1. Spirit Fanfics >
  2. Summer In Love - (JIKOOK) >
  3. 49: the meeting

História Summer In Love - (JIKOOK) - 49: the meeting


Escrita por: jigguklgbt

Capítulo 50 - 49: the meeting


Fanfic / Fanfiction Summer In Love - (JIKOOK) - 49: the meeting

P A R K  J I M I N

A primeira semana sem o Jungkook na mesma sala de aula foi bem chata, e eu fiquei sentindo aquela sensação incomum de vazio.

A primeira coisa que eu notei foi como era estranho ver o lugar atrás de mim vazio, pois Jungkook sempre se sentava ali. Também era estranho não fazer atividades em dupla com ele, sentir os seus carinhosos despretensiosos durante momentos aleatórios da aula ou simplesmente conversar sobre coisas bestas ao decorrer da aula.

O nosso grupo apresentou o trabalho de literatura que fizemos juntos, e eu não consegui deixar de ficar chateado mais uma vez pelo fato de que Jungkook nos ajudou bastante na pesquisa e em fazer os cartazes para no fim nem conseguir apresentar conosco.

Putz grila, aquilo não era nenhum pouco justo com o meu amorzinho.

O diretor conseguiu conversar com a professora e eles deixaram Jungkook escolher o grupo que quisesse para apresentar o trabalho em sua nova sala, e é claro que ele escolheu o grupo de Namjoon, Yoongi e Hoseok. Então ele só tinha que estudar sobre o tema do trabalho dos meninos já que tudo estava pronto.

Nós ficávamos bem felizes quando nos encontrávamos na hora do intervalo, ele passou a comprar um bolinho de morango que estava sendo vendido na cantina para comermos juntos e conversávamos sobre as aulas chatas que iríamos ter nos próximos horários.

— Depois do intervalo vamos apresentar o trabalho de literatura. — Jungkook disse, enquanto colocava o bolinho de morango entre nós na mesa.

— Foi difícil aprender o tema do trabalho? — Perguntei.

— Nenhum pouco, mas eu estudei tanto na noite passada que fui dormir bem tarde.

— Acho que você vai ter uma bela tarde de sono hoje.

— Hoje tenho ensaio, mas vou tentar descansar um pouco antes de ir.

— É bom mesmo.

— Oi pessoal. — Disse Seokjin hyung, sentando-se logo em seguida

Antes da aula acabar, Jin saiu mais cedo dizendo para a professora que tinha assuntos sérios da escola para tratar, então ele estava bem atrasado para o intervalo.

— Onde é que você estava? — Taehyung perguntou.

— Estava com os membros do grêmio estudantil, meu querubim. — Jin olhou para mim e para Jungkook. — Ainda durante essa semana vamos ter uma reunião do grêmio estudantil com todos os alunos da escola para conversarmos sobre vocês sabem o quê.

— Hyung, eu ainda acho que você não deveria fazer isso. — Falei. — Sei que quer nos ajudar, mas não quero que você se dê mal.

— Não se preocupe, Jimin, além disso é algo que vai ajudar a todos nós, então apenas relaxe. — Ele sorriu. — Aquele grêmio sem mim é a mesma coisa que nada, o diretor não vai ter o que fazer, então confie no seu amigo aqui.

Jin tinha razão, eu deveria confiar nele.

Mesmo que eu estivesse preocupado sobre essa história, o hyung sempre tinha uma solução para tudo, então eu tentei pensar positivo e aguardar para ver o que ele teria para dizer durante a tal reunião.

Fiquei até ansioso.

Quando o sinal tocou para o fim do intervalo, suspirei por causa do tédio já que teríamos aula de educação física. Eu, Jin e Taehyung fomos nos trocar no vestiário assim que percebemos que estava um pouco mais vazio. 

— Minha nossa, escolhi a pior hora para vir. — Reconheci a voz de Moon Jiwoon. — Os viados estão todos reunidos no vestiário.

Eu e meus amigos nos entreolhamos.

— Quem é o "viado" que ousaria olhar pra você? — Seokjin hyung perguntou. — Só se ele for muito doido.

— Acho que o único que eu gostaria que me olhasse seria o Jungkook, eu não suporto gay, mas ele é tão bonito que eu não me importo. — Moon Jiwoon disse enquanto olhava para mim. — Que pena que foi ele quem mudou de sala, deveria ter sido você. 

— Que porra você está falando? — Perguntei.

Ele sorriu.

— É só que quando eu e alguns colegas da nossa turma falamos sobre vocês dois para o diretor, eu esperava que você quem mudasse de sala, assim eu teria o Jungkook só pra mim.

— Então foi você? — Eu ri, mesmo que a situação não fosse engraçada. — Qual a porra do teu problema, cara?

— Meu problema é você, Park Jimin. Eu simplesmente te odeio.

— Você é louco. — Falei. — E saiba que eu também te odeio, não sou de brigar, mas eu daria tudo pra arrebentar essa sua cara nojenta na porrada.

Tae segurou o meu braço.

— Amigo. — Ele disse. — Vamos pra aula, deixa esse maluco.

