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História Sweetheart - DEVOURING ONE ANOTHER


Escrita por: ultimatebara

Notas do Autor


Aproveitem <3

Capítulo 10 - DEVOURING ONE ANOTHER


Sweetheart

 

DEVOURING ONE ANOTHER

 

Passou os dedos pelas capas laterais dos livros e sorriu, olhando os títulos. Os meninos estavam tomando conta do Café enquanto estava ali. Os olhos brilhando ao ver as obras que havia lido em sua adolescência e algumas que teria o prazer de ler. Suspirou e pegou um dos de capa dura que o título havia lhe despertado o interesse. Enrugou o cenho e colocou um dedo no queixo, pensando. Havia visto aquele título em algum lugar, mas não se lembrava de onde. Olhou para cima, vendo as prateleiras abarrotadas de diversas obras nacionais e internacionais. Crispou os lábios e colocou o livro no lugar, suspirando e andou um pouco mais pelo corredor estreito, ouvindo nada mais do que o silêncio da biblioteca.

Parou antes de sair daquela seção para outra e segurou a saia, olhando para os lados e não vendo o loiro. Riu soprado e voltou a andar. Usava sapatilhas e não fazia o barulho que seus saltos faziam e a bibliotecária não havia lhe chamado a atenção ainda. Olhou para cima, tirando a franja do rosto e desceu os olhos, procurando algum título interessante para que desse uma olhada em sua sinopse. Na procura, levou um susto ao ver orbes escuros lhe observarem. Piscou e sorriu, rindo e desviou o olhar para o lado e andou um pouco, ouvindo o bater dos sapatos de Akira contra o chão de madeira. Colocou a mão contra a boca, escondendo seu sorriso e continuou andando, sem notar que a estante havia terminado. Riu soprado e olhou para o outro, batendo no peito de Akira.

- Você é bobo. – olhou seu rosto e cruzou os braços – Me fez perder minha localização nos livros. – riu novamente e olhou em volta para ter certeza que a bibliotecária não se encontrava por perto para lhe reprimir por estar rindo um pouco alto.

- O que eu posso fazer? Eu sempre quis fazer isso. – falou baixo, tocando os fios rubros do outro e riu. Mais cedo havia passado na casa de Takanori e o convidado para dar uma volta, para passear. O menor relutou a aceitar, mas Hibiki disse que poderia ir que o Café ficaria bem até sua volta.

Takanori sentia seu coração bater rápido quando Akira o tocava em qualquer forma. Não queria assumir que ainda sentia-se atraído pelo outro, mas seu corpo lhe traía, fazendo suas mãos suarem e seu peito aquecer. Suspirou e virou o rosto, olhando para as outras prateleiras e tocou no pingente do colar de bolinhas coloridas e moveu os lábios, fazendo um bico lateral e olhou o loiro.

- Vamos comer algo? Estou com fome. – franziu os lábios e tragou saliva levemente, vendo Akira assentir e tirar sua mão de seus fios. Tocou os mesmos e suspirou – Preciso lavar meu cabelo. Está ficando sujo. – arrumou a bolsa no ombro e acompanhou Akira até a saída, descendo as escadas de pedra da biblioteca.

- Preciso cortar o meu cabelo. Está ficando grande demais. – passou os dedos pelos fios loiros que chegavam até seus ombros e suspirou – Não é o cabelo de um homem de negócios, entende? – riu soprado e olhou para o outro.

- Não sei do que está falando. Você está ótimo assim! Faz-te parecer mais jovem. – riu ao tocar as mechas descoloridas. O cabelo comprido lhe trazia lembranças da juventude. Como passou a se interessar no outro por seu jeito descolado e diferente. O cabelo era meio comprido, descendo pelo início das costas e sempre com um moicano. Quando começaram a namorar pôde sentir os músculos fortes dos braços e das pernas e pôde ser quem fazia os penteados no outro. A maioria dos moicanos, dos cortes quem fazia era Takanori.

- Está me chamando de velho?! – riu soprado e passou o braço por seus ombros, puxando-o contra o peito, fingindo sufocá-lo e apertou um pouco, rindo ao vê-lo tentar se soltar do aperto. Sorriu e afrouxou o braço, continuando a abraçá-lo daquela maneira – Não sou velho, ok?!

- Não falei isso, seu idiota! Estou falando que fica melhor com o cabelo assim, energúmeno! – olhou-o e mostrou-lhe a língua, debochando. Suspirou e deitou a cabeça em seu ombro, não notando a situação em se encontravam. Estava sentindo-se confortável daquele jeito. O abraço era caloroso e confortável e a intimidade que já haviam compartilhado estava voltando à realidade dos dois. Não se sentiam incomodados ou envergonhados. Estavam acomodados.

Andaram até um restaurante no final da rua. Grandes lanternas vermelhas e uma fachada bonita, fazendo Takanori sentir-se diminuído em alguns aspectos, mas esperançoso. Esperava que seu estabelecimento desse frutos suficientes para que expandisse daquela maneira. Entrou com o loiro e sentaram-se em uma mesa ao lado do vidro. O menor olhava pelo vidro, vendo o céu nublado e prestando atenção nas nuvens pesadas que se aproximavam do centro da cidade cada vez mais para mergulhar o dia em uma profunda chuva. Suspirou pesadamente e sentiu sua franja ser passada para trás da orelha, fazendo-o olhar para Akira e sorrir novamente.

- Então, o que fez você voltar para o Japão? – sabia que já passara do tempo de fazer tal pergunta, mas não tivera a chance de conversar com o outro sobre os caminhos que tomaram após a separação. Cruzou as pernas e acomodou-se na cadeira, olhando-o e apoiou uma mão no rosto.

- Meu chefe quis abrir uma filial aqui e me encarregou do assunto, junto de Yuu. – sorriu levemente e segurou o cardápio, folheando-o para encontrar algo que lhe interessasse e levantou o olhar – Só preciso achar um apartamento logo para que eu deixe o hotel e consiga pôr um prumo em minha vida. – riu-se e coçou o queixo – Eu não lembrava que o mercado imobiliário estava tão ruim, Taka.

