História Sweet Serial Killer - Capitulo 26

POV Lydia

“Joy não conseguia desviar os olhos.

O sangue manchara o tapete por aquela altura. Os olhos dele continuavam a olha-la, mas agora a vida tinha sido extraída deles.

-Porquê é que fizeste isso?

Joy não tinha a certeza onde tinha arranjado a sua voz, mas agora que tinha conseguido finalmente falar foi capaz de olhar para o Greg que se mantinha no outro lado do cómodo, ocupava-se em limpar a faca que há instantes tinha estado presa nas costas do morto.

-Pedis-te me provas da pessoa que eu era, questionas-te-me a cerca da minha verdadeira natureza. Bom aqui tens a minha resposta.”

Batidas na porta interrompem a minha linha de pensamentos, quebrando assim com o ritmo da minha escrita que estava finalmente a formar-se depois de todo aquele tempo de bloqueio criativo.

-Malia podes abrir a porta. - grito do quarto sabendo que isso era o suficiente para a minha irmã ouvir ansiando para voltar a minha escrita.

“-Pedis-te me provas da pessoa que eu era, questionas-te-me a cerca da minha verdadeira natureza. Bom aqui tens a minha resposta. - responde simplesmente com um sorriso traquinas na sua boca. -Agora será que podemos ir embora?

-Tu acabas-te de matar uma pessoa! - clama Joy ainda chocada com aquilo que tinha acontecido, tinha sido tão depressa que nem ela tinha a certeza de que tinha apanhado tudo. -Nós temos que chamar alguém?

-Para quê? Para ter a certeza que está morto? - interroga Greg e antes de dar tempo para Joy responder à sua pergunta já ele tinha atirado novamente a faca para as costas do morto fazendo com que o corpo deste desse um pequeno espasmo, mas nada mais aconteceu. -Eu”

Novas batidas soaram desta vez com alguma brusquidão e com uma maior durabilidade do que a anterior.

-Malia! - grito com mais irritação por ter sido interrompida uma segunda vez, o que fosse que ela estivesse acontecer não devia ser mais importante do que ir atender a porta.

“-Eu acho que ele está morto!”

Novas batidas soaram interrompendo uma vez mais a minha composição e desta vez a calma que eu tinha conseguido ter durante todo aquele processo desapareceu e deixando-me ser guiada pela irritação caminhei até a porta do apartamento ao mesmo tempo que xingava a minha irmã mentalmente.

Eu sentia-me ao ponto de gritar com a pessoa no outro lado da porta, mas depressa demais perdi essa vontade quando encontrei a figura do xerife Noah Stilinski diante de mim o que foi o suficiente para me fazer congelar no lugar.

A ansiedade estava descrita no rosto do homem, os seus olhos pareciam ter encontrado o alívio quando me encontraram.

-Xerife? - começo por falar com dúvido a cerca do porquê dele estar ali para não falar sobre como é que ele tinha ido parar ali.

-Será que posso entrar? Preciso de falar consigo por alguns minutos. - apressa-se a esclarecer o xerife deixando mais do que claro que ele não estava só ansioso.

Ainda um pouco atordoada com aquela visita, sou capaz de abrir passagem para o xerife entrar finalmente e enquanto eu fechava a porta do apartamento o xerife assaltou-me com as suas palavras:

-Eu acho que acredito em vocês.

Essas palavras foi o bastante para atiçarem a minha curiosidade e assim fui capaz de me virar na direção do xerife apanhando-o a olhar para o apartamento com alguma confusão e curiosidade.

Naquela altura o apartamento não estava exatamente arrumado, Isaac e Malia tinham discutido há duas noites e isso significava que a Malia estava stressada e quando ela estava desse jeito a desarrumação no nosso apartamento ficava ainda mais presente.

-Acredita em? - vejo-me obrigada a perguntar não conseguindo se quer pensar naquilo que eu e o xerife podíamos estar em acordo afinal na última vez que nos tínhamos visto ele expulsou-me a mim e ao Theo da sua casa.

-Sobre o Stiles. - pronuncia-se finalmente o xerife fazendo-me ficar alerta. -Eu acho que ele não é o Broken God.

-Acha? - interrogo não conseguindo evitar sentir um incomodo a espalhar-se no fundo do meu estômago, eu sentia-me mais do que pronta para voltar a defender Stiles se necessário.