— O Tae tem razão. — Jin hyung se aproximou. — Sei que você está puto, mas não deveria perder o seu tempo logo com esse daí.

— Isso mesmo, o karma vai vir algum dia.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, o professor Baek apareceu no vestiário.

— O que vocês ainda estão fazendo aqui? — Ele perguntou.

— Desculpa prof. — Jin hyung sorriu. — Estávamos no meio de uma conversa interessante aqui.

— Vão pra quadra. — Mandou o professor, então ele apontou para Moon Jiwoon. — Você, deixe de lerdeza e vista logo o seu uniforme.

— Já estou indo, professor. — Moon Jiwoon me olhou uma última vez antes de entrar em uma das cabines do vestiário.

Eu e meus amigos fomos para a quadra, onde Seulgi já estava nos esperando, parecendo brava com a nossa demora. Contamos para ela sobre o que rolou no vestiário e eu vi a minha amiga ficando ainda mais brava.

Moon Jiwoon não falou mais nada depois daquilo.

Eu estava com muita raiva e tinha certeza de que não pensaria duas vezes antes de cair na porrada com ele.

Infelizmente, eu já tinha chegado ao meu limite.

Durante o trabalho naquela tarde, eu e o Heechul montamos uma estante nova para por uns discos de lançamento.

Meu chefe estava super empolgado com o que estava acontecendo no mundo da música em 1985.

E eu tinha que concordar com ele, era incrível.

Trabalhar em uma loja de discos me permitia conhecer todo o tipo de música, conhecer bandas novas e cantores incríveis.

— Eu vou te dar uma fita do Megadeth, você não vai se arrepender. — Ele disse enquanto estávamos terminando de arrumar os discos na estante nova.

— Se você está dizendo isso então é sinal de que eu não vou me arrepender mesmo. — Empilhei algumas caixas vazias. — Acho que terminamos, hyung.

— Aaah cara, isso está lindo. — Ele admirou a estante. — Fizemos um bom trabalho.

— Sim, nós fizemos.

— Oi meninos. — Momo entrou na loja, trazendo consigo algumas sacolas de supermercado. — Dêem uma pausa, vamos lanchar.

— Já terminamos.

— Dessa vez vocês foram rápidos. — Ela sorriu.

Momo tirou os pacotes de doritos de dentro da sacola, ela me entregou um pacote, em seguida para Heechul e ficou com um para ela, então nos entregou as latinhas de refrigerante. Eu a observei enquanto ela caminhava até o toca-fitas e a vi trocando uma fita dos Ramones por uma da Janis Joplin.

Logo "Piece Of My Heart" começou a tocar.

— Vamos, Jimin. — Heechul disse. — Conte tudo o que está acontecendo na sua vida nesse momento.

— Por que sobre a minha vida? — Perguntei.

— Sua vida é interessante. — Momo respondeu.

— Isso mesmo. — Ele concordou. — Mas não é só por isso tá, eu quero dar conselhos ao meu pupilo.

— Seus fofoqueiros. — Eu ri.

Mas, claro que contei tudo sobre a semana um tanto "agitada" que tivemos. Falar sobre Moon Jiwoon passou a ser complicado, pois era difícil conter a minha raiva, mas eu decidi falar sobre ele também.

Heechul como sempre me deu bons conselhos, ele e Momo me deram um abraço e disseram que eu podia sempre contar com eles.

Eu estava muito feliz por ter bons amigos.

No fim do meu expediente, me despedi dos dois e finalmente fui para casa, o caminho foi tranquilo já que o trabalho não era tão longe e quando entrei em minha residência, franzi o cenho ao ver a minha mãe e o Yusheng bem arrumados.

— Nós vamos sair para nos divertir um pouco, querido. — Minha mãe disse, antes de se aproximar e deixar um beijo na minha bochecha.

— Ah, ok. — Sorri.

— Querem que eu deixe dinheiro para vocês pedirem alguma coisa pro jantar? — Yusheng perguntou.

— A gente faz um lámen. — Disse Chenle e eu concordei. 

— Então tá bom. — Minha mãe sorriu. — Se divirtam e não vão dormir muito tarde.

— Pode deixar mãe. — Sorri.

Os dois se despediram, então finalmente saíram de casa.

— Que história é essa que você quase matou o Moon Jiwoon? — Chenle perguntou. 

— Oi?

— Foi o Jin hyung que disse.

— Isso não aconteceu.

— Ele disse que parecia até que iriam sair faíscas de você, de tanto ódio que estava sentindo.

— O que aconteceu foi que a gente discutiu no vestiário, mas não teve porrada por mais que eu quisesse.

— Você querendo bater em alguém? — Chenle riu. — A coisa deve estar séria mesmo.

— Vamos esquecer esse vagabundo, só me deixa bravo. — Baguncei os cabelos do meu irmão. — Vai fazer o lámen, eu vou tomar um banho.

— Ok.

— E cuidado pra não queimar a casa, seu doidinho.

— Cala a boca, eu melhorei bastante nas minhas habilidades culinárias.

