História Sun in darkness - Capítulo XXIV

      Will
  Ele estava demorando, eu não parava de transpirar. As pessoas me olhavam e davam sorrisinhos, essa roupa de praia está me matando, Rey, Lia, Bob e Iana eram os meus padrinhos, estavam lindos de chinelo de dedo e colar havaiano. Meu pai sorria pra mim da cadeira, minha tia Ártemis conversava com a namorada.
  - Hey, se acalme ele esta chegando - Pipes se aproximou de mim.
  Ela e os amigos seriam padrinhos do moreno. 
  - E se ele desistir?
  - Acho que não - ela sorriu olhando através de mim.
  Me virei e ali estava ele, lindo. Mais lindo que o normal, seus cabelos negros estavam soltos, o vento suave na praia fazia os fios se movimentarem sensualmente, eu devia estar com um sorriso bobo porque ouvi risinhos pelos convidados. Era a primeira vez (e acho que única) que eu veria o moreno de branco, ele estava com um bermudão e uma regata branca. Seus olhos não largavam os meus, seu sorriso era lindo e verdadeiro suas bochechas estavam levemente coradas. E pra minha imensa felicidade, parecia estar sendo passado em câmera lenta os seus movimentos. Seus passos tranquilos em minha direção, o balançar suave de seus cabelos e suas roupas. Agora eu percebo que não poderia ter feito escolha melhor na minha vida do que me casar com ele.
      Nico
  Eu estava nervoso, no carro a caminho da praia a Haz não parava de cantar "com quem será" (sim ela está falando muito agora, é uma verdadeira tagarela), parecia que ia colocar a  janta pra fora. Nem percebi quando minha tia abrir a porta pra tirar a Haz da cadeirinha.
  - Vamos? - meu tio perguntou sorrindo.
  Agora olhando pra ele pude notar algumas semelhanças ao meu pai, os cabelos e o sorriso (quando meu pai ainda dava um), fiquei triste por um momento, por mais que ele tenha me feito sofrer eu estava com saudades e queria vê-lo aqui no dia do meu casamento.
  Começamos a andar e eu avistei os convidados todos sentados nas cadeiras de baixo da grande tenda, meus olhos passaram por uma fileira de cabeleiras loiras, aquilo no sol deve cegar alguém. Olhei em direção ao "altar" e vi o loiro andando de um lado pro outro parecia desesperado, Piper me lançou um olhar e foi falar com ele. Foi quando eu pisei dentro da tenda que ele me olhou. Não consegui prestar atenção em mais ninguém, apenas nele ali na frente me olhando com um sorriso nos lábios, o que é contagiante. Ele estava lindo com seu cabelo bagunçado digno de praia e suas roupas brancas. Não sei se é normal isso mas me veio a cabeça o dia que nos conhecemos, e como ele ficou firme do meu lado, nos dias ruins e péssimos, e como ele trouxe a alegria pra minha vida novamente.
  Parei em frente dele e ganhei um beijo na testa, o juiz de paz começou a falar e eu não entendi nada na verdade não escutei nada, eu estava perdido naquela imensidão azul de seus olhos, o vi movimentando a boca como um "sim" e distante escutei a pergunta "Will Solace como seu futuro marido?", murmurei um sim e o sorriso dele se alargou.
  Nesse momento me virei e vi a Haz entrando, ela sorria e acenava pra todos, estava com um vestidinho florido amarelo e na mão um travesserinho com as alianças. 
  Não lembro como foi, mas quando dei por mim já estava beijando ele, e era definitivo. Agora sim estávamos casados.
  O caminho pra casa de campo dos meus tios foi tranquilo, eu estava no carro com meus tios e o resto da família estavam logos atrás.
  A casa estava decorada com tons em branco e amarelo, mesas postas sobre o gramado bem aparado. Como a festa seria pra íntimos (assim como a cerimônia) havia poucos convidados, da minha parte mesmo só meus amigos e meus tios. A mesa maior era para os noivos, padrinhos e os pais. Sentei ao meio com o Will, seu pai (que era sua cara só que uns vinte anos mais velho) sentou do seu lado, ao meu lado sentaram meus tios e na frente os padrinhos.
  A conversa já durava horas, como havia um lago no fundo da casa os convidados aproveitaram a tarde tranquila pra pular na água. Enquanto isso eu estava rolando no chão de tanto rir da cara de irritado do loiro e das histórias do pai dele.
  -  Aí ele foi fumar o canudinho e ficou dois dias com plástico grudado no dedo - ele falava. - E teve também o dia que ele mergulhou o ursinho do vaso sanitário e depois tomou o caldinho o urso.
  As pessoas na mesa murmurou um "argh" e eu caí no chão de tanto rir. 
  - Tenho uma coisa pra contar pra vocês - a Lia murmurou depois que os risos ficaram mais fracos. - Eu e a Rey nos casamos.