- Põe ruim nisso! – suspirou pesadamente, revirando os olhos e passou a mão na testa, reclamando como as coisas estavam de mal a piores com sua propriedade e que necessitava de outro espaço ou não poderia continuar no centro de Tokyo. Akira ouvia com atenção, respondendo e participando da conversa, dando a atenção precisa para o que o outro dizia e recebendo a mesma atenção quando decidia comentar algo.

Em meio à conversa haviam feito seu pedido que não tardou a chegar. A hora do almoço prolongou-se até a sobremesa enquanto Akira bebia um copo d’água e Takanori um copo de suco. Riam e trocavam olhares durante as conversas. Os pés roçando nas pernas alheias enquanto cruzavam as mesmas e os corpos arrepiavam-se. O ruivo terminou de tomar o suco e suspirou, olhando para o céu novamente.

- Devíamos ir antes que começasse a chover. Não sei se Hibiki sabe abaixar o toldo. – mordeu o canto do lábio inferior e acomodou as mãos sobre o colo – Vou ligar para eles. – inclinou-se, remexendo na bolsa, procurando pelo celular.

- Takanori. – riu soprado e moveu a cadeira para o lado, tocando o joelho do outro com calma – Eles estão bem. Ainda não está chovendo. Podemos ir agora mesmo. Não precisa ficar desesperado. – riu novamente e o viu fazer um leve bico – Vamos correndo para não nos molharmos. – Akira queria somente passear com o menor e por isso não havia utilizado o carro. E também, o mesmo já havia sido devolvido por ser alugado.

- Tudo bem, tudo bem. – passou a mão pela franja, bagunçando-a e suspirou, olhando os anéis nos dedos – Mas aí nós vamos para casa já e eu não quero isso! – olhou-o e colocou uma mão na bochecha, apoiando o cotovelo na mesa – Eu quero ficar mais com você. – ficou olhando-o e pôde ver os olhos negros ficarem maiores – Qu-quero dizer que eu... Que eu estou gostando do passeio! Só isso! – virou o rosto, apertando as pernas e os dedos sobre o tecido da saia.

Akira olhava-o e podia sentir o coração batendo rápido dentro do peito. O sangue sendo bombeado com tanta rapidez que sentiu as bochechas esquentarem. Tossiu, querendo se livrar do embaraço e terminou seu copo d’água, puxando ar passou a mão no rosto, cruzando as pernas – O... Passeio não precisa acabar assim que formos embora... – olhou-o, cobrindo a boca sutilmente.

- O que quer dizer? – virou o rosto, ignorando a face corada e ficou olhando-o.

- Podemos ir para o hotel em que estou e ver uns filmes no quarto. Ou posso ajudar no Café... Passar mais... Tempo juntos talvez. – arriscou aquelas palavras e segurou-se para não tocar o outro, pois poderia transmitir a ideia errada de que queria que aquilo se tornasse um encontro. Não queria forçar-se sobre o menor.

Takanori olhava-o e mil e uma coisas passavam por sua cabeça. Se aceitasse ir até o quarto de hotel dele alguma coisa poderia acontecer e não sabia se estava pronto para isso. A ideia de tê-lo trabalhando no Café era boa para seus sentimentos conflitantes, mas queria ficar mais tempo sozinho com ele e ver até onde seus filhos conseguiam cuidar do local. Mordeu o lábio inferior e colocou uma mão no peito.

- Vamos passar no Café para ver como tudo está e depois vamos... Para o hotel. – podia sentir o coração em sua palma da mão, batendo com força, doendo. Os olhos de Akira mantiveram-se sobre os fios vermelhos que caíam como cascatas sobre os ombros do outro. Puxou ar para se acalmar e levantou o olhar, assentindo. O peito apertando-se de antecipação. O que poderia acontecer quando chegassem ao hotel? Yuu já havia se mudado fazia dois ou três dias e Akira transferiu-se para um quarto menor para não dar tantos gastos à empresa.

- Vamos então.

 

- Sweetheart –

 

Sorriu largo, vendo como os rapazes conseguiam lidar com o negócio de modo tão tranquilo. Ren e Shion ajudavam com os pedidos enquanto Hibiki e Mizuki revezavam em alguns momentos quanto à cozinha e ao caixa. Takanori sentia-se orgulhoso de seus filhos, vendo-os trabalhando tão autonomamente. Aproximou-se do balcão e tocou a mão de Hibiki, tombando a cabeça e sorrindo com os olhos.

- Vocês estão fazendo um ótimo trabalho, meu bem. Fiquei com medo de que algo saísse errado, mas estou vendo que podem se virar tão bem. – riu sutilmente e deu a volta no balcão, abraçando o mais novo e segurou-lhe o rosto – Sinto-me orgulhoso. – o sorriso não deixava seu rosto.

- Eu disse que ficaria tudo bem, mãe. – sorriu de volta e levantou a sobrancelha – E agora que eu tô vendo, você já voltou? Achei que fossem ficar mais tempo fora. – lançou um olhar intimidador para Akira que estava sentado em um dos bancos do outro lado do balcão. Este só pôde rir sem graça e encolher levemente os ombros.

- Eu só voltei porque achei que poderiam estar com algum problema. – tocou-lhe os braços e sorriu levemente – Vou sair com Akira novamente e devo voltar à noite. – passou os dedos por seus fios, bagunçando-os e riu ao ter os pulsos segurados e o corpo do outro afastado.

- Mãe! Eu já disse que não gosto quando bagunça meu cabelo! Eu demoro a arrumar! – afastou-se, soltando-o e tentando abaixar os fios loiros rebeldes – E como assim, voltar à noite? Vocês vão fazer o que? Vão aonde? – virou o rosto e viu as bochechas do menor avermelharem – Mãe...