— Ahãm, sei.

— Calado!

Eu ri.

Era sempre bom atormentar o pirralho.

Subi as escadas e fui para o meu quarto onde me livrei das minhas roupas e finalmente fui tomar um banho.

Putz grila, aquele dia foi tão estressante que eu só queria jantar, ver algum filme e finalmente dormir, eu precisava mesmo ter uma boa noite de descanso.

Eu ainda não tinha falado para Jungkook sobre a discussão com Moon Jiwoon no vestiário e estava me preparando mentalmente para isso. Era provável que o meu amorzinho ficasse bem chateado ao saber que foi Moon Jiwoon mais uma vez que tentou nos fazer o mal.

Suspirei.

Sério, aquilo tudo era uma droga.

Tentei esquecer um pouco aquele assunto e vesti o meu pijama, indo diretamente para a cozinha e encontrando o bobo do meu irmão "cozinhando" bem longe da panela com medo de alguma coisa grave acontecer. 

É claro que eu ri dele e Chenle obviamente brigou comigo, dizendo que eu era tão ruim na cozinha quanto ele.

O que era obviamente mentira, já que eu com certeza era melhor.

Depois de uma discussão boba, eu o ajudei a terminar de cozinhar o lámen e fomos comer na sala enquanto assistíamos um filme qualquer de ação. Era um filme com uma história meio sem sentido, mas mesmo assim nós assistimos até o final.

Quando terminamos de comer, nós tomamos sorvete e então lavamos e enxugamos as louças.

— O que você vai fazer agora? — Perguntei para Chenle.

— Eu tenho umas atividades de matemática. — Suspirou. — Que ódio, não queria nem lembrar.

Eu ri.

— Eu acho que vou estudar um pouco pro vestibular.

Peguei a gatinha que estava deitada no sofá, então subimos as escadas juntos.

— Você está nervoso sobre o vestibular?

— Não. — Respondi. — Estou me dedicando aos estudos, então acho que vou bem.

— Claro que vai. — Ele disse ao parar na porta de seu quarto. — Boa noite irmão, qualquer coisa você pode me gritar. 

— Boa noite pirralho. — Respondi, então entramos em nossos quartos.

Coloquei a gata em cima da minha cama, fechei a porta e então peguei um livro qualquer para estudar antes de dormir.

Eu não estava muito concentrado, mas continuei lendo já que não tinha mais nada para fazer. Na verdade eu estava mesmo era esperando a ligação de Jungkook, queria ouvir a voz dele antes de dormir.

Por isso quando o telefone tocou eu rapidamente atendi, logo ouvindo a sua voz maravilhosa do outro lado da linha.

Estava me esperando? — Perguntou.

— Estava, meu amorzinho.

Tão lindo. — Jungkook riu. — O que você está fazendo?

— Tava estudando entre aspas, não estava tão concentrado assim. — Fechei o livro. — Hm, Jungkook… Na verdade, eu preciso te contar uma coisa. 

Sério? Também tenho que te falar uma coisa, mas vou deixar você falar primeiro.

— Ok. — Suspirei. — É que na aula de educação física hoje, eu acabei discutindo com o Moon Jiwoon e eu fiquei tão bravo que acho que iria me meter em uma briga se o Taehyung e o Seokjin não estivessem lá. 

Sério? E o que aconteceu?

— Foi ele e algumas pessoas da nossa sala que estavam incomodados com o nosso comportamento como um casal na sala de aula.

Merda, eu sabia que esse cara estava envolvido nisso.

— E ele ainda disse que esperava que eu quem tivesse mudado de sala, assim ele "teria você só pra ele". — Tentei imitar a voz chata do Moon Jiwoon.

Nunca vi alguém tão sem noção.

— Nem eu.

Hyung?

— Oi?

Então você ia brigar? Não sabia que você era assim.

— E não sou, só fiquei muito estressado.

Até assim você consegue ser fofo.

— Putz grila. 

Jungkook riu.

Eu queria ter visto.

— Não queria não. — Falei. — Agora me diz o que você tem pra me contar.

Na verdade é uma pergunta.

— Pergunte. 

Amanhã à tarde você pode me acompanhar até o aeroporto? É porque vou me despedir do meu pai já que ele vai se mudar para outro país.

— Acompanho sim.

Ok, vou te falar o horário direitinho.

— Tá bom, meu amor.

Eu e Jungkook conversamos sobre o horário em que o voo do seu pai iria sair, e ele me disse que o senhor Jeon iria se mudar para os Estados Unidos junto com a sua namorada, já que a mãe dela era de lá.

Tirei as suas dúvidas sobre uma matéria que ele estava estudando para o vestibular, então nós mudamos de assunto para falar sobre as coisas aleatórias que aconteceram no nosso dia.

Assim que desligamos, eu apenas fui escovar os dentes para dormir.

Peguei no sono rapidamente enquanto abraçava a minha gatinha.

J E O N  J U N G K O O K

Quando eu e o Jimin hyung chegamos no aeroporto, meu pai e a namorada dele já estavam lá esperando para embarcar. Nós os cumprimentamos e então ficamos ali esperando junto à eles.

