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História Sun, Moon, Star - Precisamos conversar sobre as ideias repentinas de Minho


Escrita por: killjoys

Notas do Autor


Olá amores, talvez um surto de criatividade tenha caído sobre mim. Ainda não sei explicar, mas enquanto isso, espero ainda consiga cativar vocês com essa história.

Capítulo 3 - Precisamos conversar sobre as ideias repentinas de Minho


Taehyun olhou para seu reflexo no espelho pela quarta vez na manhã. A casa estaria quieta se não fosse por um Minho falador no banheiro da suíte, repetindo toda a história do dia de trabalho com a desculpa de que o mais novo não havia prestado atenção nela durante o jantar na noite passada.

Era o dia de buscar Yunhyeong e Chanwoo na casa da mãe. Taehyun sempre ficava incomodado com esses dias, não porque ele precisaria passar um tempo com os meninos, mas sim pelo fato da mãe vir no processo. Ele não a odiava, por Deus! Minho estava cansado de afirmar que a única conexão entre eles ainda era pelos gêmeos e ela até mesmo soltou uma vez - Taehyun acreditou ter sido uma provocação - que estava namorando, mas era inevitável se sentir uma barreira para os dois.

— Sabia que eu acho você a coisa mais linda do mundo quando usa jaleco? — A voz do mais velho chamou sua atenção, tirando os olhos do espelho e olhando para ele em seguida. Tinha um sorriso pequeno em seus lábios e ele estava todo arrumado para o trabalho, o cabelo ainda molhado. — Não que você não seja lindo o tempo inteiro.

Taehyun pigarreou, sorrindo com a frase, porém ele não entendeu o motivo dela ter saído tão repentinamente.

— Desculpa, eu estava distraído, o que você disse? — Sua pergunta só resultou em Minho gargalhando, aproximando-se dele e o puxando para o seu aperto. Claramente ele não reclamou do abraço. Precisava dele, na verdade. Era como se todas as suas preocupações e inseguranças levassem uma queda sempre que o enfermeiro dizia que lhe amava... Ou demonstrava o poder dessas palavras em si.

— Meu dia no trabalho é tão chato assim para você não querer ouvir? — O moreno perguntou, enfiando seu rosto na curvatura do pescoço do namorado. Taehyun estremeceu com o toque e isso alertou o culpado. — O que aconteceu?!

— Não foi nada. Eu apenas estou preocupado com umas coisas da clínica. Nada com o que você precise se preocupar. — Taehyun explicou, por mais que fosse a maior mentira do mundo. Tudo estava indo tão bem no emprego, ele estava feliz com sua vida e satisfeito com o rumo que tudo tinha levado. O problema era que contar a Minho sobre sua paranoia quanto a Hyeri não traria solução alguma; o mais velho iria ressaltar que Taehyun não precisava se sentir assim porque a mulher era inofensiva e havia o total de 0 chances deles voltarem a ser um casal.

Afinal, Jung Hyeri estava comprometida e... Minho o amava.

— Tem certeza? Tae, eu conheço você não é de hoje, sei quando algo está martelando sua cabeça. — Minho o afastou o suficiente para olhar nos seus olhos. Taehyun tentou ao máximo manter o controle para não demonstrar, mas a quem ele iria enganar? Estavam juntos há mais de 4 anos, o Song poderia saber mais de si do que qualquer outra pessoa. Ele não era discreto, e sem perceber, mordeu o lábio inferior. Claramente aquilo era uma denúncia de que havia sim algo errado e Minho pegou o recado imediatamente. — Taehyun...

— Não é nada, Minho. — E sorriu sem mostrar os dentes, passando os dedos pelos fios ainda molhados do enfermeiro. Minho não pareceu convencido da resposta, mas insistir com o loiro era perda de tempo e ele acreditava que uma hora ou outra as coisas sairiam naturalmente. — Você quer que seque o seu cabelo? Ainda temos que ir trabalhar.

O moreno o fitou por alguns segundos sem falar uma única palavra e Taehyun se preparou para perguntar novamente, mas não foi preciso. — Não precisa, ele irá secar por si só. Eu acho que você está muito ocupado para ficar comigo hoje.