- Vou ao quarto de Akira no hotel aqui da frente. – riu-se e virou o rosto, tentando esconder a face corada e aproximou-se da janelinha que dava para a cozinha, tentando evitar o olhar do filho mais velho.

- Aonde?! – virou-se para Akira e puxou-o pela blusa – Escuta aqui, seu pervertido. – falou baixo para não chamar a atenção das pessoas ao redor – Se você fizer algo errado com a minha mãe, eu arrebento você. – disse entre dentes, mas foi puxado para trás por Takanori.

- Não acredito que está ameaçando Akira, Hibiki. – reprimiu-o, enrugando o cenho – Somos amigos de anos atrás e só vamos passar um tempo juntos para nos lembrar dos velhos tempos. Volto antes das oito. – jogou o cabelo para trás e soltou o outro – Estarei do outro lado da rua, meu bem. – suspirou – Ligo para cá, passando o número do quarto e o telefone se precisarem de algo. – tocou-lhe o peito e sorriu levemente – Não se preocupe, ok? – sorriu e afastou-se, dando a volta no balcão.

O loiro olhou os dois levantarem e cruzou os braços – Vou ligar mesmo! E espero que não volte cheirando à homem, mãe!

- Eu sou um homem, Hibiki! Querendo ou não eu vou cheirar a homem! – riu e abriu a porta para Akira, vendo-o passar e despediu-se do filho mais velho, atravessando a porta e puxou ar com força, colocando uma mão contra o peito – Vamos? – olhou Akira e sorriu sutilmente. O coração apertava em seu peito, batendo forte o suficiente para fazê-lo tremer de corpo inteiro.

- Vamos. – sorriu com os lábios, segurando seus ombros para atravessarem a rua. Hibiki observava da vitrine, com os braços cruzados. Podia pressentir que algo aconteceria.

 

- Sweetheart –

 

Abriu a porta e tirou os sapatos, deixando-os ao lado da porta, entrando no quarto primeiro. Correu até a cama, pegando a calça que havia deixado sob os lençóis antes de sair. Colocou-a sobre os ombros, tentando arrumar a cama.

- Gomen ne! O quarto está uma bagunça! Eu não sabia que viríamos e nem arrumei nada! – suspirou, passando por Takanori, dirigindo-se para o banheiro para jogar a calça no cesto de roupa suja que o hotel providenciava.

- Akira! Calma! Você está parecendo um adolescente! – colocou a bolsa em cima da mesa que havia no canto do quarto e tirou o casaco, colocando-o sobre a cadeira e remexeu na bolsa, sentindo o carpete sob as meias que usava – Não se preocupe. Eu já vi tanta bagunça sua que isso não é nada. Lembra quando eu fui ao seu quarto pela primeira vez? Estava um caos. Lembro-me de ter perdido uma pulseira e ter achado debaixo da cama dois dias depois. – riu e retirou o celular da bolsa, ligando para Hibiki.

- Eu só estou... Um pouco nervoso. – suspirou e sentou-se na cama, tirando a jaqueta e jogando-a na cadeira. Passou a mão pelo cabelo e olhou o ruivo fazendo a ligação. Levantou-se novamente e tentou organizar um pouco mais o quarto. Ouviu o outro se despedir e virou-se ao terminar de pendurar sua jaqueta

– Faz tempo que... Não ficamos desse jeito. – encolheu os ombros e riu sem graça.

- Desse jeito como? – olhou em volta – Sozinhos em um quarto? A última vez que isso aconteceu nos beijamos. – sorriu, colocando as mãos na frente do corpo – E quantas vezes nós já nos beijamos? Incontáveis, hn. – ficou olhando-o e virou o rosto, olhando a janela durante um tempo – Mas vamos tentar deixar isso de lado e vamos nos tornar bons amigos de novo! – virou-se para o loiro e sorriu largo, andando até ele e segurou suas mãos – Tudo bem?

Akira olhava-o. Sentia os dedos gordinhos segurando os seus e o coração batia forte ao ter aquele toque sutil e adorável. Crispou os lábios e ficou olhando os grandes olhos negros dele, lembrando-se de sua juventude. O amor adolescente interrompido, mas sempre tão vívido em sua memória. Subiu uma mão e tocou-lhe a bochecha, acariciando-a com calma. Umedeceu os lábios com a língua e deixou os olhos entreabertos.

Queria responder que tudo bem serem só amigos, que o que houve havia ficado no passado e que poderiam continuar a vida, mas somente inclinou-se. Os dedos desceram para seu pescoço, acariciando os fios rubros com carinho enquanto a outra mão puxava sua cintura, trazendo o corpo do mais novo para perto do seu. Inclinou-se e roçou os narizes, esperando alguma recusa, um empurrão, mas apenas viu os grandes olhos se fecharem, dando-lhe permissão para o que fosse ocorrer. Prendeu a respiração e cortou o espaço que havia entre os dois, juntando as bocas.

As mãos de Takanori alcançaram seus ombros, apertando a camisa com força enquanto sentia toda aquela pressão imposta em sua cintura. Os lábios partiram-se para que pudessem trocar um beijo mais íntimo. As línguas se tocando novamente e enroscando-se. O batom borrando pelos lábios cheios de Takanori e os finos de Akira. Após alguns minutos, pela falta de ar, separaram-se e se olharam, ofegando.

- N-não devia fazer isso... – desviou o olhar para o chão, sentindo-se fraquejar. Iria ceder se continuassem daquela maneira. Virou o rosto e encolheu os ombros, deitando a cabeça no peito de Akira.

- Por quê? Por que não posso fazer isso, Taka? Não gosta de quando te beijo? – tocou-lhe os fios, abraçando seus ombros e olhando para a janela, tentando ajudar o outro a parar de estremecer. Sentiu os dedos em sua camisa e abraçou-lhe com os dois braços, trazendo-o mais para perto.