O meu relacionamento com o meu pai ainda não estava cem por cento, mas eu estava me esforçando muito para que tudo desse certo. Ele parecia realmente arrependido do que havia feito e eu o perdoei, mesmo que fosse impossível não pensar no passado, eu realmente estava tentando manter as coisas agradáveis.

Sobre a minha madrasta, nossa relação era ok. Nunca nos aproximamos, nem mesmo durante os anos que se passaram, mas eu a respeitava assim como ela me respeitava.

Quando foi anunciado que o voo deles seria o próximo a decolar, nós os acompanhamos até o portão de embarque.

Então nós nos despedimos.

Meu pai me deu um abraço forte e eu retribui na mesma intensidade. Foi um abraço demorado e caloroso, senti até um carinho em meus cabelos.

Algo que ele nunca havia feito antes.

Quando nos afastamos e eu o encarei.

Meu pai estava chorando.

Fiquei sem reação naquele momento, então apenas o abracei novamente.

— Por favor, me desculpe por tudo o que eu fiz. — Ele disse.

— Eu já te perdoei, pai.

Ele segurou o meu rosto.

Saiba que eu tenho muito orgulho de você, meu filho.

Outra vez fiquei sem ter o que dizer.

O voo foi anunciado novamente, meu pai me deu mais um abraço. Em seguida a minha madrasta me abraçou também.

— Foi um prazer te conhecer, Jungkook. — Disse Soo Eunyoung. — Queria ter tido a oportunidade de ficar mais próxima de você.

— Eu também. — Respondi.

Então, eles foram se despedir do Jimin.

Minha madrasta segurou a mão dele.

— Eu não sabia do relacionamento de vocês, então me perdoe se eu tiver falado ou feito algo de errado no dia em que nos conhecemos. — Ela sorriu. — Mas saiba que Jungkook é um rapaz de sorte, você é muito bonito e parece ser um amor de pessoa.

Jimin sorriu.

— Muito obrigado.

Já meu pai o abraçou e o hyung pareceu tão surpreso com aquilo que nem conseguiu retribuir antes dele se afastar.

— Cuide bem do meu filho, Jimin.

— E-Eu vou sim.

Meu pai sorriu.

— Você é um bom rapaz.

— Obrigado, senhor Jeon.

— Então nós já vamos. — Meu pai segurou a mão de Soo Eunyoung. — Vou ficar torcendo para que vocês dois consigam passar no vestibular.

— Tá bom, pai.

— Tchau meu filho, tchau Jimin.

— Tchau. — Respondemos juntos.

— Tchauzinho meninos. — Soo Eunyoung acenou.

Os dois caminharam juntos até o portão de embarque e antes de entrar, eles se viraram e acenaram com sorrisos em seus rostos.

Eu e Jimin também acenamos. 

Quando eles finalmente entraram, eu suspirei.

Meu deus, eu estava sentindo tantas coisas inexplicáveis naquele momento.

— Meu pai disse que tem orgulho de mim. — Falei.

Aquilo foi mesmo real?

— Sim, ele disse. — Jimin sorriu. — Você está feliz?

Eu sorri.

— Estou sim.

— Eu estou feliz por você. — O hyung segurou a minha mão. — Vamos? Você ainda tem que ir pro ensaio.

— Vamos sim.

Nós saímos do aeroporto em silêncio e durante o caminho para o ensaio, fiquei pensando em meu pai e em todas as coisas que ele havia dito.

Eu não sabia que precisava tanto ouvir que ele sentia orgulho de mim, não sabia que precisava tanto ver ele tratando bem a pessoa que eu amava e talvez até estar nos aceitando.

Eu simplesmente não conseguia explicar em palavras a felicidade que eu estava sentindo naquele momento.

A sensação de que um peso foi retirado de minhas costas era incrível.

O que o perdão era capaz de fazer era incrível.

Quando Jimin parou em frente a casa de Namjoon, eu peguei o minha guitarra que eu havia deixado no banco de trás e o encarei.

— Quer assistir o ensaio?

Eu sabia que ele tinha que ir trabalhar e não queria abusar da boa vontade de Heechul, mas apenas senti vontade de perguntar aquilo.

— Eu tenho que trabalhar. — Ele riu. 

— Tudo bem, meu amor.  — Deixei um selinho em seus lábios. — Você pode ver um outro dia.

— Putz grila. — Jimin beijou a minha testa. — Me deu vontade de ver agora mesmo.

— E o seu trabalho?

— Não se preocupe, vou pedir o telefone do Namjoon hyung emprestado e ligo para o Heechul.

— Então vamos lá.

Nós saímos do carro, então entramos na casa do Namjoon diretamente pela garagem que estava aberta naquele momento. 

Eles estavam todos reunidos nos sofás antigos que haviam ali, provavelmente conversando sobre o festival.

— O pirralho chegou. — Disse Yoongi.

— Cala essa boca.

— Ah, cala você. — Yoongi me mostrou o dedo do meio.

Ignorei esse cara.

