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História Sutilmente - O casamento


Escrita por: Arashi_Kishuu

Notas do Autor


Descobri que escrever essas coisas é suuuuper difícil! rsrsrs
Bom, vou continuar com ela até o fim. (tomara que tenha alguém lendo xD)
Bjins^^

Capítulo 2 - O casamento


Fanfic / Fanfiction Sutilmente - O casamento

Todos se dirigiram para o lado de fora do salão da recepção. Caminhando devagar, Hyoga sorri docemente para Shun, que fica vermelho ao notar seu amigo tão próximo.

– Oi Shun.

“Ah meu Deus! Preciso me controlar... tão perfeito!” – Oi Hyoga! Eiri... – Responde Shun suspirando sem perceber. Era difícil controlar. Não era só atracação física, ele realmente gostava de Hyoga. Não, ele o amava. Desde sempre. Não conseguia nem lembrar quando tudo isso começou, mas sabia que era real.

– Shun! – Gritou Ikki para o irmão, despertando-o do transe em que se encontrava encarando Hyoga. – Tenta se divertir hoje. A festa está cheia, vai que você conhece alguém? Hahahaha

– Ikki... – Ficou sem palavras diante do comentário do irmão. Como dizer a ele que na verdade já gostava de alguém? E de um homem... E seu amigo. Não sabia como seria a reação de Ikki. Tinha medo de que ele não aceitasse. Por isso, não contava. Era difícil. Ikki era sua única família, queria poder ser honesto com ele. Será que ele entenderia? Seu irmão era um mulherengo, safado, do tipo que a mulherada diz que “não presta”. Nunca teve uma namorada, mas também nunca está sozinho. Só não gostava de compromisso, ou ainda não encontrou a mulher ideal, se é que existe alguma! Gostava de farrear, beber e curtir. “Como vou dizer isso a ele... Olha irmão, gosto de homem viu??”. Era impossível.

Foi retirado de seus pensamentos por Minu, que agarrara seu braço e o puxava em direção a fila que se formava para a entrada dos padrinhos.

– Acorda Shun! Tava dormindo? – Brinca ela sorrindo. Eles seriam o primeiro casal a entrar, indo para o lado direito. Hyoga e Eiri entrariam logo atrás, dirigindo-se para o lado esquerdo. Em seguida Ikki e Marin para a esquerda e Shiryu e Shunrei para a direita, fechando a fila.

Atrás de Shun, Eiri olha séria para Hyoga, que parece nem notar a noiva a encará-lo. Ele suspira e sem perceber sorri, olhando para andrômeda a sua frente. Eiri aperta o braço do loiro.

– Para com isso! – Reclama baixo, afim de não fazer escândalos. – Qual o seu problema?

– Meu problema? Qual o SEU problema! Do que é que você está falando? – Hyoga responde confuso, sem entender a indignação da moça.

– Eu não vou ficar aturando isso a festa toda!

– Do que... Ah esquece! – Bufa ele fechando a cara. Não entendeu nada do que aconteceu. Eiri surtou do nada? Só podia! Na sua cabeça, não havia feito nada de mais. Nem de menos!

Atrás deles, Ikki observava a cena sério, sem dizer uma palavra. Sabia exatamente o motivo da raiva da moça. Marin, que também notou a pequena “DR” que acabara de acontecer, olhou para Ikki. Ele não a olhou de volta. Estava com uma expressão sisuda. Encarava o casal da frente e ela teve a certeza de que ele havia entendido, mas nada disse. Resolveu se calar. Aquilo não era assunto para aquele momento e lugar. E nem pra ela se meter! Mas estava disposta a evitar uma briga e por isso resolveu tomar conta de Ikki, só para evitar qualquer contra tempo.

Todos foram entrando, um casal por vez. Do altar, Shunrei procurava com os olhos seu bebê em meio aos convidados. Ela o havia deixado aos cuidados de Shina. Estava preocupada, mas Shiryu garantira que a amazona de cobra seria uma excelente babá. Já que Shiryu confiava... Para sua surpresa, Shoryu dormia tranquilamente no colo da moça, que o ninava carinhosamente enquanto assistia a cerimônia.

A música da entrada noivo tocou e todas as atenções se voltaram para o final do belo tapete vermelho, por onde Seiya caminhava ao lado da irmã Seika. Ele usava um smoking cinza belíssimo, com uma flor vermelha na lapela. Ela estava de vestido longo azul, com um ombro só, com detalhes florais bordados. Ele estava sorrindo, com a felicidade estampada no rosto. Viu seus amigos no altar e seu sorriso se alargou. Realmente aquele era o dia mais feliz de sua vida. Seika dá um beijo no rosto de seu irmão e se posta ao lado se Shun. Todos agora esperavam a noiva. As atenções voltaram-se novamente para o fundo e a ansiedade no peito de Seiya aumenta. A música toca e surge Saori. Linda. Parecia uma princesa de contos de fadas. Seu vestido de noiva branco com pérolas, longo, com uma calda com rendas. O vestido possuía um decote canoa, com mangas bem curtas, todo bordado, a cintura bem marcada e as costas amarradas com fita de cetim. Ela estava com os cabelos levemente cacheados e presos em uma longa trança caída no ombro esquerdo. Uma delicada tiara adornava a cabeça junto com um belo véu rendado. Seu bouquet era vermelho.