- E-eu... Eu não posso, Aki... – o coração batendo forte com aquele abraço apertado. Suspirou pesadamente e subiu as mãos, segurando seu pescoço e afastou-se, olhando seus profundos olhos negros. Crispou os lábios e prendeu a respiração, abaixando o olhar e a cabeça – Eu não sei... O-o que fazer... – arfou, expelindo o ar que prendera e tragou saliva, deslizando as mãos e tocando-lhe os ombros.

Akira subiu a mão e segurou-lhe o queixo, levantando-o e selou os lábios sutil e demoradamente. Ficaram assim tempo o suficiente para Takanori fechar os olhos e tentar se acalmar. As mãos relaxaram o aperto na camisa de Akira e apenas ficaram espalmadas contra seu tórax. Os dedos do loiro acariciavam a cintura do outro, sentindo o corpo junto ao seu. Afastaram-se lentamente e abriram os olhos ao mesmo tempo. Os segundos seguintes foram insignificantes.

O coração de Takanori doía ao bater com força contra o peito e as mãos de Akira pareciam mais fortes do que nunca. As partes em que os dedos tocavam e apertavam, começavam a formigar ou a queimar. A parte interna das coxas de cada um começou a se aquecer quando os corpos caíram em cima dos lençóis. As línguas brigavam por espaço e os arfares ocupavam o quarto inteiro. Os corpos começaram a esquentar e Akira sentiu a urgência de tirar a camisa antes que manchas surgissem.

Afastou-se rapidamente e tragou saliva, puxando ar fortemente e olhando Takanori abaixo de si. Os cabelos ruivos espalhados sobre a fronha branca do travesseiro. Os lábios sujos pelo batom borrado e os olhos entreabertos, mas possibilitando visualizar o brilho de desejo. Abriu a camisa e a tirou do corpo, deixando-a cair no chão. Passou a mão no rosto e arfou baixo, vendo o peito do ruivo subir e descer. Deslizou as mãos por seu tórax e abdômen, abaixando a face para beijar a barriga exposta assim que levantou sua blusa. Os lábios criando caminho ao deixar beijos pela pele branca e arrepiada. Os dedos alcançando os mamilos e esfregando-os com os dedões enquanto a língua tracejava uma linha entre seu umbigo e o cós da saia.

Levantou a face novamente e suspirou, roçando o nariz com o de Takanori e sentindo os bicos dele ficarem rijos com os toques. Suspirou e desceu as mãos rapidamente, afastando a saia com rapidez, dobrando-lhe as pernas e ficando entre estas. Estava sentindo o corpo tremer e parecia que o coração explodiria. Takanori virou o rosto, apertando os fios da nuca de Akira e sentindo a respiração pesada dele em seu pescoço. Estava com o membro pulsando entre as pernas e os dedos formigando por não saber o que fazer com os mesmos. Passou a mão no rosto de Akira, tirando alguns fios que coçavam em sua bochecha.

- A-akira. – falou baixo, quase sussurrando. Sentia o corpo arder querendo mais dos toques do outro. Apertou os dedos dos pés, sentindo os lençóis macios abaixo de si e suspirou pesadamente, tentando se recompor. Podia sentir o membro do loiro contra o seu e não sabia o que fazer, senão, acariciar o início das costas do outro enquanto era novamente embalado por um beijo, desta vez, mais calmo.

Os lábios movendo-se com calma e cuidado, com medo de precisarem de ar muito rápido e terem que quebrar o beijo. O mais alto sentia os dedos gordinhos acariciando seus ombros e sua nuca enquanto seus próprios dedos passavam sutis pelas coxas do outro. Moveu-se um pouco para frente, causando uma ficção que fez ambos arfarem entre as bocas. Separaram-se e Akira deitou a cabeça em seu ombro, respirando com calma. Ouvia a respiração pesada do outro em seu ouvido e as pontas dos dedos acariciando sua nuca. Estava tão nervoso.

Aprumou-se sobre o outro e juntou as testas, acariciando sua bochecha e desceu os dedos para sua nuca novamente, embrenhando os dedos por entre os fios vermelhos e roçou os narizes de novo, sorrindo ao notar o que estava fazendo. Não podia esconder a felicidade de estar daquele modo novamente com o baixinho. Sentia seus poros gritarem de felicidade enquanto seu membro pulsava querendo reviver logo os momentos da juventude.

Takanori não estava para trás. Suas pernas bambeavam em excitação e mal podia aguentar-se de ansiedade. Há quanto tempo não tinha uma relação sexual com alguém? Anos. Anos. Tocou seu pescoço e selou os lábios novamente. Deslizou a mão por seu peito, alcançando o cós da calça para desabotoá-la e deixou mais beijos sutis nos lábios finos do outro. Arfou baixinho e terminou de descer o zíper de sua calça social, subindo a mão para suas costas, sentindo a cicatriz feita na infância. Sorriu, sentindo seu coração bater mais rápido. Aquela cicatriz parecia ser o que faltava para o ruivo acreditar que Akira havia realmente voltado para junto de si. Acariciou seu braço e roçou os narizes também.

- Onde está o gel? – riu, sentindo seu rosto arder por fazer tal pergunta. Há quanto tempo não falava em usar gel?! Escondeu o rosto no pescoço do outro e tragou saliva, querendo se esconder em algum buraco. Foi a vez de Akira corar e rir.

- O-o gel? – riu. Sentia-se um adolescente em sua primeira vez. Sentiu-se na própria primeira vez. A preparação, os vídeos, as perguntas embaraçosas feitas aos amigos mais velhos. Suspirou e afastou-se do outro, sentando-se e coçando a nuca, olhando em volta – E-eu... N-não tenho... – o outro sentou-se também e segurou o lençol contra o peito, olhando o loiro.

- E-e... Camisinha? – enrugou o cenho e juntou as pernas, sentindo a ereção arder. Viu o loiro negar e tragou saliva, abaixando a cabeça e passando a mão na franja – Tu-tudo bem. A gente... A gente tenta mais tarde ou... – riu, sem graça – Ou tenta esquecer que isso ia acontecer...