— Hoje o meu amor vai assistir o nosso ensaio, então arrasem.

— Finalmente ele vai ver um ensaio. — Taehyung se levantou e abraçou o Jimin. — Mas nós vamos tocar aquela música na frente dele?

— Claro que não, essa ele só vai poder ouvir no festival.

— Putz grila. — Jimin disse. — Ah Namjoon, me empresta seu telefone pra eu ligar pro Heechul?

— Claro, Jimin. — Namjoon se levantou e caminhou em direção a porta da garagem. — Vamos lá.

Peguei a minha guitarra e conectei no amplificador enquanto ouvia Hoseok dizer que estava pensando em algumas roupas para usarmos em nossa apresentação do festival.

Quando Jimin e Namjoon voltaram de dentro da casa, meu namorado sentou no sofá onde os hyungs estavam antes, então nós nos preparamos para começar a tocar.

— Antes de começar. — Falei no microfone. — Jimin hyung, eu gostaria de dizer que você é lindo pra caralho.

— Minha nossa, começa logo, seu viado. — Yoon gritou.

Eu ri não só pelo que Yoongi havia dito, mas também pela caretinha que Jimin havia feito e pelas bochechas adoráveis que ficaram vermelhinhas naquele momento. 

Então finalmente começamos o nosso ensaio.

Nós tocamos mais de uma vez algumas das músicas que iríamos tocar no festival, então tocamos algumas outras que Jimin havia pedido.

Aquele ensaio estava tão aleatório que em algum momento chamei Jimin para o palco improvisado e juntos começamos a cantar "Hello, Goodbye" dos Beatles e em seguida "More Than a Feeling" do Boston.

Foi muito divertido. 

Quando ficamos cansados, nós nos sentamos e começamos a conversar. Também estávamos famintos, então Taehyung teve a ideia de ligar para Seokjin e pedir para ele trazer algo para comer.

O hyung não demorou a chegar, trazendo sacolas do mercadinho do seu pai.

Nós comemos enquanto contávamos para ele sobre o ensaio e Jin falou que também queria cantar conosco, por isso que depois nós todos fomos direto para o palco e voltamos a nos divertir.

Fomos embora da casa do Namjoon bem tarde, mas todos com sorrisos em seus rostos depois de passarmos um momento divertido entre amigos.

Na manhã de uma quarta-feira, Jimin me passou alguns materiais de literatura para que eu pudesse estudar para o vestibular, então depois do almoço naquele dia, eu me deitei em minha cama e comecei a ler os conteúdos, com os meus gatos deitados ao meu lado.

Eu estava lendo alguma coisa sobre a escritora Virginia Woolf quando escutei o telefone de meu quarto tocar.

Marquei a página que eu estava lendo com uma caneta e fechei o livro antes de me sentar na cama e tirar o telefone do gancho.

— Alô?

Olá Jungkook.

Era Moon Jiwoon.

— Onde você conseguiu o meu número?

Não lembra que você me passou quando estávamos começando a ser amigos?

Porra, por que diabos eu fiz isso?

Suspirei.

— É melhor você parar com isso e deixar eu e o Jimin em paz. — Falei em tom de ameaça. — Não se atreva a me ligar novamente, ou eu te caço e te meto a porrada.

Antes que eu pudesse desligar, Moon Jiwoon começou a falar.

Fiquei sabendo que a sua banda vai tocar no festival, vou estar lá pra te prestigiar.

— Você não é bem-vindo. — Desliguei o telefone.

Naquele momento eu havia entendido porque Jimin havia chegado ao seu limite, era impossível não ficar com raiva ao ouvir a voz daquele cínico.

Era realmente impossível.

Eu sabia que provavelmente ele iria começar a me atormentar ligando para o meu telefone, então fui até a sala onde a minha mãe estava sentada comendo algumas frutas e assistindo TV e me sentei ao lado dela no sofá.

Junseok havia saído mais cedo para comprar algumas coisas para o restaurante.

— Quer uvas? — Ela perguntou.

— Não mãe, obrigado. — Sorri. — Podemos conversar?

— Claro que podemos. — Ela deixou o pote com uvas na mesinha de centro, abaixou o volume da TV e voltou toda a sua atenção para mim. — Pode falar.

— Eu posso trocar meu número de telefone?

Minha mãe franziu o cenho.

— Algum problema?

Suspirei.

Aquela era a primeira vez que eu iria falar sobre o nosso problema com Moon Jiwoon para a minha mãe.

— Sim mãe, tem um problema sim.

— Jungkook, o que está acontecendo? — Sua expressão imediatamente mudou, ela parecia estar preocupada.

— Vou te falar sobre um cara que se chama Moon Jiwoon, ele é lá da escola.

Depois de um tempo tentando criar coragem, eu finalmente comecei a contar.

Comecei pela parte em que começamos a ser "amigos" quando as aulas voltaram após às férias de verão, falei que no começo ele era estranho com o Jimin e que eu notava isso mas achava que era apenas coisa da minha cabeça. Então falei sobre os boatos que começaram a surgir sobre ele na escola, sobre Moon Jiwoon ter nos dedurado para o diretor quando fugimos da escola para ir até a cachoeira, sobre o possível envolvimento dele com Jackson, o cara que já me agrediu por eu ser gay.

