História Supercorp: O Dote de Zor-El - Cap1 (one shot): o Dote de Zor-el, a barganha.

One Shot

Sumário: com o retorno de Kara da Zona Fantasma, ela trás consigo o pai, que há muito não via e acreditava estar morto, ele não conhece os costumes da Terra, mas se encantará por uma Luthor e vai tentar barganhar o melhor acordo para o melhor da Casa El.

Cap1 (one shot): o Dote de Zor-el, a barganha.

Após longos meses na tentativa de resgate de Kara da Zona Fantasma, os Super Amigos finalmente conseguiram trazer Supergirl de volta a National City, para surpresa de todos ela veio acompanhada do pai, Zor-El, o qual todos acreditavam estar morto com a explosão de Krypton anos antes. Mas o homem da Casa de El está bem vivo.

Emocionante foi o reencontro. Lena Luthor com sua habilidade Master conseguiu condensar o sol amarelo em um pequeno aparelho, e quando a nave dos super amigos entrou na zona fantasma, esse sol deu forças recobrando os poderes de Kara.

De volta a Torre, foi a vez do reencontro. Primeito Alex, a irmã terráquea, se aproximou e o abraço foi emocionante e acolhedor, logo em seguida foi a vez de todos os outros. Apenas a Luthor menor ficou de fora, mesmo tendo sendo ela a produzir o artefato que foi capaz de recobrar os poderes da kryptoniana. Lena se afastou, ficando de longe, não queria ser constrangida pela tentativa de abraçar a amiga, ex-amiga... seja lá qual o adjetivo que poderia usar para definir a situação das duas naquele momento. Quando Kara finalmente se deu conta, devido a ter sido levada para exames na ala médica, Lena já havia partido.

- Alex, cadê Lena? Achei que ela estaria aqui.

- Lena, ela estava. Mas já foi, assim que entramos com você para a ala médica. Ela ficou um pouco mais e pediu que eu comunicasse sobre seu estado, mas fisicamente você está bem.

- Queria vê-la!

- Acho que ela se afastou na hora que recebemos você.

- O sol amarelo!  - suspirou – o sol amarelo que me deu forças...

- Foi ela! – antecipou em responder.

- Eu sabia! – sorriu – Ela não ia desistir.

Longo foram os dias que sucederam ao retorno, longa foi à adaptação de Zor-el, mas  inteligente como apenas os kryptonianos da casa El eram, ele logo se situou.

- Senhorita Luthor! Que bom que chegou. Estava ansioso para a sua opinião para alteração do protótipo. – falou Zor-el

- Senhor Zor-el, Lena por favor!

- Se irei te chamar de Lena....

- Zor-el será pra mim também. – Lena sorriu havia sido assim anos antes com Kara.

Continuaram os trabalhos a interação entre eles era nítida. Se completavam, se alinhavam, chegavam a completar a frase um do outro.

Após finalmente se recuperar mentalmente do desgaste e trauma oferecido pela zona fantasma, Kara foi até Lena. Estava com aquele desejo desde seu retorno, mas o time não ajudava as duas. Finalmente após o retorno de uma missão, Lena sozinha na sala de comando, Kara se aproximou.

- Lena!

- Kara! – falou surpresa – está bem? - Se virou examinando a mais velha.

- Estou! Estou... – sorriu, sorriu apenas o sorriso reservado para ela, Lena Luthor. – Estou atrapalhando?

- Não! Estava finalizando alguns ajustes no programa que desenvolvo com seu pai. Ele é maravilhoso.

- Ele parece gostar muito de você. Sempre fala do qual brilhante é sua mente, que até parece uma krytoniana. Achei um pouco racista da parte dele, achar que apenas nosso povo seria inteligente.

- Mas a inteligência de vocês é incrível. Ele me levou na fortaleza para apresentar algumas tecnologias, é incrível.

- É sim! Mas..

- E ele fala muito de você. Kara! – interrompeu a super heroína – me conta estórias de Krypton e especialmente suas. Adoro ouví-lo. – sorriu, sorriu o sorriso reservado apenas a kara, sentia falta.