- Iie! N-não precisa s-se preocupar! Eu.... T-tem uma farmácia aqui do lado eu vou lá correndo e compro. É, é só esperar um minuto. – levantou-se, desajeitado, vestindo a camisa novamente e arrumando a calça.

- Como vai sair nesse estado?! – ajoelhou-se na cama – Dá para ver de longe! – colocou a mão na boca, corando mais.

- Eu estou ótimo. Está tudo bem. Me espera. Me. Espera. – inclinou-se, beijando a boca do outro, saindo com pressa e batendo a porta atrás de si. Takanori deitou na cama e suspirou, olhando em volta. Colocou a mão na boca após notar-se rindo uma risada gostosa de ser ouvida. Uma risada de quem está feliz por ter encontrado a felicidade. Riu novamente, balançando as pernas e tentando tirar a saia para facilitar para os dois quando o mais velho voltasse da farmácia. Olhou para a porta e corou. Precisava manter a ereção em pé.

 

- Sweetheart –

 

Tragou saliva pesadamente, sentindo-se idiota por estar com uma blusa amarrada na cintura e sentindo o vento de final de tarde bater em seus braços desnudos. Passou a mão no rosto ao entrar na farmácia e direcionar-se logo ao setor com camisinhas e lubrificantes íntimos. Pegou dois tubos e um pacote de camisinhas, correndo para a fila e tentando lembrar-se como eram as coisas durante o sexo.

Contava nos dedos o que precisava fazer e se lembrava fazer. Ao chegar sua vez no caixa, atrapalhou-se um pouco ao colocar os produtos sobre o balcão do caixa e suspirou ao pegar a carteira, tentando ignorar o sorrisinho sacana que o mesmo sustentava. Pagou, pegou a sacola e saiu. O rosto queimava enquanto sentia a brisa fria contra suas bochechas. O pensamento de que não usava mais a faixa nas últimas semanas cruzou sua mente ao entrar no hotel. A impaciência para esperar o elevador fez com que ficasse apertando o botão repetidamente, recebendo um olhar reprovador do atendente do saguão.

Dentro do elevador não podia sentir-se mais constrangido. Havia um cachorro ao seu lado que não parava de cheirar a sacola. Ah, queria morrer. Tragou saliva, querendo subir na cama e chorar baixinho de vergonha enquanto o rosto queimava por vergonha. Atravessou o corredor rapidamente, desamarrando a blusa da cintura e olhou o relógio de pulso, notando que não havia demorado mais do que quinze minutos. Quinze minutos que talvez tivessem feito o tesão de Takanori acabar. Abriu a porta devagar, esperando ver uma cara enfezada a sua espera e um ruivo com raiva.

Porém, viu apenas Takanori deitado na cama.

Deitado com as pernas sutilmente dobradas e cabeça jogada para trás. Os fios vermelhos caindo por sobre o travesseiro. Arfava e estremecia, apertando o lençol da cama com os dedos dos pés. Uma mão estava segurando o próprio pênis enquanto movia-a pela extensão deste, fazendo-o tremer. De repente, ele parou e largou os braços ao seu redor, tendo um pendendo para fora da cama.

Akira aproximou-se e colocou a sacola na cama, recebendo um olhar surpreso e assustado de Takanori. Este sentou-se imediatamente e segurou a coberta, cobrindo-se novamente e escondendo o rosto que entrava em chamas.

- T-taka, o... – não sabia o que perguntar. “Porque estava se masturbando?” não parecia uma pergunta muito sutil e a resposta seria óbvia. Coçou a nuca e tirou o casaco que estava amarrado em sua cintura e jogou-o na cadeira que havia ali, sentando-se na cama e passando a mão no rosto. Olhou-o e inclinou-se, abaixando o lençol e vendo as bochechas vermelhas do outro – O-o que foi isso? – a pergunta saindo quase inaudível.

- E-eu... Eu não queria que... Que abaixasse. – passou a mão na nuca e tragou saliva, dobrando as pernas, mas relaxando-as logo em seguida pela pressão feita em seu membro ereto.

O loiro riu soprado e levantou o rosto do menor, acariciando seu queixo. O coração batia a mil enquanto tentava não tremer e estragar tudo. Sorriu minimamente e inclinou-se, descendo a mão para o pescoço do outro e beijando sua boca suavemente, deliciando-se com a maciez dos lábios do outro. Passou a mão para a nuca do menor, abrindo os lábios e pedindo passagem para aprofundar o beijo.

O ruivo partiu os lábios e tocou o rosto do loiro, fechando os olhos ao toque delicado das bocas. Suspirou, apertando os dedos dos pés, mas relaxando-os ao ter a mão do outro sobre a sua. Separaram-se, buscando por ar e abriram os olhos, sentindo como se fosse os únicos na face da Terra. Como se nada pudesse separá-los.

Sem conseguir segurar-se mais, Akira desabotoou a blusa e jogou-a no chão, ajoelhando na cama e ajudando o menor a retirar o restante da roupa. Estavam deitados sobre a cama, amassando os lençóis e rindo entre os beijos. As mãos do menor tocavam as costas de Akira enquanto os lábios viajavam por sua orelha e seu pescoço, deixando beijos e algumas marcas vermelhas.

As mãos do loiro apertavam as coxas do outro, sua cintura, queimando aonde tocavam e tentando gravar cada parte do corpo do outro. Cada parte que parecia tão nova para si. Os corpos esfregando um no outro, os membros friccionando e fazendo os arfares aumentarem dentro do quarto.

- A-aki... – arfou, segurando o cabelo da parte de trás da cabeça do outro. O peito subia e descia, fazendo as gotas de suor descerem para suas costas. Umedeceu os lábios e viu o desejo nos olhos do maior. Olhos tão escuros...

Suzuki elevou o corpo, olhando em volta à procura da sacola, achando-a jogada no chão. Inclinou-se, pegando o que havia comprado e jogando em cima da cama. Abriu o pacote de camisinhas e pegou uma, abrindo-a com os dentes e cuspindo o plástico para fora da cama. Suspirou ao sentir o óleo gelado encostar-se a seu membro e desenrolou-a. Olhou para cima e precisou parar e apoiar-se na cama, puxando ar com calma.