Minha mãe parecia chocada a cada coisa que ouvia, principalmente quando eu disse sobre Moon Jiwoon ter empurrado Jimin na aula de educação física e sobre o dia em que eu conversei com Jackson sobre o plano dos dois para separar eu e o Jimin.

Contei tudo o que eu e o Jimin estávamos passando por causa daquele garoto e não deixei nenhum detalhe de fora.

Quando terminei de falar, minha mãe apenas me abraçou e eu retribui o seu abraço.

— Você e o Jimin deveriam ter falado sobre isso antes. — Ela sussurrou. — Vocês não deveriam ter passado por tudo isso sem contar pros seus pais, meu filho.

— Eu sei mãe, me desculpe.

— Tudo bem, meu amor. — Ela beijou a minha testa. — Eu vou trocar o seu número de telefone, ok?

— Muito obrigado.

— Olha só, se esse Moon Jiwoon ousar fazer alguma coisa com você e com o Jimin, eu juro que vou tomar providências. Isso não vai ficar assim.

— Ok.

— E por favor, você e o Jimin tem que começar a contar as coisas pra gente.

— Nós vamos contar, mãe. — Sorri. — Vou conversar com o hyung sobre isso.

— É bom mesmo, vocês não tem que passar por todos esses problemas sozinhos e sem o apoio dos seus pais.

— Você tem razão.

— Vem aqui. — Ela me abraçou novamente. — Eu sempre estarei com você, meu amor.

Era ótimo ter o apoio da minha mãe, então eu decidi que nunca mais iria esconder nada dela e nem do Junseok.

Naquele momento enquanto eu estava em seu abraço, me senti protegido como se o mundo não fosse páreo contra ela.

Aquele abraço era tudo o que eu precisava.

— Aí cara, o festival está chegando e eu tô tão nervoso sobre isso. — Disse Taehyung. — É a primeira vez que que vou me apresentar em um palco grande e com muitas pessoas na plateia.

— Relaxa. — Namjoon bagunçou os cabelos do Tae. — Você está indo muito bem nos ensaios, então com certeza vai se sair muito bem na nossa apresentação.

Depois de mais um dia de ensaio, eu e os meus amigos estávamos reunidos na lanchonete de sempre, conversando obviamente sobre o festival que já iria acontecer a duas semanas.

— Ainda não decidimos os nossos looks. — Disse Hoseok. — Quero parecer incrível naquele palco.

— Meu amor, acho que você fica lindo até usando trapos. — Yoongi elogiou o namorado.

— Não. — Ele riu. — Tudo menos trapos.

— Podemos ir no shopping agora. — Sugeri. — Se vocês não tiveram mais nada pra fazer, é claro.

Todos concordaram em ir, então terminamos de comer os nossos lanches, pedimos um milkshake e pagamos a nossa conta, logo saímos da lanchonete e fomos para o carro do Hobi para que ele pudesse nos levar ao shopping.

Eu não fazia ideia de que tipo de look eu iria usar pra nossa apresentação, por isso fui pensando durante o caminho, pedindo a opinião dos meninos e também ouvindo eles falarem as suas ideias de looks que gostariam de usar.

Ao chegarmos no shopping, nós entramos na primeira loja que vimos para procurar alguma coisa interessante, mas nada fazia o nosso estilo, por isso saímos dali e fomos em outra loja.

Eu ainda estava indeciso enquanto os outros já estavam encontrando peças que lhe cairiam bem.

Até que ouvi Hobi me chamando e eu lhe segui até uma parte da loja.

— Que tal esse look do manequim? Achei a sua cara.

O manequim estava vestido com uma calça e jaqueta de couro, camisa de gola alta preta por baixo da jaqueta, cinto de spikes e um coturno.

— Acho que esse está bom, hyung. — Sorri. — Eu só não levaria o coturno porque quero usar um que eu tenho casa e eu acho usaria mais alguns acessórios. 

— Então você deveria levar.

— Só vou ver como vai ficar no provador.

Peguei as peças que estavam em uma mesa ao lado do manequim, estão cada um entrou em um provador para vestirmos as roupas e vermos como iria ficar.

Assim que ficamos prontos, decidimos sair ao mesmo tempo para julgarmos as roupas um do outro.

Quando abrimos as portas do provador e vimos como todos estávamos, começamos a rir não porque estava ruim, mas sim porque estávamos fodas pra caralho.

— Meu deus, nós estamos vestidos como verdadeiros astros do rock. — Disse Taehyung. — Sério, eu amei.

— Eu também. — Namjoon sorriu. — Vamos arrasar, caras.

Nós já estávamos super animados para o festival porque estávamos indo muito bem nos ensaios, mas depois de nos vermos bem vestidos daquele jeito, a animação ficou ainda maior.

Voltamos para o provador e vestimos as roupas que estávamos antes, depois fomos pagar as nossas compras.