O Nam franziu o cenho. Do que Minho estava falando? Ele tinha o trabalho, certo, mas não justificava o motivo para o bico nos lábios do namorado, além dos braços cruzados sobre o peito assim que lhe soltou e sentou na beirada da cama. A única coisa que ele podia fazer era rir, e foi o que fez.

— O que isso significa? Eu nunca estou ocupado para você, amor. — A careta emburrada do Song desapareceu e deu lugar a um sorriso indecente. Taehyun engoliu em seco, aquilo não poderia significar algo bom. — Minho, você está me assustando.

— Só um segundo. — Ele levantou o dedo indicador para o mais novo enquanto pegava o celular dentro do bolso. Alguns segundos se passaram com ele mexendo na tela do aparelho até o colocar rente ao ouvido e então iniciar uma conversa: — Alô, Hyeri? Você já está pronta? Os meninos também? Ótimo. — Taehyun desviou o olhar e mais uma vez Minho capturou o sentimento daquilo, sorrindo para o nada. — Estou ligando para dizer que aconteceu um imprevisto aqui em casa e Taehyun e eu não poderemos sair para buscá-los. — Isso causou algo no psicólogo porque rapidamente ele voltou a fitar o mais velho, franzindo o cenho. Nam Taehyun era tão transparente, a expressão da vez com certeza queria dizer "O que você está fazendo?" — É, a minha chave quebrou dentro da fechadura, estamos presos em casa. Creio que só irei conseguir chamar um chaveiro depois das 9h.

O loiro arregalou os olhos. Nenhuma daquelas palavras eram reais. Eles estavam bem, a porta e a chave também. Por que Minho estava mentindo?

Sua resposta não chegou imediatamente, pois assim que o Song desligou o celular e voltou a guardá-lo no bolso, ele juntou as mãos no colo e fitou Taehyun com um sorriso inocente, muito diferente do que adornou bem antes da ligação, como uma criança tentando esconder o que havia feito de errado. Ele era... Inacreditável.

— Bem, acho que estamos presos aqui em casa. Uma já foi, irei mandar uma mensagem para o Sanggyun pedindo para que ele pegue meu turno hoje assim que você ligar para a clínica e relatar o nosso pequeno acidente. — Tudo dito com o mesmo sorriso moleque que deixou Taehyun boquiaberto.

— Quando foi que você quebrou a chave dentro da fechadura?!

— Eu não sabia ao certo, primeiro foi porque você parecia muito chateado com algo que obviamente não era nada do trabalho, mas acho que aconteceu bem no momento em que percebi que o seu problema é pessoal demais para isso. — Minho respondeu, levantando para puxar o jaleco do loiro, deslizando-o lentamente pelos braços dele. — Eu não quero saber porque você não quer me contar, mas vamos tirar o dia somente para nós dois. Assistir um filme, comer as besteiras do armário ou dormir agarradinhos sem se preocupar com a hora de acordar.

Assim, sem ser uma pergunta. Ele estava afirmando que aquilo iria acontecer.

Minho não era de fazer aquelas loucuras. Bem, ele já havia feito mil e uma loucuras nos 4 anos que estavam juntos, mas quanto mais acontecia, elas ficavam ainda mais absurdas. Querer ter um dia só para os dois no meio da semana?!

— Não é como se eu pudesse recusar, certo? — E o moreno sorriu, jogando o jaleco em cima da cama e pegando Taehyun em seus braços, as pernas dele muito bem presas ao redor de sua cintura, ambos seguindo para a sala.

— Claro que não, estamos trancados dentro de casa.

— Nós poderíamos sair pela janela...

— Você prefere uma Comédia Romântica ou uma Animação da Disney? Acho que ainda tem pizza congelada no refrigerador. — O Song desconversou, fazendo Taehyun rir. Rapidamente eles estavam deitados no sofá, o loiro com as costas no estofado e Minho em cima dele, esforçando-se para não ter todo o seu peso no namorado. — Pensei aqui, temos o dia inteiro, dá para usar nossa cama para outras coisas além de dormir, não é?

Taehyun revirou os olhos, puxando seu braço para conferir o relógio: — Amor, ainda são 6:50 da manhã. — E foi a vez de Minho revirar os olhos.