- O-o que foi? – os dedos cheios tocaram em seu ombro.

Passou a mão no rosto e tragou saliva pesadamente, levantando o rosto.

- Não faz essa cara. Eu não vou aguentar. – franziu o cenho, olhando o outro e o viu assentir, mesmo sem saber do que o loiro falava.

Suspirou pesadamente e abaixou a mão, terminando de colocar a camisinha e pegou o gel, abrindo-o, mas parou, olhando o menor.

- Você... Disse que faz um tempo que não... – coçou a nuca e tragou saliva – Não acha melhor fazermos como na... – as palavras pareciam não querer sair. Riu soprado, achando-se um adolescente de tão nervoso que estava.

- Como na nossa primeira vez? – falou baixo, quase murmurado. Colocou a mão no rosto – É tão vergonhosa aquela posição... – resmungou baixo, tragando saliva – Não quero.

Akira só pode rir daquilo. Takanori sempre seria daquela maneira. Debruçou-se sobre o menor e beijou sua testa, abaixando o rosto e esfregando os narizes juntos, suspirando. Tocou-lhe o peito e o pescoço, selando os lábios.

Afastou-se novamente e pediu que o menor segurasse as pernas afastadas. Ouviu o muxoxo dele e só pôde rir, abrindo o gel novamente.

- Essa posição também é vergonhosa? – começou a derramar o líquido viscoso e gelado na entrada do outro, rindo ao vê-lo estremecer e assentir.

- Quase todas são. – suspirou, falando baixo e fechou os olhos, estremecendo novamente ao sentir o indicador de Akira tentar passagem. Relaxou-se, tragando saliva e arfou, apertando as partes internas de seus joelhos e mordendo o lábio inferior com calma. Enrugou o cenho e afundou as unhas compridas em sua própria pele ao sentir o dedo começar a deslizar para seu interior. Abriu os olhos um pouco, querendo soltar as pernas e apertou os dedos dos pés.

- Quase... T-todas? – suspirou alto, sentindo a pressão do canal e começou a mover o dedo no interior dele, tirando e enfiando lentamente, acomodando-se entre as pernas dele. Girou a mão, pressionando a ponta do dedo em diversos locais, vendo-o estremecer e morder os lábios cheios. Sorriu de lado – Q-quais não são?

Abriu os olhos novamente e dobrou as pernas um pouco mais, soltando uma delas e apoiando a mão na cama, ofegando ao sentir outro dedo conseguir a passagem para dentro de si. Gemeu baixo e não conseguiu falar, ocupando-se em ofegar e não gozar ainda.

Seu corpo estava tão sensível que parecia que cada movimento brusco que o maior fizesse lhe daria o orgasmo. Passou a mão no rosto, gemendo baixo e estremecendo a cada estocada que recebia pelos dedos do maior. Mordeu o lábio inferior e apertou o lençol, tragando saliva pesadamente.

- Está bem, Taka? – a voz perto de seu ouvido fez-lhe arrepiar. Virou o rosto e assentiu, umedecendo os lábios e ofegando ao tocar-lhe o pescoço e emaranhar os dedos nos fios de sua nuca novamente – Vou colocar mais um pouco, ok? – suspirou pesadamente, fechando os olhos por alguns segundos, mas os abrindo. Viu o ruivo assentir e afastou-se novamente, despejando mais gel, tanto na entrada do menor quanto em seu membro. Lambeu o lábio superior e inclinou-se, enfiando os dedos com mais força em seu interior.

Ficou observando o corpo do menor e vagando em suas lembranças da adolescência. O apetite sexual do menor parecia ter diminuído com o passar dos anos. Ficar tanto tempo sem fazer sexo? Enrugou o cenho e afundou os dedos mais, abrindo-os e pressionando os pontos que conseguia lembrar que faziam o menor delirar. Suspirou ao vê-lo arquear as costas e mordeu o lábio inferior.

Takanori sentia ondas elétricas alcançarem todo o seu corpo, fazendo-o arquear as costas, apertas os dedos dos pés e contrair-se. Gemeu arrastado, franzindo o cenho e mordendo o lábio inferior quando o dedo médio do loiro pressionou algo que fez seu interior arder e seu membro pulsar mais, quase lhe fazendo gozar. Virou o corpo de lado ao ter os dedos retirados de si e arfou alto, respirando com sutileza. Virou o rosto levemente, observando o maior passar uma mão das mãos no rosto.

Akira estava concentrando-se para não avançar no menor para descarregar todo o tesão que estava sentindo. Ofegou e olhou-o naquela posição. Os cabelos compridos jogados sobre a cama e a franja grudando em sua testa. Arfou novamente e tragou saliva com força, descendo a mão e segurando a cabeça de seu pênis. Olhou para baixo e afastou uma das nádegas dele, posicionando-se e tragou saliva.

- E-espera. – levantou o olhar e viu o menor colocar a mão no rosto, respirando com dificuldade. Apoiou-se nas mãos, sentando-se na cama e viu Akira olhar-lhe com confusão – Deita. – passou a mão na franja, jogando-a para trás e arfou baixo, puxando ar.

O loiro enrugou o cenho, mas acatou, deitando-se na cama e olhando o menor. Não sabia o que se passava na cabeça do outro para pedir aquilo, mas apenas obedeceu.

Takanori inclinou-se e selou os lábios com os de Akira, beijando-o ternamente. Juntou as testas e apoiou uma mão de cada lado da cabeça do outro, passando uma das pernas por seu quadril e respirando calmamente. O loiro notou o que o menor pretendia e tocou-lhe as coxas.

- Taka... O que está fazendo? – quase sussurrava – Vai doer mais assim.

- Vou ficar bem. – sorriu e suspirou baixinho, levando uma mão para trás de seu corpo, segurando a glande do membro do outro e fechando os olhos – Essa posição não me é vergonhosa. – riu baixo, recebendo um sorriso do outro.