- Mas, mas eu, eu queria , você fez o sol amarelo Lena, você me salvou, de novo me salvou. Queria agradecer! No dia que voltei você não foi me abraçar e depois eu fui levada para exames, nos dias seguintes você parecia fugir de mim. – falou com a voz chorosa

- Eu estava.

- Fugindo?

- Sim!

- Por quê?

- Foi  por minha culpa Kara, tudo isso, foi Lex, meu irmão que te mandou para lá, foi o Non Nocere que promoveu toda essa loucura do controle de mentes, a zona fantasma, essa tortura para você novamente. Eu, eu. Me desculpa!

- Lena, não. Você – Lena estava de pé a beira da bancada, Kara se aproximou subitamente, tomou Lena nos braços a envolvendo, apertou com força a Luthor menor. – Você me salvou! Era em você que eu pensava em rever quando voltasse, você criou o meu sol, Lena. Você é o meu sol amarelo! – falou baixinho nos ouvidos da outra, ambas em lágrimas naquele momento.

Foram interrompidas pela chegada de Brainy e Zor-el, animados.

Logo tomaram seus lugares de volta, mas o sorriso que trocaram, falava tudo. Estavam bem de novo. Eram elas, Lena e Kara, Kara e Lena... uma super e uma Luthor.

(...)

Mais dias foram se seguindo, a interação entre a equipe era grande, alguns desafios e ameaças , mas sempre enfrentavam juntos.

Noite de jogos voltou a fazer parte da rotina dos superamigos, a princípio Lena resistiu em fazer parte, mas foi convencida por Zor-el a fazer dupla com ele. Os dois ganharam for seguidas vezes.

Zor-el também aconselhava a Luthor, foi ele quem sugeriu após se interar de algumas dinâmicas de negócios da Terra, que Lena abrisse a Fundação Lena Luthor. A duras penas, a jovem recuperou as ações que Lex havia tomado dela, mesmo não estando naquele momento no comando da Luthor Corp, porque seu querido irmão rebatizou a empresa novamente. Lena era bilionária novamente, nunca havia deixado de ser, poderia viver confortavelmente o resto de sua vida e se tivesse filhos e netos e bisnetos, estes viveriam com conforto também. Mas não era só conforto que dava Lena vontade de viver, ela queria fazer o bem.

A Fundação Lena Luthor era uma realidade.

- Menina Nia Nal! – falou Zor-el

- É apenas Nia, mas tudo bem...

- sim Nia Nal! Lena, ela tem alguém?

- Como assim Zor-el?

- Hmm, ela é casada? Namora? É noiva? Assim que rotulam nesta  Terra certo?

- Hmm. , Bem não. – titubiou Nia para responder – Não ela não é casada, não namora publicamente, se tem alguém na vida dela... – se virou para o palco aonde Supergirl discursava em favor de Lena e em agradecimento, continuou – se ela tem alguém eu não posso confirmar.

- Isso é bom! – com o olhar profundo o homem da casa El sorriu em direção ao palco.

(...)

Torre

- Ele disse o quê?

- Alex, eu acho que o Zor-el está interessado na Lena.

- Nia, não, quê? Meu Deus tira isso da minha mente... – Alex esbravejava

- Presta a atenção, Alex. – Nia chamou a atenção da amiga – Na inauguração da Fundação, ele olhava pra Lena no palco com um olhar todo todo... e quis saber se ela tem namorado... e aqui ele não desgruda dela, sempre fazendo novas coisas, até almoçar juntos eles almoçam, ela trás comida pra ele, ele adorou o bolo Porter e a trufa com whisky, isso é um sinal. – Nia gesticulava

- Não pode ser!

- E falo mais, - Nia continuou – Tô achando que Lena pode estar interessada...

- Não! Ela e K... – parou de falar, não queria expor a irmã – Acho que não, nossa não sei, você falando essas coisas. Que confusão!

- Briany, o que você acha? – quis saber Alex

- Que vocês não sabem o que dizem. – e fez uma cara de incrédulo com a situação

- Mas Brainy...

(...)

