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História Take Me - O Vaso de Flor


Escrita por: Dhnolis

Notas do Autor


Oi, gente !
Espero que gostem.
Hoje tem capítulo duplo <3
Beijinhos.

Capítulo 11 - O Vaso de Flor


O VASO DE FLOR

 

 

Sasuke estava tenso e o amigo sabia bem daquilo, estava chamando pelo moreno já ha algum tempo e ele estava distante em pensamentos.

- Sasuke ?

E outra vez, sem resposta.

Foi quando tocou o ombro dele que o Uchiha despertou de seu torpor.

- O que deu em você ?

Ele não respondeu, apenas fez um gesto displicente com uma das mãos. Ele estava sentado na mesa de reuniões desde que a ultima reunião tinha acabado. A papelada ainda estava disposta sobre a mesa. Naruto sentou-se do outro lado do tampo e cruzou as mãos diante do corpo.

- O que foi ?

Naruto era seu amigo mais antigo, conhecia-o muito bem, e o loiro a ele.

- Sasuke ? É Sarada ?

De certo modo era.

- Posso te fazer uma pergunta a nível profissional ? - O Uchiha pediu, sua cabeça não conseguia raciocinar as coisas corretamente. Naruto concordou. - Qual a porcentagem de chance de uma mãe biológica tirar a guarda de uma criança de uma família adotiva ?

- Então é Sarada mesmo.

Na época, quando ele disse que estava pensando em adotar uma criança, foi Naruto quem mais o apoiou.

Ele estava em pratos quando viu Sasuke segurar a filha pela primeira vez no colo.

Ele comprara de presente o berço que a menina usou na primeira parte da vida.

Chupetas, roupinhas, brinquedos.

- A Sakura é a mãe biológica da Sarada.

- O que ? Mas... O que ?

Sakura, a mulher com quem o Uchiha estava saindo ?

- Como ? Não estou entendendo.

- Ela disse que é a mãe. Naruto eu estou com medo.

- Calma. O que exatamente ela te disse ?

- Disse que deixou uma criança para a adoção, quatro anos atrás, que se arrependeu e contratou um detetive que me encontrou.

- E como ela sabe que esse detetive não passou a perna nela ? Quer dizer, e outras provas ? Exame de DNA, as datas batem com os documentos ?

- Eu não sei, fiquei puto e fui embora do restaurante.

Ele pigarreou irritado.

- Algum juiz daria para ela a guarda da criança ?

- Provavelmente não.

Se fossem colocar em uma balança, Sasuke tinha uma boa casa, carro próprio, emprego fixo.

- A chance seria muito baixa, é provável que Sakura consiga alguns dias da semana para ver a menina, na melho das hipóteses para ela.

O Uchiha respirou com mais alivio, porem o peso ainda estava sob seus ombros. Como iria explicar aquilo para a filha ? Ela era muito nova para entender. Sarada estava inquieta perguntando ao pai sobre a princesa, ele ainda não havia revelado que tudo estava acabado

- Então vocês terminaram ? Sasuke o encarou de maneira mortal.

Depois de tudo o que havia dito Naruto ainda era capaz de perguntar algo como aquilo ? O

 Uchiha não estava se quer acostumado com a idéia de que tinha se tornado um cara exclusivo de uma mulher.

E sua mãe estava tão feliz com aquilo, diga-se de passagem.

- Eu entendo como você deve estar se sentindo. Mas temos um cliente e preciso saber se você está apto para atender.

Sasuke precisava se recompor. Ele confirmou com a cabeça e arrumou os papéis que estavam na mesa, à vida não podia parar.

- Quem esta ai ?

- Os Nara.

Ah, os Nara ! A família do garoto que sua filha agrediu, como se esquecer ?

- E acho que perdemos a batalha.

- Por quê ?

Naruto ergueu-se da mesa e saiu da sala, voltou momentos depois com o casal. Eles estampavam sorrisos largos nos rostos, os dedos entrelaçados e exalavam aquele ar de apaixonados.

Temari vestia-se com um terninho feminino de cor forte e trazia no braço livre um grande vaso de girassóis. Shikamaru puxou a cadeira para a esposa se sentar e depois tomou o lugar ao lado desta, usava um terno risca de giz grafite.

