Sweetheart
DEVOURING ONE ANOTHER
Passou os dedos pelas capas laterais dos livros e sorriu, olhando os títulos. Os meninos estavam tomando conta do Café enquanto estava ali. Os olhos brilhando ao ver as obras que havia lido em sua adolescência e algumas que teria o prazer de ler. Suspirou e pegou um dos de capa dura que o título havia lhe despertado o interesse. Enrugou o cenho e colocou um dedo no queixo, pensando. Havia visto aquele título em algum lugar, mas não se lembrava de onde. Olhou para cima, vendo as prateleiras abarrotadas de diversas obras nacionais e internacionais. Crispou os lábios e colocou o livro no lugar, suspirando e andou um pouco mais pelo corredor estreito, ouvindo nada mais do que o silêncio da biblioteca.
Parou antes de sair daquela seção para outra e segurou a saia, olhando para os lados e não vendo o loiro. Riu soprado e voltou a andar. Usava sapatilhas e não fazia o barulho que seus saltos faziam e a bibliotecária não havia lhe chamado a atenção ainda. Olhou para cima, tirando a franja do rosto e desceu os olhos, procurando algum título interessante para que desse uma olhada em sua sinopse. Na procura, levou um susto ao ver orbes escuros lhe observarem. Piscou e sorriu, rindo e desviou o olhar para o lado e andou um pouco, ouvindo o bater dos sapatos de Akira contra o chão de madeira. Colocou a mão contra a boca, escondendo seu sorriso e continuou andando, sem notar que a estante havia terminado. Riu soprado e olhou para o outro, batendo no peito de Akira.
- Você é bobo. – olhou seu rosto e cruzou os braços – Me fez perder minha localização nos livros. – riu novamente e olhou em volta para ter certeza que a bibliotecária não se encontrava por perto para lhe reprimir por estar rindo um pouco alto.
- O que eu posso fazer? Eu sempre quis fazer isso. – falou baixo, tocando os fios rubros do outro e riu. Mais cedo havia passado na casa de Takanori e o convidado para dar uma volta, para passear. O menor relutou a aceitar, mas Hibiki disse que poderia ir que o Café ficaria bem até sua volta.
Takanori sentia seu coração bater rápido quando Akira o tocava em qualquer forma. Não queria assumir que ainda sentia-se atraído pelo outro, mas seu corpo lhe traía, fazendo suas mãos suarem e seu peito aquecer. Suspirou e virou o rosto, olhando para as outras prateleiras e tocou no pingente do colar de bolinhas coloridas e moveu os lábios, fazendo um bico lateral e olhou o loiro.
- Vamos comer algo? Estou com fome. – franziu os lábios e tragou saliva levemente, vendo Akira assentir e tirar sua mão de seus fios. Tocou os mesmos e suspirou – Preciso lavar meu cabelo. Está ficando sujo. – arrumou a bolsa no ombro e acompanhou Akira até a saída, descendo as escadas de pedra da biblioteca.
- Preciso cortar o meu cabelo. Está ficando grande demais. – passou os dedos pelos fios loiros que chegavam até seus ombros e suspirou – Não é o cabelo de um homem de negócios, entende? – riu soprado e olhou para o outro.
- Não sei do que está falando. Você está ótimo assim! Faz-te parecer mais jovem. – riu ao tocar as mechas descoloridas. O cabelo comprido lhe trazia lembranças da juventude. Como passou a se interessar no outro por seu jeito descolado e diferente. O cabelo era meio comprido, descendo pelo início das costas e sempre com um moicano. Quando começaram a namorar pôde sentir os músculos fortes dos braços e das pernas e pôde ser quem fazia os penteados no outro. A maioria dos moicanos, dos cortes quem fazia era Takanori.
- Está me chamando de velho?! – riu soprado e passou o braço por seus ombros, puxando-o contra o peito, fingindo sufocá-lo e apertou um pouco, rindo ao vê-lo tentar se soltar do aperto. Sorriu e afrouxou o braço, continuando a abraçá-lo daquela maneira – Não sou velho, ok?!
- Não falei isso, seu idiota! Estou falando que fica melhor com o cabelo assim, energúmeno! – olhou-o e mostrou-lhe a língua, debochando. Suspirou e deitou a cabeça em seu ombro, não notando a situação em se encontravam. Estava sentindo-se confortável daquele jeito. O abraço era caloroso e confortável e a intimidade que já haviam compartilhado estava voltando à realidade dos dois. Não se sentiam incomodados ou envergonhados. Estavam acomodados.
Andaram até um restaurante no final da rua. Grandes lanternas vermelhas e uma fachada bonita, fazendo Takanori sentir-se diminuído em alguns aspectos, mas esperançoso. Esperava que seu estabelecimento desse frutos suficientes para que expandisse daquela maneira. Entrou com o loiro e sentaram-se em uma mesa ao lado do vidro. O menor olhava pelo vidro, vendo o céu nublado e prestando atenção nas nuvens pesadas que se aproximavam do centro da cidade cada vez mais para mergulhar o dia em uma profunda chuva. Suspirou pesadamente e sentiu sua franja ser passada para trás da orelha, fazendo-o olhar para Akira e sorrir novamente.
- Então, o que fez você voltar para o Japão? – sabia que já passara do tempo de fazer tal pergunta, mas não tivera a chance de conversar com o outro sobre os caminhos que tomaram após a separação. Cruzou as pernas e acomodou-se na cadeira, olhando-o e apoiou uma mão no rosto.
- Meu chefe quis abrir uma filial aqui e me encarregou do assunto, junto de Yuu. – sorriu levemente e segurou o cardápio, folheando-o para encontrar algo que lhe interessasse e levantou o olhar – Só preciso achar um apartamento logo para que eu deixe o hotel e consiga pôr um prumo em minha vida. – riu-se e coçou o queixo – Eu não lembrava que o mercado imobiliário estava tão ruim, Taka.
