Eu sabia que ele não era um homem de dizer aquilo que não sentia, essa era uma das qualidades do Stephen, ser sincero sempre e independente das consequências.

- Meu casamento terminou porque eu descobri que sou completamente apaixonado por você.

Eu não estava pronta para ouvir aquilo, acho que jamais estaria. Endireitei o corpo e fiquei encarando o Stephen sem saber o que dizer, sem saber como agir. Ele sentou na cama e se aproximou de mim, segurando meu rosto.

- Emily, eu não quero te assustar.
- Mas você tinha um casamento feliz, como você termina um casamento por achar que gosta de mim. – disparei sem pensar, mas era o que gritava em minha mente, eu precisava entender.
- Meu casamento foi feliz sim, eu passei dias maravilhosos com a Cassandra.
- Então? O que mudou? Porque mudou? – minha respiração estava tão rápida que comecei a ouvir um zumbido na minha cabeça.
- Emily, calma. – beijando meus lábios e me abraçando. – Primeiro preciso que você se acalme e lembre que você não foi culpada de nada, eu fui.
- Mas seu casamento. – o afastei, eu precisava olhar em seus olhos para acreditar que aquilo não era um pesadelo. 
- Meu casamento era bom, sim. Só que meu coração encontrou outro caminho e eu não podia enganar a Cassandra. Eu não terminei meu casamento por impulso do momento, demorei muito tempo para entender o que estava acontecendo, mais precisamente a segunda temporada inteira. – sorrindo.
- Segunda temporada? Inteira? – minha voz falhou em pensar que eu estava gravando com ele sem saber o que acontecia.
- Sim, acho que até antes, mas foi no começo da temporada que eu comecei a te olhar de outro jeito e perceber que estava ficando mexido com isso. Só consegui ter a certeza meses depois e quando não suportava mais nem beijar a Cassandra por pensar em você abri o jogo com ela.

Era muita informação para absorver de uma vez. Levantei, fugindo de seu toque, e me aproximei da janela que tinha do outro lado do quarto. Abracei meu corpo tentando organizar meus pensamentos e ele respeitou meu espaço, não veio até mim e não disse mais nada até que eu tivesse condições de reagir.

- Quando terminamos de gravar a cena em que o Oliver leva a Felicity para a mansão e diz que ela tinha que ficar lá, mas a que gravamos o beijo, eu demorei para entender porque meu coração estava tão disparado. Eu fui para meu camarim e passei quase uma hora vestida de Felicity tentando me convencer que aquela reação era por ela e não por mim. – me virei e o encontrei de pé no meio do quarto, me encarando. – Eu não queria aceitar o que estava sentindo e passei todo o período de nossas férias perturbada com isso. Você era casado, com uma filha pequena e eu estava me apaixonando por você de um jeito que cheguei ao ponto de pensar em pedir para sair da série.
- Você teria coragem de sair da série e abandonar seu sonho por mim? Por não querer estar apaixonada? – a voz dele era quase decepcionada, mas ele se esforçou para que eu não percebesse isso.
- Não por não querer, Stephen. O problema é que eu queria, e mesmo fugindo de você eu sempre esperava ansiosa por nossas interações e nas últimas vezes que gravamos eu perdi o controle em cena porque não consegui deixar a Emily fora do estúdio para dar espaço para a Felicity.

Meu desespero para que ele entendesse que eu queria estar com ele fez com que meus olhos se enchessem de lágrimas. Não tinha nada que eu queria mais do que estar com ele, mas saber que fui responsável pelo fim do casamento dele não me ajudava a manter o controle.

- Emily. – se aproximando, segurando meu rosto entre as mãos. – Eu queria ter te conhecido em outra época onde a coisas seriam mais fáceis, mas a vida quis que nos conhecêssemos do modo que foi e eu não poderia manter um casamento quando eu queria estar com você. Não podia dormir ao lado dela com você em meus pensamentos. Não quero que você se sinta responsável, porque você é maravilhosa Emily e tenho certeza que jamais permitiria que eu abrisse mão da família que eu tinha por você, mas eu não sei enganar, não sei mentir e não tinha mais como levar a diante um casamento em que eu tinha carinho pela mãe da minha filha e não amor por ela como esposa. Esse amor é seu, Emily.

Eu queria dizer o mesmo, queria dizer que também amava ele, mas não consegui. O aperto em meu peito fez com que eu segurasse seus braços e o trouxesse para mim, unindo nossos lábios. Queria dizer que fui romântica e que nosso beijo foi cheio de carinho, mas não foi. Eu tinha que sentir que estávamos realmente ali e quando os braços dele envolveram minha cintura eu senti o alivio por não estar sonhando. 



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