Fundação Lena Luthor

A Fundação Lena Luthor tinha sede em um prédio anexo a sede da Luthor Corp, ainda comandada pelo lunático Lex Luthor, Lena havia se afastado, criado sua fundação com os fundos recuperados. Lillian não se opôs, pelo contrário, ajudou a filha em recuperar os bilhões bloqueados por Lex, era uma questão jurídica e contratual, de herança na verdade. Lena não precisava estar no comando da Luthor Corp para ter direito aos seus fundos bilionários, era uma Luthor apesar de tudo. A Fundação Lena Luthor foi criada com o intuito de ajudar a construir um mundo melhor, filantropia e desenvolvimento de tecnologia. Ainda caminhavam para fazer parcerias com outras entidades, uma vez que o acesso a tecnologia da Luthor Corp esta bem limitado.

- Zor-El, que surpresa agradável!

- Você não vai a Torre há alguns dias, resolvi passar por aqui. – justificou o homem

- Tenho estado ocupada com a Fundação. Aliás, faço questão de fazer um tour. O que acha?

- Adoraria.

Seguiram pelas salas da Fundação, onde Lena mostrava com todo carinho o espaço para o homem da Casa El.

- Bem, está tudo lindo! Mas o motivo da minha visita é.  Gostaria de convidá-la para jantar comigo. Aceita?

- Eu, você e Kara?

- Não, apenas eu e você! Tenho um assunto que gostaria de tratar com você reservadamente.

- Comigo? – falou espantada

- Sim!

- Bem, aceito. Claro que aceito.

Intrigada Lena Luthor ficou com o convite inusitado do pai de Kara, por Deus o pai de Kara queria sair com ela, o que isso poderia significar?

(...)

Três dias depois era chegada o dia do jantar,

- Então hoje amigos, é meu jantar com Lena Luthor. Por isso irei sair mais cedo para me preparar.

- E aonde irá leva-la, Zor-el? – quis saber Alex

- Pedi a secretária dela que me indicasse seu restaurante favorito na cidade, pensei em levá-la a Paris, mas acho que seria desproporcional... o que pensa Alex?

- Aqui em National City está bom sim. – “imagina quando Kara souber disso, ela trás as comidas favoritas da Luthor e o pai dela a leva para um jantar romântico, isso vai dar merda...” –pensou

Assim Zor-el saiu para se preparar para a noite. O Assunto rendia, volta e meia especulavam.

Mais tarde naquela noite, Supergirl chegou de um atendimento e notou o burburinho.

- O que está acontecendo gente? Que cara são essas as de vocês?

- nada,nada – justificou Alex

Um tempinho depois... sem ver que Kara ainda estava por perto

- Ei já acham que eles já estão jantando?- indagou Winn

- Shhh! Não fala no assunto. – interviu Alex

- Que assunto gente? O que está acontecendo?

- Seu pai esta jantando com Lena Luthor neste momento no restaurante preferido da Luthor em National City, ao que todos acreditam ser um jantar romântico, vez outra que os dois se tornaram muito íntimos devido ao trabalho compartilhado nos últimos meses aqui na Torre. A conexão entre eles é evidente, A Luthor é muito gentil e trás comida para ele, eles almoçam juntos e já foram a museus também, ele também já a levou na Fortaleza para mostrar algumas tecnologias kryptonianas....

- Meu pai e Lena!! –falou incrédula,  Kara interrompeu Brainy ainda  tentando raciocinar os acontecimentos narrados pelo amigo vindo do futuro. – jantando?

- Calma Kara. – interveio Alex – Não que eles estejam se envolvendo ou algo do tipo, apenas um jantar de amigos.

- Eu sou amiga de Lena. – um raciocínio bem pessoal era formado na mente da kryptoniana da casa El. – Nós também jantamos juntas, vamos, bem íamos a museus, tomávamos café... Lena nunca foi muito de cozinhar para mim... 

- Kara, não é que ela cozinha para o seu pai, ela apenas fez algumas coisas para mostrar para ele o paladar terráqueo. Essas coisas. – falava Nia

- Entendo! – o pensamento de Kara esta longe naquele momento "cozinhar para alguém significa algo a mais, eu tenho que cozinhar para Lena, então."