Saímos da loja conversando sem parar sobre as nossas expectativas para a nossa apresentação e sobre como deveríamos comemorar depois que sairmos do palco.

— Galera, um momento. — Disse Yoongi assim que passamos em frente à um estúdio de tatuagem. — Quero colocar um piercing novo na orelha, vocês podem esperar?

— Claro. — Concordamos, então entramos junto com ele no estúdio.

Eu me sentei em uma poltrona que havia ali e peguei o portfólio do tatuador que estava em cima de uma mesinha para olhar os seus trabalhos. Enquanto passava as páginas, tive a certeza de que no futuro eu gostaria de fazer várias tatuagens.

Já tive até algumas ideias do que eu gostaria de fazer.

O portfólio daquele tatuador não tinha somente tatuagens, mas também tinha algumas fotos de piercings que ele já havia feito e quando os meus olhos pararam em uma imagem de um piercing na sobrancelha, eu subitamente senti uma vontade enorme de fazer.

Minha mãe iria me matar se eu fizesse aquilo? Provavelmente.

Mas eu queria tanto.

— Eu acho que vou fazer um piercing na sobrancelha. — Falei.

Pra minha surpresa, meus amigos me apoiaram.

— Super combina com você. — Disse Namjoon.

— Sim, amigo. — Taehyung sorriu, como se estivesse me encorajando. — Apenas faça.

— Então está decidido, eu vou fazer.

Quando Yoongi saiu de dentro da salinha que estava com o tatuador, eu falei sobre o piercing que eu queria fazer e ele disse que poderia fazer naquele exato momento se eu quisesse, e é claro, eu queria.

Nós fomos para a sala onde ele antes estava com o Yoongi, eu me deitei na maca que havia ali, assistindo enquanto o homem esterelizava os materiais necessários.

— Vai doer muito? — Perguntei assim que ele se aproximou.

— Se eu dissesse que não dói estaria mentindo. — Ele riu. — Mas vai passar tão rápido que você não vai perceber.

— Certo, cara, então só fura isso logo. — Fechei os meus olhos, como se fosse doer menos se eu fizesse isso.

— Ok, lá vai. — O homem disse, então furou.

Era bem rápido como ele havia dito, mas doía para um caralho, principalmente na hora de substituir o cateter pela joia.

Quando ele enfim terminou, eu abri os meus olhos e ele me entregou um espelho para que eu pudesse ver como havia ficado.

Eu ri.

— Puta merda, eu fiz um piercing. — Eu não parava de sorrir enquanto me olhava no espelho, eu estava me sentindo bem confiante. — Ficou muito bom, valeu cara.

— Que bom que gostou. — Ele disse. — Vou fazer um desconto já que é amigo do Yoongi.

— Ah, muito obrigado. 

Quando saímos da salinha, meus amigos me encheram de elogios, dizendo que aquilo combinava mesmo comigo e que eu estava bonito.

Eu e Yoongi pagamos o cara e dissemos que voltaríamos ali a qualquer momento.

A reação da minha mãe ao ver aquilo na minha sobrancelha foi primeiro me dar uma bronca, então ela sorriu e disse que ficava bem em mim e que da próxima vez que eu fosse fazer algo assim era pra avisar a ela antes.

Já a reação do Jimin hyung foi a mais engraçada.

No dia seguinte quando ele foi me buscar para irmos à escola, ele riu achando que não era real e só veio acreditar mesmo quando eu reclamei da dorzinha que estava sentindo. Ele disse que eu estava bonito e charmoso, além disso ele falou que estava feliz ao me ver confiante.

Jimin hyung também disse que tinha vontade de fazer um piercing, mas quando eu perguntei onde ele queria fazer, apenas ouvi a sua risadinha e logo em seguida ele dizendo que era segredo.

Tentei insistir para que ele falasse, mas ele acabou mudando de assunto pois estávamos chegando na escola.

Ele começou a falar sobre a reunião do grêmio estudantil com os alunos da escola que o Seokjin hyung havia dito que seria naquele mesmo dia.

Eu e os hyungs nem conseguimos prestar atenção nas primeiras aulas, pois estávamos criando teorias sobre o que seria dito na tal reunião. Seokjin não abriu a boca para falar sobre esse assunto durante o intervalo, e nós também nem perguntamos nada.

— Seja lá o que Seokjin esteja aprontando, ele foi bem esperto. — Disse Hobi enquanto caminhávamos para a nossa sala assim que o sinal para o fim do intervalo havia tocado.

— Por que? — Perguntei.

— Ele escolheu logo um dia em que o diretor não está na escola pra fazer essa reunião, então ele não vai atrapalhar.

— E os coordenadores?

— Eles confiam cegamente no Seokjin, então é claro que não vão atrapalhar.

— Hm, entendi.

As últimas aulas passaram bem devagar e foram muito entediantes, fiz uma tarefa em dupla com Namjoon e até ele reclamou sobre os conteúdos estarem chatos.

Uns dez minutos antes do sinal tocar para o fim da aula, a professora nos liberou mais cedo dizendo que era para irmos até a quadra pois iria ter uma reunião do grêmio estudantil com os alunos.