- Põe ruim nisso! – suspirou pesadamente, revirando os olhos e passou a mão na testa, reclamando como as coisas estavam de mal a piores com sua propriedade e que necessitava de outro espaço ou não poderia continuar no centro de Tokyo. Akira ouvia com atenção, respondendo e participando da conversa, dando a atenção precisa para o que o outro dizia e recebendo a mesma atenção quando decidia comentar algo.
Em meio à conversa haviam feito seu pedido que não tardou a chegar. A hora do almoço prolongou-se até a sobremesa enquanto Akira bebia um copo d’água e Takanori um copo de suco. Riam e trocavam olhares durante as conversas. Os pés roçando nas pernas alheias enquanto cruzavam as mesmas e os corpos arrepiavam-se. O ruivo terminou de tomar o suco e suspirou, olhando para o céu novamente.
- Devíamos ir antes que começasse a chover. Não sei se Hibiki sabe abaixar o toldo. – mordeu o canto do lábio inferior e acomodou as mãos sobre o colo – Vou ligar para eles. – inclinou-se, remexendo na bolsa, procurando pelo celular.
- Takanori. – riu soprado e moveu a cadeira para o lado, tocando o joelho do outro com calma – Eles estão bem. Ainda não está chovendo. Podemos ir agora mesmo. Não precisa ficar desesperado. – riu novamente e o viu fazer um leve bico – Vamos correndo para não nos molharmos. – Akira queria somente passear com o menor e por isso não havia utilizado o carro. E também, o mesmo já havia sido devolvido por ser alugado.
- Tudo bem, tudo bem. – passou a mão pela franja, bagunçando-a e suspirou, olhando os anéis nos dedos – Mas aí nós vamos para casa já e eu não quero isso! – olhou-o e colocou uma mão na bochecha, apoiando o cotovelo na mesa – Eu quero ficar mais com você. – ficou olhando-o e pôde ver os olhos negros ficarem maiores – Qu-quero dizer que eu... Que eu estou gostando do passeio! Só isso! – virou o rosto, apertando as pernas e os dedos sobre o tecido da saia.
Akira olhava-o e podia sentir o coração batendo rápido dentro do peito. O sangue sendo bombeado com tanta rapidez que sentiu as bochechas esquentarem. Tossiu, querendo se livrar do embaraço e terminou seu copo d’água, puxando ar passou a mão no rosto, cruzando as pernas – O... Passeio não precisa acabar assim que formos embora... – olhou-o, cobrindo a boca sutilmente.
- O que quer dizer? – virou o rosto, ignorando a face corada e ficou olhando-o.
- Podemos ir para o hotel em que estou e ver uns filmes no quarto. Ou posso ajudar no Café... Passar mais... Tempo juntos talvez. – arriscou aquelas palavras e segurou-se para não tocar o outro, pois poderia transmitir a ideia errada de que queria que aquilo se tornasse um encontro. Não queria forçar-se sobre o menor.
Takanori olhava-o e mil e uma coisas passavam por sua cabeça. Se aceitasse ir até o quarto de hotel dele alguma coisa poderia acontecer e não sabia se estava pronto para isso. A ideia de tê-lo trabalhando no Café era boa para seus sentimentos conflitantes, mas queria ficar mais tempo sozinho com ele e ver até onde seus filhos conseguiam cuidar do local. Mordeu o lábio inferior e colocou uma mão no peito.
- Vamos passar no Café para ver como tudo está e depois vamos... Para o hotel. – podia sentir o coração em sua palma da mão, batendo com força, doendo. Os olhos de Akira mantiveram-se sobre os fios vermelhos que caíam como cascatas sobre os ombros do outro. Puxou ar para se acalmar e levantou o olhar, assentindo. O peito apertando-se de antecipação. O que poderia acontecer quando chegassem ao hotel? Yuu já havia se mudado fazia dois ou três dias e Akira transferiu-se para um quarto menor para não dar tantos gastos à empresa.
- Vamos então.
- Sweetheart –
Sorriu largo, vendo como os rapazes conseguiam lidar com o negócio de modo tão tranquilo. Ren e Shion ajudavam com os pedidos enquanto Hibiki e Mizuki revezavam em alguns momentos quanto à cozinha e ao caixa. Takanori sentia-se orgulhoso de seus filhos, vendo-os trabalhando tão autonomamente. Aproximou-se do balcão e tocou a mão de Hibiki, tombando a cabeça e sorrindo com os olhos.
- Vocês estão fazendo um ótimo trabalho, meu bem. Fiquei com medo de que algo saísse errado, mas estou vendo que podem se virar tão bem. – riu sutilmente e deu a volta no balcão, abraçando o mais novo e segurou-lhe o rosto – Sinto-me orgulhoso. – o sorriso não deixava seu rosto.
- Eu disse que ficaria tudo bem, mãe. – sorriu de volta e levantou a sobrancelha – E agora que eu tô vendo, você já voltou? Achei que fossem ficar mais tempo fora. – lançou um olhar intimidador para Akira que estava sentado em um dos bancos do outro lado do balcão. Este só pôde rir sem graça e encolher levemente os ombros.
- Eu só voltei porque achei que poderiam estar com algum problema. – tocou-lhe os braços e sorriu levemente – Vou sair com Akira novamente e devo voltar à noite. – passou os dedos por seus fios, bagunçando-os e riu ao ter os pulsos segurados e o corpo do outro afastado.
- Mãe! Eu já disse que não gosto quando bagunça meu cabelo! Eu demoro a arrumar! – afastou-se, soltando-o e tentando abaixar os fios loiros rebeldes – E como assim, voltar à noite? Vocês vão fazer o que? Vão aonde? – virou o rosto e viu as bochechas do menor avermelharem – Mãe...