Kara voou para casa, tomou banho vestindo algo descontraído, tentava tirar da mente que o pai e Lena estavam naquele momento juntos e que poderia ser algo romântico, sua Lena com seu pai, seria isso possível?  Estavam as duas retomando a amizade nas últimas semanas, tinham tido noite de jogos para Zor-El era par de Lena, haviam jantados umas três vezes, Lena havia até ido a seu apartamento para mostrar as plantas das reformas da fundação, Kara por sua vez já foi a Fundação e tiveram uns cafés reservados a apenas as duas, nessas ocasiões Lena sempre oferecia o sorriso que Kara gostava de acreditar ser só para ela, mas e se Lena estivesse interessa em seu pai? E se sua falta de ação e tudo que acontecem quando romperam a amizade tivessem feito Lena olhar para outra pessoa. E se Kara não pudesse confessar seus sentimentos... Voo pela sacada rapidamente e sem pensar. Apenas foi.

(...)

National City- Osteria Francescana

Zor-El recepcionou Lena Luthor com todo galanteio do mundo. O kryptoniano queria impressionar a jovem Luthor.

- Lena que bom que pode vir!

- Não deixaria de vir, havíamos combinado e estou feliz pelo convite, surpresa...

O jantar transcorria em sua normalidade, Zor-el dava opiniões sobre os sabores terraqueanos das comidas e suas diferenças de seu planeta natal. Falar sobre os sabores de comidas era algo deles, uma conversa bem deles. Lena estava feliz pela amizade do pai de Kara, mas tinha receio de que o homem pudesse estar entendo sua aproximação de forma errada. Tampouco poderia falar abertamente sobre seus sentimentos para com sua filha, esperava que fosse reciproco, mas não queria se expor e tampouco a sua kryptoniana favorita no universo.

Quando foi surpreendida.

- Bem Lena, chega de rodeios. Imagino que possa ter pensamentos do motivo que convidei você para esse jantar íntimo, apenas nós dois.

- Você me pegou de surpresa, eu não tenho certeza... – titubiou – mas gostaria que soubesse que... – foi interrompida

- Vou direto ao ponto, eu gostei muito de você, sua presença trouxe alegria a minha estadia na Terra, sua inteligência  me surpreendeu. Você poderá agregar muito a minha linhagem.

- Por Deus Zor-el! – Lena se espantou, o rumo da conversa era um que tinha medo, o homem iria expor que gostava dela, queria ele namora-la ou algo do tipo? O que ele quer dizer com minha linhagem... outro querendo que ela tenha filhos sem amor.

- Eu pude notar que minha filha Kara gosta muito de você, me parece ser reciproco...

- E é! Muitoooo! – quis se adiantar

- Ótimo. Minha oferta não será tão estranha assim. – parou e continuou -  Nossos costumes de Krypton me permite fazer a melhor escolha para minha filha, sua matrix misturada com a dela, traria ainda mais inteligência a nossa espécie. É a combinação perfeita!

- o quê? Minha matrix? Misturada com a de Kara? Perfeita?– estava perdida naquele momento.

- Lena Luthor gostaria de oferecer minha filha Kara Zor-el em casamento para você. – falou ao ponto diretamente, Lena  tinha o copo de vinho na mão e tomou todo seu conteúdo com as palavras proferidas pelo homem.

- como assim? – conseguiu responder

- Pude notar que nutri sentimentos carinho e amorosos para com minha filha e ela por você, pude entender que estiveram brigadas por um tempo e que isso trouxe miséria para sua existência e de Kara também, vejo os olhares que trocam. Os pequenos gestos de carinho e amor. Sua preocupação com ela e ela por você. Você construiu o sol amarelo para fortalece-la, também construiu o super suit para protege-la de krytonita verde. Você a protege de todoas as formas. Vejo o que os terráqueos chamam de amor. Em Krypton seria apenas necessário que suas matrix fossem compatíveis, o que são!  Já efetuei testes. Aceita a oferta? - finalizou animadamente 

- Zor-el! Eu não sei o que dizer, não é mais assim que fazemos as coisas na Terra, antigamente, muito antigamente, fazíamos arranjos de casamentos, barganhas...  mas não mais. E Kara, por Deus eu amo tanto. - tenta  um raciocínio lógico 

- Por isso faço a oferta! – insistiu  -  O que mais desejaria para aceitar?