Então arrumamos nossos materiais dentro das nossas mochilas e fomos todos para a quadra.

Chegando lá nós já vimos Jimin, Chenle, Taehyung e Seulgi sentados em um cantinho, então nós nos juntamos a eles.

Vimos a professora Lee entrando na quadra junto com os alunos do conselho e eles esperaram todos se ajeitarem para começarem a falar.

Então eu notei que a única professora que havia ali, era Lee Sunmi.

— Certo, alunos. — Começou a professora. — Agora vou precisar da compreensão e do silêncio de vocês antes de passar a palavra para o presidente do grêmio, Kim Seokjin. — Os alunos ficaram em silêncio, então ela continuou. — Eu também peço que vocês tenham respeito pelo o que será dito, entendido?

— Sim. — Todos responderam.

— Pode começar a falar, Seokjin.

— Obrigado, professora. — O hyung sorriu. — Bom crianças, hoje vamos falar sobre pessoas gays.

É claro que começaram a murmurar quando Seokjin falou isso, eu e Jimin nos encaramos antes de voltar a nossa atenção para o hyung, que já estava mandando todos ficarem quietos.

— Pessoal, eu me lembro muito bem de ter pedido respeito antes do Seokjin começar a falar. — Disse a professora Lee.

— Como eu ia dizendo, nós vamos falar sobre pessoas gays ou LGB*, que é o termo correto para se referir a pessoas que se relacionam de forma romântica com pessoas do mesmo sexo. — Jin continuou após todos ficarem em silêncio novamente. — Esses dias aconteceu algo aqui na escola com os meus melhores amigos e eu senti a necessidade de ter essa conversa com os alunos, pra ver se entra de uma vez por todas na cabeça de vocês que esse tipo de relacionamento não é errado.

O pessoal daquela época era muito cabeça dura, então é claro que a conversa de Seokjin iria "entrar um por um ouvido e sair pelo outro", mas ele estava tentando e eu o admirava tanto por isso. Para uma pessoa falar abertamente sobre aquele assunto no ano em que estávamos, a pessoa tinha que ser corajosa pra caralho.

— É isso mesmo. — A professora Lee concordou. — Eu sei que pra vocês isso parece um absurdo, mas não é errado. — Ela enfatizou.

— Vamos começar pelo fato de que as pessoas que são LGB são normais como qualquer outra pessoa e que os nossos relacionamentos amoros são normais assim como os seus. — O hyung continuou. — Não tem nada problemático, nós não somos doentes, nós estamos apenas amando.

— Somos seres humanos como qualquer um. — Disse uma menina que fazia parte do grêmio. — E queremos respeito, só isso.

Aquela conversa foi longa e bastante importante, óbvio que tinham alguns idiotas tirando sarro do que estava sendo falado, mas em compensação outras pessoas estavam prestando totalmente a atenção. Eles falaram sobre amor, sobre respeito e sobre as dificuldades que pessoas como nós sempre estávamos passando.

Foi realmente incrível, o meu respeito e admiração por Kim Seokjin cresceu bastante naquele momento.

— Acho que já falamos demais sobre coisas importantes. — Disse a professora Lee.

— Agora vamos pra segunda parte dessa reunião. — Jin hyung sorriu. — Eu quero que saiam da quadra todos que são contra pessoas LGB e que acham que não devemos ter os mesmos direitos que outras pessoas.

A primeira pessoa a se levantar foi Moon Jiwoon, então mais e mais alunos foram se levantando até que restasse somente vinte pessoas ali na quadra contando com Seokjin hyung, a professora Lee e a menina desconhecida do grêmio estudantil.

— Bom. — A professora Lee riu. — Vinte pessoas ainda são muitas.

— Sentem-se mais perto. — Disse a garota desconhecida.

Nós nos levantamos e sentamos mais perto como nos foi indicado.

— Gente, o que está rolando aqui é que eu, a professora Lee e Bae Joohyun do grêmio estudantil tivemos uma ideia e queremos compartilhar com todos vocês. — O hyung sorriu. — Nós queremos criar um clube na escola para pessoas LGB, algo que seja benéfico para nós e para os futuros alunos dessa escola, e o nosso maior objetivo agora é fazer com que o baile no final de ano seja inclusivo para todos os tipos de alunos dessa escola.

— Queremos que o tema do baile seja "Todas as formas de amor" e que seja colorido como um arco-íris assim como a nossa bandeira. — Disse a garota que eu descobri que se chamava Bae Joohyun. — Para que isso possa acontecer, nós vamos ter que encher o saco do diretor Cho um pouquinho. Então quem quiser participar, levante a mão.

Todos os alunos que sobraram ali levantaram a mão.

A professora Lee passou um papel para que todos nós pudéssemos assinar, então assim que todos nós terminamos, Jin hyung deu um sorriso e disse:

— Está criado o clube LGB da escola.


Notas Finais


*LGB: começou a substituir o termo gay em referência à comunidade LGBT mais ampla a partir de meados da década de 1980.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...