Saori entrava sorrindo ao lado de Tatsumi. Sim, ele. Seiya não queria que fosse ele a levá-la ao altar, mas ela fez questão. Disse que ele era como um pai, que sempre cuidou dela e que nunca a abandonou. E lá estava ele entrando com a grande deusa Athena. Saori olhava fixamente para Seiya, como se nada ao redor importasse, somente o homem que a aguardava sorrindo lá na frente. O sol estava se pondo e suas luzes avermelhadas proporcionavam a Saori uma aparência muito mais divina do que já possuía. Ela estava absurdamente perfeita.

A cerimônia foi linda. Tudo ocorreu bem. Algumas pessoas, quando o padre perguntou se alguém tinha algo contra a união, olharam para Shina e Jabu, que fecharam a cara, não contra o casamento, mas sim pelos olhares de alguns. Após o beijo, todos saíram felizes para festejarem no salão.

Shina se dirigiu a uma mesa com Shoryu nos braços e sentou-se. Ikki chegou logo em seguida e juntou-se a ela na mesa.

– Shina! Achei que você fosse gritar “Eu” lá na cerimônia! Hahaha – Disse Ikki rindo muito, brincando com a amazona.

– Ai como você é ridículo! – Responde ela, dando um tapa de leve no braço de Ikki. Shun chega rindo da piada junto com Shiryu e Shunrei, que pega o bebê do colo de Shina.

– A Shina ta namorando, irmão. Faz teeeeempo que ela desencanou do Seiya! – Comenta Shun sorrindo, sentando-se a mesa.

– Eu sei pô! Hahahaha mas não podia perder a piada!

– Aliás, quando é que vamos conhecer o cara? – Pergunta Shiryu ainda rindo da piada de Ikki. – Ele veio também?

– Non, ficou no Japão trabalhando. Até gostaria que ele viesse, ma non deu! – Responde Shina rindo com todos.

– Humm, trabalhando... O que ele faz? – Shun, curioso, pergunta a Shina enquanto se serve de alguns salgadinhos.

– Então, ele trabalha numa indústria de alimentos. Ele é trainee e está para ser promovido para un alto cargo, por isso non poderia deixar de trabalhar nesse final de semana. – Responde ela orgulhosa.

– Que chique! – Shun sorri empolgado.

– Mas você o ama? – Pergunta Ikki sem cerimônias.

– Ikki!!! – Grita Shun constrangido com tamanha audácia do irmão – Isso é coisa que se pergunte? – Todos riem, mas aguardam a resposta da garota.

– Amar, amar, ainda non... – Responde ela vermelha – Ma penso que é questão de tempo. Ele já me conhece, sabe que sono un amazona e parece entender tutto. Non vejo motivos pra non amá-lo. Ma também sei que queste cose¹ non se controlam, então... Vou levando. Gosto molto dele e questo é o que me importa agora. – Completa sorrindo – Capisce²?

Ikki sorri debochadamente. Estava satisfeito. Sabia que foi uma pergunta íntima e indiscreta. Mas gostava de Shina. E de irritá-la um pouco. Sabia que ela, como boa italiana que era, tinha temperamento forte e era esquentada. Mas ao mesmo tempo uma ótima pessoa. Com ela dava para brincar. Não era como a Marin, que era séria de mais, ou a Minu que era muito tímida, ou a Shunrei que tinha o Shiryu. “Hahaha... Shiryu iria querer meu pescoço” pensa Ikki se divertindo. Ah é, tinha a Eiri. Mas com essa ele não brincava. Detestava Eiri. Ela era fresca, enjoada e autoritária. Não com ele claro. Ela não era nem louca de falar com ele dessa maneira. Mas ela tinha o dom de fazer as pessoas que ele gostava infelizes, isso o incomodava horrores. Nesse momento notou que ela e Hyoga não estavam por ali, e procurando-os com os olhos pelas mesas, Ikki notou que o casal havia se sentado bem distante, na mesa de Jabu, Geki e os outros.

– Por que o pato não sentou aqui com a gente? – Questiona enquanto todos se viram para olhar para onde Ikki indicava com a cabeça.

– Talvez ele não tenha nos visto – Tenta amenizar Shun, olhando tristemente para a mesa de Hyoga.

– Ah vá! Questo é cosa da Eiri! – Diz Shina olhando para a noiva de Hyoga – Sabe molto bene que ela non vai molto com a cara do pessoal aqui da mesa legal – Faz piada apontando para Shun e Ikki.

Shun abaixa a cabeça, pensativo, “Será que ela percebeu o que sinto pelo Hyoga? Droga! Não quero perder a amizade dele!” e com os olhos cheios de lágrimas, anuncia sua ida ao banheiro e se retira da mesa. Todos o observam sair e ficam um tanto penalizados com a situação. Shiryu quebra o silêncio, dizendo que iria até a outra mesa, conversar um pouco com Hyoga. Shunrei vai junto com o marido e o filho, deixando Ikki e Shina sozinhos.

– Ikki... Io estava brincando... – Diz Shina pesarosa com o comentário que havia feito minutos atrás.

– Não, não estava. – Ikki responde sério – Mas não se preocupe, a recíproca é a mesma. Não suporto aquela garota. – Finaliza ele sorrindo com o canto dos lábios.

No banheiro (que Shun agradece por estar vazio), o cavaleiro lava o rosto e tenta se acalmar. A simples ideia de não ter mais Hyoga por perto, mesmo como amigo, era terrível. Não poderia se imaginar longe dele, sem seu sorriso, sem seus olhos azuis, sua voz rouca... Shun se olha no espelho “Por que tudo tem que ser tão difícil pra mim? Não mereço ser feliz?” seus pensamentos são interrompidos por um Seiya apertadíssimo para usar o banheiro.

– Shun... Está chorando?

 

CONTINUA...


Notas Finais


queste cose¹ - Essas coisas
Capisce²? – Entendeu?


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