- Kara, Kara é ... ela é tudo que eu desejo, mas não é assim. – tinha lágrimas nos olhos, estava espantada, lisonjeada, aliviada...

- Krypton! vocês poderão ter filhos seus. Naturalmente! A melhor opção um Luthor e um Super juntos.

- Como poderíamos ter filhos naturalmente? Somos duas mulheres.

- Sim, mas em Krypton seria possivel. Ofereço nossa tecnologia.  Podemos fechar o acordo? – falava animado

 Uma rajada de vento veio sobre o lugar e ao olharem para porta Kara caminha em direção a eles.

- Ei vocês... – falou se aproximando – Fiquei sabendo que estariam jantando aqui. Resolvi me juntar. Incômodo? – falou já puxando uma cadeira

- Minha filha! – a surpresa era real – falávamos sobre você e sobre o futuro – do outro lado da mesa Lena gesticulava para não mencionar a oferta – Quero saber de Lena se ela aceita...

- Seu aceito jantar com vocês amanhã. No seu apartamento. Zor-el irá tentar receitas nossas. Não é isso Zor-el? – devolveu

- Não, quero saber se vocês poderiam...

- Zor-el, convite aceito amanhã jantamos com Kara, conversamos sobre esse outro assunto depois. – quis finalizar

Kara ficou sem entender, mas pelo que poderia perceber o jantar romântico deles, não era tão romântico, e estava aliviada com isso. Não soube o que se tratava mas tampouco parecia algo ameaçador, pelo que sentiu.

Papiaram os três por mais algum tempo, ao finalizar Zor-el sugeriu que Kara acompanhasse Lena. Isso aliviou ainda mais a jovem da casa El, afinal se tivesse algo romântico e ameaçador entre eles, ele definitivamente não sugeriria que ela levasse Lena para casa.

Cobertura Luthor:

- Fica para um chá comigo? – Lena falou toda manhosa, queria a presença da amiga

- Adoraria! – Kara entrou e prepararam um chá.

Lena ligou a Tv e achou um filme antigo que ambas gostavam, olhou para Kara que apenas sorriu em consentimento. Buscou então um coberta  e se sentando ao sofá bem próximo de Kara jogou sobre as duas. As palavras e oferta de Zor-el ainda perturbavam Lena, mas a possibilidade a encantava.

- Chega mais pra cá? – pediu Kara , Lena deslizou seu corpo para mais perto da amiga.

Logo Kara colocou os braços sobre o ombro da outra que aconchegou-se no peito da outra.

- Sinto sua falta! – falou Lena baixinho, mas muito audível para a mulher de super audição

- Eu a sua, desses momentos só nossos, de poder te ver quando desejo. – Isso fez Lena se afastar, voltando o olhar para a outra

- Mas você pode me ver quando quiser, estou aqui. Eu sei que com a Fundação eu estive ocupada, mas eu sempre estou aqui Kara.

- Mas eu queria mais.

- Como assim mais?

- Eu queria ficar mais tempo com você Lena. – Lena havia se afastado do corpo de Kara, mas mantinha o seu próprio corpo apoiado nela. Kara com a outra mão tocou o rosto de Lena, tocou suas bochechas. – Você é tão linda! – Lena fechou os olhos com o toque – Kara se aproximou e depositou um beijo em suas bochechas, Lena recolheu seu corpo novamente para o quentinho do peito de Kara. Ficaram assim por tempos, nenhuma tinha coragem de se mover.

Algumas poucas horas depois, Kara despertou do sono que pegou as duas. Pensou em levar Lena para o conforto de sua cama, mas a ideia de perder o contato com aquela pele macia e cheirosa fez a kryptoniana apenas ajeitar seus corpos no sofá. Envolveu Lena  abraçando-a e dormiram o restante da noite juntas no sofá, espremidas uma na outra.

(...)

Torre

- Zor-el, começa de novo... o que mesmo você ofereceu a Lena?  – indagou Alex

- Minha filha em casamento, em troca por sua boa matrix para juntar nossas famílias.