- Vou ao quarto de Akira no hotel aqui da frente. – riu-se e virou o rosto, tentando esconder a face corada e aproximou-se da janelinha que dava para a cozinha, tentando evitar o olhar do filho mais velho.
- Aonde?! – virou-se para Akira e puxou-o pela blusa – Escuta aqui, seu pervertido. – falou baixo para não chamar a atenção das pessoas ao redor – Se você fizer algo errado com a minha mãe, eu arrebento você. – disse entre dentes, mas foi puxado para trás por Takanori.
- Não acredito que está ameaçando Akira, Hibiki. – reprimiu-o, enrugando o cenho – Somos amigos de anos atrás e só vamos passar um tempo juntos para nos lembrar dos velhos tempos. Volto antes das oito. – jogou o cabelo para trás e soltou o outro – Estarei do outro lado da rua, meu bem. – suspirou – Ligo para cá, passando o número do quarto e o telefone se precisarem de algo. – tocou-lhe o peito e sorriu levemente – Não se preocupe, ok? – sorriu e afastou-se, dando a volta no balcão.
O loiro olhou os dois levantarem e cruzou os braços – Vou ligar mesmo! E espero que não volte cheirando à homem, mãe!
- Eu sou um homem, Hibiki! Querendo ou não eu vou cheirar a homem! – riu e abriu a porta para Akira, vendo-o passar e despediu-se do filho mais velho, atravessando a porta e puxou ar com força, colocando uma mão contra o peito – Vamos? – olhou Akira e sorriu sutilmente. O coração apertava em seu peito, batendo forte o suficiente para fazê-lo tremer de corpo inteiro.
- Vamos. – sorriu com os lábios, segurando seus ombros para atravessarem a rua. Hibiki observava da vitrine, com os braços cruzados. Podia pressentir que algo aconteceria.
- Sweetheart –
Abriu a porta e tirou os sapatos, deixando-os ao lado da porta, entrando no quarto primeiro. Correu até a cama, pegando a calça que havia deixado sob os lençóis antes de sair. Colocou-a sobre os ombros, tentando arrumar a cama.
- Gomen ne! O quarto está uma bagunça! Eu não sabia que viríamos e nem arrumei nada! – suspirou, passando por Takanori, dirigindo-se para o banheiro para jogar a calça no cesto de roupa suja que o hotel providenciava.
- Akira! Calma! Você está parecendo um adolescente! – colocou a bolsa em cima da mesa que havia no canto do quarto e tirou o casaco, colocando-o sobre a cadeira e remexeu na bolsa, sentindo o carpete sob as meias que usava – Não se preocupe. Eu já vi tanta bagunça sua que isso não é nada. Lembra quando eu fui ao seu quarto pela primeira vez? Estava um caos. Lembro-me de ter perdido uma pulseira e ter achado debaixo da cama dois dias depois. – riu e retirou o celular da bolsa, ligando para Hibiki.
- Eu só estou... Um pouco nervoso. – suspirou e sentou-se na cama, tirando a jaqueta e jogando-a na cadeira. Passou a mão pelo cabelo e olhou o ruivo fazendo a ligação. Levantou-se novamente e tentou organizar um pouco mais o quarto. Ouviu o outro se despedir e virou-se ao terminar de pendurar sua jaqueta
– Faz tempo que... Não ficamos desse jeito. – encolheu os ombros e riu sem graça.
- Desse jeito como? – olhou em volta – Sozinhos em um quarto? A última vez que isso aconteceu nos beijamos. – sorriu, colocando as mãos na frente do corpo – E quantas vezes nós já nos beijamos? Incontáveis, hn. – ficou olhando-o e virou o rosto, olhando a janela durante um tempo – Mas vamos tentar deixar isso de lado e vamos nos tornar bons amigos de novo! – virou-se para o loiro e sorriu largo, andando até ele e segurou suas mãos – Tudo bem?
Akira olhava-o. Sentia os dedos gordinhos segurando os seus e o coração batia forte ao ter aquele toque sutil e adorável. Crispou os lábios e ficou olhando os grandes olhos negros dele, lembrando-se de sua juventude. O amor adolescente interrompido, mas sempre tão vívido em sua memória. Subiu uma mão e tocou-lhe a bochecha, acariciando-a com calma. Umedeceu os lábios com a língua e deixou os olhos entreabertos.
Queria responder que tudo bem serem só amigos, que o que houve havia ficado no passado e que poderiam continuar a vida, mas somente inclinou-se. Os dedos desceram para seu pescoço, acariciando os fios rubros com carinho enquanto a outra mão puxava sua cintura, trazendo o corpo do mais novo para perto do seu. Inclinou-se e roçou os narizes, esperando alguma recusa, um empurrão, mas apenas viu os grandes olhos se fecharem, dando-lhe permissão para o que fosse ocorrer. Prendeu a respiração e cortou o espaço que havia entre os dois, juntando as bocas.
As mãos de Takanori alcançaram seus ombros, apertando a camisa com força enquanto sentia toda aquela pressão imposta em sua cintura. Os lábios partiram-se para que pudessem trocar um beijo mais íntimo. As línguas se tocando novamente e enroscando-se. O batom borrando pelos lábios cheios de Takanori e os finos de Akira. Após alguns minutos, pela falta de ar, separaram-se e se olharam, ofegando.
- N-não devia fazer isso... – desviou o olhar para o chão, sentindo-se fraquejar. Iria ceder se continuassem daquela maneira. Virou o rosto e encolheu os ombros, deitando a cabeça no peito de Akira.
- Por quê? Por que não posso fazer isso, Taka? Não gosta de quando te beijo? – tocou-lhe os fios, abraçando seus ombros e olhando para a janela, tentando ajudar o outro a parar de estremecer. Sentiu os dedos em sua camisa e abraçou-lhe com os dois braços, trazendo-o mais para perto.