— Foi apenas uma sugestão... — E fechou a distância entre seus lábios, deixando um curto selinho. Taehyun sentiu necessidade de mais, queria agradecer pelo que o mais velho fez, por não insistir em saber o motivo de suas preocupações. E foi por isso que iniciou o beijo dessa vez, passando a língua pelo lábio inferior de Minho, pedindo passagem para aprofundar que começou tão inocente. O Song não perdeu a oportunidade e deixou que Taehyun tomasse o controle de tudo, passando a mão por suas costas e puxando o pouco da barra da camisa para tocar sua pele diretamente. Isso pareceu ser a chance de Minho também aproveitar, passando a palma esquerda na perna ainda agarrada em si, lentamente deslizando as pontas dos dedos pelo jeans alheio unicamente no intuito de chegar a bunda e apertar, mas Taehyun foi mais rápido, soltando seus lábios e olhando para ele com os olhos arregalados. — Céus, eu esqueci que preciso ligar para a April! Sai, sai, sai! Ainda dá tempo de desmarcar as minhas consultas.

O enfermeiro era fisicamente mais forte que o loiro, mas a emoção dele lhe pegou despreparado e num piscar de olhos ele já estava levantando todo amarrotado e meio quente, observando seu namorado correr de um lado para o outro procurando o celular para avisar a sua amiga sobre a chave quebrada na fechadura.

Por um segundo ele pensou naquilo tudo e riu pelo nariz, respirando fundo e voltando a sentar no sofá, ligando a TV para conectar à Netflix. Eles poderiam muito bem tirar as roupas do trabalho e ter se esgueirar para a cama novamente, contudo beijar Taehyun era sempre como ter uma dose do melhor energético do mundo; estar com o Nam nunca foi, nunca é e nunca será cansativo.

E ele dirá isso ao mais novo quantas vezes for preciso.

 

++

 

Hanbin (POV).

Geralmente, os professores chegariam após a abertura dos portões da escola, mas Bobby não era bem alguém que se pudesse considerar... Como os demais. Ele era meio coruja, que acordava cedo para fazer todas as suas coisas, e mesmo que, de longe, ninguém dissesse que ele pudesse ser assim, ele era. E por isso mesmo estávamos conversando sobre coisas aleatórias na frente da sala de sua primeira turma do dia. A minha sala era ao lado daquela destinada aos professores, deixei minhas coisas lá e o segui para não ficar sozinho até o toque de entrada.

Seus alunos entravam e nos cumprimentavam, também esperando a aula começar, quando vimos Jung Hyeri entrando pelo portão principal com o celular preso na orelha enquanto era arrastada por Chanwoo, que de alguma forma ainda não tinha conseguido se soltar da mão dela. Donghyuk e Yunhyeong vinham logo atrás, conversando, mas logo a conversa dele ganhou mais uma integrante; Hyunjung, a namorada do gêmeo mais velho.

É, eles haviam oficializado há mais ou menos uma semana e Chanwoo ainda não era muito fã da ideia. Bobby continuou falando com ele, assim como eu, mas talvez o mais novo dos Jung só precisasse de um tempo para absorver tudo. Donghyuk era mais aberto à nova notícia, mesmo que ainda deixasse muito óbvio que a presença da garota lhe irritava quando ela chegava de repente - como tinha acabado de acontecer.

Hyunjung deu um beijo rápido na bochecha de Yunhyeong e correu para se juntar às amigas, o que trouxera novamente um sorriso aos lábios de Donghyuk, já que eles continuariam a conversar de onde pararam. Tive que sorrir também.

Felizmente, era um ciúme saudável.

— Por que a Hyeri trouxe os meninos hoje? — Bobby perguntou, tirando-me dos meus pensamentos. — Se eu bem sei da agenda dos gêmeos, hoje é dia deles virem com o Minho hyung.

Dei de ombros, cruzando os braços sobre o peito. — Talvez eles tenham trocado.

— Assim, de repente? — E não demorou para Hyeri chegar na porta de sua sala e soltar a mão de Chanwoo, que pulou nos meus braços, quase me derrubando. Yunhyeong e Donghyuk acenaram para nós e seguiram para sua turma. — Bom dia, senhora Jung.