Realmente, Naruto e Sasuke tinham perdido a batalha.

Era incomum mas não impossível que aquilo acontecesse.

Durante o processo de divorcio alguns casais descobriam que a vontade de estar separados seria inferior do que a vontade de estarem juntos mais uma vez. E quando acontecia, os advogados normalmente eram presenteados com vasos de flores e desculpas pelo transtorno. Naruto sentou-se ao lado do sócio e os dois fitaram o vaso de flor que Temari depositou na mesa.

- Eu acho que vocês vieram nos dizer que pensaram melhor sobre o divorcio. - Naruto perguntou, gentil. O casal soltou risinhos baixos e trocaram olhares demorados um para o outro. - O que aconteceu ?

- Eu amo minha esposa, senhor Uzumaki.

- Ah eu também amo você.

Ela estava radiante aos olhos de Shikamaru, como se fossem recém casados.

- Achamos que éramos muito diferentes para manter o relacionamento...

- ...Mas hoje conseguimos entender.

- Isso, hoje entendemos.

Os sócios trocaram um olhar rápido. Conseguiam entender o que ?

- Nossas diferenças fazem com que nosso casamento seja especial.

Temari suspirou, que romântico.

- Queremos tentar de novo, queremos passar por esta maré e continuarmos juntos.

- Por nós dois e nosso filho também. Alias como esta a sua menina ?

- Muito bem, obrigado. - Sasuke respondeu prontamente. - E o filho de vocês ?

- Ele esta muito bem. Muito mais calmo e agora acredita que foi a magia que salvou meu relacionamento com Shikamaru.

Shilamaru riu de maneira gostosa ao ouvir aquilo.

- Só temos a agradecer, foi o senhor quem nos mostrou isso, senhor Uchiha.

Naruto encarou o amigo: O que tinha acontecido que ele não sabia ? Será que Sasuke estava distribuindo conselhos matrimoniais por ai ?

- Eu ? - Inqueriu Sasuke.

Temari concordou.

- O senhor se comporta como um advogado de divórcios nesse escritório, é sério e competente.

- Obrigado, mas ainda não entendi.

- Quando vimos a sua parceira no hospital, Sakura, não é ? Em um vestido de noiva ! Alegre, preocupada com sua menina, uma verdadeira companheira para você, um pai preocupado... Ela tem qualidades, como mulher, completamente diferentes do que se espera para alguém que trabalha em um escritório como esse.

- Exatamente.

- O senhor nos mostrou que podemos nos moldar á outra pessoa e conseguir felicidade nisso.

- Então decidimos que queríamos ter esse tipo de relacionamento, como o senhor tem com ela.

- E se for necessário acreditar em um milagre ou em um conto de fadas para alcançar plenitude em um relacionamento, estamos dispostos a fazer.

Sasuke se levantou de supetão, saiu da sala sem dar explicações ou se despedir, depois de tudo o que ouvira, precisava digerir aquilo sozinho e em silencio.

- Eu sinto muito. - Naruto disse e movimentou as mãos para mostrar que sentia, de verdade, a falta de tato do Uchiha. - Ele é muito sensível, esta passando por um momento muito difícil, sei que ele não queria parecer rude... Acho alias que ele não queria mostrar fraqueza diante de vocês.

- Ah, claro.

- Sim, com toda certeza. De qualquer forma viemos agradecer a atenção do seu escritório para conosco e informar que não precisaremos mais dos seus serviços.

Naruto apertou a mão dos dois e então se colocou de pé.

- Eu espero que sejam felizes. Que estejam, alias.

- Nós também.

Com um sorriso largo ele viu os dois se afastando em direção a porta. Temari estagnou, olhou para trás, indicou o vaso com o queixo:

- Trouxemos para vocês, que procurem viver do bem como esta flor procura a luz para viver.

O loiro confirmou.

Shikamaru tomou a mão da esposa, fitava-a o tempo todo com carinho, entrelaçaram seus dedos e saíram.

Saíram atrás de sua felicidade.



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