  - O que? Como? Quando? É sério? - o Jay estava incrédulo.
  - Primeira pergunta, nos casamos. Segunda, ah foi normal sabe, você viu hoje então sabe como é. Terceira, foi no mês que viajamos juntas, que aconteceu todos aqueles problemas. Quarto, sim é sério.
  - Eu mato vocês agora ou depois? - o loiro perguntou indignado. - Vocês são duas vadias, eu convido as duas pra ser minhas madrinhas e vocês se casam a escondida?
  - Ah - Rey deu de ombros. - Não queríamos festa nem nada, então fizemos tudo escondidas.
  - Il, o que é vadia - Haz lançou um olhar super fofo pra ele.
  - Um pokemón Haz - o loiro sorriu docemente pra ela.
  - E não é só o casamento - Rey continuou. - Eu estou grávida.
  Ok vale deixar claro que o loiro deixou o garfo cair, Jason engasgou com a bebida, Piper jogou água longe, Leo engasgou com a comida e a Clarie estava de boca aberta.
  - E eu ia ficar sabendo quando a criança nascesse? - Jay parecia bravo.
  - Para de dar showzinho que agora você já está sabendo.
  O resto do dia se resumiu em água, guerra de bexiga d'água, resmungos (da parte do Jason por causa do casamento da irmã), e risadas. Quando a noite caiu os colchões foram espalhados pela casa, não tinha nem como de tantos colchões. As pessoas começaram a capotar devido ao dia cansativo, fui pro quarto pra tomar um banho e encontrei o loiro deitado na cama. Me joguei ao seu lado.
  - Feliz? - ele perguntou.
  - Acho que feliz é pouco pra descrever o que eu estou sentindo - murmurei.
  Me deitei sobre sei peito enquanto ele fazia carinho no meu cabelo.
  - Espero que não esteja cansado - ouvi ele murmurar.
  - Porque?
  Então ele se virou na cama ficando por cima. Seu nariz percorreu meu pescoço e um arrepio familiar subiu pelo meu corpo.
  - Eu não sei você, mas eu nunca transei casado e queria saber como é.
  Não aguentei o riso, mas mesmo assim um formigamento conhecido começou em minha região íntima.
  - Eu tenho que tomar banho Solace - tentei tirar ele de cima de mim.
  - Então vamos juntos.
  Ele me puxou até o banheiro, nos despimos e entramos no chuveiro, minha intenção era: tomar banho. Mas o Will não estava pensando bem assim. Foi quando comecei a lavar meu cabelo que a coisa esquentou de verdade, ele me empurrou contra a parede e começou um beijo quente cheio de desejo, suas mãos foram pra minha cintura e as minhas pro seu cabelo, seus beijos se arrastaram até minha orelha, onde ele deu uma leve mordida. 
  - Eu quero estar dentro de você - ele sussurrou.
  Meu corpo todo tremeu, senti um sorriso no meu pescoço e logo em seguida um chupão que eu tinha certeza que ficaria marca, sua mão direita foi pro meu membro já ereto, deu uma leve apertada o que me fez dar um gemido abafado, mordi meus lábios quando ele começou com movimentos pra cima e pra baixo.
  Tentei chegar ao sem membro também mas ele me impediu prendendo minhas mãos sobre a cabeça, os movimentos começaram a ficar mais rápido e eu não aguentei, acabei gozando nele e um pouco no chão do banheiro. O loiro desligou o chuveiro e me pegou no colo, minhas pernas entrelaçadas em sua cintura, senti meu membro ereto dar um leve esbarrão no meu o que causou gemido de ambas as partes e minha ereção novamente. 
  Sem cerimônia ele me jogou na cama, voltou a me beijar enquanto seu dedo ia pra minha entrada, fez pequenos movimentos enquanto eu gemia abafado por causa do beijo, sem aviso me virou de quatro e me penetrou sem mais nem menos. Eu teria gritado (se não fosse o bando de parentes na casa), reprimi o gemido alto com uma mordida forte no lábio, seus movimentos começaram a aumentar então acabei gozando de novo, depois de mais umas sete estocadas ele se desmanchou dentro de mim.
  Deitamos ofegantes, me aninhei em seu corpo ele começou com os carinhos nos meus cabelos.
  - Amor - ele sussurrou - quando voltarmos pra casa tem uma pessoa que eu quero que você conheça.
  Franzi a testa com a notícia. Levantei meu olhar e o loiro sorria, um sorriso lindo.
  - Quem?
  - Não vou falar agora, mas garanto que não vai se arrepender.
  Me deu um selinho e voltei a me deitar sobre seu peito. O bom era saber que aquele cheiro de verão (estranho né? Mas ele tem esse cheiro) agora é só meu tipo pra sempre. Fechei os olhos e a última coisa que lembro era do seu sorriso quando disse sim, depois disso adormeci em seus braços.