- E-eu... Eu não posso, Aki... – o coração batendo forte com aquele abraço apertado. Suspirou pesadamente e subiu as mãos, segurando seu pescoço e afastou-se, olhando seus profundos olhos negros. Crispou os lábios e prendeu a respiração, abaixando o olhar e a cabeça – Eu não sei... O-o que fazer... – arfou, expelindo o ar que prendera e tragou saliva, deslizando as mãos e tocando-lhe os ombros.
Akira subiu a mão e segurou-lhe o queixo, levantando-o e selou os lábios sutil e demoradamente. Ficaram assim tempo o suficiente para Takanori fechar os olhos e tentar se acalmar. As mãos relaxaram o aperto na camisa de Akira e apenas ficaram espalmadas contra seu tórax. Os dedos do loiro acariciavam a cintura do outro, sentindo o corpo junto ao seu. Afastaram-se lentamente e abriram os olhos ao mesmo tempo. Os segundos seguintes foram insignificantes.
O coração de Takanori doía ao bater com força contra o peito e as mãos de Akira pareciam mais fortes do que nunca. As partes em que os dedos tocavam e apertavam, começavam a formigar ou a queimar. A parte interna das coxas de cada um começou a se aquecer quando os corpos caíram em cima dos lençóis. As línguas brigavam por espaço e os arfares ocupavam o quarto inteiro. Os corpos começaram a esquentar e Akira sentiu a urgência de tirar a camisa antes que manchas surgissem.
Afastou-se rapidamente e tragou saliva, puxando ar fortemente e olhando Takanori abaixo de si. Os cabelos ruivos espalhados sobre a fronha branca do travesseiro. Os lábios sujos pelo batom borrado e os olhos entreabertos, mas possibilitando visualizar o brilho de desejo. Abriu a camisa e a tirou do corpo, deixando-a cair no chão. Passou a mão no rosto e arfou baixo, vendo o peito do ruivo subir e descer. Deslizou as mãos por seu tórax e abdômen, abaixando a face para beijar a barriga exposta assim que levantou sua blusa. Os lábios criando caminho ao deixar beijos pela pele branca e arrepiada. Os dedos alcançando os mamilos e esfregando-os com os dedões enquanto a língua tracejava uma linha entre seu umbigo e o cós da saia.
Levantou a face novamente e suspirou, roçando o nariz com o de Takanori e sentindo os bicos dele ficarem rijos com os toques. Suspirou e desceu as mãos rapidamente, afastando a saia com rapidez, dobrando-lhe as pernas e ficando entre estas. Estava sentindo o corpo tremer e parecia que o coração explodiria. Takanori virou o rosto, apertando os fios da nuca de Akira e sentindo a respiração pesada dele em seu pescoço. Estava com o membro pulsando entre as pernas e os dedos formigando por não saber o que fazer com os mesmos. Passou a mão no rosto de Akira, tirando alguns fios que coçavam em sua bochecha.
- A-akira. – falou baixo, quase sussurrando. Sentia o corpo arder querendo mais dos toques do outro. Apertou os dedos dos pés, sentindo os lençóis macios abaixo de si e suspirou pesadamente, tentando se recompor. Podia sentir o membro do loiro contra o seu e não sabia o que fazer, senão, acariciar o início das costas do outro enquanto era novamente embalado por um beijo, desta vez, mais calmo.
Os lábios movendo-se com calma e cuidado, com medo de precisarem de ar muito rápido e terem que quebrar o beijo. O mais alto sentia os dedos gordinhos acariciando seus ombros e sua nuca enquanto seus próprios dedos passavam sutis pelas coxas do outro. Moveu-se um pouco para frente, causando uma ficção que fez ambos arfarem entre as bocas. Separaram-se e Akira deitou a cabeça em seu ombro, respirando com calma. Ouvia a respiração pesada do outro em seu ouvido e as pontas dos dedos acariciando sua nuca. Estava tão nervoso.
Aprumou-se sobre o outro e juntou as testas, acariciando sua bochecha e desceu os dedos para sua nuca novamente, embrenhando os dedos por entre os fios vermelhos e roçou os narizes de novo, sorrindo ao notar o que estava fazendo. Não podia esconder a felicidade de estar daquele modo novamente com o baixinho. Sentia seus poros gritarem de felicidade enquanto seu membro pulsava querendo reviver logo os momentos da juventude.
Takanori não estava para trás. Suas pernas bambeavam em excitação e mal podia aguentar-se de ansiedade. Há quanto tempo não tinha uma relação sexual com alguém? Anos. Anos. Tocou seu pescoço e selou os lábios novamente. Deslizou a mão por seu peito, alcançando o cós da calça para desabotoá-la e deixou mais beijos sutis nos lábios finos do outro. Arfou baixinho e terminou de descer o zíper de sua calça social, subindo a mão para suas costas, sentindo a cicatriz feita na infância. Sorriu, sentindo seu coração bater mais rápido. Aquela cicatriz parecia ser o que faltava para o ruivo acreditar que Akira havia realmente voltado para junto de si. Acariciou seu braço e roçou os narizes também.
- Onde está o gel? – riu, sentindo seu rosto arder por fazer tal pergunta. Há quanto tempo não falava em usar gel?! Escondeu o rosto no pescoço do outro e tragou saliva, querendo se esconder em algum buraco. Foi a vez de Akira corar e rir.
- O-o gel? – riu. Sentia-se um adolescente em sua primeira vez. Sentiu-se na própria primeira vez. A preparação, os vídeos, as perguntas embaraçosas feitas aos amigos mais velhos. Suspirou e afastou-se do outro, sentando-se e coçando a nuca, olhando em volta – E-eu... N-não tenho... – o outro sentou-se também e segurou o lençol contra o peito, olhando o loiro.