- então você não está interessado na Lena? – quis saber Winn

- Estou muito interessado nela sim. – falou o homem sem entender

- Não não, você não está interessado nela para você casar com ela? – corrigiu

- Eu já sou casado - falou com espanto - minha troca de matrix foi muito bem feita, demos origem a nossa filha Kara, nos amamos, estamos separados por todos esses anos e acontecimentos, mas tenho certeza que Alura compartilha do mesmo entendimento.

- E você quer casar a Kara? – completou Alex

- Sim, com Lena Luthor, uma ótima oportunidade. Não acham? - o brilho nos olhos do homem era nítido 

- O que foi que ela respondeu? – Nia interveio

- Bem, não chegamos ao veredito, ela não me deu uma resposta, porque fomos interrompidos por Kara que chegou sem avisar. Estava agitada e logo sentou-se conosco. Eu quis introduzi-la ao assunto, mas Lena me interrompia a todo momento. Era como se escondesse de Kara minha oferta. Tão boa oferta, somos da Casa El, melhor matrix não há. – se justificou Zor-el

- Então Kara sabe da oferta? – Alex questionou

- Não ainda não. Kara estava toda protetiva para com ela. Já é ótimo sinal que a quer bem. Uma combinação perfeita!

- Ciúmes! – Alex bravejou – Kara interrompeu vocês porque achou que você e Lena estavam em um encontro romântico.

- Por Rao! Não. Apenas defendendo os interesses da Casa El. Representada por minha única filha...

A calorosa conversa se estendeu pelo dia, todos acharam inusitado a oferta de Zor-el a Lena Luthor, se sentiram aliviados por se dizer a verdade, sabiam no fundo que apesar de Lena e Kara se terem como simples amigas, eram muito mais do que apenas isso.

(...)

- Meu pai fez o quê, Alex? – quis saber Kara ao se encontrar com Kara mais tarde naquele dia, já a noite.

- Ele quer que você se case com Lena. Ofereceu sua mão!

- então era por isso que foram jantar. E Lena mudava de assunto toda vez que meu pai falava de matrixes...

- Aparentemente sim.

- E quais os termos dessa oferta, por que Lena não aceitou?

- Hmm isso eu não sei. Mas algo com o fato de oferecer também tecnologia kryptoniana parece que fez a Luthor pensar.

- Ela ficou de dar resposta?

- Eu não sei Kara! Por que não vai perguntar??

E como em um clarão em um piscar de olhos Kara deixou seu apartamento e foi para cobertura de Lena.

(...)

Cobertura Luthor:

Kara chegou pela sacada e logo foi entrando, Lena estava na bancada da cozinha e se aproximou.

- Por que não aceitou a oferta do meu pai? – quis logo saber, estava enfurecida.

- Kara! Como soube?

- Não por você! – falou brava

- Kara!

- Lena! É uma boa oferta! – baixou o tom

- Não é assim que casamos mais na Terra, casamos por amor...

- Eu amo você! – confessou mordendo os lábios e com medo do que poderia vir pela frente

- Você me ama! – repetiu – não diga besteiras...

- Eu amo você Lena Luthor, eu não sabia o que meu pai pudesse estar tramando, e tudo que aconteceu entre a gente que nos fez nos afastar, mas agora estamos bem, eu queria confessar para você que te quero tanto. Mas ai você e meu pai ficaram íntimos e saindo e almoçando e você fazendo comidas para ele....

- é porque ele quer conhecer os sabores  da Terra, e ele é um bom homem. - justificou

- Eu sei. Por que não aceitou?

- como poderia? Eu, eu quero você com todas as minha forças Kara, mas não em um negócio oferecido pelo seu pai... eu desejo você...

Se aproximando Kara segurou Lena em seus braços a envolvendo, tomou seu rosto em sua mão e a beijou, tomou seus lábios, se entregaram a união de um beijo esperado e desejado.

Se amaram naquela noite, se entregaram ao amor que guardavam uma pela outra há muito tempo, agradecidas a Zor-el por as unirem. Não seria preciso uma barganha. Apenas o amor, e isso as duas já tinham de sobra.

Uma Super e Uma Luthor.