Puxou ar com calma, preparando-se e enrugou o cenho ao forçar o membro contra seu ânus. Mordeu a ponta da língua, estremecendo ao sentir-se ser preenchido daquela maneira. O pênis entrava com um pouco de facilidade graças ao gel e o desconforto não era tão grande. Takanori deixou um suspiro pesado escapar e apertou os olhos, tentando relaxar ao máximo para descer no colo do outro, rápido o suficiente para fazê-lo entrar por completo.

 Akira não conteve um gemido e suas mãos agarraram a cintura do menor rapidamente, segurando-o. Ofegou de modo pesado e olhou o ruivo, vendo-o encolher os ombros e esconder o rosto com uma das mãos enquanto a outra apoiava no abdômen do loiro.

Subiu uma mão e afastou a mão que tocava seu rosto. Acariciou-lhe a bochecha e ofegou, sentindo o menor contrair ao seu redor. Sentou-se e ouviu Takanori gemer e abraçar seu pescoço, ofegando. Deitou a cabeça em sua têmpora e deslizou a mão para entre os corpos, tocando o membro dele, acariciando e massageando para distraí-lo.

Começou a beijar seu pescoço, tentando deixá-lo confortável e as mãos dele subiram para sua nuca, apertando seus fios com um pouco de força. Arfou contra o pescoço dele e apertou-lhe a nádega com a outra mão.

- Taka. – o nome saindo em um ofego. O ruivo assentiu e dobrou as pernas, ofegando alto e apertou-lhe os ombros, colando as testas e movendo o corpo para cima, sentindo o membro sair quase por completo. Crispou os lábios e desceu, sentindo uma onda elétrica percorrer seu corpo. Mordeu o lábio inferior com força e tragou saliva fortemente, gemendo baixo.

O coração batia contra o peito como se fosse sair pela garganta. O corpo tremia enquanto movimentava-se para cima e para baixo no colo do outro, abraçando-lhe o pescoço e fechando os olhos, não aguentando o prazer.

Akira gemia baixo, apertando as nádegas do ruivo, mordendo os próprios lábios com força. Deitou-se novamente e dobrou os joelhos, subindo as mãos para o quadril do outro e segurando-o firme, começando a jogar o quadril para cima, enfiando-se com força nele. O menor parou de mover e apoiou as mãos no corpo do outro, jogando a cabeça para frente e gemendo contido, sempre tendo em mente que estavam em um quarto com quartos ao redor.

Segurou seus fios e enrolou-os, jogando-os por cima do ombro e deixou a cabeça pender para trás. Abriu a boca para arfar, decidindo por tentar tocar-se. Fazia movimentos erráticos tentando masturbar-se, pois as mãos tremiam, dificultando seu objetivo. Mordeu o lábio inferior e apoiou as mãos no abdômen de Akira novamente.

- A-aki... – gemeu o nome dele e apertou os olhos, arranhando-lhe um pouco o peito e ofegou alto, segurando suas mãos em seu quadril. Gozaria logo. Estava sentindo. Arfou e sentou-se melhor no colo dele, voltando a mover-se para cima e para baixo, mordendo o lábio inferior e sentindo alguns fios grudarem no canto de sua boca.

O loiro mal conseguia se concentrar. Queria tocar Takanori em todos os lugares e proporcionar-lhe todo tipo de prazer. Os dedos dos pés apertavam-se contra o lençol enquanto estocava o outro e arranhava-lhe as coxas grossas. Estava quase fechando os olhos, deixando-se afundar no prazer, mas não queria perder nenhum momento do rosto de Takanori. O suor descendo por seu peito, a boca vermelha com fios grudados nos cantos, a franja que grudava em sua testa, os olhos que se apertavam ou só se mantinham entreabertos por um tempo. Não queria perder um momento se quer.

Ofegou e desceu uma mão, apertando-lhe a glande com força e masturbando-o tão erraticamente quanto o ruivo. Riu soprado e gemeu arrastado, mordendo o lábio inferior para não deixar sua voz escapar e fechou um dos olhos ao ver o sêmen do outro acertar-lhe o abdômen e seu queixo. Ofegou alto, ainda masturbando-o enquanto estocava e sentia as contrações ao redor de seu membro latejante. Apertou-lhe a glande com força e afundou a cabeça no travesseiro, gemendo baixo e apertando os dedos com força em sua coxa com força ao gozar no interior do menor e deixou um ofego pesado escapar de seus lábios.

Takanori deixou-se deitar no peito do outro, mesmo que Akira segurasse seus ombros para que não o fizesse até se limpar. Moveu o quadril para cima e ofegou arrastado, sentindo o pênis sair por completo de si e deitou-se, derrotado, na cama, passando a mão em sua testa, jogando a franja para trás e fechou os olhos ao sentir a cama remexer-se, indicando que Akira fora jogar a camisinha fora e se limpar. Sentou-se e olhou em volta, tragando saliva e virou o corpo, descendo da cama e sentindo sutis pontadas em sua bunda. Ofegou e riu baixo, vendo Akira sair do banheiro.

- M-me sinto co-como um... Um adolescente. – riu novamente e colocou a mão no quadril, andando até o loiro e tocando-lhe o peito de leve.

- Está... Está sentindo alguma coisa? – acariciou sua bochecha e inclinou-se um pouco, beijando a testa do ruivo – Dói?

Takanori só negou com a cabeça antes de ir direto para o banheiro. Akira o seguiu e parou na porta, observando-o.

- Eu quero tomar um banho. – olhou o loiro e ofegou baixo, perdendo o equilíbrio das pernas e apoiando-se na pia. O maior segurou-lhe e suspirou.

- Taka, você tá bem? – perguntou novamente e o ruivo olhou seu rosto, sorrindo sem graça.