- E-e... Camisinha? – enrugou o cenho e juntou as pernas, sentindo a ereção arder. Viu o loiro negar e tragou saliva, abaixando a cabeça e passando a mão na franja – Tu-tudo bem. A gente... A gente tenta mais tarde ou... – riu, sem graça – Ou tenta esquecer que isso ia acontecer...
- Iie! N-não precisa s-se preocupar! Eu.... T-tem uma farmácia aqui do lado eu vou lá correndo e compro. É, é só esperar um minuto. – levantou-se, desajeitado, vestindo a camisa novamente e arrumando a calça.
- Como vai sair nesse estado?! – ajoelhou-se na cama – Dá para ver de longe! – colocou a mão na boca, corando mais.
- Eu estou ótimo. Está tudo bem. Me espera. Me. Espera. – inclinou-se, beijando a boca do outro, saindo com pressa e batendo a porta atrás de si. Takanori deitou na cama e suspirou, olhando em volta. Colocou a mão na boca após notar-se rindo uma risada gostosa de ser ouvida. Uma risada de quem está feliz por ter encontrado a felicidade. Riu novamente, balançando as pernas e tentando tirar a saia para facilitar para os dois quando o mais velho voltasse da farmácia. Olhou para a porta e corou. Precisava manter a ereção em pé.
- Sweetheart –
Tragou saliva pesadamente, sentindo-se idiota por estar com uma blusa amarrada na cintura e sentindo o vento de final de tarde bater em seus braços desnudos. Passou a mão no rosto ao entrar na farmácia e direcionar-se logo ao setor com camisinhas e lubrificantes íntimos. Pegou dois tubos e um pacote de camisinhas, correndo para a fila e tentando lembrar-se como eram as coisas durante o sexo.
Contava nos dedos o que precisava fazer e se lembrava fazer. Ao chegar sua vez no caixa, atrapalhou-se um pouco ao colocar os produtos sobre o balcão do caixa e suspirou ao pegar a carteira, tentando ignorar o sorrisinho sacana que o mesmo sustentava. Pagou, pegou a sacola e saiu. O rosto queimava enquanto sentia a brisa fria contra suas bochechas. O pensamento de que não usava mais a faixa nas últimas semanas cruzou sua mente ao entrar no hotel. A impaciência para esperar o elevador fez com que ficasse apertando o botão repetidamente, recebendo um olhar reprovador do atendente do saguão.
Dentro do elevador não podia sentir-se mais constrangido. Havia um cachorro ao seu lado que não parava de cheirar a sacola. Ah, queria morrer. Tragou saliva, querendo subir na cama e chorar baixinho de vergonha enquanto o rosto queimava por vergonha. Atravessou o corredor rapidamente, desamarrando a blusa da cintura e olhou o relógio de pulso, notando que não havia demorado mais do que quinze minutos. Quinze minutos que talvez tivessem feito o tesão de Takanori acabar. Abriu a porta devagar, esperando ver uma cara enfezada a sua espera e um ruivo com raiva.
Porém, viu apenas Takanori deitado na cama.
Deitado com as pernas sutilmente dobradas e cabeça jogada para trás. Os fios vermelhos caindo por sobre o travesseiro. Arfava e estremecia, apertando o lençol da cama com os dedos dos pés. Uma mão estava segurando o próprio pênis enquanto movia-a pela extensão deste, fazendo-o tremer. De repente, ele parou e largou os braços ao seu redor, tendo um pendendo para fora da cama.
Akira aproximou-se e colocou a sacola na cama, recebendo um olhar surpreso e assustado de Takanori. Este sentou-se imediatamente e segurou a coberta, cobrindo-se novamente e escondendo o rosto que entrava em chamas.
- T-taka, o... – não sabia o que perguntar. “Porque estava se masturbando?” não parecia uma pergunta muito sutil e a resposta seria óbvia. Coçou a nuca e tirou o casaco que estava amarrado em sua cintura e jogou-o na cadeira que havia ali, sentando-se na cama e passando a mão no rosto. Olhou-o e inclinou-se, abaixando o lençol e vendo as bochechas vermelhas do outro – O-o que foi isso? – a pergunta saindo quase inaudível.
- E-eu... Eu não queria que... Que abaixasse. – passou a mão na nuca e tragou saliva, dobrando as pernas, mas relaxando-as logo em seguida pela pressão feita em seu membro ereto.
O loiro riu soprado e levantou o rosto do menor, acariciando seu queixo. O coração batia a mil enquanto tentava não tremer e estragar tudo. Sorriu minimamente e inclinou-se, descendo a mão para o pescoço do outro e beijando sua boca suavemente, deliciando-se com a maciez dos lábios do outro. Passou a mão para a nuca do menor, abrindo os lábios e pedindo passagem para aprofundar o beijo.
O ruivo partiu os lábios e tocou o rosto do loiro, fechando os olhos ao toque delicado das bocas. Suspirou, apertando os dedos dos pés, mas relaxando-os ao ter a mão do outro sobre a sua. Separaram-se, buscando por ar e abriram os olhos, sentindo como se fosse os únicos na face da Terra. Como se nada pudesse separá-los.
Sem conseguir segurar-se mais, Akira desabotoou a blusa e jogou-a no chão, ajoelhando na cama e ajudando o menor a retirar o restante da roupa. Estavam deitados sobre a cama, amassando os lençóis e rindo entre os beijos. As mãos do menor tocavam as costas de Akira enquanto os lábios viajavam por sua orelha e seu pescoço, deixando beijos e algumas marcas vermelhas.
As mãos do loiro apertavam as coxas do outro, sua cintura, queimando aonde tocavam e tentando gravar cada parte do corpo do outro. Cada parte que parecia tão nova para si. Os corpos esfregando um no outro, os membros friccionando e fazendo os arfares aumentarem dentro do quarto.
- A-aki... – arfou, segurando o cabelo da parte de trás da cabeça do outro. O peito subia e descia, fazendo as gotas de suor descerem para suas costas. Umedeceu os lábios e viu o desejo nos olhos do maior. Olhos tão escuros...