— Eu odeio que você me chama de senhora, mas bom dia, Jiwon. Bom dia para você também, Kim Hanbin. — Ela começou, desligando o celular. Apenas respondi o bom dia educadamente e desci Chanwoo do meu abraço. — Estou tão atrasada para o trabalho e também não sei se vou sair a tempo de pegar os meninos quando eles largarem das aulas, você poderia levá-los para sua casa?

— Claro, eu sempre posso ficar com eles, mas o que aconteceu? Por que Minho não pode fazer isso? — Bobby perguntou, pegando a mochila do Jung mais novo, esta que ela entregava sem olhar para ele. — É o dia do hyung ficar com eles, não é?

— É sim, mas seu hyung tinha que fazer burrada logo quando eu não posso resolver nada dos meninos. — Franzi o cenho. Hyeri não odiava Minho hyung, muito pelo contrário, eles ainda conseguiam se dar muito bem, mostrando que nem sempre os relacionamentos ficam estranhos após o término. Contudo, não era costume dela sair xingando o enfermeiro assim.

Antes mesmo que Bobby pudesse perguntar o motivo para o mal humor dela, Chanwoo riu, pegando a mochila da mão dele e colocando-a nas costas, pronto para entrar na sala: — Acredita que o hyung ficou preso dentro de casa e ainda fez o mesmo com o Taehyun hyung? Que bobão! — E saiu rindo, deixando Bobby com a boca escancarada, incrédulo.

— Preso, como isso aconteceu?! — Eu quem a questionei, mas o celular de Hyeri voltou a tocar.

— Não me pergunte isso porque não sei como ele foi capaz de fazer isso, mas fez e você sabe bem que as lojas só abrem após as 8:30, eles não irão conseguir sair antes das 9:00. Diz ele que a chave quebrou dentro da fechadura, aí não tem como abrir. Coitadinho do Taehyun, pagando pelas idiotices do Minho... — Ela olhou para a tela do aparelho e mordeu o lábio inferior. — Bem, eu preciso ir. Ficarei lhe devendo essa... Eu não, Minho ficará. Lembre de cobrá-lo e bem caro. Tenham um bom dia!

A despedida foi rápida porque ela ao menos viu nossos braços acenando.

Bobby olhou para mim ainda desacreditado e dei de ombros mais uma vez.

— Você acha que eu devo ligar para ele e saber se está tudo bem? — Ao mesmo tempo em que ele me perguntou isso, o sinal da escola soou e as demais crianças no pátio começaram a correr para suas salas, algumas delas indo diretamente para a sala que Bobby estava na primeira aula. Eu passei minha mão em suas costas e assenti.

— Eu ia dizer que você poderia fazer isso depois porque Minho e Taehyun são adultos e sabem se virar, mas se virar não é bem o que eles estão sabendo fazer. Você pode ir, minha primeira orientação é apenas na terceira aula. Posso olhar sua turma por uns minutinhos. — Jiwon sorriu e agarrou meu rosto para beijar, mas rapidamente coloquei minhas palmas em seu peito, empurrando-o. — Bobby, aqui não! O que eu te falei?!

Ele comprimiu os lábios, estalando a língua no céu da boca em seguida. Eu não me incomodava de modo algum em continuar deixando as pessoas no trabalho sabendo que éramos apenas ótimos amigos, nos privava de muitos futuros falatórios e eu prezava pela paz e calmaria em minha vida.

— Droga, eu sempre esqueço disso, mas obrigado. Eu te amo. — A última frase sendo sussurrada para que apenas eu conseguisse escutar. O que não me impediu de segurar o sorriso e sussurrar que também o amava. — Volto logo.

— Bobby? — Ele parou, olhando-me curioso. — Posso fazer a chamada? Sempre quis fazer isso.


Notas Finais


Eu sei que deveria escrever uns 2 a 3 capítulos antes de pensar em voltar a postar Eyes para vocês, mas o surto veio tão repentinamente que fiquei ansiosa para deixar vocês saberem. Por isso não sei ao certo qual será o dia de postar novamente, mas vamos colocar aqui uma meta pra que eu crie vergonha na cara e termine tudo o que comecei: uma vez por semana. Espero que vocês gostado e acompanhem novamente <3


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