- Foi m-muito bom, ma-mas tá... Tá doendo um pouco. – abaixou o rosto, sentindo-se envergonhado. Todo aquele gel que usaram e a camisinha não resolveram muito. Fazia tempo que não transava e agora estava sentindo seu quadril doer e as pernas estavam bambas. Riu novamente e levantou o olhar – Gomen ne.

Akira só suspirou e negou com a cabeça – Não aprende nunca?

Sorriu suavemente e beijou seu rosto, ajudando-o a entrar debaixo do chuveiro e fechando a box. Ligou o chuveiro e ajudou o menor a banhar-se, fazendo o mesmo.

Após o banho, Akira ajudou Takanori a sentar-se na cama para então secar seus cabelos compridos. Agradeceu pelas vezes que o ruivo ensinou-lhe a mexer com artefatos de salão de beleza, senão não seria capaz de fazer aquilo. Nunca se deu bem com aquelas coisas.

Assim que o cabelo secou, o loiro abraçou o menor por trás e beijou seu pescoço e seu rosto, trazendo o corpinho para mais perto de si.

- Parece que estamos em alguma viagem. – riu soprado e Takanori concordou, rindo também.

- Apesar de a minha casa ser do outro lado da rua. – encostou-se ao peito do maior e virou o rosto, acariciando-lhe o queixo e sentindo a barba começando a crescer. Ficaram olhando-se por alguns minutos, sorrindo e rindo baixinho, parecendo duas crianças bobas – Acho melhor eu já voltar. – pronunciou-se após um tempo.

- Já? – suspirou, passando o nariz em sua bochecha e acariciou sua coxa novamente – Tudo bem.

- Eu posso voltar outro dia. – virou-se no abraço do loiro e ajoelhou-se entre suas pernas, olhando-o – Posso voltar e você pode dar uma passadinha no café. – tocou-lhe o rosto e seu queixo, beijando seus lábios sutilmente, mas logo aprofundando o beijo e recebendo carícias na nuca e cintura. Separou-se e beijou sua bochecha.

- Eu te deixo no Café. Não acho que vá conseguir andar direito com esse quadril. – riu baixo e recebeu um aceno positivo. Levantaram-se, vestiram-se e saíram do quarto. Takanori apoiava-se no braço do outro enquanto caminhavam. A atmosfera que os acompanhava era leve e aconchegante. Riam e conversavam amenidades enquanto caminhavam para fora do hotel. Ao chegarem em frente ao Café, Takanori pediu que Akira abaixasse o toldo da frente e riu ao vê-lo ter dificuldade ao puxar o material.

- Eles voltaram. – Hibiki comentou baixo para Mizuki enquanto viam os dois entrarem no estabelecimento – E aí, mãe. Como foi o encontro? – perguntou meio por alto, não querendo deixar transparecer o azedo de suas palavras.

- Foi ótimo. – riu baixo e passou a mão no cabelo – Como ficaram sem mim? – olhou em volta, vendo Ren servindo uma mesa e sorriu. Shion estava ajudando no balcão e só pôde sentir seu coração esquentar ao ver aquela cena.

- Estamos indo bem até. – sorriu convencido e Takanori deu a volta no balcão, abraçando Hibiki e rindo baixo.

- Eu estou muito orgulhoso de vocês. Muito mesmo. – apertou-lhe as bochechas e sorriu largo – Eu vou só ir lá em cima guardar minha bolsa e já desço. – o sorriso não deixou seu rosto enquanto subi as escadas – com ajuda de Akira.

Suspirou baixo ao colocar a bolsa sobre a cama e olhou o loiro. Riu e abraçou-lhe o pescoço, recebendo leves carícias em sua cintura quando suas bocas se encontraram para um beijo calmo e sutil.

- Tem que vir me visitar. – falou baixo e desceu a mão para seu peito.

- E você vai me visitar assim que eu comprar minha casa. Ouviu? – sorriu e tocou seu rosto, acariciando sua bochecha. O ruivo assentiu e riu baixinho.

- Agora tenho que voltar a trabalhar. – quase disse com pesar. Suas obrigações o chamavam, mesmo que quisesse apenas deitar e ficar abraçado com o loiro até o fim dos tempos.

- Eu também. – suspirou e riu da reação dos dois – Mas te ligo depois para marcarmos outro encontro. – selou os lábios novamente e ajudou-o a descer as escadas, tendo os braços do ruivo agora em sua cintura. Acariciou seu ombro e ao chegarem ao fim da escada, deixou um último beijo nos lábios e testa do menor, despedindo-se e saindo do local.

Hibiki olhava a cena da pequena janela da cozinha e os olhos pareciam dois pratos de tão esbugalhados. Não gostou daquilo. Mizuki apenas sorriu meio de lado, rindo soprado, mas seu semblante logo mudou assim que um cliente foi pagar a conta.

Matsumoto sentia que tudo estava indo bem, que nada poderia estragar sua felicidade. Estava com os filhos ajudando-lhe no Café, Akira havia voltado para sua vida e tudo estava bem. Riu-se ao assumir o caixa e pedir que Mizuki ajudasse Hibiki na cozinha. Seu coração estava quente e nada poderia estragar aquilo.

 

 

I was Born a fool on the run

I’ve broken hearts and lost at love

There’s not one thing I would change or undo

Cause all my life’s been a road to you

Road To You – Five for Fighting


Notas Finais


Eu sei! Demorei para cara*** com esse cap e_e
Eu realmente tinha empacado legal nesse lemon e não queria sair nada de jeito nenhum ÇAÇ
Eu realmente espero que tenham gostado e, por favor, não pensem que eu abandonei Sweetheart. Eu só estou tendo dificuldades de conseguir escrever os caps, mas estou me esforçando porque eu sei que tem gente que gosta de ler e que quer saber o que vai acontecer.
Um agradecimento espacial à k-o-i-k-i que foi até o tumblr um tanto de vez para me pedir para continuar e isso me motivou a sempre abrir o arquivo e ficar meia hora olhando aquele texto inacabado e ficar "ELESQUEREMLER". Pois é.
Obrigada mesmo <3

Abacroombie s2


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