Suzuki elevou o corpo, olhando em volta à procura da sacola, achando-a jogada no chão. Inclinou-se, pegando o que havia comprado e jogando em cima da cama. Abriu o pacote de camisinhas e pegou uma, abrindo-a com os dentes e cuspindo o plástico para fora da cama. Suspirou ao sentir o óleo gelado encostar-se a seu membro e desenrolou-a. Olhou para cima e precisou parar e apoiar-se na cama, puxando ar com calma.
- O-o que foi? – os dedos cheios tocaram em seu ombro.
Passou a mão no rosto e tragou saliva pesadamente, levantando o rosto.
- Não faz essa cara. Eu não vou aguentar. – franziu o cenho, olhando o outro e o viu assentir, mesmo sem saber do que o loiro falava.
Suspirou pesadamente e abaixou a mão, terminando de colocar a camisinha e pegou o gel, abrindo-o, mas parou, olhando o menor.
- Você... Disse que faz um tempo que não... – coçou a nuca e tragou saliva – Não acha melhor fazermos como na... – as palavras pareciam não querer sair. Riu soprado, achando-se um adolescente de tão nervoso que estava.
- Como na nossa primeira vez? – falou baixo, quase murmurado. Colocou a mão no rosto – É tão vergonhosa aquela posição... – resmungou baixo, tragando saliva – Não quero.
Akira só pode rir daquilo. Takanori sempre seria daquela maneira. Debruçou-se sobre o menor e beijou sua testa, abaixando o rosto e esfregando os narizes juntos, suspirando. Tocou-lhe o peito e o pescoço, selando os lábios.
Afastou-se novamente e pediu que o menor segurasse as pernas afastadas. Ouviu o muxoxo dele e só pôde rir, abrindo o gel novamente.
- Essa posição também é vergonhosa? – começou a derramar o líquido viscoso e gelado na entrada do outro, rindo ao vê-lo estremecer e assentir.
- Quase todas são. – suspirou, falando baixo e fechou os olhos, estremecendo novamente ao sentir o indicador de Akira tentar passagem. Relaxou-se, tragando saliva e arfou, apertando as partes internas de seus joelhos e mordendo o lábio inferior com calma. Enrugou o cenho e afundou as unhas compridas em sua própria pele ao sentir o dedo começar a deslizar para seu interior. Abriu os olhos um pouco, querendo soltar as pernas e apertou os dedos dos pés.
- Quase... T-todas? – suspirou alto, sentindo a pressão do canal e começou a mover o dedo no interior dele, tirando e enfiando lentamente, acomodando-se entre as pernas dele. Girou a mão, pressionando a ponta do dedo em diversos locais, vendo-o estremecer e morder os lábios cheios. Sorriu de lado – Q-quais não são?
Abriu os olhos novamente e dobrou as pernas um pouco mais, soltando uma delas e apoiando a mão na cama, ofegando ao sentir outro dedo conseguir a passagem para dentro de si. Gemeu baixo e não conseguiu falar, ocupando-se em ofegar e não gozar ainda.
Seu corpo estava tão sensível que parecia que cada movimento brusco que o maior fizesse lhe daria o orgasmo. Passou a mão no rosto, gemendo baixo e estremecendo a cada estocada que recebia pelos dedos do maior. Mordeu o lábio inferior e apertou o lençol, tragando saliva pesadamente.
- Está bem, Taka? – a voz perto de seu ouvido fez-lhe arrepiar. Virou o rosto e assentiu, umedecendo os lábios e ofegando ao tocar-lhe o pescoço e emaranhar os dedos nos fios de sua nuca novamente – Vou colocar mais um pouco, ok? – suspirou pesadamente, fechando os olhos por alguns segundos, mas os abrindo. Viu o ruivo assentir e afastou-se novamente, despejando mais gel, tanto na entrada do menor quanto em seu membro. Lambeu o lábio superior e inclinou-se, enfiando os dedos com mais força em seu interior.
Ficou observando o corpo do menor e vagando em suas lembranças da adolescência. O apetite sexual do menor parecia ter diminuído com o passar dos anos. Ficar tanto tempo sem fazer sexo? Enrugou o cenho e afundou os dedos mais, abrindo-os e pressionando os pontos que conseguia lembrar que faziam o menor delirar. Suspirou ao vê-lo arquear as costas e mordeu o lábio inferior.
Takanori sentia ondas elétricas alcançarem todo o seu corpo, fazendo-o arquear as costas, apertas os dedos dos pés e contrair-se. Gemeu arrastado, franzindo o cenho e mordendo o lábio inferior quando o dedo médio do loiro pressionou algo que fez seu interior arder e seu membro pulsar mais, quase lhe fazendo gozar. Virou o corpo de lado ao ter os dedos retirados de si e arfou alto, respirando com sutileza. Virou o rosto levemente, observando o maior passar uma mão das mãos no rosto.
Akira estava concentrando-se para não avançar no menor para descarregar todo o tesão que estava sentindo. Ofegou e olhou-o naquela posição. Os cabelos compridos jogados sobre a cama e a franja grudando em sua testa. Arfou novamente e tragou saliva com força, descendo a mão e segurando a cabeça de seu pênis. Olhou para baixo e afastou uma das nádegas dele, posicionando-se e tragou saliva.
- E-espera. – levantou o olhar e viu o menor colocar a mão no rosto, respirando com dificuldade. Apoiou-se nas mãos, sentando-se na cama e viu Akira olhar-lhe com confusão – Deita. – passou a mão na franja, jogando-a para trás e arfou baixo, puxando ar.
O loiro enrugou o cenho, mas acatou, deitando-se na cama e olhando o menor. Não sabia o que se passava na cabeça do outro para pedir aquilo, mas apenas obedeceu.