O xerife pigarreou como se sentisse de repente incomodado com algo e deixando novamente os seus olhos correrem o meu apartamento foi capaz de voltar a pronunciar-se:

-Ontem fui visitar o Stiles... Ele agiu com uma indiferença que eu não me lembro de alguma vez ter, falava das mortes das recentes vítimas como se estivesse realmente feliz pelas mesmas, mas mais do que tudo ele mostrou-se frio perante a Allison.

-A Allison? - questiono antes de pensar duas vezes, o assunto da morte da Allison Argent era ainda recente e eu tentava sempre evitar falar do mesmo quando visitava Stiles, mas agora que o xerife tinha trazido o assunto à tona era difícil ignorar o mesmo.

-Eu confrontei-o a cerca dele se ter casado com ele e ter me escondido isso. - declara o xerife, por aquela altura o mesmo torcia as suas mãos num gesto de insegurança e nervosismo. -A Allison foi uma das poucas pessoas que esteve sempre ao meu lado, eu acolhia-a após a prisão do Stiles e tornámo-nos a familia um do outro... O Stiles devia saber melhor do que ninguém que eu aceitaria o casamento, mesmo que os dois fossem novos de mais para tal.

Os olhos do xerife voltam a encontrar os meus deixando-me ter um vislumbre de lágrimas ali, mas depressa demais ele voltou a baixar a sua cabeça como se não quisesse mostrar o seu lado fraco para uma desconhecida.

Por alguns momentos deixei o silêncio instalar-se entre nós com o intuito de dar o tempo necessário para que o xerife se pudesse recompor.

-A Allison e o Stiles amavam-se muito. - é a próxima declaração do xerife com a sua voz levemente afetada com a emoção. -Eu sei que pela altura da morte da Allison esse sentimento já não era o mesmo, mas eles continuariam-se amar para sempre. Eram a alma um do outro, o problema é que não eram perfeitos para esta vida.

Ouvir o xerife a dizer tudo aquilo levou-me a pensar em todas as vezes que o nome da Allison tinha surgido nas minhas entrevistas com o Stiles. Ele podia não falar com todas as letras, mas era fácil de ler nos seus olhos que ele ainda não a tinha esquecido.

-A morte dela foi declarada como um homicídios sabia? - a pergunta de Noah obriga-me a voltar para a realidade antes de poder aprofundar a minha linha de pensamentos. -É um homicídio, mas que não tem qualquer ligação com estes novos. Há rumores que os detetives estão prestes a fechar o homicídio sem acharem qualquer culpado, os rumores falam que acham que este homicídio foi uma vingança... Uma forma de vingar-se do Broken God!

Por aquela altura o xerife encarava o teto do meu corredor principal com as lágrimas a escorrerem livremente pelo seu rosto.

-Mas eles não percebem pois não? A Allison antes de ser a merda de uma vingança era uma mulher que amava o meu filho com os todos os defeitos e qualidades, ela nunca acreditou que ele fosse o Broken God mesmo que o Stiles a tentasse convencer... Ela era uma filha para mim, mas mais do que tudo ela era a prova viva de que o meu filho é bom!

Naquele momento o xerife deixou cair todas as máscaras que tinha consigo e soltou as lágrimas que ainda podia estar a tentar segurar.

Engoli em seco assistir toda aquela situação sem ter ideia do que podia fazer.

-Xerife... - experimento a falar depois de vê-lo a limpas as suas maçãs do rosto numa tentativa de apagar os caminhos deixados pelas lágrimas.

-Trata-me por Noah.

Aquela autorização vinda dele fez-me encher o peito percebendo finalmente que aquele era o seu jeito de me fazer aproximar dele.

-Noah, a Allison pode ter morrido, mas nós não desistimos do seu filho. - declaro enquanto ganho coragem para me aproximar dele e pousar uma mão no seu ombro num gesto de apoio. -Eu não desisti do seu filho e não estou disposta a fazê-lo!

Os olhos de Noah estavam ligados aos meus e com um pequeno assentimento da sua parte eu fui capaz de falar novamente agora com uma certeza que ninguém seria capaz de me tirar:

-Nós vamos provar a inocência de Stiles.