Takanori inclinou-se e selou os lábios com os de Akira, beijando-o ternamente. Juntou as testas e apoiou uma mão de cada lado da cabeça do outro, passando uma das pernas por seu quadril e respirando calmamente. O loiro notou o que o menor pretendia e tocou-lhe as coxas.
- Taka... O que está fazendo? – quase sussurrava – Vai doer mais assim.
- Vou ficar bem. – sorriu e suspirou baixinho, levando uma mão para trás de seu corpo, segurando a glande do membro do outro e fechando os olhos – Essa posição não me é vergonhosa. – riu baixo, recebendo um sorriso do outro.
Puxou ar com calma, preparando-se e enrugou o cenho ao forçar o membro contra seu ânus. Mordeu a ponta da língua, estremecendo ao sentir-se ser preenchido daquela maneira. O pênis entrava com um pouco de facilidade graças ao gel e o desconforto não era tão grande. Takanori deixou um suspiro pesado escapar e apertou os olhos, tentando relaxar ao máximo para descer no colo do outro, rápido o suficiente para fazê-lo entrar por completo.
Akira não conteve um gemido e suas mãos agarraram a cintura do menor rapidamente, segurando-o. Ofegou de modo pesado e olhou o ruivo, vendo-o encolher os ombros e esconder o rosto com uma das mãos enquanto a outra apoiava no abdômen do loiro.
Subiu uma mão e afastou a mão que tocava seu rosto. Acariciou-lhe a bochecha e ofegou, sentindo o menor contrair ao seu redor. Sentou-se e ouviu Takanori gemer e abraçar seu pescoço, ofegando. Deitou a cabeça em sua têmpora e deslizou a mão para entre os corpos, tocando o membro dele, acariciando e massageando para distraí-lo.
Começou a beijar seu pescoço, tentando deixá-lo confortável e as mãos dele subiram para sua nuca, apertando seus fios com um pouco de força. Arfou contra o pescoço dele e apertou-lhe a nádega com a outra mão.
- Taka. – o nome saindo em um ofego. O ruivo assentiu e dobrou as pernas, ofegando alto e apertou-lhe os ombros, colando as testas e movendo o corpo para cima, sentindo o membro sair quase por completo. Crispou os lábios e desceu, sentindo uma onda elétrica percorrer seu corpo. Mordeu o lábio inferior com força e tragou saliva fortemente, gemendo baixo.
O coração batia contra o peito como se fosse sair pela garganta. O corpo tremia enquanto movimentava-se para cima e para baixo no colo do outro, abraçando-lhe o pescoço e fechando os olhos, não aguentando o prazer.
Akira gemia baixo, apertando as nádegas do ruivo, mordendo os próprios lábios com força. Deitou-se novamente e dobrou os joelhos, subindo as mãos para o quadril do outro e segurando-o firme, começando a jogar o quadril para cima, enfiando-se com força nele. O menor parou de mover e apoiou as mãos no corpo do outro, jogando a cabeça para frente e gemendo contido, sempre tendo em mente que estavam em um quarto com quartos ao redor.
Segurou seus fios e enrolou-os, jogando-os por cima do ombro e deixou a cabeça pender para trás. Abriu a boca para arfar, decidindo por tentar tocar-se. Fazia movimentos erráticos tentando masturbar-se, pois as mãos tremiam, dificultando seu objetivo. Mordeu o lábio inferior e apoiou as mãos no abdômen de Akira novamente.
- A-aki... – gemeu o nome dele e apertou os olhos, arranhando-lhe um pouco o peito e ofegou alto, segurando suas mãos em seu quadril. Gozaria logo. Estava sentindo. Arfou e sentou-se melhor no colo dele, voltando a mover-se para cima e para baixo, mordendo o lábio inferior e sentindo alguns fios grudarem no canto de sua boca.
O loiro mal conseguia se concentrar. Queria tocar Takanori em todos os lugares e proporcionar-lhe todo tipo de prazer. Os dedos dos pés apertavam-se contra o lençol enquanto estocava o outro e arranhava-lhe as coxas grossas. Estava quase fechando os olhos, deixando-se afundar no prazer, mas não queria perder nenhum momento do rosto de Takanori. O suor descendo por seu peito, a boca vermelha com fios grudados nos cantos, a franja que grudava em sua testa, os olhos que se apertavam ou só se mantinham entreabertos por um tempo. Não queria perder um momento se quer.
Ofegou e desceu uma mão, apertando-lhe a glande com força e masturbando-o tão erraticamente quanto o ruivo. Riu soprado e gemeu arrastado, mordendo o lábio inferior para não deixar sua voz escapar e fechou um dos olhos ao ver o sêmen do outro acertar-lhe o abdômen e seu queixo. Ofegou alto, ainda masturbando-o enquanto estocava e sentia as contrações ao redor de seu membro latejante. Apertou-lhe a glande com força e afundou a cabeça no travesseiro, gemendo baixo e apertando os dedos com força em sua coxa com força ao gozar no interior do menor e deixou um ofego pesado escapar de seus lábios.
Takanori deixou-se deitar no peito do outro, mesmo que Akira segurasse seus ombros para que não o fizesse até se limpar. Moveu o quadril para cima e ofegou arrastado, sentindo o pênis sair por completo de si e deitou-se, derrotado, na cama, passando a mão em sua testa, jogando a franja para trás e fechou os olhos ao sentir a cama remexer-se, indicando que Akira fora jogar a camisinha fora e se limpar. Sentou-se e olhou em volta, tragando saliva e virou o corpo, descendo da cama e sentindo sutis pontadas em sua bunda. Ofegou e riu baixo, vendo Akira sair do banheiro.
- M-me sinto co-como um... Um adolescente. – riu novamente e colocou a mão no quadril, andando até o loiro e tocando-lhe o peito de leve.
- Está... Está sentindo alguma coisa? – acariciou sua bochecha e inclinou-se um pouco, beijando a testa do ruivo – Dói?
Takanori só negou com a cabeça antes de ir direto para o banheiro. Akira o seguiu e parou na porta, observando-o.
- Eu quero tomar um banho. – olhou o loiro e ofegou baixo, perdendo o equilíbrio das pernas e apoiando-se na pia. O maior segurou-lhe e suspirou.
- Taka, você tá bem? – perguntou novamente e o ruivo olhou seu rosto, sorrindo sem graça.
- Foi m-muito bom, ma-mas tá... Tá doendo um pouco. – abaixou o rosto, sentindo-se envergonhado. Todo aquele gel que usaram e a camisinha não resolveram muito. Fazia tempo que não transava e agora estava sentindo seu quadril doer e as pernas estavam bambas. Riu novamente e levantou o olhar – Gomen ne.
Akira só suspirou e negou com a cabeça – Não aprende nunca?
Sorriu suavemente e beijou seu rosto, ajudando-o a entrar debaixo do chuveiro e fechando a box. Ligou o chuveiro e ajudou o menor a banhar-se, fazendo o mesmo.
Após o banho, Akira ajudou Takanori a sentar-se na cama para então secar seus cabelos compridos. Agradeceu pelas vezes que o ruivo ensinou-lhe a mexer com artefatos de salão de beleza, senão não seria capaz de fazer aquilo. Nunca se deu bem com aquelas coisas.
Assim que o cabelo secou, o loiro abraçou o menor por trás e beijou seu pescoço e seu rosto, trazendo o corpinho para mais perto de si.
- Parece que estamos em alguma viagem. – riu soprado e Takanori concordou, rindo também.
- Apesar de a minha casa ser do outro lado da rua. – encostou-se ao peito do maior e virou o rosto, acariciando-lhe o queixo e sentindo a barba começando a crescer. Ficaram olhando-se por alguns minutos, sorrindo e rindo baixinho, parecendo duas crianças bobas – Acho melhor eu já voltar. – pronunciou-se após um tempo.
- Já? – suspirou, passando o nariz em sua bochecha e acariciou sua coxa novamente – Tudo bem.
- Eu posso voltar outro dia. – virou-se no abraço do loiro e ajoelhou-se entre suas pernas, olhando-o – Posso voltar e você pode dar uma passadinha no café. – tocou-lhe o rosto e seu queixo, beijando seus lábios sutilmente, mas logo aprofundando o beijo e recebendo carícias na nuca e cintura. Separou-se e beijou sua bochecha.
- Eu te deixo no Café. Não acho que vá conseguir andar direito com esse quadril. – riu baixo e recebeu um aceno positivo. Levantaram-se, vestiram-se e saíram do quarto. Takanori apoiava-se no braço do outro enquanto caminhavam. A atmosfera que os acompanhava era leve e aconchegante. Riam e conversavam amenidades enquanto caminhavam para fora do hotel. Ao chegarem em frente ao Café, Takanori pediu que Akira abaixasse o toldo da frente e riu ao vê-lo ter dificuldade ao puxar o material.
- Eles voltaram. – Hibiki comentou baixo para Mizuki enquanto viam os dois entrarem no estabelecimento – E aí, mãe. Como foi o encontro? – perguntou meio por alto, não querendo deixar transparecer o azedo de suas palavras.
- Foi ótimo. – riu baixo e passou a mão no cabelo – Como ficaram sem mim? – olhou em volta, vendo Ren servindo uma mesa e sorriu. Shion estava ajudando no balcão e só pôde sentir seu coração esquentar ao ver aquela cena.
- Estamos indo bem até. – sorriu convencido e Takanori deu a volta no balcão, abraçando Hibiki e rindo baixo.
- Eu estou muito orgulhoso de vocês. Muito mesmo. – apertou-lhe as bochechas e sorriu largo – Eu vou só ir lá em cima guardar minha bolsa e já desço. – o sorriso não deixou seu rosto enquanto subi as escadas – com ajuda de Akira.
Suspirou baixo ao colocar a bolsa sobre a cama e olhou o loiro. Riu e abraçou-lhe o pescoço, recebendo leves carícias em sua cintura quando suas bocas se encontraram para um beijo calmo e sutil.
- Tem que vir me visitar. – falou baixo e desceu a mão para seu peito.
- E você vai me visitar assim que eu comprar minha casa. Ouviu? – sorriu e tocou seu rosto, acariciando sua bochecha. O ruivo assentiu e riu baixinho.
- Agora tenho que voltar a trabalhar. – quase disse com pesar. Suas obrigações o chamavam, mesmo que quisesse apenas deitar e ficar abraçado com o loiro até o fim dos tempos.
- Eu também. – suspirou e riu da reação dos dois – Mas te ligo depois para marcarmos outro encontro. – selou os lábios novamente e ajudou-o a descer as escadas, tendo os braços do ruivo agora em sua cintura. Acariciou seu ombro e ao chegarem ao fim da escada, deixou um último beijo nos lábios e testa do menor, despedindo-se e saindo do local.
Hibiki olhava a cena da pequena janela da cozinha e os olhos pareciam dois pratos de tão esbugalhados. Não gostou daquilo. Mizuki apenas sorriu meio de lado, rindo soprado, mas seu semblante logo mudou assim que um cliente foi pagar a conta.
Matsumoto sentia que tudo estava indo bem, que nada poderia estragar sua felicidade. Estava com os filhos ajudando-lhe no Café, Akira havia voltado para sua vida e tudo estava bem. Riu-se ao assumir o caixa e pedir que Mizuki ajudasse Hibiki na cozinha. Seu coração estava quente e nada poderia estragar aquilo.
I was Born a fool on the run
I’ve broken hearts and lost at love
There’s not one thing I would change or undo
Cause all my life’s been a road to you
Road To You – Five for Fighting
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